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PESQUISA: Políticas Públicas no EcoUrbanismo O quê vem a ser Política Pública? Pelo ‘Wikipédia’ É o conjunto de ações desencadeadas pelo Estado, nas escalas federal, estadual e municipal, com vistas ao atendimento a determinados setores da sociedade civil. Elas podem ser desenvolvidas em parcerias com organizações não governamentais e, como se verifica mais recentemente, com a iniciativa privada. Porém, não resta dúvida que diversas forças sociais integram o Estado. Elas representam agentes com posições muitas vezes antagônicas1. Também é preciso ter claro que as decisões acabam por privilegiar determinados setores, nem sempre voltadas à maioria da população. Pelo ‘Yahoo Respostas’ Política pública é um conceito de Política e de Administração que designa certo tipo de orientação para a tomada de decisões em assuntos públicos, políticos ou coletivos. São estratégias governamentais para solucionar questões relacionadas ao sistema e atingem todas as áreas: saúde, segurança pública, educação... Requer planejamento e principalmente muito investimento. Os investimentos são captados através de impostos e precisamos fiscalizar todas as ações feitas com o nosso esforço. Muitas vezes cobramos atenção do Estado, mas esquecemos de fiscalizar o que é nosso. Não é o dinheiro dos impostos que é do público e sim, as coisas que são feitas com esse dinheiro. Para resumir, politicas públicas são os programas elaborados pelo governo, as decisões tomadas pelos governantes em benefício da população. IBRAPP HISTÓRICO O IBRAPP foi criado em 2008 mediante identificação de demandas sociais, de proporcionar e de favorecer a atuação de agentes públicos preparados tecnicamente, e com respostas rápidas às demandas da sociedade. O Instituto Brasileiro de Políticas Públicas-IBRAPP é uma instituição do Terceiro Setor, com foco no desenvolvimento institucional do setor público, sintonizado com as políticas públicas, e que propõe um conjunto de ações, com foco no desenvolvimento sustentável dos cidadãos, na busca constante pela melhoria da qualidade de vida das pessoas. Portanto, o IBRAPP consiste em um órgão de atendimento às demandas regionais e nacionais, na prestação e contratação de serviços de pessoal nos diferentes segmentos: Locação de Mão de Obra, Capacitação e Treinamento, Apoio a Eventos, Gestão e Ouvidoria. Tendo também como missão institucional o apoio a iniciativas no âmbito Esportivo e Cultural, investindo prioritariamente em ações voltadas para Crianças e Adolescentes. Para a realização dos diversos projetos, o IBRAPP elabora e implementa programas que envolvem diversos parceiros públicos e/ou privados que partilhem de objetivos comuns. Cada programa engloba um conjunto de ações e atividades específicas, como, por exemplo, treinamentos e capacitações que busquem atingir metas que estejam em consonância com os compromissos e missão do Instituto. NUPPs O NUPPs - Núcleo de Pesquisa de Políticas Públicas da Universidade de São Paulo é a continuação institucional ampliada do antigo Núcleo de Pesquisa do Ensino Superior – NUPES, o qual foi criado em 1989 e se especializou no diagnóstico e análise de políticas para o ensino superior, bem como das estruturas das universidades públicas e dos seus resultados. Em 2004/2005, por iniciativa da presidente do seu Conselho Diretor, Professora Eunice Ribeiro Durham (FFLCH), e sob a coordenação do Pró-reitor de Pesquisa à época, Professor Luiz Nunes, transformou-se no atual NUPPs, ampliando o escopo de seus objetivos. O NUPPs dedica-se ao estudo e análise de programas de políticas públicas sob o ângulo da relação entre governança democrática, cidadania e desigualdades. O NUPPs analisa as etapas de formulação e implementação das políticas públicas e, principalmente, a que se refere aos resultados e à eficácia das mesmas. Um de seus objetivos principais, portanto, é a análise da qualidade da gestão das políticas públicas no país. O NUPPs prioriza, na atualidade, o estudo das políticas sociais, a exemplo das políticas educacionais e dos programas de transferência de renda, assim como a questão da relação dos cidadãos com as instituições democráticas. Além destas, no âmbito das políticas de Estado, o Núcleo desenvolve também projetos de pesquisa na área de reformas econômicas, de segurança e criminalidade, dos