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DIREITO PENAL

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Direito penal
E o conjunto de principio e regras destinados a combater o crime e a contravenção penal, mediante a imposição de sanção penal.
Na lição de Aníbal Bruno:
"O conjunto de normas jurídicas que regulam a atuação estatal nesse combate contra o crime, através de medidas aplicadas aos criminosos, é o Direito Penal.  Nele se definem os fatos puníveis e se cominam as respectivas sanções - os dois grupos dos seus componentes essenciais, tipos penais e sanções que impõe e a severidade de sua estrutura, bem definida e rigorosamente delimitada."
Ciências Penais
É o conjunto de normas e disposições jurídicas que regulam o exercício do poder punitivo e preventivo do Estado, estabelecendo o conceito de delito (gênero) como pressuposto da ação estatal, bem como a responsabilidade do sujeito ativo, associando à infração da norma uma pena finalista ou uma medida de segurança (Luis Jiménez de ASÚA).Estudo do crime, criminoso e a sanção penal
CRIMINOLOGIA
Ciência que estuda o crime, como fenômeno social, e o criminoso, como resultado desse fenômeno, sendo ele integrante do cenário do ilícito, não somente como agente, mas também quanto às causas do delito, da motivação para o cometimento de infrações penais e de como evitar o crime.
Vitimologia
Ramo da criminologia que estuda a personalidade das vítimas de crimes ou delitos e seu estatuto psicossocial, além dos efeitos psicológicos nela provocados pelo crime de que foram alvo.
O estudo da teoria segundo a qual a atitude da própria vítima pode motivar o crime.
Política Criminal 
Cuida-se de ciência independente, que tem por objeto a apresentação de críticas e propostas para a reforma do Direito Penal em vigor. Para Basileu Garcia (1975, p. 37), “constitui uma ponte entre a teoria jurídico-penal e a realidade”. Visa a análise crítica e metajurídica com a dogmática, uma vez que na interpretação e aplicação da lei penal interferem critérios de política criminal. Baseia-se em considerações filosóficas, sociológicas e políticas, e também de oportunidade, em sintonia com a realidade social, para propor modificações no sistema penal vigente. Em síntese, essa ciência analisa de forma crítica a dinâmica dos fatos sociais e, comparandos com o sistema penal vigente, propõe inclusões, exclusões ou mudanças, visando atender o ideal de justiça, colaborando, pois, com a Dogmática Penal. 
Direito Penal 
Também conhecido como Direito criminal, é o ramo do direito público dedicado às normas emanadas pelo Poder Legislativo para reprimir os delitos, lhes imputando penas com a finalidade de preservar a sociedade e proporcionar o seu desenvolvimento.
Direito Processual Penal 
O Direito Processual Penal é o ramo do ordenamento jurídico responsável pela definição das normas de aplicação do direito penal, estabelecendo um processo ético e civilizado a quem tenha praticado um fato definido como crime.
 Execução Penal
Execução penal é um procedimento destinado à efetiva aplicação da pena ou da medida de segurança que fora fixado anteriormente por sentença.
 Procedimento autônomo
 Caráter jurisdicional e administrativo
 Aplicável ao preso provisório
http://leciomachado.jusbrasil.com.br/artigos/121943449/lei-de-execucao-penal-pontos-relevantes-a-serem-observados
Direito Penal 
É um ramo do Direito público, constituído por normas jurídicas, no qual o Estado ao selecionar os bens mais relevantes para a sociedade proíbe determinadas condutas definindo crimes e cominando as respectivas sanções.
Características do direito penal
Caráter fragmentário
São lesões e ameaças de lesões mais graves 
Ciência cultural (dever ser)
É uma ciência do DEVER SER e não do SER. Estuda o cumprimento das regras, como sendo uma dogmática jurídica.
Ciência normativa 
Porque tem como objeto o estudo da norma, do Direito Positivo.
