Prévia do material em texto
FABRICAÇÃO MECÂNICA: FUNDIÇÃO E SOLDAGEM Prof. Dr. Adriel Santana Prof. Dr Adriel Santana Ementa ★ Processo de Fundição ○ Princípios da fundição ○ Materiais utilizados na fundição ○ Etapas do processo de fundição ○ Tipos de moldes e modelos ○ Equipamentos convencionais de uma fundição ★ Introdução à Soldagem ○ Conceitos e aplicações ○ Classificação dos processos de soldagem ★ Arco Elétrico na Soldagem ★ Fundamentos da Metalurgia da Soldagem ★ Processos de Soldagem e Corte ○ Soldagem com eletrodos revestidos (SMAW) ○ Soldagem TIG (GTAW) ○ Soldagem MIG/MAG (GMAW) ○ Soldagem com arame tubular (FCAW) ○ Soldagem ao arco submerso (SAW) ○ Soldagem por resistência (RSW, PW, etc.) ○ Soldagem e corte a gás ○ Outros processos de soldagem (laser, ultrassom, explosão, etc.) ★ Defeitos em Construções Soldadas ★ Segurança na Soldagem e Fundição Prof. Dr Adriel Santana Bibliografia Básica ● GEARY, Don; MILLER, Rex. Soldagem / 2013 Porto Alegre: Bookman, 2013. ● FWAINER, Emilio; MELLO, Fábio Décourt Homem de; BRANDI, Sérgio Duarte. . Soldagem : processos e metalurgia / 2004 São Paulo: Edgard Blücher, 2004. ● INSTITUTO CIVIL DE RESPONSABILIDADE SOCIAL. Soldagem Aeronáutica / 2015 São Paulo: ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil, 2015. Prof. Dr Adriel Santana Bibliografia Complementar ● Tâmega, Fábio - Fundição de processos siderúrgicos / Londrina : Editora e Distribuidora Educacional S.A., 2017. ○ Santos, Carlos Eduardo Figueiredo dos Processos de soldagem : conceitos, equipamentos e normas de segurança / São Paulo : Érica, 2015. ● Marques, Paulo Villani- Soldagem: fundamentos e tecnologia / [4. ed.] – Rio de Janeiro: Elsevier, 2017. ○ BALDAM, Roquemar de L.; VIEIRA, Estéfano A. Fundição - Processos e Tecnologias Correlatas. 2. ed. Rio de Janeiro: Érica, 2014. Prof. Dr Adriel Santana Contrato Pedagógico Horário das Aulas Dias e horários das aulas: Atente-se aos dias e horários das aulas, principalmente aos dias que serão intercalados - terça-feira. Tolerância para atrasos: até 10 minutos Saída antecipada: apenas com justificativa Carga Horária do Curso: Parte Teorica : 50 horas Parte Pŕatica : 10 horas Prof. Dr Adriel Santana Aulas - Fabricação Mecânica ● Segunda-feira - Primeiro horário - 19h às 20h40 ● Terça-feira - Segundo horário - 21h às 22h30 ○ As aulas serão intercaladas com Sistema Hidráulicos e Pneumáticos (Prof. Elder). Aulas de Fabricação Mecânica -Terça-feira- ● 11de fevereiro - 21h - 22h30 ● 25 de fevereiro - 21h - 22h30 ● 11 de março - 21h - 22h30 ● 25 de março - 21h - 22h30 Prof. Dr Adriel Santana Contrato Pedagógico Chamada e Assiduidade Chamada será feita no início e final da aula ● Início da aula : 1ª e 3ª aula ● Final da aula : 2ª e 4ª aula Frequência mínima: 80% das aulas para aprovação Faltas justificadas: devem ser comunicadas conforme as regras da instituição Atrasos recorrentes: podem ser considerados falta parcial Prof. Dr Adriel Santana Contrato Pedagógico Critérios de Avaliação: Bimestral Provas escritas/práticas Relatórios e projetos Participação nas aulas Trabalhos individuais ou em grupo Prova Substitutiva: Substitui a nota do menor bimestre e seguindo normas institucionais Prof. Dr Adriel Santana Avaliação 1º Bimestre Prova teórica - 50 Prova prática - 30 AEP - 10 Integrada - 10 TOTAL - 100 2º Bimestre Prova teórica - 50 Prova prática - 30 AEP - 10 Integrada - 10 TOTAL - 100 APROVADO Obter 120 pontos, ou mais, nos dois bimestres. REPROVADO Obter menos que 120 pontos nos dois bimestres. Prof. Dr Adriel Santana Contrato Pedagógico Postura e Comportamento Respeitar colegas e professor Manter ambiente organizado Evitar conversas paralelas durante a explicação Não é permitido plágio ou cola Ida ao Banheiro Permitida após a chamada e em momentos oportunos Evitar saídas frequentes para não comprometer o aprendizado Não será permitido durante provas