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Prof. Thiago Leite, Prof. Matthaus Marçal Pavanini Cardoso
4 Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
Curso Interativo de Direito Ambiental para
Carreiras Jurídicas
Documento última vez atualizado em 28/06/2024 às 06:32.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 1/97
3
4
11
23
27
42
66
74
78
92
97
Índice
4.1) Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4.1.1) Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente
4.1.2) Princípios da Política Nacional do Meio Ambiente
4.1.3) Conceitos Fundamentais De�nidos pela Política Nacional do Meio Ambiente
4.1.4) Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA
4.1.5) Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente
4.1.6) Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE
4.1.7) Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição
4.1.8) Avaliação de Impacto Ambiental - AIA
4.1.9) Política Nacional de Qualidade do Ar
4.2) Lista de questões
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 2/97
Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
O surgimento da Lei 6.938/81 que instituiu a Política Nacional do Meio Ambiente -PNMA se 
deu em um ambiente de forte pressão internacional acarretando uma mudança de 
paradigma na busca pela proteção do meio ambiente nos países.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
Destacou-se, em 1972, a elaboração de um relatório sobre questões ambientais desenvolvido 
pelo Clube de Roma, denominado “Os limites do Crescimento” arquitetado por uma equipe de 
cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts para avaliar a relação do crescimento 
econômico e o uso dos recursos naturais, chagando a conclusão de que se o ritmo de 
crescimento continuasse, teríamos os recursos naturais exauridos em até 100 anos (até 2072).
Outro fato mundialmente conhecido foi a realização da Conferência de Estocolmo, em 1972, o 
primeiro grande encontro internacional dos líderes mundiais para debaterem as questões 
ambientais do planeta tendo como principal produto a elaboração da Declaração de Estocolmo, 
documento com 26 princípios que serviram de base para a confecção de várias normas 
internas pelos países signatários, constituindo-se na primeira norma a reconhecer o direito 
humano ao meio ambiente de qualidade.
De fato, a Conferência de Estocolmo e a Declaração do Meio Ambiente, além de fixarem 
condutas que deveriam ser seguidas pelos Estados na busca pelo desenvolvimento, 
inauguraram um debate político no âmbito de cada país sobre a questão ambiental, resultando 
na elaboração de diversos diplomas normativos no Brasil, dentre eles a Política Nacional do 
Meio Ambiente em 1981.
No âmbito interno, em resposta às pressões internacionais, a década de 1970/80 foi marcada 
pela criação de instituições destinadas ao tratamento de temas voltados ao meio ambiente, 
como, em 1973, da Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA (âmbito federal) voltada 
para a preservação do meio ambiente e do uso racional dos bens ambientais; o Ministério do 
Desenvolvimento, Urbanização e Meio Ambiente, em 1985; A criação do Sistema Nacional 
do Meio Ambiente-SISNAMA e do Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA em 
1981.
Cumpre destacar que a criação destas entidades, consoante Carlos Gonçalves, foi mais uma 
resposta as pressões internacionais que uma preocupação com as questões ambientais pelo 
Estado Brasileiro. De fato, o Brasil vivia sob o governo de militares que tinham como meta 
principal a busca pelo desenvolvimento econômico e a captação de recursos estrangeiros para 
o crescimento do país, remetendo a segundo plano os temas ambientais. Assim, a criação das 
instituições ambientais no Brasil, naquele período, visava o alinhamento com as 
condicionantes impostas pelos bancos internacionais na tentativa de atrair investimentos 
estrangeiros e não pelo verdadeiro valor intrínseco da questão ambiental. 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 3/97
Objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente
É nesse cenário de mobilização mundial pela defesa do meio ambiente e a institucionalização 
da proteção ambiental no Brasil na década de 1970, que foi editada, em 1981, a Lei 6.938 que 
inaugurou a Política Nacional do Meio Ambiente, sendo o marco regulatório sobre a 
sistematização da proteção do meio ambiente no âmbito nacional.
A Política Nacional do Meio Ambiente - PNMA foi criada pela Lei 6.938/81 estabelecendo 
seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, sendo reflexo da mudança de 
consciência ambiental no mundo durante a década de 1970 e das pressões internacionais 
do período.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
A PNMA é considerada o marco legal sobre as questões ambientais no Brasil sendo norma de 
referência servindo de elemento de integração e harmonização das políticas ambientais antes 
dispersas em legislações fragmentadas e assistemáticas. Tem como escopo central a 
efetivação do direito de todos a um meio ambiente ecologicamente equilibrado, buscando a 
melhor forma de compatibilizar o desenvolvimento socioeconômico com a escorreita utilização 
dos bens ambientais. Para isso, elencou e definiu uma gestão integrada dos recursos naturais 
estabelecendo órgãos, mecanismos e instrumentos destinados à tutela do meio ambiente. A 
norma busca alcançar o desenvolvimento sustentável que só se consolida com a edição da 
Constituição Federal de 1988.
Consoante Paulo de Bessa Antunes, a PNMA deve ser compreendida como um conjunto de 
instrumentos legais, técnicos, científicos, políticos e econômicos destinados à promoção do 
desenvolvimento sustentado da sociedade e das economias brasileiras.
Nessa linha, a Lei 6.938/81 definiu os objetivos gerais e específicos da PNMA. O objetivo 
geral é a busca pela preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à 
vida, visando assegurar, no País, condições ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses 
da segurança nacional e à proteção da dignidade da vida humana (art. 2º, da PNMA). É notório 
que a norma protetiva visa equacionar (harmonizar) a proteção ambiental com o 
desenvolvimento econômico.
Objetivo Geral: Harmonizar meio ambiente e desenvolvimento socioeconômico.
O art. 2º, da Lei da PNMA também fixa os princípios para consecução do objetivo geral na 
busca pelo desenvolvimento sustentável. É cediço na doutrina que embora o legislador tenha 
utilizado a expressão “princípios”, na verdade, trata-se de verdadeiras metas ou programas de 
atuação a serem executados pelo Estado para atingir os objetivos colimados pela norma, como 
por exemplo, a necessidade de o Poder Público proceder à proteção de áreas ameaçadas de 
degradação e à recuperação de áreas degradadas.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 4/97
Vejamos o normativo do art. 2º, da Lei da PNMA:
Art. 2º. A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao 
desenvolvimento sócio econômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da 
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
I - ação governamental na manutenção do equilíbrio ecológico, considerando o meio ambiente 
como um patrimônio público a ser necessariamente assegurado e protegido, tendo em vista o 
uso coletivo;
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
III - planejamento e fiscalização do uso dos recursos ambientais;
IV - proteção dos ecossistemas, com a preservação de áreas representativas;
V - controle e zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras;
VI - incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a 
proteção dos recursos ambientais;
VII - acompanhamentoadministrativo tramitará no máximo por três instâncias 
administrativas, caso não haja lei fixando de forma diversa. Assim, entendem alguns juízes 
federais que as Instruções Normativas dos órgãos Federais não são instrumentos idôneos para 
fixar apenas duas instâncias para tramitação dos processos administrativos sancionadores, 
considerando que a norma geral federal sobre processos administrativos prevê no máximo três.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 32/97
O Decreto 99.274/1990 previu, em seu art. 7º, outras competências do Conama dentro das 
elencadas na Lei da PNMA. É uma espécie de detalhamento das competências previstas 
legalmente. Vejamos essas atribuições com as alterações introduzidas pela Decreto nº 
3.942/2001:
Art. 7º Compete ao CONAMA:         
  I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de 
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pela União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios e supervisionada pelo referido Instituto;
  II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das 
possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos 
federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações 
indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no 
caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas 
consideradas patrimônio nacional;           
IV - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais 
concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de 
participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito
V - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição causada 
por veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios 
competentes;      
VI - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da 
qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, 
principalmente os hídricos;        
VII - assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo diretrizes de políticas 
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais;       
VIII - deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o 
meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida;      
IX - estabelecer os critérios técnicos para declaração de áreas críticas, saturadas ou em vias 
de saturação;            
X - acompanhar a implementação do Sistema Nacional de Unidades de Conservação da 
Natureza-SNUC, conforme disposto no inciso I do art. 6o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 
2000;           
XI - propor sistemática de monitoramento, avaliação e cumprimento das normas ambientais; 
XII - incentivar a instituição e o fortalecimento institucional dos Conselhos Estaduais e 
Municipais de Meio Ambiente, de gestão de recursos ambientais e dos Comitês de Bacia 
Hidrográfica;       
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 33/97
Questão 2019 | 62129107
O CONAMA faz parte do SISNAMA. Considerando-se a composição do SISNAMA e as
suas atribuições, é correto a�rmar que o CONAMA
A)
tem como �nalidade deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia
qualidade de vida.
B)
tem a função de assessorar o presidente da República na formulação da política nacional
e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais.
C)
tem a �nalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a
política nacional e as diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente.
D)
é órgão federal que detém a responsabilidade de fazer executar a política e as diretrizes
governamentais �xadas para o meio ambiente.
E)
é órgão interestadual que detém a responsabilidade de executar programas e projetos e
controlar e �scalizar atividades capazes de provocar degradação ambiental.
Solução
Gabarito: A)
tem como �nalidade deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas
e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e
essencial à sadia qualidade de vida.
O enunciado requer do candidato conhecimentos especí�cos relacionados ao Sistema
Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA, instituído pela Lei 6.938/81, que é um conjunto
XIII - avaliar a implementação e a execução da política ambiental do País;          
XIV - recomendar ao órgão ambiental competente a elaboração do Relatório de Qualidade 
Ambiental, previsto no art. 9o inciso X da Lei no 6.938, de 31 de agosto de 1981;          
XV - estabelecer sistema de divulgação de seus trabalhos;      
XVI - promover a integração dos órgãos colegiados de meio ambiente;    
XVII - elaborar, aprovar e acompanhar a implementação da Agenda Nacional de Meio 
Ambiente, a ser proposta aos órgãos e às entidades do SISNAMA, sob a forma de 
recomendação;        
XVIII - deliberar, sob a forma de resoluções, proposições, recomendações e moções, visando o 
cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Meio Ambiente; e   
XIX - elaborar o seu regimento interno.       
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 34/97
integrado de órgãos e entidades da União, dos Estados, do DF, dos Territórios e dos
Municípios que atuam, de forma articulada, na proteção do meio ambiente. O SISNAMA
é inspirado na noção do federalismo de cooperação, que consiste em um modelo
descentralizado de gestão, com o compartilhamento de atribuições constitucionais e
cooperação entre os diversos entes federativos para sua efetiva implementação.
Segundo o artigo 6º, da Lei 6.938/81, o SISNAMA está estruturado da seguinte forma:
I - órgão superior;
II - órgão consultivo e deliberativo;
III - órgão central;
IV - órgãos executores;
V - Órgãos Seccionais;
VI - Órgãos Locais.
A letra A está correta. CERTA.
Segundo o artigo 6º, II, da Lei 6938/81, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
é órgão consultivo e deliberativo, com a �nalidade de assessorar, estudar e propor ao
conselho de governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade
de vida.
Lei 6.938/81
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
...
 II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA),
com a �nalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de
políticas governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito
de sua competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente
ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; 
A letra B está incorreta. ERRADA.
Quem tem a função de assessorar o presidente da República na formulação da política
nacional e nas diretrizes governamentais para o meio ambiente e os recursos ambientais é o
Conselho de Governo, órgão superior do SISNAMA, conforme prevê o artigo 6º, I, da lei
6938/81.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 35/97
Lei 6.938/81:
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público,responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
 I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da
República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio
ambiente e os recursos ambientais;        
A letra C está incorreta. ERRADA.
Quem tem a �nalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal,
a política nacional e as diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente é o
Ministério do Meio Ambiente (antiga Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da
República), órgão central do SISNAMA, conforme prevê o artigo 6º, III, da lei 6938/81.
Lei 6.938/81
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
...
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a
�nalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política
nacional e as diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente; 
A letra D está incorreta. ERRADA.
Os órgãos federais que detêm a responsabilidade de fazer executar a política e as diretrizes
governamentais �xadas para o meio ambiente são o IBAMA e o ICMBio, órgãos executores
do SISNAMA, conforme prevê o artigo 6º, IV, da lei 6938/81.
Lei 6.938/81
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
...
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 36/97
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
Instituto Chico Mendes, com a �nalidade de executar e fazer executar a política e as
diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas
competências;
A letra E está incorreta. ERRADA.
Segundo o artigo 6º, II, da Lei 6938/81, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA)
é órgão consultivo e deliberativo, com a �nalidade de assessorar, estudar e propor ao
conselho de governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente e os
recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e padrões
compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia qualidade
de vida. Os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de programas,
projetos e pelo controle e �scalização de atividades capazes de provocar a degradação
ambienta são os denominados órgãos seccionais, conforme artigo 6º, V, da lei 6938/81.
Lei 6.938/81
Art 6º - Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e
dos Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
...
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e �scalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental;                       
Ministério do Meio Ambiente - Órgão Central do Sisnama
O Ministério do Meio Ambiente é o órgão central do Sisnama tendo a finalidade de 
planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política nacional e as 
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente. Cabe um alerta de que que a 
redação normativa da Lei 6.938/81 ainda prevê expressamente como órgão central a extinta 
Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República (Semam/PR).
O Ministério do Meio Ambiente apresenta outras áreas de competências prevista na Lei 
13.844/2019. Vejamos:
Art. 39. Constituem áreas de competência do Ministério do Meio Ambiente:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 37/97
I - política nacional do meio ambiente; 
II - política de preservação, conservação e utilização sustentável de ecossistemas, 
biodiversidade e florestas; 
III - estratégias, mecanismos e instrumentos econômicos e sociais para a melhoria da qualidade 
ambiental e o uso sustentável dos recursos naturais; 
IV - políticas para a integração do meio ambiente e a produção econômica; 
V - políticas e programas ambientais para a Amazônia;
VI - estratégias e instrumentos internacionais de promoção das políticas ambientais; e
VIII - zoneamento ecológico econômico.            
Parágrafo único. A competência do Ministério do Meio Ambiente relativa a florestas públicas 
será exercida em articulação com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o 
Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) - Órgãos Executores 
do Sisnama
São órgãos executores do Sisnama o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da 
Biodiversidade - ICMBio, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as 
diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas 
competências.
O IBAMA, enquanto autarquia executiva no âmbito federal, de acordo com o Art. 5º da Lei nº 
7.735, de 22 de fevereiro de 1989, tem como principais atribuições:
Exercer o poder de polícia ambiental;
Executar ações das políticas nacionais de meio ambiente, referentes às atribuições 
federais, relativas ao licenciamento ambiental, ao controle da qualidade ambiental, à 
autorização de uso dos recursos naturais e à fiscalização, monitoramento e controle 
ambiental, observadas as diretrizes emanadas do Ministério do Meio Ambiente; e
Executar as ações supletivas de competência da União, de conformidade com a 
legislação ambiental vigente.
O ICMBio, autarquia executora federal, tem como principal atribuição fazer a gestão das 
Unidades de Conservação Federal e das populações tradicionais nelas residentes, tendo 
como finalidades específicas, nos termos do art. 1º, da Lei 11.516/2007:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 38/97
Executar ações da política nacional de unidades de conservação da natureza, 
referentes às atribuições federais relativas à proposição, implantação, gestão, proteção, 
fiscalização e monitoramento das unidades de conservação instituídas pela União;
Executar as políticas relativas ao uso sustentável dos recursos naturais renováveis e ao 
apoio ao extrativismo e às populações tradicionais nas unidades de conservação de uso 
sustentável instituídas pela União;
Fomentar e executar programas de pesquisa, proteção, preservação e conservação da 
biodiversidade e de educação ambiental;
Exercer o poder de polícia ambiental para a proteção das unidades de conservação 
instituídas pela União; e
Promover e executar, em articulação com os demais órgãos e entidades envolvidos, 
programas recreacionais, de uso público e de ecoturismo nas unidades de conservação, 
onde estas atividades sejam permitidas.
O ICMBio só foi previsto legalmente como integrante do Sisnama com a edição da Lei 
12.856/2013 que alterou Lei da PNMA.
Órgãos Ambientais dos Estados/DF – Órgãos Seccionais do Sisnama
Cabem aos Estados e ao Distrito Federal definirem os órgãos que serão integrantes do 
Sisnama, mas independentemente da nomenclatura utilizada (SEMA; IMA; COEMA) são 
considerados, segundo a Lei da PolíticaNacional do Meio Ambiente, órgãos seccionais.
Esses órgãos ou entidades são responsáveis pela execução de programas e projetos, bem 
como controlar e fiscalizar as atividades capazes de provocar a degradação ambiental. 
Compete também a esses centros de competências ambientais executar e fazer cumprir, em 
âmbito estadual, a Política Nacional e Estadual do Meio Ambiente e demais políticas nacionais e 
estaduais relacionadas à proteção ambiental.
É atribuição ainda desses órgãos elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em 
conformidade com os zoneamentos nacional e regional, bem como controlar a produção, a 
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a 
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente, na forma da lei.
Órgãos Ambientais dos Municípios – Órgãos Locais do Sisnama
Os órgãos locais são os órgãos ou entidades municipais responsáveis pelo controle e 
fiscalização de atividades capazes de provocar degradação ambiental, nas suas 
respectivas jurisdições.
Tem como atribuição principal executar e fazer cumprir, em âmbito municipal, as Políticas 
Nacional e Estadual de Meio Ambiente e demais políticas nacionais e estaduais relacionadas à 
proteção do meio ambiente, bem como formular, executar e fazer cumprir a Política Municipal 
de Meio Ambiente.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 39/97
Questão 2019 | 657446155
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como
fundações, instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção e melhoria da qualidade
ambiental, constituem o SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente), que tem a seguinte
estrutura, dentre outras:
A)
órgão superior: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República e o Conselho de
Governo, com a função de assessorar o Presidente da República na formulação da política nacional
para o meio ambiente.
B)
órgão central: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA,
que tem por �nalidade assessorar e propor o Conselho de governo, diretrizes de políticas
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais.
C)
um dos órgãos executores: o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – Instituto
Chico Mendes, com a �nalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes
governamentais �xadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências.
D)
órgãos seccionais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e �scalização dessas
atividades, nas suas respectivas jurisdições.
E)
órgãos locais: os órgãos ou entidades estaduais e municipais responsáveis pelo controle, execução de
programas e projetos de atividades hábeis a gerar degradação ambiental.
Solução
Gabarito: C)
um dos órgãos executores: o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade
– Instituto Chico Mendes, com a �nalidade de executar e fazer executar a política e as
diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas
competências.
O Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA - foi instituído pela Lei 6.938/1981,
que por sua vez foi regulamentada pelo Decreto 99.274/1990. O SISNAMA foi criado com
o o objetivo de organizar a gestão do meio ambiente no país, por meio de uma estrutura
composta por órgãos entidades da União, Estados, Distrito Federal, Territórios,
Municípios e fundações instituídas pelo Poder Público.
No SISNAMA, cabe aos órgãos federais elaborar e �scalizar a aplicação de normas
ambientais, bem como coordenar as ações articuladas dos entes regionais, dentre outras
Cabe ainda aos Municípios, exercer a gestão dos recursos ambientais no âmbito de suas 
atribuições, bem como controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, 
métodos e substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio 
ambiente, na forma da lei.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 40/97
atribuições administrativas. Aos Estados, Distrito Federal e Municípios cabe a instituição
de normas locais, em conformidade com as diretrizes �xadas em âmbito federal, bem
como sua aplicação e �scalização.
A questão exigiu conhecimento da literalidade da lei, vamos analisar as alternativas.
A letra A está incorreta. ERRADO.
O conteúdo da alternativa diverge do art. 6º, inciso I, da Lei nº 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente), que dispõe sobre a composição e função do órgão superior do SISNAMA:
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
(...)
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da
República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio
ambiente e os recursos ambientais;
A letra B está incorreta. ERRADO.
O conteúdo da alternativa diverge do art. 6º, inciso III, da Lei nº 6.938/81 (Política Nacional
do Meio Ambiente), que dispõe sobre a composição e função do órgão central do
SISNAMA:
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
(...)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a
�nalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política
nacional e as diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente;
A letra C está correta. CORRETO.
A alternativa está de acordo com o art. 6º, inciso IV, da Lei nº 6.938/81 (Política Nacional do
Meio Ambiente), que dispõe sobre os órgãos executores que compõem o SISNAMA:
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 41/97
(...)
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade -
Instituto Chico Mendes, com a �nalidade de executar e fazer executar a política e as
diretrizes governamentais �xadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas
competências;
A letra D está incorreta. ERRADO.
O conteúdo da alternativa diverge do art. 6º, inciso V, da Lei nº 6.938/81 (Política Nacional
do Meio Ambiente), que dispõe sobre a composição e função dos órgãos seccionais do
SISNAMA:
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
(...)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de
programas, projetos e pelo controle e �scalização de atividades capazes de provocar a
degradação ambiental;
A letra E está incorreta. ERRADO.
O conteúdo da alternativa diverge do art. 6º, inciso VI, da Lei nº 6.938/81 (Política Nacional
do Meio Ambiente), que dispõe sobre a composição e função dos órgãos locais do Sisnama:
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pelaproteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, assim estruturado:
(...)
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e
�scalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições;
Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente
O novo paradigma de proteção ambiental trazida pela Lei da Política Nacional do Meio 
Ambiente, como já salientado, trouxe um microssistema legal que além de estabelecer uma 
estrutura institucional articulada (Sisnama), fixou objetivos gerais e específicos para o 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 42/97
alcance do desenvolvimento socioeconômico mantendo um padrão de qualidade do meio 
ambiente propício à sadia qualidade de vida.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
Para se chegar a uma maior concretude dos objetivos fixados, a Lei da PNMA estabeleceu os 
instrumentos necessários à consecução desse mister. São treze instrumentos administrativos 
que efetivam o espírito de sustentabilidade ventilado na Lei 6.938/81. Os instrumentos foram 
previstos no art.9º, da Lei da PNMA. Eis o normativo:
Art. 9º - São Instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental;  
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de 
tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal, 
estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse ecológico 
e reservas extrativistas;              
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas 
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;        
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o Poder 
Público a produzi-las, quando inexistentes; 
XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras dos 
recursos ambientais.            
XIII - instrumentos econômicos, como concessão florestal, servidão ambiental, seguro 
ambiental e outros.             
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 43/97
Esse rol é meramente exemplificativo, estando os entes federativos integrantes do Sisnama 
autorizados a implementarem outros instrumentos para efetivação da preservação, melhoria e 
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida possibilitando que os objetivos e princípios 
estatuídos na PNMA sejam efetivamente alcançados.
Estabelecimento de Padrões de Qualidade Ambiental
O estabelecimento de padrões de qualidade ambiental visa definir os limites máximos de 
substâncias que podem ser lançadas ao meio ambiente.
São valores previamente conhecidos de qualidade de um determinado bem ambiental, como 
ar, solo e água para mantença do equilíbrio ambiental necessário a uma vida saudável.
Para fixação desses parâmetros são escolhidas determinadas características do bem ambiental, 
como concentração, nível de alcalinidade e de acidez, turbidez, condutibilidade, entre outros, 
que, com base em análise técnica especializada, são escolhidos como os mais adequados para 
a manutenção de um meio ambiente equilibrado.
O objetivo primeiro da fixação desses padrões é o controle da poluição entendida como a 
degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente, 
prejudiquem a saúde e lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões 
ambientais estabelecidos.
O Conama é o órgão deliberativo e consultivo do Sisnama que tem a competência, nos termos 
do art. 8º, notadamente nos incisos VI, e VII, para estabelecer normas, critérios e padrões 
relativos ao controle e à manutenção da qualidade do meio ambiente com vistas ao uso 
racional dos recursos ambientais, principalmente os hídricos. Quanto à poluição causada por 
veículos automotores, aeronaves e embarcações cabe privativamente ao Conama o 
estabelecimento das normas nacionais de controle da poluição.
