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LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE LUÍS 
EDUARDO MAGALHÃES/BAHIA 
 
PODER LEGISLATIVO MUNICIPAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
 
 
 
TÍTULO I 
Do Município 
 5 
 
CAPÍTULO I 
Dos Fundamentos da Organização Municipal 
 5 
 
CAPÍTULO II 
Da Competência 
 5 
 
CAPÍTULO III 
Dos Bens Municipais 
 9 
 
CAPÍTULO IV 
Da Organização Político-administrativa do Município 
 10 
 
CAPÍTULO V 
Da Administração Pública 
 11 
 
SEÇÃO I 
Disposições Gerais 
11 
 
SEÇÃO II 
Dos Servidores Públicos 
 13 
 
 2 
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TÍTULO II 
Da Organização dos Poderes 
 16 
 
CAPÍTULO I 
Do Poder Legislativo 
 16 
 
SEÇÃO I 
Da Câmara Municipal 
 16 
 
SEÇÃO II 
Das Competências da Câmara Municipal 
 18 
 
SEÇÃO III 
Da Mesa da Câmara 
 20 
 
SEÇÃO IV 
Das Comissões 
 22 
 
SEÇÃO V 
Dos Vereadores 
 23 
 
CAPÍTULO II 
Do Processo Legislativo 
 24 
 
SEÇÃO I 
Das Emendas à Lei Orgânica 
 24 
 
SEÇÃO II 
Das Leis 
 25 
 
 3 
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 4 
SEÇÃO III 
Dos Decretos Legislativos e Resoluções 
 26 
 
SEÇÃO IV 
Da Discussão e Votação de Proposições 
 27 
 
CAPÍTULO III 
Da Fiscalização Contábil, Financeira, Orçamentária e Patrimonial 
 29 
 
CAPÍTULO IV 
Do Poder Executivo Municipal 
 30 
 
SEÇÃO I 
Do Prefeito 
30 
 
SEÇÃO II 
Da Responsabilidade do Prefeito 
 34 
 
SEÇÃO III 
Dos Secretários Municipais 
 35 
 
TÍTULO III 
Da Tributação e do Orçamento 
 36 
 
CAPÍTULO I 
Dos Tributos Municipais 
 36 
 
CAPÍTULO II 
Dos Orçamentos 
 37 
 
TÍTULO IV 
Da Ordem Econômica e Social 
 41 
 4 
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CAPÍTULO I 
Disposições Gerais 
 41 
 
CAPÍTULO II 
Da Política Urbana 
 43 
 
CAPÍTULO III 
Da Política Agrária 
 44 
 
CAPÍTULO IV 
Da Proteção ao Cidadão 
 45 
 
CAPÍTULO V 
Do Meio Ambiente 
 46 
 
CAPÍTULO VI 
Da Saúde 
 49 
 
CAPÍTULO VII 
Da Assistência Social 
 51 
 
CAPÍTULO VIII 
Da Cultura, da Educação e do Desporto 
 52 
 
CAPÍTULO IX 
Das Associações e Cooperativas 
 55 
 
TÍTULO V 
Atos das Disposições Constitucionais Transitórias 
 56 
 
TÍTULO VI 
Das Disposições Finais 
 
 5 
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TÍTULO I 
DO MUNICÍPIO 
CAPÍTULO I 
DOS FUNDAMENTOS DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL 
 
Art. 1o - O Município de Luís Eduardo Magalhães, parte integrante do 
Estado da Bahia, com sede na cidade do mesmo nome, reger-se-á por esta Lei Orgânica 
e pelas leis que adotar, nos limites da sua autonomia e do território sob sua jurisdição, 
respeitados os princípios constitucionais, sob os fundamentos: 
I - da autonomia; 
II - da cidadania; 
III - da dignidade da pessoa humana; 
IV - dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. 
 
Parágrafo Único - Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos da Constituição Federal, da 
Constituição Estadual e desta Lei Orgânica. 
 
Art. 2o – A ação do poder Municipal desenvolve-se em todo o seu território 
tendo por objetivo reduzir as desigualdades regionais e sociais, promovendo o bem estar 
de todos, sem discriminação de origem, raça, sexo, cor, idade, ideologia ou sectarismo 
religioso. 
 
Art. 3o – São poderes do Município, independentes e harmônicos entre si, o 
Legislativo e o Executivo. 
 
Art. 4o – São símbolos do Município a bandeira, o hino, o brasão e outros 
que venham a ser instituídos por lei. 
 
Art. 5o – São princípios que fundamentam a organização do Município: 
I – o pleno exercício da autonomia municipal; 
II – o exercício da soberania e a participação popular na administração 
municipal e no controle dos seus atos; 
III – a preservação dos interesses gerais e coletivos; 
IV – a garantia de acesso aos bens e serviços públicos que assegurem as 
condições essenciais de existência digna a todos os munícipes; 
V – a promoção do desenvolvimento, com a erradicação das causas da 
pobreza e da marginalização e a redução das desigualdades sociais; 
VI – a defesa e a preservação do território, dos recursos naturais e do meio 
ambiente; 
VII – a preservação dos valores, da cultura e da história do Município; 
VIII – a probidade na administração. 
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CAPÍTULO II 
DA COMPETÊNCIA 
 
Art. 6o – Ao Município de Luís Eduardo Magalhães compete: 
I - legislar sobre assuntos de interesse local; 
II - suplementar a legislação federal e estadual no que couber; 
III - elaborar e executar o plano plurianual, as diretrizes orçamentárias e o 
orçamento anual, prevendo a receita e fixando a despesa com base em planejamento 
adequado; 
IV - instituir e arrecadar os tributos municipais, bem como aplicar suas 
rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de prestar contas e publicar o balancete nos 
prazos fixados em lei; 
V - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas e preços públicos de sua competência; 
VI - criar, organizar e suprimir distritos, observado o disposto na legislação 
estadual; 
VII - dispor sobre a administração, utilização e execução dos serviços 
municipais; 
VIII – promover a construção e conservação de estradas, ruas, vias ou 
caminhos municipais; 
IX - dispor sobre a administração, utilização e alienação dos seus bens, 
cabendo-lhe: 
a) adquirir bens, inclusive através de desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública ou interesse social; 
b) aceitar legados ou doações; 
c) dispor sobre concessão, cessão, permissão e autorização de uso dos seus 
bens; 
X – dispor sobre o regime jurídico dos seus servidores, observado o disposto 
na Constituição Federal e legislação complementar pertinente; 
XI - organizar e prestar, diretamente ou sob o regime de concessão ou 
permissão, os serviços públicos locais, inclusive o de transporte coletivo, que tem 
caráter essencial, bem como organizar e regulamentar os serviços de táxi, fixando as 
respectivas tarifas; 
XII – conceder licença, regulamentar e fiscalizar jogos esportivos, 
espetáculos e divertimentos públicos, observadas as prescrições legais; 
XIII - com a cooperação técnica e financeira do Estado, de Empresas 
Privadas e da União, manter programas de educação pré-escolar e de ensino 
fundamental; 
XIV - criar, executar e dar apoio a programas educacionais e de cultura que 
proporcionem o pleno desenvolvimento da criança e do adolescente; 
XV - prestar amparo especial aos idosos e aos portadores de deficiência; 
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XVI - apoiar e incentivar a participação popular na formulação de políticas 
públicas e sua ação governamental, estabelecendo programas de incentivo a projetos de 
organização comunitária, cooperativas de produção e mutirões; 
XVII - com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, manter 
postos de atendimento à saúde da população, inclusive assistência médica de 
emergência, médico-hospitalar e de pronto-socorro, com recursos próprios ou 
conveniados; 
XVIII – promover o adequado ordenamento territorial, mediante 
planejamento e controle do uso, do parcelamento e da ocupação do solo urbano; 
XIX – instituir, complementarmente à legislação federal, regras de 
loteamento, edificações, arruamento e zoneamento urbano, nos quais se exigirão 
reservas de áreas destinadas a: 
a) zonas verdes e demais logradouros públicos; 
b) vias de tráfego e passagem de canalização pública de esgotos e de águas 
pluviais, inclusive em áreas de loteamentos; 
c) praças e escolas. 
XX – estabelecer, através do seu Plano Diretor Urbano, normas urbanísticas 
que sejam convenientes à ordenação do seu território, de conformidadecom as 
diretrizes da lei federal; 
XXI - instituir, planejar e fiscalizar programas de desenvolvimento urbano 
nas áreas de habitação e saneamento básico, de conformidade com as diretrizes 
prescritas na legislação federal, sem prejuízo do exercício da competência comum 
correspondente; 
XXII - prover a limpeza das vias e logradouros públicos, remoção e destino 
do lixo domiciliar ou não, bem como de outros detritos e resíduos de qualquer natureza; 
XXIII - organizar e manter os serviços da fiscalização necessários ao 
exercício do seu poder de polícia; 
XXIV - fiscalizar, nos locais de venda, peso, medidas e condições sanitárias 
dos gêneros alimentícios, observado o disposto na legislação federal e estadual. 
XXV - dispor sobre a guarda e venda de animais e mercadorias apreendidas 
em decorrência de transgressão da legislação municipal; 
XXVI - dispor sobre registro guarda, vacinação e captura de animais, com a 
finalidade precípua de controlar e/ou erradicar moléstias de que possam ser portadores 
ou transmissores; 
XXVII - sinalizar as vias públicas e as estradas municipais, bem como 
regulamentar a sua utilização; 
XXVIII - estabelecer normas de utilização dos logradouros públicos, 
especialmente no perímetro urbano, determinar o itinerário e os pontos de parada 
obrigatória de veículos de transporte coletivo, e garantir o acesso adequado aos 
portadores de deficiência; 
XXIX - fixar e sinalizar as zonas de silêncio, trânsito e tráfego em condições 
especiais; 
XXX - estabelecer normas de utilização dos bens públicos de uso comum; 
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XXXI - regulamentar, autorizar e fiscalizar a fixação de cartazes, anúncios, 
faixas e emblemas, bem como a utilização de quaisquer outros meios de publicidade e 
propaganda nos locais sujeitos ao poder de polícia municipal; 
XXXII – dispor sobre o serviço funerário e de cemitério, encarregando-se da 
administração daqueles que forem públicos, autorizando e fiscalizando os pertencentes à 
entidade privada; 
XXXIII – disciplinar e fiscalizar as atividades relacionadas com a 
exploração de mercados e matadouros e manter e fiscalizar feiras livres no Município; 
XXXIV – ordenar as atividades urbanas, fixando condições e horários de 
funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais e de prestação de serviços, 
cabendo-lhe, inclusive: 
a) conceder, renovar ou revogar alvará de licença para localização e 
funcionamento de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores de serviços e 
quaisquer outros; 
b) revogar a licença de funcionamento concedida ao estabelecimento cuja 
atividade venha a se tornar nociva à saúde, à higiene, à segurança, ao sossego e aos bons 
costumes; 
c) conceder licença para o exercício do comércio eventual ou ambulante em 
locais pré-determinados conforme leis complementares; 
d) o comércio, indústria e serviços poderão ao seu critério trabalhar aos 
sábados, domingos e feriados cabendo-lhes cumprir com suas obrigações trabalhistas. 
XXXV - assegurar a expedição de certidões, quando requeridas às 
repartições municipais, para defesa de direitos e esclarecimentos de situações; 
XXXVI - prover a iluminação pública da sede, dos distritos e dos povoados; 
XXXVII - instituir a criação do centro industrial, onde serão instaladas as 
indústrias de pequeno, médio e grandes portes; 
a) o centro industrial será considerado para fins de zoneamento como área 
urbana. 
XXXVIII- prover a denominação, numeração e emplacamento de 
logradouros públicos, vedados à utilização de nome, sobrenome ou cognome de pessoas 
vivas; 
XXXIX – sinalizar as vias urbanas e estradas municipais, bem como 
regulamentar e fiscalizar sua utilização, cabendo-lhe ainda: 
a) fixar locais para estacionamento de veículos, inclusive em áreas de 
interesse turístico e de lazer; 
b) fixar e sinalizar os limites das zonas de silêncio, de trânsito e de tráfego 
em condições especiais; 
c) disciplinar os serviços de carga e descarga, fixar os tipos, dimensões e 
tonelagem máxima permitida a veículos que circulem em vias públicas e estradas 
municipais; 
XL – estabelecer e impor penalidades por infração de suas leis e serviços; 
XLI – conceder licença para realização de jogos, espetáculos e 
divertimentos públicos, observados as prescrições legais. 
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XLII – tornar obrigatória a utilização da estação rodoviária, quando houver; 
XLIII – poderá prover a prevenção e extinção de incêndios. 
 XLIV – instituir a guarda municipal destinada à proteção de seus bens, 
serviços e instalações, conforme lei complementar que estabelecerá a organização e 
competência desta força, respeitando as disposições Federais e Estaduais; 
XLV – celebrar convênios para execução de suas leis e serviços. 
 
Art. 7o - A concessão de serviços públicos essenciais só será feita com a 
autorização da Câmara, mediante contrato, precedido de concorrência. A permissão, 
sempre a título precário, que não poderá ser superior a um ano, será outorgada por 
Direito, após edital de chamamento de interessados para escolha do melhor preço. 
(redação dada pela ELO nº04/2010) 
§ 1o - O município poderá revogar a concessão ou permissão, sem 
indenização, desde que os serviços sejam executados em desconformidade com o 
contrato ou ato, ou revelarem manifesta insuficiência para atendimento dos usuários. 
§ 2o – Para a revogação, será instalada uma sindicância com um 
representante da concessionária, dois do Legislativo e dois do Executivo, sendo o 
resultado da mesma, fator preponderante para a revogação. 
§ 3o – Entende-se por serviços públicos essenciais os de transporte 
coletivos, conforme art. 30, V da Constituição Federal. 
 
Art.8 o Compete ao Município, em comum com a União e o Estado: 
I – zelar pela guarda da Constituição, das instituições democráticas e pelo 
patrimônio público; 
II – cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e garantia das pessoas 
portadoras de deficiência; 
III – proporcionar aos munícipes os meios de acesso à cultura, à educação e 
à ciência; 
IV – impedir a evasão, a destruição e a descaracterização das obras de arte e 
de outros bens e edificações de valor histórico, artístico e cultural; 
V - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, 
artístico e cultural, os monumentos, as edificações, as paisagens naturais notáveis e os 
sítios arqueológicos; 
VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas 
formas; 
VII - proteger a fauna e a flora, em especial as espécies ameaçadas de 
extinção; 
VIII - promover programas de construção de moradias e a melhoria das 
condições habitacionais e de saneamento básico; 
IX - fomentar a produção agropecuária e organizar o abastecimento 
alimentar; 
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X - combater as causas da pobreza e os fatores de marginalização, 
promovendo a integração social dos setores menos favorecidos da população; 
XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de direitos de pesquisa 
e exploração de recursos minerais em seu território, observadas a legislação federal; 
XII - estabelecer e implantar programas de educação e segurança no 
trânsito. 
 
CAPÍTULO III 
DOS BENS MUNICIPAIS 
 
Art. 9o – Constituem patrimônio do Município os bens que lhe pertencem e 
os que lhe vierem a ser atribuídos, aí incluídos seus direitos, ações, os bens móveis e 
imóveis e as rendas provenientes do exercício das atividades de sua competência e da 
prestação dos seus serviços. 
 
Art. 10o – A alienação de bens municipais, subordinada à existência de 
interesse público devidamente justificado, será sempre precedida de avaliação e 
obedecerá às seguintes normas: 
I – quando imóveis, dependerá de autorização legislativa e concorrência 
pública. 
II – quando móveis, dependerá de licitação. 
 
Parágrafo Único –Na alienação dos bens móveis e imóveis do Município, 
sob qualquer modalidade, serão observadas ainda as regras estabelecidas na legislação 
federal e estadual concernente às licitações. 
 
Art. 11 - Atendido o interesse público e após autorização legislativa, o 
Executivo poderá autorizar, mediante prazo e condições previamente fixados, o uso de 
bem público municipal por associação representativa de bairro a título gratuito. 
 
Parágrafo Único - Somente poderão ser beneficiadas pelo disposto neste 
artigo as associações sem fins lucrativos, devidamente registradas e reconhecidas de 
utilidade pública por lei municipal. 
 
Art. 12 - A aquisição de bens imóveis, por compra ou permuta, dependerá 
de prévia avaliação e autorização legislativa. 
 
Art. 13 – A doação ou venda de qualquer fração dos parques, praças, jardins 
e largos públicos, dependerá de prévia autorização legislativa. 
 
Parágrafo Único – As áreas já ocupadas por entidades sem fim lucrativo 
deverão ser regularizadas num prazo de 180 dias. 
 
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Art. 14 - O uso de bens municipais por terceiros só poderá ser feito 
mediante concessão ou permissão a título precário e por tempo determinado, observado 
o interesse público. 
§ 1o - A concessão de direito real de uso de bens públicos de uso especial e 
dominical dependerá de lei e concorrência pública, e será feita mediante contrato, sob 
pena de nulidade do ato, exceto se destinar à utilização por concessionária de serviço 
público, entidades assistenciais ou se tratar de relevante interesse público devidamente 
justificado, exigida, em qualquer dessas hipóteses, autorização legislativa. 
§ 2o - A permissão de uso, que poderá incidir sobre qualquer bem público, 
será feita, a título precário, por ato bilateral do Prefeito, e da Câmara Municipal. 
 
