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Unidade de concervação - áreas e ações para a conservação da Caatinga

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301
Unidades de
conservaçªo:
Æreas e açıes
prioritÆrias para
a conservaçªo
da Caatinga
PARTICIPANTES DO SEMIN`RIO
GRUPO TEM`TICO
 ‘ESTRATÉGIAS DE CONSERVA˙ˆO’
Agnes de Lemos Velloso
Coordenaçªo
Ana Lícia Patriota Feliciano
Antônio ClÆudio Conceiçªo de Almeida
 Antônio Edson Guimarªes Farias
Carlos Alberto Mergulhªo Uchôa Neto
 Daniela AmØrica SuÆrez de Oliveira
 Élcio Souza Magalhªes
FÆtima Maria Diaz da Hora
Francisco Barreto Campello
HØlio Batista de Faria
Hermano JosØ Batista de Carvalho
Inah Simonetti
MÆrcia Chame
Ridalvo Batista de Araœjo
302
Antes do seminÆrio foi feito um
levantamento das unidades de conservaçªo
– UCs da Ærea da Caatinga, e das
informaçıes relativas aos principais
problemas que hoje afetam essas unidades,
assim como especulada a existŒncia de
propostas dos órgªos governamentais para
a criaçªo de outras UCs. Com base nesse
diagnóstico, nas informaçıes tornadas
disponíveis pela organizaçªo do Subprojeto
e no conhecimento dos participantes
recomendou-se: 1. Valorizar o papel das
UCs no contexto regional; 2. Solucionar os
principais problemas pertinentes à
manutençªo e ao manejo das ucs; e 3.
Alterar e criar unidades de conservaçªo.
As sugestıes gerais para valorizaçªo
do papel das UCs no contexto regional
foram: 1. deixar sempre claro que as UCs
cumpram a funçªo principal de atuar na
conservaçªo do ambiente; 2. com-
plementar o sistema atual de UCs de forma
que se obtenha representaçªo significativa
de todas as tipologias vegetais da Caatinga,
visando, com isso, a preservaçªo mais
abrangente possível da biodiversidade e o
fluxo genØtico entre populaçıes de uma
mesma espØcie; 3. alcançar, nos próximos
cinco anos, o percentual mínimo de 10%
da Ærea da Caatinga como UCs de proteçªo
integral (uso indireto); 4. criar nova
categoria de Ærea protegida – ‘Ærea de
recuperaçªo ambiental’ nªo incluída nos
10% antes mencionados – com sua
respectiva implantaçªo em Æreas
gravemente afetadas pela desertificaçªo; 5.
fortalecer o papel da UC como ponto
difusor de açıes de conservaçªo e de uso
sustentÆvel aplicÆvel tambØm a outras
Æreas; 6. enfatizar o papel complementar
da UC como incentivadora de capacitaçªo
e de implementaçªo de medidas de
desenvolvimento sustentÆvel das
comunidades do entorno; 7. elaborar
programa de apoio a proprietÆrios de
reservas particulares do patrimônio natural
(RPPNs) para incentivar açıes de
conservaçªo, e tornar disponível o apoio
tØcnico ao desenvolvimento e à
implementaçªo de planos de manejo; 8.
em razªo da escassez de Ægua no bioma
recomenda-se que as Æreas sobre
chapadas (Æreas de recarga) tenham seu
uso rigorosamente controlado, objetivando,
assim, a preservaçªo do solo e da Ægua; 9.
buscar uma maior integraçªo do Instituto
Nacional de Colonizaçªo e Reforma AgrÆria
- Incra e de agŒncias financiadoras de
projetos (desenvolvimento agropecuÆrio,
industrial ou outros empreendimentos de
impacto ambiental) com órgªos de meio
ambiente (esferas federal e estadual) para
consulta prØvia sobre o interesse de criaçªo
de UCs em Æreas de provÆveis
assentamentos e/ou de empreendimentos;
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Parque Nacional Serra das Confusıes, PI
303
10. designar grupo permanente de
referŒncia sobre as decisıes desse
subprojeto, com representaçıes das UCs
regionais, para servir de interlocutor junto
ao MMA em assuntos relativos à Caatinga,
especialmente ao projeto do Global
Environment Facility - GEF, que envolve
UCs; 11. utilizaçªo, por parte do Conselho
Nacional do Meio Ambiente – Conama, dos
documentos resultantes desse subprojeto,
tanto quanto daqueles produzidos por
centros de pesquisa desse bioma, como
documentos de consulta e de referŒncia
para suas açıes.