Isso não implica dizer que os demais entes federativos não tenham competência para legislar 
sobre controle de poluição. Assim, poderão fixar padrões de qualidade ambiental de acordo 
com os interesses regionais e locais. É nesse sentido que o Supremo Tribunal Federal tem se 
manifestado reconhecendo que os Municípios podem legislar sobre controle de poluição 
notadamente aquele destinado à degradação da qualidade do ar por veículos automotores, 
observado o interesse local, não podendo as normas editadas confrontarem com aquelas 
expedidas pela União e Estados/DF.
O Conama já editou importantes resoluções que fixam os parâmetros de qualidade do meio 
ambiente para tutelar o ar, através da Resoluções ns. 05/1989, 03/1990 e n. 08/1990 e a água, 
por meio da Resolução 357/2005 e 91/2008. Cumpre destacar também que há outras 
Resoluções que regulamentam a qualidade do ambiente em termos de ruídos, como a 
Resolução n. 01/1990.
O Zoneamento Ambiental
O zoneamento ambiental é mais um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, 
previsto no art. 9º, II, da Lei 6.938/81. É uma medida de gestão ambiental que objetiva o uso 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 44/97
racional dos bens ambientais.
Consiste em dividir em zonas um determinado território de acordo com seus potenciais 
ambientais, econômicos e sociais, visando servir de ferramenta a um planejamento 
estratégico do Poder Público no desenvolvimento de políticas públicas que propicie um uso 
racional dos recursos ambientais.
O zoneamento ambiental foi disciplinado pelo Decreto 4.297/2002 e denominado de 
Zoneamento Ecológico-Econômico – ZEE sendo definido como instrumento de organização 
do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e atividades 
públicas e privadas, estabelecendo medidas e padrões de proteção ambiental destinados a 
assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a conservação da 
biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das condições de vida 
da população. Mais detalhes sobre esse instrumento da PNMA faremos ainda nesta aula no 
tópico 3.
Avaliação de Impactos Ambientais - AIA
A avaliação de impacto ambiental é um instrumento da PNMA que é exigido a toda 
atividade/empreendimento que possa causar danos ao meio ambiente. Serve como ferramenta 
de gestão do Poder Público objetivando a fiscalização da atividade/obra quanto a sua 
potencialidade lesiva ao meio ambiente, servindo de base para que órgão ambiental possa 
exigir do empreendedor as medidas mitigadoras, para a atenuação ou mesmo 
compensação pelos danos causados.
A avaliação de impacto ambiental é gênero dos quais são espécies diversos estudos 
ambientais como o Estudo de Impacto Ambiental – EPIA e o Plano de Recuperação de área 
Degradada- PRAD. Abordaremos, ainda neste capítulo, o tema de maneira mais aprofundada.
Licenciamento e Revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras
O licenciamento ambiental é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente previsto 
no art. 9º, IV, da Lei 6.938/81, que serve como ferramenta de controle preventivo para que o 
Poder Público possa processar, avaliar e decidir sobre uma determinada 
atividade/empreendimentos que possa acarreta,direta ou indiretamente, danos ao meio 
ambiente.
O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo destinado a licenciar 
atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou 
potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação 
ambiental.
Segundo Tiago Anibal o licenciamento tem como objetivo principal materializar a noção de 
sustentabilidade compatibilizando os interesses daqueles que almejam proceder a uma 
exploração econômica (dimensão econômica) com respeito aos bens ambientais (dimensão 
ecológica) e às eventuais repercussões sociais dessa atividade (dimensão social).
O termo “revisão” previsto no art. 9º, IV, da Lei 6.938/81, refere-se à revisão do próprio 
licenciamento podendo resultar até mesmo no cancelamento da licença ambiental 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 45/97
anteriormente deferida. Isso demonstra que mesmo terminado o processo de licenciamento e 
emitida a última licença (Licença de Operação) não implica direito adquirido a permanecer 
exercendo a atividade se não houver adequação as normas ambientais vigentes e 
supervenientes, cabendo sempre revisão do licenciamento já efetivado.
A Resolução Conama n. 237/97 disciplina o processo de licenciamento ambiental e sua 
revisão. Mais detalhes sobre esse instrumento da PNMA detalharemos na aula 03 deste curso.
Incentivos à Produção e Instalação de Equipamentos e a Criação ou Absorção de 
tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental
O incentivo à produção e instalação de equipamentos que melhorem a qualidade ambiental 
é um instrumento da PNMA prevista no art. 9º, V, da Lei 6.938/81, que visa obrigar o Poder 
Público a criar políticas públicas ambientais de fomento que propicie a busca pelo 
desenvolvimento de tecnologias mais ecológicas, que diminua a emissão de poluentes no 
processo produtivo ou mesmo aumente a produtividade com redução do uso dos recursos 
naturais.
A função essencial do Poder Público é incentivar (fomentar) o empreendedor à prática de 
condutas ambientalmente corretas buscando o desenvolvimento e utilização de equipamentos 
e de processos produtivos que atendam aos padrões de qualidade ambiental por meio de 
mecanismos econômicos e tributários, como isenção ou abatimento de tributos como o ICMS e 
IPVA.
Nesse processo, cabe aos empreendedores a utilização dos meios de produção mais 
eficiente e menos poluente por meio da instalação de equipamentos e de processos que 
estejam de acordo com os padrões de qualidade ambiental fixados pelo Poder Público.
Criação de Espaços Territoriais Especialmente Protegidos
A criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público (federal, 
estadual e municipal) é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, prevista no art. 
9º, VI, que visa a preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia a 
vida.
Esse dispositivo legal foi fonte de inspiração do legislador constituinte de 1988 que fixou, no 
inciso III, do § 1º do art. 225, da CF/88, a obrigação dos entes federativos de definir, os espaços 
territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a 
supressão permitidas somente através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a 
integridade dos atributos que justifiquem sua proteção.
Os principais instrumentos normativos que definem esses espaços são a Lei 9.985/2000 
(SNUC) que estabeleceu critérios e normas para a criação, implantação e gestão das unidades 
de conservação; e a Lei 12.651/2012 (Código Florestal) que define áreas específicas objetivando 
a preservação dos ecossistemas, como as áreas de preservação permanente.
São considerados Espaços Territoriais Especialmente Protegidos (ETPS) as áreas de 
preservação permanentes, a reserva legal, as unidades de conservação da natureza dentre 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 46/97
outros previstos em normas específicas ou criados por ato do Poder Público que serão objeto 
de estudo específico neste curso.
As unidades de conservação da natureza são os espaços territoriais e seus recursos ambientais, 
incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído 
pelo Poder Público, com objetivo de conservação e limites definidos, sob regime especial de 
administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de proteção.
Essas unidades de conservação são divididas em unidades de proteção integral e unidades de 
uso sustentável. As unidades de proteção integral visam preservar a natureza, sendo admitido 
apenas o uso indireto dos seus recursos naturais, com exceção dos casos previstos na lei do 
SNUC. São divididas, em conformidade com suas características, em: Estação Ecológica, 
Reserva Biológica, Parque Nacional, Monumento Natural e Refúgio de Vida Silvestre. Ao seu 
turno, as unidades de uso sustentável visam compatibilizar a conservação da natureza com o 
uso sustentável de parcela dos seus recursos naturais. São divididas em: Área de Proteção 
Ambiental, Área de Relevante Interesse Ecológico, Floresta Nacional, Reserva Extrativista, 
Reserva de Fauna, Reserva de Desenvolvimento Sustentável e Reserva Particular do Patrimônio 
Natural.
Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente- SINIMA
O Sistema Nacional de Informações Ambientais-SINIMA é instrumento da Política Nacional do 
Meio Ambiente, prevista no art. 9º, VII, da Lei 6.938/81, que funciona como uma plataforma 
conceitual baseada na integração e compartilhamento de informações entre os diversos 
sistemas existentes ou a construir no âmbito do SISNAMA, nos termos da Portaria nº 
160/2009 do Ministério do Meio Ambiente - MMA.
Cabe ao MMA, por intermédio de sua Secretaria-Executiva, coordenar, por meio do Sistema 
Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente-SINIMA, o intercâmbio de informações entre 
os órgãos integrantes do SISNAMA.
Conforme definido no Ministério do Meio Ambiente, O SINIMA é o instrumento responsável 
pela gestão da informação no âmbito do Sisnama, de acordo com a lógica da gestão 
ambiental compartilhada entre as três esferas de governo, tendo como forma de atuação três 
eixos estruturantes: (1) Desenvolvimento de ferramentas de acesso à informação, (2) Integração 
de bancos de dados e sistemas de informação e (3) Fortalecimento do processo de produção, 
sistematização e análise de estatísticas e indicadores relacionados com as atribuições do MMA.
Posteriormente à edição da Lei da PNMA, a Lei Complementar 140/2011 reforçou a 
necessidade de compartilhamento de informações entre os entes federativos definindo que as 
ações de cooperação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios deverão ser 
desenvolvidos de modo a atingir o desenvolvimento sustentável, harmonizando e integrando 
todas as políticas governamentais.
Nesse sentido, definiu como ação administrativa a ser desenvolvida pela União, em seu art. 7º, 
VIII, organizar e manter, com a colaboração dos órgãos e entidades da administração pública 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, o Sistema Nacional de Informação sobre 
Meio Ambiente (Sinima). Aos Estados/DF, nos termos do art.8º, VII, definiu como ação 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 47/97
organizar e manter, com a colaboração dos órgãos municipais competentes, o Sistema Estadual 
de Informações sobre Meio Ambiente e prestar informações à União para a formação e 
atualização do Sinima. Aos Municípios, nos termos do art. 9º, VII, imputou organizar e manter o 
Sistema Municipal de Informações sobre Meio Ambiente e prestar informações aos Estados e à 
União para a formação e atualização dos Sistemas Estadual e Nacional de Informações sobre 
Meio Ambiente.
A Lei 10.650/2003 disciplinou o acesso público aos dados e informações existentesnos órgãos 
e entidades integrantes do Sisnama ficando obrigados a permitir o acesso público aos 
documentos, expedientes e processos administrativos que tratem de matéria ambiental e a 
fornecer todas as informações ambientais que estejam sob sua guarda, em meio escrito, visual, 
sonoro ou eletrônico.
Qualquer indivíduo, independentemente da comprovação de interesse específico, terá 
acesso às informações, mediante requerimento escrito, no qual assumirá a obrigação de não 
utilizar as informações colhidas para fins comerciais, sob as penas da lei civil, penal, de direito 
autoral e de propriedade industrial, assim como de citar as fontes, caso, por qualquer meio, 
venha a divulgar os aludidos dados.
Os órgãos do Sisnama têm o prazo de 30 dias, contado da data do pedido, para prestar as 
informações ou facultar a consulta.
Esses órgãos têm a obrigação de publicar em Diário Oficial e ficar disponíveis, no respectivo 
órgão, em local de fácil acesso ao público, listagens e relações contendo os dados referentes 
aos seguintes assuntos:
pedidos de licenciamento, sua renovação e a respectiva concessão;
pedidos e licenças para supressão de vegetação;
autos de infrações e respectivas penalidades impostas pelos órgãos ambientais;
lavratura de termos de compromisso de ajustamento de conduta;
reincidências em infrações ambientais;
recursos interpostos em processo administrativo ambiental e respectivas decisões;
registro de apresentação de estudos de impacto ambiental e sua aprovação ou rejeição.
O indeferimento de pedido de informações ou consulta a processos administrativos deverá ser 
motivado, sujeitando-se a recurso hierárquico, no prazo de 15 dias, contado da ciência da 
decisão, dada diretamente nos autos ou por meio de carta com aviso de recebimento, ou em 
caso de devolução pelo Correio, por publicação em Diário Oficial.
O Sinima é uma concretização do princípio de acesso à informação e da participação 
comunitária sendo que a informação adequada é requisito fundamental para que um indivíduo 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 48/97
possa conhecer melhor o objeto de seu interesse e tomar decisões que possam influenciar na 
formação das políticas públicas correlatas.
No âmbito internacional, temos a Convenção de Aarhus, de 1998, que assegura o acesso à 
informação, à participação do público no processo de tomada de decisão e o acesso à 
justiça em matéria de meio ambiente. Essa Convenção consagrou o direito à informação e à 
participação comunitária destacando sua fundamentalidade em um sistema que se baseia em 
dados e indicadores para a tomada de decisões e estabelecimento de programas necessários à 
proteção do meio ambiente.
Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental
O Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumento de Defesa Ambiental- CTF/AIDA 
é um instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente previsto no art. 9º, VIII, da Lei 
6.938/81 que tem por finalidade o registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se 
dedicam à consultoria técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e 
comércio de equipamentos, aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades 
efetivas e potencialmente poluidoras.
O Cadastro Técnico Federal divide-se em dois cadastros, quais sejam, o Cadastro Técnico 
Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental-CTF/AIDA e o Cadastro Técnico 
Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais- 
CTF/APP. O regramento do CTF está previsto no art. 17, da lei da PNMA:
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos 
Naturais Renováveis - IBAMA: 
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para 
registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica sobre 
problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos, aparelhos e 
instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras; 
(Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de 
Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam 
a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e 
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de 
produtos e subprodutos da fauna e flora.  (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
A vinculação ao Cadastro Técnico Federal é cogente e a Pessoa Física ou Jurídica que exerce 
atividade, fábrica, ou realiza comércio de equipamentos destinados ao controle de atividades 
efetivas e potencialmente poluidoras cometerá a infração administrativa prevista no art. 76, do 
Decreto 6.514/2008.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 49/97
Art. 76.  Deixar de inscrever-se no Cadastro Técnico Federal de que trata o art.17 da Lei 6.938, 
de 1981:
Multa de:
I - R$ 50,00 (cinquenta reais), se pessoa física;
II - R$ 150,00 (cento e cinquenta reais), se microempresa;
III - R$ 900,00 (novecentos reais), se empresa de pequeno porte;
IV - R$ 1.800,00 (mil e oitocentos reais), se empresa de médio porte; e
V - R$ 9.000,00 (nove mil reais), se empresa de grande porte.
Penalidades Disciplinares ou Compensatórias ao não cumprimento das medidas 
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental
Outro instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente previsto no art. 9º, IX, da Lei 
6.938/81 é a aplicação de penalidades disciplinares ou medidas compensatórias para aquele 
que degrada o meio ambiente. Esse normativo estatui a tutela administrativa dos bens 
ambientais que teve sua regulamentação efetivada pela Lei 9.605/98 e pelo Decreto 
6.514/2008. O objetivo das normas é servir como medida preventiva e repressiva na tutela 
do meio ambiente.
A análise do Decreto 6.514/2008 e das penalidades administrativas a serem aplicadas aos 
infratores serão objeto de estudo da aula 03.
Instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente pelo 
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA
O Relatório de Qualidade do Meio Ambiente é um instrumento da Política Nacional do Meio 
Ambiente, previsto no art.9º, X, da Lei 6.938/81 que tem como objetivo divulgar 
anualmente as condições ambientais atuais, bem como apresentar uma análise das políticas 
públicas ambientais desenvolvidas pelo Poder Público destacando sua efetividade para a 
proteção e preservação do meio ambiente.
Por fim, a instituição do Relatório é uma concretização do princípio de acesso à informação e 
da participação comunitária. A Convenção de Aarhus é outro importante instrumento 
normativo que assegura o acesso à informação, a participação do público no processo de 
tomada de decisão e o acesso à justiça em matéria de meio ambiente.
Garantia da Prestação de Informações relativas ao Meio Ambiente
A garantia de prestar informações relativas ao meio ambiente é um instrumento da Política 
Nacional do Meio Ambiente previsto no art. 9º, XI, da Lei 6.938/81 visa dar efetividade ao 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 50/97
princípio da informação consagrado, no âmbito internacional no Princípio 10 da Declaração 
do Rio e na Convenção de Aarhus.
No âmbito nacional, diversas normas asseguram o direito à informação relativas ao meio 
ambiente, notadamente a Lei 10.650/2003 que dispõe sobre o acesso público aos dados e 
informações existentes nos órgãos e entidades integrantes do Sisnama, como já ventilado nesta 
obra.
Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras
Conforme já comentado, o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente 
Poluidoras e/ouutilizadoras dos recursos ambientais- CTF/APP é um instrumento da 
Política Nacional do Meio Ambiente previsto no art. 9º, VIII, da Lei 6.938/81 e tem por 
finalidade o registro obrigatório de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras 
dos recursos ambientais. O Cadastro divide-se em duas modalidades, quais sejam, o 
Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental-CTF/AIDA e 
o Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de 
Recursos Ambientais-CTF/APP. O regramento do CTF está previsto no art. 17, da lei da PNMA.
São obrigadas    à    inscrição    no    CTF/APP    as    pessoas    físicas    e    jurídicas    que    se 
dediquem, isolada ou cumulativamente (1) a atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras 
de recursos    ambientais, (2) à extração, produção, transporte e comercialização produtos e 
subprodutos da fauna e fora, bem como (3) de produtos potencialmente perigosos ao meio 
ambientes.
Cumpre destacar que é cobrada uma taxa pelo controle e fiscalização das atividades 
potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais pelo órgão ambiental. Esse tributo 
é denominado de Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental- TCFA, cujo fato gerador é o 
exercício regular do poder de polícia conferido ao IBAMA para controle e fiscalização das 
atividades potencialmente poluidoras e utilizadoras de recursos naturais (art. 17, da Lei 
6.938/81). 
Essa TCFA só pode ser exigida das pessoas cadastradas no CTF/APP e não daquelas 
cadastradas exclusivamente no CTF/AINDA (consultoria técnica), que têm inscrição gratuita.
O sujeito passivo da TCFA é todo aquele que exerce as atividades constantes do Anexo VIII 
da Lei 6.938/81, bem como pelo exercício de outras, que embora não elencadas pelo referido 
anexo, podem ser consideradas potencialmente ou efetivamente poluidoras a critério do 
IBAMA, tendo em vista que o rol do Anexo VIII, da Lei 6.938/81 é meramente exemplificativo.
A TCFA é devida por estabelecimento e não por atividade e os seus valores foram fixados no 
Anexo IX da Lei da PNMA. Caso o estabelecimento exerça mais de uma atividade sujeita à 
fiscalização, pagará a taxa relativamente a apenas uma delas, pelo valor mais elevado.  
São isentas do pagamento da TCFA as entidades públicas federais, distritais, estaduais e 
municipais, as entidades filantrópicas, bem como aqueles que praticam agricultura de 
subsistência e as populações tradicionais.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 51/97
Questão 2018 | 62124467
• Víctor é doutor em fauna aquática e pretende trabalhar como consultor em estudos
para licenciamentos ambientais. 
A TCFA será devida no último dia útil de cada trimestre do ano civil e o recolhimento será 
efetuado em conta bancária vinculada ao IBAMA, por intermédio de documento próprio de 
arrecadação, até o quinto dia útil do mês subsequente. É uma exceção ao regime da conta 
única do tesouro. Os recursos arrecadados com a TCFA têm natureza vinculada quanto à 
destinação, pois terão utilização restrita em atividades de controle e fiscalização 
ambiental.       
Cumpre destacar que a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental - TCFA possui natureza de 
tributo.  Assim, está sujeita às normas do Código Tributário Nacional, especialmente quanto à 
constituição do crédito tributário e a legislação que rege o procedimento administrativo 
tributário.
O Supremo Tribunal Federal, ao julgar o RE 416.601/DF, de relatoria do Min. Carlos Velloso, 
em 2005, declarou a constitucionalidade da TCFA. Esse posicionamento tem se mantido nos 
julgados hodiernos do STF, como no AI860067AgR, de relatoria da Ministra Rosa Weber:
EMENTA DIREITO TRIBUTÁRIO. TAXA DE CONTROLE E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL – 
TCFA. INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS – 
IBAMA. LEI Nº 10.165/2000. CONSONÂNCIA DA DECISÃO RECORRIDA COM A 
JURISPRUDÊNCIA CRISTALIZADA NO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. RECURSO 
EXTRAORDINÁRIO QUE NÃO MERECE TRÂNSITO. ACÓRDÃO RECORRIDO PUBLICADO EM 
17.4.2009. O entendimento adotado pela Corte de origem, nos moldes do que assinalado na 
decisão agravada, não diverge da jurisprudência firmada no âmbito deste Supremo Tribunal 
Federal, no sentido de ser constitucional a Taxa de Controle e Fiscalização Ambiental – 
TCFA (RE 416.601/DF, Rel. Min. Carlos Velloso, Pleno, DJ 30.9.2005). As razões do agravo 
regimental não se mostram aptas a infirmar os fundamentos que lastrearam a decisão 
agravada. Agravo regimental conhecido e não provido.
Pode haver compensação do crédito com o valor devido a título de TCFA, até o limite de 
sessenta por cento e relativamente ao mesmo ano, o montante efetivamente pago pelo 
estabelecimento ao Estado, ao Município e ao Distrito Federal em razão de taxa de 
fiscalização ambiental, não podendo ser compensados taxas ou preços públicos de 
licenciamento e venda de produtos.
O IBAMA está autorizado a celebrar convênios com os Estados, os Municípios e o Distrito 
Federal para desempenharem atividades de fiscalização ambiental, podendo repassar-lhes 
parcela da receita obtida com a TCFA.   
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 52/97
• Uma empresa pretende extrair minérios e, para isso, solicitou o licenciamento ambiental
ao órgão estadual competente.
Considerando essas situações hipotéticas, assinale a opção correta, acerca do CTF,
previsto na Política Nacional de Meio Ambiente — Lei n.º 6.938/1981.
A) Víctor e a empresa deverão ter CTFs das respectivas atividades para concretizarem suas pretensões.
B) Apenas Víctor deverá ter CTF, pois não se exige esse instrumento de pessoa jurídica.
C) Apenas a empresa deverá ter CTF, pois não se exige esse instrumento de pessoa física.
D)
Nem de Víctor nem da empresa é exigido CTF para concretizarem suas pretensões, mas ambos
deverão estar inscritos no SINIMA.
E)
Apenas a empresa deverá ter CTF; para Víctor, o CTF poderá ser dispensado e substituído pela
inscrição da atividade no SINIMA.
Solução
Gabarito: A)
Víctor e a empresa deverão ter CTFs das respectivas atividades para concretizarem suas
pretensões.
CTF é sigla que se refere a Cadastro Técnico Federal, regulamentado pela Lei
6.938/1981, especi�camente pelos Art. 9º c/c Art. 17.
O Cadastro Técnico Federal é um dos instrumentos da Política Nacional de Meio
Ambiente. Os instrumentos são mecanismos utilizados pela Administração Pública para
que os objetivos da política nacional de meio ambiente sejam alcançados.
A letra A está correta. CORRETA.
CTF é sigla que se refere a Cadastro Técnico Federal, regulamentado pela Lei 6.938/1981,
especi�camente pelos Art. 9º c/c Art. 17. O Cadastro Técnico Federal é um dos
instrumentos da Política Nacional de Meio Ambiente. 
A atividade que Victor pretende exercer, bem como a atividade que a empresa pretende
exercer enquadram-se nas hipóteses previstas no Art. 17 da LEI Nº 6.938/1981, e,
portanto, exigem Cadastro Técnico Federal.
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA:
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para
registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 53/97
sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos,
aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se
dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente,assim como de
produtos e subprodutos da fauna e �ora.
Victor encaixa-se no inciso I, pois pretende trabalhar como consultor em estudos para
licenciamentos ambientais (consultoria técnica), por sua vez a empresa, que visa extrair
minérios, encaixa-se no inciso II. 
A letra B está incorreta. INCORRETA.