Art. 15 - Poderão ser cedidos à entidades comunitárias, mediante convenio 
autorizado pelo Legislativo, para serviços transitórios, máquinas e operadores da 
prefeitura, desde que não haja prejuízo para os trabalhos do Município e o interessado 
recolha, previamente, a remuneração arbitrada e assine o termo de responsabilidade pela 
conservação e devolução dos bens cedidos. 
 
Art. 16 - A utilização e administração dos bens públicos de uso especial, 
como mercados, matadouros, estações, recintos de espetáculos e campos de futebol será 
permitida na forma da lei e regulamentos respectivos. 
 
Art. 17 - Os bens patrimoniais do município poderão ser classificados: 
 I - pela sua natureza; 
 II - em relação a cada serviço. 
 
Parágrafo Único - Anualmente deverá ser feita a verificação da 
escrituração do patrimônio com os bens existentes e, por ocasião da prestação de contas 
de cada exercício, será a estas incorporado o inventário dos bens municipais. 
 
Art. 18 - Todos os bens municipais deverão ser cadastrados com a 
identificação respectiva, numerando-se os móveis, segundo o que for estabelecido em 
regulamento, os quais ficarão sob a responsabilidade do chefe da secretaria ou diretoria 
a que forem distribuídos. 
 
Parágrafo Único - O Prefeito, no prazo de noventa dias, apresentará à 
Câmara Municipal, sempre que por esta requerida, o inventário dos bens já existentes e 
pertencentes ao Município. 
 
CAPÍTULO IV 
DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO 
 
Art. 19 – O município poderá dividir-se, para fins administrativos, em 
Distritos a serem criados, organizados, suprimidos ou fundidos por lei, após consulta 
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plebiscitária à população diretamente interessada, observada a legislação estadual e o 
atendimento aos requisitos estabelecidos no art. 20 desta lei orgânica. 
§ 1o – A criação do Distrito poderá efetuar-se mediante fusão de dois ou 
mais Distritos, que serão suprimidos, sendo dispensada, nessa hipótese a verificação dos 
requisitos do art. 19 desta lei orgânica. 
§ 2o – A extinção do Distrito somente se efetuará mediante consulta 
plebiscitária á população da área interessada. 
§ 3o – O Distrito terá o nome da respectiva sede, cuja categoria será de vila. 
 
Art. 20 – São requisitos para criação de Distrito o cumprimento do disposto 
na Lei Complementar nº 002 de 04 de maio de 1990. 
 
Art. 21 – Na fixação das divisas distritais serão observadas as seguintes 
normas: 
 
I – evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimétricas, 
estrangulamentos e alongamentos exagerados; 
II – dar-se-á preferência para delimitação, às linhas naturais, facilmente 
identificáveis; 
III – na existência de linhas naturais, utilizar-se-á linha reta, cujos extremos, 
pontos naturais ou não, sejam facilmente identificáveis e tenham condições de fixidez; 
IV – é vedada a interrupção de continuidade territorial do município, ou 
Distrito de origem. 
 
Parágrafo Único – As divisas distritais serão descritas trecho a trecho, 
salvo, para evitar duplicidade, nos trechos que coincidirem com os limites municipais. 
 
Art. 22 – A alteração de divisão administrativa do município somente pode 
ser feita quadrienalmente, no ano anterior ao das eleições municipais. 
 
Art. 23 – A instalação do Distrito far-se-á perante o Juiz de Direito da 
Comarca, na sede do Distrito. 
CAPÍTULO V 
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
SEÇÃO I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 24 - A Administração Pública direta ou indireta ou fundacional, de 
qualquer dos poderes do Município, obedece aos princípios de legalidade, 
impessoalidade, moralidade, publicidade e também ao que se segue: 
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I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis a todos os 
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei; 
II - ressalvadas as nomeações para cargo em comissão, declarados em lei de 
livre nomeação e exoneração, e outros casos previstos na Constituição Federal, a 
investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso 
público de provas e títulos; 
III - o prazo de validade de concurso público é de até dois anos, prorrogável 
uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele 
aprovado em concurso público de provas e títulos será convocado com prioridade sobre 
novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; 
V - é garantido ao servidor público o direito à livre associação sindical; 
VI - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em 
leis Estadual e Federal. 
VII – a lei reservará aos portadores de deficiência um percentual de cargos e 
empregos públicos e definirá os critérios de sua admissão; 
VIII – lei municipal estabelecerá os casos de contratação por tempo 
determinado, para atender necessidades de excepcional interesse público; 
IX - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o 
parágrafo único do art. 27 desta Lei somente poderão ser fixados ou alterados por lei 
específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral 
anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
X - a lei fixará o limite máximo entre a maioria e a menor remuneração dos 
servidores públicos, tendo como limite máximo os valores percebidos como 
remuneração, em espécie, pelo Prefeito, e observadas às disposições da Constituição 
Federal; 
XI - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo não poderão ser 
superiores aos pagos pelo Poder Executivo; 
XII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies 
remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do serviço público; 
XIII - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão 
computados nem acumulados para efeito de aumentos ulteriores; 
XIV – o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos ou empregos 
públicos são irredutíveis e a remuneração obedecerá ao que dispõem os incisos X e XIII 
deste artigo e os artigos 150,II, 153, III e 153, § 2º., I da Constituição Federal; 
XV - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando 
houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso 
X: 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos privativos de médico. 
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XVI - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange 
autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista e sociedades 
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
XVII – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a 
instituição de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, 
observada, neste último caso, a lei complementar federal; 
XVIII - ressalvados os casos especificados na lei federal e observadas as 
demais disposições pertinentes, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições 
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, 
mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da lei, exigindo-se a 
qualificação técnico-econômica indispensável à garantia do cumprimento da obrigação. 
§ 1o - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos 
órgãos públicos, deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela 
não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal 
de autoridades ou servidores públicos. 
§ 2o - O não cumprimento do disposto nos incisos II e III deste artigo 
implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável nos termos da Lei. 
§ 3o - A lei disciplinará as formas de participação do usuário na 
administração pública direta e indireta, especialmente no que respeita às reclamações 
relativas à prestação dos serviços públicos em geral, ao acesso dos usuários a registros 
administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, 
X e XXXIII, da Constituição Federal, e a disciplina da representação contra o exercício 
negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração pública. 
§ 4o - Os atos de improbidade administrativa importarão na suspensão dos 
direitos políticos, na perda da função pública, cabendo à Administração promover a 
competente ação judicial para o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da ação penal 
cabível. 
§ 5o - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado 
prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa 
qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável 
nos casos de dolo ou culpa. 
§ 6o – A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por 
qualquer agente, servidor ou prestador de serviço que cause prejuízo ao erário, 
ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
§ 7º - Fica criado o Instituto de Previdência do Legislativo do Município de 
Luis Eduardo Magalhães – IPLLEM, que terá personalidade jurídica própria e 
autonomia administrativa e que será regido por Lei, seu Regulamento e demais atos 
baixados pelos órgãos competentes de sua administração. (§ acrescentado pela ELO nº 
04/2010) 
 
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Art. 25 - É vedado à administração municipal, além de outros casos 
previstos na legislação federal e estadual e nesta Lei Orgânica: 
I – estabelecer, com recursos públicos, cultos religiosos ou igrejas, 
subvencioná-los, dificultar-lhes o funcionamento ou manter, com eles ou seus 
representantes, relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a 
colaboração no interesse público; 
II - recusar fé aos documentos públicos; 
III – estabelecer distinções entre brasileiros usando critérios diferentes para 
uma mesma situação ou por motivos particulares; 
IV - financiar ou prestar auxílio, de qualquer forma, com recursos públicos, 
quer pela imprensa escrita, rádio, televisão, serviço de alto falante ou outro meio de 
comunicação, para propaganda político-partidária ou campanhas com objetivos 
estranhos à administração e ao interesse público. 
SEÇÃO II 
DOS SERVIDORES PÚBLICOS 
 
Art. 26 - O Município estabelecerá o regime jurídico e plano de carreira 
para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações 
públicas. 
 
Parágrafo Único - A lei garantirá aos servidores da administração direta 
isonomia de vencimento para cargo de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo 
poder ou entre servidores dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas as vantagens 
de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. 
 
Art. 27 - São direitos dos servidores públicos civis, além dos previstos na 
Constituição Federal: 
I - salário mínimo; 
II - irredutibilidade do subsídio e dos vencimentos dos ocupantes de cargo e 
emprego público, ressalvado o que dispõe o art. 37, XV, da Constituição Federal e ou o 
que for disposto em convenção ou acordo coletivo. 
III – décimo terceiro salário com base na remuneração integral ou no valor 
da aposentadoria; 
IV – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
V – salário família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa 
renda, nos termos da lei; 
VI – duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta 
e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, 
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; 
VII – repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; 
VIII – remuneração do trabalho extraordinário superior em cinqüenta por 
cento ao do normal; 
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IX - gozo de férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais 
do que o salário normal vedado a transformação do período de férias em tempo de 
serviço; 
X - licença à gestante, sem prejuízo do cargo e do salário, com a duração de 
cento e vinte dias, extensiva à servidora que vier a adotar criança, perdurando, neste 
caso, o benefício, até que se completem cento e vinte dias da adoção; 
XI - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; 
XII- proteção do mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos 
específicos, nos termos da lei; 
XIII - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de 
saúde, higiene e segurança; 
XIV – proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de 
critério de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil; 
XV - licença não remunerada para tratamento de interesse particular, no 
prazo fixado na lei Federal 
XVI - direito de greve, cujo exercício se dará nos termos e limites definidos 
em lei específica; 
XVII - garantia de mudança de função à gestante, nos casos em que houver 
recomendação clínica, sem prejuízo de seus vencimentos e demais vantagens do cargo; 
 
XVIII - garantia ao homem, à mulher e a seus dependentes do direito de 
usufruir os benefícios previdenciários decorrentes de contribuição de cônjuge ou 
companheiros; 
XIX - garantia de que nenhum servidor público sofrerá punição disciplinar 
sem que seja ouvido através de sindicância ou processo administrativo, sendo-lhe 
assegurado o direito de defesa; 
XX - participação na gerência de fundos e entidades, para os quais 
contribuem na forma de lei; 
XXI - fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do 
sistema remuneratório, observado o que dispõe a Constituição Federal; 
XXII - disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, 
em caso de extinção ou declaração de desnecessidade do cargo, até seu adequado 
aproveitamento; 
XXIII - adicional por tempo de serviço prestado, a qualquer tempo, na 
Administração Pública Municipal direta, suas autarquias, fundações, empresaspúblicas 
e sociedades de economia mista; 
XXIV - vedação do exercício, pelo servidor, de função não correspondente 
ao cargo que ocupa, ressalvados os casos de substituição temporária e justificada, com 
prazo determinado; 
XXV - disponibilidade do servidor para o exercício de mandato eletivo em 
diretoria de entidade sindical representativa da categoria, em qualquer dos Poderes do 
Município, na forma da lei; 
 
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Parágrafo Único – suprimido (ELO nº 04/2010) 
 
Art. 28 – A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá 
exceder a sessenta por cento das suas receitas correntes, na forma da lei complementar 
federal, incluindo o Legislativo. 
 
Art. 29 - Aos servidores titulares de cargo efetivo do Município, incluídas 
as suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter 
contributivo, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial, bem 
como o que dispõe a Constituição Federal. 
 
Art. 30 - É vedado o estabelecimento de limite máximo de idade para o 
ingresso no serviço público, respeitado o limite constitucional para a aposentadoria 
compulsória, excetuados os casos previstos em lei. 
 
Art. 31 – São estáveis, após dois anos de efetivo exercício, os servidores 
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1o - O servidor público estável somente perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla 
defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na 
forma de lei complementar, assegurada ampla defesa 
§ 2o - Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será 
ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de 
origem, sem direito à indenização, aproveitado em outro cargo ou posto em 
disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
 
Art. 32 - Ao servidor público da administração direta, autárquica e 
fundacional do Município, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes 
disposições: 
I – tratando-se de mandato eletivo federal, ficará afastado do cargo, 
emprego ou função; 
II – investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou 
função, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; 
III – investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de 
horários, perceberá as vantagens do seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo 
eletivo, e, não havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV – em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato 
eletivo, seu tempo de serviço será contado para todos os efeitos legais, exceto para 
promoção por merecimento; 
V – para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os 
valores serão determinados como se no exercício estivesse. 
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TÍTULO II 
DA ORGANIZAÇÃO DOS PODERES 
 
CAPÍTULO I 
DO PODER LEGISLATIVO 
 
SEÇÃO I 
DA CÂMARA MUNICIPAL 
 
Art. 33 - O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal, com sede 
no Distrito Sede do Município, constituída de Vereadores eleitos pelo sistema 
proporcional para um mandato de quatro anos. 
§ 1o - Os Vereadores serão em numero de 15 (quinze), alterando-se esse 
numero mediante aumento da população, conforme estimativa do IBGE no ano de cada 
pleito, em consonância com o disposto no art. 29 da Constituição Federal. (alterado pela ELO 
nº 04/2010) 
§ 2o – São condições de elegibilidade para o mandato de Vereador na forma 
da lei federal: 
I – a nacionalidade brasileira; 
II – o pleno exercício dos direitos políticos; 
III – o alistamento eleitoral; 
IV – o domicílio eleitoral na circunscrição; 
V – a filiação partidária; 
VI – a idade mínima de dezoito anos; 
VII – ser alfabetizado. 
 
Art. 34 - A Câmara Municipal reunir-se-á ordinariamente, em sessão 
legislativa anual, no período compreendido entre 15. de fevereiro e 30 de junho e 1º. de 
agosto a 15 de dezembro, (Alterado pela Emenda 003, de 08 de junho de 2005 – CONFORME LEI MUNICIPAL 
210/05) 
§ 1o - A sessão legislativa anual não será interrompida sem a aprovação dos 
projetos de lei relativos às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual. 
§ 2o - suprimido (ELO nº04/2010) 
 
Art. 35 - A convocação extraordinária da Câmara de Vereadores, durante os 
períodos de recesso ou no período ordinário, poderá ocorrer em casos de urgência 
interesse público relevante ou ainda para acelerar o processo legislativo e dependerá de 
convocação prévia, limitadas as deliberações à matéria para a qual for convocado e será 
feita: 
I - pelo seu Presidente; 
II - pelo Prefeito; 
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III - a requerimento da maioria dos seus membros. (nova redação ELO nº04/2010) 
 
Art. 36 – A Legislatura será instalada, em sessão solene, a ser realizada às 
17:00 (dezessete) horas do dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao da eleição para dar 
posse aos Vereadores e proceder à eleição da Mesa para um mandato de dois anos. 
Assumirá a direção dos trabalhos o último Presidente da Câmara, se reeleito Vereador, 
ou à sua falta, sucessivamente, dentre os Vereadores presentes, o que haja recentemente 
exercido, por mandato, a Presidência ou a Secretaria, na gradação ordinal destes cargos. 
À falta de qualquer destes, assumirá o Vereador com maior número de legislaturas e, 
entre estes, o mais idoso, que convidará outros dois vereadores para assumirem os 
trabalhos de primeiro e segundo secretários. 
§ 1o - O candidato diplomado Vereador deverá apresentar à Mesa, até 31 de 
Dezembro do ano de sua eleição, o Diploma expedido pela Justiça Eleitoral, juntamente 
com a comunicação de seu nome parlamentar, legenda partidária ou bloco político a que 
pertence e declaração de bens que será transcrita em livro próprio. 
§ 2o - O Presidente proclamará os nomes dos diplomados, constantes da 
relação expedida pela Justiça Eleitoral. 
§ 3o - Os vereadores prestarão compromisso, fazendo acompanhamento à 
leitura feita pelo Presidente nos seguintes termos: 
 
“PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO DA 
REPÚBLICA E A DO ESTADO; OBSERVAR AS LEIS, PARTICULARMENTE A LEI 
ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE LUÍS EDUARDO MAGALHÃES, PROMOVER O 
BEM COLETIVO E EXERCER COM PATRIOTISMO, HONESTIDADE E ESPÍRITO 
PÚBLICO O MANDATO QUE ME FOI CONFERIDO”. 
 
§ 4o - O compromisso se completa com a assinatura no Livro de Termo de 
posse; seguindo-se a reunião para o fim específico da eleição da Mesa, observando-se, 
no que couber, o disposto nos artigos 7º e 8º, deste Regimento. 
§ 5o - Se a eleição da Mesa não puder efetivar-se, por qualquer motivo, na 
sessão de instalação, esta será automaticamente prorrogada até que seja realizada a 
eleição. 
§ 6o - O Vereador que não tomar posse na sessão prevista no CAPUT deste 
artigo deverá fazê-lo assinando o Livro de Termo de Posse, até dez dias da sua 
realização, sob pena de perda de mandato, salvo por motivo de doença. 
§ 7o - O Vereador empossado posteriormente prestará compromisso na 
primeira sessão da Câmara realizada após sua posse. 
§ 8o - Não haverá posse por procuração. 
 
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Art.37 - A Mesa se compõe do Presidente, Vice-Presidente, Primeiro e 
Segundo Secretários e tem competência para dirigir, executar e disciplinar os trabalhos 
legislativos e administrativos da Câmara. 
 
Art. 38 - A Mesa da Câmara Municipal reunir-se-á quando convocada pela 
metade mais um de seus membros e, com os demais vereadores, quando convocada pela 
maioria absoluta dos vereadores. 
 
