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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC CAMPUS ARARANGUÁ ANA HELENA KARPOVISCH, NATHALIA FARIAS DESMATAMENTO: FLORESTAS X MADEIRAS + BIOCOMBUSTÍVEIS + CRIAÇÃO DE GADO. Araranguá ANA HELENA KARPOVISCH, NATHALIA FARIAS DESMATAMENTO: FLORESTAS X MADEIRAS + BIOCOMBUSTÍVEIS + CRIAÇÃO DE GADO. Trabalho da disciplina de Energias Renováveis e Sustentabilidade do curso de Engenharia de Energia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Araranguá 2015 RESUMO O desmatamento no Brasil vem ocorrendo desde o século XV, onde a extração de madeira foi absurda. A mata atlântica foi a mais devastada. Atualmente o desmatamento ou desfloramento ainda continua e suas principais causas são a expansão agrícola, uso pra pecuária, urbanização, construção civil e maior demanda por recursos naturais. As consequências do desmatamento são grandes, ocorre erosão dos solos, afeta a fauna e flora, mudança no regime hidrológico e gera gases poluentes intensificando o efeito estufa. A extração de madeira, a expansão agrícola para gerar bicombustível e expansão das áreas para criação de gados são uns dos principais causadores do desmatamento no Brasil, principalmente por envolver a economia. A INEP criou quatro modelos diferentes de monitoramento na Amazônia, com o intuito de prevenir mais desmatamento, são eles o PRODES, DETER, DREGRAD e DETEX. As florestas são consideradas de vital importância para a humanidade, a preservação delas se torna essencial. O desmatamento Palavras-chave: desmatamento, desflorestamento, florestas. ABSTRACT Deforestation in Brazil has been taking place since the fifteenth century, the Mata Atlântica was the most devastated. Currently deforestation is still great and its main causes are agricultural expansion, use for livestock, urbanization, construction and increased demand for natural resources. Deforestation consequences are great, there is soil erosion, affect the flora and fauna, there changes in the hydrological regime and generates gases that intensify the greenhouse effect. The logging, agricultural expansion to generate biofuel and expansion of areas for breeding cattle are a major cause of deforestation in Brazil, mainly because it involves the economy. The INEP created four different models of monitoring in the Amazon, in order to prevent further deforestation, they are PRODES, DETER, DREGRAD and DETEX. Forests are considered of vital importance for humanity, preserving them becomes essential. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO....................................................................................................................05 2 DESMATAMENTO.............................................................................................................05 2.1 CAUSAS DO DESMATAMENTO....................................................................................05 2.2 CONSEQUÊNCIAS DO DESMATAMENTO..................................................................05 2.2.1 Perda de Produtividade....................................................................................................05 2.2.2 Mudanças no Regime Hidrológico..................................................................................05 2.2.3 Perda da Biodiversidade...................................................................................................06 2.2.4 Emissões de Gases Estufa................................................................................................06 3 MADEIRAS..........................................................................................................................07 4 BIOCOMBUSTÍVEIS.........................................................................................................08 5 AGROPECUÁRIA...............................................................................................................09 6 MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO...............................................................10 6.1 PRODES.............................................................................................................................10 6.2 DETER................................................................................................................................10 6.3 DEGRAD............................................................................................................................10 6.4 DETEX................................................................................................................................10 7 DIREITO AMBIENTAL.....................................................................................................10 8 CONCLUSÃO......................................................................................................................11 9 REFERÊNCIAS...................................................................................................................11 5 1 INTRODUÇÃO O desmatamento, ou desflorestamento, nas florestas brasileiras começou já em 1500, com os portugueses recém-chegados pensando em lucrar com a venda do pau-brasil na Europa e, desde então, só aumentou, se tornando um dos mais graves problemas ambientais da atualidade, pois além de devastar florestas e recursos naturais, compromete o equilíbrio do planeta, seja nos ecossistemas, economia e sociedade. 