Tanto Victor quanto a empresa deverão ter Cadastro Técnico Federal, pois encaixam-se nas
hipóteses dos inciso I e II do Art. 17 da Lei 6.938/1981. Ambos os incisos abarcam também
as PESSOAS FÍSICAS, tornando a assertiva incorreta.
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA:
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para
registro obrigatório de PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS que se dedicam a consultoria
técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos,
aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, para registro obrigatório de PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS que se
dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de
produtos e subprodutos da fauna e �ora.
A letra C está incorreta. INCORRETA.
Tanto Victor quanto a empresa deverão ter Cadastro Técnico Federal, pois encaixam-se
nas hipóteses dos inciso I e II do Art. 17 da Lei 6.938/1981. Ambos os incisos abarcam
também as PESSOAS FÍSICAS, tornando a assertiva incorreta.
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 54/97
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para
registro obrigatório de PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS que se dedicam a consultoria
técnica sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos,
aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, para registro obrigatório de PESSOAS FÍSICAS OU JURÍDICAS que se
dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de
produtos e subprodutos da fauna e �ora.
A letra D está incorreta. INCORRETA.
A atividade que Victor pretende exercer, bem como a atividade que a empresa pretende
exercer enquadram-se nas hipóteses dos incisos I e II do Art. 17 da LEI Nº 6.938/1981, e,
portanto, exigem Cadastro Técnico Federal.
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA:
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para
registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica
sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos,
aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se
dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de
produtos e subprodutos da fauna e �ora.
Victor encaixa-se no inciso I, pois pretende trabalhar como consultor em estudos para
licenciamentos ambientais (consultoria técnica), por sua vez a empresa, que visa extrair
minérios, encaixa-se no inciso II. 
A letra E está incorreta. INCORRETA.
A atividade que Victor pretende exercer, bem como a atividade que a empresa pretende
exercer enquadram-se nas hipóteses dos incisos I e II do Art. 17 da LEI Nº 6.938/1981, e,
portanto, exigem Cadastro Técnico Federal.
Art. 17. Fica instituído, sob a administração do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e
Recursos Naturais Renováveis - IBAMA:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 55/97
I - Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental, para
registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se dedicam a consultoria técnica
sobre problemas ecológicos e ambientais e à indústria e comércio de equipamentos,
aparelhos e instrumentos destinados ao controle de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras;
II - Cadastro Técnico Federal de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de
Recursos Ambientais, para registro obrigatório de pessoas físicas ou jurídicas que se
dedicam a atividades potencialmente poluidoras e/ou à extração, produção, transporte e
comercialização de produtos potencialmente perigosos ao meio ambiente, assim como de
produtos e subprodutos da fauna e �ora.
Não há que se falar em dispensa para Victor, pois encaixa-se no inciso I, visto que
pretende trabalhar como consultor em estudos para licenciamentos ambientais
(consultoria técnica).
Instrumentos Econômicos
Os instrumentos econômicos como a concessão florestal, servidão ambiental e o seguro 
ambiental são instrumentos da PNMA, previstos no art. 9º, da Lei 6.938/81. Esse rol é 
meramente exemplificativo existindo outros instrumentos econômicos como a Cota de 
Reserva Ambiental-CRA, prevista na Lei 12.651/12- Código Florestal), o Pagamento por 
Serviços Ambientais -PSA e o ICMS ecológico.
Concessão Florestal
A Concessão Florestal é um instrumento econômico previsto também como instrumento para 
efetivação da PNMA no art. 9º, XIII, da Lei 6.938/81. A concessão florestal é regulada pela Lei 
11.284/2006 que dispõe sobre a gestão de florestas públicas para produção sustentável.
Nos termos do art. 3º, VII, da Lei 11.284/2006, a concessão florestal é delegação onerosa, 
feita pelo poder concedente, do direito de praticar manejo florestal sustentável para 
exploração de produtos e serviços numa unidade de manejo, mediante licitação, à pessoa 
jurídica, em consórcio ou não, que atenda às exigências do respectivo edital de licitação e 
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco e por prazo 
determinado.
Diversas são as características da concessão florestal feita pelo Poder Público ao Particular. 
Dentre elas podemos destacar:
a seleção do particular deve ser feita mediante licitação;
o particular só pode ser pessoa jurídica, consorciada ou não;
deve haver retribuição do particular ao poder concedente (delegação onerosa);
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 56/97
deve ser executa por conta e risco do particular;
deve ser exercida com base na sustentabilidade (manejo florestal sustentável);
deve haver prévia oitiva da sociedade em audiência pública.
O regime jurídico e as demais peculiaridades sobre o tema Concessão Florestal serão objeto 
de estudo em capítulo próprio.
Servidão Ambiental
A servidão ambiental é um instrumento econômico previsto no art. 9º, XIII, da Lei 6.938/81, 
como instrumento para dar maior concretude a PNMA. A definição de servidão ambiental vem 
prevista no art. 9º-A, e consiste em limitar o uso de toda a sua propriedade ou de parte dela 
para preservar, conservar ou recuperar os recursos ambientais existentes.
A instituição da servidão ambiental pode ser efetivada pelo  proprietário ou possuidor de 
imóvel, pessoa natural ou jurídica, pode, por instrumento público ou particular ou por termo 
administrativo firmado perante órgão integrante do Sisnama. A servidão ambiental foi regrada 
na Lei 6.938/81 nos art.9º, 9º-A, 9º-B e 9º-C, com alterações advindas da Lei nº 12.651/2012 
(Código Florestal).
A servidão ambiental para ter validade deve ser lavrado instrumento próprio de caráter 
particular ou público, ou mesmo pelo uso de termo administrativo no órgão ambiental 
competente. Esse termo deve conter no mínimo o memorial descritivo da área da servidão 
ambiental, contendo pelo menos um ponto de amarração georreferenciado; o objeto da 
servidão ambiental; os direitos e deveres do proprietário ou possuidor instituidor; o prazo 
durante o qual a área permanecerá como servidão ambiental, que não pode ser inferior a 15 
anos, devendo ser objeto de averbação na matrícula do imóvel no registro de imóveis 
competente.
Até por um critério lógico, não são incluídas na zona da servidão as áreas territoriais já 
especialmente protegidas pela legislação como a área de preservação permanente e a área 
de reserva legal.
Cumpre destacar que a área objeto da servidão ambiental, embora sujeita a restrição de uso 
definido no instrumento de sua instituição, pode ter a vegetação explorada com restrições no 
mínimo iguais as estabelecidas para a reserva legal.
Hodiernamente a instituição de servidão ambiental tem se tornado um negócio lucrativo para 
muitos proprietários de terras em zona rural e importante alternativa para outros alcançarem a 
regularidade do seu imóvel (que não atingiu a cota de reserva legal), com menor custo e com 
sustentabilidade. Isso porque a servidão ambiental pode ser utilizada para a compensação de 
reserva legal.
A compensação de reserva legal está prevista no §5º, do art. 66, da Lei 12.651/2012 e 
corresponde a um sistema de regularização de reserva legal pelo qual o proprietário adquire 
áreas equivalentes em outro imóvel rural no mesmo bioma e que o imóvel detivesse, em 22 de 
julho de 2008, área apta para Reserva Legal em extensão inferior ao percentual exigido pela 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 57/97
Questão 2019 | 292973586
Nos termos indicados na Lei nº 6.938/81, NÃO é considerado como instrumento da
Política Nacional do Meio Ambiente: 
A) O zoneamento ambiental. 
legislação em vigor, existindo diversas formas de compensação de reserva legal, mas todas 
deve ser precedida de inscrição da propriedade no Cadastro Ambiental Rural-CAR, conforme 
previsto no art. 66, parágrafo 5º, da Lei 12.651/2012, bem como no caso de servidão ambiental, 
deve ser averbada na matrícula dos dois imóveis.
Quanto ao tempo de duração da servidão ambiental, ela pode ser perpétua a critério do 
agente instituidor devendo ser equiparada a uma Reserva Particular do Patrimônio Natural – 
RPPN para fins creditícios, tributários e de acesso aos recursos de fundos públicos. Por outro 
lado, poderá o instituidor definir um tempo de duração da servidão (temporária), que não 
poderá ser inferior a 15 anos.
Cumpre ressaltar que o detentor da servidão ambiental poderá aliená-la, cedê-la ou transferi-
la, total ou parcialmente, por prazo determinado ou em caráter definitivo, em favor de outro 
proprietário ou de entidade pública ou privada que tenha a conservação ambiental como fim 
social, devendo o contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental ser 
averbado na matrícula do imóvel.
Esse  contrato de alienação, cessão ou transferência da servidão ambiental deve ter como 
elementos mínimos essenciais: a delimitação da área submetida a preservação, conservação ou 
recuperação ambiental; o objeto da servidão ambiental; os direitos e deveres do proprietário 
instituidor e dos futuros adquirentes ou sucessores; os direitos e deveres do detentor da 
servidão ambiental; os benefícios de ordem econômica do instituidor e do detentor da servidão 
ambiental; e a previsão legal para garantir o seu cumprimento, inclusive medidas judiciais 
necessárias, em caso de ser descumprido.
Seguro Ambiental
O seguro ambiental é um instrumento econômico previsto no art.9º, XIII, da Lei 6.938/81, 
como instrumento da PNMA sendo uma espécie de contrato de seguro cuja apólice cobre as 
obrigações resultantes dos danos acarretados ao meio ambiente pelo contratante. Nesse 
sentido, o seguro ambiental tem por objetivo assegurar a disponibilidade de recursos 
necessários à reparação do dano eventualmente causado pelo segurado.
Sua regulamentação é feita pelas normas para os contratos de seguro em geral previsto no art. 
757 e seguintes do Código Civil que fixa a responsabilidade do segurador que se obriga, 
mediante o pagamento do prêmio, a garantir interesse legítimo do segurado, relativo a pessoa 
ou a coisa, contra riscos predeterminados.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 58/97
B) O licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras.
C) O sistema nacional de informações sobre o meio ambiente.
D) A avaliação de impacto ambiental. 
E) A desapropriação para �ns de reforma agrária.
Solução
Gabarito: E) A desapropriação para �ns de reforma agrária.
A questão exigiu o conhecimento acerca do art. 9º da Lei nº 6.938/81 que prevê os
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.
Art 9º da Lei nº 6.938/81 - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
I - o estabelecimento de padrões de qualidade ambiental;
II - o zoneamento ambiental; 
III - a avaliação de impactos ambientais;
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
V - os incentivos à produção e instalação de equipamentos e a criação ou absorção de
tecnologia, voltados para a melhoria da qualidade ambiental;
VI - a criação de espaços territoriais especialmente protegidos pelo Poder Público federal,
estadual e municipal, tais como áreas de proteção ambiental, de relevante interesse
ecológico e reservas extrativistas; (Redação dada pela Lei nº 7.804, de 1989)
 VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
VIII - o Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental;
IX - as penalidades disciplinares ou compensatórias ao não cumprimento das medidas
necessárias à preservação ou correção da degradação ambiental.
X - a instituição do Relatório de Qualidade do Meio Ambiente, a ser divulgado anualmente
pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis - IBAMA;
(Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
XI - a garantia da prestação de informações relativas ao Meio Ambiente, obrigando-se o
Poder Público a produzí-las, quando inexistentes; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
 XII - o Cadastro Técnico Federal de atividades potencialmente poluidoras e/ou utilizadoras
dos recursos ambientais. (Incluído pela Lei nº 7.804, de 1989)
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 59/97
XIII - instrumentos econômicos, como concessão �orestal, servidão ambiental, seguro
ambiental e outros.       
Ou seja, a questão exigiu que o candidato identi�casse entre as alternativas aquela que
não corresponde à um dos incisos do referido art. 9º Lei nº 6.938/81.
A letra A está incorreta. CORRETO. 
Está correto, pois o zoneamento ambiental é um dos instrumentos da Política Nacional do
Meio Ambiente, nos termos do art. 9º, II da Lei nº 6.938/81. 
Art 9º da Lei nº 6.938/81 - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
(...)
II - o zoneamento ambiental;
(...)
O zoneamento ambiental também pode ser chamado de zoneamento ecológico-econômico
(ZEE), tendo sido regulamentado pelo Decreto nº 4.297/2002. 
Nesse contexto, o art. 2º do referido Decreto 4.297/02 de�ni o ZEE como o "instrumento de
organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e
atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental
destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do soloe a
conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das
condições de vida da população".
Por sua vez,  de acordo com a doutrina, "trata-se de uma modalidade de intervenção estatal
sobre o território, a �m de reparti-lo em zonas consoante o melhor interesse na preservação
ambiental e no uso sustentável dos recursos naturais" (AMADO, Frederico. Direito Ambiental
Esquematizado. 7ª ed., rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016, p.
126). 
A letra B está incorreta. CORRETO. 
Está correto, pois o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente
poluidoras representam um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, nos
termos do art. 9º, IV da Lei nº 6.938/81. 
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
(...)
IV - o licenciamento e a revisão de atividades efetiva ou potencialmente poluidoras;
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 60/97
Vale destacar que a literalidade do dispositivo refere-se ao "licenciamento" e não à "licença
ambiental". Apesar da similaridade, são conceitos jurídicos diversos!
A Resolução 237/1997 do Conama apresenta as seguintes de�nições:
Art. 1º, Res. Conama 237/97 - Para efeito desta Resolução são adotadas as seguintes
de�nições:
I - Licenciamento Ambiental: procedimento administrativo pelo qual o órgão ambiental
competente licencia a localização, instalação, ampliação e a operação de empreendimentos
e atividades utilizadoras de recursos ambientais , consideradas efetiva ou potencialmente
poluidoras ou daquelas que, sob qualquer forma, possam causar degradação ambiental,
considerando as disposições legais e regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao
caso.
II - Licença Ambiental: ato administrativo pelo qual o órgão ambiental competente,
estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que deverão ser
obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, para localizar, instalar, ampliar e
operar empreendimentos ou atividades utilizadoras dos recursos ambientais consideradas
efetiva ou potencialmente poluidoras ou aquelas que, sob qualquer forma, possam causar
degradação ambiental.
A letra C está incorreta. CORRETO. 
Está correto, pois o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente é um dos
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, nos termos do art. 9º, VII da Lei nº
6.938/81. 
Art 9º - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
(...)
VII - o sistema nacional de informações sobre o meio ambiente;
(...)
De acordo com a doutrina, "o Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente -
SINIMA é um importante instrumento da PNMA, sofrendo regulamentação pelo art. 11, II,
do Decreto 99.274/1990, competindo ao Ministério do Meio Ambiente coordenar a troca de
informações entre as entidades e órgãos que compõem o SISNAMA" (AMADO, Frederico.
Direito Ambiental Esquematizado. 7ª ed., rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo:
MÉTODO, 2016, p. 102). 
O referido art. 11, II do Decreto 99.274/1990 assim dispõe:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 61/97
Art. 11. Para atender ao suporte técnico e administrativo do CONAMA, a Secretaria-
Executiva do Ministério do Meio Ambiente deverá:
(...)
II - coordenar, por meio do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente-
SINIMA, o intercâmbio de informações entre os órgãos integrantes do SISNAMA; e
(...)
A letra D está incorreta. CORRETA. 
Está correto, pois a avaliação de impactos ambientais é um dos instrumentos da Política
Nacional do Meio Ambiente, conforme art. 9º, III da Lei nº 6.938/81. 
Art 9º da Lei nº 6.938/81. - São instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente:
(...)
III - a avaliação de impactos ambientais;
(...)
A avaliação de impactos ambientais (AIA) também pode ser denominada de estudos
ambientais. 
Conforme lições de Frederico Amado (AMADO, Frederico. Direito Ambiental
Esquematizado. 7ª ed., rev. e atual. - Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2016, p.
187) a avaliação de impactos ambientais é um gênero que engloba, entre outros, o Estudo
de Impacto Ambiental/Relatório de Impacto Ambiental (EIA-RIMA) e outras modalidades
mais simples, como, por exemplo, o relatório ambiental, o diagnóstico ambiental, o plano
de manejo, etc.
A letra E está correta. ERRADO. 
Está errado e, portanto, o gabarito, pois a desapropriação para �ns de reforma agrária
NÃO é um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, nos termos do art. 9º
da Lei nº 6.938/81, MAS SIM um hipótese de intervenção drástica do Estado na
propriedade com a intenção de conferir função social ao imóvel rural, nos termos do art.
184 da CF/88. 
Art. 184, CF/88. Compete à União desapropriar por interesse social, para �ns de reforma
agrária, o imóvel rural que não esteja cumprindo sua função social, mediante prévia e justa
indenização em títulos da dívida agrária, com cláusula de preservação do valor real,
resgatáveis no prazo de até vinte anos, a partir do segundo ano de sua emissão, e cuja
utilização será de�nida em lei.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 62/97
Em síntese, a alternativa está incorreta, primeiro, porque não consta no rol do art. 9º da Lei
nº 6.938/81 que prevê instrumentos da política nacional do meio ambiente e, segundo,
porque a desapropriação para �ns de reforma agrária (desapropriação rural) é, na verdade,
instituto que visa garantir a função social da propriedade rural. 
Questão 2019 | 203057985
A Política Nacional do Meio Ambiente possui instrumentos, dentre os quais os
econômicos, que visam promover a equidade na distribuição de recursos e estimular o
cumprimento das normas ambientais de comando-controle. Sobre os instrumentos
econômicos, é correto a�rmar que 
A) o princípio do protetor-recebedor é típico do comando-controle. 
B)
a externalidade negativa na seara ambiental é tradicionalmente computada no custo da
produção e no preço do bem ou do serviço produzido. 
C)
internalizar as externalidades permite ressarcir ao usuário dos recursos naturais o
�nanciamento dos custos que o uso gerou, para alcance da justiça social. 
D)
a valoração dos recursos naturais estimula os agentes econômicos à preservação dos
bens ambientais e também conscientiza a sociedade a respeito daquilo que consome. 
E)
a lógica da compensação pela proteção ambiental está relacionada ao princípio do
poluidor-pagador.
Solução
Gabarito: D)
a valoração dos recursos naturais estimula os agentes econômicos à
preservação dos bens ambientais e também conscientiza a sociedade a
respeito daquilo que consome. 
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade
o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, conforme o
artigo 225 da CF. 
Para assegurar a efetividade desse citado direito, incumbe ao Poder Público, entre
outros, preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo
ecológico das espécies e ecossistemas; preservar a diversidade e a integridade do
patrimônio genético do País e �scalizar as entidades dedicadas à pesquisa e manipulação
de material genético; proteger a fauna e a �ora, vedadas, na forma da lei, as práticas
que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou
submetam os animais a crueldade, conforme os incisos I, II e VII do parágrafo 1º do artigo
225 da CF.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 63/97
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País,
condições ao desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurançado estado da qualidade ambiental;
VIII - recuperação de áreas degradadas;    
IX - proteção de áreas ameaçadas de degradação;
X - educação ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, 
objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
A concretude dessa visão harmônica sustentável só poderá ser possível se atendidos os 
objetivos específicos. São verdadeiras ações/procedimentos que devem ser realizados pelo 
Poder Público para consecução da preservação, melhoria e recuperação da qualidade 
ambiental propícia à vida, previstos no art. 4º, da PNMA. Vejamos o normativo:
Art. 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico social com a preservação da qualidade 
do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
II - à definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio 
ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do Territórios e 
dos Municípios;           
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 5/97
III - ao estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental e de normas relativas 
ao uso e manejo de recursos ambientais;
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso 
racional de recursos ambientais;
V - à difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, à divulgação de dados e 
informações ambientais e à formação de uma consciência pública sobre a necessidade de 
preservação da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico;
VI - à preservação e restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional 
e disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico propício 
à vida;
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os 
danos causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins 
econômicos.
Nos termos do art. 5º, da Lei 6.938/81, as diretrizes da PNMA serão formuladas em normas e 
planos, destinados a orientar a ação dos Governos da União, dos Estados, do Distrito Federal, 
dos Territórios e dos Municípios no que se relaciona com a preservação da qualidade 
ambiental e manutenção do equilíbrio ecológico, devendo todas as atividades empresariais 
públicas ou privadas serem exercidas em consonância com as diretrizes da PNMA.
As questões de múltipla escolha têm cobrado a literalidade dos dispositivos, bem como 
fazem um amálgama dos princípios com os objetivos da PNMA, razão pela qual 
recomendamos que o candidato tenha uma leitura mais detida desses “princípios” e dos 
objetivos previstos na PNMA.
Para sistematizar melhor o estudo, apresentamos uma tabela comparativa dos princípios (art. 2º, 
da PNMA) com os objetivos específicos (art. 4º, da PNMA) para fins de melhor entendimento. 
Cito como exemplo a primeira coluna que tem como tema “qualidade do meio ambiente”: se o 
tema versar sobre estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental, teremos um 
objetivo. Por outro lado, se a função for (programa de ação) acompanhamento do estado de 
qualidade ambiental, teremos um “princípio”.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 6/97
Passaremos a análise dos objetivos específicos previstos no art. 4º da PNMA visando ter uma 
noção geral de cada um deles para o seu concurso.
Compatibilização do Desenvolvimento Econômico Social com a Preservação da Qualidade 
do Meio Ambiente e do Equilíbrio Ecológico
Compatibilizar está atrelado a ideia de conciliar atividades/ações/atitudes para que 
possam coexistirem de forma harmônica.
O objetivo da compatibilização, no âmbito ambiental, visa harmonizar o (1) desenvolvimento 
socioeconômico com a (2) preservação do meio ambiente para se atingir um equilíbrio 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 7/97
ecológico. É a busca pelo desenvolvimento equilibrado, atendendo aos preceitos econômicos, 
sociais e ambientais. Assim, a lei 6.938/81 consolidou no ordenamento jurídico brasileiro o 
conceito de desenvolvimento sustentável, alguns anos depois constitucionalizado no caput do 
art. 225, da CF/88.
Cumpre destacar que esse talvez seja o principal objetivo da PNMA, desenvolver 
economicamente o País, buscando a diminuição das desigualdades sociais e regionais com a 
preservação da qualidade do meio ambiente. Nesse sentido, a PNMA não tem por escopo ser 
apenas favorável ao meio ambiente, mas também compatibilizar o desenvolvimento 
socioeconômico com a manutenção da qualidade ambiental. Preservar o meio ambiente, por si 
só, não é um objetivo da PNMA, sem que esteja atrelado às questões econômicas e sociais 
(visão antropocêntrica).
Só para reforçar, não esqueçam que as primeiras referências ao desenvolvimento sustentável 
começaram a surgir em 1972, durante a Conferência de Estocolmo, na Suécia, sendo utilizado o 
termo “ecodesenvolvimento”. Essa ideia de sustentabilidade foi acolhida no Brasil com a edição 
da Lei da PNMA em 1981, incorporada, em 1988, na Constituição Federal. Mas o uso do termo 
“desenvolvimento sustentável” tem sua origem e consolidação com a publicação do Relatório 
Brundtland, em 1987.
Definição de áreas prioritárias de ação governamental relativa à qualidade e ao equilíbrio 
ecológico, atendendo aos interesses da União, dos Estados, do Distrito Federal, do 
Territórios e dos Municípios
Esse objetivo específico visa obrigar o Poder Público a efetivar um planejamento próprio 
para elaboração de políticas públicas voltadas à definição de áreas prioritárias para o 
desenvolvimento de ações governamentais relativas à proteção ambiental.
O desenvolvimento dessas ações cabe a cada um dos entes federativos devendo desenvolver, 
individualmente, uma ação governamental específica e harmônica, que priorize ações 
concernentes à qualidade ambiental. Nesse sentido, o Poder Público deve estabelecer as áreas 
nas quais se desenvolverão ações com objetivo de proteção ambiental, segundo seus critérios 
de conveniência e oportunidade.
