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Contabilidade Básica

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Contabilidade Básica
Objetivo desta aula:
 1) Distinguir os conceitos iniciais envolvidos na Contabilidade;
2)Estabelecer o conceito de Contabilidade;
3)Relacionar às áreas de atuação Contador;
4)Definir os usuários da Contabilidade;
5)Identificar os Princípios Contábeis;
Aula 1 – Conceitos de Contabilidade
Pode-se afirmar que a Ciência Contábil surgiu juntamente com o homem, pois desde os primórdios da vida humana os indivíduos, sentem necessidade de controlar, de alguma forma, o seu patrimônio. Necessitam mensurar, ou seja, medir o quanto ganham, quanto o patrimônio aumenta e o destino dos seus bens. A evolução da Contabilidade como ciência ocorreu com o florescimento do comércio. Nessa, época, o controle do patrimônio tornou-se essencial. Surgiram às primeiras formas realmente organizada de empresa e era preciso, mais do que nunca, controlar o que acontecia com estas entidades.
Analisaremos nesta aula como a Ciência da Contabilidade passou a mensurar controlar, estudar e verificar o patrimônio das entidades, visando fornecer informações sobre a situação da empresa a todos os interessados – proprietários, funcionários e fornecedores. Vamos estudar também o conceito de Contabilidade, seu objetivo de estudo, finalidade e as situações em que pode ser aplicadas.
Você já ouviu falar do método das partidas dobradas?
É o método considerado, até hoje, como base para a Contabilidade, que afirma que toda a origem de capital deverá ter sempre uma aplicação de igual valor.
Desde os primórdios o homem já demonstrava a habilidade e a necessidade de registrar o seu patrimônio. Imaginando a contabilidadede de um pastor por exemplo é fácil presumir que os rebanhos aumentavam devido à reprodução e os novos filhotes faziam com que a cada dia os pastores tivessem mais bens. Isso era registrado de forma rudimentar.
Pode-se afirmar que o maior destaque na história da Contabilidade é creditado ao Frei Luca Pocioli que no século XV em sua obra La Summa de Arithmetica Proportioni et Proportinalita disseminou o método conhecido como partidas dobradas.
Com o surgimento do método e as demais publicações do Frei Luca Pocioli – pai da Contabilidade – a Ciência Contábil saiu da forma rudimentar e passou a outras formas mais organizadas como a anotação em livros, depois o emprego de meios mecânicos e nos dias de hoje a utilização de sistemas contábeis informatizados.
Como vimos até aqui, após a divulgação do método das partidas dobradas, a contabilidade se desenvolveu como ciência e ganhou cada vez mais espaço. 
O que é Sistema padrão de registro?
 Partidas simples
Para registro de um fato contábil, apenas um elemento patrimonial é utilizado.
Exemplo:
Escrituração do livro caixa, visando apenas ao controle de dinheiro.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você notou que o vídeo esclarece que neste método todo débito corresponde a um crédito com o valor igual ao do débito e vice-versa, isto é, para crédito deverá haver um débito de valor igual ao do crédito?
Ativo Passivo
 Passivo E o que seria ativo e passivo?
 
 
 Ativo 
Com base no que foi visto até o momento, qual das quatro fórmulas de escrituração, fudamentada no método das partidas dobradas, você considera como mais comum utilizada em contabilidade?
Resposta:
Um débito e vários créditos
Vários débitos e um crédito
Um débito para cada crédito
Vários débitos e vários créditos
Todas as alternativas
Ainda que seja uma das fórmulas de escrituração, esta opção não é a mais comum.
Essa fórmula foi aprovada no Congresso de Contabilidade de 1924, mas não é a mais comum.
Opção correta! Essa é a fórmula mais comum e a que melhor explica o conceito do método: “a todo débito corresponde um crédito de igual valor e vice-versa”.
Também é uma opção correta, mas não é a mais comum.
Essa não é válida, pois apenas a opção “um débito para cada crédito” atende ao eu estava sendo pedido.
Por que o contador antigamente era conhecido como guarda-livros?