Ciência prática
Ciência valorativa 
Porque estabelece a sua própria escala de valores. Valoriza as suas próprias normas.
 Predominantemente sancionador e excepcionalmente constitutivo
Protege a ordem jurídica cominando sanções. Através dessa cominação, protegem normas de natureza extra penal.
Sancionador por que não cria bens jurídicos mas acrescenta a tutela aos já existentes.
Constitutivos por que protege bens e interesses não regulamentados por outas áreas do direito.
 Autônomo 
Funções do direito penal
O Direito Penal consiste em uma das estratégias adotadas pelo Estado para o controle da violência, assim contribuindo para a concretização do chamado bem estar social. Trata-se de apenas uma dentre várias estratégias que o Estado deve possuir para combater a violência.
A doutrina costuma apontar três funções legítimas exercidas pelo Direito Penal, quais sejam:
Coibir condutas que ofendam ou exponham a perigo, de forma grave, intolerante e transcendental bens jurídicos relevantes.
Proteger o indivíduo das reações sociais que o crime desencadeia.
Proteger o indivíduo do Poder do Estado
Funções do Direito Penal 
Proteção dos valores fundamentais para a subsistencia do corpo social tais como a vida a saúde, a liberdade a propriedade, etc proteção dos bens jurídicos mais importantes 
° Controle social formal 
° Teorias da pena (retributivas, preventivas, mistas, neoretributivas)
Fontes do direito penal
Fontes Materiais: Quando pensamos em fonte da criação da norma, ou seja, provinda da União, estamos nos referindo à matéria. A exteriorização e produção do Direito são responsabilidade deste ente estatal.
Estado (CR/88, Art. 22, inc. I e parágrafo único) 
Fontes Formais: O modo e a forma de como o Direito é exteriorizado.
Fontes Formais Mediatas: De maneira geral, quando se trata de princípios gerais do direito e costumes. Quando a lei se omite, abre a possibilidade da aplicação desses princípios gerais do Direito, a jurisprudência, a doutrina e os costumes, que são fontes formais imediatas. A lei autoriza esses princípios.
Fontes Formais Imediatas são as normas legais.
Importa observar que um dos mais importantes princípios de direito, no âmbito penal, é a disposição constitucional que estabelece que no direito penal brasileiro não há crime sem que haja lei anterior que o defina nem pena sem  prévia cominação legal.
Isso quer dizer que se não existir uma norma legal que defina uma ação como ilícita, ainda que de alguma forma a ação seja danosa a outrem ou à  coletividade, não haverá crime e por consequência não haverá punição no âmbito penal, embora possa tê-lo no âmbito civil.
Assim,  a lei é a única fonte imediata do Direito Penal.
Lei (CR/88, Art. 5º, inc. XXXIX) 
Inciso XXXIX do Artigo 5 da Constituição Federal de 1988Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: 
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal
Princípios penais
Positivismo X Pós-positivismo 
POSITIVISMO JURIDICO -O Direito Positivo é aquele posto pelo estado, é o direito de fato , escrito, legislado, quem vigora em um país , é o Direito como é, e não como deveria ser , por isso também chamado de Direito Realista , que vige sem contestação.
PÓS-POSITIVISMO tenta restabelecer uma relação entre direito e ética, pois busca materializar a relação entre valores, princípios, regras e a teoria dos direitos fundamentais e para isso, valoriza os princípios e sua inserção nos diversos textos constitucionais para que haja o reconhecimento de sua normatividade pela ordem jurídica.
Normas
Uma norma é uma regra que deve ser respeitada e que permite ajustar determinadas condutas ou actividades. No âmbito do direito, uma norma é um preceito jurídico.
 CANOTILHO diz que as regras são normas que prescrevem imperativamente uma exigência (impõe, permitem ou proíbem) que é ou não é cumprida.