Destacamos que a CF/88, em seu art. 225, caput, impõe ao Poder Público a incumbência de 
defender e preservar o meio ambiente para as presentes e futuras gerações, devendo para 
isso desenvolver ações planejadas e específicas na busca do desenvolvimento sustentável.
Estabelecimento de Critérios e Padrões da Qualidade Ambiental e de Normas relativas ao 
Uso e Manejo de recursos ambientais
A instituição de critérios e padrões de qualidade ambiental relativos aos recursos 
ambientais contribui para definição de políticas públicas ambientais, bem como, em caso 
de danos ao meio ambiente, serve de base material para fundamentar a sanção a ser 
aplicada ao poluidor.
Esses padrões de qualidade ambiental são parâmetros que podem ser usados para concretizar 
o princípio da racionalização do uso dos recursos ambientais (art. 2º, II, da Lei da PNMA).
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 8/97
Nesse ponto, Édis Milaré alerta que graças aos parâmetros de qualidade ambiental é possível 
aferir se o desenvolvimento de determinada região caminha em busca da sustentabilidade, 
lembrando que o avanço técnico-científico pode alterar os parâmetros que garantem a 
qualidade ambiental.
Desenvolvimento de Pesquisas e de Tecnologias Nacionais orientadas para o Uso Racional 
de recursos ambientais
O desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias orientadas ao uso racional dos recursos 
ambientais visa a aplicação do princípio da eficiência no uso dos recursos naturais.
A ideia é utilizar pouca matéria prima e conseguir o máximo de rendimento na 
produção/utilização do bem. É a busca da eficiência na utilização dos recursos naturais, 
evitando-se o uso desarrazoado deles,nacional e à
proteção da dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios, segundo o
artigo 2o da Lei n. 6.938/1981.
Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela
proteção e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio
Ambiente - SISNAMA, segundo o artigo 6º da Lei n. 6.938/1981.
A letra A está incorreta. ERRADA.
Ao contrário dos princípios poluidor-pagador e usuário-pagador que estão na perspectiva do
comando-controle, há o princípio do protetor-recebedor que surge no ordenamento jurídico
através da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei n. 12.305/2010), inciso II do artigo 6o. 
Através desse princípio, estimula-se a preservação e incentiva economicamente quem
protege uma área, ao deixar de utilizar os recursos de que poderia dispor.
Propõe-se a lógica de remunerar todo aquele que, de uma forma, deixou de explorar os
recursos naturais que eram seus, em benefício do meio ambiente e da coletividade, ou que
tenha promovido alguma coisa com o propósito socioambiental.
Nesse contexto, surge o Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) é a remuneração
ofertada para quem preserva as �orestas e outros recursos naturais em territórios
particulares ou em áreas de protegidas pelo poder público.
A letra B está incorreta. ERRADA.
O princípio do poluidor-pagador pode ser entendido como um importante instrumento
econômico que exige do poluidor, uma vez identi�cado, suportar as despesas de prevenção,
reparação e repressão dos danos ambientais. 
O custo resultante da poluição deve ser assumido pelos empreendedores de atividades
potencialmente poluidoras, nos custos da produção. 
Sobre as externalidades negativas, é possível a�rmar que, embora resultantes da produção,
são recebidas pela coletividade, ao contrário do lucro, que é percebido pelo produtor
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 64/97
privado. Em regra, elas não são computadas no custo da produção e no preço do bem ou do
serviço produzido.
A letra C está incorreta. ERRADA.
Observa-se a prática recorrente da privatização dos lucros e socialização de perdas, quando
identi�cadas as externalidades negativas. Com a aplicação do princípio do poluidor pagador
procura-se corrigir este custo adicionado à sociedade, impondo-se sua internalização. 
As Externalidades são os efeitos externos negativos, suportados pela coletividade; efeitos do
processo econômico ocorridos fora ou em paralelo ao mercado. 
Ao internalizar as externalidades permite, não há ressarcimento ao usuário/poluidor dos
recursos naturais o �nanciamento dos custos que o uso gerou, mas que ele suporte os ônus
de sua atividade que tenha provocado danos ao meio ambiente e a coletividade. 
A letra D está correta. CERTA.
Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do
povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações, conforme o artigo
225 da CF. 
A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições ao
desenvolvimento sócioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios, segundo o artigo 2o da Lei n.
6.938/1981
A Política Nacional de Recursos Hídricos apresenta como principais objetivos: assegurar à
atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade
adequados aos respectivos usos; a utilização racional e integrada dos recursos hídricos com
vistas ao desenvolvimento sustentável; e a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos
críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.
A cobrança pelo uso da água é um exemplo de instrumentos jurídicos disponíveis para
valorizar os recursos naturais e estimular os agentes econômicos à preservação dos bens
ambientais e conscientização da sociedade para o consumo consciente. 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 65/97
A letra E está incorreta. ERRADA.
O princípio do poluidor-pagador pode ser entendido com um instrumento econômico que
exige do poluidor, uma vez identi�cado, suportar as despesas de prevenção, reparação e
repressão dos danos ambientais.
Por outro lado, através do princípio protetor-poluidor, estimula-se a preservação e incentiva
economicamente quem protege uma área, ao deixar de utilizar os recursos de que poderia
dispor.
Propõe-se a lógica de remunerar todo aquele que, de uma forma, deixou de explorar os
recursos naturais que eram seus, em benefício do meio ambiente e da coletividade, ou que
tenha promovido alguma coisa com o propósito socioambiental.
Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE
O zoneamento é um instrumento de planejamento governamental em que se procede ao 
ordenamento territorial de uma região definindo a vocação de cada espaço evidenciando 
suas características para que se defina a forma de parcelamento, uso e ocupação do solo. 
Zonear, nesse sentido, é dividir o território em áreas permitindo certas atividades e 
proibindo outras em conformidade com o potencial da região.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
Existem várias modalidades de zoneamento em função do uso do espaço, dentre elas, a título 
de exemplo, podemos citar o zoneamento industrial, zoneamento agrícola e o zoneamento 
ambiental, também denominado de zoneamento ecológico-econômico- ZEE.
O zoneamento ambiental é uma espécie de zoneamento que tem como objeto principal a 
preservação, recuperação e uso dos recursos naturais, melhor dizendo, é um instrumento de 
planejamento ambiental que previamente se define a quantidade e os tipos de recursos naturais 
disponíveis em uma área para se permitir ou não a sua exploração. Nesse sentido, o 
zoneamento ambiental é uma limitação ao direito de propriedade, considerando que imporá 
limitações ao seu uso.
O zoneamento ambiental tem seu fundamento legal no art. 9º, II, da Lei 6.938/81, que o previu 
expressamente como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente. Ao seu turno, a Lei 
Complementar 140/2011, que disciplinou a cooperação entre os entes federativos nas ações 
administrativas decorrentes do exercício da competência comum relativas à proteção do meio 
ambiente, determinou que cabe a União o desenvolvimento de ações administrativas para 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 66/97
elaborar o zoneamento ambiental de âmbito nacional e regional (art. 7º, IX, da LC 140/2011). 
Aos Estados cabem elaborar o zoneamento ambiental de âmbito estadual, em conformidade 
com os zoneamentos de âmbito nacional e regional (art. 8º, IX, da LC 140/2011). Aos Municípios 
cabem elaborar o Plano Diretor, observando os zoneamentos ambientais (art. 9º, IX, da LC 
140/2011). 
É competência da União a elaboração e execução de planos nacionais e regionais de 
ordenação do território e de desenvolvimento socioeconômico, nos termos do art. 21, IX, da 
CF/88, cabendo aos Estados a elaboração dos planos regionais e aos Municípios a elaboração 
dos planos locais. É perceptível que a elaboração do planejamento ambiental por meio do 
zoneamento é uma competência material (administrativa) comum dos entes federativos, 
devendo haver compatibilidade nos instrumentos a serem elaborados por cada um. Os Estados 
devem consonância com o zoneamento nacional feito pela União, os Municípios devem 
observar o zoneamento ambiental feito pela União e pelos Estados.
Normas Gerais sobre Zoneamento - Decreto 4.297/2002
As normas gerais sobre a elaboração do zoneamento estão previstas no Decreto Federal n.4.297/2002 que regulamenta o art. 9º, inciso II, da Lei no 6.938/81, estabelecendo critérios 
para o Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil – ZEE. O zoneamento ambiental é 
denominado pela norma como Zoneamento Ecológico–Econômico - ZEE tendo como objetivo 
principal viabilizar o desenvolvimento sustentável a partir da compatibilização do 
desenvolvimento socioeconômico com a proteção ambiental.
O ZEE parte do diagnóstico dos meios físico, socioeconômico e jurídico-institucional e do 
estabelecimento de cenários exploratórios para a proposição de diretrizes legais e 
programáticas para cada unidade territorial identificada, estabelecendo, inclusive, ações 
voltadas à mitigação ou correção de impactos ambientais danosos porventura ocorridos.
Objetivos e Princípios do Zoneamento Ecológico-Econômico do Brasil
O art. 2º do Decreto 4.297/2002 prevê o conceito de ZEE definindo como um instrumento de 
organização do território a ser obrigatoriamente seguido na implantação de planos, obras e 
atividades públicas e privadas, estabelece medidas e padrões de proteção ambiental 
destinados a assegurar a qualidade ambiental, dos recursos hídricos e do solo e a 
conservação da biodiversidade, garantindo o desenvolvimento sustentável e a melhoria das 
condições de vida da população.
O Decreto 4.297/2002 fixa os critérios mínimos para elaboração do ZEE do Brasil e cria as 
bases para a formulação dos zoneamentos ambientais dos Estados/DF e Municípios definindo 
os objetivos específicos e gerais, bem como os princípios que norteiam o processo de 
elaboração e implementação do ZEE.
O objetivo geral do ZEE é organizar as decisões dos agentes públicos e privados, de forma 
vinculada, quanto a planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, 
utilizem recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços 
ambientais dos ecossistemas.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 67/97
Na elaboração do ZEE, deve a Administração Pública observar a distribuição espacial das 
atividades econômicas levando-se em conta a importância ecológica, as limitações e as 
fragilidades dos ecossistemas, estabelecendo vedações, restrições e alternativas de 
exploração do território e determinando, quando for o caso, inclusive a relocalização de 
atividades incompatíveis com suas diretrizes gerais do ZEE.
É notório que um dos pontos norteadores para elaboração do ZEE é a busca pelo equilíbrio 
entre a preservação ambiental e o desenvolvimento socioeconômico do País, isto é, permitir o 
desenvolvimento de atividades econômicas com o uso racional dos recursos naturais. Nesse 
sentido, previu o regulamento federal que o processo de elaboração e implementação do ZEE 
buscará a sustentabilidade ecológica, econômica e social, com vistas a compatibilizar o 
crescimento econômico e a proteção dos recursos naturais, em favor das presentes e futuras 
gerações, em decorrência do reconhecimento de valor intrínseco à biodiversidade e a seus 
componentes e contará com ampla participação democrática, compartilhando suas ações e 
responsabilidades entre os diferentes níveis da administração pública e da sociedade civil, bem 
como valorizará o conhecimento científico multidisciplinar.
Cumpre destacar que a elaboração e a implementação do Zoneamento Ecológico-Econômico 
deve estar em consonância com a Política Nacional do Meio Ambiente, bem como com os 
planos nacionais e regionais de ordenação do território e de desenvolvimento econômico e 
social. Adicione-se a isso  a necessidade de o ZEE atender ao princípio fundamental da 
ordem econômica de defesa do meio ambiente, baseado na utilização adequada dos recursos 
naturais disponíveis e preservação do meio ambiente dando efetividade ao princípio da função 
socioambiental da propriedade. Vejamos um resumo esquemático sobre o tema:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 68/97
Elaboração e Execução do Zoneamento Ecológico-Econômico
O Zoneamento Ecológico-Econômico Nacional e Regional deve ser elaborado e executado 
pelo Poder Público Federal (União) sempre que tiver por objeto biomas brasileiros ou 
territórios abrangidos por planos e projetos prioritários estabelecidos pelo Governo Federal, 
como o exemplo do ZEE para a Amazônia Legal feito pela União. Isso não impede que os 
Estados/DF possam colaborar com a construção do instrumento de planejamento. Nessa linha, 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 69/97
a União poderá, mediante celebração de termo apropriado, elaborar e executar o ZEE em 
articulação e cooperação com os Estados, cumpridos os requisitos previstos no Decreto.
Para elaboração desse ZEE nacional cabe ao Poder Público Federal recepcionar e sistematizar 
informações ambientais produzidas por ele e pelos demais entes federativos, tendo em vista a 
importância de harmonizar as ações governamentais para o desenvolvimento sustentável do 
país.  Nesse sentido, a União deverá reunir e sistematizar as informações geradas, inclusive 
pelos Estados e Municípios, bem como disponibilizá-las publicamente, devendo também 
reunir e compatibilizar as informações em um único banco de dados em todas as escalas 
cartográficas.
Essas informações geradas pelos Estados e Municípios devem obedecer a certos parâmetros 
para serem validadas pelo Poder Público Federal. Um dos critérios utilizados pelo Decreto é a 
forma de apresentação dos dados em escalas cartográficas específicas. Definiu a norma, em 
seu art. 6º-A, que o ZEE para fins de reconhecimento pelo Poder Público Federal deve gerar 
produtos e informações em escalas específicas. Isso porque o ZEE desempenhará funções 
diversas de acordo com a escala fixada para região ou localidade.
Para fins de curiosidade e melhor entendimento das escalas apresentadas no Decreto, 
informamos que em uma escala numérica, quanto maior for o seu denominador (o número que 
vem depois dos dois pontos), menor será a escala. Por outro lado, quanto menor for uma 
escala, menor será o nível de detalhamento. Assim, o nível de detalhamento de uma área será 
maior à medida que maior for sua escala. Tomemos como exemplo duas escalas apresentadas 
no Decreto Escala A = 1: 1.000.000 (um para um milhão) e Escala B = 1: 100.000 (1 para cem 
mil). A Escala “A” é menor, resultando em menor nível de detalhamento. Ao seu turno, a escala 
“B” é maior, fato que aumenta o grau de detalhamento da área referenciada. Normalmente, 
essas escalas maiores devem ser utilizadas nos ZEE locais, tendo o nacional e os de 
macrorregiões escalas menores, com menor nível de detalhamento.
No caso do ZEE nacional, o Decreto exige também que a escala de apresentação seja de 1: 
5.000.000, diferentemente das escalas do gráfico que são denominadas de escalas de 
referência. No nível local, se exige uma escala maior, com o objetivo de maior detalhamento 
das áreas a serem zoneadas para servirem de indicativos operacionais de gestão e 
ordenamento territorial na confecção do plano diretor municipal e dos planos ambientais e 
territoriais locais, bem como do uso das áreas de preservação permanente.
Essas escalas definem as funções diversas que o ZEE pode desempenhar. Quanto menor a 
escala, temos menor grau de detalhamento (caso da escala de 1: 1.000.000) servindo como 
indicativos estratégicos de uso do território e definição de prioridades em planejamento 
territorial e gestão de ecossistemas. Nas escalas maiores de 1: 250.000 serve como indicativo 
de gestão e ordenamento territorial estadual ou regional. Nas escalas de 1: 100.000 e maiores 
o ZEE serve como indicativos operacionais de gestão e ordenamento territorial 
fundamentando a elaboração do Plano Diretor municipal e do uso das áreas de preservação 
permanente
Para que os Zoneamentos Ecológico-Econômico estaduais, regionais e locais sejam 
reconhecidos pela União, porintermédio da Comissão Coordenadora do ZEE, para fins de 
uniformização e compatibilização com as políticas públicas federais, devem os ZEE ser 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 70/97
referendados pelas Comissões Estaduais do ZEE, devendo ser aprovados pelas 
Assembleias Legislativas dos respectivos Estados. Nos casos de ZEE regionais e locais, 
deve ficar caracterizada também a compatibilidade com o ZEE estadual.
A Comissão Coordenadora do ZEE do Território Nacional (CCZEE) é instância política 
superior do Programa ZEE Brasil sendo responsável por planejar, coordenar, acompanhar e 
avaliar a execução dos diversos processos de zoneamento ecológico-econômico (ZEE) de 
âmbito federal, bem como apoiar os diversos estados da federação na execução dos seus 
respectivos processos de zoneamento do território, compatibilizando-os com aqueles 
executados pelo Governo Federal. A CCZEE foi disciplinada pelo Decreto de 28 de dezembro 
de 2001, tendo como outras atribuições estabelecer as linhas estratégicas do Governo Federal 
quanto às decisões visando a elaboração do ZEE nacional e regionais, quando tiver por objeto 
biomas brasileiros ou territórios abrangidos por planos e projetos prioritários estabelecidos pelo 
Governo Federal.
A Comissão Coordenadora é assessorada tecnicamente pelo Grupo de Trabalho Permanente 
para a Execução do Zoneamento Ecológico-Econômico, denominado de Consórcio ZEE-Brasil, 
que tem como função principal a Execução do Zoneamento Ecológico-Econômico Nacional.
O Decreto 4.297/2002 atribui à União a elaboração do ZEE da Amazônia Legal tendo como 
referência o Mapa Integrado dos ZEE dos Estados e a participação de Estados e Municípios, 
bem como das Comissões Estaduais do ZEE e de representantes da sociedade. Cabe a CCZEE 
a coordenação dessa atividade.
Para elaboração e implementação do ZEE, o Decreto, nos arts. 7º ao 10, fixa os pressupostos 
necessários à consecução dessa finalidade. Exige que o ZEE atenda a pressupostos de ordem 
técnica, institucional e financeira. Os financeiros são regidos pela legislação pertinente. Dentre 
os pressupostos técnicos, os executores de ZEE deverão apresentar:
termo de referência detalhado;
equipe de coordenação composta por pessoal técnico habilitado;
compatibilidade metodológica com os princípios e critérios aprovados pela Comissão 
Coordenadora do Zoneamento Ecológico-Econômico do Território Nacional, instituída pelo 
Decreto de 28 de dezembro de 2001;
produtos gerados por meio do Sistema de Informações Geográficas, compatíveis com os 
padrões aprovados pela Comissão Coordenadora do ZEE;
entrada de dados no Sistema de Informações Geográficas compatíveis com as normas e 
padrões do Sistema Cartográfico Nacional;
normatização técnica com base nos referenciais da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas e da Comissão Nacional de Cartografia para produção e publicação de mapas e 
relatórios técnicos;
compromisso de disponibilizar informações necessárias à execução do ZEE; e
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 71/97
Questão 2020 | 553654064
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) de determinado estado da federação foi
produzido pela área técnica da Secretaria do Meio Ambiente e por renomados
professores da respectiva universidade estadual, sendo, portanto,
A) inválido, diante da ausência de ampla participação democrática.
B) válido pela quali�cada discussão presente na sua elaboração.
C) válido como fundamento para a elaboração de planos diretores municipais.
D) válido como fundamento para compensação de reserva legal.
E)
inválido, diante da ausência de participação de uma universidade federal presente no
território do estado.
Solução
Gabarito: A) inválido, diante da ausência de ampla participação democrática.
GABARITO: LETRA A.
O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) será inválido, diante da ausência de ampla
participação democrática. 
Basicamente a questão exige que candidato conheça as disposições do Decreto nº
4.297/02, este que regulamenta o Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE), também
chamado apenas de Zoneamento Ambiental, que é um instrumento da Política
Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81).
projeto específico de mobilização social e envolvimento de grupos sociais interessados.
Os pressupostos institucionais estão previstos no art. 9o   cabendo aos executores de ZEE 
apresentar:
arranjos institucionais destinados a assegurar a inserção do ZEE em programa de gestão 
territorial, mediante a criação de comissão de coordenação estadual, com caráter 
deliberativo e participativo, e de coordenação técnica, com equipe multidisciplinar;
base de informações compartilhadas entre os diversos órgãos da administração pública;
proposta de divulgação da base de dados e dos resultados do ZEE; e
compromisso de encaminhamento periódico dos resultados e produtos gerados à 
Comissão Coordenadora do ZEE.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 72/97
O ZEE é um instrumento de gestão do qual dispõe o governo, o setor produtivo e a
sociedade, cujo �m especí�co é delimitar geogra�camente áreas territoriais com o
objetivo de estabelecer regimes especiais de uso, gozo e fruição da propriedade, em
nível regional, estadual e municipal. 
De acordo com os arts. 4º e 6º Decreto nº 4.297/02, o processo de elaboração e
implementação do ZEE deve contar a ampla participação democrática e
representação da sociedade. Assim, inexistindo a participação democrática, haverá a
invalidade do instrumento em razão de mácula no seu processo de elaboração. 
Observe:
Art. 4º O processo de elaboração e implementação do ZEE:
I - buscará a sustentabilidade ecológica, econômica e social, com vistas a compatibilizar o
crescimento econômico e a proteção dos recursos naturais, em favor das presentes e
futuras gerações, em decorrência do reconhecimento de valor intrínseco à biodiversidade e
a seus componentes;
 II - contará com ampla participação democrática, compartilhando suas ações e
responsabilidades entre os diferentes níveis da administração pública e da sociedade civil;
e
III - valorizará o conhecimento cientí�co multidisciplinar.
(..)
 Art. 6º-C. O Poder Público Federal elaborará, sob a coordenação da Comissão
Coordenadora do ZEE do Território Nacional, o ZEE da Amazônia Legal, tendo como
referência o Mapa Integrado dos ZEE dos Estados, elaborado e atualizado pelo Programa
Zoneamento Ecológico-Econômico. 
Parágrafo único. O processo de elaboração do ZEE da Amazônia Legal terá a participação
de Estados e Municípios, das Comissões Estaduais do ZEE e de representações da
sociedade. 
Conteúdo do Zoneamento Ecológico-Econômico
As zonas são as unidades básicas territoriais do ZEE, devendo o território ser dividido em 
zonas de acordo com as necessidades de proteção, conservação e recuperação dos 
recursos naturais e do desenvolvimento sustentável.
A instituição dessas zonas tem como princípios norteadores a utilidade e a simplicidade de 
modo a facilitar a implementação de seus limites pelo Poder Público, bem como sua 
compreensão pelos cidadãos.
Existem requisitos mínimos para a definição de cada uma das zonas como a necessidade de 
elaboração do diagnóstico dos recursos naturais, da socioeconomia e do marco jurídico-
institucional; informações constantes do Sistema de Informações Geográficas; os cenários 
tendenciais e alternativos e as Diretrizes Gerais e Específicas.
Essas Diretrizes Gerais deverão conter no mínimo:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 73/97
Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição
atividades adequadas a cada zona, de acordo com sua fragilidade ecológica, capacidade de 
suporte ambiental e potencialidades;
necessidades de proteção ambiental e conservação das águas, do solo, do subsolo, da 
fauna e florae demais recursos naturais renováveis e não-renováveis;
definição de áreas para unidades de conservação, de proteção integral e de uso 
sustentável;
critérios para orientar as atividades madeireira e não-madeireira, agrícola, pecuária, 
pesqueira e de piscicultura, de urbanização, de industrialização, de mineração e de outras 
opções de uso dos recursos ambientais;
medidas destinadas a promover, de forma ordenada e integrada, o desenvolvimento 
ecológico e economicamente sustentável do setor rural, com o objetivo de melhorar a 
convivência entre a população e os recursos ambientais, inclusive com a previsão de 
diretrizes para implantação de infraestrutura de fomento às atividades econômicas;
medidas de controle e de ajustamento de planos de zoneamento de atividades econômicas 
e sociais resultantes da iniciativa dos municípios, visando a compatibilizar, no interesse da 
proteção ambiental, usos conflitantes em espaços municipais contíguos e a integrar 
iniciativas regionais amplas e não restritas às cidades; e
planos, programas e projetos dos governos federal, estadual e municipal, bem como suas 
respectivas fontes de recursos com vistas a viabilizar as atividades apontadas como 
adequadas a cada zona.