Parágrafo Único – O requerimento de convocação de que trata este artigo será 
escrito e encaminhado ao Presidente, em Plenário, ou ao Gabinete da Presidência.Art. 39 - Procede-se à eleição da Mesa ou ao preenchimento de qualquer vaga, 
em votação secreta, obedecidas as seguintes formalidades: 
I – O Presidente em exercício designará 02 (dois) vereadores, de diferentes 
bancadas, para proceder à fiscalização e apuração; 
II – Os postulantes terão 10 (dez) minutos para apresentarem à Mesa o pedido, 
por escrito, do registro de suas candidaturas, sendo vedado disputar mais de um cargo; 
III – Os vereadores receberão sobrecartas autenticadas pelo Presidente, bem 
como cédula única, impressa ou datilografada, com indicação dos nomes e respectivos 
cargos. 
IV – Os vereadores votarão à medida que forem nominalmente chamados em 
cabine indevassável, para resguardar o sigilo do voto; 
V – As sobrecartas serão colocadas em urna, à vista do plenário; 
VI – Será considerado eleito o candidato, a qualquer dos cargos da Mesa, que 
obtiver a maioria dos sufrágios apurados; 
VII – Se nenhum candidato obtiver a maioria dos sufrágios, será realizado 
segundo escrutínio, com os dois mais votados, considerando-se eleito o candidato que 
alcançar o maior número de votos; 
VIII – Será realizada nova votação quando ocorrer empate no segundo 
escrutínio; persistindo o empate, será considerado eleito o Vereador mais idoso; 
IX – Proclamados os resultados na sessão de instalação, os eleitos serão 
considerados automaticamente empossados. Em seguida, o Presidente declarará 
solenemente instalada a legislatura; 
X - Quando da renovação, a posse se dará no primeiro dia útil do ano 
subseqüente, em sessão solene. 
§ 1o - É vedada a reeleição de membro da Mesa ao mesmo cargo para a eleição 
subseqüente, na mesma legislatura. (Redação mudada pela Emenda 002, de 14 de Dezembro de 2004) 
§ 2o - No caso de vaga na Mesa, a Câmara elegerá o substituto dentro de 15 
(quinze) dias. 
 
Art. 40 - A eleição para renovação da Mesa será na última sessão ordinária 
do 2º período legislativo de cada legislatura. 
 
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SEÇÃO II 
DAS COMPETÊNCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL 
 
Art. 41 - Cabe à Câmara, com a sanção do Prefeito, dispor sobre todas as 
matérias de competência do município, especialmente sobre: 
I - tributos municipais, arrecadação e distribuição de suas rendas; 
II - isenção e anistia em matéria tributária, bem como remissão de dívidas; - 
III - plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamento anual e 
autorização para abertura de créditos suplementares e especiais; 
IV - operações de crédito, auxílios e subvenções, concessão, permissão e 
autorização de serviços públicos; 
V - alienação de bens imóveis e concessão de direito real de uso; 
VI - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar de doações ou 
legados sem encargo; 
VII – criação, transformação e extinção de cargos, empregos e funções 
públicas municipais, bem como a fixação dos respectivos vencimentos; 
VIII – criação, estruturação e competências das secretarias municipais e 
demais órgãos da administração pública; 
IX - aprovação do plano diretor e demais plano e programas de governo; 
X - perímetro urbano da sede municipal e vilas; 
XI - transferência temporária da sede do governo municipal; 
XII - denominação de próprios, vias e logradouros públicos; 
XIII - organização dos serviços públicos; 
XIV - proteção ao patrimônio natural, histórico, cultural, artístico, turístico e 
paisagístico. 
XV – o processo de tombamento de bens e sobre uso e ocupação das áreas 
envoltórias de bens tombadas ou em processo de tombamento. 
XVI – Leis Complementares, a Lei Orgânica. 
 
Art. 42 – Além de outros casos previstos nesta Lei Orgânica, compete 
privativamente à Câmara Municipal: 
I - eleger os membros de sua Mesa Diretora; 
II - dispor sobre o seu Regimento Interno; 
III - organizar os serviços administrativos internos e prover os respectivos 
cargos; 
IV - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos Vereadores; 
V - autorizar o Prefeito a se ausentar do Município por mais de quinze dias; 
VI - conhecer do veto e sobre ele deliberar; 
 VII - apresentar projeto fixando a remuneração e o subsídio dos agentes 
políticos, Prefeito, Vice-Prefeito, Secretários e Vereadores que serão fixados em Lei 
específica, que obedecera as limitações previstas pelos Incisos VI e VII, do Art. 29, §1º 
do Art. 29-A, Inciso XI e § 11 do Art. 37, § 4º do Art.39, § 7º do Art. 57, da 
Constituição Federal. (redação dada pela ELO nº04/2010) 
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VIII - exercer a fiscalização contábil, financeira e orçamentária do 
Município, mediante controle externo e pelos sistemas de controle do Poder Executivo; 
IX - julgar as contas do Prefeito, deliberando sobre o parecer prévio do 
Tribunal de Contas dos Municípios, no prazo máximo de sessenta dias do recebimento; 
X - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos Vereadores, nos casos 
indicados na Constituição Federal, nesta Lei Orgânica e na legislação federal aplicável; 
XI - autorizar o Prefeito a contrair empréstimos, regulando-lhes as 
condições e respectiva aplicação; 
XII - proceder à tomada das contas do Prefeito quando não apresentadas à 
Câmara até o dia 31 de março do exercício seguinte; 
XIII – autorizar o Poder Executivo Municipal a celebrar convênios, acordos 
e consórcios com a União, o Estado, outros Municípios e entidades privadas, dos quais 
resultem encargos para o Município ou compromissos gravosos ao seu patrimônio; 
XIV - convocar o Prefeito, os Secretários e diretores de entidades ou 
empresas públicas municipais para prestar informações sobre matéria de sua 
competência, fixando prazo entre quinze e trinta dias, importando crime de 
responsabilidade a ausência sem justificação adequada; 
XV - encaminhar requerimentos de informação a Secretário ou diretor de 
empresa, autarquia ou fundação municipal, importando crime contra a administração 
pública a recusa ou o não atendimento no prazo de trinta dias, bem como a prestação de 
informações falsas; 
XVI - deliberar sobre adiantamento e a suspensão de suas reuniões; 
XVII - criar Comissão Parlamentar de Inquérito, mediante requerimento de 
um terço dos Vereadores, para apuração de fato determinado e por prazo não superior a 
cento e oitenta dias, prorrogável por igual período se as circunstâncias o exigirem, 
sendo suas conclusões, se for o caso, encaminhado ao Ministério Público, para que 
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores; 
XVIII - conceder título de cidadão honorário ou conferir homenagem à 
pessoa que, reconhecidamente, tenha prestado relevantes serviços ao Município; 
XIX - julgar o Prefeito, o Vice-Prefeito e os Vereadores, nos casos previstos 
em lei federal; 
XX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, incluídos os da 
administração indireta. 
 §1º: O projeto de Lei que trata o Inciso VII deverá ser apresentado pela 
mesa da Câmara até o dia 30 (trinta) de abril do ano em que termina a legislatura e 
deverá obrigatoriamente ser votado até o dia 30 de junho do mesmo ano. (Acrescentado na 
ELO nº04/2010) 
 
 §2º: A remuneração e os subsídios fixados conforme o Inciso VII deste 
Artigo serão revistos, na forma do inciso X do art. 37 da Constituição Federal e da Lei 
nº 10.331 de 18 de dezembro de 2001. (Acrescentado na ELO nº04/2010) 
 
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constitui%C3%A7ao.htm#art37x
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 §3º: É devida aos Vereadores, além da remuneração mensal, uma parcela 
indenizatória, no valor equivalente ao subsidio mensal, no inicio e ao final de cada 
sessão legislativa ordinária. (Acrescentado na ELO nº 04/2010) 
 
 §4º: Na falta de fixação da remuneração dos vereadores, na forma prevista no 
Inciso VII deste artigo, prevalecerá a do mês de dezembro do último ano da legislatura, 
atualizada monetariamente peloíndice oficial de correção. (Acrescentado na ELO nº04/2010) 
 
SEÇÃO III 
DA MESA DA CÂMARA 
 
Art. 43 - À Mesa compete, dentre outras atribuições estabelecidas em lei e no 
Regimento Interno ou por Resolução da Câmara, implícitos ou expressamente, o 
seguinte: 
I - Dirigir todos os serviços da Casa durante as sessões legislativas e nos seus 
recessos e tomar as providências necessárias à regularidade dos trabalhos legislativos; 
II - promulgar as emendas à Lei Orgânica do Município; 
III- propor ação de inconstitucionalidade, por iniciativa própria ou a 
requerimento de Vereador ou Comissão; 
IV - dar parecer sobre modificações do Regimento Interno da Câmara; 
V - conferir a seus membros atribuições ou encargos referentes aos serviços 
Legislativos e administrativos da Casa; 
VI – fixar diretrizes para a divulgação das atividades da Câmara; 
VII - adotar as providências cabíveis, por solicitação do interessado, para 
defesa Judicial e extrajudicial de Vereador contra ameaça ou a prática do ato atentatório 
do livre exercício e das prerrogativas constitucionais do mandato parlamentar; 
VIII - elaborar, ouvido o Colégio de Líderes e os Presidentes de Comissões 
Permanentes, projeto de Regulamento Interno das Comissões que, aprovado pelo 
Plenário, será parte integrante do Regimento Interno; 
IX – apreciar e encaminhar pedidos escritos de informação a Secretários 
Municipais; 
X - declarar a perda de mandato de Vereador na forma do Regimento Interno; 
XI - aplicar a penalidade de censura escrita a Vereador ou a perda temporária 
do exercício do mandato, na forma do Regimento Interno; 
XII - assegurar nos recessos por turno, o atendimento dos casos urgentes, 
convocando a Câmara, se necessário; 
XIII - propor, privativamente, à Câmara projeto de resolução dispondo sobre 
sua organização, funcionamento, polícia, regime jurídico do pessoal, criação, 
transformação ou extinção de cargos, empregos e funções. observados os parâmetros 
estabelecidos na Lei de Diretrizes Orçamentárias; 
XIV - prover os cargos, empregos e funções dos serviços administrativos da 
Câmara, bem como conceder licença, aposentadorias e vantagens devidas aos 
servidores, ou colocá-los em disponibilidades; 
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XV - aprovar a proposta orçamentária da Câmara e encaminhá-la ao Poder 
Executivo; 
XVI - encaminhar ao Poder Executivo as solicitações de créditos adicionais 
necessários ao funcionamento da Câmara e dos seus serviços; 
XVII - estabelecer os limites de competência para as autorizações de despesa; 
XVIII – autorizar a assinatura de convênios e de contratos de prestação de 
serviços; 
XIX - aprovar o orçamento analítico da Câmara; 
XX - autorizar licitações, homologar seus resultados e aprovar o calendário de 
compras; 
XXI - encaminhar ao Tribunal de Contas dos Municípios, a prestação de contas 
da Câmara em cada exercício financeiro; 
XXII - requisitar reforço policial; 
XXIII - apresentar à Câmara, na sessão de encerramento do ano Legislativo, 
resenha dos trabalhos realizados, precedidos de sucinto relatório sobre o seu 
desempenho; 
XXIV - propor à Câmara Projeto de Lei, conforme Inciso VII e parágrafos do 
Art. 42 dessa Lei Orgânica; (ELO nº04/2010) 
XXV – suprimido (ELO nº04/2010) 
XXVI - convocar sessões extraordinárias; 
XXVII - determinar abertura de sindicâncias e inquéritos administrativos; 
 
Parágrafo Único – Em caso de matéria inadiável, poderá o Presidente ou 
quem o estiver substituindo, decidir, “ad referendum” da Mesa, sobre assunto de 
competência desta. 
 
Art. 44 - Compete ao Presidente da Câmara, dentre outras atribuições previstas 
nesta Lei e no Regimento Interno: 
I - representar a Câmara em juízo e fora dele; 
II - cumprir e fazer cumprir o Regimento Interno; 
III - assinar os atos de sua competência, inclusive os relativos ao 
funcionalismo da Câmara; 
IV - nomear, promover, conceder gratificações e licenças, pôr em 
disponibilidade, exonerar, demitir, aposentar e punir servidores da Câmara Municipal, 
nos termos da lei; 
V - dirigir os trabalhos legislativos e supervisionar a administração da 
Câmara; 
VI - promover, na forma da lei, contratação de pessoal por tempo 
determinado, a fim de atender necessidade temporária de excepcional interesse público; 
VII - ordenar e superintender as despesas da administração da Câmara; 
VIII - convocar, dirigir, suspender e encerrar as sessões da Câmara, bem 
como propor a sua prorrogação; 
IX - dar publicidade aos atos da Mesa; 
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X - promulgar as resoluções e os decretos legislativos, assim como as leis 
não sancionadas no prazo legal ou que tiverem o veto recusado; 
XI - declarar extintos o mandato do Prefeito, do Vice-Prefeito e dos 
Vereadores, nos casos previstos em lei; 
XII - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo solicitar a força 
policial necessária para esse fim; 
XIII - enviar ao Prefeito, até o dia trinta e um de março, as contas da 
Câmara relativas ao exercício anterior. 
 
Art. 45 – Ao Vice-Presidente compete a substituição do Presidente, bem 
assim o desempenho de funções por delegação deste. 
 
SEÇÃO IV 
DAS COMISSÕES 
 
Art. 46 - A Câmara de Vereadores terá comissões permanentes e 
temporárias, constituídas na forma do Regimento Interno e com as atribuições nele 
previstas ou conforme os termos do ato da sua criação. 
§1o - Na constituição das comissões é assegurada, tanto quanto possível, a 
representação proporcional dos partidos com assento na Casa. 
§ 2o - Às comissões, além das atribuições específicas estabelecidas no 
Regimento Interno, em razão da matéria de sua competência, cabe: 
I - realizar audiências públicas com entidades da sociedade civil; 
II - convocar Secretário ou diretor de Órgão Municipal para prestar 
informações sobre assuntos inerentes às suas atribuições e solicitar depoimentos de 
outras autoridades ou cidadãos; 
a) A recusa ou não atendimento das convocações previstas neste inciso sem 
justificativa oficial adequada, caracterizará responsabilidade de acordo com a lei. 
III – receber petições, reclamações ou queixas de qualquer pessoa contra 
atos ou omissões das autoridades ou entidades públicas; 
§3o - Às comissões permanentes, além do disposto no parágrafo anterior, 
compete ainda: 
I - emitir parecer, após discussão e votação, sobre as proposições que lhes 
forem distribuídas sujeitas à apreciação do plenário; 
II - apreciar planos municipais e setoriais de desenvolvimento e programas 
de obras e sobre eles emitir parecer; 
III - exercer a fiscalização e o controle dos atos do Poder Executivo, 
incluídos os da administração indireta. 
§ 4o - As comissões permanentes serão instaladas no primeiro e terceiro 
anos da legislatura, no prazo de oito dias após início da respectiva sessão legislativa, 
tendo seus membros um mandato de dois anos, permitida a recondução. 
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§5o - As comissões temporárias são criadas através de resolução, para 
apreciar determinado assunto, e se extinguem ao término da legislatura, ou antes, dele, 
quando alcançado o fim a que se destinam ou expirado seu prazo de duração. 
§ 6o - As Comissões Especiais de Inquérito terão poderes de investigação 
próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos no Regimento Interno, e 
serão criadas mediante requerimento de um terço dos membros da Câmara, para 
apuração de fato determinado e por prazo certo, não superior a 180 dias, sendo suas 
conclusões, quando for o caso, encaminhadas aos órgãos competentes do Estado para 
que promovam a responsabilidade civil e criminal de quem de direito. As Comissões 
Especiais de Inquérito, além das atribuições previstas neste parágrafo anterior, poderão: 
I – proceder a vistorias e levantamentos nas repartições públicas municipais 
da administração direta e indireta, onde terão livre ingressoe permanência; 
II – requisitar de seus responsáveis a exibição de documentos e a prestação 
dos esclarecimentos necessários; 
III – transportar-se aos lugares onde se fizer mister a sua presença, ali 
realizando os atos que lhes competir; 
IV – requisitar à Mesa a contratação de peritos para emissão de laudo e 
pareceres. 
§ 7o - Não será criada comissão parlamentar de inquérito quando já existir 
uma em funcionamento, salvo deliberação da maioria absoluta da Câmara de 
Vereadores. 
 
SEÇÃO V 
DOS VEREADORES 
 
Art. 47 - Os vereadores são invioláveis por suas opiniões, palavras e votos, 
no exercício do mandato e na circunscrição do município. 
 
Art. 48 - O Vereador não poderá: 
I - desde a expedição do diploma: 
a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de direito público, 
entidades da administração indireta ou empresa concessionária de serviço público, salvo 
quando o contrato obedecer a cláusulas uniformes; 
b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remunerado, inclusive o de 
que seja demissível “ad nutum”, nas entidades constantes da alínea anterior; 
II - desde a posse: 
a) ser proprietário, controlador ou diretor de empresa que goze de favor 
decorrente de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função 
remunerada; 
b) ocupar cargo ou função de que seja demissível “ad nutum”, nas entidades 
a que se refere o inciso I, alínea a; 
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c) patrocinar causa em que seja interessada qualquer das entidades a que se 
refere o inciso I, alínea a; 
d) ser titular de mais de um cargo ou mandato público eletivo, salvo as 
exceções previstas na Constituição Federal. 
 