Normas Princípios
Os Princípios são definidos por SUNDFELD (1995, p.18) como as "idéias centrais de um sistema, ao qual dão sentido
lógico, harmonioso, racional, permitindo a compreensão de seu modo de se organizar-se".
Princípios x Regras
Princípios são pautas genéricas, não aplicáveis à maneira de “tudo ou nada”, que estabelecem verdadeiros programas de ação para o legislador e para o intérprete. Já as regras são prescrições específicas que estabelecem pressupostos e conseqüências determinadas. A regra é formulada para ser aplicada a uma situação especificada, o que significa em outras palavras, que ela é elaborada para um determinado número de atos ou fatos. O princípio é mais geral que a regra porque comporta uma série indeterminada de aplicações. Os princípios permitem avaliações flexíveis, não necessariamente excludentes, enquanto as regras embora admitindo exceções, quando contraditadas provocam a exclusão do dispositivo colidente
Princípio da Dignidade humana 
o ser humano não pode ser tratado como coisa ou instrumento
Dignidade humana deve sempre ser buscada e protegida pela legislação e judiciário, para garantir a ordem jurídica e alicerçar os demais princípios constitucionais fundamentais, proporcionando ao indivíduo, mesmo em situação de ilicitude penal em sua conduta, o direito de ser a sanção punitiva aplicada em consonância com os seus direitos humanos.
Princípio da Legalidade 
Não há crime, nem pena, sem prévia definição legal, Define como lícita e impunível qualquer conduta não proibida em Lei.
CR/88, art 5°
IM xxxix C/C
art. 60 §4°, inc iv
CP art 6°
 Princípio da Reserva Legal
Pelo Princípio da Reserva Legal, nenhum fato pode ser considerado crime se não existir uma lei que o enquadre no adjetivo criminal e, nenhuma pena pode ser aplicada, se não houver sanção pré-existente e correspondente ao fato.
Objetiva limitar o poder de processar e punir indiscriminadamente os cidadãos..
Lei lato sensu X Lei stricto sensu
Lato sensu  "em sentido amplo",  stricto sensu "sentido estrito“.
Sentido amplo (lato sensu): a palavra “lei” é usada para indicar quaisquer normas jurídicas, sejam as leis propriamente ditas, oriundas do Poder Legislativo, sejam as medidas provisórias, decretos, regulamentos, resoluções, portarias, entre outras.
Sentido estrito (stricto sensu): a “lei” é apenas a norma jurídica aprovada regularmente pelo Poder Legislativo. Esse é o sentido técnico que distingue a lei propriamente dita das demais normas emanadas da administração pública. 
Analogia
E aplicação de uma lei que regula caso semelhante em um caso não regulamentado, e um mecanismo para suprir uma lacuna da lei e aplicar outra lei.
 * Analogia somente pode se utilizada para beneficiar o agente, jamais para prejudica-lo. Assim sendo não e possível analogia em normas penais incriminadoras.
Costumes
O costume é a prática reiterada por um determinado grupo social, que o determina como sendo válido, sentido a obrigação de segui-lo.
A força gerada pelos costumes sociais é absorvida pelo Direito, possuindo, dessa forma a mesma coercitividade e imposição de uma lei escrita, e ao Estado caberá garantir que os costumes sejam observados. Assim, os costumes vão integrar o que se chama Direito Consuetudinário, que é o Direito estabelecido com base nos costumes. 
Jurisprudências
conjunto das decisões e interpretações das leis feitas pelos tribunais superiores, adaptando as normas às situações de fato.
Taxatividade ou determinação taxativa 
Este princípio se encontra ligado à técnica redacional legislativa. Não basta existir uma lei que defina uma conduta como crime. A norma incriminadora legal deve ser clara, compreensível, permitindo ao cidadão a real consciência acerca da conduta punível pelo Estado.
Por isso, o princípio implica a máxima determinação e taxatividade dos tipos penais, impondo-se ao Poder Legislativo na elaboração das leis que formule tipos penais com a máxima precisão de seus elementos e ao Judiciário que os interprete adequadamente.