As alterações dos produtos do ZEE, bem como mudanças nos limites das zonas e indicação de 
novas diretrizes gerais e específicas, só poderão ser realizadas após decorridos prazo mínimo 
de dez anos de conclusão do ZEE, ou de sua última modificação, prazo este não exigível na 
hipótese de ampliação do rigor da proteção ambiental da zona a ser alterada, ou de 
atualizações decorrentes de aprimoramento técnico-científico. As alterações somente poderão 
ocorrer após consulta pública e aprovação pela comissão estadual do ZEE e pela Comissão 
Coordenadora do ZEE, mediante processo legislativo de iniciativa do Poder Executivo. A 
alteração do ZEE não poderá reduzir o percentual da reserva legal definido em legislação 
específica, nem as áreas protegidas, com unidades de conservação ou não.
Cumpre lembrar, por fim, que o novo Código Florestal (lei federal nº 12.651/2012) estabeleceu 
um prazo de cinco anos (art. 13, §2º) para que todos os Estados elaborassem e aprovassem 
seus ZEE, segundo metodologia unificada estabelecida em norma federal, fato que se exauriu 
em 2017.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 74/97
Zoneamento Industrial nas Áreas Críticas de Poluição - Lei 6.803/80
O Decreto-Lei nº 1.413/1975, ainda no momento da busca pela efetivação das diretrizes 
veiculadas na Conferência de Estocolmo-1972, dispôs sobre o controle da poluição do meio 
ambiente provocada por atividades industriais, determinando que as indústrias instaladas ou a 
se instalarem em território nacional são obrigadas a promover as medidas necessárias a 
prevenir ou corrigir os inconvenientes e prejuízos da poluição e da contaminação do meio 
ambiente.
A referida norma previu que nas áreas críticas, serão adotados esquemas de zoneamento 
urbano, objetivando, inclusive, para as situações existentes, viabilizar alternativa adequada de 
nova localização, nos casos mais graves, assim como, em geral, estabelecer prazos razoáveis 
para a instalação dos equipamentos de controle da poluição.
Regulamento esse zoneamento, a Lei 6.803/80 fixou as diretrizes básicas para o zoneamento 
industrial nas áreas críticas de poluição descritas no Decreto-Lei nº 1.413/1975.
Classificação das Zonas Industriais quanto à Natureza da Indústria
Prescreve o art. 1º, da Lei 6.803/80, que as zonas destinadas à instalação de indústrias, nas 
áreas críticas de poluição, serão definidas em esquema de zoneamento urbano, aprovado por 
lei, que compatibilize as atividades industriais com a proteção ambiental, sendo as zonas 
classificadas em três categorias: (1) zonas de uso estritamente industrial, (2) zonas de uso 
predominantemente industrial e (3) zonas de uso diversificado. Cumpre destacar que a 
norma permite que sejam criadas subcategorias de classificação pelo ente instituidor do 
zoneamento, desde que observadas as peculiaridades das áreas críticas a que pertençam 
e a natureza das indústrias nelas instaladas.
Para as indústrias já existes ao tempo da elaboração do zoneamento urbano, a Lei foi bem 
rigorosa para a época ao estatui que o não enquadramento na classificação fixada no 
zoneamento implicaria o ônus de instalação de equipamentos especiais de controle e, nos 
casos mais graves, à relocalização do empreendimento.
Para as zonas de uso estritamente industrial foram alocados, preferencialmente, os 
empreendimentos industriais cujos resíduos sólidos, líquidos e gasosos, ruídos, vibrações, 
emanações e radiações possam causar perigo à saúde, ao bem-estar e à segurança das 
populações, mesmo depois da aplicação de métodos adequados de controle e tratamento 
de efluentes.
Ao disciplinar as zonas de uso estritamente industrial, o Poder Público, na elaboração do 
zoneamento urbano, deve atentar para algumas características básicas que essas zonas devem 
apresentar. Uma delas é (1) a necessidade de a zona situar-se em áreas que apresentem 
elevadas capacidade de assimilação de efluentes e proteção ambiental, respeitadas 
quaisquer restrições legais ao uso do solo. Outra é (2) a obrigatoriedade de manutenção, em 
seu contorno, anéis verdes de isolamento capazes de proteger as zonas circunvizinhas 
contra possíveis efeitos residuais e acidentes. Exige a Lei ainda que essas zonas (3) devem 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 75/97
localizar-se em áreas que favoreçam a instalação de infraestrutura e serviços básicos 
necessários ao seu funcionamento e segurança.
Ao seu turno, as zonas de uso predominantemente industrial destinam-se, preferencialmente, 
à instalação de indústrias cujos processos, submetidos a métodos adequados de controle e 
tratamento de efluentes, não causem incômodos sensíveis às demais atividades urbanas e 
nem perturbem o repouso noturno das populações. Ao disciplinar as zonas de uso 
predominantemente industrial, o Poder Público, na elaboração do zoneamento urbano, deve 
atentar para algumas características básicas que essas zonas devem apresentar. Uma delas é a 
necessidade de                localizar-se em áreas cujas condições favoreçam a instalação 
adequada de infraestrutura de serviços básicos necessária a seu funcionamento e segurança, 
mesma exigência para as zonas de uso estritamente industrial. A outra exigência é que a zona 
de uso predominantemente industrial disponha, em seu interior, de áreas de proteção 
ambiental que minimizem os efeitos da poluição, em relação a outros usos.
As zonas industriais de uso diversificado destinam-se à localização de estabelecimentos 
industriais, cujo processo produtivo seja complementar das atividades do meio urbano ou 
rural que se situem, e com elas se compatibilizem, independentemente do uso de métodos 
especiais de controle da poluição, não ocasionando, em qualquer caso, inconvenientes à 
saúde, ao bem-estar e à segurança das populações vizinhas.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 76/97
Classificação das Zonas Industriais quanto ao Grau de Saturação
Outra classificação utilizada pela Lei 6.803/80 é quanto ao grau de saturação das zonas. As 
zonas industriais, independentemente da categoria, são classificadas em não saturadas, 
em vias de saturação e saturadas. Esse grau de saturação utiliza como critérios para sua 
aferição e estabelecimento de valores (1) a área disponível para uso industrial da 
infraestrutura, bem como dos (2) padrões e normas ambientais fixadas pelo Ibama e pelo 
Estado e Município, no limite das respectivas competências. Quanto maior o nível de 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n°6.938/81 77/97
Avaliação de Impacto Ambiental - AIA
saturação da zona mais diferenciadas serão as normas (mais rígidas) em relação ao controle da 
poluição e aquelas atinentes ao licenciamento da atividade industrial.
As zonas não saturadas são consideradas o padrão de referência para a aferição do grau de 
saturação que utilizam padrões ambientais como base. Nesse sentido, os critérios baseados em 
padrões ambientais serão estabelecidos tendo em vista as zonas não saturadas, tornando-
se mais restritivos, gradativamente, para as zonas em via de saturação e saturadas. Por outro 
lado, os critérios baseados em área disponível e infraestrutura existente, para aferição de 
grau de saturação em zonas de uso predominantemente industrial e de uso diversificado, serão 
fixados pelo Governo do Estado, sem prejuízo da legislação municipal aplicável.
Competência para licenciamento e classificação de zonas nas áreas críticas de poluição
É competência, como regra, dos Órgãos Estaduais de controle da poluição o licenciamento 
para implantação, operação e ampliação de estabelecimentos industriais, nas áreas críticas 
de poluição, devendo a atividade atender às normas e padrões ambientais definidos pelo 
IBAMA, pelos organismos estaduais e municipais competentes.
Caberá ainda aos Governos Estaduais aprovar a delimitação, a classificação e a implantação 
de zonas de uso estritamente industrial e predominantemente industrial, bem como definir 
os tipos de estabelecimentos que poderão ser implantados em cada uma das categorias de 
zonas industriais com base na Lei 6.803/80 e nas normas baixadas pelo IBAMA.
Cabe ainda aos Estados instalar e manter, nas zonas uso estritamente industrial e 
predominantemente industrial, serviços permanentes de segurança e prevenção de acidentes 
danosos ao meio ambiente, bem como fiscalizar o cumprimento dos padrões e normas de 
proteção ambiental.
Os Estados também têm a incumbência de administrar as zonas industriais de sua 
responsabilidade direta ou quando esta responsabilidade decorrer de convênios com a União. 
Isso porque no caso de zonas de uso estritamente industriais que se destinem à localização 
de polos petroquímicos, cloroquímicos, carboquímicos, bem como a instalações nucleares e 
outras definidas em lei, caberá exclusivamente à União a aprovação, autorização e delimitação 
dessas zonas, ouvidos os Estados e Municípios interessados. A aprovação dessas zonas será 
precedida de estudos especiais de alternativas e de avaliações de impacto, que permitam 
estabelecer a confiabilidade da solução a ser adotada, além dos estudos normalmente exigíveis 
para o estabelecimento de zoneamento urbano.
A Avaliação de Impacto Ambiental é um instrumento da PNMA que é exigido a toda 
atividade/empreendimento que possa causar danos ao meio ambiente.
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4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 78/97
A AIA serve como ferramenta de gestão do Poder Público objetivando a fiscalização da 
atividade/obra quanto a sua potencialidade lesiva ao meio ambiente, servindo de base para 
que órgão ambiental possa exigir do empreendedor as medidas mitigadoras, para a atenuação 
ou mesmo compensação pelos danos causados.
Segundo Omar Yazbek Bitar a Avaliação de Impacto Ambiental- AIA é um instrumento de 
gerenciamento ambiental preventivo, como o monitoramento ambiental e a auditoria 
ambiental, consistente em uma série de procedimentos legais, institucionais e técnicos-
científicos com o objetivo de caracterizar e identificar impactos potenciais na instalação 
futura de um empreendimento prevendo a magnitude e a importância desses impactos. A AIA 
deve ser exigida em qualquer empreendimento que possam acarretar danos ou impactos 
ambientais futuros, devendo ser sempre prévio à instalação e ao funcionamento da 
atividade/obra.
A Avaliação de Impacto Ambiental é gênero dos quais são espécies diversos estudos 
ambientais como o Estudo de Impacto Ambiental – EPIA e o Plano de Recuperação de área 
Degradada- PRAD. Corroborando esse entendimento, a Resolução Conama 237/1997 define os 
estudos ambientais como todos e quaisquer estudos relativos aos aspectos ambientais 
relacionados à localização, instalação, operação e ampliação de uma atividade ou 
empreendimento, apresentado como subsídio para a análise da licença requerida, tais como: 
relatório ambiental, plano e projeto de controle ambiental, relatório ambiental preliminar, 
diagnóstico ambiental, plano de manejo, plano de recuperação de área degradada e análise 
preliminar de risco.
Desses estudos ambientais, talvez o que tenha mais relevo para análise e incidência nos 
concursos, até por apresentar base constitucional, é o Estudo Prévio de Impacto Ambiental – 
EPIA e o seu Relatório de Impacto Ambiental – RIMA. A Constituição Federal, em seu art. 
225, §1º, IV, exige para instalação de obra ou atividade potencialmente causadora de 
significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto ambiental, devendo o 
órgão licenciador dar a devida publicidade ao instrumento preventivo.
A Resolução CONAMA 01/1986, embora anterior a CF/88, normatizou a necessidade de se 
estabelecerem as definições, as responsabilidades e os critérios básicos, bem como as 
diretrizes gerais para uso e implementação da Avaliação de Impacto Ambiental como um dos 
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.  Ao seu turno, a Resolução CONAMA 
237/1997 regulamentou os aspectos do licenciamento ambiental, definindo que a localização, 
construção, instalação, ampliação, modificação e operação de empreendimentos e atividades 
utilizadoras de recursos ambientais consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras, bem 
como os empreendimentos capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, 
dependerão de prévio licenciamento do órgão ambiental competente, sem prejuízo de 
outras licenças legalmente exigíveis.
Assim, qualquer empreendimento que desenvolva uma atividade efetiva ou potencialmente 
poluidoras do meio ambiente é obrigada a apresentar estudos ambientais, cabendo ao 
órgão ambiental competente definir os tipos de estudos que devem ser apresentados. Mas, 
sendo de significativo impacto aos bens ambientais, deverá o empreendedor apresentar o 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 79/97
EPIA e seu RIMA, além de outros estudos complementares, a critério do órgão ambiental 
responsável pelo licenciamento.
Estudo Prévio de Impacto Ambiental – EPIA
O texto constitucional exige o EPIA como condição para a instalação de obra ou atividade 
potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente. Atente para a leitura 
do texto da CF/88. Só se exige tal estudo para atividades causadoras de impactos ambientais 
significativos (conceito jurídico indeterminado). Assim, não havendo impactos ambientais 
significativos reconhecido pelo órgão ambiental competente, não se aplica a norma 
constitucional de exigência do EPIA, mas não autoriza, por si só, a dispensa de realização de 
outra avaliação de impacto ambiental, como por exemplo, a elaboração do Relatório Ambiental 
Preliminar.
Nessa quadra, podemos concluir que a exigência de elaboração de EPIA pelo empreendedor 
pressupõe impactos significativos e não apenas potencialmente degradantes ao meio 
ambiente.
O Supremo Tribunal Federal tem decidido pela inconstitucionalidade de legislações estaduais 
que tentam flexibilizar a norma contida no inciso IV, do § 1º do art. 225, da CF/88, dispensado 
o licenciamento ambiental e o consequente EPIA para atividades de significativos impactos 
ambientais. Vejamos como exemplo recente parte do julgamento da ADI 5.312/TO, de relatoria 
do Ministro Alexandre de Moraes:
2. A possibilidade de complementação da legislação federal para o atendimento de interesse 
regional (art. 24, § 2º, da CF) não permite que Estado-Membro dispense a exigênciade 
licenciamento para atividades potencialmente poluidoras, como pretendido pelo art. 10 da Lei 
2.713/2013 do Estado do Tocantins.
3. O desenvolvimento de atividades agrossilvipastoris pode acarretar uma relevante 
intervenção sobre o meio ambiente, pelo que não se justifica a flexibilização dos 
instrumentos de proteção ambiental, sem que haja um controle e fiscalização prévios da 
atividade.
4. A dispensa de licenciamento de atividades identificadas conforme o segmento econômico, 
independentemente de seu potencial de degradação, e a consequente dispensa do prévio 
estudo de impacto ambiental (art. 225, § 1º, IV, da CF) implicam proteção deficiente ao 
direito fundamental ao meio ambiente ecologicamente equilibrado (art. 225 da CF), cabendo 
ao Poder Público o exercício do poder de polícia ambiental visando a prevenir e mitigar 
potenciais danos ao equilíbrio ambiental.
O EPIA é um estudo de natureza prévia que antecede o empreendimento e é requisito 
essencial para o procedimento de licenciamento ambiental, não podendo ser feito a 
posteriori para legitimar a atividade em desenvolvimento. Ademais disso, o EPIA é um 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 80/97
estudo de natureza complexa exigindo equipe multidisciplinar para sua elaboração ficando 
a cargo do interessado os custos decorrentes desse estudo.
Outra característica do EPIA é seu caráter público conforme previsto na CF/88. Exige-se que 
ao EPIA seja dado publicidade em ordem a informar a todos sobre a obra ou atividade que será 
executada, possibilitando o poder de reação da coletividade titular do bem jurídico que se 
pretende proteger com o estudo (não pode tramitar no órgão ambiental sob sigilo). Mas para a 
efetividade dessa determinação constitucional, há necessidade de que a publicidade ocorra 
com a possiblidade de informar a sociedade de forma qualificada, inteligível e em linguagem 
simples, em face da complexidade técnica que reveste o EPIA. Nesse sentido, o EPIA deve ser 
acompanhado de um Relatório de Impacto Ambiental- RIMA documento que contém os 
objetivos e as justificativas do projeto, com a descrição dos possíveis impactos ambientais e das 
soluções mitigadoras, bem como as conclusões do EPIA sobre a viabilidade ou não do 
empreendimento.
Outro ponto que reforça o caráter público do EPIA-RIMA é a possibilidade de que o órgão 
licenciador, dentro de um juízo de conveniência e oportunidade, realize audiência pública 
para que a comunidade tenha ciência e participe efetivamente da elaboração dos referidos 
estudos. De acordo com a Resolução CONAMA 09/1987, a audiência é obrigatória quando 
requerida pelo Ministério Público (Estadual ou Federal), por entidades civis ou mesmo por no 
mínimo cinquenta cidadãos, podendo inclusive ser realizada mais de uma audiência para um 
mesmo licenciamento. A audiência pública, que deve ocorrer em local acessível aos 
interessados, tem por finalidade expor aos interessados o conteúdo do produto em análise e 
do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo dos presentes as críticas e sugestões a 
respeito.
O órgão ambiental competente, a partir da data do recebimento do RIMA, fixará em edital e 
anunciará pela imprensa local a abertura do prazo que será no mínimo de 45 dias para 
solicitação de audiência pública. No caso de haver solicitação de audiência pública e na 
hipótese do Órgão Estadual não a realizar, a licença concedida não terá validade.
Em função da localização geográfica dos solicitantes, e da complexidade do tema, poderá 
haver mais de uma audiência pública sobre o mesmo projeto de respectivo Relatório de 
Impacto Ambiental - RIMA.
Cumpre destacar que as conclusões levantadas no EPIA-RIMA não vinculam a administração 
ambiental no sentido de aceitar as indicações dos estudos.
Na verdade, cabe à Administração, de forma fundamentada (com análise técnica específica), 
decidir pela viabilidade ou não do empreendimento. Tome cuidado nas questões de concurso, 
notadamente de cunho subjetivo, posto que há certa divergência na doutrina quanto à 
vinculação ou não do órgão ambiental quanto às conclusos ventiladas no EIPA-RIMA.
As normas fundamentais que regem a exigência de estudos ambientais e principalmente da 
apresentação do EPIA-RIMA, são, além do referido disposto constitucional, a Lei 6.938/81- 
Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei 11. 105/2005 – Lei de Biossegurança e as Resoluções 
do CONAMA n. 01/86 e 237/97.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 81/97
A exigência do EPIA-RIMA é reflexo da concreção de vários princípios consagrados no Direito 
Ambiental, notadamente, o da prevenção, da precaução, da informação, da participação 
comunitária e do desenvolvimento sustentável. Mas talvez, como destaca Luís Paulo Sirvinskas, 
o princípio da prevenção seja o mais notório, considerando que o EPIA o implementa de forma 
efetiva visto que o estudo de impacto ambiental é obrigatoriamente prévio ao procedimento de 
licenciamento e tem por objetivo evitar ações que seriam prejudiciais ou irreversíveis ao meio 
ambiente.
Normas do Conama sobre o Estudo Prévio de Impacto Ambiental
A Resolução Conama 01/1986 trata da elaboração do Estudo de Impacto Ambiental-EPIA e 
do respectivo Relatório de Impacto Ambiental-RIMA, a serem submetidos à aprovação do 
órgão competente, com relação ao processo de licenciamento de atividades modificadoras 
do meio ambiente.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 82/97
Em seu art. 1º, da Resolução Conama 01/1986, define Impacto Ambiental como qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou 
indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população; as atividades sociais 
e econômicas; a biota; as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente; a qualidade dos 
recursos ambientais.
Como dito, a Constituição Federal, em seu art. 225, §1º, IV, exige para instalação de obra ou 
atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo 
prévio de impacto ambiental, devendo o órgão licenciador dar a devida publicidade ao 
instrumento preventivo.
A Resolução Conama 01/1986 elencou as atividades/obras que dependem de elaboração de 
estudo prévio de impacto ambiental- EPIA e respectivo relatório de impacto ambiental - RIMA, 
a serem submetidos à aprovação do órgão estadual competente, para seu regular processo de 
licenciamento.
As atividades descritas são consideradas pela doutrina majoritária como um rol meramente 
exemplificativo, no sentido de ser possível que outras atividades sejam submetidas à 
elaboração de EIA/RIMA, se aplicando sobre aquelas indicadas na Resolução o Princípio da 
Obrigatoriedade.
Tal entendimento pode ser extraído do entendimento do Ministro Herman Benjamin:
Na doutrina tem prevalecido o entendimento de que as hipóteses de atividades estabelecidas 
pela Resolução 1/1986 estão regidas pelo princípio da obrigatoriedade, segundo o qual a 
Administração deve, e não simplesmente pode, determinar a elaboração do EIA. Ou seja, o 
elenco constante do art. 2º somente é exemplificativo para possibilitar o acréscimo de 
atividades, sendo, porém, obrigatório quanto àquelas relacionadas. Há nesses casos, por 
assim dizer, uma presunção absoluta de necessidade, que retira o EIA do âmbito do poder 
discricionário da Administração.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 83/97
Cabe ao empreendedor, para as atividades listadas na Resolução o ônus da provar que seu 
empreendimento não é de significativo impacto ao meio ambiente, de modo a tornar 
desnecessária a elaboração do referido estudo ambiental. Vejamos de forma esquemática as 
atividadesque exigem EPIA/RIMA:
 Existem diretrizes gerais fixadas na Resolução Conama 01/1986, em seu art. 5º, que devem 
ser observadas na elaboração do EPIA, sem prejuízo de o órgão ambiental licenciador fixar 
diretrizes adicionais em face da natureza do empreendimento. Essas diretrizes visam de um 
modo geral orientar o órgão ambiental e o empreendedor na análise da viabilidade do projeto. 
São orientações norteadoras referente à identificação dos impactos positivos e negativos do 
empreendimento com a localização da área de influência do projeto, passando pela análise da 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 84/97
viabilidade locacional e tecnológica da atividade, bem como da compatibilidade com as 
políticas públicas ambientais aplicáveis à área do empreendimento.
 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 85/97
Existem diretrizes gerais fixadas na Resolução Conama 01/1986, em seu art. 5º, que devem ser 
observadas na elaboração do EPIA, sem prejuízo de o órgão ambiental licenciador fixar 
diretrizes adicionais em face da natureza do empreendimento. Essas diretrizes visam de um 
modo geral orientar o órgão ambiental e o empreendedor na análise da viabilidade do projeto. 
São orientações norteadoras referente à identificação dos impactos positivos e negativos do 
empreendimento com a localização da área de influência do projeto, passando pela análise da 
viabilidade locacional e tecnológica da atividade, bem como da compatibilidade com as 
políticas públicas ambientais aplicáveis à área do empreendimento.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 86/97
Quanto ao aspecto técnico, o estudo de impacto ambiental deve ser desenvolvido de forma a 
contemplar determinadas etapas e metas a serem atingidas. Nesse sentido, as seguintes 
atividades técnicas devem ser observadas:
Diagnóstico ambiental da área de influência do projeto completa descrição e análise dos 
recursos ambientais e suas interações, tal como existem, de modo a caracterizar a situação 
ambiental da área, antes da implantação do projeto, considerando:
a) o meio físico - o subsolo, as águas, o ar e o clima, destacando os recursos minerais, a 
topografia, os tipos e aptidões do solo, os corpos d'água, o regime hidrológico, as correntes 
marinhas, as correntes atmosféricas;
b) o meio biológico e os ecossistemas naturais - a fauna e a flora, destacando as espécies 
indicadoras da qualidade ambiental, de valor científico e econômico, raras e ameaçadas de 
extinção e as áreas de preservação permanente;
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 87/97
c) o meio socioeconômico - o uso e ocupação do solo, os usos da água e a socioeconômica, 
destacando os sítios e monumentos arqueológicos, históricos e culturais da comunidade, as 
relações de dependência entre a sociedade local, os recursos ambientais e a potencial 
utilização futura desses recursos.
Nessa etapa, é feito um diagnóstico ambiental em que se demonstra o funcionamento do 
ecossistema que será afetado pelo empreendimento descrevendo os atributos do meio físico, 
biológico e socioeconômico e suas interrelações identificando os processos existentes e 
fixando-se indicadores de qualidade. Busca-se descrever a dinâmica ambiental do local sem a 
influência da atividade degradante para se avaliar os impactos que serão gerados pela 
instalação do empreendimento, inclusive em nível socioeconômico.
