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AULA BOVINO DE LEITE E SUA CONFORMAÇÃO

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GECILDA KEILA DINIZ
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IMPORTÂNCIA 
O leite está entre os seis produtos mais importantes da agropecuária brasileira, ficando à frente de produtos tradicionais como café beneficiado e arroz
 O Agronegócio do Leite e seus derivados desempenham um papel relevante no suprimento de alimentos e na geração de emprego e renda para a população
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Brasil
Sexto maior produtor de leite do mundo 
Cresce a uma taxa anual de 4%
Respondemos por 66% do volume total de leite
Mercosul
Importância relativa do produto lácteo 
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Características exteriores do bovino de leite 
A avaliação do animal é feita a partir de:
Aparência geral
Temperamento leiteiro
Capacidade corporal
Sistema mamário 
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Desta forma podemos avaliar as diferentes regiões as quais devem apresentar as seguintes características:
O animal leiteiro deve ter a pele solta (flácida);
O animal leiteiro não deve ter acúmulo de gordura no peito, dorso e anca;
Quando a vaca estiver seca o úbere deve estar pregueado (indica capacidade produtiva);
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Características da raça que devem ser consideradas para revelar o aspecto de "feminilidade" da vaca leiteira:
Cor 
Dentro dos padrões da raça
Ex.: no caso da vaca holandesa, deve apresentar manchas brancas e pretas claramente definidas
Tamanho
Atingir o tamanho médio da raça
Ex: vaca holandesa em produção deve pesar aproximadamente 600Kg de peso vivo (PV) 
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Chifres
Não discriminação por ausência
Cabeça
Bem constituída, proporcional ao corpo, narinas amplas, olhar vivo; 
Paletas
Fortemente unidas 
Dorso
Reto e forte, com lombo amplo; 
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Pernas e cascos
Osso plano e forte, de quartela pequena e forte com jarrete modelado, apresentando curvatura natural, cascos redondos com talão profundo.
Pescoço
Largo, descarnado e unido suavemente ao tórax; garganta, papada e peito descarnados. 
Cernelha
Aguda, costelas bem separadas com osso amplo, plano e profundo formando um aspecto de "cunha" com o tórax do animal
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Flanco
Profundo e refinado, formando um aspecto de "cunha" com o corpo do animal, tendo como base à cabeça.
Nádegas
Bem separadas e descarnadas, deixando espaço suficiente para o úbere e seus ligamentos.
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Capacidade corporal
Relativamente grande em proporção ao tamanho do animal, as partes que se compõe são: 
Costado
Forte, largo e profundo, apresentando costelas arqueadas. 
Ventre 
Amplo. 
Tórax
Grande e profundo, com peito amplo
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Sistema Mamário
Úbere fortemente implantado, bem balanceado, de grande capacidade e boa textura, indicador de alta produção e grande vida útil, as partes que o compõe são: 
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Úbere 
Simétrico de longitude, amplitude e profundidade moderada, fortemente aderido, reduzindo após ordenha; quando a vaca estiver seca o úbere deve estar pregueado.
Quarto dianteiro
De comprimento moderado, amplitude uniforme desde a frente até atrás e fortemente aderido.
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Quarto traseiro
Alto, amplo e ligeiramente arredondado, com boa uniformidade desde cima até a base e fortemente aderida.
Tetas
Tamanho uniforme, com aproximadamente 10cm, de longitude e diâmetro mediano, cilíndricos, bem separados.
Veias mamárias
Grandes, largas, tortuosas e ramificadas.
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Vacas leiteiras
A produção de leite por vaca continua aumentando 2 a 3% anualmente. O melhoramento genético responde por 33 a 40% deste crescimento, ao passo que a nutrição e o manejo perfazem os 60 a 67% restantes. 
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RAÇAS LEITERAS
AYRSHIRE
Taurino britânico
Origem escocesa 
Primeiro registro no Brasil é de 1930
Data da fundação da Associação dos Criadores de Ayrshire. 
Até 1983
Somava 284 cabeças 
Gado de leite 
Produção semelhante ao holandês
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GIR LEITEIRO 
A raça gir leiteira originou-se na região de Gir, Península de Kathawar, na Índia, em 1953
A entrada das raças zebuínas no Brasil ocorreu em meados do século XVII até a década de 60
São extremamente dóceis, 
Lida fácil 
Facilitando o esquema de criação confinada. 
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Adaptam facilmente à ordenha
Mesmo aquelas mais velhas, que foram criadas no sistema de cria ao pé.
O bezerro é facilmente criado, com aleitamento artificial 
Usando mamadeira ou 
Com acesso a um dos peitos durante ou após a ordenha. 
As vacas gir permitem, sem restrição, a utilização de ordenharia mecânica;
Expressa seu potencial produtivo com menos alimento.