Há muito tempo, em uma terra não muito distante, os contadores eram chamados de guarda-livros. A origem desse estranho nome era proveniente da sua principal função que até então, era escriturar e manter em boa ordem os livros mercantis das empresas comerciais.
A contabilidade passou a se desenvolver a partir da necessidade de tornar a área contábil mais compreensível e dinâmica.
No Brasil, por exemplo, a construção da contailidade vem evoluindo desde o surgimento das escolas de contabildade e das regulamentações contábeis.
Vamos acompanhar como aconteceu esta evolução?
Você sabia que nesse ano de 1808 o Brasil deu os seus primeiros passos para a organização contábil?
O alvará publicado na época dizia que os contadores deveriam usar obrigatoriamente as partidas dobradas como método de escrituração.
Ativo
Dinheiro na carteira .......110,00
Dinheiro no banco .......1.100,00
Salário a receber ..........5.000,00
Valor do automóvel ....20.000,00
Valor da residência .....80.000,00
Passivo
Lojas americanas ............800,00
Plano de saúde ...............430,00
Faculdade ...................1.200,00
Mercado ........................500,00
Cartão de crédito ............650,00
Patromônio Líquido ......
Como
1850
Em 25 de Junho de 1850, o Imperador Pedro II promulgou o primeiro Código Comercial Brasileiro. Essa promulgação tornou obrigatória a escrituração contábil, além da elaboração anual do balanço.
C
1902
Porém, somente após doze anos do oferecimento das disciplinas Direito Administrativo e Contabilidade pela Escola Politécnica do Rio de janeiro que surgiu a Escola de Comércio Álves Penteado.
Essa escola, três anos depois, passou a ter o reconhecimento do curso de guarda-livros e também de perito-contador.
1946
A USP criou nesse ano a Faculdade de Ciências Contábeis, que coincide com a criação do Conselho Federal de Contabilidade(CFA).
1964
Em 1964, houve a promulgação da Lei nº 4.230 que instituiu as principais normas para a elaboração e controle de orçamento da União, Estados, Municípios e Distrito Federal. 
1976
Esse ano é marcado por um grande acontecimento para Contabilidade no Brasil: a criação da Lei n°6.404 ou Lei das Sociedades por Ações.
Em 1976 também houve a Criação da Comissão de Valores Mobiliários (CMV).
Responsável pela disciplina e funcionamento do mercado de valores imobiliários no Brasil.
2007
Nesse ano ocorreu uma revolução na Contabilidade através da promulgação da Lei nº 11.638, que alterou diversos dispositivos da Lei das Sociedades Anônimas e aproximou a Contabilidade brasileira do modelo que vem sendo adotado mundialmente.
A partir daí o Brasil passou a utilizar os princípios das IFRS visando a melhor apresentação e compreensão das normas e demonstrações contábeis.
Mas afinal, o que é Contabilidade?
Definida como a ciência responsável pelo estudo dos fenômenos ocorridos no patrimônio das entidades, a Contabilidade é a responsável, portanto, pelo registro, classificação e demonstração dos fatos ocorridos no patrimônio das entidades, através da escrituração contábil. 
A Contabilidade também fornece informações para a análise e interpretação dos fatos obtidos mediante a escrituração contábil, e possibilita que sejam evidenciadas, ou seja, que sejam conhecidas as variações através dos períodos em que houve alteração no patrimônio.
Escrituração Contábil - Técnica que consiste em registrar de forma ordenada tudo o que ocorre nas empresas.
No que diz respeito ao patromônio das entidadespode-se dizer que a Contabilidade atua em três campos:
Econômico
Financeiro
Patrimonial
Econômico
Imagine a seguinte situação:
Uma empresa que compra sempre à vista e realiza suas vendas sempre a prazo acaba por ter sua operação de geração de capital:
Resposta:
Favorecida, pois não parcela, nem cria dívidas em cima de suas compras.
Toda a vez que uma entidade apura o seu resultado do exercício, ela faz um resumo da sua situação econômica, e isso não necessariamente reflete em uma boa situação patrimonial.