Análise dos impactos ambientais do projeto e de suas alternativas, através de identificação, 
previsão da magnitude e interpretação da importância dos prováveis impactos relevantes, 
discriminando: os impactos positivos e negativos (benéficos e adversos), diretos e indiretos, 
imediatos e a médio e longo prazos, temporários e permanentes; seu grau de reversibilidade; 
suas propriedades cumulativas e sinérgicas; a distribuição dos ônus e benefícios sociais.
Essa etapa reflete a Avaliação de Impacto Ambiental propriamente dita. Nela temos a 
identificação e a previsão das alterações e do seu nível de intensidades que serão 
provocadas no meio ambiente. Quantifica-se os impactos positivos e negativos em sua 
temporalidade, bem como em seu grau de reversibilidade. Assim, é nessa fase de análise que 
se qualifica e quantifica os impactos advindos da implantação da atividade/obra.
Definição das medidas mitigadoras dos impactos negativos, entre elas os equipamentos 
de controle e sistemas de tratamento de despejos, avaliando a eficiência de cada uma 
delas.
Após a quantificação dos impactos negativos decorrente do suposto desenvolvimento da 
atividade/obra, são definidas as medidas mitigadoras, buscando reduzir as consequências do 
impacto que serão produzidas. Nesse sentido, são desenvolvidos sistemas de controle para as 
alterações dos processos, programas de compensação, bem como recuperação de áreas 
degradadas ou mesmo a instalação de equipamentos que vise diminuir os efeitos negativos do 
empreendimento. Busca-se nessa etapa verificar a viabilidade ambiental do projeto. 
Elaboração do programa de acompanhamento e monitoramento (os impactos positivos e 
negativos, indicando os fatores e parâmetros a serem considerados).
A etapa de elaboração de programas de acompanhamento e monitoramento consiste em um 
plano de ação ambiental voltado para o monitoramento dos impactos, o desenvolvimento de 
programas de gestão de gestão ambiental, bem como programas de compensação ambiental. 
O monitoramento ambiental consiste na realização de medições e/ou observações específicas, 
dirigidas a alguns poucos indicadores e parâmetros, com a finalidade de verificar se 
determinados impactos ambientais estão ocorrendo. 
Por fim, cumpre destacar que o estudo de impacto ambiental será realizado por equipe 
multidisciplinar habilitada, não dependente direta ou indiretamente do proponente do 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 88/97
projeto que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados. Todas as 
despesas e custos para elaboração do EPIA correrão por conta do proponente do projeto.
O EPIA é acompanhado de um Relatório de Impacto Ambiental- RIMA em linguagem de 
fácil entendimento para a coletividade que contém os objetivos e as justificativas do 
projeto, com a descrição dos possíveis impactos ambientais e das soluções mitigadoras, 
bem como as conclusões do EPIA sobre a viabilidade ou não do empreendimento.
Nesse sentido, o RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua 
compreensão. As informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por 
mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se 
possam entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as 
consequências ambientais de sua implementação.
A Resolução Conama 01/1986 também prevê regramentos para elaboração do Relatório de 
Impacto Ambiental- RIMA. O art. 9º, da referida norma exige que o relatório de impacto 
ambiental - RIMA reflita as conclusões do estudo de impacto ambiental contendo no mínimo:
Os objetivos e justificativas do projeto, sua relação e compatibilidade com as políticas 
setoriais, planos e programas governamentais;
A descrição do projeto e suas alternativas tecnológicas e locacionais, especificando para 
cada um deles, nas fases de construção e operação a área de influência, as matérias 
primas, e mão-de-obra, as fontes de energia, os processos e técnica operacionais, os 
prováveis efluentes, emissões, resíduos de energia, os empregos diretos e indiretos a 
serem gerados;
A síntese dos resultados dos estudos de diagnósticos ambiental da área de influência do 
projeto;
A descrição dos prováveis impactos ambientais da implantação e operação da atividade,considerando o projeto, suas alternativas, os horizontes de tempo de incidência dos 
impactos e indicando os métodos, técnicas e critérios adotados para sua identificação, 
quantificação e interpretação;
A caracterização da qualidade ambiental futura da área de influência, comparando as 
diferentes situações da adoção do projeto e suas alternativas, bem como com a hipótese 
de sua não realização;
A descrição do efeito esperado das medidas mitigadoras previstas em relação aos impactos 
negativos, mencionando aqueles que não puderam ser evitados, e o grau de alteração 
esperado;
O programa de acompanhamento e monitoramento dos impactos;
Recomendação quanto à alternativa mais favorável (conclusões e comentários de ordem 
geral).
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 89/97
Questão 2019 | 657626731
Como instrumento da Política Nacional do Meio Ambiente, o Estudo de Impacto Ambiental
A)
deve atender ao princípio da publicidade e da informação, garantindo a realização de
audiências públicas, que serão realizadas sempre que o órgão licenciador julgar
necessário, ou quando solicitado por entidade civil, pelo Ministério Público, ou por, no
mínimo, 100 pessoas.
B)
é um instrumento da PNMA que atende, de forma exemplar, o princípio da prevenção, devendo ser
realizado antes da concessão de licenças ambientais, o que impede, após a concessão de licença,
que seja exigido pelo órgão ambiental competente um estudo de impacto ambiental, diante de uma
nova situação preocupante com relação a impactos ao meio ambiente.
C)
é exigido, na forma da lei, para instalação de obra ou qualquer atividade potencialmente causadora
de qualquer tipo de degradação do meio ambiente, a que se dará a devida publicidade.
D)
será realizado por equipe multidisciplinar habilitada, dependente direta ou indiretamente do
proponente do projeto e que será responsável tecnicamente pelos resultados apresentados.
E)
se insere como ferramenta do licenciamento ambiental e as conclusões do Estudo de Impacto
Ambiental darão origem ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que deverá ser apresentado de
forma objetiva e adequada a sua compreensão.
Solução
Gabarito: E)
se insere como ferramenta do licenciamento ambiental e as conclusões do Estudo de
Impacto Ambiental darão origem ao Relatório de Impacto Ambiental (RIMA), que deverá
ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão.
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA é espécie do tipo Avaliação de Impacto
Ambiental. O texto constitucional exige o EPIA como condição para a instalação de obra
ou atividade potencialmente causadora de signi�cativa degradação do meio ambiente. Só
se exige tal estudo para atividades causadoras de impactos ambientais signi�cativos
(conceito jurídico indeterminado), nos termos do art. 225, §1º, IV, da CF/88.
Nessa linha, não havendo impactos ambientais signi�cativos reconhecido pelo órgão
ambiental competente, não se aplica a norma constitucional de exigência do EPIA, mas
não autoriza, por si só, a dispensa de realização de outra avaliação de impacto ambiental,
como por exemplo, a elaboração do Relatório Ambiental Preliminar. 
Esse EPIA é sempre público, multidisciplinar e obrigatório quando de signi�cativos
impactos ao meio ambiente.
A letra A está incorreta.
ERRADA.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 90/97
É discricionário do órgão licenciador, dentro de um juízo de conveniência e oportunidade,
realizar audiência pública para que a comunidade tenha ciência e participe efetivamente da
elaboração dos referidos estudos. De acordo com a Resolução CONAMA 09/1987, a
audiência é obrigatória quando requerida pelo Ministério Público (Estadual ou Federal), por
entidades civis ou mesmo por no mínimo cinquenta cidadãos, podendo inclusive ser
realizada mais de uma audiência para um mesmo licenciamento. A audiência pública, que
deve ocorrer em local acessível aos interessados, tem por �nalidade expor aos interessados
o conteúdo do produto em análise e do seu referido RIMA, dirimindo dúvidas e recolhendo
dos presentes as críticas e sugestões a respeito.
A letra B está incorreta.
ERRADA.
É um instrumento da PNMA previsto no art. 9º, III, da Lei 6.938/81, tendo em vista que é
uma espécie de Avaliação de Impacto Ambiental - AIA. O EPIA é também concretizador de
princípios fundamentais como o da prevenção e o da precaução, mas não impede que novos
estudos sejam apresentados em havendo mudanças fáticas que possam gerar danos ao meio
ambiente.
Isso porque a licença ambiental é um ato administrativo discricionário sui generis  que, a
depender do caso concreto, pode ser efetivamente vinculado ou discricionário. Nesse
sentido, corroborando o entendimento de que a licença ambiental não tem caráter
plenamente vinculado, o art.  19 da Resolução Conama 237/97 prevê as hipóteses de
modi�cação, suspensão ou mesmo de cancelamento da licença ambiental expedida.
A letra C está incorreta.
ERRADA.
O Estudo Prévio de Impacto Ambiental - EPIA é espécie do tipo Avaliação de Impacto
Ambiental. O texto constitucional exige o EPIA como condição para a instalação de obra ou
atividade potencialmente causadora de signi�cativa degradação do meio ambiente. Assim,
só se exige tal estudo para atividades causadoras de impactos ambientais signi�cativos
(conceito jurídico indeterminado), nos termos do art. 225, §1º, IV, da CF/88.
A letra D está incorreta. ERRADA.
O  estudo de impacto ambiental será realizado por equipe multidisciplinar habilitada, não
dependente direta ou indiretamente do proponente do projeto que será responsável
tecnicamente pelos resultados apresentados. Todas as despesas e custos para elaboração do
EPIA correrão por conta do proponente do projeto, nos termos do art. 7º, da Resolução
CONAMA 01/1986.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 91/97
A letra E está correta.
CERTA.
A EPIA serve como ferramenta de gestão do Poder Público objetivando a �scalização da
atividade/obra quanto a sua potencialidade lesiva ao meio ambiente, servindo de base para
que órgão ambiental possa exigir do empreendedor as medidas mitigadoras, para a
atenuação ou mesmo compensação pelos danos causados.
O EPIA é acompanhado de um Relatório de Impacto Ambiental- RIMA em linguagem de
fácil entendimento para a coletividade que contém os objetivos e as justi�cativas do projeto,
com a descrição dos possíveis impactos ambientais e das soluções mitigadoras, bem como
as conclusões do EPIA sobre a viabilidade ou não do empreendimento. Nesse sentido, o
RIMA deve ser apresentado de forma objetiva e adequada a sua compreensão. As
informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas,
quadros, grá�cos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possam
entender as vantagens e desvantagens do projeto, bem como todas as consequências
ambientais de sua implementação.
Política Nacional de Qualidade do Ar
A Política Nacional de Qualidade do Ar é uma peça-chave na proteção do meio ambiente e da 
saúde pública no Brasil, e a Lei que a institui estabelece claramente quem deve cumprir suas 
normas, o que se entende por qualidade do ar, e como essa qualidade deve ser monitorada e 
gerida.
A Lei n° 14.850/2024 institui a Política Nacional de Qualidade do Ar. Isso significa que todas as 
ações e medidas relacionadas à manutenção e melhoria da qualidade do ar no Brasil estão 
cobertas por esta política. Além disso, o artigo 1° define que a Lei trata dos princípios, objetivos, 
instrumentos e diretrizes para a gestão da qualidade do ar em todo o território nacional.
Segundo suas disposições, todas as pessoas e entidades, sejam elas públicas ou privadas, que 
emitem poluentes ou que são responsáveis pela gestão da qualidade do ar e pelo controle da 
poluição, devem obedecer às regras estabelecidas por esta Lei. 
O art. 2ºnos apresenta algumas definições importantes, assim, para entendermos a aplicação 
da Lei, é fundamental conhecer as definições específicas que ela utiliza:
I - Gestão da qualidade do ar: Refere-se ao conjunto de ações e procedimentos realizados 
tanto por entidades públicas quanto privadas com o objetivo de manter ou recuperar a 
qualidade do ar em uma determinada área. 
II - Padrão de qualidade do ar: Este é um critério usado para a gestão da qualidade do ar. Ele 
define o valor de concentração aceitável de um poluente específico na atmosfera, associado a 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 92/97
um período de exposição, para proteger o meio ambiente e a saúde da população dos riscos da 
poluição atmosférica.
III - Poluente atmosférico: Qualquer forma de matéria (sólida, líquida ou gasosa) que, em 
determinada quantidade, concentração ou tempo, torna o ar prejudicial à saúde, ao bem-estar 
público, aos materiais, à fauna, à flora ou às atividades comunitárias.
IV - Poluentes primários: Poluentes que são emitidos diretamente pelas fontes de poluição, 
sem passar por reações na atmosfera.
V - Poluentes secundários: Poluentes que se formam na atmosfera a partir de reações 
químicas entre outros poluentes.
VI - Controle de emissões: Refere-se aos processos, equipamentos ou sistemas destinados a 
reduzir ou prevenir a liberação de poluentes na atmosfera.
VII - Inventário de emissões de poluentes atmosféricos: É um conjunto de informações sobre 
as emissões de poluentes geradas por fontes específicas em uma área e período determinados.
VIII - Índice de Qualidade do Ar (IQAr): Um valor usado para comunicar à população sobre as 
concentrações dos poluentes monitorados e seus possíveis efeitos adversos à saúde.
IX - Emissão atmosférica: Liberação de poluentes no ar em uma área e período específicos, 
provenientes de fontes de poluição.
X - Fontes de emissão atmosférica: Atividades ou processos que resultam na liberação de 
poluentes, podendo ser de origem natural ou causada pelo homem, e podendo ser fixas, 
móveis ou difusas.
XI - Limite máximo de emissão: Quantidade máxima de poluentes que podem ser liberados 
por fontes de emissão antropogênicas (causadas pelo homem).
XII - Fonte fixa: Instalação ou equipamento localizado em um ponto fixo que emite poluentes 
de forma específica ou dispersa.
XIII - Fonte móvel: Veículos ou equipamentos móveis que emitem poluentes.
XIV - Fonte difusa: Fontes de poluentes que não são pontuais, espalhadas por uma área 
extensa.
XV - Prevenção: Ações e procedimentos destinados a evitar ou reduzir a geração de poluentes 
atmosféricos, minimizando a necessidade de equipamentos de controle.
XVI - Modelagem atmosférica: Simulações numéricas para entender como os poluentes se 
dispersam e reagem na atmosfera, ajudando a prever variações temporais e espaciais desses 
poluentes.
XVII - Monitoramento da qualidade do ar: Acompanhamento das concentrações de poluentes 
no ambiente e dos parâmetros que podem influenciar essas concentrações.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 93/97
XVIII - Controle social: Condições que garantem aos cidadãos acesso às informações sobre a 
qualidade do ar, visando melhorar sua gestão.
A compreensão destes conceitos é fundamental para qualquer candidato a concurso público 
que esteja estudando legislação ambiental. 
Temos também que nos atentar aos 8 princípios e aos 8 objetivos trazidos pela lei, assim, 
vejamos uma tabela, de modo a sistematizar e evitar confusões entre os dois:
Princípios Objetivos
I - a prevenção e a precaução;
II - o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III - o desenvolvimento sustentável;
IV - o respeito às diversidades locais e regionais;
V - o direito da sociedade à informação e ao 
controle social;
VI - a razoabilidade e a proporcionalidade;
VII - o cuidado com as populações mais 
vulneráveis, especialmente os grupos sensíveis; 
e
VIII - a visão sistêmica, na gestão da qualidade 
do ar, que considere as diferentes fontes de 
emissões e as variáveis ambiental, social, 
cultural, econômica, tecnológica e de saúde 
pública.
I - assegurar a preservação da saúde 
pública, do bem-estar e da qualidade 
ambiental para as presentes e futuras 
gerações;
II - assegurar o adequado monitoramento 
da qualidade do ar;
III - fomentar a pesquisa científica aplicada 
à tecnologia e à inovação;
IV - reduzir progressivamente as emissões 
e as concentrações de poluentes 
atmosféricos;
V - propor e estimular a adoção, o 
desenvolvimento e o aprimoramento de 
tecnologias limpas, com vistas à proteção 
da saúde e à melhoria da qualidade do ar;
VI – alinhar-se com as políticas de 
combate à mudança do clima;
VII - assegurar o acesso amplo a dados e 
informações públicas atualizadas de 
monitoramento e de gestão da qualidade 
do ar; e
VIII - fortalecer a gestão da qualidade do ar 
nos órgãos e nas entidades que integram o 
Sistema Nacional do Meio Ambiente 
(Sisnama).
Política Nacional de Qualidade do Ar: Instrumentos, Monitoramento e Gestão
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 94/97
A Política Nacional de Qualidade do Ar dispõe sobre diversos instrumentos essenciais para 
garantir a manutenção e a melhoria da qualidade do ar no Brasil.
Art. 5º São instrumentos da Política Nacional de Qualidade do Ar:
I - os limites máximos de emissão atmosférica;
II - os padrões de qualidade do ar;
III - o monitoramento da qualidade do ar;
IV - o inventário de emissões atmosféricas;
V - os planos, os programas e os projetos setoriais de gestão da qualidade do ar e de controle 
da poluição por fontes de emissão;
VI - os modelos de qualidade do ar, os estudos de custo-efetividade e a proposição de cenários;
VII - os conselhos de meio ambiente e, no que couber, os de saúde, bem como os órgãos 
colegiados estaduais e municipais destinados ao controle social;
VIII - o Sistema Nacional de Gestão da Qualidade do Ar (MonitorAr);
IX - os incentivos fiscais, financeiros e creditícios; e
X - o Fundo Nacional do Meio Ambiente, o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e o 
Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. 
Primeiramente, são estabelecidos os limites máximos de emissão atmosférica e os padrões de 
qualidade do ar, que são valores de concentração de poluentes que não devem ser 
ultrapassados para proteger a saúde pública e o meio ambiente. Esses padrões e limites são 
acompanhados pelo monitoramento constante da qualidade do ar, realizado por uma rede de 
estações de monitoramento.
Além disso, é necessário manter um inventário de emissões atmosféricas, que documenta 
todas as fontes de poluição e suas respectivas emissões em uma área específica. Este 
inventário é uma ferramenta crucial para entender e gerenciar a poluição do ar. Planos, 
programas e projetos setoriais de gestão da qualidade do ar e controle da poluição também são 
fundamentais. Esses planos detalham as ações a serem tomadas para reduzir a poluição e 
melhorar a qualidade do ar em diferentes setores.
Outro instrumento importante é a utilização de modelos de qualidade do ar, estudos de custo-
efetividade e proposição de cenários, que ajudam a prever os impactos das emissões e a 
efetividade das medidas de controle. Os conselhos de meio ambiente, saúde e outros órgãos 
colegiados desempenham um papel significativo no controle social, garantindo a participação 
da sociedade na gestão da qualidade do ar.
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A política também prevê incentivos fiscais, financeiros e creditícios para estimular ações de 
prevenção e redução de emissões de poluentes. O Fundo Nacional do Meio Ambiente, o 
Fundo Nacional sobre Mudança do Clima e o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e 
Tecnológicosão algumas das fontes de financiamento para essas iniciativas.
Monitoramento e Avaliação da Qualidade do Ar
O monitoramento da qualidade do ar é responsabilidade dos órgãos e instituições integrantes 
do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), que devem criar uma Rede Nacional de 
Monitoramento da Qualidade do Ar. A União, através do Ministério do Meio Ambiente e 
Mudança do Clima, tem o papel de apoiar tecnicamente essa rede, enquanto os estados e o 
Distrito Federal devem coordenar as ações locais e integrar os dados no sistema nacional.
Os estados e o Distrito Federal também devem elaborar relatórios anuais de avaliação da 
qualidade do ar, divulgando os dados de forma acessível ao público. O monitoramento das 
fontes fixas de emissão deve seguir os termos estabelecidos nos respectivos licenciamentos 
ambientais, e esses dados também devem ser integrados ao MonitorAr, sistema nacional de 
gestão da qualidade do ar.
Controle das Fontes Poluidoras
A fixação de limites máximos de emissão leva em conta as melhores práticas e tecnologias 
disponíveis, a viabilidade técnica e econômica, o impacto ambiental e as informações técnicas 
dos fabricantes de equipamentos de controle de poluição. O inventário de emissões 
atmosféricas deve ser elaborado conforme regulamento específico, com a colaboração dos 
municípios na coleta de informações sobre circulação de veículos e outras fontes de emissão.
Planos de Gestão da Qualidade do Ar
São definidos planos de gestão em três níveis: nacional, estadual e para episódios críticos de 
poluição. O Plano Nacional de Gestão da Qualidade do Ar, elaborado pela União, tem vigência 
de 20 anos e é atualizado a cada 4 anos. Ele inclui um diagnóstico das principais fontes de 
emissão, proposição de cenários e metas para programas e ações.
Os órgãos ambientais estaduais e do Distrito Federal devem elaborar seus planos de gestão da 
qualidade do ar dentro de dois anos após a publicação dos inventários estaduais de emissões. 
Esses planos devem incluir diagnósticos, cenários, metas e diretrizes, bem como planejamento 
para a expansão da rede de monitoramento.
Sistema Nacional de Gestão da Qualidade do Ar
O MonitorAr integra e divulga os dados das estações estaduais e distrital de monitoramento. 
Para a divulgação em tempo real, os órgãos ambientais devem utilizar o Índice de Qualidade do 
Ar (IQAr), conforme metodologia definida no Guia Técnico para o Monitoramento e a Avaliação 
da Qualidade do Ar.
Incentivos Fiscais, Financeiros e Creditícios
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O poder público deve instituir medidas indutoras e linhas de financiamento para iniciativas de 
prevenção e redução de emissões, capacitação e pesquisa, desenvolvimento de sistemas de 
gestão ambiental e implementação dos programas de controle da poluição. As instituições 
oficiais de crédito podem estabelecer critérios diferenciados para facilitar o acesso ao crédito 
para investimentos produtivos que atendam às diretrizes desta lei.
A elaboração dos inventários, planos de qualidade do ar, programas de controle e relatórios de 
avaliação é condição para que estados e o Distrito Federal tenham acesso a recursos da União 
destinados à qualidade do ar e ao controle da poluição. O não cumprimento desta lei sujeita os 
infratores às penalidades previstas na legislação.
Com essa estrutura, a Política Nacional de Qualidade do Ar busca garantir a proteção do meio 
ambiente e da saúde pública, promovendo ações coordenadas entre União, estados, municípios 
e a sociedade para enfrentar os desafios da poluição atmosférica no Brasil.
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4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 97/97
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https://cj.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/0621a394-34cb-4284-919e-19ac1f98d56fconsiderando que são limitados.
A previsão expressa desse objetivo específico na PNMA evidencia, para consecução do 
objetivo geral de preservação, melhoria e recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, 
a necessidade de colaboração de diversas áreas do saber, notadamente de cunho científico e 
tecnológico visando contribuir para a utilização racional dos recursos ambientais.
Cumpre destacar, por fim, que o uso de tecnologias que promovam o uso racional dos recursos 
naturais é mais um instrumento de harmonização entre a preservação ambiental e o 
desenvolvimento econômico. Isso porque além de contribuir para a manutenção de um meio 
ambiente propício à vida, impulsiona o rendimento e a produtividade de determinados setores 
da economia.
Difusão de tecnologias de manejo do meio ambiente, a Divulgação de dados e informações 
ambientais e a Formação de uma consciência pública sobre a necessidade de preservação 
da qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico
São três objetivos previstos no inciso V, do art. 4º, da Lei 6.938/81, quais sejam, (1) difundir 
tecnologias de manejo do meio ambiente; (2) divulgar dados e informações ambientais (3) 
formar uma consciência pública sobre a necessidade de preservação da qualidade 
ambiental e do equilíbrio ecológico.