Existem, hoje, 16 unidades de
conservaçªo federais e sete estaduais (essas
œltimas concentradas na Bahia e no Rio
Grande do Norte), as quais protegem
formaçıes de caatinga e/ou ambientes de
transiçªo entre o bioma Caatinga e outros.
Apenas a metade das unidades federais
contØm exclusivamente formaçıes de
caatinga, sendo metade delas de uso
sustentÆvel e metade de proteçªo integral.
A maioria dessas unidades enfrenta um ou
mais dos seis principais problemas
identificados: situaçªo fundiÆria nªo resolvida;
falta de verba para funcionamento e
manutençªo; funcionamento e implemen-
taçªo insatisfatórios para atingir os objetivos
da unidade; caça tradicional, para subsis-
tŒncia e esportiva; desmatamento e retirada
de lenha; fogo. A seguir, sªo apresentadas
as principais sugestıes para solucionar os
problemas mais comuns das UCs.
1. Situaçªo fundiÆria
• Criaçªo de sistema de trocas com
proprietÆrios de terras na Ærea de UCs, com
o objetivo de permutar essas propriedades
por terras devolutas e por indenizaçªo de
benfeitorias.
• Adequaçªo da legislaçªo de
licenciamento de obras de impacto
ambiental, para que os recursos oriundos
da compensaçªo ambiental sejam
tambØm utilizados na regularizaçªo da
situaçªo fundiÆria das UCs, bem como
na sua ampliaçªo.
• Estudo da possibilidade de criaçªo de títulos
de dívida ambiental, com vistas à obtençªo
de recursos que possam ser usados para
indenizar proprietÆrios de terras de UCs (a
exemplo dos títulos da dívida agrÆria
utilizados para assentamentos).
2. Falta de verba
• Estabelecimento de parcerias e de
convŒnios entre as esferas federal,
estadual e municipal e a sociedade civil,
com papØis definidos.
• Realizaçªo de reuniıes anuais dos
responsÆveis por UCs para um plane-
jamento conjunto do orçamento das
unidades.
• Incentivo de uma decisªo política para
maior dotaçªo de recursos federais e
estaduais.
3. Funcionamento/Implementaçªo
insatisfatórios
• Contrataçªo e capacitaçªo de pessoal
para as UCs (incluindo-se aí o treinamento
dos responsÆveis por unidades).
• Desenvolvimento e implantaçªo de
planos de manejo dinâmicos e
apropriados à realidade da unidade.
• Busca de alternativa para o processo de
gestªo de UCs: estabelecer critØrios de
seleçªo para co-gestores, e tambØm
sistema de metas e de avaliaçªo de
resultados para a gestªo.
4. Caça tradicional
• Incentivo à implantaçªo de criadouros
comunitÆrios (cooperativas) de animais
silvestres (exemplos: caititu, preÆ,
arribaçª, mocó, ema, peixes e outros
escolhidos a partir de estudos).
• Educaçªo ambiental relativa à
necessidade da conservaçªo e do uso
sustentÆvel dos recursos naturais.
• Realizaçªo de seminÆrios, na regiªo da
Caatinga, pertinentes ao tema legislaçªo
ambiental, os quais envolvam a
participaçªo dos poderes JudiciÆrio e
304
Executivo locais (inclusive os cartórios)
– a ser promovidos pelo MinistØrio do
Meio Ambiente, por curadorias do meio
ambiente e por organizaçıes civis de
direito ambiental.
• Identificaçªo de atividades alternativas
como fonte de proteína e de renda,
assim como capacitaçªo das comu-
nidades para executÆ-las (ex.: melipo-
nicultura [criaçªo de abelhas nativas para
extraçªo do mel], viveiros de plantas
ornamentais e medicinais, criadouros
comunitÆrios).