Financeiro
Acredite
Mesmo que uma entidade tenha prejuízo, ou seja, acabe por menos do que comprou, ela pode ter dinheiro em caixa suficiente, oriundo de outras operações bem sucedidas para pagar suas contas.
Patrimonial
Bens, direitos e obrigações.
Estes três elementos representam a entidade como um todo, ou seja, o que ela tem como patrimônio.
Bens
O patrimônio é a garantia de todo o desenvolvimento e até mesmo da continuidade da entidade.
Direitos
Direitos podem ser entendidos como os valores que determinada entidade tem a receber e terceiros.
 O exemplo mais comum neste grupo são os clientes, que são indivíduos para quem a empresa vendeu, garantindo, assim, no futuro, o direito de receber o pagamento.
Obrigações
As obrigações ou passivos exigíveis, são dívidas que a empresa assumiu com terceiros, ou seja, com pessoas alheias á entidade.
Notou que a palavra chave na Contabilidade é patrimônio?
Na verdade, o campo principal da Contabilidade é o patrimônio, que pode ser uma pessoa física – por exemplo, você mesmo – ou pessoa jurídica – entidade que pode ser formada por uma ou mais pessoas.
Pessoa Física
Considera-se pessoa física toda pessoa natural que é registrada em cartório e que possui bens, direitos e obrigações junto ao Estado.
A pessoa física responde individualmente por seus atos e só terá fim quando decretada a sua morte.
Pessoa Jurídica
Trata-se da composição de uma ou mais pessoas físicas, por meio de um contrato que deverá ser registrado em cartório, na Receita Federal ou Junta comercial.
Mas se a pessoa jurídica é formada por uma ou mais pessoas físicas, por que devemos considerar que entidade é igual à pessoa jurídica?
Na verdade os reponsáveis pela pessoa jurídica são as pessoas físicas que a formaram e seu término será dado por um acordo entre estas pessoas ou por decisão judicial.
No caso de constituição por pessoa física, os dois tipos mais comuns são as sociedades limitadas e as sociedades anônimas, sendo que para as limitadas o documento de nascimento é o Contrato Social e para as anônimas e o Estatuto Social.
Existem dois aspectos que podem ser observados em relação ao patrimônio das entidades:
Quantitativo
Diz respeito à expressão monetária.
Aqui no Brasil a moeda em que o Balanço deve estar expresso é o real.
Qualitativo
Com relação ao aspecto qualitativo do patromônio é possível citar as nomenclaturas que são utilizadas para descrever cada elemento:
Bens: representados pelo caixa;
Direitos: representados pelos clientes;
Obrigações: representados por contas diversas a pagar.
E quanto ao patrimônio líquido, qual é a sua funcionalidade?
Patrimônio líquido nada mais é do que a soma de tudo que a empresa tem (bens), tudo o que ela tem para receber(direitos) menos as suas obrigações. Desta forma, o que sobra no caso de liquidação de dívidas é o que é realmente da propriedade.
Para entender melhor, voltemos ao que já foi dito sobre ativo e passivo.
Sócio de uma empresa de sapatos, você se tornou o responsável direto na parte de escrituração contábil e percebeu que este ano o total do ativo foi de R$35.000,00 e o passivo R$70.00,00.
Resposta:
Na verdade a empresa fechou com o patrimônio líquido negativo ou passivo a descoberto, uma vez que o passivo e R$35.000,00 a mais que o ativo.
Sendo o valor de passivo maior do ativo, a empresa fechou com ao patrimônio líquido negativo ou passivo descoberto.
Você já ouviu falar em Contrato Social e Estatuto Social?
Estatuto Social
O Estatuto Social é o documento pelo qual são constituídas as sociedades anônimas.
No caso, destas sociedades, é feita uma assembléia que deverá representar, no mínimo, metade do capital social, ou seja, o capital da empresa.
Nome;
Prazo de duração;
Localização da empresa;
Objetivo social(ou seja, o que ela terá como atividade);
Seu capital social; e
Outros dados promordiais para o nascimento da entidade.
Contrato Social
O Contrato Social é o documento de nascimento de uma entidade com fins lucrativos e não anônimos.
