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INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR DO ACRE - IESACRE ALEXANDRE DE SOUZA TOSTES INTEMPERISMO Rio Branco/AC 2015 2 ALEXANDRE DE SOUZA TOSTES INTEMPERISMO Trabalho apresentado como requisito para obtenção de nota parcial na disciplina Introdução a Geologia da faculdade Instituto de Ensino Superior do Acre – IESACRE. Docente: Prof.º Dr. Arides Rodrigues Rio Branco/AC 2015 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ________________________________________________________ 4 2. FATORES QUE INFLUENCIAM O INTEMPERISMO _______________________ 4 2.1.Clima _____________________________________________________________ 4 2.2.Relevo ____________________________________________________________ 4 2.3.Rocha-Mãe ________________________________________________________ 5 2.4.Tempo ____________________________________________________________ 5 2.5.Fauna e Flora ______________________________________________________ 5 3. TIPOS DE INTEMPERISMO ____________________________________________ 6 3.1. Intemperismo Físico __________________________________________________ 6 3.2. Intemperismo Químico ________________________________________________ 7 3.3. Intemperismo Biológico _______________________________________________ 7 4. CONCLUSÃO _________________________________________________________ 8 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ______________________________________ 8 4 1. INTRODUÇÃO O intemperismo é o processo de transformação e desgaste das rochas e dos solos, através de processos químicos, físicos e biológicos. O Intemperismo é um processo que resulta em alterações físicas e químicas nas rochas e em seus minerais. Os principais fatores que geram esse processo são o clima e o relevo. Esse processo de transformação também pode ser chamado de Meteorização. Sua dinâmica acontece através da ação dos chamados agentes exógenos ou externos de transformação de relevo, como a água, o vento, a temperatura e os seres vivos. O processo de desagregação das rochas provocado pelo intemperismo provoca o surgimento de pequenas partículas de rochas, chamadas de sedimentos. São exemplos de sedimentos as areias da praia, a poeira, entre outros elementos. Eventualmente, sob as condições físico-químicas necessárias, esses sedimentos vão dar origem às rochas sedimentares. Esse mesmo processo é o que origina também aos solos, que nada mais são do que um amontoado de sedimentos oriundos da desagregação de rochas. 2. FATORES QUE INFLUENCIAM O INTEMPERISMO 2.1. Clima É o mais importante, é o que determina a distribuição sazonal das chuvas - fundamentais porque é a água o principal agente transportador dos produtos do intemperismo - e as variações de temperatura, que contribuem para a fragmentação das rochas, através da alternância de períodos de dilatação com períodos de contração. Quanto maior a disponibilidade de água e quanto mais frequente for sua renovação, mais completas serão as reações químicas do intemperismo. Quanto à temperatura, para cada 10 ºC de elevação há um aumento de duas a três vezes na velocidade das reações químicas. Isso explica por que o intemperismo é mais intenso nos trópicos. 2.2. Relevo Determina a maior ou menor velocidade do fluxo da água das chuvas, com consequente menor ou maior infiltração no solo. Em encostas de alta declividade, a água fica pouco tempo em contato com as rochas e assim não consegue promover 5 adequadamente as reações químicas. Nas baixadas, a água fica, ao contrário, bastante tempo em contato, mas não se renova facilmente, de modo que fica saturada nos componentes solúveis e perde sua capacidade de continuar atacando os minerais. Portanto, é nas encostas suaves que o intemperismo é mais intenso. 2.3. Rocha-Mãe Importante porque, dependendo de sua composição mineralógica, textura e estrutura, terá maior ou menor resistência à decomposição e à desagregação. Os primeiros minerais a cristalizar no resfriamento de um magma são os mais instáveis nas condições normais de pressão e temperatura e, assim, são os primeiros a se alterar. Por essa razão, o quartzo é dos mais resistentes e na alteração de um granito, por exemplo, é o último a se decompor. Os mármores, por sua vez, por serem formados de carbonato de cálcio, mineral altamente solúvel em água, alteram-se com muito mais facilidade que os granitos. 2.4. Tempo Quanto maior o tempo de exposição de uma rocha, mais intensa será a ação intempérica sobre ela. Calcula-se que em um milhão de anos o intemperismo rebaixe o relevo de 20 a 50 metros. Na Escandinávia, onde o clima é muito frio, sobre superfícies graníticas expostas há 10 mil anos desenvolveu-se um manto de alteração de apenas poucos milímetros. Em compensação, no Havaí, região muito úmida, no período de apenas um ano desenvolveu-se sobre lavas basálticas recentes uma camada de solo suficiente para uso agrícola. 2.5. Fauna e Flora São fatores de importância menor, mas que atuam fornecendo matéria orgânica para reações químicas e remobilizando materiais. A concentração de CO2 no solo, proveniente da decomposição da matéria orgânica morta, pode ser até 100 vezes maior que na atmosfera. Isso facilita muito a acidificação da água, o que favorece, por exemplo, a dissolução do alumínio. Superfícies rochosas cobertas de liquens são muito mais rapidamente atacadas pelo intemperismo químico que aquelas sem liquens, e raízes de árvores têm grande poder de penetração em fendas de rochas, provocando sua dilatação. Os materiais produzidos pelo intemperismo podem ser transportados para outro local ou permanecerem na 6 posição original. Em qualquer um dos casos, vão gerar um solo, chamado de solo transportado no primeiro caso e de solo residual no segundo. 