• Fiscalizaçªo eficiente, incluindo o
treinamento adequado de fiscais.
5. Desmatamento e retirada de lenha
• Incentivo ao uso de energias alternativas
(solar, eólica, biodigestora).
• Implantaçªo de planos de manejo
florestal em florestas nacionais – Flonas
e em Æreas de proteçªo ambiental – APAs
para o uso racional da lenha (à exceçªo
de naquelas com alto índice de espØcies
ameaçadas e/ ou endŒmicas).
• Criaçªo de Flonas em Æreas de uso
intenso da vegetaçªo, quer para controlar
a atividade quer para demonstrar novas
formas de uso sustentÆvel.
6. Fogo
• Desenvolvimento de programa de
divulgaçªo de tØcnicas alternativas
(sustentÆveis) de agricultura no entorno
das unidades.
• Medidas preventivas contra o fogo:
placas e campanhas de conscientizaçªo
pœblica.
• Fiscalizaçªo e conscientizaçªo doentorno, no que se refere aos prejuízos
causados pelo fogo.
Por fim, foram feitas 33 recomen-
daçıes de açıes pontuais no bioma, as quais
tanto envolvem modificaçıes como criaçªo
de algumas UCs (Figura 1). Essas açıes estªo
bem distribuídas e incluem os diferentes tipos
de formaçıes vegetais existentes na Caatinga.
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a
Pintura Rupestre, Parque Nacional da Serra da Capivara, PI
305
1. Parque Nacional de Sete Cidades
2. Parque Nacional de Ubajara
3. Floresta Nacional de Apodi
4. APA Chapada do Araripe
5. Parque Nacional da Serra da Capivara e Parque Nacional Serra das
Confusıes
6. APA Sªo Joªo do Piauí
7. Parque Nacional de Exu
8. Parque Nacional de Araripina
9. Tucano
10. Morro do ChapØu
11. Nascente do Rio Pardo
12. Floresta Nacional do Sudoeste da Bahia
13. Ararinha-azul
14. Estaçªo Ecológica de Casa Nova
15. Floresta - Margem do Sªo Francisco
16. Coremas
17. Serra Talhada
18. Vale dos Dinossauros
19. Parque Nacional de Martins
20. Parque Nacional de Sªo Bento do Norte
21. Reserva Biológica de Luiz Gomes
22. Monumento Natural de Serra Caiada
23. APA do Baixo Jaguaribe
24. Floresta Nacional de Sobral
25. APA das Serras de BaturitØ e Maranguape
26. `rea de conflito CearÆ-Piauí
27. APA de Dom InocŒncio
28. Estaçªo Ecológica do Castanhªo
29. Reserva Extrativista de Babaçu
30. Piracuruca
31. Parque Estadual Pedra da Boca
32. Simªo Dias
33. APA do Baixo Sªo Francisco
Figura 1
EstratØgias para
conservaçªo da
Caatinga
Recomendaçıes
Criaçªo de UC
Modificaçªo de categoria
Limite estadual
Limite do bioma Caatinga
306
1 - PARQUE NACIONAL DE SETE
CIDADES
Localizaçªo: Piracuruca e Sªo JosØ do
Divino (PI).
Justificativa: Conservar a Ærea de savana/
floresta que ainda nªo se encontra
preservada em nenhuma UC de proteçªo
integral. Presença de espØcies endŒmicas
e ameaçadas de extinçªo. A ampliaçªo da
Ærea deverÆ se estender ao norte do PARNA
Sete Cidades, no município de Piracuruca,
incluindo o extremo leste do município de
Sªo JosØ do Divino.
Açªo recomendada: Ampliaçªo.
2 - PARQUE NACIONAL DE UBAJARA
Localizaçªo: Ubajara (CE).
Açªo recomendada: Criaçªo de APA no
entorno do Parque, incluindo Æreas de
florestas ombrófilas e caatinga.
3 - FLORESTA NACIONAL DO APODI
Localizaçªo: Apodi (RN).