Anterioridade da lei penal
Só se aplica aos fatos praticados após sua vigência. Diz-se de tal princípio que ele implica também na irretroatividade da lei penal, já que ela não alcançará os fatos praticados antes de sua vigência, ainda que venham a ser futuramente tidos como crime.  
 *Princípio da anterioridade determina que a lei penal deve ser anterior ao fato que busca incriminar. Em outras palavras, é necessário que a lei penal já esteja em vigor na data em que o fato que tipifica é praticado (regra do tempus regit actum). Um fato só é considerado reprovável pelo ordenamento jurídico penal se era considerado como tal pela lei penal à época de seu acontecimento
Princípio da Irretroatividade da lei penal/ 
Princípio da Retroatividade da lei penal mais benéfica.
O 'Princípio da Retroatividade Benéfica Penal' determina que os efeitos benéficos e favoráveis de uma lei penal retroagem ilimitadamente e indiscriminadamente para todos os fatos anteriores à sua entrada em vigência.
Por se tratar de um efeito benéfico, ele interage ex-tunc, e, qualquer pessoa que já tenha, de alguma forma, sendo punida pela prática da conduta quando ela ainda era ilícita, passa, instantaneamente, com a vigência da Lei benéfica, a ser tratado como se sua conduta, à época da realização e condenação, já não fossem ilegais, mesmo para quem cumpre pena, ou mesmo, já a cumpriu anteriormente
O 'Princípio da Irretroatividade Penal' proíbe que, uma vez determinada por Lei como ilícita determinada conduta, os efeitos penais, incriminantes e condenatórios dessa Lei retroajam anteriormente à vigência dessa. Assim sendo, a prática de uma conduta delituosa só será punível se praticada após a vigência da Lei que a proscreve. Por conseguinte, toda prática dessa conduta antes da vigência torna-se intocável pelo Direito Penal, seguindo lícita e não punível seu autor. O efeito ex-tunc é vedado in malam partem, isto é, pra punir.
No entanto, a Lei proibiu apenas a retroatividade em prejuízo ao agente. No Brasil, o Princípio da Irretroatividade Maléfica Penal está garantido na Constituição Federal de 1988, a qual, em seu artigo 5º inciso XXXIX exige que: "Não há crime sem lei ANTERIOR que o defina, nem pena sem PRÉVIA cominação legal."
Extra-atividade 
É a possibilidade de aplicação da lei para fatos que não ocorreram durante a sua vigência. E a possibilidade de a lei penal, depois de revogada, continuar a regular fatos ocorridos durante a vigência
Lex tertia 
 *E a expressão utilizada para expressar a combinação de leis; relaciona-se com o tema lei penal no tempo. Assim, com a superveniência de nova lei.
 *A chamada lex tertia é a utilização parcial de duas ou mais leis , criando uma "terceira" lei para aplicar ao caso concreto, com a finalidade de beneficiar o réu.
O princípio da intervenção mínima 
consiste em que o Estado de direito utilize a lei penal como seu último recurso (ultima ratio), havendo extrema necessidade, para as resoluções quando são afetados os bens jurídicos mais importantes em questão. 
 Ultima ratio ou subsidiariedade 
 Fragmentariedade 
 *Direito Penal qualifica-se como fragmentário pelo fato de ocupar-se somente de uma parte dos bens jurídicos tutelados pelo ordenamento jurídico.
 *Pelo princípio da fragmentariedade deve-se entender que o Direito Penal deve atuar só na proteção de alguns bens, dai a ideia de fragmentar os bens jurídicos e se verificar quais merecem proteção penal
Exclusiva proteção de bens jurídicos
Não há crime quando a conduta não tiver oferecido ao menos um perigo concreto, real, efetivo e comprovado a lesão ao bem jurídico.
