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Redes de Computadores Prof. Rafael A. G. Lima Aula 4 – Nível de Enlace Conteúdo: Prof. Rafael A. G. Lima Nível de Enlace Principais funções e exemplos; Protocolos de acesso ao meio. Padrão IEEE 802 Principais funções e exemplos; Padrão Ethernet (IEEE 802.3); Padrão Wireless (IEEE 802.11); Camada 2: Enlace (Link de Dados) (pag. 132, ref. 3) Prof. Rafael A. G. Lima Responsável pela detecção de erros da camada física, podendo opcionalmente corrigir os erros detectados. Efetua a entrega ordenada dos quadros. O nível de enlace vai assim converter um canal de transmissão não confiável em um canal confiável para o uso do nível de rede. A técnica utilizada para conseguirmos isso é a partição de cadeia de bits a serem enviados ao nível físico, em quadros, cada um contendo alguma forma de redundância para detecção de erros. Função de criar e reconhecer os limites dos quadros. Em geral quase todos os protocolos de nível de enlace incluem bits de redundância em seus quadros para detecção de erros, mas não a sua correção, uma vez que a detecção e retransmissão requerem menos bits de redundância do que a correção. Outra questão tratada é a de como evitar que o transmissor envie ao receptor mais dados do que este tem condições de processar. Esse problema é evitado com a utilização de algum mecanismo de controle de fluxo que possibilita ao transmissor saber qual é o espaço disponível no buffer do receptor em um dado momento. Ex.: Ethernet,Token Ring,ARP, PPP, Frame Relay,ATM, 802.11, Switch (layer 2) Principais Funções do Nível de Enlace (pag. 160, ref. 3) Prof. Rafael A. G. Lima Delimitação dos quadros; Utiliza métodos para criar e reconhecer os limites dos quadros. Basicamente são usados quatro métodos: Contagem de caracteres; Um campo no cabeçalho informa o número de caracteres do quadro. Caracteres delimitadores; Sequências especiais de bits, denominadas flags; Exemplo: 0111110 como delimitador (protocolo HDLC). Violação de códigos do nível físico; Principais Funções do Nível de Enlace (pag. 160, ref. 3) Prof. Rafael A. G. Lima Controle de fluxo; Utilização de janelas (protocolos de janela deslizante – sliding windows). Controle de erros no enlace; Utiliza quadros especiais carregando avisos de reconhecimento positivo ou negativo dos quadros recebidos. Utiliza temporizador para medir o intervalo de tempo. Os três procedimentos mais utilizados para controlar erros são: Algoritmo de bit alternado (stop-and-wait) Janela n com retransmissão integral (go-back-n) Janela n com retransmissão seletiva (selective repeat) Principais Funções do Nível de Enlace Prof. Rafael A. G. Lima Controle de acesso Mecanismo para gerenciar quem terá o direito de utilizar o meio de transmissão. Tipos de serviços Sem conexão e sem reconhecimento (datagrama não confiável). Apropriado às redes onde a taxa de erros no nível físico é muito baixa. Serviço sem conexão com reconhecimento: Serviço sem conexão pois o tempo de estabelecimento de conexão é significativo em relação ao tempo efetivo de transmissão. Nesse tipo de serviço, o receptor responde ao transmissor enviando quadros de reconhecimento positivo ou de reconhecimento negativo (quando são quadros recebidos com erro). Serviço orientado à conexão: Garante que os quadros transmitidos são entregues ao receptor sem erros e na ordem em que foram enviados. Exemplos de funcionamento de protocolos de Enlace Prof. Rafael A. G. Lima Definições Utopia Pára e espera (stop-and-wait) Janela deslizante Retransmissão integral (go-back-n) Retransmissão seletiva (selective repeat) Go-back-n Prof. Rafael A. G. Lima RX ignora todos os quadros recebidos após quadro c/ erro. RX confirma somente os quadros recebidos corretamente na sequencia. TX temporiza o primeiro quadro não confirmado. Retransmite este os todos os quadros posteriores. Transmissão Seletiva Prof. Rafael A. G. Lima RX armazena quadros recebidos corretamente (aceita recepção fora de ordem) TX temporiza