Justificativa: `rea de interesse espeleo-
lógico e ocorrŒncia de espØcies raras da
flora. A FLONA foi criada em 1946 e nunca
foi implantada (Decreto 9226/46).
Açıes recomendadas: Implantaçªo/
implementaçªo; manejo do entorno.
4 - APA CHAPADA DO ARARIPE
Localizaçªo: CE: Campos Sales, Salitre,
Araripe, Potengi, Santana do Cariri, Nova
Olinda, Crato, Barbalha, Missªo Velha,
Abaiara, Jati, Brejo Santo, Porteiras,
Jardim, Penaforte; PI: Fronteiras, Alegrete
do Piauí, Caldeirªo Grande do Piauí, Padre
Marcos, Marcolândia, Simıes; PE:
Araripina, Trindade, Ipubi, Bodocó, Exu,
Moreilândia, Serrita, Cedro.
Justificativa: Ampliaçªo dos limites da APA
para que coincidam com os limites
municipais; facil itaçªo da gestªo e
articulaçªo com as autoridades muni-
cipais.
Açªo recomendada: Ampliaçªo.
5 - PARQUE NACIONAL DA SERRA DA
CAPIVARA E SERRA DAS CONFUSÕES
Localizaçªo: Canto do Buriti (PI).
Justificativa: Conexªo da parte noroeste do
Parque Nacional da Serra da Capivara com
a parte nordeste do Parque Nacional Serra
das Confusıes para garantir o fluxo gŒnico
de fauna e flora e centros de dispersªo entre
os parques e suas ligaçıes com a Serra de
Bom Jesus da GurguØia. A Ærea apresenta
alto endemismo de flora (60%) e
populaçıes importantes de espØcies
ameaçadas de extinçªo (onça-pintada,
tatu-bola, tatu-canastra, psitacídeos),
espØcies endŒmicas e novas (quirópteros,
lacertílios). O grau de preservaçªo e os
trabalhos de educaçªo, saœde e
desenvolvimento sustentÆvel no entorno do
Parque Nacional da Serra da Capivara,
desenvolvidos hÆ 30 anos pela FUMDHAM,
indicam que o complexo Confusıes-
Capivara deve se tornar uma Reserva da
Biosfera demonstrativa de açıes de conser-
vaçªo, manejo e uso sustentÆvel na
Caatinga. O corredor ecológico jÆ tem
estudo realizado pela FUMDHAM.
O Parque deve ter sua Ærea estendida de
forma a incluir toda a Serra da Capivara/
Serra Talhada, englobando a lagoa de Sªo
Vicente onde vive uma populaçªo relictual
de Caiman crocodylus, œltima fronteira
sudeste desta espØcie amazônica, adaptada
à Caatinga. Esta medida deverÆ preservar
populaçıes de primatas, tatus e felinos, e
Æreas de nidificaçªo de psitacídeos, alØm
de preservar Æreas de drenagem de rios e
açudes.
Criaçªo de APA na regiªo abaixo do
corredor atØ a ponte de “cuesta” da Serra
da Capivara.
Açıes recomendadas: Ampliaçªo; manejo
do entorno.
A˙ÕES PONTUAIS PARA UNIDADES DE CONSERVA˙ˆO EXISTENTES
307
6 - APA DE SˆO JOˆO DO PIAU˝
Tipo vegetacional: Savana estØpica arbori-
zada.
Localizaçªo: Sªo Joªo do Piauí (PI).
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de APA
federal; ordenaçªo do uso do solo; garantia
da conservaçªo do PARNA Serra da Capivara;
garantia do uso sustentÆvel da Ægua.
7 - PARQUE NACIONAL DE EXU
Tipo vegetacional: Contato savana/floresta
estacional (carrasco).
Localizaçªo: Exu (PE).
Recomendaçıes específicas: Criaçªo do
Parque Nacional de Exu; proteçªo de
espØcies jÆ bem estudadas em diversos
grupos zoológicos; fortalecimento da
proposta da APA da Chapada do Araripe;
fortalecimento de atividades de ecoturismo
na regiªo.
8 - FLORESTA NACIONAL DE
ARARIPINA
Tipo vegetacional: Savana estØpica/
atividades agrícolas.