e avaliações práticas Uso de Celular Celulares devem estar no modo silencioso Permitido apenas para fins acadêmicos com autorização Uso inadequado pode resultar em advertência Prof. Dr Adriel Santana Contrato Pedagógico Uso do Laboratório Regras de Segurança: Seguir orientações do professor Uso obrigatório de EPIs quando necessário. Manter equipamentos e bancada organizados. Danos ao equipamento podem gerar penalizações Permanência no Laboratório/Oficina Celulares devem ser guardados para evitar distrações. Entrada permitida apenas com os EPIs necessários. Uso inadequado ou ausência de EPIs podem resultar em advertência ou penalização, incluindo nota zero na avaliação prática. Prof. Dr Adriel Santana Processo de Fundição Introdução ● Histórico da Fundição ● Partes essenciais de uma fundição Prof. Dr Adriel Santana Introdução Uma fundic ̧ão se dá por meio do derramamento de dado metal (ou liga metálica) líquido no interior de uma cavidade denominada molde cuja forma corresponde, em negativo, à da pec ̧a desejada (SIEGEL, 1985) Prof. Dr Adriel Santana Introdução Importância histórica e versatilidade ● Esse método existe há muito tempo, e ● é um dos mais versáteis, permitindo a criação de peças com diferentes formas, tamanhos e complexidades. ● um dos métodos mais econômicos de se produzir em série uma vasta gama de componentes metálicos. Prof. Dr Adriel Santana Histórico da Fundição ● Inicialmente, pequenos objetos de cobre nativo eram batidos para adquirir forma. ● Entre 5.000 e 3.000 a.C., surgiram os primeiros trabalhos com cobre fundido, utilizando moldes de pedra lascada. ● A fundição evoluiu ao longo dos séculos, tornando-se essencial para a produção de ferramentas, armas e estruturas complexas. Prof. Dr Adriel Santana Histórico da Fundição Era do Bronze e Início da Fundição de Ferro ● Era do Bronze (3.000 a.C.): Marcada pelo uso de ligas de cobre e estanho, permitindo a criação de ferramentas e armas mais resistentes. ● 600 a.C.: A China desenvolveu a fundição de ferro, um marco significativo na metalurgia. ● 1740: Na Inglaterra, Benjamin Huntsman desenvolveu o processo de fundição de aço, revolucionando a produção de materiais mais duráveis e versáteis. Prof. Dr Adriel Santana Histórico da Fundição Cronograma Evolutivo da Tecnologia da Fundição ● 4000 a.C.: Processo de fundição por cera perdida surge em países como China, Egito, Índia e Nigéria. ● 2800 a.C.: Mesopotâmia desenvolve processos de obtenção de ferro a partir de minérios, utilizando carvão vegetal. ● 1000 a.C.: Início da Idade do Ferro, com a obtenção de ferro forjado. ● 250 a 100 a.C.: Império Romano utiliza ferro em infraestrutura, armamentos e ferramentas. Prof. Dr Adriel Santana Histórico da Fundição Desenvolvimento de Fornos e Revolução Industrial ● 1300 a 1400: Desenvolvimento de fornos de fusão industrial e tecnologia de obtenção de ferro fundido no forno cubilo. ● 1760: Início da Primeira Revolução Industrial, com o uso de coque substituindo o carvão vegetal em altos-fornos na Europa. ● 1855: Implantação dos processos Bessemer, Thomas e Siemens- Martin para a produção de aço a partir de gusa. Prof. Dr Adriel Santana Histórico da Fundição Avanços Científicos e Técnicos no Século XX 1890: F. Osmond estuda o comportamento do ferro a altas temperaturas, definindo os pontos críticos do Diagrama de Ferro-Carbono. 1944: Johannes Croning desenvolve o processo de fundição Shell Molding, patenteando a técnica. 