Princípio da Culpabilidade ou Responsabilidade 
significa que ninguém será punido se não tiver agido com DOLO ou CULPA, no sentido estrito (negligência, imprudência ou imperícia). Não deve a culpabilidade ou culpa em sentido amplo ser confundida com o crime culposo, que se apresenta sob as modalidades de negligência, imprudência ou imperícia, pois quem age negligentemente também é culpado.
Penal Subjetiva o Princípio da Lesividade ou Ofensividade 
no Direito Penal exige que do fato praticado ocorra lesão ou perigo
de lesão ao bem jurídico tutelado
Crimes de lesão 
Lesão corporal é resultado de atentado bem sucedido à integridade corporal ou a saúde do ser humano, excluído o próprio autor da lesão. O crime pode ser praticado por ação ou omissão. Para caracterizar a lesão corporal é necessário que esteja configurada a alteração física, mesmo que apenas temporária.
 Crimes de perigo concreto e crimes de perigo abstrato.
Crimes de perigo abstrato são aqueles que não exigem a lesão de um bem jurídico ou a colocação deste bem em risco real e concreto. São tipos penais que descrevem apenas um comportamento, uma conduta, sem apontar um resultado específico como elemento expresso do injusto.
Alteridade 
Também em sintonia com o princípio da insignificância, veda a incriminação de conduta meramente subjetiva ou que não ofenda a nenhum bem jurídico. Por exemplo: a tentativa de suicídio ou a autolesão  não serão considerados crimes se não provocarem outros danos materiais a terceiros  e se não houver intenção de fraude contra seguradora.
 Princípio da Proporcionalidade 
O princípio da proporcionalidade comete à Administração a obrigação de adequar os seus atos aos fins concretos que se visam atingir, adequando as limitações impostas aos direitos e interesses de outras entidades ao necessário e razoável; trata-se, assim, de um princípio que tem subjacente a ideia de limitação do excesso, de modo a que o exercício dos poderes, designadamente discricionários, não ultrapassem o indispensável à realização dos objetivos públicos.
O princípio da proporcionalidade assume três vertentes essenciais:
» A adequação, que estabelece a conexão entre os meios e as medidas e os fins e os objetivos
» A necessidade, que se traduz na opção pela ação menos gravosa para os interesses dos particulares e menos lesiva dos seus direitos e interesses
» O equilíbrio, ou proporcionalidade em sentido estrito, que estabelece o reporte entre a ação e o resultado
Necessidade
O princípio da necessidade se refere à utilização do meio que menos interfira em um direito fundamental, sem entrar na questão da adequação entre meios e fins. Por exemplo, se podemos conseguir as provas por meio de provas testemunhais, por que violar a intimidade do réu com uma interceptação telefônica? Por que decretar prisão preventiva, com fundamento na conveniência da instrução criminal, supondo que o réu destruiria documentos comprometedores, se bastam a busca e a apreensão para resguardá-los? 
 Idoneidade
O princípio da adequação ou idoneidade diz respeito à aptidão ou adequação que determinado meio deve ter para alcançar o "fim legítimo pretendido", ou seja os fins da persecução criminal. Por exemplo, a prisão preventiva do réu (meio), no caso concreto, é apta a impedir a interferência do réu no depoimento de testemunhas (fim imediato da persecução criminal - demonstrar a existência ou inexistência da infração penal e sua autoria)?