Localizaçªo: Araripina (PE).
Recomendaçıes específicas: Criaçªo da
Floresta Nacional, visando a demons-
traçªo de manejo florestal com fins
energØticos.
9 - TUCANO
Tipo vegetacional: Savana arborizada.
Localizaçªo: Tucano, Biritinga, SÆtiro Dias,
Olindina e Inhambupe (BA).
Recomendaçıes específicas: Nªo existe
outra UC de proteçªo integral com este tipo
vegetacional. A Ærea deve ser contemplada
com uma UC de proteçªo integral cercada
por APA.
10 - MORRO DO CHAPÉU
Tipo vegetacional: Savana gramíneo-
lenhosa.
Localizaçªo: Morro do ChapØu (BA).
Recomendaçıes específicas: Tipo vegeta-
cional œnico na caatinga e ausente nas UCs
existentes. A Ærea protege a nascente do
rio Salitre ou Vereda da TÆbua. A categoria
proposta Ø Parque Nacional, e a Ærea Ø
provavelmente de terras devolutas (o que
significa uma menor dificuldade de
implantaçªo da unidade).
11 - NASCENTE DO RIO PARDO
Tipo vegetacional: Savana estØpica/floresta
estacional.
Localizaçªo: BA: Jacaraci, Mortugaba; MG:
Montezuma, Espinosa.
Recomendaçıes específicas: Nascentes
dos rios Pardo, da Corda e outro nªo
identificado, sendo o divisor de Æguas dos
mesmos; recomenda-se criaçªo de Parque
Nacional ou Reserva Biológica.
12 - FLORESTA NACIONAL DO
SUDOESTE DA BAHIA
Tipo vegetacional: Contato entre savana
estØpica e floresta estacional.
Localizaçªo e descriçªo geral: Riacho de
Santana e Matina (BA). Regiªo de produçªo
de carvªo próxima a Guanombi.
Recomendaçıes específicas: Recomenda-
se criaçªo de FLONA, uma vez que Ø uma
regiªo de produçªo de carvªo para as
siderœrgicas de Minas Gerais, para
demonstraçªo do uso sustentÆvel da
vegetaçªo (funçªo principal desta categoria
de UC).
13 - ARARINHA-AZUL
Tipo vegetacional: Savana estØpica parque.
Localizaçªo: CuraçÆ e Juazeiro (BA),
próximo ao rio Sªo Francisco.
PROPOSTAS DE CRIA˙ˆO DE UNIDADES DE CONSERVA˙ˆO
308
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
uma Reserva Biológica cercada por APA.
Esta Ø a Ærea de reproduçªo da ararinha-
azul e esta tipologia vegetal estÆ pouco
representada nas UCs existentes.
14 - ESTA˙ˆO ECOLÓGICA
DE CASA NOVA
Tipo vegetacional: Savana estØpica
arborizada.
Localizaçªo e descriçªo geral: Casa Nova
(BA), Petrolina, Santa Maria da Boa Vista
e Afrânio (PE). `rea de baixo impacto
antrópico e bom estado de conservaçªo.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo deunidade de conservaçªo utilizando
mecanismo de compensaçªo ambiental da
represa de Sobradinho, no rio Sªo
Francisco; criaçªo de Estaçªo Ecológica
circundada por APA; recuperaçªo de Ærea
em processo de desertificaçªo. `rea de
preservaçªo de grandes mamíferos
(recomendaçªo do Workshop Jaguar in the
New Milenium, MØxico, 1999).
15 - FLORESTA – MARGEM DO
SˆO FRANCISCO
Tipo vegetacional: Savana estØpica parque
e savana estØpica florestada.
Localizaçªo e descriçªo geral: Petrolândia,
Floresta e Tacaratu (PE). Tipologia pouco
contemplada em UCs; proximidade da
Reserva Biológica Serra Negra.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
APA com Ærea nuclear de preservaçªo
permanente; proteçªo de margem do rio
Sªo Francisco e mata ciliar.
16 - COREMAS
Tipo vegetacional: Savana estØpica
florestada, savana estØpica arborizada e
contato savana estØpica/floresta estacional.