1960 em diante: Desenvolvimento de técnicas de controle de transformações para obtenção de peças fundidas em aço de alta resistência. Prof. Dr Adriel Santana Partes Essenciais de uma Fundição Projeto da Peça: Baseia-se no desenho técnico ou réplica da peça desejada. Modelo: Criação do modelo com alterações necessárias, como marcações de macho. Moldagem: Utilizaçãode moldes de areia para definir a forma da peça. Fundição: Vazamento do metal líquido no molde. Acabamento: Remoção de rebarbas e tratamento superficial da peça final. Prof. Dr Adriel Santana Fabricação de uma peça cilíndrica com um furo passante em molde de areia. ● Projeto da Peça (1): ○ Definição do desenho técnico da peça cilíndrica com furo passante. ● Modelo (3): ○ Criação do modelo com alterações, como marcações de macho (4). ● Caixa de Machos (2): ○ Utilizada para auxiliar na confecção dos machos, que compõem as partes internas da peça. Prof. Dr Adriel Santana ● Moldagem da Caixa Inferior (a): ○ Primeira etapa da moldagem, utilizando a caixa de moldar (7) e o estrado (10). ● Moldagem da Caixa Superior (b): ○ Utilização de pinos-guia (5) para manter as caixas na posição correta. ● Molde Pronto (6): ○ Montagem final do molde, com as duas caixas unidas. Prof. Dr Adriel Santana ● Detalhes dos Canais de Enchimento (12, 15, 16): ○ Preparação dos canais de enchimento e saída de gases (17). ● Posicionamento do Macho (9): ○ Colocação do macho no molde, definindo o vazio correspondente à peça (8). ● Travamento das Caixas (13): ○ Uso de pesos ou presilhas para evitar vazamento de metal durante o vazamento. Prof. Dr Adriel Santana ● Vazamento e Solidificação: ○ Após o vazamento do metal líquido e sua solidificação, a peça final é obtida. Prof. Dr Adriel Santana Processo de Fundição Generalidades dos processos de Fundição Prof. Dr Adriel Santana Definição do Processo de Fundição Consiste em vazar (despejar) metal líquido em um molde com uma cavidade que corresponde ao formato e medidas da peça a ser fabricada. Aplicação: Não se restringe apenas a ligas de aço, mas a diversos tipos de ligas metálicas, desde que atendam a dois requisitos principais: ● ✓ Temperatura de fusão não tão elevada (manutenção); ● ✓ Fluidez adequada para preencher o molde corretamente. Materiais Mais Utilizados: Os metais e suas ligas mais comuns em fundição incluem: ● ✓ Aços ● ✓ Ferros fundidos ● ✓ Alumínio ● ✓ Cobre ● ✓ Zinco ● ✓ Magnésio Prof. Dr Adriel Santana Vantagens e Desvantagens da Fundição Principal Vantagem: ✓ Permite a produção econômica de peças grandes ou com geometria complexa. Desvantagens: ● ✓ Tensões residuais elevadas: Podem causar distorções ou trincas nas peças. ● ✓ Microporosidades: Pequenos vazios internos que reduzem a resistência mecânica. ● ✓ Variações no tamanho de grão: Afetam a uniformidade e as propriedades mecânicas do material. Esses fatores resultam em peças com menor resistência e ductilidade quando comparadas a aços obtidos por processos como conformação a quente. Prof. Dr Adriel Santana Vantagens e Desvantagens da Fundição Peça feita pelo processo de fundição Peça conformada a quente Prof. Dr Adriel Santana Variantes do Processo de Fundição e Influência do Molde O processo de fundição pode variar de acordo com: ✓ Grau de automação: Desde processos manuais até totalmente automatizados. ✓ Produtividade: Capacidade de produção em larga escala. ✓ Precisão dimensional: Tolerâncias e exatidão nas medidas da peça. ✓ Acabamento superficial: Qualidade da superfície da peça após a fundição. O molde utilizado tem um impacto direto nas propriedades físicas do material final. Por exemplo: ✓ A taxa de dissipação de calor através do molde afeta o tamanho do grão do metal, o que influencia diretamente a resistência mecânica da peça. Prof. Dr Adriel Santana Classificação dos Processos de Fundição Classificação por Tipo de Molde: ● Os processos de fundição são frequentemente classificados de acordo com o tipo de molde utilizado. Classificação por Força de Preenchimento: classificação pela força ou pressão usada para preencher o molde com o metal líquido: ● ✓ Por gravidade: O metal líquido preenche o molde naturalmente, sem pressão adicional. ● ✓ Por pressão: O metal líquido é injetado no molde sob pressão, garantindo maior precisão e detalhes finos. https://www.youtube.com/watch?v=UgQQzfwXxtI