Art. 49 - Perderá o mandato o Vereador: 
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas no artigo anterior; 
II - cujo procedimento for declarado incompatível com o decoro 
parlamentar; 
III - que deixar de comparecer à terça parte das reuniões ordinárias 
realizadas em cada sessão legislativa, salvo por licença ou desempenho de missão 
autorizada pela Câmara de Vereadores; 
IV - que perder ou tiver suspensos os direitos políticos; 
V - quando o decretar a Justiça Eleitoral, nos casos previstos na 
Constituição Federal; 
VI - que sofrer condenação criminal por sentença transitada em julgado; 
§ 1o - É incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos 
no Regimento Interno, o abuso das prerrogativas asseguradas ao Vereador ou a 
percepção de vantagens indevidas. 
§ 2o - Nos casos dos incisos I, II e VI, a perda do mandato será decidida 
pela Câmara Municipal, por voto secreto e maioria absoluta, mediante provocação da 
Mesa ou de partido político nela representado, assegurada ampla defesa. 
§ 3o - Nos casos dos incisos III, IV e V, a perda será declarada pela Mesa da 
Câmara, de ofício ou mediante provocação de qualquer de seus membros ou de partido 
político com representação na Câmara Municipal ou com registro definitivo, assegurada 
ampla defesa. 
 
Art. 50 - Não perderá o mandato o Vereador: 
I - investido no cargo de Secretário de Estado, Secretário Municipal ou 
equivalente; 
II - licenciado pela Câmara Municipal, nas hipóteses previstas no 
Regimento Interno, ou ainda por motivo de doença ou para tratar, sem subsídio, de 
interesse particular, desde que, neste caso, o afastamento não ultrapasse cento e vinte 
dias por sessão legislativa. 
§ 1o - O suplente será convocado, no caso de vaga, de investidura em 
funções previstas neste artigo ou de licença por tempo superior a 6 (seis) sessões 
consecutivas. 
§ 2o - Ocorrendo vaga e não havendo suplente, o Presidente comunicará o 
fato, dentro de 48 (quarenta e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional Eleitoral. 
§ 3o - Na hipótese do inciso I, o Vereador poderá optar pelo subsídio do 
mandato. 
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 29 
 
Art. 51 – Na convocação do suplente observar-se-á: 
I - O suplente convocado tomará posse no prazo máximo de quinze dias 
contados da data de convocação, salvo justo motivo aceito pela Câmara, quando se 
prorrogará o prazo. 
II - O suplente convocado que não assumir o mandato no prazo fixado no 
parágrafo anterior perderá o mandato, cuja perda será declarada pela Mesa da Câmara, e 
a mesma convocará o suplente imediato do partido ou coligação. 
III - Enquanto não preenchida a vaga, calcular-se-á o quorum em função dos 
vereadores remanescentes. 
CAPÍTULO II 
DO PROCESSO LEGISLATIVO 
 
Art. 52- O processo legislativo compreende a elaboração de: 
I – emendas à Lei Orgânica; 
II – leis complementares; 
III – leis ordinárias; 
IV – leis delegadas; 
V – decretos legislativos; 
VI – resoluções. 
 
SEÇÃO I 
DAS EMENDAS À LEI ORGÂNICA 
 
Art. 53 - A Lei Orgânica Municipal poderá ser emendada mediante 
proposta: 
I - de um terço dos membros da Câmara Municipal; 
II - do Prefeito Municipal; 
III - dos cidadãos, através de projeto de iniciativa popular, subscrito por, no 
mínimo, cinco por cento do eleitorado municipal. 
§ 1o - A proposta será discutida e votada em dois turnos, com interstício 
mínimo de dez dias, sendo considerada aprovada se obtiver, em ambas as votações dois 
terços dos votos dos Vereadores; 
§ 2o - A emenda à Lei Orgânica Municipal será promulgada pela mesa da 
Câmara, com o respectivo número de ordem. 
§ 3o - A matéria constante de emenda rejeitada ou havida por prejudicada 
não poderá ser objeto de nova proposta na mesma sessão legislativa. 
 
SEÇÃO II 
DAS LEIS 
 
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Art. 54 - A iniciativa das leis complementares e ordinárias, ressalvados os 
casos de competência privativa estabelecidos nessa Lei Orgânica, cabe ao Vereador, à 
Mesa Diretora ou a Comissão da Câmara, ao Prefeito e aos cidadãos, exigida neste 
último caso a subscrição do projeto por, no mínimo, cinco por cento do eleitorado 
municipal. (alteração dada apela ELO nº04/2010) 
 
Art. 55 - São de iniciativa privativa do Prefeito as leis que disponham 
sobre: 
I - criação ou extinção de cargos, funções ou empregos públicos na 
administração direta, autárquica ou fundacional ou aumento de sua remuneração; 
II - servidores públicos do Município, seu regime jurídico, provimento de 
cargos, estabilidade e aposentadoria; 
III - criação, estruturação e atribuições das secretarias e demais órgãos da 
administração pública; 
IV - matéria tributária e orçamentária; 
V - organização administrativa e serviços públicos, que impliquem aumento 
ou redução de despesas. 
 
Parágrafo Único - Não será admitida emenda que contenha aumento de 
despesas em projetos de: 
I - iniciativa privativa do Prefeito Municipal, ressalvadas as exceções 
previstas nesta Lei Orgânica; 
II - organização dos serviços administrativos da Câmara Municipal. 
 
Art. 56 - São de iniciativa privativa da Mesa da Câmara as proposições que 
disponham sobre a organização dos serviços administrativos da Câmara, criação, 
transformação e extinção de seus cargos, empregos e funções e fixação da respectiva 
remuneração. 
 
Art. 57 - O Prefeito poderá solicitar urgência para apreciação de projetos de 
sua iniciativa. 
§ 1o - Caso a Câmara Municipal não se manifeste em até trinta dias sobre a 
proposição, será esta incluída na ordem do dia, sobrestando-se a deliberação quanto às 
demais proposições para que se ultime a votação. 
§ 2o - O prazo do § 1º. não corre no período de recesso da Câmara nem se 
aplica aos projetos de código e de orçamento. 
 
Art. 58 - Aprovado o projeto de lei, será este enviado ao Prefeito, que, 
aquiescendo, o sancionará. 
§ 1o - O Prefeito poderá vetar, total ou parcialmente, no prazo de quinze 
dias, o projeto de lei que considerar, no todo ou em parte, inconstitucional ou contrário 
ao interesse público. 
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§ 2o - Esgotado o prazo do parágrafo anterior, a não manifestação doPrefeito importará sanção. 
§ 3o – O Prefeito comunicará o veto ao Presidente da Câmara no prazo 
máximo de quarenta e oito horas. 
§ 4o - O veto parcial somente abrangerá texto integral de artigo, parágrafo, 
inciso ou alínea. 
§ 5o - A apreciação do veto, pelo Plenário da Câmara, será feita dentro de 
trinta dias a contar do seu recebimento, em uma só discussão e votação, só podendo ser 
rejeitado pelo voto da maioria absoluta dos vereadores, em escrutínio secreto. 
§ 6o - Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no § 5º, o veto será 
colocado na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais proposições até 
votação final. 
§ 7o - Rejeitado o veto, será o projeto enviado ao Prefeito para 
promulgação. 
§ 8o - Se a lei cujo veto tenha sido rejeitado não for promulgada no prazo de 
quarenta e oito horas pelo Prefeito, o Presidente da Câmara promulgá-la-á e, se este não 
o fizer em igual prazo, caberá ao Vice-Presidente, ou ainda ao Primeiro e Segundo 
Secretários, na ordem hierárquica dos cargos, sob pena de crime de responsabilidade. 
 
Art. 59 - As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, que deverá 
solicitar a delegação à Câmara Municipal. 
§ 1o - Não serão objeto de delegação os atos de competência privativa da 
Câmara, a matéria reservada à lei complementar, planos plurianuais, diretrizes 
orçamentárias e orçamentos. 
§ 2o - A delegação ao Prefeito será efetuada sob a forma de decreto 
legislativo, que especificará o seu conteúdo e os termos de seu exercício. 
§ 3o - O decreto legislativo poderá determinar a apreciação do projeto pela 
câmara, que a fará em votação única, vedada a apresentação de emenda. 
 
Art. 60 - A matéria constante de projeto de lei rejeitado somente poderá ser 
objeto de novo projeto, na mesma sessão legislativa, por proposta da maioria dos 
membros da Câmara de Vereadores. 
 
SEÇÃO III 
DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES 
 
Art. 61 - Terão forma de decreto legislativo ou de resolução as deliberações 
da câmara tomadas em plenário e que independam da sanção do prefeito. 
§ 1o - Destinam-se os decretos legislativos a regular as matérias de 
exclusiva competência da Câmara que produzam efeito externo, tais como: 
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I - concessão de licença ao Prefeito para afastar-se do cargo ou ausentar-se 
do Município por mais de 15 (quinze) dias; (alterado pela ELO nº04/2010) 
II - aprovação ou rejeição do parecer prévio sobre as contas do Prefeito e da 
Mesa da Câmara, proferido pelo Tribunal de Contas dos Municípios; 
III - representação à Assembléia Legislativa sobre modificação territorial 
ou mudança do nome ou da sede do município; 
IV - perda do mandato de Prefeito, na forma da Constituição Federal; 
V - aprovação de convênio ou acordo de que for parte o município, na forma 
do art. 42, XIII, desta Lei. 
§ 2o - Destinam-se as resoluções a regulamentar matérias de caráter 
político-administrativo, sobre as quais deva a câmara pronunciar-se, tais como: 
I - perda de mandato de Vereador; 
II - concessão de licença a Vereador; 
III - criação de comissão especial e de inquérito; 
IV - conclusões de comissão de inquérito; 
V - matéria de natureza regimental; 
VI - assunto de sua economia interna em que se exija formalidade superior 
ao ato administrativo; 
VII - concessão de título de cidadão honorário ou qualquer outra honraria ou 
homenagem. 
 
SEÇÃO IV 
DA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES 
 
Art. 62 - As deliberações da Câmara estão sujeitas a duas discussões e 
votações, ressalvadas as exceções previstas no Regimento Interno e nessa Lei, em 
especial: 
 I – suprimido; (ELO nº04/2010) 
 II - lei delegada quando submetida à apreciação da Câmara; 
 III - projeto de decreto legislativo; 
 IV - projeto de resolução; 
 V - deliberação sobre veto; 
 VI – suprimido; (ELO nº04/2010) 
 
 
 VII – suprimido; (ELO nº04/2010) 
 VIII - moções; 
 IX - requerimentos sujeitos a discussão. 
 X - julgamento das contas. 
§ 1o - Nos projetos sujeitos a duas discussões, encerrada a primeira reabre-
se a pauta por 24 horas, retornando a proposição às comissões se houver recebido 
emendas, ou, caso contrário, será incluída na ordem do dia para última discussão. 
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§ 2o - Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que assinar o livro de 
presença até o início da Ordem do Dia, e participar dos trabalhos do plenário e das 
votações. 
 
Art. 63 - Dependerão do voto favorável da maioria absoluta dos membros 
da Câmara, além de outros casos previstos nesta Lei: (Artigo e demais dispositivos alterados na ELO 
nº04/2010) 
 I - a aprovação e a alteração das seguintes matérias: 
 a) Regimento Interno da Câmara; 
 b) Código Tributário do Município; 
 c) Código de Obras ou Edificações; 
 d) Código de Posturas; 
 e) Estatuto dos Servidores Municipais; 
 f) criação de cargos e aumento de vencimentos de servidores; 
 g) Plano Diretor. 
 h - leis complementares; 
 i - recebimento de denúncia contra o Prefeito e o Vice-Prefeito, no caso 
de infração político-administrativa; 
 j - a apresentação da proposta da emenda à Constituição do Estado. 
 k - rejeição de veto do Prefeito. 
 l - fixação dos vencimentos do Prefeito, do Vice-Prefeito, Secretários 
Municipais e Vereadores. 
 m - autorização para o Prefeito contrair empréstimo; 
n – convocação do Prefeito. 
 o – concessão de uso. 
 p – alienação de bens imóveis. 
 
Art. 64 - Dependerão do voto favorável de dois terços dos membros da 
Câmara presentes, além dos casos previstos nesta Lei, as deliberações sobre: 
I - leis concernentes a: 
a) aprovação e alteração do plano diretor urbano e da política de 
desenvolvimento urbano, inclusive as normas relativas a zoneamento e controle dos 
loteamentos; 
b) concessão de serviços públicos e direitos; 
c) alienação de bens imóveis; 
d) aquisição de bens imóveis por doação com encargo; 
e) alteração de denominação de próprios, vias e logradouros públicos; 
f) concessão de moratória e remissão de dívida. 
II - rejeição de parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios; 
III - concessão de título de cidadão honorário ou de qualquer outra honraria; 
IV - aprovação de representação sobre modificação territorial do município 
ou alteração de nome. 
V - alteração desta Lei Orgânica; 
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VI - isenção de impostos municipais; 
VII - suspensão, extinção ou exclusão de crédito tributário; 
VIII - destituição de membros da Mesa da Câmara de Vereadores. 
IX - deliberação sobre perda de mandato de Vereador e do Prefeito e Vice-
Prefeito Municipal. (acrescentado pela ELO nº 04/2010) 
 
Art. 65 - O Vereador presente à sessão não poderá escusar-se de votar, salvo 
na votação nominal, quando poderá abster-se, e quando se tratar de matéria de interesse 
de seu cônjuge ou de pessoas de quem seja parente consangüíneo ou afim, até terceiro 
grau, inclusive, podendo, entretanto, tomar parte na discussão. (alterado na ELO nº 04/2010) 
Parágrafo Único - Será nula a votação em que haja votado vereador 
impedido nos termos deste Artigo, se o seu voto for decisivo. 
 
Art. 66 - O processo de votação será determinado no Regimento Interno, 
mantida a votação secreta: 
I - no julgamento das contas do Prefeito; 
II - nas deliberações sobre perda de mandato do Prefeito, Vice-Prefeito e 
Vereadores; 
III - nas deliberações sobre nomeações de funcionários que dependam de 
aprovação da Câmara; 
IV - na apreciação de veto; 
V - nas resoluções concessivas de títulos honoríficos; 
VI - nas deliberações sobre assuntos de interesse pessoal dos Vereadores; 
VII - quando o Plenário assim o deliberar, a requerimento de Vereador ou 
Comissão; 
VIII – eleição ou destituição da mesa da Câmara. (Alterado na ELO nº 04/2010) 
CAPÍTULO III 
DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA, ORÇAMENTÁRIAE 
PATRIMONIAL 
 
Art. 67 - A fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e 
patrimonial do Município, incluída a das entidades da administração indireta, quanto à 
legalidade, legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções, renúncia de receitas 
e isenções fiscais, será exercida pela Câmara Municipal, mediante controle externo e 
sistema de controle interno de cada Poder nos termos da lei. 
 
Parágrafo Único - Prestará contas qualquer pessoa física ou jurídica, 
pública ou privada, que utilize, arrecade, guarde, gerencie ou administre dinheiros, bens 
e valores públicos ou pelos quais o Município responda, ou que, em nome deste, 
assumam obrigações de natureza pecuniária. 
 
Art. 68 - Os Poderes Legislativo e Executivo manterão, de forma integrada, 
sistema de controle interno com a finalidade de: 
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I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano plurianual, a 
execução dos programas e dos orçamentos do Estado; 
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à eficácia e 
eficiência da gestão orçamentária, financeira e patrimonial dos órgãos e entidades da 
administração municipal, bem como da aplicação de recursos públicos por entidades de 
direito privado; 
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garantias, bem 
como dos direitos e haveres do Município; 
IV - apoiar o controle externo no exercício de sua missão institucional; 
§ 1o - Os responsáveis pelo controle interno, ao tomarem conhecimento de 
qualquer irregularidade ou ilegalidade, darão ciência ao Tribunal de Contas dos 
Municípios, sob pena de responsabilidade solidária. 
§ 2o - As contas relativas à aplicação dos recursos transferidos pela União e 
Estado serão prestadas na forma da legislação federal e estadual em vigor. 
 
Art. 69 - O Executivo manterá sistema de controle interno, a fim de: 
I - criar mecanismos indispensáveis para assegurar o controle externo e a 
fiscalização da regularidade na realização da receita e da despesa; 
II - verificar a execução dos contratos e acompanhar o desenvolvimento dos 
programas de trabalho e orçamentos; 
III – avaliar os resultados alcançados pelos administradores; 
IV – verificar a execução dos contratos. 
 
Art. 70 - O Prefeito enviará as contas do Poder Executivo à Câmara 
Municipal até o dia 31 de março do exercício seguinte, cabendo ao Presidente da 
Câmara juntar, no mesmo prazo, as do Poder Legislativo. 
§ 1o - nos sessenta dias anteriores à sua remessa ao Tribunal, as contas do 
Município ficarão na Secretaria da Câmara Municipal, à disposição de qualquer 
contribuinte, para exame e apreciação, podendo este, se for o caso, questionar-lhes a 
legitimidade, nos termos da lei; 
§ 2o - Findo o prazo de disponibilidade pública de que trata o parágrafo 
anterior, as contas serão enviadas, juntamente com as denúncias e quaisquer outras 
sugestões dos contribuintes, ao Tribunal de Contas dos Municípios, que emitirá parecer 
prévio, na forma do art. 91, I, da Constituição do Estado. 
§ 3o - Recebido o parecer prévio do Tribunal de Contas, a Câmara 
Municipal sobre ele deliberará, no prazo máximo de sessenta dias. 
§ 4o - Findo o prazo estabelecido no parágrafo anterior sem deliberação, o 
parecer será incluído na ordem do dia da sessão imediata, sobrestadas as demais 
proposições até votação final. 
§ 5o - Somente pelo voto de dois terços dos membros da Câmara Municipal 
deixará de prevalecer o parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios. 
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§ 6o - O Prefeito e o Presidente da Câmara Municipal, em caso de não 
cumprimento dos prazos estipulados no caput deste artigo, incorrerão em crime de 
responsabilidade, com o imediato afastamento do cargo. 
§ 7o - Rejeitadas as contas de qualquer dos Poderes Municipais, serão estas 
imediatamente remetidas ao Ministério Público, para os fins de direito. 
 