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PADRÃO DA RAÇA
Extremamente dócil 
Aptidões para o leite e carne, caracteriza-se por 
Apresentar perfil convexo e ultra-convexo 
Testa proeminente
Com chifres laterais freqüentemente retorcidos
Barbela desenvolvida 
Com pelagens das mais variadas podendo apresentar pêlos brancos, vermelhos, amarelos e pretos em combinações muito variadas 
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Uso no Cruzamento 
Preferência para cruzamentos com as raças européias especializadas
Holandesa
Jersey 
Pardo-suiço 
Produtividade de leite
Sob controle oficial apresenta produção média de 3.233 kg, 
Índice que está 290% acima da média nacional
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GUERNSEY      
Origem na Inglaterra, 
Na ilha de Guernsey, no Canal da Mancha 
hipótese de que seja derivado do cruzamento do gado Bretão com o Normando 
Pelagem:
Amarelo malhado, com combinações variadas 	
Aptidão: 
Leiteira, do grupo das manteigueiras
úbere grande, bem conformado e irrigado, é especializada na produção de leite gordo, por isso, classificada como raça manteigueira
É considerada mais rústica que a Jersey 
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Produção no país de origem é de 
Aproximadamente 3000 kg de leite 
Leite com 4,5 a 5,5% de gordura 
Peso médio da fêmea adulta é de 400 a 500 kg, e nos;
Machos, de 700 a 750 kg de peso vivo;
Nos cruzamentos revela grande prepotência na transmissão de suas qualidades;
Sua criação tem sido recomendada ao lado de vacas de leite magro para operar misturas de compensação   
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Guzerá 
Origem: região central da Índia 
Pelagem: predominante é a fumaça (cinza - prateada);
Aptidão: mista, ou seja, é uma raça de corte com linhagem leiteira; produção média de 2300 kg de leite; leite com 3,5% de gordura, peso na fêmea adulta é de 500 kg e no macho é de 800 kg 
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HOLANDESA 
Pouco se sabe sobre a origem da raça holandesa havendo anotações que vão até o ano 2000 a.C. 
Características
Idade para a primeira cobertura: 16 a 18 meses 
Idade para o primeiro parto: 25 a 27 meses 
Duração da gestação: 261 dias a 293 dias (média de 280 dias)
Intervalo entre partos: 15 a 17 meses
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Padrão da raça
Malhadas de preto-branco ou vermelho branco
Cabeça bem moldada 
Pescoço longo e delgado 
Dorso reto 
Garupa comprida 
Coxas retas, delgadas e ligeiramente côncavas
Pernas com ossatura limpa 
Pele fina e pregueada e pêlo fino e macio 
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Os principais cruzamentos são com a raça gir, formando o girolando, e com o guzerá, formando o guzolando (ou guzerando), ambos com livro de registro genealógico 
Desde 1991, todo o gado holandês é registrado desde o nascimento 
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Média de Produção de Leite em 1998: 
	- Lactações padronizadas em 305 dias e em 2 ordenhas: 6.622 kg 
 - Lactações em 2 ordenhas, de 306 a 365 dias: 7.862 kg
 - Lactações em 3 ordenhas, até 305 dias: 7.160kg.
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JERSEY 
É originária de uma pequena ilha, no Canal da Mancha 
Entre a Inglaterra e a França 
No Brasil, o jersey foi introduzido em 1896 
Rio Grande do Sul 
A raça jersey é uma das mais eficientes e é encontrada nos cinco continentes
Atualmente, é a segunda raça leiteira criada no mundo
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Características 
Alta precocidade: é possível ter maior lucratividade com as fêmeas 
Adaptação: adaptam-se facilmente a vários tipos de clima, manejo e condições geográficas
Prolificidade: boa capacidade de reprodução
Facilidade de parição (perpetuada geneticamente): aos 26 meses já cria, voltando
a emprenharem em 110 dias
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Longevidade: permanecem mais tempo no plantel
Tolerância ao calor: escolha lógica para os criadores de raças leiteiras em regiões tropicais
Conversão alimentar: transforma, de maneira eficiente 
Produzindo mais por área 
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Padrão da raça 
 Cabeça: limpa, bem proporcional, de comprimento moderado
Pescoço: limpo, moderadamente comprido
Pés: curtos, compactos e redondos; úbere: largo, alto e amplo 
 Um úbere de boa qualidade é pregueado, macio, de boa textura, e descamado
Pele: pigmentada.
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Cruzamentos
Segundo a ACGJB o jersey tem sido criado em estado puro há mais tempo que qualquer outra raça leiteira
isto lhe dá grande facilidade para transmitir à progênie as boas qualidades da raça 
A facilidade de parição, elevada produção leiteira e mantegueira
fazem da jersey uma raça eficiente para cruzamentos com raças zebuínas, quando se pretende aumentar a produção de leite 
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Produtividade de leite
Os bons resultados do manejo da vaca de alta produção requerem ao mesmo tempo ciência e arte. A ciência se baseia em conhecer e compreender o metabolismo e a fisiologia da vaca; a arte, na habilidade de fazer uso desse conhecimento para atingir um resultado final desejado. 
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LAVÍNIA 
Origem: Fazenda Sr. Rubens F. Mello
Município de Lavínia - SP
Raça mista, formada de 5/8 Pardo Suíço + 3/8 Zebu
 Pelagem: parda - cinzenta, de 
Cor mais clara ao redor do focinho e orelhas
Aptidão: mista
Produção de 3000 kg de leite 
Leite com 4,0% de gordura
Atinge 450 kg de peso vivo aos 24 meses de idade.