2 DESMATAMENTO De acordo com EMBRAPA (1996) e conforme CNPq e Academia de Ciências do Estado de São Paulo (1987), desmatamento é caracterizado pela prática de corte, capina ou queimada (por fogo ou produtos químicos), que leva à retirada da cobertura vegetal existente em determinada área, para fins de pecuária, agricultura ou expansão urbana. 2.1 CAUSAS DO DESMATAMENTO O desmatamento não ocorre naturalmente, sendo o homem o principal responsável pelas grandes áreas devastadas. Algumas das principais causas que não serão abordadas nesse trabalho incluem: atividade mineradora, crescimento da urbanização e aumento das queimadas acidentais e intencionais. Outras causas que abordaremos mais tarde incluem: expansão agropecuária e maior demanda por recursos naturais. 2.2 CONSEQUÊNCIAS DO DESMATAMENTO Com uma ação antrópica tão radical como o desmatamento, o dano para o meio ambiente é inestimável, muitas vezes sendo impossível reverter, causando um desequilíbrio permanente na natureza. As principais conseqüências serão listadas e explicadas logo abaixo. 2.2.1 Perda de Produtividade A erosão e a compactação do solo e a exaustão dos nutrientes estão entre os impactos mais óbvios do desmatamento. A produtividade agrícola cai na medida em que a qualidade do solo piora, embora um patamar mais baixo de produtividade possa ser mantido por sistemas tais como a alternância de cultivo. A adição contínua de cal, adubo e nutrientes pode conter a degradação, mas as limitações de recursos físicos e econômicos tornam o uso desses produtos inefetivo para grandes áreas longe dos mercados urbanos (Fearnside, 1997d). O desmatamento acaba com as opções de manejo florestal sustentável tanto para os recursos madeireiros quanto para os farmacológicos e os genéticos. 2.2.2 Mudanças no Regime Hidrológico Quando a floresta é convertida para usos como as pastagens, as funções da bacia hidrográfica ficam perdidas, pois a precipitação nas áreas desmatadas escoa rapidamente, formando cheias, seguidas por períodos de redução ou interrupção do fluxo dos cursos d’água. Essa alteração no ciclonatural da bacia hidrográfica acaba influenciando no ecossistema natural do rio e nos ecossistemas próximos a ele, assim como para a agricultura da várzea. 6 Acredita-se agora que a porcentagem de água reciclada dentro da bacia Amazônica esteja entre 20 e 30% (Lean et al., 1996), e não mais a tradicional estimativa de 50% (Salati & Vose, 1984). O escoamento através do rio Amazonas de quase 50% da chuva que cai na bacia implica que os outros 50% sejam reciclados, supondo que o vapor de água permaneça dentro da bacia. Na realidade, parte do vapor de água escapa para o Pacífico. Uma quantia considerável dessa água é transportada para o sul e centro-sul do Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina, e parte continua para o Atlântico em direção ao sul da África. Durante o período de transição da estação seca para a chuvosa (setembro-outubro) no sudoeste da Amazônia, o fornecimento de vapor de água é particularmente importante para evitar o prolongamento da estação seca em São Paulo. A capacidade de geração hidrelétrica, por outro lado, é particularmente dependente da estação chuvosa no sudoeste da Amazônia (dezembro), quando a diferença entre o comportamento hidrológico das áreas de floresta e das áreas desmatadas é mínima. De acordo com as estimativas preliminares de Pedro Silva Dias (comunicação pessoal), da Universidade de São Paulo, aproximadamente 70% da precipitação do estado de São Paulo vêm do vapor de água da Amazônia durante esse período. Com o desmatamento e as alterações hidrográficas conseqüentes, as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo ficaram sujeitas a repetidos apagões e racionamentos de energia em 2001 como resultados dos baixos níveis de água nos reservatórios hidrelétricos fora da região amazônica. Além dessa influência na precipitação na própria bacia hidrográfica e no transporte de água de longo alcance, também foi comprovado, através de observações, os resultados teóricos sobre o aumento da precipitação em locais desmatados, pois esses criam correntes de ar ascendentes convectivas que provocam a formação de nuvens. Para haver essa precipitação nas áreas desmatadas, a água deve ter vindo de outros locais, no caso, a borda da floresta, pois células convectivas fazem com que a umidade acabe indo para essas localidades com menos árvores. Essa seca nos arredores da floresta adiciona um fator de retroalimentação que reforça a degradação das bordas, por meio do estresse de fogo e água. 2.2.3 Perda da Biodiversidade A perda de partes importantes das florestas tropicais do Brasil empobrece a biodiversidade da Terra (Capobianco et al., 2001). Os maiores impactados sobre a biodiversidade causados pelo desmatamento são em áreas com pouca floresta remanescente e altos níveis de endemismo, como a Mata Atlântica. 