CAPÍTULO IV 
DO PODER EXECUTIVO MUNICIPAL 
 
SEÇÃO I 
DO PREFEITO 
 
Art. 71 - O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Prefeito, eleito 
juntamente com o Vice-Prefeito para um mandato de quatro anos, em pleito simultâneo 
realizado em todo o País, na forma da Constituição Federal e da legislação 
complementar. 
 
Art. 72 - O Prefeito e Vice-Prefeito tomarão posse no dia 1º. de janeiro do 
ano subsequente ao da eleição às 18:00 h, em sessão da Câmara Municipal, prestando o 
seguinte compromisso: “prometo manter, defender e cumprir a Constituição da 
República e a do Estado; observar as Leis, particularmente a Lei Orgânica do 
Município de Luís Eduardo Magalhães, promover o bem coletivo e exercer com 
patriotismo, honestidade e espírito público o mandato que me foi conferido”. 
 
Parágrafo Único – Se, decorridos dez dias da data fixada para a posse, o 
Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força maior, devidamente justificado, não 
tiver assumido o cargo, este será declarado vago. 
 
Art. 73 - Substituirá o prefeito, no caso de impedimento, e suceder-lhe-á, no 
de vaga, o Vice-Prefeito. 
§ 1o - O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituir o Prefeito, sob 
pena de extinção do mandato. 
§ 2o - O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe forem conferidas 
em lei, auxiliará o Prefeito sempre que por ele for convocado para missões especiais. 
 
Art. 74 - Em caso de impedimento do Prefeito e do Vice-Prefeito, ou 
vacância dos respectivos cargos, assumirá a Chefia do Poder Executivo Municipal o 
Presidente da Câmara de Vereadores e, ante a recusa ou impedimento deste, 
sucessivamente o Vice-Presidente ou o Vereador mais idoso. 
§ 1o - A recusa do Presidente ou Vice-Presidente da Câmara em assumir o 
cargo não implica em perda dos respectivos cargos de dirigentes do Legislativo. 
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§ 2o – Vagando os cargos de Prefeito e Vice-Prefeito nos três primeiros 
anos de mandato, far-se-á eleição noventa dias após aberta a última vaga. 
§ 3o – Ocorrendo a vacância no último ano de mandato, assumirá a Chefia 
do Poder Executivo Municipal o Presidente da Câmara. 
§ 4o – Em qualquer das hipóteses previstas nos parágrafos anteriores, os 
eleitos deverão completar o período dos seus antecessores. 
 
Art. 75 – O Prefeito não poderá, sem licença da Câmara Municipal, 
ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, sob pena de perda do 
mandato. 
 
Parágrafo Único – O disposto neste artigo aplica-se ao Vice-Prefeito e 
demais substitutos previstos no artigo anterior, desde que investidos no cargo de 
Prefeito. 
 
Art. 76 - O Prefeito regularmente licenciado terá direito à remuneração do 
cargo quando: 
I - impossibilitado de exercer o cargo por motivo de doença devidamente 
comprovada; 
II - em gozo de férias. 
III - a serviço ou em missão de representação do município. 
 
Art. 77- O Prefeito poderá gozar férias anuais por trinta dias, sem prejuízo 
de remuneração, em período de sua livre escolha, desde que recaia durante os períodos 
de recesso da Câmara Municipal. 
 
Parágrafo Único - O Prefeito fica obrigado a proceder à transmissão do 
cargo ao sucessor imediato, quando em licença ou em gozo de férias. 
 
Art. 78 – Ao Prefeito Municipal, entre outras atribuições, compete: 
I – representar o Município em juízo e fora dele; 
II- iniciar o processo de Leis, na forma e casos previstos nesta Lei Orgânica; 
III - sancionar e fazer publicar as leis aprovadas pela Câmara e expedir os 
regulamentos para sua fiel execução; 
IV - vetar, em parte ou em todo, os projetos de lei aprovados pela Câmara; 
V - nomear e exonerar seus auxiliares diretos, Secretários Municipais e 
diretores dos órgãos da administração pública direta e indireta; 
VI - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por necessidade ou 
utilidade pública ou por interesse social; 
VII - expedir e fazer publicar decretos, portarias e outros atos 
administrativos;37 
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 38 
VIII – permitir, conceder ou autorizar a execução de serviços públicos por 
terceiros, quando não for possível ou conveniente ao interesse público a execução direta 
pelo Município; 
IX - enviar a Câmara, nos prazos estabelecidos nesta Lei Orgânica, os 
projetos de lei relativos às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual e ao plano 
plurianual do Município; 
X - encaminhar a Câmara, até o dia 31 de março, a prestação de contas do 
exercício findo; 
XI - prover os cargos públicos, nomear, contratar, exonerar, demitir, 
aposentar, colocar em disponibilidade e expedir os demais atos referentes à situação 
funcional dos servidores observada as prescrições legais; 
XII - encaminhar aos órgãos competentes os planos de aplicação e as 
prestações de contas exigidas em lei; 
XIII – realizar operações de crédito, contrair empréstimos e oferecer 
garantias, após aprovação da Câmara de Vereadores; 
XIV - prestar à Câmara, no prazo de trinta dias, as informações por esta 
solicitadas, salvo prorrogação, a seu pedido e por prazo determinado, em face da 
complexidade da matéria ou da dificuldade de obtenção, nas respectivas fontes, de 
dados necessários ao atendimento do pedido; 
XV - observar e fazer cumprir as leis, resoluções e regulamentos 
administrativos; 
XVI - prover os serviços e obras da administração pública; 
XVII - promover a arrecadação dos tributos, preços públicos e tarifas 
devidas ao Município, bem como a guarda e aplicação da receita, autorizando as 
despesas e pagamentos dentro das disponibilidades orçamentárias ou dos créditos 
votados pela Câmara; 
XVIII - colocar à disposição da Câmara, de uma só vez e até o dia vinte de 
cada mês, os recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias, compreendendo 
os créditos suplementares e especiais; 
XIX - aplicar multas previstas em leis e contratos, bem como relevá-las 
quando aplicadas irregularmente; 
XX - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou representação que 
lhes forem dirigidas; 
XXI - convocar extraordinariamente a Câmara, em caso de urgência ou 
relevante interesse público; 
XXII - providenciar, obedecidas as normas urbanísticas aplicáveis, o 
emplacamento de vias e logradouros públicos, dando-lhes as respectivas denominações 
aprovadas pela Câmara; 
XXIII - aprovar projetos de edificação e planos de loteamento, arruamento e 
zoneamento urbano ou para fins urbanos; 
XXIV - apresentar anualmente, à Câmara, relatório circunstanciado sobre o 
estado das obras e dos serviços municipais, bem assim o programa da administração 
para o ano seguinte; 
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XXV - organizar os serviços internos das repartições criadas por lei, com 
observância do limite das dotações a elas destinadas; 
XXVI – administrar os bens municipais, ressalvados os que se encontrem 
sob posse e guarda da Câmara de Vereadores, promover a alienação, deferir permissão, 
cessão ou autorização de uso, observadas as prescrições legais; 
XXVII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços relativos às terras 
do Município; 
XXVIII - desenvolver o sistema viário do Município; 
XXIX - conceder auxílio, prêmios e subvenções a entidades filantrópicas, 
nos limites das respectivas verbas orçamentárias e do plano de distribuição, prévia e 
anualmente aprovado pela câmara; 
XXX - estabelecer a divisão administrativa do Município, na forma da lei; 
XXXI – requisitar às autoridades do Estado o concurso de força policial 
para cumprimento de suas determinações estabelecidas em lei; 
XXXII – publicar, até trinta dias após o encerramento de cada bimestre, 
relatório resumido da execução orçamentária; 
XXXIII – celebrar convênios com a União, o Estado, outros Municípios e 
entidades privadas, observado o disposto no art. 42, XIII, desta Lei; 
XXXIV – promover o tombamento dos bens do Município conforme 
dispuser Lei Complementar; 
XXXV – abrir créditos suplementares e especiais, com autorização 
legislativa; 
XXXVI – promover processos por infração das leis e regulamentos 
municipais e impor as sanções respectivas; 
XXXVII – delegar competência aos seus auxiliares imediatos; 
XXXVIII – fixar os preços dos serviços prestados pelo Município e os 
relativos à concessão, cessão, permissão ou autorização de uso de seus bens e serviços; 
XXXIX – fixar tarifas dos serviços públicos de sua competência, tendo-se 
em vista a justas remunerações; 
XL – solicitar à Câmara licença para ausentar-se do Município por prazo 
superior a quinze dias; 
XLI – aceitar legados e doações ao Município, salvo se estabelecerem 
encargos, quando dependerão de autorização da Câmara Municipal; 
XLII – praticar quaisquer atos de interesse do Município que não estejam 
reservados à competência privativa da Câmara Municipal. 
 
Art. 79 - A publicação das leis e atos municipais far-se-á em órgão da 
imprensa local, se houver, ou por afixação na sede da prefeitura ou da câmara, conforme 
o caso. 
§ 1o - Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publicação. 
§ 2o - A publicação dos atos não normativos pela imprensa poderá ser 
resumida. 
 
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Art. 80 - O Prefeito fará publicar mensalmente o balancete resumido da 
receita e da despesa, discriminando os montantes de cada um dos tributos arrecadados e 
dos recursos recebidos. 
 
Art. 81 - Os atos administrativos de competência do Prefeito devem ser 
expedidos em observância às normas seguintes: 
I - decreto, numerado em ordem cronológica, nos seguintes casos: 
a) regulamentação de lei; 
b) instituição ou extinção de atribuições não constantes de lei; 
c) regulamentação interna dos órgãos que forem criados na administração 
municipal; 
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até o limite autorizado por 
lei, bem assim os créditos extraordinários; 
e) declaração de utilidade pública ou necessidade e interesse social para fins 
de desapropriação; 
f) aprovação de regulamento ou de regimento das entidades que compõem a 
administração municipal; 
g) permissão de uso dos bens municipais; 
h) medidas executórias do Plano Diretor do Município; 
i) normas de efeitos externos, não privativos da lei; 
j) fixação e alteração de preços públicos; 
II – portaria, nos seguintes casos: 
a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais atos de efeitos 
individuais; 
b) lotação e relotação nos quadros de pessoal; 
c) abertura de sindicância e processos administrativos, aplicação de 
penalidades e demais atos individuais de efeitos internos; 
d) outros casos determinados em lei ou decreto. 
III – contrato, nos seguintes casos: 
a) admissão de servidores para serviços de caráter temporário, observado o 
disposto nesta Lei Orgânica; 
b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei. 
§ 1o - Os atos referidos nos itens II e III deste artigo poderão ser delegados. 
§ 2o - Os casos previstos neste artigo obedecerão a forma de ato, instrução 
ou aviso de autoridade responsável. 
 
Art. 82 - Lei Municipal, de iniciativa do Prefeito, poderá criar 
administrações de bairros e subprefeituras nos distritos. 
 
Parágrafo Único - Aos administradores dos bairros ou subprefeituras, 
como delegados do Poder Executivo, compete: 
I - cumprir e fazer cumprir as leis e regulamentos expedidos pelo Prefeito e 
os atos expedidos pela Câmara, no limite da sua competência; 
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II - atender as reivindicações da população e encaminhá-las ao Prefeito, 
quando se tratar de matérias não compreendidas entre as suas atribuições, indicando a 
este a adoção das providências necessárias; 
III - fiscalizar os serviços que lhes são afetos; 
IV - prestar contas dos seus atos mensalmente ou quando lhes forem 
solicitadas. 
 
SEÇÃO II 
 DA RESPONSABILIDADE DO PREFEITO 
 
Art. 83 - É vedadoao Prefeito assumir outro cargo ou função na 
administração pública, direta ou indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso 
público e observado o disposto no Art. 38, II, IV e V, da Constituição Federal. 
 
Art. 84 - São crimes de responsabilidade do Prefeito os previstos na lei 
federal. 
Parágrafo Único - O Prefeito será julgado, pela prática de crime comum ou 
de responsabilidade, perante o Tribunal de Justiça do Estado. 
 
Art. 85 – Constituem infrações político-administrativas do Prefeito 
Municipal, além de outras previstas nesta Lei e na legislação federal: 
I – impedir o funcionamento regular da Câmara de Vereadores; 
II – impedir o exame de livros, folhas de pagamento e demais documentos 
que devam constar dos arquivos das Prefeituras, bem como a verificação de obras e 
serviços municipais, por comissão de investigação da Câmara ou auditoria regularmente 
constituída; 
III – desatender, sem motivo justo, as convocações ou os pedidos de 
informações da Câmara, quando feitos a tempo e em forma regular; 
IV – retardar a publicação ou deixar de publicar as leis e atos sujeitos a essa 
formalidade; 
V – deixar de apresentar à Câmara, no devido tempo e em forma regular, a 
proposta orçamentária; 
VI – descumprir o orçamento aprovado para o exercício financeiro; 
VII – praticar, contra expressa disposição de lei, ato de sua competência, ou 
omitir-se na sua prática; 
VIII – omitir-se ou negligenciar na defesa de bens, rendas, direitas ou 
interesses do Município sujeitos à administração da Prefeitura; 
IX – ausentar-se do Município por tempo superior ao permitido em lei, ou 
afastar-se da Prefeitura, sem autorização da Câmara de Vereadores; 
X – proceder de modo incompatível com a dignidade e o decoro do cargo. 
 
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Art. 86 – As disposições relativas a crimes de responsabilidade e infrações 
político-administrativas, bem como o rito de julgamento e as sanções cabíveis, aplicam-
se ao Vice-Prefeito ou qualquer outra autoridade investida no cargo de Prefeito. 
 
Art. 87 - O Prefeito será julgado pela Câmara de Vereadores por infrações 
político-administrativas, sancionadas com a cassação do mandato, observado o rito 
estabelecido na lei federal. 
 
Art. 88 - Dar-se-á a perda do mandato do Prefeito: 
I – por falecimento, renúncia por escrito, suspensão dos direitos políticos ou 
condenação por crime funcional ou eleitoral; 
II – quando deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Câmara, no 
prazo estabelecido no parágrafo único do art. 72 desta Lei; 
III – que assumir outro cargo ou função na administração pública direta ou 
indireta, ressalvada a posse em virtude de concurso público, na forma do art. 29, XIV, 
da Constituição Federal. 
 
Parágrafo Único – A perda do mandato, nas hipóteses previstas neste 
artigo, será declarada pelo Presidente da Câmara de Vereadores. 
 
SEÇÃO III 
DOS SECRETÁRIOS MUNICIPAIS 
 
Art. 89 – Os Secretários do Município são auxiliares diretos de confiança 
do Prefeito, sendo responsáveis pelos atos que praticarem ou referendarem no exercício 
do cargo. 
 Parágrafo Único - Os Secretários Municipais quando Investidos no cargo, 
deverão, independente de convocação, comparecer à Câmara Municipal de Vereadores, 
em horário a ser agendado com o Presidente, para expor e ser questionado, sobre os 
projetos e propostas para a Secretaria que irá atuar. (Inserido na ELO nº04/2010) 
Art. 90 – Poderão exercer os cargos indicados no artigo anterior os 
brasileiros maiores de vinte e um anos e no exercício dos seus direitos políticos. 
 
Art. 91 – Compete aos Secretários, além de outras atribuições que lhes 
sejam conferidas por lei: 
I – exercer a orientação, coordenação e supervisão dos órgãos de sua 
Secretaria e das entidades da administração indireta a ela vinculadas; 
II – referendar os atos assinados pelo Prefeito; 
III - expedir instruções para a execução das leis, decretos e regulamentos; 
IV - apresentar ao Prefeito, anualmente ou quando por este solicitado, 
relatório de sua gestão; 
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V - praticar atos pertinentes às atribuições que lhe forem delegadas pelo 
prefeito; 
VI - comparecer, quando convocado pela Câmara Municipal ou por 
comissão sua, podendo fazê-lo por iniciativa própria, mediante ajuste com a respectiva 
presidência, para expor assuntos relevantes de sua pasta. 
§ 1o – Os secretários Municipais podem comparecer à Câmara de 
Vereadores ou a qualquer de suas Comissões, por sua iniciativa e mediante 
entendimento prévio com o Presidente respectivo, para expor assunto de relevância de 
sua Secretaria. 
§ 2o - Os Secretários Municipais não poderão exercer outra função pública, 
estendendo-se aos mesmos os impedimentos e proibições prescritos para Vereadores, 
ressalvado o exercício do magistério. 
 
TÍTULO III 
DA TRIBUTAÇÃO E DO ORÇAMENTO 
 
CAPÍTULO I 
DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS 
 
Art. 92 - São tributos municipais os impostos, as taxas e a contribuição de 
melhoria decorrente de obras públicas, instituídos por Lei Municipal, atendidos os 
princípios estabelecidos na Constituição Federal e nas normas gerais de direito 
tributário. 
 