https://www.youtube.com/watch?v=v1au2zCKUCA https://www.youtube.com/watch?v=wD2URxJOqC8 https://www.youtube.com/watch?v=ETTEc9L-H3s Prof. Dr Adriel Santana Classificação dos Processos de Fundição Prof. Dr Adriel Santana Processos Típicos (Classificação Combinada): Areia verde (molde descartável): ● Molde feito de areia úmida, de baixo custo e amplamente utilizado. Em casca (shell molding): ● Molde feito de areia revestida com resina, oferecendo maior precisão e acabamento superficial. Molde permanente (molde metálico, bipartido): ● Molde reutilizável, geralmente feito de metal, ideal para produção em larga escala. https://www.youtube.com/watch?v=tWnHhSm9nDE https://www.youtube.com/watch?v=DmRRCSvgyAU https://www.youtube.com/watch?v=lnHhP_kZ43k https://www.youtube.com/watch?v=oDs7vODtDFU https://www.youtube.com/watch?v=nz_TBlO3vQ4 https://www.youtube.com/shorts/bIBFhusMLgY https://www.youtube.com/watch?v=F3mqQg1AZJg https://www.youtube.com/watch?v=dMt1QdrvE3o Prof. Dr Adriel Santana Processos Típicos (Classificação Combinada): Cera perdida (molde e modelo descartáveis): ● Processo que utiliza um modelo de cera, que é derretido para formar o molde, permitindo peças com alta complexidade. Injeção (molde metálico): ● Metal líquido é injetado sob pressão em um molde metálico, ideal para peças pequenas e detalhadas. https://www.youtube.com/watch?v=DF-LDcv4SFs https://www.youtube.com/watch?v=D93iZcN1yUo Prof. Dr Adriel Santana Processo de Fundição Etapas dos processos de Fundição Prof. Dr Adriel Santana Confecção do Modelo (Modelação) O que é a Modelação? A modelação é a etapa em que se constrói um modelo com o formato exato da peça que será fundida. Esse modelo é usado para criar a cavidade no molde onde o metal líquido será despejado. Materiais Utilizados: O modelo pode ser feito de diversos materiais, dependendo da complexidade da peça e do processo de fundição escolhido. Os materiais mais comuns incluem: ● ✓ Madeira: Para peças simples e de baixo custo. ● ✓ Metal: Para peças que exigem maior precisão e durabilidade. ● ✓ Plástico: Para modelos complexos e de alta precisão. ● ✓ Gesso: Para peças com detalhes finos e acabamento superficial. Prof. Dr Adriel Santana Confecção do Modelo (Modelação) O modelo deve ser cuidadosamente projetado e fabricado, pois ele define o formato e as dimensões da peça final. Além disso, ele deve considerar aspectos como contração do metal Contração do Metal: O modelo deve prever a contração do metal durante o resfriamento, ajustando suas dimensões para garantir que a peça final tenha o tamanho correto. Sobremetal para Usinagem: Incluir um sobremetal no modelo permite ajustes posteriores, como usinagem de detalhes ou melhoria do acabamento superficial. C o e fi c ie n te d e c o n tr a ç ã o Prof. Dr Adriel Santana Confecção do Molde (Modelagem) O molde é o dispositivo onde o metal fundido é colocado para obter a peça desejada. Ele é feito de material refratário (como areia ou gesso) ou metálico e é moldado sobre um modelo. Após a retirada do modelo, resta uma cavidade com o formato exato da peça. Prof. Dr Adriel Santana Confecção do Molde (Modelagem) Moldes Colapsáveis: ● ✓ Característica: São quebrados ou destruídos para retirar a peça após a solidificação. ● ✓ Vantagem: 1 molde = 1 peça ou conjunto de peças. ● ✓ Materiais Comuns: Areia (verde ou com ligantes), gesso, cerâmicos. ● ✓ Aplicação: Ideais para peças únicas, protótipos ou pequenas séries. ● ✓ Processo: A cavidade do molde é criada compactando o material ao redor do modelo. Prof. Dr Adriel Santana Confecção do Molde (Modelagem) Moldes Permanentes: ● ✓ Característica: São abertos para retirar a peça e reutilizados várias vezes. ● ✓ Vantagem: 1 molde = milhares de peças, ideal para produção em larga escala. ● ✓ Fabricação da Cavidade: A cavidade é usinada diretamenteno molde, garantindo alta precisão