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MANTIQUEIRA      
Origem: Vale do Paraíba Paulista
 
Pelagem: malhada do preto com partes brancas salpicadas de preto
 Aptidão: leiteira 
Produção média de 1863 kg de leite 
Leite com 3,4% de gordura, equivalente 76,6 kg 
Com lactação média de 232 dias
Porte inferior ao da raça holandesa 
Raça de grande adaptação ao regime de campo.
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Raça nacional
 Praticamente desaparecida .
Alta potencialidade genética
Boa produtividade leiteira 
Vantagem 
Raça inteiramente adaptada as condições de clima 
Pastos 
Topografia acidentada
Especialmente de Minas Gerais
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PARDO SUÍÇO 
É uma raça pura e milenar, com registros datados de 80 a.C 
Há mais de 1000 anos atrás 
Características
Alta conversão alimentar
Alta fertilidade de machos e fêmeas
 Precocidade sexual: as novilhas entram no cio aos 332 dias
 Rusticidade: tolerância ao frio e calor
 Camada de gordura na quantidade certa, sem excessos
Produção leiteira: mais de 2.500 quilos de leite em 200 dias
Habilidade materna
Viabilidade econômica em confinamento.
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Padrão da raça 
Boa pigmentação;
Pelo curto, que é capaz de crescer ou se manter de acordo com o clima;
Cascos: pretos e fortes;
Bons aprumos;
Pêlos de cor parda, variando do muito claro para o muito escuro. 
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O pardo-suíço é uma das raças mais antigas e puras de dupla aptidão.
Tem elevada performance para produção de leite e carne e imprime em sua progênie logo no primeiro cruzamento e em gerações posteriores, também suas características fenotípicas e produtivas .
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PITANGUEIRAS 
Touros red poll foram cruzados com vacas guzerás, dando produtos de meio-sangue. Novilhas 1/2 sangue foram padreadas por touros guzerás, dando os 3/4 guzerás e 1/4 red poll. As fêmeas da segunda geração foram fecundadas por reprodutores red poll, originando mestiços com 5/8 da raça taurina e 3/8 de sangue zebuíno, que receberam a denominação de pitangueiras. 
Características 
Pelagem vermelha, uniforme
 Com pequenas variações de tonalidade 
Podendo ir do vermelho escuro ao caju e vermelho claro.
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Tem como característica principal o fato de ser geneticamente mocho
Apresenta certa resistência contra várias moléstias 
Mansidão dos touros e vacas 
Se submetem perfeitamente ao regime de ordenha mecânica. 
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Padrão da raça
Estatura: média 
Pelos: curtos, lisos, finos, brilhantes
Cor uniforme vermelha variando do vermelho claro ao caju
Temperamento: dócil
Cabeça: leve, de perfil retilíneo
Tronco: musculoso, cilíndrico, de comprimento médio
Garupa: larga, longa, horizontal 
Cauda: bem inserida, longa, achatada na base 
Quartos: membros de comprimento médio bem afastados 
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Cruzamentos
O rebanho é estimado em 70 mil cabeças, quase todos puros, que vem crescendo rapidamente pela multiplicação natural 
Nas explorações leiteiras, são usados reprodutores pitangueiras na cobertura de vacas mestiças de gado holandês com fêmeas girolandas e guzolandas
evidente elevação da produtividade, como resultado de maior heterose, em virtude da participação de três ou quatro raças, constituindo quase um novo tipo de composto 
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Produtividade de leite
Nos grandes rebanhos: 
9 kg na estação seca 
11 a 12 Kg no período das águas 
As boas produtoras dão 4.000 a 5.000 kg por lactação em 300 dias 
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SIMENTAL 
Origem na Suíça
No Brasil, chegou há mais de 80 anos 
Características
Está em primeiro lugar entre as raças européias
Na produção de sêmen congelado
Coleta e 
Transferência de embriões 
Com opção para cruzamento industrial. 
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A idade média para cobertura de fêmeas é a partir do 14º mês, quando estarão pesando cerca de 400 kg. 
São animais rústicos que podem ser criados a pasto desde o nascimento. 
Padrão da raça 
O simental de pura raça é de temperamento dócil
 Sua pelagem é branca ou ligeiramente creme 
Com grandes manchas amarelas ou vermelhas 
Ou uma só grande mancha
 Que varia do amarelo trigo ao vermelho castanho. 
A cabeça, parte inferior do corpo, dos membros e ponta de calda é branca. 
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Cruzamentos
Do cruzamento entre as melhores linhagens da raça simental surgiu o simbrasil - uma raça sintética de características muito apreciadas, especialmente para a produção leiteira 
Destaca-se também a utilidade do cruzamento do simental, com vacas girolandas, visando o aumento na produção leiteira 
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Produtividade leiteira 
As vacas podem ter uma produção com média de 20 kg/dia 
Concursos leiteiros realizados no Brasil revelam que a raça registra em media 25 e 30 kg/leite/vaca/dia. 
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OBRIGADO PELA ATENÇÃO!!!

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