Localizaçªo: Coremas, Igaraci, Piancó,
Aguiar e Sªo JosØ da Lagoa Tapada (PB).
Recomendaçıes específicas: Preservaçªo
de Æguas do açude Coremas e suas matas
adjacentes; criaçªo de APA.
17 - SERRA TALHADA
Tipo vegetacional: Savana estØpica
arborizada.
Localizaçªo: Serra Talhada (PE).
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
unidade de conservaçªo da categoria
Floresta Estadual, visando a demonstraçªo
de manejo florestal para produçªo de carvªo.
18 - VALE DOS DINOSSAUROS
Tipo vegetacional: Savana estØpica/
atividade agrícola/savana estØpica
arborizada.
Localizaçªo: Souza (PB).
Recomendaçıes específicas: Proteger
Monumento Natural.
19 - PARQUE NACIONAL DE MARTINS
Tipo vegetacional: Savana estØpica/
atividades agrícolas.
Localizaçªo e descriçªo geral: Martins (RN).
`rea com vegetaçªo de brejo de altitude;
belezas cŒnicas, interesse espeleológico,
arqueológico e histórico; Ærea com visitaçªo
pœblica jÆ instalada, cidade turística.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
Parque Nacional.
20 - PARQUE NACIONAL DE
SˆO BENTO DO NORTE
Tipo vegetacional: Savana estØpica/
atividades agrícolas e savana estØpica
arborizada.
Localizaçªo e descriçªo geral: Galinhos,
GuamorØ, Sªo Bento do Norte, Pedra
Grande e Touros (RN). ` rea de caatinga em
contato com o litoral (mata branca); Ærea
de turismo ecológico.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
Parque Nacional com APA no entorno.
21 - RESERVA BIOLÓGICA
DE LUIZ GOMES
Tipo vegetacional: Savana estØpica arbo-
rizada.
Localizaçªo: Luiz Gomes (RN).
309
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
Reserva Biológica para preservaçªo de uma
subespØcie de Cebus apella.
22 - MONUMENTO NATURAL
DE SERRA CAIADA
Tipo vegetacional: Savana estØpica/
atividade agrícola.
Descriçªo geral: Serra Caiada (RN) (ex-
Presidente Juscelino). Formaçªo geológica
mais antiga da AmØrica do Sul – PrØ-
Cambriano.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
Monumento Natural.
23 - APA DO BAIXO JAGUARIBE
Tipo vegetacional: Savana estØpica/
atividade agrícola e savana estØpica
arborizada.
Localizaçªo: QuixerØ, Limoeiro do Norte,
Tabuleiro do Norte, Sªo Joªo do Jaguaribe,
Jaguaretama, Morada Nova, Russas,
Palhano, Itaiçaba, Aracati, Fortim,
Jaguaruana (CE).
Recomendaçıes específicas: Criaçªo da
APA Estadual do Baixo Jaguaribe; apoio à
gestªo de recursos hídricos do ComitŒ da
Bacia do Baixo Jaguaribe; proteçªo da
Reserva Ecológica do Castanhªo; proteçªo
de carnaubal.
24 - FLORESTA NACIONAL
DE SOBRAL
Tipo vegetacional: Savana estØpica
arborizada.
Localizaçªo e descriçªo geral: Sobral
(CE). Estaçªo Experimental Florestal,
Ærea de pesquisa do IBAMA, de
aproximadamente 1.200 hectares, sem
problemas fundiÆrios, e com projeto
pronto para transformaçªo em FLONA
(decreto ainda nªo publicado).
Recomendaçıes específicas: Apoio à
criaçªo da FLONA de Sobral com estudos
jÆ finalizados e encaminhados para
implementaçªo.
25 - APA DAS SERRAS DE
BATURITÉ E MARANGUAPE
Tipo vegetacional: Savana estØpica
arborizada/atividades agrícolas.
Localizaçªo: Redençªo, Acarape, Barreira,
Pacajus, Horizonte, Itaitinha, Pacatuba,
Maracanaœ, Caucaia, Pentecostes,
ApuiarØs, BaturitØ e Aracoiaba (CE).