dimensional. ● ✓ Materiais Comuns: Aço, ferro fundido (FoFo), cobre, alumínio, etc. ● ✓ Aplicação: Usados em processos como fundição por gravidade, injeção sob pressão e fundição em molde permanente. ● ✓ Vantagens Adicionais: ○ Maior durabilidade. ○ Melhor acabamento superficial. ○ Redução de desperdício de material. Prof. Dr Adriel Santana Comparação entre Moldes Colapsáveis e Permanentes Característica Moldes Colapsáveis Moldes Permanentes Durabilidade 1 uso (quebrado após a fundição) Reutilizável (milhares de peças) Materiais Areia, gesso, cerâmicos Aço, ferro fundido, cobre, alumínio Precisão Dimensional Menor precisão Alta precisão Custo Baixo custo inicial Alto custo inicial, mas econômico em larga escala Aplicação Peças únicas ou pequenas séries Produção em larga escala Prof. Dr Adriel Santana Confecção do macho (macharia) O macho é um dispositivo, geralmente feito de material refratário (como areia com ligantes), que tem a função de criar vazios, furos e reentrâncias na peça fundida. Ele é inserido no molde antes do vazamento do metal líquido. Função do Macho: ● ✓ Formar cavidades internas na peça, como furos passantes ou reentrâncias complexas. ● ✓ Garantir que áreas específicas da peça permaneçam ocas ou com formatos internos precisos. https://www.youtube.com/watch?v=DJiqKygfEbE&t=64s https://www.facebook.com/vladosaluminum/videos/semana-passada-fizemos-uma-publica%C3%A7%C3%A3o-sobre-a-macharia-explicando-o-que-ela-%C3%A9-e-/719669676022152/ Prof. Dr Adriel Santana Confecção do macho (macharia) Processo de Confecção: ● ✓ O macho é moldado em uma caixa de machos, utilizando areia compactada ou outros materiais refratários. ● ✓ Após a cura ou endurecimento, o macho é posicionado no molde antes de ele ser fechado. Aplicação: ● ✓ Usado em peças com geometrias internas complexas, como blocos de motores, tubulações e componentes mecânicos. Prof. Dr Adriel Santana Fusão e Vazamento na Fundição Fusão: ● ✓ Consiste no aquecimento do metal até sua temperatura de fusão, transformando-o em estado líquido. ● ✓ A temperatura varia conforme o tipo de metal ou liga (ex.: alumínio ~660°C, ferro fundido ~1.200°C). Vazamento: ● ✓ É o processo de enchimento do molde com o metal líquido. ● ✓ Pode ser feito por gravidade (o metal flui naturalmente para o molde) ou sob pressão (usado em processos como fundição por injeção). ● ✓ Requer controle preciso para evitar defeitos, como bolhas ou falhas no preenchimento. Prof. Dr Adriel Santana Fusão e Vazamento na Fundição Importância: ● ✓ A fusão e o vazamento são etapas críticas que determinam a qualidade da peça final. ● ✓ O controle de temperatura e a velocidade de vazamento são essenciais para evitar problemas como porosidades ou trincas. Prof. Dr Adriel Santana Desmoldagem A desmoldagem é a etapa em que a peça solidificada é retirada do molde e do macho após o resfriamento do metal. Como é Feita? ● ✓ Moldes Colapsáveis: O molde é quebrado ou destruído para retirar a peça. ● ✓ Moldes Permanentes: O molde é aberto mecanicamente para a remoção da peça. ● ✓ Macho: O macho é removido manualmente ou com auxílio de ferramentas, dependendo da complexidade da peça. Prof. Dr Adriel Santana Desmoldagem Processos de Desmoldagem: ● ✓ Manual: Utilizado em peças pequenas ou processos artesanais. ● ✓ Mecânico: Utilizado em produção em larga escala, com equipamentos como vibradores ou pinças hidráulicas. Importância: ✓ A desmoldagem deve ser feita com cuidado para evitar danos à peça. ✓ Em moldes permanentes, a limpeza e manutenção do molde são essenciais para garantir sua reutilização Prof. Dr Adriel Santana Rebarbação e Limpeza na Fundição É a etapa em que são removidos os excessos de material da peça fundida, como: ● ✓ Canais de alimentação: Por onde o metal líquido entra no molde. ● ✓ Massalotes: Reservatórios de metal que compensam a contração durante o resfriamento. ● ✓ Rebarbas: Excesso de metal que vaza para as junções do molde. ● ✓ Incrustações do molde: Resíduos de areia ou outros materiais do molde que aderem à peça. Prof. Dr Adriel Santana Rebarbação e Limpeza na Fundição Processos de Rebarbação e Limpeza: ● ✓ Corte: Uso de serras, lixas ou ferramentas manuais para remover canais e massalotes. ● ✓ Jatos abrasivos: Utilização de jateamento com areia ou esferas de aço para remover rebarbas e incrustações. ● ✓ Tratamento térmico ou químico: Em alguns casos, para facilitar a remoção de resíduos. Prof. Dr Adriel Santana Controle de Qualidade após Rebarbação e Limpeza Objetivo do Controle de Qualidade: ● ✓ Garantir que a peça fundida atenda às especificações de projeto. ● ✓ Identificar e corrigir defeitos antes da entrega ao cliente. Etapas do Controle de Qualidade: Inspeção Visual: ● ✓ Verificar a presença de rebarbas, trincas, inclusões ou outros defeitos superficiais. Medição Dimensional: ● ✓ Usar instrumentos como paquímetros, micrômetros ou CMM (Máquina de Medição por Coordenadas) para verificar tolerâncias. Prof. Dr Adriel Santana Controle de Qualidade após Rebarbação e Limpeza Testes Não Destrutivos (TND): ● ✓ Líquidos penetrantes: Detectar trincas superficiais. ● ✓ Ultrassom: Identificar porosidades ou falhas internas. ● ✓ Raios-X: Verificar defeitos internos e homogeneidade da peça. Testes Destrutivos (Amostragem): ● ✓ Realizados em peças de amostra para avaliar resistência mecânica, microestrutura e composição química. Registro e Acompanhamento: ● ✓ Documentar os resultados das inspeções. ● ✓ Aplicar ações corretivas em caso de não conformidades. Prof. Dr Adriel Santana Seleção do Processo de Fundição Prof. Dr Adriel Santana Como Escolher o Processo de Fundição Fatores Determinantes: A escolha do processo de fundição deve considerar: ● ✓ Quantidade de peças: Produção em pequena ou larga escala. ● ✓ Projeto da fundição: Complexidade geométrica e tamanho da peça. ● ✓ Tolerâncias requeridas: Precisão dimensional necessária. ● ✓ Especificação do metal: Tipo de metal ou liga a ser fundido. ● ✓ Acabamento desejado: Qualidade superficial requerida. Exemplos de Processos: ● ✓ Pequena escala: Fundição em areia verde ou cera perdida. ● ✓ Grande escala: Fundição em molde permanente ou por injeção sob pressão. Prof. Dr Adriel Santana Análise Econômica e Logística na Escolha do Processo Fatores Adicionais: ● Custo do ferramental: Investimento inicial em moldes e equipamentos. ● Comparativo econômico: Fundição vs. usinagem para peças complexas. ● Limites financeiros: Disponibilidade de capital para investimento. ● Requisitos de entrega: Prazo de produção e entrega das peças. Exemplo Prático: ● Para peças simples e em grande quantidade, a fundição em molde permanente pode ser mais econômica. ● Para peças complexas e em pequena quantidade, a fundição em areia ou cera perdida pode ser mais viável. Prof. Dr Adriel Santana Vantagens do Processo de Fundição Economia de Etapas: A maioria dos processos de fabricação utiliza produtos semiacabados (chapas, barras, perfis, tubos, fios e arames) como matéria- prima, exigindo várias etapas de transformação. A fundição parte diretamente do metal líquido, eliminando ou reduzindo etapas intermediárias. Vantagens Principais: ✓ Redução de custos: Menos etapas significam menor tempo e recursos gastos. ✓ Flexibilidade: Permite a produção de peças complexas em um único processo. ✓ Versatilidade: Adequado para diversos metais e ligas. ✓ Eficiência: Ideal para produção em larga escala ou peças únicas. Exemplo: Enquanto outros processos exigem cortar, dobrar, soldar ou usinar, a fundição cria a peça diretamente no formato desejado. Prof. Dr Adriel Santana Vantagens do Processo de Fundição Versatilidade de Formas: ● As peças fundidas podem ter formas externas e internas desde as mais simples até as mais complexas. ● Geometrias intrincadas, muitas