Proporcionalidade stricto sensu ou proporcionalidade das penas
Por exemplo, na perspectiva da integralidade dos direitos fundamentais, seria o caso também de uma prisão provisória, por crime de pouca gravidade, que levasse à prisão uma pessoa muito idosa, a qual tivesse pequena expectativa de vida, pois isto se oporia ao dever de o Estado amparar as pessoas idosas, defendendo seu bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida (art. 230, CR). No caso concreto, segundo os elementos probatórios disponíveis, a maior importância da afetação negativa do direito fundamental social afetável superaria a menor importância da realização da finalidade punitiva da intervenção em seu direito fundamental, inclusive em razão do caráter provisório da prisão. Diante disso, o juiz não decretaria a prisão provisória e, conforme o caso, poderia utilizar uma medida cautelar alternativa, como visto acima. Isso não significa que, no caso concreto, não poderia ocorrer uma outra situação em que estivesse justificada a prisão provisória de uma pessoa idosa com pequena expectativa de vida, mas as razões teriam que ser suficientemente fortes para vencer as razões que preservam seus direitos fundamentais nessa hipótese.
Princípio da Humanidade 
o Princípio da humanidade das penas significa dizer que o condenado não perde a sua condição humana. Portanto, não haverá pena de morte, salvo em caso de guerra externa declarada; de caráter perpétuo; de trabalho forçado; de banimento; e cruel, que é a que impõe intenso e ilegal sofrimento.
Princípio da Personalidade da Pena ou Pessoalidade da Pena ou Intranscendência da Pena ou Responsabilidade Penal Pessoal 
Tal princípio está previsto no art. 5º, XLV da CF. Também denominado princípio da intranscendência ou da pessoalidade ou, ainda, personalidade da pena, preconiza que somente o condenado, e mais ninguém, poderá responder pelo fato praticado, pois a pena não pode passar da pessoa do condenado.
Este princípio justifica a extinção da punibilidade pela morte do agente. Resta óbvia a extinção quando estamos tratando da pena privativa de liberdade, mas o princípio da responsabilidade pessoal faz com que, mesmo tendo o falecido deixado amplo patrimônio, a pena de multa não possa atingi-lo, pois estaria passando da pessoa do condenado para atingir seus herdeiros. Sendo assim, sempre estará extinta a punibilidade, independente da pena aplicada, quando ocorrer a morte do agente.
 Princípio da Individualização da Penal
É o princípio que garante que as penas dos infratores não sejam igualadas, mesmo que tenham praticado crimes idênticos. Isto porque, independente da prática de mesma conduta, cada indivíduo possui um histórico pessoal, devendo cada qual receber apenas a punição que lhe é devida.
Fundamentação:
Art. 5º, XLVI da CF
Arts. 5º, 8º, 41, XII e 92, parágrafo único, II, da LEP
Art. 34 do C
Princípio do ne bis in idem
O princípio em comento estabelece, em primeiro plano, que ninguém poderá ser punido mais de uma vez por uma mesma infração penal. 
Princípio da Adequação Social 
São condutas que são aceitas pela sociedade [e que não ofendam a CF], seja pelos costumes, folclore ou cultura, passaram a ser excluídas da esfera penal. 
 “Não se pode castigar aquilo que a sociedade considera correto” [sem ferir a Constituição Federal]. A sociedade, em sua maioria, também considera a pena de morte adequada como reação a alguns delitos. Ocorre que a pena de morte está proibida pela CF, salvo em caso de guerra externa. Como se vê, para a aplicação do princípio da adequação social não basta que a conduta seja aceita amplamente pela sociedade. É preciso sempre verificar os interesses em jogo assim como a CF.
Princípio da Insignificância 
 * Insignificância X Bagatela 
Isso significa que o Direito não deve preocupar-se com condutas incapazes de lesar o bem jurídico. No sistema penal, os tipos incriminadores exigem um mínimo de lesividade, ou seja, condutas totalmente inofensivas ou incapazes de lesar o interesse protegido não são de grande relevância. Sempre que a lesão for insignificante, incapaz de ofender o bem tutelado, não haverá adequação típica.
Contudo, não se deve confundir delito insignificante ou de bagatela com crimes de menor potencial ofensivo e contravenções penais que não são, a priori, insignificantes.
 Garantimos Penal
 Teoria de Luigi Ferrajoli 
Superação da Teoria de Luigi Ferrajoli

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