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
APA federal no entorno das serras do
BaturitØ e Maranguape, ambas jÆ APAs
estaduais. `rea de contato entre Caatinga
e enclave de Mata Atlântica.
26 - `REA DE CONFLITO
CEAR`/PIAU˝
Tipo vegetacional: Contato savana estØpica/
floresta estacional e savana estØpica
arborizada.
Descriçªo geral: `rea de conflito CearÆ-
Piauí (código municipal 1115). `rea de
excelente preservaçªo com remanes-
centes significativos de caatinga e
carrasco, contígua à RPPN Serra das
Almas e à APA da Serra da Ibiapaba.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
Parque Nacional.
27 - APA DE DOM INOC˚NCIO
Tipo vegetacional: Savana estØpica
arborizada, savana estØpica florestada,
savana estØpica/atividades agrícolas.
Localizaçªo e descriçªo geral: Dom
InocŒncio, Lagoa do Barro do Piauí,
Queimada Nova, Paulistana (PI). `rea de
boa preservaçªo de espØcies da fauna e
flora.
Recomendaçıes específicas: Criaçªo de
APA federal; ordenaçªo do uso do solo;
garantia do fluxo de espØcies.
28 - ESTA˙ˆO ECOLÓGICA
DO CASTANHˆO
Tipo vegetacional: Savana EstØpica
Arborizada.
Localizaçªo: Alto Santo e Jaguaribara (CE).
310
29 - RESERVA EXTRATIVISTA
DE BABA˙U
Tipo vegetacional: Contato Savana /
Savana EstØpica e Floresta Estacional.
Descriçªo geral: `rea do Nordeste do
Maranhªo.
Recomendaçıes específicas: Promoçªo de
estudos para identificar Æreas mais
representativas e importantes para a
implementaçªo e manejo.
30 - PIRACURUCA
Tipo vegetacional: Savana florestada.
Descriçªo geral e localizaçªo: Tipo
vegetacional nªo representado no sistema
de UCs. `rea vizinha ao Parque Nacional
de Sete Cidades.
Recomendaçıes específicas: Ampliaçªo do
Parque Nacional de Sete Cidades para
incluir Ærea com este tipo vegetacional.
A ampliaçªo deverÆ se estender ao norte
do PARNA, no município de Piracuruca,
incluindo o extremo leste do município de
Sªo JosØ do Divino.
31 - PARQUE ESTADUAL
PEDRA DA BOCA
Tipo vegetacional: Contato entre savana
estØpica/atividade agrícola e savana
estØpica/floresta estacional.
Localizaçªo: Araruna (PB).
32 - SIMˆO DIAS
Tipo vegetacional: Contato savana estØ-
pica/floresta estacional.
Localizaçªo: Simªo Dias (SE).
Recomendaçıes específicas: A ADEMA
propıe a criaçªo de uma APA nesta Ærea,
ainda sem tamanho definido.
33 - APA DO BAIXO SˆO FRANCISCO
Tipo vegetacional: Savana estØpica
florestada, savana estØpica arborizada e
savana estØpica /atividade agrícola.
Localizaçªo: Piranhas (AL); CanindØ de
Sªo Francisco, Poço Redondo e Monte
Alegre de Sergipe (SE).
Recomendaçıes específicas: Dentro desta
APA recomendamos a criaçªo de uma
Estaçªo Ecológica ou outra unidade com
categoria de proteçªo integral, referente à
medida compensatória da implantaçªo do
Projeto Usina HidrelØtrica de Xingó (CHESF).
A APA e a EE incluem trŒs propostas jÆ
existentes de criaçªo de unidades de
conservaçªo: uma proposta pelo IMA, sem
categoria definida e tamanho previsto de
9.000ha (5.000 jÆ pertencem à CHESF, que
pretende adquirir mais 4.000ha – Canyons
de Xingó, AL e CanindØ, SE), e duas APAs
propostas pela ADEMA nos municípios de
Poço Redondo, SE (Ærea de interesse histórico
– Fazenda Angico, e Monte Alegre de Sergipe,
SE, ambas sem tamanho definido.

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