o quadro recebido com erro e o retransmite. Apenas o quadro recebido com erro é retransmitido. Prof. Rafael A. G. Lima Prof. Rafael A. G. Lima Prof. Rafael A. G. Lima Prof. Rafael A. G. Lima Go-back-n Prof. Rafael A. G. Lima Retransmissão Seletiva Prof. Rafael A. G. Lima Retransmissão Seletiva Prof. Rafael A. G. Lima O ACK 5 já confirma todos os quadros até o Quadro 5. Explicação Retransmissão Seletiva Prof. Rafael A. G. Lima Os quadros 0 e 1 são recebidos e confirmados corretamente, e o quadro 2 é perdido. Quando o quadro 3 chega ao receptor, a camada de enlace de dados do receptor percebe que perdeu um quadro e envia de volta um NAK (No AcKnowledge), correspondente ao quadro 2, mas armazena no buffer o quadro 3. Quando os quadros 4 e 5 chegam, eles também são inseridos no buffer pela camada de enlace de dados, em vez de serem repassados à camada de rede. Eventualmente, o NAK do quadro 2 volta ao transmissor, que retransmite de imediato o quadro 2. Quando esse quadro chega, a camada de enlace de dados fica com os quadros 2, 3, 4 e 5, e pode repassar todos à camada de rede na ordem correta. Ela também pode confirmar todos os quadros até o quadro 5, inclusive, como mostra a figura. Se o NAK se perder, o transmissor chegará ao timeout correspondente ao quadro 2 e o enviará (e apenas esse quadro) por sua própria iniciativa, mas isso pode acontecer um pouco mais tarde. Na realidade, o NAK acelera a retransmissão de um quadro específico. Padrão IEEE 802 (pag. 140, ref. 3) Prof. Rafael A. G. Lima Desenvolvimento pela IEEE (Institure of Electrical and Eletronics Engineers) Os protocolos IEEE 802 correspondem à camada Física e à camada de Enlace de dados do modelo OSI. Foi definido uma arquitetura de 3 camadas. Padrão IEEE 802 Prof. Rafael A. G. Lima Padrão IEEE 802 Prof. Rafael A. G. Lima Para entender esse modelo devemos observar que as funções de comunicação mínimas e essenciais de uma rede local correspondem aos níveis 1 e 2 do modelo OSI. 1. Fornecer um ou mais SAPs (Service Access Point) para os usuários da rede. (LLC) 2. Na transmissão, montar os dados a serem transmitidos em quadros com campos de endereço e detecção de erros. (MAC) 3. Na recepção, desmontar os quadros, efetuando o reconhecimento de endereço e detecção de erros. (MAC) 4. Gerenciar a comunicação no enlace. (MAC) Camadas do padrão IEEE 802 Prof. Rafael A. G. Lima Camada LLC A camada LLC especifica os mecanismos para a primeira função e as subfunções a ela relacionadas que contém: Multiplexação do acesso ao meio físico (SAPs); Controle de erro; Controle de fluxo; Definição de diferentes classes de serviços. O protocolo HDLC (high-level data link control) é a base para operação e formato deste padrão. Camadas do padrão IEEE 802 Prof. Rafael A. G. Lima Camada MAC A camada MAC especifica os mecanismos para as outras 3 funções que contém: Permite que os dispositivos compartilhem a capacidade de transmissão de uma rede. Detecção de colisões. Mantém uma tabela dos endereços físicos dos dispositivos. Cada dispositivo será atribuído e deverá ter um endereço MAC exclusivo se o dispositivo for participar da rede. Camadas do padrão IEEE 802 Prof. Rafael A. G. Lima Camada Física Funções associadas ao nível físico como: Características físicas, elétricas e mecânicas. Codificação/decodificação de sinais. Camadas do padrão IEEE 802 Prof. Rafael A. G. Lima A IEEE 802 apresenta várias opções de MAC, associadas a vários meios físicos, como: Alguns padrões 802.x Prof. Rafael A. G. Lima 802.2: Atua no LLC. Padrão de enlace de dados demarcando como a conectividade básica de dados. Usado com os padrões IEEE 802.3, 802.4 e 802.5 802.3: CSMA/CD, especifica a sintaxe e semântica MAC e também a camada Física. 802.4: Especificações do método de acesso TokenBus da camada física. 802.5: Especificações do método de acesso TokenRing da camada física. Alguns padrões 802.x Prof. Rafael A. G. Lima 802.2: Atua no LLC. Padrão de enlace de dados demarcando como a conectividade básica de dados. Usado com os padrões IEEE 802.3, 802.4 e 802.5 802.3: CSMA/CD, especifica a sintaxe e semântica MAC e também a camada Física. 