efeitos domésticos da política externa brasileira e da participação cidadã em processos de tomada de decisões públicas. E EcoUrbanismo? O que é? Coordenadora do Curso de Engenharia e Gestão Ambiental do UNI-BH, Maísa Gonçalves de Carvalho. *Qual a definição do conceito de EcoUrbanismo no marco do desenvolvimento sustentável? O EcoUrbanismo é uma proposta multidisciplinar que visa a minimização dos impactos ambientais e, também, buscar pela qualidade ambiental. *Quais são os princípios do EcoUrbanismo? São alguns princípios, algumas linhas, as quais as definições podem ser citadas. A primeira delas é a preocupação com a ocupação do solo, a busca pela melhor forma de ocupar o solo, a vocação daquele ambiente, a forma correta dessa ocupação, pra que se evitem problemas como a ocupação irregular. A outra linha buscada pelo EcoUrbanismo é a eficiência energética, a busca por alternativas energéticas que irão se relacionar com a sustentabilidade. A outra questão seria a gestão do ciclo hidrológico, já que se foram percebidas algumas situações delicadas, como enchentes e algumas calamidades, não devido a ausência de conhecimento, mas que não se sabe trabalhar com isso, então seria uma gestão racional, uma gestão pensada dos recursos hídricos na forma de evitar a impermeabilização do solo, de fazer uma captação de água da chuva para a utilização. Outra seria a gestão de resíduos sólidos, buscar pelo reaproveitamento, a reciclagem, a diminuição de resíduos que nós produzimos. E, finalmente, a questão do transporte, que seria a melhoria do transporte público, já que tem o conhecimento da busca das pessoas pelo transporte individual uma vez que não temos um sistema público eficiente, então tenhamos esse sistema eficiente e que sejam incentivadas outros usos alternativos, como por exemplo, o uso das bicicletas, que existam mais ciclovias - já que são poucas -, que se insira na sociedade a cultura de andar de bicicleta, de ir trabalhar de bicicleta; mas a preocupação com o transporte norteia o EcoUrbanismo... Eco-urbanismo, por Jorge Rodrigues Simão O desenvolvimento urbano sustentável, ou eco-urbanismo, é a aplicação a um urbanismo sustentável num contexto urbano, que revela a necessidade de repensar uma nova ordem ecológica urbana, pelo respeito ao direito de uma cidade mais compacta, diversa e acessível a todos. É um domínio do pensamento que o urbanista pode adoptar nos projetos urbanos e que deve ser considerada a sua integração nas políticas governamentais. Torna-se necessário e imediato, reduzir os impactos negativos sobre o ambiente como são a poluição atmosférica e acústica, e o aumento de ocupação e de fragmentação do solo derivado das ampliações das redes que dão suporte a esta mobilidade e avançar na alteração do modelo energético atual do transporte, que trás redução de consumo e de emissões, e é em definitivo um aspecto fundamental para avaliar a sua eficiência, como instrumento de planeamento, tendo em vista formar um sistema de mobilidade mais sustentável. Os objetivos ambientais do eco-urbanismo, vinculam o sistema de infra- estruturas de mobilidade a um modelo que permita uma melhor eficiência energética e à redução de emissões de poluentes. Evita os riscos associados às características do local de implantação de empreendimentos, e ao uso que é atribuído ao solo diminuindo riscos e impactos ambientais negativos. As ligações com objetivos ambientais do eco-urbanismo, ou metabolismourbano, passam pela racionalização do ciclo do água, contribuindo para o uso e gestão eficientes deste recurso, tanto no que respeita à disponibilidade, poupança e reutilização, como na sua qualidade, prevenção de riscos e proteção dos aquíferos; pela eficiência energética, garantindo um uso e gestão mais eficientes destes recursos; pela redução de resíduos, permitindo condições de proximidade para uma gestão integral da sua produção, dadas as características e equipamentos existentes no marco de uma política dirigida à minimização. Estas estratégias organizam-se em três grandes princípios de forma lógica. O primeiro, é o da diversidade na organização urbana, que tem por estratégia, revitalizar os centros tradicionais e garantir acesso aos novos centros, promovendo a união dos seus usos, favorecendo os tecidos com tipologias mistas, noutros com tipologias especializadas onde a