2.2.4 Emissões de Gases Estufa O desmatamento em uma taxa igual à de 2003 implica na emissão de, aproximadamente, 429x10⁶ toneladas de carbono equivalente ao carbono de CO₂. No período de 1988 a 1994 (período base usado pelo Brasil para o seu inventário inicial de gás estufa para o Protocolo de Kyoto), foram liberadas 275x10⁶ toneladas, incluindo todos os 7 componentes (atualizado de Fearnside, 2000b, considerando as correções em Fearnside & Laurance, 2004 e Nogueira et al., 2005), ou 252x10⁶ toneladas se considerados apenas os componentes das emissões usados no Inventário Nacional, assim como os valores de densidade de madeira disponíveis antes da revisão de Nogueira e colaboradores (2005). Em 1990, as emissões líquidas de CO₂ do desmatamento no Brasil representaram 5% do total de todas as fontes de emissão (incluindo tanto as mudanças do uso da terra quanto os combustíveis fósseis) na época (Fearnside, 1997b), enquanto que o estoque de carbono na biomassa na Amazônia brasileira representava 38% do total tropical (Fearnside, 2000a:129). As emissões líquidas comprometidas referem-se ao resultado líquido de emissões e absorções quando uma paisagem florestada é substituída por um mosaico de usos da terra (que seria o resultado de uma condição de equilíbrio criado por uma projeção das tendências atuais). 3 MADEIRAS A utilização de madeiras sem origem legal, extraídas das áreas de florestas públicas diretamente pelas empresas e/ou por assentados e “povos da floresta” supera os 90% no mercado regional do sudoeste do Pará, além de estar diretamente vinculada aos desmatamentos, produz impactos tanto na demanda quanto na oferta de madeira. Adicionalmente, esta extração pode contribuir para ampliar as taxas de desmatamento e, como consequência, para o esgotamento do recurso, uma vez que a taxa de extração supera a taxa de reposição dos estoques, pois algumas espécies já apresentam dificuldade de serem encontradas, como o ipê, cedro e cumaru, entre outras (SANTANA et al., 2009a). Nas áreas desmatadas para agricultura e pecuária da região do sudoeste do Pará, por ser área de fronteira nova a intermediária, conforme Amaral (2005), são extraídas menos de 20 espécies florestais, pois o objetivo específico dos produtores é de financiar parte do custo de implantação dessas atividades com a venda das árvores de maior valor comercial a preços abaixo do preço de equilíbrio de mercado (SANTANA et al., 2010). Espera-se uma relação inversa entre preço e quantidade demandada de madeira em tora, pois, à medida que os preços sofrem um aumento, as empresas tendem a demandar uma menor quantidade do produto. Com relação à variável taxa de desmatamento, espera-se uma correlação positiva, pois, quando a taxa de desmatamento aumenta, naturalmente a demanda por madeira em tora tende a aumentar, em função da expectativa de que, com o desmatamento para a implantação de atividades agrícolas, pecuária e manejo florestal comunitário, uma maior quantidade do produto será disponibilizada e em condições favoráveis de preço. No ano de 2014, a taxa de desmatamento da Amazônia Legal foi 5012 km²/ano, sendo a segunda menor taxa desde 1988 e apresentando uma redução de 15% em relação ao ano de 2013 (INPE, 2015). A tabela abaixo mostra as taxas de desmatamento desde de 2004 dos estados que compõem a Amazônia Legal e da mesma como um todo. 8 Quadro 1. Áreas (km²) e taxa de desmatamento da Amazônia Legal durante o período de 2004 a 2014. 