vezes impossíveis de seremobtidas por outros processos, são viáveis na fundição. Flexibilidade de Tamanho e Peso: ● As peças fundidas podem variar de poucos gramas a muitas toneladas. ● Espessuras de parede podem ser tão finas quanto alguns milímetros, dependendo do material e do processo. Prof. Dr Adriel Santana Vantagens do Processo de Fundição Alto Grau de Automação: ● A fundição permite a produção rápida e em série de grandes quantidades de peças. ● Processos automatizados, como fundição por injeção ou em molde permanente, aumentam a eficiência e reduzem custos. Economia de Material e Energia: ● A fundição minimiza o desperdício de material, pois o metal líquido é direcionado apenas para onde é necessário. ● Comparado a processos como usinagem, a fundição consome menos energia para obter o formato final da peça. Prof. Dr Adriel Santana Vantagens do Processo de Fundição Flexibilidade de Acabamento e Tolerância Dimensional: ● As peças fundidas podem ser produzidas com diferentes padrões de acabamento superficial, desde mais lisos até mais ásperos, dependendo do processo utilizado. ● Tolerâncias dimensionais variam entre ± 0,2 mm e ± 6 mm, adequando-se às necessidades do projeto. ● Isso reduz a necessidade de operações de usinagem, gerando economia de tempo e custos. Economia de Peso: ● A fundição permite a obtenção de paredes com espessuras variadas, desde muito finas (alguns milímetros) até espessas, conforme necessário. ● Isso resulta em peças mais leves, sem comprometer a resistência, o que é ideal para setores como automotivo e aeroespacial. Prof. Dr Adriel Santana Defeitos Comuns em Peças Fundidas Inclusões: ● ✓ Presença de partículas estranhas (areia, escória, óxidos) no metal fundido. ● ✓ Causas: Contaminação do metal ou do molde. ● ✓ Impacto: Reduz a resistência mecânica e a durabilidade da peça. Porosidade: ● ✓ Formação de bolhas de gás ou vazios no interior da peça. ● ✓ Causas: Gases dissolvidos no metal ou má ventilação do molde. ● ✓ Impacto: Diminui a densidade e a resistência da peça. Prof. Dr Adriel Santana Defeitos Comuns em Peças Fundidas Rechupe: ● ✓ Cavidades ou depressões na superfície da peça devido à contração do metal durante o resfriamento. ● ✓ Causas: Falha no projeto do molde ou falta de massalotes. ● ✓ Impacto: Compromete a integridade e a aparência da peça. Heterogeneidades: ● ✓ Variações na composição química ou estrutura do metal. ● ✓ Causas: Resfriamento irregular ou impurezas no metal. ● ✓ Impacto: Afeta as propriedades mecânicas e a uniformidade da peça. Prof. Dr Adriel Santana Fundição em Areia Verde IIIrrrrrrrr Características do processo. Etapas da moldagem. Mecanização do processo. Vantagens e desvantagens. Prof. Dr Adriel Santana areia https://www.youtube.com/watch?v=4b_wKxDYfVo&ab_channel=MetalsandProcessing Prof. Dr Adriel Santana Processos de Fundição com Areia Processos Comuns: ● Aglomerada com cimento: Molde com alta resistência. ● Resinas de cura a frio: Boa precisão e acabamento. ● Resinas de cura a quente: Alta resistência e colapsibilidade. ● Silicato de sódio: Moldes rígidos e de alta estabilidade. Fundição em Areia Verde: ● O mais conhecido e empregado. ● Mantém a umidade original, sem necessidade de secagem. ● Composição: Areia-base (sílica, cromita, zirconita), argila (aglomerante) e água. Prof. Dr Adriel Santana Propriedades das Areias de Moldagem Propriedades Essenciais: ● Refratariedade: Resistência a altas temperaturas. ● Resistência mecânica: Suportar o peso do metal líquido. ● Permeabilidade: Permitir a saída de gases durante o vazamento. ● Plasticidade: Facilidade de moldagem. Areia para Machos: ● Além das propriedades acima, deve ter boa colapsibilidade (perda de resistência após a solidificação). Prof. Dr Adriel Santana Classificação das Areias de Moldagem Quanto à Origem: ● ✓ Natural: Extraída diretamente da natureza. ● ✓ Semissintética: Areia natural com aditivos. ● ✓ Sintética: Produzida artificialmente. Quanto ao Uso: ● ✓ Nova: Areia virgem, sem uso prévio. ● ✓ Reciclada: Reutilizada após processos de regeneração Prof. Dr Adriel Santana Classificação das Areias de Moldagem Quanto ao Estado de Umidade: ● ✓ Úmida (verde): Contém água e aglomerante. ● ✓ Seca (estufada): Seca em estufa para maior resistência. Quanto ao Emprego: ● ✓ Areia de moldagem: Para enchimento do molde. ● ✓ Areia de macho: Para fabricação de machos. Prof. Dr Adriel Santana Monitoramento de Areias Recicláveis Propriedades a Monitorar: ● ✓ Resistência: Garantir a integridade do molde. ● ✓ Permeabilidade: Evitar defeitos por gases retidos. ● ✓ Teor de umidade: Manter a plasticidade e a colapsibilidade. Registro e Análise: ● ✓ Os resultados devem ser registrados graficamente. ● ✓ Esses dados ajudam a identificar causas de defeitos em lotes de peças. Prof. Dr Adriel Santana Granulometria e Índice de Finura Granulometria: ● ✓ Tamanho dos grãos de areia. ● ✓ Afeta a permeabilidade e o acabamento superficial. Índice de Finura (IF): ● ✓ Média ponderada da massa retida em peneiras padrão. ● ✓ Escolha do IF depende do metal a ser fundido: Ligas fluidas (alumínio, magnésio): Areias finas. Ligas ferrosas (aço, ferro fundido): Areias grossas. Prof. Dr Adriel Santana EXERCÍCIOS Slide 1: FABRICAÇÃO MECÂNICA: FUNDIÇÃO E SOLDAGEM Slide 2: Ementa Slide 3: Bibliografia Básica Slide 4: Bibliografia Complementar Slide 5: Contrato Pedagógico Slide 6: Aulas - Fabricação Mecânica Slide 7: Contrato Pedagógico Slide 8: Contrato Pedagógico Slide 9: Avaliação Slide 10: Contrato Pedagógico Slide 11: Contrato Pedagógico Slide 12: Processo de Fundição Slide 13: Introdução Slide 14: Introdução Slide 15: Histórico da Fundição Slide 16: Histórico da Fundição Slide 17: Histórico da Fundição Slide 18: Histórico da Fundição Slide 19: Histórico da Fundição Slide 20: Partes Essenciais de uma Fundição Slide 21 Slide 22 Slide 23 Slide 24 Slide 25: Processo de Fundição Slide 26: Definição do Processo de Fundição Slide 27: Vantagens e Desvantagens da Fundição Slide 28: Vantagens e Desvantagens da Fundição Slide 29: Variantes do Processo de Fundição e Influência do Molde Slide 30: Classificação dos Processos de Fundição Slide 31: Classificação dos Processos de Fundição Slide 32: Processos Típicos (Classificação Combinada): Slide 33: Processos Típicos (Classificação Combinada): Slide 34: Processo de Fundição Slide 35: Confecção do Modelo (Modelação) Slide 36: Confecção do Modelo (Modelação) Slide 37: Confecção do Molde (Modelagem) Slide 38: Confecção do Molde (Modelagem) Slide 39: Confecção do Molde (Modelagem) Slide 40: Comparação entre Moldes Colapsáveis e Permanentes Slide 41: Confecção do macho (macharia) Slide 42: Confecção do macho (macharia) Slide 43: Fusão e Vazamento na Fundição Slide 44: Fusão e Vazamento na Fundição Slide 45: Desmoldagem Slide 46: Desmoldagem Slide 47: Rebarbação e Limpeza na Fundição Slide 48: Rebarbação e Limpeza na Fundição Slide 49: Controle de Qualidade após Rebarbação e Limpeza Slide 50: Controle de Qualidade após Rebarbação e Limpeza Slide 51: Seleção do Processo de Fundição Slide 52: Como Escolher o Processo de Fundição Slide 53: Análise Econômica e Logística na Escolha do Processo Slide 54: Vantagens do Processo de Fundição Slide 55: Vantagens do Processo de Fundição Slide 56: Vantagens do Processo de Fundição Slide 57: Vantagens do Processo de Fundição Slide 58: Defeitos Comuns em Peças Fundidas Slide 59: Defeitos Comuns em Peças Fundidas Slide 60: Fundição em Areia Verde Slide 61 Slide 62: Processos de Fundição com Areia Slide 63: Propriedades das Areias de Moldagem Slide 64: Classificação das Areias de Moldagem Slide 65: Classificação das Areias de Moldagem Slide 66: Monitoramento de Areias Recicláveis Slide 67: Granulometria e Índice de Finura Slide 68: EXERCÍCIOS