separação de usos é aconselhável. O segundo, é a heterogeneidade tipológica e social do sistema urbano. É importante a apresentação de propostas que facilitem a união social, isto é, garantir um grau de diversidade, compacidade e continuidade dos tecidos resultantes ao favorecimento da coesão social. Integrar as tipologias especializadas nos tecidos urbanos, proporcionando a mistura de usos nos novos desenvolvimentos, que se terão que concentrar em zonas onde atualmente há uma excessiva especialização dos tecidos. O terceiro, tratará de melhorar a eficiência dos transportes públicos, favorecendo a mudança de modalidade, mediante a sua melhoria com a utilização de veículos movidos a energias alternativas. A proposta pode sintetizar-se como diversa, compacta e acessível. Estes três princípios estratégicos do ordenamento urbano e territorial, podem ser tomados como um pensamento eco-sistêmico. O eco-urbanismo propõe uma sucessão urbana (transformação), capaz de estimular pontualmente a complexidade do ecossistema urbano de uma cidade, bairro ou indústria, atuando diretamente nas suas mazelas sócio- econômicas, apoiando a sustentabilidade do ambiente urbano. O caminho do EcoUrbanismo, por Joaquim Cartaxo Uma forma de desenvolvimento que qualifica políticas públicas, práticas sociais e empreendimentos com referência na sustentabilidade multidimensional e na sócio-diversidade das cidades; na inovação tecnológica, nos recursos energéticos alternativos, nas ferramentas de informática, de telecomunicações e de meios de comunicações; na variedade de conceitos, de escalas e de modos de habitar. Artigo: A Importância Das Políticas Públicas Para Formação E Construção De Cidades Sustentáveis E A Colaboração Do Programa Zona Franca Verde, por Marcos do Nascimento Pereira e Joaquín Lozano Liaño. A ideia a respeito de sustentabilidade é essencialmente nova e tem sido incorporada em diferentes discursos, sendo usada indistintamente a com a incorporação de diferentes conteúdos. Assim é necessário refazer uma breve construção deste termo, para em seguida pensar na sua aplicação no campo da construção de cidades sustentáveis. O Brasil a exemplos de muitos países tem sua população concentrada nos centros urbanos, sendo que esta transformação ocorreu de forma abrupta e sem planejamento. É uma realidade o inchaço das cidades e a necessidade de construção de um elemento capaz de modifica-los. Estas políticas não estão dissociadas dos processos de pensar a cidade no mundo e sofrem ação das ideias que têm sido traçadas por documentos internacionais e por programas de diversas organizações internacionais que forma incorporados pelas políticas nacionais. Um marco nas políticas públicas pelo Estado brasileiro é o Estatuto das Cidades que assegura no art. 2º o direito a cidades sustentáveis, e que tem desenvolvido diversas ações para difundir nas cidades uma forma de planejamento que assegure a sustentabilidade destas cidades. O conceito de sustentabilidade tomou repercussão quando foi utilizado pela Comissão Mundial do Meio Ambiente e Desenvolvido, no famoso Relatório Brundtland de 1986, e desde então se redimensionou e tomou proporções a ponto de ser quase inquestionável em boa parte dos circuitos acadêmicos. No citado relatório o desenvolvimento sustentável é definido como “o desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem comprometer a capacidade de as gerações futuras satisfazerem as suas próprias necessidades”. A noção de desenvolvimento sustentável volta de forma mais expressiva novamente na agenda política mundial na Conferência das Nações Unidas sobre o Ambiente e o Desenvolvimento (CNAUD), realizada no Rio de Janeiro em 1992, reafirmando o conteúdo do relatório que se assentava em duas dimensões fundamentais: o desenvolvimento econômico e a proteção do ambiente. Após a Carta Social de Copenhagen, realizada em 1995, foi integrada a vertente social como terceiro pilar: a coesão social. Segundo Ruano (2000), o EcoUrbanismo ou Urbanismo Sustentável é uma nova disciplina que articula múltiplas e complexas variáveis e incorpora uma aproximação sistêmica ao desenho urbano com uma visão integrada e unificada, trazendo, como consequência, a superação da divisão clássica do urbanismo tradicional e seus critérios formais e estilísticos. A partir deste novo paradigma deve-se estabelecer uma