Art. 93 - Ao município cabe instituir impostos sobre: 
 I - propriedade predial e territorial urbana; 
 II - transmissão inter vivos, a qualquer título, por ato oneroso, de bens 
imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de 
garantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; 
III - serviços de qualquer natureza, exceto sobre as operações relativas à 
circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e 
intermunicipal e de comunicação; 
§ 1o - O imposto previsto no inciso I poderá ser progressivo, nos termos da 
lei, de forma a assegurar o cumprimento da função social da propriedade. 
§ 2o - O imposto previsto no inciso II não incide sobre a transmissão de 
bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de capital, 
nem sobre a transmissão de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão 
ou extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante do 
adquirente for a compra e venda desses bens ou direitos, locação de bens imóveis ou 
arrendamento mercantil. 
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§ 3o – O imposto previsto no inciso III terá as suas alíquotas máximas 
fixadas em lei complementar, vedada a sua incidência sobre exportações de serviços 
para o exterior. 
 
Art. 94 - Em decorrência de obras públicas, a contribuição de melhoria 
poderá ser criada e cobrada, nos termos e nos limites estabelecidos na legislação federal. 
 
Art. 95 - A receita municipal constituir-se-á da arrecadação dos tributos 
municipais, das transferências, voluntárias e institucionais, da União e do Estado e da 
utilização dos seus bens, serviços, atividades e de outros ingressos. 
 
Art. 96 - Pertencem ao Município: 
I - o produto da arrecadação do imposto da União sobre rendas e proventos 
de qualquer natureza, incidente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, 
pelo Município, suas autarquias e pelas fundações por ele mantidas; 
II - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto da união 
sobre a propriedade territorial rural, relativamente aos imóveis situados no município; 
III - cinqüenta por cento do produto da arrecadação do imposto o Estado 
sobre a propriedade de veículos automotores licenciados no território municipal; 
IV – a quarta parte do produto da arrecadação do imposto do Estado sobre 
as operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestação de serviços de 
transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, calculada na forma do art. 
158, parágrafo único, I e II, da Constituição Federal e do disposto na lei estadual. 
V – quarta parte do impostoincidente sobre o ouro, na forma do art. 153, § 
5o e inciso II, da Constituição Federal. 
 
Art. 97 – O contribuinte será obrigado a pagar os tributos municipais 
mesmo que não seja notificado. 
§ 1o – O lançamento do tributo será realizado na mesma época para todos os 
contribuintes. 
§ 2o - Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, no prazo de 
quinze dias a contar da data da notificação. 
§ 3o – Somente através de lei municipal específica, aprovada por, no 
mínimo, dois terços dos membros da Câmara de Vereadores, poderá ser concedida 
isenção, anistia ou remissão de tributos ou contribuições referidas nesta Lei. 
 
CAPÍTULO II 
 DOS ORÇAMENTOS 
 
 Art. 98 - A elaboração e a execução das leis de diretrizes orçamentárias, 
do orçamento anual e do plano plurianual obedecerão às regras estabelecidas na 
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Constituição Federal, na Constituição do Estado, nas normas de Direito Financeiro e nos 
preceitos desta Lei Orgânica. 
 
Parágrafo Único – A Prefeitura Municipal deverá instituir o orçamento 
participativo anual, devendo adotar as medidas destinadas a assegurar a participação das 
comunidades organizadas e do Poder Legislativo na sua elaboração, execução e 
supervisão, de acordo com as prioridades estabelecidas. 
 
 Art. 99 - Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
 I – plano plurianual (PPA); 
 II – diretrizes orçamentárias (LDO); 
 III – orçamentos anuais (LOA). 
 § 1o - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá de forma 
regionalizada diretrizes, objetivos e metas da administração pública para as despesas de 
capital e outras dela decorrentes e para as relativas aos programas de duração 
continuada. 
 § 2o - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades 
da Administração Pública, incluindo despesas de capital para o exercício financeiro 
subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as 
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de incentivos. 
 
Art. 100 - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I – o orçamento fiscal referente aos poderes do Município, seus fundos, 
órgãos e entidades da administração direta e indireta; 
II – o orçamento de investimentos das empresas em que o Município, direta 
ou indiretamente, detenham a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e 
órgãos a ela vinculados, da administração direta e indireta, bem como os fundos 
instituídos pelo Poder Público. 
 
Parágrafo Único – O Município adotará modelo de orçamento compatível 
com o da União, inclusive as classificações orçamentárias a serem apropriadas da 
receita e da despesa. 
 
Art. 101 - Os projetos relativos ao Plano Plurianual (PPA), Lei de 
Diretrizes Orçamentárias (LDO) e Lei do Orçamento Anual (LOA), bem como os 
créditos adicionais, depois de lidos em plenário e distribuidas cópias aos Vereadores, 
serão apreciados pela Comissão Permanente de Finanças, Orçamento e Fiscalização, à 
qual caberá: 
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos apresentados pelo Prefeito Municipal; 
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e programas de investimentos e exercer o 
acompanhamento e fiscalização orçamentária, sem prejuízo da atuação das demais 
comissões da Câmara. (Artigo e demais dispositivos alterados na ELO nº04/2010) 
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§ 1o - As emendas serão apresentadas à Comissão no prazo máximo de 20 
(vinte) dias, que sobre elas emitirá parecer no prazo de 10 (dez) dias, devendo as 
mesmas ser apreciadas na forma regimental. 
 
§ 2o - As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que 
o modifiquem somente podem ser aprovadas caso: 
 I - sejam compatíveis com o plano plurianual; 
 II - indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes 
de anulação de despesa, excluídas as que incidam sobre: 
 a) dotação para pessoal e seus encargos; 
 b) serviços de dívida; 
 III - sejam relacionadas: 
 a) com a correção de erros ou omissões; 
 b) com os dispositivos do texto do projeto. 
 
§ 3º - As emendas com parecer contrário da Comissão serão votadas em 
bloco. 
§ 4º - Decorrido o prazo, ou antes, se a Comissão antecipar o seu parecer, 
entrará o processo para a pauta da Ordem do Dia. 
 
Art. 102 – Salvo disposição em contrário da Lei Complementar Federal, os 
projetos de lei do plano plurianual, de diretrizes orçamentárias e do orçamento anual 
serão enviados pelo Prefeito à Câmara Municipal, obedecidos os seguintes prazos: 
I – o do plano plurianual, até o dia 15 de setembro do primeiro ano de 
governo; 
II – o de diretrizes orçamentárias, até o dia 15 de maio do exercício anterior; 
III – o do orçamento, até o dia 15 de outubro do exercício anterior. 
§ 1o – Aplicam-se aos projetos mencionados neste artigo as demais normas 
relativas ao processo legislativo que não contrariem o disposto nesta Lei e no 
Regimento Interno da Câmara de Vereadores. 
§ 2o - O Prefeito poderá enviar mensagem à Câmara Municipal com 
modificação nos projetos a que se refere este artigo enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão de Orçamento e Finanças, da parte cuja alteração é proposta. 
§ 3o – Por motivo de interesse público, é vedada a rejeição integral do 
projeto de lei orçamentária. 
§ 4o – No caso de rejeição parcial do projeto de lei orçamentária, a lei 
aprovada deverá prever os créditos mínimos necessários para o funcionamento dos 
serviços públicos essenciais. 
§ 5o - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do 
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes, poderão ser 
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utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e 
específica autorização legislativa. 
§ 6o – Importa em crime de responsabilidade, na forma da Lei Federal, o 
não cumprimento, pelo Prefeito, do prazo estabelecido nos incisos I a III deste artigo. 
 
Art. 103 - Se a Câmara não aprovar, até o dia 31 de dezembro, o projeto de 
lei orçamentária do exercício seguinte, os Poderes Executivo e Legislativo poderão 
realizar despesas de pessoal e de custeio na forma prevista no projeto, vedado o início 
de novos investimentos. 
 
Art. 104- O orçamento será uno, incorporando-se, obrigatoriamente, na 
receita, todos os tributos, rendas e suprimentos de fundos, e incluindo-se, 
discriminadamente, nas despesas, as dotações necessárias ao custeio de todos os 
serviços municipais. 
 
Art. 105 – A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à 
previsão da receita e à fixação das despesas, excetuadas: 
I - autorização para abertura de créditos suplementares; 
II - contratação de operações de crédito, nos termos da lei. 
 
Art. 106 - São vedados: 
I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária 
anual; 
II - a realização de operações de crédito que excedam o montante das 
despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovadas pela Câmara Municipal por maioria 
absoluta; 
III - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que 
excedam os créditos orçamentários ou adicionais; 
IV - a vinculação de receita de imposto a órgão, fundo ou despesa, 
ressalvados a destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino e a 
prestação de garantias às operações de crédito por antecipação da receita, além de outros 
casos previstos na Constituição Federal; 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorizaçãolegislativa; 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscais e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de 
empresas, fundações e fundos; 
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 IX - a instituição de fundos de qualquer natureza sem prévia autorização 
legislativa. 
§ 1o - Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão do plano plurianual, ou sem lei que 
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
§ 2o - Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no exercício 
financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de autorização for promulgado nos 
últimos quatro meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus 
saldos, serão incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente. 
§ 3o - A abertura de crédito extraordinário somente será admitida para 
atender a despesas imprevisíveis e urgentes decorrentes de calamidade pública. 
 
Art. 107 - Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, 
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados à Câmara Municipal, 
ser-lhe-ão entregues até o dia vinte de cada mês. 
 
 Parágrafo Único – À Câmara Municipal serão consignados recursos 
correspondentes ao disposto na Emenda Constitucional número 25/2000. 
 
Art. 108 - A despesa pública atenderá aos princípios previstos na 
Constituição Federal e às normas de direito financeiro. 
 
Art. 109 - Sem que haja recurso disponível e crédito votado pela Câmara, 
nenhuma despesa será ordenada, salvo a que ocorrer por conta de crédito extraordinário. 
 
Art. 110 - Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será promulgada sem 
que dela conste a indicação dos recursos para atendimento aos encargos 
correspondentes. 
 
Art. 111 - A despesa com pessoal ativo e inativo do Município não poderá 
exceder os limites estabelecidos na lei complementar federal. 
§ 1o - A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a 
criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como 
a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta, inclusive fundações mantidas pelo Poder Público, 
somente poderão ser feitas: 
I – se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às 
projeções de despesas de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II – se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, 
ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
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Art. 112 - Nenhum empreendimento de obras e serviços do Município, 
salvo os casos de emergência ou calamidade pública, poderá ter início sem prévia 
elaboração do plano respectivo, do qual, obrigatoriamente, conste: 
I - a viabilidade do empreendimento, sua competência e oportunidade para 
o interesse comum; 
II - os pormenores para a sua execução; 
III – previsão orçamentária e disponibilidade dos recursos para o 
atendimento das respectivas despesas; 
IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompanhados de justificação. 
 
Art. 113 – Os preços e tarifas de serviços públicos para utilização de bens, 
serviços e utilidades Municipais serão fixados pelo Poder Executivo através de Decreto 
exceto àqueles considerados como serviços essenciais como disposto no art. 7o. § 3o, 
desta Lei Orgânica. 
 
TÍTULO IV 
DA ORDEM ECONÔMICA E SOCIAL 
 
CAPÍTULO I 
 DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
Art. 114 - O Município, em conformidade com os princípios 
constitucionais, promoverá o seu desenvolvimento econômico e social buscando 
assegurar a elevação do nível de vida e bem estar da população, conciliando a liberdade 
de iniciativa com os ditames da justiça social, cabendo-lhe: 
I – fomentar a livre iniciativa; 
II - privilegiar a geração de emprego; 
III - estimular a utilização de tecnologia de uso intensivo de mão-de-obra; 
IV - racionalizar a utilização de recursos naturais; 
V - proteger o meio ambiente; 
VI - proteger o direito dos usuários públicos e dos consumidores; 
VII - dar tratamento diferenciado à pequena produção artesanal ou 
mercantil, às micro e pequenas empresas, considerando sua contribuição para a 
democratização das oportunidades econômicas, inclusive para os grupos sociais mais 
carentes; 
VIII - estimular o associativismo; 
IX - eliminar entraves burocráticos que possam limitar o exercício da 
atividade econômica; 
X – promover o desenvolvimento das atividades produtivas, através da ação 
direta ou reivindicativa junto a outras esferas de governo, de modo que sejam, entre 
outras, possibilitadas: 
a) assistência técnica; 
b) crédito especializado ou subsidiado; 
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c) estímulos fiscais e financeiros; 
d) serviços de suporte informativo ou de mercado. 
 
Art. 115 - A permissão de serviço público, a título precário, será outorgada 
por decreto do Prefeito, após o edital de chamamento de interessados para a escolha do 
melhor pretendente, sendo que a concessão só será feita com autorização legislativa, 
mediante contrato, precedido de concorrência pública. 
§ 1o - Serão nulas de pleno direito as permissões, bem como quaisquer 
outros ajustes, feitos em desacordo com o estabelecido neste artigo. 
§ 2o - Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sempre sujeitos à 
regulamentação e fiscalização do Município, incumbindo, aos que os executem, sua 
permanente atualização e adequação às necessidades dos usuários; 
§ 3o - O Município poderá retomar, sem indenização, os serviços permitidos 
ou concedidos, desde que executados em desconformidade ao ato autorizatório ou 
contrato, bem como aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento dos 
usuários. 
§ 4o - As concorrências para a concessão de serviços públicos deverão ser 
precedidas de ampla publicidade, em jornais e estações de rádio locais, inclusive em 
órgãos da imprensa da Capital do Estado, mediante edital ou comunicado resumido. 
 
Art. 116 - É de responsabilidade do Município, no campo de sua 
competência, a realização de investimentos para formar e manter a infra-estrutura básica 
capaz de atrair, apoiar ou incentivar o desenvolvimento de atividades produtivas, seja 
diretamente ou mediante delegação ao setor privado para esse fim. 
 
Art. 117 - O Município poderá consorciar-se a outros com vistas ao 
desenvolvimento de atividades econômicas de interesse comum, bem como integrar-se 
em programas de desenvolvimento regional a cargo de outras esferas de governo. 
 
 Art. 118 - O Município poderá realizar, mediante convênio, obras e 
serviços de interesse comum com o Estado, a União ou entidades particulares, bem 
como através de consórcio com outros municípios. 
 
Art. 119 – O Município poderá dispensar às microempresas assim definido 
em lei federal, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentivá-las pela 
simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e 
creditícias ou pela eliminação ou redução destas, por meio de lei. 
 
Art. 120 – o Turismo terá o incentivo do Município, como fator de 
desenvolvimento social e econômico. 
 
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Art. 121 – Ao Município cumpre assegurar o bem estar-social, garantindo o 
pleno acesso de indivíduos, especialmente das pessoas portadoras de deficiência, aos 
bens e serviços essenciais ao desenvolvimento como pessoas humanas e seres sociais. 
 
CAPÍTULO II 
DA POLÍTICA URBANA 
 
Art. 122 – A lei disciplinará o desenvolvimento urbano do Município, 
fixando as diretrizes gerais, assegurando o cumprimento de sua função social, com a 
finalidade de garantir o bem-estar da população. 
§ 1o -O Plano Diretor será elaborado conjuntamente pelo Poder Executivo, 
representado por seus órgãos técnicos, Poder Legislativo e população organizada a 
partir das regiões e das entidades gerais da sociedade civil do município, constituindo-se 
então o instrumento básico da política de desenvolvimento e expansão urbana. 
§ 2o – A propriedade urbana cumpre a sua função social quando atende as 
exigências fundamentais de ordenação da cidade, expressas no plano diretor 
§ 3o – As desapropriações de imóveis urbanos serão executadas com a 
devida, prévia e justa indenização em dinheiro. 
 
Art. 123 - O Município poderá, mediante lei específica para a área incluída 
no plano diretor, exigir do proprietário do solo urbano não edificado ou subtilizado, nos 
termos da lei federal, que promova seu adequado aproveitamento, sob pena, 
sucessivamente de: 
I - parcelamento ou edificação compulsória; 
II – incidência do Imposto Sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
Progressivo no tempo; 
III - desapropriação, com pagamento mediante título de dívida pública de 
emissão previamente aprovada pelo Senado Federal, com prazo de resgate de até dez 
anos, em parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurado o valor real da indenização e 
juros legais. 
 
§ 1o - O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem 
ou à mulher ou a ambos, independentemente do estado civil. 
§ 2o - Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma 
vez. 
 
Art. 124 – O Município poderá desenvolver política urbana habitacional, 
visando suprir a falta de moradia para os cidadãos, cujo poder aquisitivo familiar seja 
insuficiente para obtê-la no mercado, com domicilio municipal devidamente 
comprovado, superior a três anos. 
 
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Parágrafo Único – Entende-se por poder aquisitivo familiar neste art. a 
renda percapita inferior a 50% do salário mínimo. 
 
Art. 125 – O Município instituirá programa de assistência técnica gratuita 
no projeto, de moradias para famílias de baixa renda, visando a melhoria das condições 
habitacionais conforme a lei. 
 
Art. 126 – Nos programas habitacionais da casa própria, a lei reservará 
percentual de 20% da oferta de moradia para pessoas portadoras de necessidades 
especiais e idosos, comprovadamente carentes, assegurando-lhes o direito preferencial 
de escolha. 
 