4 BIOCOMBUSTÍVEIS Biodiesel é o combustível derivado de óleos vegetais ou de gordura animal que pode substituir total ou parcialmente o óleo diesel derivado de petróleo. Pode ser obtido por diferentes processos, como craqueamento, transesterificação ou esterificação, tendo glicerina como subproduto. A transesterificação é o método estimulado pelo Programa Nacional de Produção e Uso de Biodiesel no Brasil, consistindo na reação química de triglicerídios com alcoóis (metanol ou etanol) na presença de um catalisador (NaOH). O biodiesel, além de ser obtido de fontes renováveis, tem como vantagens a menor emissão de gases poluentes e a menor persistência no solo. Entretanto, o custo de produção atualmente é maior e o balanço energético, apesar de variar com o sistema de produção utilizado, é menos favorável em relação ao óleo diesel. Na Região Sul, tem sido dado maior enfoque às culturas da soja, girassol, canola e mamona. Esta última, incentivada em regiões de baixa disponibilidade hídrica, está sendo melhorada geneticamente para produção de bicombustível. Tem como desvantagem a presença de ricina, substância tóxica ao homem e que pode contaminar o ambiente. O girassol e a canola produzem óleos “nobres” para alimentação humana, com altos teores de ácidos graxos poliinsaturados. Os combustíveis obtidos a partir de plantas reduzem a quantidade deCO₂ emitido para a atmosfera, pois as plantas absorvem esse CO₂ para sintetizar a glicose, contrabalançando o carbono liberado na queima do combustível. A utilização de bicombustíveis tem, assim, como consequência, a redução da emissão de GEE (Gases com Efeito de Estufa), responsáveis pelo aquecimento global (efeito estufa), e outros poluentes atmosféricos, como, por exemplo, o enxofre. Estudos apontam índices de emissão de CO2 até 80% menores do biodiesel em relação ao diesel de petróleo, o que o torna uma opção muito menos agressiva para o meio- ambiente. 9 No aspecto político, a grande vantagem dos bicombustíveis é tornar os países mais independentes dos fornecedores de petróleo, não ficando sujeitos às variações de mercado, cujos preços se prevêem que possam subir cada vez mais. No processo de fabricação dos bicombustíveis, produzem-se uma série de resíduos e subprodutos industriais, os quais podem, quando adequadamente geridos, contribuir para a viabilidade econômica da produção de biodiesel. Esses resíduos, de natureza líquida e sólida, possuem potencial para uso na indústria de alimentos e para a nutrição animal, bem como na indústria químico-farmacêutica. Além desses benefícios já citados, há ainda a contribuição para gerar empregos no setor primário e o subterfúgio do êxodo dos trabalhadores do campo para as cidades, favorecendo o ciclo da economia auto-sustentável essencial para a autonomia desses países. Apesar de tantos pontos a favor do biocombustível, existem alguns contras, como o aumento dos custos dos bens alimentares e o aumento das áreas de produção (desmatamento). 5 AGROPECUÁRIA Um pequeno fazendeiro no sul poderia dobrar sua propriedade migrando do sul para o norte em 1970. Em meados dos anos 80, ele poderia quase multiplicar por 15. Isto vai tornando as terras do sul crescentemente inacessíveis para os agricultores pobres e sem terra e, além disto, desloca usos menos intensivos, como a pecuária, para regiões onde o preço da terra é menor, pressionando a expansão da fronteira, ou seja, aumentando os desmatamentos. A remoção temporária ou parcial da floresta para a sua conversão em áreas de pastos e agrícolas associadas com a extração seletiva de madeira emite entre 0,6 e 0,9 (+/- 0,5) pentagrama de Carbono por ano. Isso representa, segundo algumas recentes estimativas, de 15 a 35% da emissão global média de combustíveis fósseis na década de 1990 (Defries et al., 2002). A agropecuária é o principal motivo atual pelo qual ocorre o desmatamento. Isso está associado, principalmente, à liquidez da atividade, à relativa simplicidade dos processos produtivos (pouco preparo do solo e poucas restrições associadas ao relevo e a áreas livres de troncos em florestas recentemente desmatadas), bem como ao baixo nível de investimento de capital necessário à sua instalação. A pecuária está presente tanto na fronteira mais antiga quanto nas zonas de expansão da ocupação da floresta. De 1990 a 2006, o rebanho bovino cresceu a uma taxa de 6,74% ao ano, na região da Amazônia Legal, enquanto no resto do Brasil o crescimento médio do rebanho foi de 0,57% ao ano. Com essas taxas, segundo os dados da Pesquisa Pecuária Municipal do IBGE, o rebanho cresceu, de 26 milhões de cabeças em 1990, para 73,7 milhões em 2006, o que corresponde a mais de 180% em 16 anos. A agropecuária da região amazônica é ainda estimulada por fatores como a sucessiva redução de custos de transporte, o aumento da produtividade da atividade associado a uma maior eficiência no manejo e o ainda relativamente pequeno preço da terra nas regiões de expansão 10 da Amazônia. Esse avanço da pecuária sobre as novas áreas segue uma dinâmica que está associada ao aumento da demanda de carne e à progressiva integração da pecuária da região com mercados globalizados. 6 MONITORAMENTO DO DESMATAMENTO Uma vez que as florestas podem ser consideradas de vital importância para a humanidade, a preservação delas se torna essencial. Para monitorar o desmatamento da Amazônia, o INPE desenvolveu quatro sistemas, cada um deles com uma função diferente. 