Já vimos que o desenvolvimento da tecnologia nas questões ambientais contribui para o uso 
racional dos recursos naturais possibilitando uma melhor eficiência na utilização desses bens 
escassos. Mas de nada adianta o desenvolvimento de tecnologias sem a possibilidade de 
divulgação de sua existência bem como de seu acesso. Nesse sentido, cabe ao Poder Público 
efetivar a divulgação dessas tecnologias e de outros dados ambientais de forma a possibilitar 
que todos tenham conhecimento de sua existência e condições de poder utilizá-las para 
proteção do bem ambiental.
A busca pela formação de uma consciência pública quanto à necessidade de preservação da 
qualidade ambiental e do equilíbrio ecológico ganha concretude com a edição da lei 9.795/99 
que instituiu o Programa Nacional de Educação Ambiental-PNEA reforçando o 
comprometimento de todos com a necessidade de conscientização da sociedade quanto à 
importância de preservar o meio ambiente por meio da educação ambiental.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 9/97
Preservação e Restauração dos recursos ambientais com vistas à sua utilização racional e 
disponibilidade permanente, concorrendo para a manutenção do equilíbrio ecológico 
propício à vida
São dois objetivos específicos da PNMA previstos no inciso VII, (1) a preservação dos 
recursos naturais e (2) a restauração desses recursos objetivando sua utilização racional e 
disponibilidade permanente.
Preservar é proteger o bem ambiental independente de seu valor econômico ou da utilidade 
que tem para o homem. A ideia é manter a intangibilidade do recurso natural. Por outro lado, 
conservar é sinônimo de resguardar o bem ambiental com certo valor utilitário, aliado ao uso 
racional com desenvolvimento de técnicas de manejo para manter a disponibilidade e 
permanência do recurso natural. Nesse sentido, entendemos que o legislador não foi feliz ao 
utilizar o termo “preservar” tendo em vista os princípios e demais objetivos traçados na PNMA.
De fato, o objetivo principal da PNMA é a busca pelo desenvolvimento sustentável, 
equacionando o desenvolvimento econômico, a equidade social e a conservação ambiental. 
Assim, a palavra “preservar” deve ser interpretada sempre no sentido de “conservar”, isto é, 
possibilitar que o bem ambiental seja explorado pelo homem de forma sustentável com uso de 
técnicas de manejo (uso racional dos bens ambientais).
A restauração, conforme já assentado neste material, é a restituição de um ecossistema 
degradado a uma condição mais semelhante possível ao seu estado natural. É restituir o sistema 
ao status quo ante. Não pode ser confundido com o vocábulo “recuperar” que consiste em 
afastar a pecha da degradação, sem necessariamente restituir o sistema ao estado anterior. 
Melhor dizendo, a restauração objetiva restituir o ambiente antropizado ao status quo ante, não 
implicando dizer que essa restituição deva ser de 100%, mas, a depender do caso concreto, a 
mais próxima possível de sua condição original. Ao seu turno, recuperar um ecossistema 
degradado, consiste em restituir esse ambiente a uma condição não degradada, que não 
precisa ser igual ou próxima da condição originária.
Imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os danos 
causados, e ao usuário, de contribuição pela utilização de recursos ambientais com fins 
econômicos.
Esse objetivo específico de imposição ao poluidor e ao predador da obrigação de recuperar 
os danos causados consagra o princípio do poluidor-pagador.
Nessa linha, a lei 6.938/81 previu, antes mesmo da CF/88, o referido princípio fixando a 
responsabilização civil de indenizar/recuperar do poluidor/predador pelos danos causados ao 
meio ambiente.
O objetivo específico de o usuário contribuir pela utilização de recursos ambientais com fins 
econômicos, consagra o princípio do usuário-pagador, na busca da valorização e da 
conscientização de que o bem ambiental é um recurso esgotável e que deve ser usado de 
forma racional e equilibrada.
O princípio do poluidor-pagador é um instrumento econômico que exige que o poluidor 
suporte as despesas de prevenção, reparação e repressão de danos ambientais. O poluidor 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 10/97
Princípios da Política Nacional do Meio Ambiente
deve responder pelos custos socais pela degradação causada. O poluidor deve suportar as 
consequências negativas de sua atividade e não deixar para sociedade o ônus da degradação 
ambiental por ele produzida, buscando-se, com isso, evitar a privatização de lucros e a 
socialização de perdas. O poluidor tem o dever de eliminar essas externalidades negativas.
O princípio do usuário-pagador tem fundamento no mesmo matiz principiológico do 
princípio do poluidor-pagador, qual seja, a responsabilização jurídica e econômica pelos danos 
causados ao meio ambiente com o propósito de evitar que as externalidades negativas 
geradas pelas atividades de produção e consumo sejam suportadas pela sociedade.
O objetivo do princípio, segundo Ingo Sarlet, é orientar normativamente o usuário de recursos 
naturais no sentido de adequar suas práticas de consumo buscando despertar a consciência 
para o uso racional e sustentável do bem ambiental. O usuário, portanto, tem a obrigação de 
pagar pela utilização dos recursos naturais, mesmo que não venha provocar qualquer tipo de 
dano ao meio ambiente.
O art. 2º, da Lei 6.938/81, normatiza os princípios da PNMA para consecução do objetivo 
geral na busca pelo desenvolvimento sustentável.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
É cediço na doutrina que embora o legislador tenha utilizado a expressão “princípios”, na 
verdade, se tratam de verdadeiras metas ou programas de atuação a serem executados 
pelo Estado para atingir os objetivos colimados pela norma.
Passaremos a análise dos “princípios” (metas/programas/ações) previstos no art. 2º da PNMA 
objetivando alcançar uma noção geral de cada um.
Ação Governamental na Manutenção do Equilíbrio Ecológico, considerando o meio 
ambiente como um Patrimônio Público a ser necessariamente assegurado e protegido, 
tendo em vista o uso coletivo
O Princípio da Ação Governamental visa concretizar a atuação do Poder Público em defesa 
do patrimônio ambiental na busca do equilíbrio ecológico. Esse princípio, mesmo antes da 
CF/88, reconhece o meio ambiente como um patrimônio público que deve ser protegido por 
todos, sendo precursor da previsão constitucional do art. 225, caput. Assim, é correto afirmar 
que a Lei da PNMA foi o principal dispositivo legal, anterior a CF/88, a reconhecer de formahttps://cj.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/0621a394-34cb-4284-919e-19ac1f98d56f
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https://cj.estrategia.com/cadernos-e-simulados/cadernos/0621a394-34cb-4284-919e-19ac1f98d56fexpressa a necessidade de proteção do meio ambiente como um bem difuso, de titularidade 
coletiva, obrigando o Estado a prática de ações visando atingir esse objetivo maior.
Para consecução desse princípio, várias normas foram editadas, como o Código Florestal (Lei 
12.651/2012), a Lei do Sistema Nacional de Unidade de Conservação (Lei 9.985/2000), a Lei 
de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), dentre outros normativos infralegais que dão mais 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 11/97
efetividade a esse princípio, como as Resoluções do CONAMA e as Instruções Normativas de 
diversas entidades ambientais.
Por fim, temos o Decreto n. 99.274/1990 que regulamenta a Lei 6.987/81, e dispõe sobre a 
execução da Política Nacional do Meio Ambiente impondo ao Poder Público diversas 
incumbências, dentre elas, a necessidade de a administração ambiental manter a fiscalização 
permanente dos recursos ambientais, visando à compatibilização do desenvolvimento 
econômico com a proteção do meio ambiente e do equilíbrio ecológico.
Racionalização do Uso do solo, do subsolo, da água e do ar
A utilização racional do uso dos recursos naturais (solo, subsolo, água, ar, entre outros) foi 
ventilada no princípio 14 da Declaração de Estocolmo de 1972, que previu o planejamento 
racional como um instrumento indispensável para conciliar as diferenças que possam surgir 
entre as exigências do desenvolvimento e a necessidade de proteger e melhorar o meio 
ambiente.
Esse princípio foi internalizado inicialmente pelo Decreto 73.030/1973 que criou a Secretaria 
Especial do Meio Ambiente –SEMA e previu que sua atuação deveria estar orientada para a 
conservação do meio ambiente e o uso racional dos recursos naturais. Posteriormente, esse 
princípio teve sua consolidação com a edição da Lei 6.938/81 que previu como objetivo da 
PNMA a racionalização do uso do solo, subsolo, da água e do ar.
A legalização desse princípio visou realçar a importância desses recursos naturais para a 
manutenção da vida no planeta, considerando que são os diretamente afetados por atividades 
poluentes, de forma a servir de azimute para as ações governamentais no desenvolvimento de 
políticas públicas capazes de fomentar o uso racional desses recursos.
Para maior aprofundamento sobre o uso racional dos recursos naturais, faremos um estudo da 
legislação específica sobre uso e ocupação do solo, gestão da água, bem como sobre o uso do 
ar.
Planejamento e Fiscalização do uso dos recursos ambientais
O planejamento, enquanto ferramenta de gestão, é um instrumento que busca antecipar 
ações para consecução de estratégias programadas visando atingir um objetivo específico.
Nesse sentido, o Poder Público na tutela dos recursos ambientais necessita planejar suas ações 
visando uma atuação preventiva na tutela desses bens, devendo desenvolver planos, objetivos e 
metas a serem atingidas para consecução do objetivo estatuído no caput do art. 2º, da PNMA 
(o Estado deve fixar as diretrizes da política ambiental do País). A atuação estatal sem 
planejamento leva a proteção deficiente desses bens, maculando o referido princípio.
A necessidade de planejamento pela Administração Pública é um dever previsto 
expressamente na Constituição Federal de 1988, em seu art. 174, vejamos:
Art.  174 – Como agente normativo e regulador da atividade econômica, o Estado exercerá, na 
forma da lei, as funções de fiscalização, incentivo e planejamento, sendo este determinante 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 12/97
para o setor público e indicativo para o setor privado.
Com isso, o Estado não pode obrigar o particular a determinada prática de uso de recursos 
naturais que estejam submetidos ao regime de propriedade privada, por outro lado, poderá 
estabelecer modelos de utilização que visem à escorreita tutela do meio ambiente. 
O princípio da fiscalização é fundamental na tutela efetiva do bem ambiente. Ele se manifesta 
em parte pela execução das normas protetivas dos recursos naturais por meio do exercício do 
poder de polícia ambiental. Cabe ao Estado fiscalizar as atividades/obras que possam causar 
danos ao meio ambiente devendo atuar de forma preventiva e repressiva disciplinando o uso 
desses bens.
Proteção dos Ecossistemas, com a preservação de áreas representativas
O princípio da proteção dos ecossistemas visa estabelecer na elaboração das políticas 
públicas ambientais a necessidade do desenvolvimento de mecanismos capazes de tutelar 
de forma adequada certas áreas que contenham relevante interesse ecológico.
Esse princípio esculpido na PNMA serviu de inspiração ao legislador constituinte ao 
estabelecer que incumbe ao Poder Público a missão definir, em todas as unidades da 
Federação, espaços territoriais e seus componentes a serem especialmente protegidos (art. 
225, §1º, III, da CF/88).
Dando concretude a esse princípio, temos a Lei 9.985/2000 que institui o Sistema Nacional de 
Unidades de Conservação da Natureza – SNUC, estabelecendo critérios e normas para a 
criação, implantação e gestão das unidades de conservação, bem como a Lei 12.651/2012 
(Código Florestal) que estabeleceu normas gerais sobre a proteção da vegetação, das áreas de 
Preservação Permanente e das áreas de Reserva Legal.
Controle e Zoneamento das atividades potencial ou efetivamente poluidoras
O princípio do controle e do zoneamento das atividades potencialmente causadoras de 
impactos ambientais visa possibilitar ao Poder Público a utilização de instrumento que 
forneçam os meios de atuação através dos quais executará as normas ambientais, com a 
finalidade de condicionar as obras/atividades às finalidades da PNMA.
O objetivo do princípio é o controle das atividades potencial ou efetivamente poluidoras, que 
devem estar sujeitas a leis especiais de uso e ocupação do solo, bem como obedecer a 
zoneamentos específicos e a diretrizes de planejamento   ambiental.
O zoneamento ambiental é um instrumento da PNMA (art. 9, II) que visa delimitar áreas que 
apresentam atributos específicos para que sejam desenvolvidas atividades compatíveis com 
essas características. O objetivo é o uso sustentável dos bens ambientais, permitindo o 
equilíbrio entre o desenvolvimento econômico, a equidade social e a proteção ambiental. 
Nesse sentido, o zoneamento tem por fim regular o uso dos recursos naturais visando o 
desenvolvimento sustentável de uma região.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 13/97
Esse inciso foi regulamentado pelo Decreto 4.297/2002 definindo o zoneamento (Zoneamento 
Ecológico-Econômico – ZEE) como instrumento da PNMA obrigatório para implementação de 
planos, obras e atividades públicas e privadas, visando organizar as decisões dos agentes 
quanto aos planos, programas, projetos e atividades que, direta ou indiretamente, utilizem 
recursos naturais, assegurando a plena manutenção do capital e dos serviços ambientais dos 
ecossistemas.
Incentivos ao Estudo e à Pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a 
proteção dos recursos ambientais
O princípio do incentivo ao estudo e à pesquisa de tecnologias voltadas ao uso racional dos 
bens ambientais teve seu fundamento no Princípio 18 da Declaração de Estocolmo, 
devendo a ciência e a tecnologia serem utilizadas para descobrir, evitar e combater os 
riscos que ameaçam o meio ambiente, servindo como instrumento de resolução dos 
problemas ambientais e, em última instância, protetiva do direito à sadia qualidade de vida.
Segundo Paulo de Bessa Antunes, embora louvável a previsão do incentivo ao estudo e à 
pesquisa de tecnologias orientadas para a proteção dos recursos ambientais como elementos 
essenciais, é de se reconhecer que a pesquisa de tecnologias não foge à realidade nacional de 
escassez de recursos destinados ao desenvolvimento científico.
Esse dispositivo teveseu reforço normativo no art. 13, da Lei da PNMA,  determinando que o 
Poder Público incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, fixando, como regra, a 
obrigatoriedade dos órgãos,  entidades,  e  programas  do Poder Público, destinados ao 
incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas,  considerarem,  entre  as  suas  metas  
prioritárias,  o apoio      aos      projetos      que      visem      adquirir      e      desenvolver 
conhecimentos básicos aplicáveis na área ambiental e ecológica. Vejamos o normativo:
Art. 13 – O Poder Executivo incentivará as atividades voltadas ao meio ambiente, visando:
I –ao  desenvolvimento,  no  País,  de  pesquisas  e  processos tecnológicos  destinados  a  
reduzir  a  degradação  da  qualidade ambiental;
II –à fabricação de equipamentos antipoluidores;
III –a  outras iniciativas  que  propiciem  a  racionalização  do uso de recursos ambientais.
Parágrafo  único –Os  órgãos,  entidades,  e  programas  do Poder Público, destinados ao 
incentivo das pesquisas científicas e tecnológicas,  considerarão,  entre  as  suas  metas  
prioritárias,  o apoio      aos      projetos      que      visem      a      adquirir      e      desenvolver 
conhecimentos básicos aplicáveis na área ambiental e ecológica.
Acompanhamento do Estado da Qualidade Ambiental
O princípio do acompanhamento da qualidade ambiental é uma ferramenta de gestão da 
higidez dos bens ambientais no tempo.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 14/97
Nesse sentido, o referido normativo visa obrigar o Poder Público a implementar um sistema 
permanente de acompanhamento dos índices locais de qualidade ambiental para garantia de 
um meio ambiente ecologicamente equilibrado.
É pelo monitoramento eficaz de uma atividade potencialmente poluidora, por exemplo, que se 
efetiva uma tutela preventiva do ilícito evitando danos irreversíveis ao meio ambiente. Assim, 
com o monitoramento da qualidade ambiental terá o Poder Público elementos objetivos 
suficientes para efetivar o planejamento de suas ações, melhorando o processo de execução 
dos programas com a produção de efeitos concretos protetivos dos bens ambientais.
Cuidado! Para fins de provas objetivas, há previsão no art. 4º, da Lei da PNMA, que o 
estabelecimento de critérios e padrões da qualidade ambiental é um objetivo da PNMA e não 
um princípio. Objetivamente falando, eis o esquema:
Recuperação de Áreas Degradadas 
O princípio da recuperação da área degrada impõe ao Poder Público e ao poluidor o dever 
de restituir o meio ambiente a um estágio não degradado, embora não necessariamente 
igual a sua forma natural. Busca-se retirar a degradação permitindo um reequilíbrio do 
sistema ecológico, visando a utilização do bem ambiental por toda a coletividade.
Assim, qualquer área degrada (perdeu ou se reduziu algumas de suas propriedades) que não 
atenda as normas de uso e ocupação do solo devem ser recuperadas (o retorno do sítio 
degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do 
solo, visando a obtenção de uma estabilidade do meio ambiente), sendo obrigação do 
possuidor, proprietário, poluidor ou mesmo do Poder Público. A norma principiológica atinge a 
todos, tenha ou não provocado o dano.
Buscando dar efetividade ao princípio, previu o art. 4º, inciso VII, da Lei da PNMA, que o 
poluidor e o predador devem recuperar e/ou indenizar os danos causados ao meio ambiente.
Nessa linha, cumpre lembrar que a Carta Política constitucionalizou esse princípio ao 
estabelecer em seu art. 225, a necessidade de responsabilizar o infrator pelos danos causados 
ao meio ambiente, independentemente da obrigação de reparar o dano (responsabilidade civil 
objetiva).
Para as atividades de mineração, a CF/88 foi mais enfática, ao prescrever a obrigatoriedade de 
recuperar o meio ambiente degradado para o explorador de recursos minerais. Vejamos os 
normativos:
Art. 225 –Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum 
do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o 
dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente 
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na forma 
da lei.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 15/97
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, 
pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da 
obrigação de reparar os danos causados.
Regulamentando o princípio da recuperação da área degrada previsto no art. 2º, VIII, da Lei 
6.938/81, o Decreto n. 97.632/1989 previu que os empreendimentos que se destinam à 
exploração de recursos minerais deverão, quando da apresentação do Estudo de Impacto 
Ambiental - EIA e do Relatório do Impacto Ambiental - RIMA, submeter à aprovação do órgão 
ambiental competente, Plano de Recuperação de Área Degradada -PRAD. Assim, é possível a 
apresentação de PRAD mesmo não tendo ocorrido qualquer ato lesivo ao meio ambiente, 
bastando a possibilidade de sua ocorrência. A apresentação de PRAD não exige como condição 
prévia a existência do dano.
Proteção de Áreas Ameaçadas de Degradação
O princípio da proteção norteia toda a tutela ambiental, considerando que uma das 
obrigações do Poder Público e de toda a coletividade é a proteção do meio ambiente em 
todas as suas vertentes. A ideia de proteção está adstrita a toda ação governamental em 
termos de tutela dos bens ambientais.
Resolveu o legislador dar maior ênfase a proteção de áreas ameaçadas de degradação em face 
do alto grau de suscetibilidade para atingirem a condição de degradada e, consequentemente, 
impactarem de forma significativa nos processos ecológicos fundamentais para sobrevivência 
de determinadas espécies. Cabe ao Poder Público definir as áreas de especial interesse 
ecológico que serão tuteladas de forma mais específica para efetivação do referido princípio.
Educação Ambiental a todos os níveis do ensino, inclusive a educação da comunidade, 
objetivando capacitá-la para participação ativa na defesa do meio ambiente
O Princípio da Educação Ambiental talvez seja, se bem utilizado, um dos mais efetivos 
princípios ambientais previstos na Lei da PNMA. Isso porque estando a coletividade bem 
instruída quanto ao tema ambiental, notadamente sobre o conhecimento da importância de se 
preservar os bens ambientais para as presentes e futuras gerações, poderá tomar atitudes que 
militem a favor da tutela do meio ambiente.
O tema educação ambiental teve seus princípios básicos estabelecidos na Conferência 
Intergovernamental sobre Educação Ambiental em Tbilisi, antiga URSS, em 1977 (após a 
Conferência de Estocolmo de 1972), organizada pela UNESCO e o PNUMA, sendo considerada 
um dos principais eventos que conceituou, em bases claras, a Educação Ambiental no 
mundo. O principal documento produzido na Conferência foi a Declaração de Tbilisi que fixou 
princípios, estratégias e ações objetivando uma difusão mais efetiva da educação ambiental 
como instrumento para tutela do meio ambiente. Nessa linha, a Lei da Política Nacional do 
Meio Ambiente foi fortemente influenciada pelos princípios ventilados na Declaração de Tbilisi, 
fato que inspirou o legislador nacional a normatizar tais normas.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 16/97
A PNMA, positivando esse princípio, ciou uma obrigação a toda sociedade no sentido de que a 
educação ambiental deve ser propalada em todos os níveis de ensino, bem como para toda 
a coletividade com o fim de instruí-la para participação ativa na defesa do meio ambiente.
Dentre dessavisão de educar para proteger, a PNMA foi fonte inspiradora da CF/88, que 
impôs, em seu art. 225, § 1º, VI, ao Poder Público o dever de promover a educação ambiental 
em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio 
ambiente.
Somente em 1999, o Congresso Nacional editou a Lei que regulamentou esse princípio. Trata-
se da Lei 9.795/99 que dispôs sobre a educação ambiental e instituiu a Política Nacional de 
Educação Ambiental - PNEA.
Definiu a Lei 9.795/99 que todos têm direito à educação ambiental, como um processo 
educativo mais amplo, sendo um componente essencial e permanente da educação nacional, 
devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e modalidades do processo 
educativo, em caráter formal e não-formal.
Visando atingir um processo educativo mais amplo e acessível a todos, a Lei 9.795/99 definiu 
obrigações para todos os integrantes da sociedade. Nesse sentido, fixou incumbências ao 
Poder Público, às instituições educativas, aos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio 
Ambiente – SISNAMA, aos meios de comunicação de massa, às empresas, às entidades de 
classe, bem como a sociedade. Vejamos um esquema simplificado dessas atribuições:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 17/97
A Lei 9.795/99 definiu seus princípios norteadores objetivando uma educação ambiental de 
qualidade de forma a atingir toda a sociedade estabelecendo, em seu art. 4º, os seguintes 
princípios:
enfoque humanista, holístico, democrático e participativo.
a concepção do meio ambiente em sua totalidade, considerando a interdependência entre 
o meio natural o socioeconômico e o cultural, sob o enfoque da sustentabilidade
o pluralismo de ideias e concepções pedagógicas, na perspectiva da inter, multi e 
transdisciplinaridade
vinculação entre ética, educação, o trabalho e as práticas sociais
a garantia de continuidade e permanência do processo educativo
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 18/97
permanente avaliação crítica do processo educativo
a abordagem articulada das questões ambientais locais, regionais, nacionais e globais
o reconhecimento e o respeito à pluralidade e à diversidade individual e cultural.
A lei que disciplinou o princípio da educação ambiental também instituiu o Programa Nacional 
de Educação Ambiental - PNEA reforçando o comprometimento de todos com a necessidade 
de conscientizar a sociedade quanto à importância de preservar o meio ambiente. Nesse 
sentido, estabeleceu o art. 7º, da Lei da PNEA:
Art. 7º A Política Nacional de Educação Ambiental envolve em sua esfera de ação, além dos 
órgãos e entidades integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente - Sisnama, instituições 
educacionais públicas e privadas dos sistemas de ensino, os órgãos públicos da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e organizações não-governamentais com 
atuação em educação ambiental.
Conforme previsto no texto constitucional, a educação ambiental será executada em todos os 
níveis e modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. O caráter formal 
envolve a educação ambiental desenvolvida no âmbito dos currículos das instituições de ensino 
públicas e privadas, desde a educação básica (infantil, fundamental e médio) até a educação 
superior, devendo ser desenvolvida como uma prática educativa integrada, contínua e 
permanente em todos os níveis e modalidades do ensino formal.