Art. 127 – O código de obras conterá dispositivos determinando que as 
construções públicas, ou vias, viadutos, passarelas, ou construções particulares de uso 
industrial, comercial ou residencial, quando coletivos, tenham acesso especial para 
pessoas portadoras de necessidades especiais. 
 
Art. 128 – Os Poderes Executivo e Legislativo, antes de concederem na 
forma de Lei Complementar, licença para loteamento urbano, deverão exigir rede de 
água, meio fio, iluminação e áreas destinadas a equipamentos urbanos ou coletivos, 
conforme a expectativa da demanda local. 
 
Art. 129 – O Código Tributário do município fixará o limite do valor, 
dentro das zonas urbanas fiscais, das isenções parciais do imposto incidente sobre a 
propriedade predial destinada à moradia de proprietário de pequenos recursos, desde 
que não possua outro imóvel a qualquer título, respeitando a lei federal de 
responsabilidade fiscal. 
 
CAPÍTULO III 
DA POLÍTICA AGRÁRIA 
 
Art. 130 – Constitui obrigação do município o apoio ao desenvolvimento do 
meio rural, com observância das seguintes diretrizes: 
I – tratamento prioritário ao pequeno e médio produtor; 
II – planejamento com participação dos agricultores e entidades atuantes na 
área agrícola; 
III – enfoque ao fomento agropecuário, diretamente, ou mediante convênio 
com órgãos especializados; 
IV – apoio estrutural e orientação na comercialização dos produtos, 
especialmente hortifrutigranjeiros; 
V – pesquisa e oferta de tecnologia alternativa para a agropecuária; 
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VI – fiscalização direta ou mediante convênio com o Estado, visando a 
proteção dos mananciais hídricos, através da implantação de matas ciliares; 
VII – ampliar e manter a rede viária rural para o atendimento ao transporte 
coletivo e da produção, incluindo a adequação as obras complementares; 
VIII – preservação e restauração da fauna e da flora; 
IX – incentivo ao beneficiamento e industrialização dos produtos 
agropecuários; 
X – incentivo ao aperfeiçoamento tecnológico e administrativo do produtor 
rural. 
 
Art. 131 – Em todas as propriedades rurais deverão ser implantados 
sistemas adequados de conservação do solo, através de terraços, coberturas mortas, 
cordões vegetais (quebra vento) respeitando os limites de domínio das margens da 
rodovia ou outros meios que evitem a perda da fertilidade física e química do solo. 
 
Parágrafo Único – Não se beneficiará com incentivos municipais o 
produtor rural que não respeitar o previsto neste artigo ou proceder ao uso 
indiscriminado de agrotóxico. 
 
Art. 132 – Compete ao município, em cooperação com os governos 
Estadual e Federal promover o desenvolvimento de seu meio rural, através de planos e 
ações que levem ao aumento da renda proveniente das atividades agro-pecuárias, à 
maior geração de empregos e à melhoria da qualidade de vida de sua população. 
 
Parágrafo Único - O município, dentro de suas possibilidades, deverá 
estimular, criar condições e apoiar a implantação de pequenas agroindústrias nas 
comunidades rurais ou na sede urbana. 
 
Art. 133 – Poderá ser criado o Conselho Municipal de Desenvolvimento 
Rural, em cuja composição deverá constituir maioria os representantes das comunidades 
rurais do Município, de órgãos de classe e de instituições atuantes no setor agropecuário 
conforme dispuser a Lei Complementar. 
 
Art. 134 – O poder público operará e priorizará a conservação do leito das 
estradas rurais, através de parâmetros técnicos adequados que evitem a sua erosão e 
possibilitem a conservação integrada das lavouras adjacentes. 
 
§ 1o – Os proprietários rurais deverão zelar pela preservação dos sistemas 
de conservação do solo e das estradas rurais, após os mesmos estarem implantados. 
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§ 2o – O código de posturas do município deverá estabelecer as faixas de 
domínio das estradas municipais, estaduais e federais, as quais deverão ser respeitadas 
pelos produtores. 
§ 3o – As margens das rodovias mencionadas no inciso anterior terão 
incentivo do poder público municipal para que sejam adequadamente arborizadas, 
protegidas do fogo e ou manutenção da vegetação nativa, conforme critérios 
estabelecidos em lei complementar. 
 
Art. 135 – O município estimulará a implantação de poços artesianos para 
apoio a pequenas irrigações. 
 
Art. 136 – Nos programas de assentamento fundiário que existem ou 
venham a existir no município, o poder local auxiliará na dotação de infra-estrutura 
adequada, quanto material ou social. 
 
CAPÍTULO IV 
DA PROTEÇÃO AO CIDADÃO 
 
Art. 137 - O Município desenvolverá esforços para proteger o cidadão 
através de: 
I - orientação e gratuidade de assistência jurídica, para pessoas de baixa 
renda; 
II - criação de órgãos no âmbito da prefeitura ou da câmara municipal para 
defesa do cidadão; 
§ 1o - fica criada a Comissão Municipal de Defesa do Cidadão, visando 
assegurar os direitos e interesses do mesmo, à qual compete: 
I - formular, coordenar e executar programas e atividades relacionadas com 
a defesa do cidadão, em cooperação com as entidades congêneres da União e do Estado; 
II - fiscalizar os produtos e serviços, inclusive os públicos; 
III - zelar pela qualidade, quantidade, preço, apresentação e distribuição dos 
produtos e serviços; 
IV - emitir pareceres técnicos sobre os produtos e serviços consumidos no 
Município; 
V - receber e apurar reclamações de cidadãos, encaminhando-as e 
acompanhando a sua tramitaçãonos órgãos competentes; 
VI - propor soluções, melhorias e medidas legislativas de defesa do cidadão; 
VII - por delegação de competência, autuar os infratores, aplicando sanções 
de ordem administrativa e pecuniária, inclusive, exercendo o poder de polícia 
municipal, e encaminhando, quando for o caso, ao representante local do Ministério 
Público, as eventuais provas de crimes e contravenções penais; 
VIII - denunciar, publicamente, através da imprensa, as empresas infratoras; 
IX - buscar integração, por meio de convênios, com os municípios vizinhos; 
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X - promover campanhas educativas e de orientação aos cidadãos, através 
da publicação de cartilhas, manuais, folhetos ilustrados, cartazes e utilização de outros 
meios de comunicação de massa; 
XI - incentivar a organização comunitária e estimular as entidades 
existentes; 
§ 2o - A Comissão será vinculada ao Gabinete do Prefeito, atuando de 
forma integrada com os demais órgãos municipais, e terá a sua composição definida em 
lei de iniciativa do Prefeito. 
 
Art. 138 - O Município manterá órgãos incumbidos de fiscalização dos 
serviços públicos por ele concedidos e da revisão de suas tarifas. 
 
Parágrafo Único - A fiscalização referida neste artigo compreende o exame 
contábil e as perícias necessárias à verificação de inversões e lucros auferidos pelas 
empresas concessionárias. 
 
Art. 139 – A Comissão a que se refere este capítulo desenvolverá ações no 
sentido de proteger os cidadãos no que diz respeito também aos direitos humanos civis e 
outros correlatos. 
 
CAPÍTULO V 
 DO MEIO AMBIENTE 
 
Art. 140 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, 
bem como de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida impondo-se ao 
Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo para as presentes e futuras 
gerações. 
 
§ 1o – Para assegurar a efetividade deste direito, cabe ao público, através de 
órgãos próprios e do apoio à iniciativa popular, proteger o meio ambiente, preservar os 
recursos naturais, ordenando o seu uso e exploração, e resguardar o equilíbrio do 
sistema ecológico, sem discriminação de indivíduos ou regiões, através de política de 
proteção do meio ambiente, definida por lei. 
§ 2o – Incumbe ainda ao poder público; 
 
I – Preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e 
fiscalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético; 
II – Definir espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente 
protegidos através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos 
atributos que justifiquem sua proteção; 
III – Preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o 
manejo ecológico das espécies e ecossistemas; 
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IV – Exigir, na forma da lei, para a instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio 
de impacto ambiental, a que se dará publicidade; 
V – Controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida, e o meio 
ambiente; 
VI – Promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a 
conscientização pública para a preservação do meio ambiente; 
VII – Proteger a fauna e a flora, vedadas na forma da lei, as práticas que 
coloquem em risco sua função ecológica, provoque a extinção de espécies ou submetam 
os animais à crueldade; 
VIII – Distribuir equilibradamente a urbanização em seu território, 
ordenando o espaço territorial de forma a construir paisagens biologicamente 
equilibradas; 
IX – Solicitar dos órgãos federais e estaduais pertinentes, auxiliando-os no 
que couber, ações preventivas e controladoras da poluição e seus efeitos, principalmente 
nos casos que possam direta ou indiretamente: 
a) prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população; 
b) criar condições inadequadas de uso do meio ambiente para fins públicos, 
domésticos, agropecuários, industriais e comerciais; 
c) ocasionar danos à flora, à fauna, ao equilíbrio ecológico, às propriedades 
físico-químicas e à estética do meio ambiente; 
 
X – Criar ou desenvolver reservas e parques naturais e de recreio, bem como 
classificar e proteger paisagens locais de interesse da arqueologia de modo a garantir a 
conservação da natureza e a preservação dos valores culturais de interesse histórico, 
turístico e artístico. 
XI – Compatibilizar o desenvolvimento econômico e social do município, 
com a preservação, o melhoramento e a estabilidade do meio ambiente, resguardando 
sua capacidade de renovação e a melhoria da qualidade de vida; 
XII – Prevenir e reprimir a degradação do meio ambiente e promover a 
responsabilidade dos autores de condutas e atividades lesivas; 
XIII – Registrar, acompanhar e fiscalizar a concessão de direitos de pesquisa 
e de exploração de recursos hídricos e minerais em seu território; 
XIV – Proibir os desmatamentos indiscriminados, principalmente os das 
matas ciliares; 
XV – Combater a erosão de qualquer natureza e promover, na forma da lei, 
o planejamento do solo agrícola independentemente de divisas ou limite de 
propriedades; 
XVI – Fiscalizar e controlar o uso de agrotóxicos e demais produtos 
químicos; 
XVII – Controlar e fiscalizar a atividade de pesquisa em todo o município; 
XVIII – Implantar banco de dados sobre o meio ambiente da região; 
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XIX – Exigir práticas conservacionistas que assegurem a potencialidade 
produtiva do solo; 
XX – Incentivar a formação de consórcio de município, visando a 
preservação dos recursos hídricos da região e à adoção de providências que assegurem o 
desenvolvimento e a expansão urbana dentro dos limites que garantem a manutenção 
das condições ambientais imprescindíveis ao bem-estar da população; 
XXI – Promover e manter o inventário e o mapeamento da cobertura vegetal 
nativa e dos rios componentes da bacia hidrográfica local, visando a adoção de medidas 
especiais de proteção, em suas nascentes, bem como promover o reflorestamento das 
margens dos rios, visando a sua perenidade. 
§ 3o – Aquele que explorar recursos minerais, inclusive areia, fica obrigado 
a recuperar o meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo 
órgão público competente, ma forma da lei: 
 
I – A lei definirá os critérios, os métodos de recuperação, bem como as 
penalidades aos infratores, sem prejuízos da obrigação de reparar os danos causados; 
II – A lei definirá os critérios de recuperação da vegetação, respeitando as 
disposições previstas na lei federal. 
§ 4o – Nas condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente, 
ficarão sujeitos os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, às sanções penais e 
administrativas. 
 
Art. 141 – Todo produtor que fizer uso de produtos químicos, deve 
adequar-se à lei que disciplinará a destinação final de embalagens vazias de agrotóxicos. 
 
Art. 142 – Fica proibido em todo território do município o depósito de 
resíduos tóxicos ou radiativos, exceto em locais próprios, estabelecidos pelo poder 
público municipal. 
 
Art. 143 – Toda e qualquer área com indícios ou vestígios paleontológicos e 
arqueológicos deve ser preservada para fins específicos de estudo até que estes se 
concluam. 
 
Art. 144 – O município poderá implantar o Horto-Florestal e zoológico 
incentivando estudo e preservação de espécies nativas, visando também florestamentos. 
 
Art. 145 – As árvores e outros vegetais dos logradouros públicos ou de 
próprios municipais são bem públicos e somente poderão ser eventualmente 
substituídas, podadas ou tratadas pela Prefeitura Municipal. 
§ 1o – A Prefeitura poderá delegar poderes a outros para procederem à 
atividade prevista neste artigo. 
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§ 2o – A poda ou substituição somente será permitida em casos justificados, 
mediante autorização competente. 
 
Art. 146 – É vedada, sob qualquer hipótese, a queimada da cobertura 
vegetal o solo, a incineração de borracha, plásticos, produtos nocivos a saúde e outros 
produtos sintéticos ou não no perímetro urbano. 
 
Art. 147 – Deverão ser criados programas que incentivem os proprietários 
ao florestamento, jardins e conservação da limpeza de suas propriedades urbanas, 
passeios e o plantio e o cultivo de árvores na via pública, em frente ao seu imóvel, 
obedecendo às normas estabelecidas por lei. 
 
Art. 148 – Fica proibido o abastecimento de pulverizador, de qualquer 
espécie, utilizado para a aplicação de produtos químicos na agricultura e pecuária, 
diretamente nos cursos de água existentes no município. 
 
Art. 149 – O município poderá criar o Conselho Municipal do Meio 
Ambiente, através de lei complementar, visando a coordenação e fiscalização das 
questões do meio ambiente, ficando este conselho responsável pela criação do fundo 
municipal para recuperação ambiental. 
 
Parágrafo Único – O fundo municipal para recuperação ambiental do 
município será o órgão para onde serão canalizados os recursos advindos das 
penalidades administrativas ou danos causados ao meio ambiente, em áreas protegidas 
por lei. 
 
CAPÍTULO VI 
DA SAÚDE 
 
Art. 150 – A saúde é direito de todos e dever do Município, que integra, 
com a União e o Estado, o Sistema Único de Saúde, cujas ações e serviços públicos, na 
sua circunscrição territorial, são por ele dirigidos, observadas as seguintes diretrizes: 
I – a direção, no âmbito do Município, será exercida pela Secretaria 
Municipal de Saúde ou órgão equivalente; 
II - integridade na prestação das ações de saúde; 
III - organização de distritos sanitários com a locação de recursos técnicos 
e práticos de saúde adequados à realidade epidemiológica local; 
IV - garantia do direito do indivíduo de obter informações e 
esclarecimentos sobre assuntos pertinentes à promoção, proteção e recuperação de sua 
saúde e da coletividade; 
V – criação das condições básicas para a cobertura vacinal em todo o 
município. 
§ 1o - O Município instituirá o seu Plano Diretor da Saúde. 
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§ 2o - Os limites dos distritos sanitários referidos no inciso III deste artigo 
constarão do Plano Diretor de Saúde e serão fixados segundo os seguintes critérios: 
a) área geográfica de abrangência; 
b) descrição da clientela; 
c) adequação dos serviços disponibilizados às necessidades da população. 
§ 3o - É vedado ao Município cobrar do usuário pela prestação de serviços 
de assistência à saúde mantidos pelo Poder Público ou contratados com terceiros. 
 
Art. 151 - São atribuições da direção municipal do Sistema Único de Saúde 
– SUS: 
I - planejar, organizar, gerir, controlar e avaliar as ações e os serviços de 
saúde e gerir e executar os serviços públicos de saúde; 
II – participar do planejamento, programação e organização a rede 
regionalizada e hierarquizada do Sistema Único de Saúde - SUS, em articulação com a 
sua direção estadual; 
III - participar da execução, controle e avaliação das ações referentes às 
condições e aos ambientes de trabalho; 
IV - executar serviços de: 
a) vigilância epidemiológica; 
 b) vigilância sanitária; 
 c) alimentação e nutrição; 
d) saneamento básico; 
e) saúde do trabalhador 
V - executar a política de insumos e equipamentos para a saúde; 
VI - colaborar na fiscalização das agressões ao meio ambiente que tenham 
repercussão sobre a saúde humana e atuar, junto aos órgãos municipais, estaduais e 
federais competentes, para controlá-las; 
VII - formar consórcios administrativos e intermunicipais; 
VIII - gerir laboratórios públicos de saúde e hemocentros; 
IX – observado o disposto na lei federal, celebrar contratos e convênios com 
entidades prestadoras de serviços privados de saúde, bem como controlar e avaliar a sua 
execução; 
X - controlar e fiscalizar os procedimentos dos serviços privados de saúde; 
XI – colaborar com a União e o Estado na execução da vigilância sanitária 
em portos e aeroportos; 
XII – normatizar complementarmente as ações e serviços públicos de saúde 
no seu âmbito de atuação. 
XIII - autorizar atendimento médico-hospitalar e ambulatorial gratuito, 
inclusive na zona rural e todo o município. 
 
Art. 152- A Administração Municipal delimitará área fora do perímetro 
urbano para lançamento do lixo, observadas as normas pertinentes ao Aterro Sanitário, 
determinando ainda: 
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I - que seja notificado, pelo órgão competente, o proprietário do imóvel que 
não observar as normas de higiene quanto ao destino dos dejetos e do lixo, aplicando-se, 
na hipótese de reincidência, multa a ser calculada conforme o Código Municipal de 
Posturas; 
II – proibição de edificação de conjuntos habitacionais sem rede sanitária e 
hidráulica. 
III – Em toda edificação, por mais simples, que seja será obrigatória a 
construção de fossa sanitária e rede hidráulica adequada. 
 