3. TIPOS DE INTEMPERISMO A ação do intemperismo dá-se através de modificações nas propriedades físicas e químicas dos minerais e rochas. Quando predominam as primeiras, fala-se em intemperismo físico; se predominam as segundas, fala-se em intemperismo químico. Quando há participação de seres vivos e de matéria orgânica, é classificado em físico-biológico ou químico-biológico. 3.1. Intemperismo Físico Consiste basicamente na desagregação da rocha, com separação dos grãos minerais que a compõem e fragmentação da massa rochosa original. As variações de temperatura dilatam e contraem o maciço rochoso, gerando fissuras que com o tempo vão se alargando. Os minerais, por sua vez, possuem diferentes coeficientes de dilatação e respondem de maneira diferente a essas variações térmicas, contribuindo também para o fissuramento. Essas mudanças são particularmente acentuadas no ambiente desértico, que tem dias quentes e noites frias. As variações na umidade também provocam o mesmo efeito. E, se a água que se infiltra em fraturas da rocha sofre congelamento, o intemperismo físico é bem mais acentuado, porque ao congelar a água aumenta em 9% o seu volume e exerce grande pressão sobre as paredes da rocha. Quando a água que se infiltra em fraturas e fissuras contém sais dissolvidos (principalmente cloretos, sulfatos e carbonatos) e esses vêm a precipitar, pode igualmente ocorrer um aumento de volume e consequente fragmentação, pois isso causa enorme pressão sobre a rocha. Esse tipo de fragmentação é um dos principais problemas que afetam monumentos feitos com rocha. Seja qual for a causada fragmentação, ela sempre acaba facilitando a penetração da água e o consequente intemperismo químico da rocha. O Intemperismo Físico conta com subdivisões de tipos: i) Termal e ii) Mecânico. 7 3.2. Intemperismo Químico A maior parte das rochas que hoje afloram formou-se em ambiente muito diferente daquele que há na superfície terrestre atual, onde pressão e temperatura são baixas e onde a água e o oxigênio são muito abundantes. Como consequência, os minerais que formam essas rochas estão hoje em desequilíbrio químico e tendem a se transformar em outros, mais estáveis. O principal agente do intemperismo químico é a água, que, absorvendo o CO² da atmosfera, adquire características ácidas. Em contato com a matéria orgânica do solo, essa água fica mais ácida ainda, o que vai facilitar seu trabalho de dissolução de carbonatos e outras substâncias. O intemperismo químico atua através de reações de hidratação, dissolução, hidrólise, acidólise e oxidação. Os feldspatos e as micas são transformados em argilas, permanecendo o quartzo inalterado. A ação da água sobre o feldspato e a biotita leva à produção de argilas, das quais a principal é o caulim. A principal característica desse tipo de Intemperismo é a quebra das estruturas químicas dos minerais que compõem as rochas ou mesmo o seu sedimento (o material de origem). Depois dessa quebra das estruturas químicas as rochas passam por um processo de decomposição. O mais interessante é que a intensidade de Intemperismo depende da região em que ele está ocorrendo. Ou seja, fatores como o clima, vegetação, pluviosidade, entre outros estão diretamente ligados com o quanto de Intemperismo irá ocorrer. As regiões intertropicais são mais favoráveis para a ocorrência desse fenômeno. Dentro do grande grupo do Intemperismo Químico podemos fazer subdivisões de acordo com os agentes desse processo: i) Oxidação; ii) Hidratação; iii) Dissolução; iv) Hidrólise e v) Acidólise. 3.3. Intemperismo Biológico Esse tipo de Intemperismo acontece pela ação das bactérias que produzem a decomposição biótica dos materiais orgânicos. A grande importância desse tipo de Intemperismo é que ele produz um dois solos mais férteis do mundo. Um processo bastante comum na Rússia e Ucrânia. Ainda existe bastante discussão quanto a classificar o Intemperismo Biológico como físico ou químico, pois quando o animal 8 pisoteia o pasto passa a se tratar de um tipo de erosão física e por isso mesmo a ação de animal, mas o “trabalho” das bactérias ainda é biológico. 4. CONCLUSÃO O intemperismo é um fato bastante importante pois o mesmo prepara o caminho para a erosão que é um dos vilões do aquecimento global. Este e outros fatores fazem do intemperismo um ponto muito importante na natureza e também pela variedade de processos de intemperismo que podem ocorrer sobre uma rocha por completo. O processo de intemperismo pode afetar também a qualidade de um solo, modificando fatores como: acidez, fertilidade, etc. Para a agricultura se faz necessário compreender este processo de formação de solos que são o produto final do intemperismo para que seja possível o melhoramento das técnicas agricultáveis e de conservação de solo. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGENTES EXÓGENOS DO RELEVO, <http://www.mundoeducacao.com/ geografia/ agentes-exogenos-relevo.htm>. Acessado em 02.11.2015 Este é o processo mais lento e mais destrutivo da Terra, <http://hypescience.com/ intemperismo-e-o-processo-mais-lento-e-mais-destrutivo-da-terra/. Acwssado em 03.11/2015 INTEMPERISMO <http://www.mundoeducacao.com/geografia/intemperismo.htm> Acessado em 02.11.2015 Intemperismo: Processo Físico e Químico, <http://meioambiente. culturamix.com/natureza/intemperismo-processo-fisico-e-quimico> Acessado em 03.11.2015 Intemperismo, < http://www.ebah.com.br/content/intemperismo> Acessado em 01.11.2015
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