6.1 PRODES PRODES é a sigla para Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite. Esse sistema consiste na utilização de imagens do satélite americano Landsat. Responsável, desde 1988, pelas estimativas anuais das taxas de desflorestamento da Amazônia Legal, divididas por estado (Acre, Amapá, Amazonas, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). Até agora, cerca de 700.000 km² já foram desmatados, o que corresponde a 17% da cobertura original da floresta. Desse total, 300.000 km² foram desmatados apenas nos últimos 20 anos. 6.2 DETER DETER significa Detecção de Desmatamento em Tempo Real e faz um levantamento rápido todo mês desde maio de 2004, com dados dos satélites Terra e Aqua, americanos, e CBERS, sinobrasileiro. Sua função é enviar alertas de focos de desmatamento, para dar suporte aos órgãos de fiscalização e controle. 6.3 DEGRAD DEGRAD é o Mapeamento da Degradação Florestal na Amazônia Brasileira. Mapeia áreas em processo de desmatamento onde a cobertura florestal ainda não foi totalmente removida. 6.4 DETEX DETEX é a sigla de Detecção de Exploração Seletiva. Seu objetivo é vigiar áreas de manejo florestal, apontando se a exploração seletiva de madeira está de acordo com o que foi autorizado pelos órgãos ambientais. 7 DIREITO AMBIENTAL Como já dito anteriormente, as florestas são essenciais e para garantir a segurança das mesmas, além do monitoramento, adotou-se um Código Florestal. Esse código tem descrito como devem ser tratadas as áreas florestais, mesmo que em propriedade privada, por exemplo, o tamanho da recomposição da mata ciliar (de 5 a 20 metros para rios de até 10 11 metros em propriedade de até 4 módulos fiscais) e determina como deverá ser a recomposição da Reserva Legal para diferentes tipos de propriedade. 8 CONCLUSÃO Mesmo apresentando diversos benefícios das principais causas do desmatamento, atualmente não é mais vantajoso desmatar para fazer utilização da madeira, para plantio ou criação de gado, e não só do ponto de vista ambiental, como também do econômico, pois foram criadas várias leis que restringem o desmatamento e, o não-cumprimento delas pode acarretar multas enormes. Entretanto, existem algumas técnicas novas, dentro da lei, que permitem a criação de gado em áreas florestadas. Esse é o caso do sistema agrossilvipastoril, que consiste na integração de dois cultivos diferentes no mesmo terreno, seja lavoura-pecuária (agropastoril), pecuária- floresta (silvipastoril), lavoura-floresta (silviagrícola) ou lavoura-pecuária-floresta (agrossilvipastoril). Alguns benefícios desse tipo de sistema incluem a otimização e intensificação da ciclagem de nutrientes no solo, melhoramento da qualidade e conservação das características produtivas do solo, manutenção da biodiversidade e sustentabilidade da agropecuária, melhoria do bem-estar animal, aumento na produção de grãos, carne, leite e produtos madeireiros e não-madeireiros, estabilidade econômica com redução de riscos e incertezas, redução da sazonalidade do uso da mão de obra e do êxodo rural, geração de empregos, possibilidade de aplicação em diversos sistemas e unidades de produção e redução da pressão para abertura de novas áreas com vegetação nativa. Com isso, conclui-se que, apesar da demanda por madeira, renovação da matriz energética e alimentação vegetal e animal, a consciência humana ainda tenta preservas as áreas florestais restantes, implantando leis anti-desmatamento e criando novas técnicas de cultivo, não carecendo da expansãoem florestas nativas e aprimorando a eficiência das áreas rurais já desmatadas. 9 REFERÊNCIAS FEARNSIDE, Philip M.. Desmatamento na Amazônia brasileira: história, índices e conseqüências. Megadiversidade, Manaus, v. 1, n. 1, p.113-123, jul. 2005. SANTANA, Antonio Cordeiro de; SANTANA, Ádamo Lima de; SANTOS, Marcos Antônio Souza dos. Influência do desmatamento no mercado de madeira em tora da região Mamuru- Arapiuns, Sudoeste do Pará. Revista de Ciências Agrárias, Belém, v. 54, n. 1, p.42-51, jan./abr. 2011. INPE. INPE apresenta taxa de desmatamento consolidada do PRODES 2014. 2015. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=3944>. Acesso em: 17 nov. 2015. MARGULIS, Sergio. Causas do Desmatamento da Amazônia Brasileira. Brasília: Banco Mundial, 2003. 100 p. 12 INPE. INPE apresenta taxa de desmatamento consolidada do PRODES 2014. 2015. Disponível em: <http://www.inpe.br/noticias/noticia.php?Cod_Noticia=3944>. Acesso em: 17 nov. 2015. INPE (Org.). 4) Como se monitora o desmatamento da Amazônia? Disponível em: <http://www.inpe.br/acessoainformacao/node/463>. Acesso em: 11 nov. 2015. CARNEIRO, Alessandra Paula. Gestão Ambiental e Perícia Ambiental. União da Vitória: Uniguaçu, 2015. 22 slides, color. EMBRAPA. Cultivos. 2015. Disponível em: <https://www.embrapa.br/agrossilvipastoril/cultivos>. Acesso em: 17 nov. 2015.
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