relação dialética entre o planejamento estratégico e o desenho urbano. CIDADES SUSTENTÁVEIS A professora Solange Telles da Silva ainda citando o referido autor [Pascale Metzger] diz: “ao realizar um inventario dos trabalhos sobre ecologia urbana e meio ambiente urbano, identifica três concepções distintas. A primeira delas refere-se à natureza na cidade, e é constituída de estudos referentes aos elementos biológicos do meio urbano, ou seja, trata-se da preservação de espaços verdes e dos elementos físico-naturais nas cidades. A segunda visão do meio ambiente urbano relaciona-se aos riscos da cidade e na cidade, quer dizer, a problemática da saúde das populações, como também os riscos naturais, físico-químicos, biológicos, morfo-climáticos, tecnológicos e segurança. A terceira vertente de análise busca equacionar o problema da gestão ou administração da cidade, tratando das politicas publicas sob o prisma da gestão dos serviços, da planificação urbana e uso do solo, como também da democratização dos modos de gestão e do papel das questões ambientais na determinação das politicas publicas”. POLÍTICAS PÚBLICAS DESENVOLVIDAS NO BRASIL No Brasil temos a inserção de políticas públicas levados a cabo pelo Ministério das Cidades, que tem seu marco legal estabelecido pelo Estatuto da Cidade, lei 10.257/01, que como parte de seu plano inicial de ação editou um conjunto de oito cadernos que apresentam o estagio atual desta discussão no âmbito do Conselho das Cidades são eles: 1 – Desenvolvimento Urbano – Politica Nacional de Desenvolvimento Urbano; 2 – Participação e Controle Social; 3 – Programas Urbanos – Planejamento Territorial Urbano e Política Fundiária; 4 – Política Nacional de Habitação; 5 – Saneamento Ambiental; 6 – Mobilidade Urbana – Política Nacional de Desenvolvimento Urbano Sustentável; 7 – Trânsito – Questão de Cidadania; 8 – Capacitação e Informação Ainda, sobre este material institucional, em sua introdução afirma que “atualmente cerca de 80% da população do pais mora em área urbana”, o que demonstra a importância da temática a ser desenvolvida e enfrentada pelas políticas públicas. No caderno Desenvolvimento Urbano – Política Nacional de Desenvolvimento Urbano há uma importante descrição da “crise urbana” brasileira, que se deu pelo processo ocorrido entre 1950 e 2000, onde o grua de urbanização (percentual da população vivendo em cidades) subiu do patamar de 30% para 80%. De forma similar à distribuição regional, o processo de urbanização ocorreu com forte diferenciação entre os estadose regiões brasileiras, sendo que em alguns estados o grua de urbanização supera os 95% (São Paulo e Rio de Janeiro), enquanto em outros ainda está em torno de 50% (Maranhão e Pará), por esta descrição territorial do Brasil, podemos avaliar a importância da pontuação feitas acima sobre a industrialização e o desenvolvimento das cidades, pois uma acompanha a outra. No referido documento temos uma descrição da crise urbana brasileira, sendo um importante marco referencial, isto porque feita a partir da mudança política brasileira com a ascensão esquerdista, o que possibilitou saliente perspectiva crítica desta análise. Estes documentos marcam uma mudança significativa no desenvolvimento das políticas públicas brasileiras, até então quase que inexistente, que, diga- se de passagem, teve na Constituição de 1988,em seu artigo 182 o pontapé inicial com o plano diretor, que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem estar de seus habitantes. Assim, o enfoque da política pública na construção das cidades sustentáveis está baseado na ideia de planejamento que nas palavras de Jose Afonso da Silva citado por Mukai “é um processo técnico administrativo para transformar a realidade existente no sentido de objetivos previamente estabelecidos”. Agenda 21 É o conjunto de resoluções tomadas durante a Eco-92, organizada pela ONU no Rio de Janeiro. PRINCIPAIS TEMAS TRATADOS NA AGENDA 21 combate à pobreza cooperação entre as nações para chegar ao desenvolvimento sustentável planejamento e ordenação no uso dos recursos da terra preservação dos recursos hídricos, principalmente das fontes de água doce do planeta conservação da biodiversidade no planeta educação como forma de conscientização para as questões de proteção ao meio ambiente
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