Parágrafo Único – As famílias, comprovadamente de baixa renda, serão 
orientadas por programa de assistência técnica gratuita, conforme o disposto no art 125 
desta lei orgânica. 
 
Art. 153 – O Município manterá o Conselho Municipal de Saúde, órgão 
paritário com funções deliberativas e fiscalizadoras da política de saúde municipal, 
constituído de representantes das entidades profissionais da saúde, dos órgãos 
governamentais, das entidades sindicais dos empregadores e dos trabalhadores da saúde 
e das associações representativas dos usuários. 
 
Art. 154 - A lei disporá sobre a organização e o funcionamento do Conselho 
Municipal de Saúde, que terá as seguintes atribuições: 
I - formular a política municipal de saúde, a partir das diretrizes emanadas 
da Conferência Municipal de Saúde; 
II - planejar e fiscalizar a distribuição dos recursos destinados à saúde; 
III - aprovar a instalação e o funcionamento de novos serviços públicos ou 
privados de saúde, atendidas as diretrizes do Plano Diretor da Saúde do Município. 
 
Art. 155 - O Prefeito convocará anualmente o Conselho Municipal de 
Saúde, buscando a ampla participação da sociedade, para avaliar a situação e fixar as 
diretrizes gerais da política de saúde do Município. 
 
Art. 156– A assistência à saúde é livre à iniciativa privada, obedecidos os 
requisitos da lei e as diretrizes da política da saúde. 
§ 1o - As instituições privadas poderão participar de forma complementar 
do Sistema Único de Saúde, segundo suas diretrizes, mediante contrato de direito 
público ou convênio, preferenciando-se as entidades filantrópicas e as sem fins 
lucrativos. 
§ 2o - É vedada a destinação de recursos públicos para auxílios ou 
subvenções às instituições privadas com fins lucrativos. 
 
Art. 157 - O Sistema Único de Saúde, no âmbito do Município, será 
financiado com recursos do orçamento do Município, do Estado, da União e da 
Seguridade Social, além de outras fontes. 
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§ 1o - Os recursos destinados às ações e aos serviços de saúde no Município 
constituirão o Fundo Municipal de Saúde, constituído na forma da lei. 
§ 2o – Salvo disposição em contrário da lei federal, as despesas com a saúde 
corresponderão a, no mínimo, dez por cento das despesas globais do Município em cada 
exercício financeiro. 
 
Art. 158 – O Município prestará permanentes socorros de urgência e 
acidentes quando não existir na sede municipal serviço Federal ou estadual desta 
natureza. 
 
Art. 159 – O Município proverá a fiscalização e a inspeção de alimentos, 
compreendido o teor nutricional, bem como bebidas e água para consumo humano. 
 
Art. 160 – O Município proverá participaçãono controle e fiscalização da 
produção, transporte, guarda e utilização de substância e produtos psicoativos, tóxicos e 
radioativos. 
 
CAPÍTULO VII 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 161 - A ação do Município no campo da assistência social objetivará 
promover: 
I - a integração do indivíduo ao mercado de trabalho e ao meio social; 
II - o amparo à velhice e à criança abandonada; 
III - a integração das comunidades carentes; 
IV - proteção ao deficiente; 
 
Art. 162 - Na formulação e execução dos programas de assistência social, o 
Município buscará a participação das associações representativas da comunidade. 
 
Art. 163 - Os portadores de deficiência física e de limitação sensorial, assim 
como as pessoas idosas, terão prioridade para exercer o comércio eventual ou ambulante 
no Município. 
 
Art. 164 - A Prefeitura Municipal adotará as medidas de ordem 
administrativa necessárias ao pleno funcionamento do Conselho Municipal dos Direitos 
da Criança e do Adolescente, do Conselho Tutelar e do Fundo Municipal dos Direitos 
da Criança e do Adolescente. 
§ 1o - Lei Municipal disporá sobre local, dia e horário de funcionamento do 
Conselho Tutelar, constituído na forma e com as atribuições previstas na lei federal. 
§ 2o - Constará da lei orçamentária municipal previsão dos recursos 
necessários ao funcionamento do Conselho Tutelar. 
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Art. 165 – O município dispensará proteção especial à família, assegurando 
condições morais, físicas e sociais indispensáveis ao desenvolvimento, segurança e 
estabilidade da mesma. 
 
§ 1o – A Lei disporá sobre a assistência aos idosos, à maternidade e aos 
excepcionais. 
§ 2o – O município assegurará acesso à educação e informações sobre 
métodos contraceptivos adequados ao planejamento familiar, respeitando as opções 
individuais. 
§ 3o – Para execução do previsto neste artigo, serão adotadas, entre outras, 
as seguintes medidas. 
I – promoção de serviços de prevenção e orientação contra os males que são 
instrumentos da dissolução da família, bem como de recebimento e encaminhamento de 
denúncias referentes à violência no âmbito das relações familiares; 
II – estímulo aos pais e às organizações para a formação moral, cívica, física 
e intelectual da juventude, incluídos os portadores de deficiências, sempre que possível; 
III – colaboração com as atividades assistenciais que visem o atendimento, a 
proteção e a educação da criança; 
IV – amparo às pessoas da terceira idade, assegurando sua participação na 
comunidade, defendendo sua dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida; 
V – colaboração com a União, com o Estado e com outros Municípios para 
a solução do problema dos menores desamparados ou desajustados, através de processos 
adequados de permanente recuperação. 
 
Art. 166 – O Conselho de Assistência Social do Município participará da 
fiscalização e elaboração de políticas de ação social, definição de estratégias de 
programas de promoção humana, regendo-se pela lei orgânica de Assistência Social. 
 
CAPÍTULO VIII 
DA CULTURA, DA EDUCAÇÃO E DO DESPORTO 
 
Art. 167 - O Município estimulará o desenvolvimento das ciências, das 
artes e da cultura em geral, observado o disposto na Constituição Federal. 
 
§ 1o - A lei disporá sobre a fixação das datas comemorativas de alta 
significação para o Município. 
§ 2o - Ao Município cumpre proteger os documentos, as obras e outros bens 
de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e 
os sítios arqueológicos, em articulação com os governos Federal e Estadual. 
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§ 3o - À administração municipal cabe, na forma da lei, a gestão da 
documentação do Município e as providências para franquear sua consulta a quantos 
dela necessitem. 
 
Art. 168 – A educação, dever da família e do Poder Público, inspirada nos 
princípios de liberdade e de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno 
desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua 
qualificação para o trabalho. 
 
Art. 169 – O Município atuará prioritariamente no ensino fundamental e na 
educação infantil. 
 
Parágrafo Único – O ensino municipal será ministrado com base nos 
seguintes princípios: 
I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; 
II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o 
pensamento, a arte e o saber; 
III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; 
IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; 
V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; 
VI – gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais; 
VII – valorização do profissional da educação escolar; 
VIII – gestão democrática do ensino público, na forma da Lei de Diretrizes e 
Bases da Educação Nacional e da legislação estadual e municipal dos sistemas de 
ensino; 
IX – garantia de padrão de qualidade; 
X – valorização da experiência extra-escolar; 
XI – vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas sociais. 
 
Art. 170 - Ao Município compete, em regime de colaboração com a União e 
o Estado, a organização do seu sistema de ensino, incumbindo-se prioritariamente de: 
I – organizar, manter e desenvolver os seus órgãos e instituições oficiais de 
ensino, integrando-os às políticas e planos educacionais da União e dos Estados; 
II – exercer ação redistributiva em relação às suas escolas; 
III – baixar normas complementares para o sistema de ensino municipal; 
IV – autorizar, credenciar e supervisionar os estabelecimentos do seu 
sistema de ensino; 
V – oferecer a educação infantil em creches e pré-escolas, e, com 
prioridade, o ensino fundamental, podendo atuar em outros níveis de ensino somente 
quando estiverem atendidas plenamente as necessidades de sua área de competência e 
com recursos acima dos percentuais mínimos vinculados pela Constituição Federal, à 
manutenção e desenvolvimento do ensino. 
 
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Art. 171 – O sistema municipal de ensino compreende: 
I – as instituições do ensino fundamental, médio e de educação infantil 
mantidas pelo Poder Público Municipal; 
II – as instituições de educação infantil, criadas e mantidas pela iniciativa 
privada; 
III – os órgãos municipais de educação. 
 
Art. 172 – O dever do Município com a educação será efetivado mediante a 
garantia de: 
I - ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele 
não tiverem acesso na idade própria; 
II - atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, 
preferencialmente na rede regular de ensino; 
III - atendimento em creche e pré-escola às crianças de zero a seis anos de 
idade; 
IV - acesso aos níveis mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação 
artística, segundo a capacidade de cada um; 
V - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando; 
VI - atendimento ao educando, no ensino fundamental, através de programas 
suplementares de material didático-escolar, transporte, alimentação e assistência à 
saúde; 
 
§ 1o - O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito público subjetivo. 
§ 2o - O não oferecimento do ensino obrigatório pelo município, ou sua 
oferta irregular, importa responsabilidade da autoridade competente. 
§ 3o - Compete ao Poder Público recensear os educandos no ensino 
fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar junto aos pais ou responsáveis pela 
freqüência à escola. 
§ 4o - O Município orientará e estimulará, por todos os meios, a educação 
física, que será obrigatória nos estabelecimentos municipais de ensino e nos particulares 
que recebam auxílio municipal. 
§ 5o – O Município implantará atendimento médico, otorrino, oftalmológico 
e odontológico nas escolas municipais. 
 
Art. 173 - O sistema de ensino municipal assegurará a todos os alunoscondições de eficiência escolar. 
 
Art. 174 - O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as seguintes 
condições: 
I - cumprimento das normas gerais de educação nacional; 
II - autorização e avaliação de qualidade pelos órgãos competentes. 
 
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Art. 175 - Os recursos do Município serão destinados às escolas públicas, 
podendo ser dirigidos a escolas comunitárias, confessionais ou filantrópicas, definidas 
em lei federal que: 
I - comprovem finalidade não lucrativa e apliquem seus excedentes 
financeiros em educação; 
II - assegurem a destinação do seu patrimônio a outras escolas comunitárias, 
filantrópicas ou confessionais ou ao Município no caso de encerramento de suas 
atividades. 
 
Parágrafo Único - Os recursos de que trata este artigo poderão ser 
destinados a bolsas de estudos para o ensino fundamental, médio e superior, na forma da 
lei, para os que demonstrarem insuficiência de recursos, quando houver falta de vagas e 
cursos regulares da rede pública na localidade da residência do educando, ficando o 
Município obrigado a investir prioritariamente na expansão de sua rede na localidade. 
 
Art. 176 - O Município auxiliará, pelos meios ao seu alcance, inclusive com 
a destinação de recursos financeiros previstos no orçamento anual, as organizações 
beneficentes, culturais e do esporte amador. 
 
Parágrafo Único - É dever do município, fomentar a prática desportiva em 
todas as suas modalidades, incentivando a participação da iniciativa privada. 
 
Art. 177 - A lei regulará a composição, o funcionamento e as atribuições do 
Conselho Municipal de Educação e do Conselho Municipal de Cultura. 
 
Art. 178 - O Município aplicará, anualmente, vinte e cinco por cento, no 
mínimo, da receita resultante de impostos, compreendida e proveniente de 
transferências, na manutenção e desenvolvimento do ensino, observadas a disposições 
do art. 60 do Ato das Disposições Transitórias da Constituição Federal. 
 
Art. 179 - Ao Município, em parceria com a União e o Estado, compete 
proporcionar os meios de acesso à cultura, à educação e à ciência. 
 
Art. 180 – A escolha dos diretores das escolas deverá ser através do voto do 
corpo docente, pais de alunos, funcionários e alunos a partir da 5a. série, conforme 
dispuser a lei especifica. 
 
Art. 181 – As escolas privadas serão mantidas às custas dos alunos nelas 
matriculados, conforme trata o art. 209 – inciso I e II da Constituição Federal. 
 
 
CAPÍTULO IX 
DAS ASSOCIAÇÕES E COOPERATIVAS 
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Art. 182 – É plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedados a de 
caráter paramilitar, na forma da Constituição Federal. 
 
Parágrafo Único - O Poder Público Municipal incentivará a criação de 
associações que tenham, dentre outros, os seguintes objetivos: 
I - proteção e assistência à criança, ao adolescente, aos desempregados, aos 
portadores de deficiência, aos idosos, aos pobres, à mulher, aos doentes, aos presidiários 
e às gestantes; 
II - representação dos interesses de moradores de bairros e distritos, de 
consumidores, de donas de casa, pais de alunos e professores. 
 
Art. 183 - Em conformidade às disposições da Constituição Federal, desta 
Lei Orgânica e da legislação específica, poderão ser organizadas cooperativas para o 
fomento de atividades, tais como: 
I - assistência jurídica; 
II - abastecimento urbano e rural; 
III - construção de moradias; 
IV - crédito; 
V - agricultura; 
VI – pecuária. 
VII – saúde e trabalho. 
 
Art. 184 - O poder municipal incentivará a organização de mutirões de 
colheita, limpeza pública, de construção e outras realizações, observado o interesse da 
coletividade. 
 
TÍTULO V 
ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUICIONAIS TRANSITÓRIAS 
 
Art 185 – Fica determinado o prazo de até 360 dias para a promulgação das 
Leis Complementares previstas nesta Lei Orgânica. 
 
TÍTULO VI 
DAS DISPOSIÇÕES FINAIS 
 
Art. 186 - Além da participação dos cidadãos nos casos previstos nesta Lei 
Orgânica, será admitida e estimulada a colaboração popular em todos os campos de 
atuação do poder público. 
 
Parágrafo Único - O disposto neste título tem fundamento nos artigos 5º. 
XVII e XVIII, 174, § 2º. e 194, VII, entre outras disposições da Constituição Federal. 
 
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Art. 187 - É dever do Poder Público Municipal: 
I - ouvir sempre a opinião pública, quando não ferir o interesse público e, 
para isso, tanto o Poder Legislativo quanto o Executivo, divulgarão com antecedência, 
os projetos de lei para que o povo possa mandar sugestão; 
II - estabelecer medidas a fim de agilizar a tramitação e solução dos 
expedientes administrativos, punindo, disciplinadamente os servidores faltosos nesse 
aspecto; 
III - concorrer, facilitando ao povo, a difusão de jornais, transmissões pelo 
rádio e televisão. 
 
Art. 188 - A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer a qualquer 
interessado, no prazo máximo de trinta dias, certidões e decisões, desde que requeridas 
para fim de direito determinado, sob pena de responsabilidade da autoridade ou servidor 
que negar ou retardar sua expedição. 
 
Parágrafo Único - As certidões relativas ao Poder Executivo serão 
instruídas pelo Secretário ou Diretor de Administração da Prefeitura, exceto as 
declaratórias de efetivo exercício do Prefeito, que serão fornecidas pela Câmara. 
 
Art. 189 - Esta Lei Orgânica, aprovada e assinada pelos membros da 
Câmara Municipal, é promulgada pela Mesa Diretora e entra em vigor na data de sua 
publicação. 
 
 
 
Sala das Sessões, em 19 de julho de 2001. 
 
 
 
 
TEÓFILO JERÔNIMO P. DA S. MOTTA 
Presidente 
 
 
LUCIR FICANHA 
Vice - Presidente 
 
CLEDINEI ROSELI BOSA 
1O. Secretário 
 
 
DOMINGOS CARLOS A. DOS SANTOS 
2O. Secretário 
ALAÍDIO CASTILHO DE MOURA 
Vereador 
 
 
ANA AMÉLIA BRUGGER JUNQUEIRA 
Vereadora 
 
JAIME ARNOLDO CAPPELLESSO JOSÉ QUEIROZ BARRETO NETO 
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68 
68 
Vereador 
 
 
Vereador 
 
LUZIA DA ROSA FONTANA 
Vereadora 
 
 
 
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	TÍTULO I
	Do Município 5
	CAPÍTULO I
	CAPÍTULO II
	CAPÍTULO IV
	CAPÍTULO V
	Das Competências da Câmara Municipal 18
	CAPÍTULO II
	Do Processo Legislativo 24
	SEÇÃO II
	SEÇÃO III
	Dos Decretos Legislativos e Resoluções 26
	SEÇÃO IV 
	Da Discussão e Votação de Proposições 27
	SEÇÃO II
	TÍTULO III
	CAPÍTULO I
	CAPÍTULO II
	CAPÍTULO I
	Disposições Gerais 41
	CAPÍTULO III
	CAPÍTULO IV
	CAPÍTULO VII
	TÍTULO V
	TÍTULO I
	CAPÍTULO I
	CAPÍTULO II
	CAPÍTULO IV
	DA ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO
	CAPÍTULO V
	CAPÍTULO II
	DO PROCESSO LEGISLATIVO
	SEÇÃO II
	DOS DECRETOS LEGISLATIVOS E RESOLUÇÕES
	SEÇÃO IV
	DA DISCUSSÃO E VOTAÇÃO DE PROPOSIÇÕES
	II - em gozo de férias.
	SEÇÃO II
	TÍTULO III
	CAPÍTULO II
	CAPÍTULO I
	CAPÍTULO IV
	CAPÍTULO V
	CAPÍTULO VII
	Presidente
	Vereador
	Vereadora
		2012-05-16T17:34:15-0300
	Salvador - Ba
	ASSOCIACAO TRANSPARENCIA MUNICIPAL:10237970000169
	Confirmo a precisao e integridade deste documento

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