Cumpre assinalar que a educação ambiental não deve ser implantada como disciplina 
específica no currículo de ensino, ressalvada a faculdade que tem os cursos de pós-
graduação, extensão e as áreas voltadas ao aspecto metodológico da educação ambiental, a 
criação de disciplina específica em sendo necessária.
Por outro lado, a educação ambiental não-formal compreende as ações e práticas educativas 
voltadas à sensibilização da coletividade sobre as questões ambientais e à sua organização e 
participação na defesa da qualidade do meio ambiente, cabendo ao Poder Público em todos os 
níveis de governo incentivar/fomentar a difusão, por intermédio dos meios de comunicação de 
massa, em espaços nobres, de programas e campanhas educativas, e de informações acerca 
de temas relacionados ao meio ambiente, bem como a ampla participação da escola, da 
universidade e de organizações não-governamentais na formulação e execução de programas 
e atividades vinculadas à educação ambiental não-formal, objetivando alertar a sociedade para 
importância das unidades de conservação; a sensibilização das populações tradicionais ligadas 
às unidades de conservação, bem como dos agricultores quanto às questões ambientais.
Para execução da PNEA foi criado um Órgão Gestor responsável pela execução e 
coordenação da Política Nacional de Educação Ambiental, que será dirigido pelos Ministros de 
Estado do Meio Ambiente e da Educação, tendo como atribuição a definição de diretrizes 
para implementação em âmbito nacional, bem como articulação, coordenação e supervisão de 
planos, programas e projetos na área de educação ambiental, em âmbito nacional. Os Estados, 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 19/97
Questão 2018 | 62135921
Os princípios expressos na Lei n.º 6.938/1981 — Política Nacional do Meio Ambiente —
incluem
A)
o estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas relativas
ao uso e manejo de recursos ambientais.
B)
a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar e a recuperação de áreas
degradadas.
C) o desenvolvimento sustentável e o poluidor pagador.
D)
o desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso racional
de recursos ambientais.
Solução
Gabarito: B)
a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar e a recuperação
de áreas degradadas.
A questão solicitou ao candidato conhecimento sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, instituída pela Lei nº 6.938/81.
De forma, especí�ca abordou os:
Princípios; e 
Objetivos.
A letra A está incorreta. INCORRETA.
Pessoal, muita atenção!! O estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e
de normas relativas ao uso e manejo de recursos ambientais é considerado como um dos
objetivos da Política Nacional do Meio Ambiente.
Assim, observem o disposto pelo art. 4º, inciso III da Lei 6.938/81:
Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
[...]
III - ao estabelecimento de critérios e padrões de qualidade ambiental e de normas
relativas ao uso e manejo de recursos ambientais.
o Distrito Federal e os Municípios, na esfera de sua competência e nas áreas de sua 
jurisdição, poderão definir diretrizes, normas e critérios para a educação ambiental, 
respeitados os princípios e objetivos da PNEA.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 20/97
Acerca do tema, complementa o professor Thiago Leite:
"O uso e�ciente dos recursos ambientais é etapa necessária para a garantia
da manutenção de um meio ambiente equilibrado. Não se esqueça que o CONAMA é o
órgão responsável por estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de
controle da poluição causada por veículos automotores, aeronaves e embarcações, além de
estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da qualidade
do meio ambiente, com vistas ao uso racional dos recursos ambientais". 
(LEITE, Thiago. Direito Ambiental p/ TJ-PR (Juiz Substituto) - Pós-Edital - Aula 02 - Política
Nacional do Meio Ambiente. 2018).
Diante do exposto, alternativa incorreta.
A letra B está correta. CORRETA.
De fato, os princípios expressos na Lei n.º 6.938/1981 (Política Nacional do Meio Ambiente)
incluem a racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar e a recuperação de
áreas degradadas.
Nesse sentido, é o art. 2º, incisosII e VIII da Lei 6.938/81:
Art. 2º - A Política Nacional do Meio Ambiente tem por objetivo a preservação, melhoria e
recuperação da qualidade ambiental propícia à vida, visando assegurar, no País, condições
ao desenvolvimento socioeconômico, aos interesses da segurança nacional e à proteção da
dignidade da vida humana, atendidos os seguintes princípios:
[...]
II - racionalização do uso do solo, do subsolo, da água e do ar;
[...]
VIII - recuperação de áreas degradadas; 
Sobre o tema, acrescenta o professor Thiago Leite:
"O uso racional dos micro bens ambientais (a maioria deles limitados) está fundado nos
princípios do desenvolvimento sustentável e do usuário-pagador. 
[...]
Dever de todo aquele que deu causa ao dano ambiental, direta ou indiretamente, bem como
do proprietário/possuidor de imóvel onde se encontre a área degradada, haja vista a
obrigação ser propter rem".
(LEITE, Thiago. Direito Ambiental p/ TJ-PR (Juiz Substituto) - Pós-Edital - Aula 02 - Política
Nacional do Meio Ambiente. 2018).
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 21/97
Diante do exposto, alternativa correta.
A letra C está incorreta. INCORRETA.
Pessoal, o desenvolvimento sustentável e o poluidor pagador não estão expressamente
previstos no artigo 2º, da Lei 6.938/81, que trata sobre os princípios que norteiam a Política
Nacional do Meio Ambiente.
Nesse sentido, observem os incisos I e VII do art. 4º da Lei 6.938/81:
Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
I - à compatibilização do desenvolvimento econômico-social com a preservação da
qualidade do meio ambiente e do equilíbrio ecológico;
[...]
VII - à imposição, ao poluidor e ao predador, da obrigação de recuperar e/ou indenizar os
danos causados e, ao usuário, da contribuição pela utilização de recursos ambientais com
�ns econômicos.
Acerca do tema, observem os ensinamentos do professor Thiago Leite:
"Inciso I - Este inciso materializa, em sua inteireza, o princípio do
desenvolvimento sustentável, ou seja, a compatibilização do crescimento econômico,
distribuição de renda e a preservação do meio ambiente, garantindo as condições para as
presentes e futuras gerações se desenvolverem". 
(LEITE, Thiago. Direito Ambiental p/ TJ-PR (Juiz Substituto) - Pós-Edital - Aula 02 - Política
Nacional do Meio Ambiente. 2018).
Diante do exposto, alternativa incorreta.
A letra D está incorreta. INCORRETA.
Em verdade, a PNMA dispõe expressamente sobre o desenvolvimento de pesquisas e de
tecnologias nacionais orientadas para o uso racional de recursos ambientais, sendo
considerado um objetivo especí�co.
Assim, observem:
Art 4º - A Política Nacional do Meio Ambiente visará:
[...]
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 22/97
IV - ao desenvolvimento de pesquisas e de tecnologias nacionais orientadas para o uso
racional de recursos ambientais;
Acerca do tema, pontua o nobre professor Thiago Leite:
"O Poder público deve fomentar atividades voltadas para a ciência e tecnologia, a �m de
possibilitar o aumento da e�ciência ambiental (produzir mais com menos impacto
ambiental). É o que chamamos hoje de ECONOMIA VERDE, que é sustentada por três
grandes pilares: baixa emissão de carbono, e�ciência
no uso de recursos e busca pela inclusão social".
(LEITE, Thiago. Direito Ambiental p/ TJ-PR (Juiz Substituto) - Pós-Edital - Aula 02 - Política
Nacional do Meio Ambiente. 2018).
Diante do exposto, alternativa incorreta.
Conceitos Fundamentais De�nidos pela Política Nacional do Meio
Ambiente
As legislações brasileiras normalmente apresentam definições de alguns institutos que serão 
utilizados ao longo de uma norma buscando facilitar o trabalho do intérprete e tornar mais 
efetiva a execução da política pública que está sendo apresentada à sociedade.
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
Nessa linha, a PNMA definiu, em seu art. 3º, alguns conceitos fundamentais que servem de 
vetor interpretativo de seus preceitos. Vejamos:
Art. 3º - Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física, 
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio 
ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou 
indiretamente:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 23/97
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta ou 
indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os 
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.   
Conceito de Meio Ambiente e Recursos Naturais
A PNMA define o conceito de meio ambiente como sendo o conjunto de condições, leis, 
influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite, abriga e rege a 
vida em todas as suas formas.
Observe que esse conceito legal foi estabelecido em 1981, antes da edição da Constituição 
Federal de 1988, e que, segunda a doutrina majoritária, não abrange todos os aspectos do meio 
ambiente, dando ênfase somente ao natural, apresentando um conceito limitador de meio 
ambiente.
Tentando corrigir parte dessa deficiência conceitual, a RESOLUÇÃO CONAMA n. 306/12 
definiu meio ambiente como um conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem 
física, química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em 
todas as suas formas, incorporando o posicionamento do STF sobre o tema. Vejamos:
RESOLUÇÃO CONAMA n.  306/2012
Art. 2º Para os fins do disposto nesta Resolução, são adotadas as definições constantes do 
Anexo I.
ANEXO I
DEFINIÇÕES
XII -Meio ambiente: conjunto de condições, leis, influência e interações de ordem física, 
química, biológica, social, cultural e urbanística, que permite, abriga e rege a vida em todas as 
suas formas.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 24/97
Nesse conceito, nota-se uma concepção mais ampla e integrativa de meio ambiente 
criando uma verdadeira simbiose entre os aspectos bióticos, abióticos, culturais, urbanos e 
sociais.
Os recursos ambientais são definidos como a atmosfera, as águas interiores, superficiais e 
subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna 
e a flora.  Os recursos ambientais podem ser bióticos ou abióticos. Estes estão relacionados 
com a parte inanimada do meio ambiente, como o ar, a água e a temperatura. Aqueles, 
correspondem a parte viva do meio ambiente, constituindo-se da flora e fauna.
Conceito de Degradação da Qualidade Ambiental
A degradação da qualidade ambiental, segundo a PNMA, é qualquer alteração adversa das 
características do meio ambiente.
A degradação é, portanto, a redução dos potenciais dos bens ambientais de um ecossistema 
afetando sobremaneira o equilíbrio ecológico, provocando alterações negativas nos elementos 
bióticos e/ou abióticos.
Essa degradação da qualidade ambiental pode ter origem em causas naturais, como no caso 
de tempestade, erosão, desertificação, ou pode ser produzida por ações antrópicas, quando da 
exploração dos recursos naturais, como no desempenho da atividade minerária.
De acordo com o Decreto Federal 97.632/89, que regulamenta a Leida PNMA, é definido 
como o aglomerado de processos resultantes de danos ao meio ambiente, pelos quais se 
perdem ou se reduzem algumas de suas propriedades, tais como, a qualidade ou a capacidade 
produtiva dos recursos ambientais.
Conceito de Poluição Ambiental e de Poluidor
A poluição é um tipo de degradação ao meio ambiente. A relação é de espécie-gênero. A 
degradação é gênero da qual a poluição é espécie.
Poluição, nos termos da Lei da PNMA, é a degradação da qualidade ambiental resultante de 
atividades que direta ou indiretamente: prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da 
população; criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; afetem 
desfavoravelmente a biota; afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
O poluidor é a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta 
ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental. Deve o poluidor 
responder na esfera penal, administrativa e civil pelos danos causados ao meio ambiente. É a 
tríplice responsabilização.
A poluição sendo uma degradação resultante de atividades que possam prejudicar a qualidade 
do meio ambiente, pode ocorrer, seja por ações autorizadas pelo Poder Público/Lei, seja por 
outras em desacordo com as normas regulamentares. Nesse sentido, é possível termos uma 
poluição autorizada em que o poluidor, amparado por autorização legal ou regulamentar, 
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 25/97
Questão 2019 | 618312326
Considerando os aspectos constitucionais relacionados ao direito ambiental, a Lei n.º
6.938/1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, a Lei n.º 12.651/2012,
que estabelece prescrições acerca do Código Florestal e as resoluções do CONAMA,
julgue o item a seguir.
Poluição é a alteração adversa das características do meio ambiente mediante o
lançamento de matérias ou energia em desacordo com padrões ambientais estabelecidos.
Solução
Gabarito: Certo.
CERTA. 
O conceito de poluição possui previsão legal no Art. 3º, III, da Lei 6.938, de 31 de
Agosto de 1981 (Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus �ns e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências), que dispõe: 
Art. 3º - Para os �ns previstos nesta Lei, entende-se por:
[...] 
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que
direta ou indiretamente: 
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população; 
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas; 
c) afetem desfavoravelmente a biota; 
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente; 
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos.
pratica ato que gera poluição. Exemplo disso, é um indivíduo que desmata parte de sua 
propriedade rural, mas atende aos padrões de qualidade atuando dentro dos limites permitidos 
pela legislação de regência.
O poluidor pode ser tanto pessoa jurídica de direito privado, como também pessoa jurídica de 
direito público. Nessa linha, é possível que uma empresa estatal, no desempenho de suas 
atividades, pratique atos de poluição, devendo responder pelos danos causados ao meio 
ambiente.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 26/97
Ademais, poluição é espécie do gênero degradação, sendo que o conceito de
degradação da qualidade ambiental está previsto no Art. 3°, II, da  Lei 6.938, de 31 de
Agosto de 1981 (Dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus �ns e
mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências): 
Art. 3º - Para os �ns previstos nesta Lei, entende-se por: 
[...]
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio
ambiente.
Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA
 Para assistir ao vídeo correspondente, acesse o LDI.
As origens do Sistema Nacional do Meio Ambiente -Sisnama nos levam ao tempo das fortes 
pressões internacionais sofridas pelo Brasil em face do descaso frente às questões ambientais 
que nortearam a década de 1970.
Em resposta às críticas internacionais, o Brasil criou, por meio do Decreto 73.030/73, a 
Secretaria Especial do Meio Ambiente – SEMA cuja função essencial era atuar na 
conservação e no uso racional dos bens ambientais.
Nesse período, tivemos no Brasil um movimento de institucionalização das questões 
ambientais que se espraiou por todos os demais entes federativos. Assim, podemos afirmar que 
a estrutura do Sisnama teve sua origem no regime militar (1973) com a criação de órgãos 
ambientais pela União, Estados e Municípios. A grande dificuldade desses órgãos ambientais 
criados no Brasil era a falta de articulação entre eles para melhor executar as políticas públicas 
ambientais.
É nessa cadência que em 1981, com a edição da Lei 6.938, foi instituído o Sistema Nacional do 
Meio Ambiente dentro de um modelo descentralizado de gestão do patrimônio ambiental. A 
essência do Sisnama é o compartilhamento e a descentralização de responsabilidades na 
gestão do meio ambiente havendo uma maior articulação entre os entes públicos. Nessa linha, 
a criação do Sisnama visou uma atuação coordenada, descentralizada e eficiente quanto à 
execução das políticas públicas ambientais pelos entes federativos, com a participação da 
sociedade na tomada de decisões.
Destaca Édis Milaré que o Sisnama não funciona como uma entidade situada no tempo e no 
espaço. Mais do que uma instituição ele é um instrumento jurídico legal. Não tem 
personalidade jurídica nem qualquer outra identificação. Assim, sua existência efetiva reside 
nos órgãos que o compõe em rede nacional.
O Sisnama está divido em seis níveis político-administrativos, nos termos do art. 6º, da Lei 
da PNMA. Eis a norma:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 27/97
Art. 6º Os órgãos e entidades da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Territórios e dos 
Municípios, bem como as fundações instituídas pelo Poder Público, responsáveis pela proteção 
e melhoria da qualidade ambiental, constituirão o Sistema Nacional do Meio Ambiente - 
SISNAMA, assim estruturado:
I - órgão superior: o Conselho de Governo, com a função de assessorar o Presidente da 
República na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o meio 
ambiente e os recursos ambientais; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
II - órgão consultivo e deliberativo: o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), com 
a finalidade de assessorar, estudar e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas 
governamentais para o meio ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua 
competência, sobre normas e padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente 
equilibrado e essencial à sadia qualidade de vida; (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III - órgão central: a Secretaria do Meio Ambiente da Presidência da República, com a 
finalidade de planejar, coordenar, supervisionar e controlar, como órgão federal, a política 
nacional e as diretrizes governamentais fixadas para o meio ambiente; (Redação dada pela Lei 
nº 8.028, de 1990)
IV - órgãos executores: o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais 
Renováveis - IBAMA e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade - Instituto 
Chico Mendes, com a finalidade de executar e fazer executar a política e as diretrizes 
governamentais fixadas para o meio ambiente, de acordo com as respectivas competências; 
(Redação dada pela Lei nº 12.856, de 2013)
V - Órgãos Seccionais: os órgãos ou entidades estaduais responsáveis pela execução de 
programas, projetos e pelo controle e fiscalização de atividades capazes de provocar a 
degradação ambiental; (Redação dada pela Lei nº 7.804,de 1989)
VI - Órgãos Locais: os órgãos ou entidades municipais, responsáveis pelo controle e 
fiscalização dessas atividades, nas suas respectivas jurisdições; (Incluído pela Lei nº 7.804, de 
1989)
Dentro das regras constitucionais de repartição de competências legislativas concorrentes e 
materiais executivas, foram fixadas as atribuições de cada ente federativo dentro do Sisnama. 
Nesse trilhar, cabem aos Estados/DF e aos Municípios, na esfera de suas competências e nas 
áreas de sua jurisdição, a elaborarão de normas supletivas e complementares, bem como o 
estabelecimento de padrões relacionados com o meio ambiente, observados os que forem 
estabelecidos pelo Conama.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 28/97
Conselho de Governo – Órgão Superior 
O Conselho de Governo é órgão de assessoramento do Presidente da República na 
formulação de diretrizes de ação governamental. No âmbito da temática ambiental, o 
Conselho assessora na formulação da política nacional e nas diretrizes governamentais para o 
meio ambiente e os recursos ambientais (Lei 13.844/2019).
Esse órgão é presidido pelo Presidente da República e tem como integrantes os Ministros de 
Estado e o titular do Gabinete Pessoal do Presidente da República. O Conselho é estruturado 
em Câmaras que estão divididas em Comitês Executivos cujos funcionamento, competência e 
composição serão definidos em ato do Poder Executivo federal.
Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama
O Conama é órgão consultivo e deliberativo tendo como finalidade assessorar, estudar e 
propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio 
ambiente e os recursos naturais e deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e 
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia 
qualidade de vida.
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 29/97
Estrutura e Funcionamento do Conama
A estrutura e o funcionamento do Conama foram disciplinados pelo Decreto 99.274/1990 que 
sofreu alterações recentes pelo Decreto 9.806/2019.
O Conama é composto por cinco órgãos elencados no art. 4º, do Decreto 99.274/1990, assim 
denominados: Plenário; Comitê de Integração de Políticas Ambientais; Câmaras Técnicas; 
Grupos de Trabalho e Grupos Assessores.
A composição do Plenário do Conama sofreu profundas mudanças com a edição do Decreto 
9.806/2019, enxugando sua composição anterior e estabelecendo uma nova formatação, nos 
termos do art. 5º, do Decreto 99.274/1990. Eis a norma:
Art. 5º Integram o Plenário do Conama:       
I - o Ministro de Estado do Meio Ambiente, que o presidirá;    
II - o Secretário-Executivo do Ministério do Meio Ambiente, que será o seu Secretário-
Executivo;           
III - o Presidente do Ibama;
IV - um representante dos seguintes Ministérios, indicados pelos titulares das respectivas 
Pastas:
a) Casa Civil da Presidência da República;   
b) Ministério da Economia;     
c) Ministério da Infraestrutura
d) Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
e) Ministério de Minas e Energia;    
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 30/97
f) Ministério do Desenvolvimento Regional; e   
g) Secretaria de Governo da Presidência da República;   
V - um representante de cada região geográfica do País indicado pelo governo estadual;
VI - dois representantes de Governos municipais, dentre as capitais dos Estados;
VII - quatro representantes de entidades ambientalistas de âmbito nacional inscritas, há, no 
mínimo, um ano, no Cadastro Nacional de Entidades Ambientalistas -Cnea, mediante carta 
registrada ou protocolizada junto ao Conama; e
VIII - dois representantes indicados pelas seguintes entidades empresariais:
a) Confederação Nacional da Indústria;                
b) Confederação Nacional do Comércio;                 
c) Confederação Nacional de Serviços;                  
d) Confederação Nacional da Agricultura; e                  
e) Confederação Nacional do Transporte.               
O Plenário do Conama se reúne ordinariamente a cada três meses, no Distrito Federal. 
Poderá também ocorrer reuniões extraordinárias quando convocado pelo seu Presidente, por 
iniciativa própria ou a requerimento de pelo menos dois terços de seus membros, podendo 
realizar reuniões regionais, de caráter não deliberativo, com a participação de representantes 
dos Estados, do Distrito Federal e das capitais dos Estados das respectivas regiões. 
A participação dos membros do Conama é considerada serviço de natureza relevante e não 
será remunerada, cabendo às instituições representadas o custeio das despesas de 
deslocamento e estadia.
Com isso, o Ministério Público Federal poderá indicar um representante, titular e suplente, 
para participar do Plenário do Conama na qualidade de membro convidado, sem direito a voto.
Competências do CONAMA
Além das competências gerais previstas no art. 6º, II, da Lei da PNMA, de assessorar, estudar 
e propor ao Conselho de Governo, diretrizes de políticas governamentais para o meio ambiente 
e os recursos naturais, bem como deliberar, no âmbito de sua competência, sobre normas e 
padrões compatíveis com o meio ambiente ecologicamente equilibrado e essencial à sadia 
qualidade de vida, o art. 8º elencou as competências específicas do Conama, com alterações 
dada pelas Leis nº 7.804/1989 e 8.028/1990. Vejamos o normativo:
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81
4. Política Nacional do Meio Ambiente - Lei n° 6.938/81 31/97
Art. 8º Compete ao CONAMA:
I - estabelecer, mediante proposta do IBAMA, normas e critérios para o licenciamento de 
atividades efetiva ou potencialmente poluidoras, a ser concedido pelos Estados e 
supervisionado pelo IBAMA;
II - determinar, quando julgar necessário, a realização de estudos das alternativas e das 
possíveis consequências ambientais de projetos públicos ou privados, requisitando aos órgãos 
federais, estaduais e municipais, bem assim a entidades privadas, as informações 
indispensáveis para apreciação dos estudos de impacto ambiental, e respectivos relatórios, no 
caso de obras ou atividades de significativa degradação ambiental, especialmente nas áreas 
consideradas patrimônio nacional. (Redação dada pela Lei nº 8.028, de 1990)
III - decidir, como última instância administrativa em grau de recurso, mediante depósito prévio, 
sobre as multas e outras penalidades impostas pelo IBAMA; (Revogado pela Lei nº 11.941, de 
2009)
IV - homologar acordos visando à transformação de penalidades pecuniárias na obrigação de 
executar medidas de interesse para a proteção ambiental; (VETADO);
V - determinar, mediante representação do IBAMA, a perda ou restrição de benefícios fiscais 
concedidos pelo Poder Público, em caráter geral ou condicional, e a perda ou suspensão de 
participação em linhas de financiamento em estabelecimentos oficiais de crédito;
VI - estabelecer, privativamente, normas e padrões nacionais de controle da poluição por 
veículos automotores, aeronaves e embarcações, mediante audiência dos Ministérios 
competentes;
VII - estabelecer normas, critérios e padrões relativos ao controle e à manutenção da 
qualidade do meio ambiente com vistas ao uso racional dos recursos ambientais, 
principalmente os hídricos.
Cumpre destacar que o inciso III foi revogado pela Lei 11.941/2009, não havendo mais a 
possibilidade de um auto de infração lavrado pelo Ibama ser revisto pelo Conama.
Nesse sentido, hodiernamente inexiste a instância revisional do Conama das decisões 
proferidas pela Ibama em matéria de sanção administrativa. Por outro lado, é comum a 
existência de decisões judiciais impondo aos órgãos federais a necessidade de possibilitar ao 
autuado/infrator o acesso a uma terceira instância revisional, com fundamento no art. 57, da Lei 
9.784/99, que prevê que o recurso

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