802.4: Especificações do método de acesso TokenBus da camada física. 802.5: Especificações do método de acesso TokenRing da camada física. Alguns padrões 802.x Prof. Rafael A. G. Lima 802.11a: Frequência de 5 GHz e taxa de 54 Mbps. Este padrão não foi muito bem aceito no mercado pois não é compatível com os padrões 802.11b e b+ 802.11b: Taxas de transmissão de 11 e 5,5 Mbps 802.11b+: Taxas de transmissão de 22 Mbps 802.11g: Frequência de 2,4 GHz e taxas de transmissão de 54 Mbps 802.11g+: Frequência de 2,4 GHz e taxas de transmissão de 108 Mbps 802.11n: Frequência de 2,4 GHz e/ou 5 Ghz e taxas de transmissão de 65 Mbps à 300 Mbps Padrões de Arquiteturas de Redes Prof. Rafael A. G. Lima TOKEN RING – Arquitetura baseada em anel e utiliza um token passagem dos quadros de dados. FDDI – Arquitetura em anel fibra ótica, usando fibra ótica em um anel duplo de segurança e utiliza também o token para passagem dos quadros de dados. Ethernet – Arquitetura que define o cabeamento e sinais elétricos para a camada física, o formato dos dados e protocolos para a camada de controle de acesso ao meio (MAC). Padrão Ethernet Prof. Rafael A. G. Lima Padrão que nasceu junto com a padronização do IEEE 802.x. Foi desenvolvida em 1971 pela Universidade do Hawai com chancela da Xerox, por Robert Metcalfe. Metcalfe saiu da Xerox, criou a 3Com e convenceu a Intel, Dec e a própria Xerox à aperfeiçoar o padrão Ethernet. Padrão Ethernet Prof. Rafael A. G. Lima Quem propiciou o crescimento do padrão Ethernet foi seu protocolo de controle e acesso ao meio. O protocolo foi denominado CSMA/CD (Carrir Sense Multiple Access, with Collision Detection). Esse padrão evoluiu de uma taxa de 2,94 Mbps até 10 Mbps. Pode ser implementado pela topologia barramento ou estrela. Padrão Ethernet Prof. Rafael A. G. Lima Funções: Camada física: Transmite os quadros entregues pela camada MAC usando o método CSMA/CD. Define ainda como os dados são transmitidos através do cabeamento da rede e o formato dos conectores usado nas placas de rede. Evolução Padrão Ethernet Prof. Rafael A. G. Lima O padrão Ethernet evoluiu com o tempo conforme as suas taxas de transmissão: Fast Ethernet – 100 Mbps Gigabit Ethernet – 1 Gbps 10 Gigabit Ethernet – 10 Gbps Consequentemente os meios de transmissão também evoluíram. CSMA/CD Prof. Rafael A. G. Lima Todos os micros compartilham o mesmo cabo, independentemente da topologia usada. Significa que quando o cabo está sendo usado, nenhuma outra máquina poderá usá-lo ao mesmo tempo. Numa rede Ethernet quem faz essa verificação é a placa de rede. Daí o nome Carrier Sense (detecção de portadora). CSMA/CD Prof. Rafael A. G. Lima Como não existe prioridade (Multiple Access – Acesso Múltiplo), pode acontecer de duas placas perceberem o cabo livre e começar a transmissão acontecendo a colisão. Quando ocorre uma colisão, todas as placas de rede param de transmitir e esperam um período de tempo aleatório, e tenta a retransmissão. Por isso a sigla CD (Collision Detection). CSMA/CD Prof. Rafael A. G. Lima Quanto mais máquinas na rede, maior a probabilidade de ocorrerem colisões, degradando a rede. O termo colisão não representa algo errado, mas é inerente do processo pois faz parte do funcionamento do protocolo CSMA/CD. CSMA/CD Prof. Rafael A. G. Lima Em redes pequenas essas retransmissões acontecem em alguns microsegundos. Quando os dados são transmitidos, todas as máquinas recebem esse quadro ao mesmo tempo, mas só quem possuir o endereço MAC de destino receberá a informação. Exercícios p/ próxima aula Prof. Rafael A. G. Lima Pesquisar a diferença entre os protocolos de acesso ao meio: CSMA/CD e CSMA/CA. Pesquisar algumas diferenças entre os padrões: Ethernet, Fast Ethernet, Gigabit Ethernet e 10 Gigabit Ethernet. Pesquisar sobre os protocolos HDLC e PPP.
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