Este documento não pode ter nenhum tipo de emendas, rasuras ou qualquer tipo de entrelinha. Além disso, o documento deverá designar o objetivo da sociedade e o nome desta.
1-Contador
É a forma independente que assume a contabilidade.
Atualmente, o profissional que deseja trabalhar nesta área precisa fazer o exame de suficiência do CRC e obter o registro junto ao órgão para exercer a profissão.
Um profissional que deseja atuar como contador pode ter seu próprio escritório, desenvolvendo funções generalistas, com relação a uma empresa.
O contador pode ser também analista ou assistente, atuando na área tributária, de custos, gerencial, de controladoria, entre outras.
CRC – O Conselho Regional de Contabilidade (CRC) é uma entidade criada pelo Decreto Lei n°9.295/46. Como órgão Regional, é subordinado ao Conselho Federal de Contabilidade e sua jurisdição abrange todo o Estado do Rio de Janeiro.
2-Perito Contábil
A profissão de perito contábil é prerrogativa exclusiva do contador, ou seja, somente o bacharel em Ciências Contábeis, devidamente habilitado (com CRC), poderá atuar nesta área.
Este profissional atua com a indicação de juízes ou partes envolvidas em processos e é responsável pela elaboração de laudos que serão utilizados para a tomada de decisão judicial, em casos de dissolução de entidades, pensão alimentícia, recálculo de encargos financeiros com Sistema Financeiro Habitacional, com bancos em geral, entre outros.
3-Controller
É aquele profissional que atuará como gestor de uma determinada entidade, trabalhando para fazer a gestão de forma eficaz.
4-Tributarista
Levando-se em conta a complexidade do sistema tributário brasileiro, esta é uma área que possui uma vasta demanda de profissionais.
O contador pode trabalhar de forma independente, ou seja, oferencendo consultoria nesta área, ou atuar dentro de uma empresa, planejando quais as melhores formas de tributação para aquela entidade.
 
A figura do leão faz referência a uma das mais famosas tributações: o imposto de renda.
5- Auditor
Assim como o perito contábil, somente o profissional formado em Ciências Contábeis, devidamente habilitado, poderá atuar como auditor.
Este profissional é responsável por analisar as demonstrações contábeis, bem como trabalhar para que os controles internos sejam respeitados e para que isso seja feito de forma eficiente.
Lembrando que a auditoria está dividida em duas modalidades:
Auditoria interna – que é aquela realizada dentro das entidades para a verificação dos procedimentos internos; e
Auditoria externa – que é aquela normalmente requerida por uma sociedade anônima para a verificação da veracidade de suas demonstrações contábeis.
6-Contador Público
É aquele profissional que prestou concurso e trabalha na área pública.
As entidades públicas por possuírem patrimônio também são objeto da Contabilidade.
7-Pesquisador e Professor
Assim como em todas as profissões, o profissional graduado em Ciências Contábeis poderá atuar da docência ou presquisa.
Mas, se você não se encaixou em nenhum desses perfis, não se desespere....
Além das áreas citadas, existem outras possibilidades de atuação para o profissional contábil.
Porém, antes de escolher a área que deseja atuar, é muito importante entender que o objetivoda Contabilidade é fornecer informações sobre a composição do patrimônio e como funcionam as suas variações. A partir daí, é possível pensar na área que se quer seguir.
Outro ponto que pode ajudar na decisão da carreira a seguir é o pensamento voltado para as finalidades da Contabilidade, pois, atualmente, a sua principal função é o planejamento que serve de base para análise de situações futuras e o controle do que acontece com as instituições.
Você consegue imaginar quem são os possíveis usuários da contabilidade? Qual o interesse destes na informação contábil?
Os usuários da contabildade são divididos em dois tipos:
Agente Internos 
Os agentes internos podem ser apresentados aos usuários que tem algum tipo de relação direta com a entidade e que, por consequência, tem facilidade de acesso ás informações contábeis.
Os interessados e seus respectivos interesses são:
Gerentes – utilizam a informação para tomar decisões;
Funcionários – utilizam as informações da empresa para saber se receberão ou não seus salários, férias e benefícios, quando definidos na política da empresa.
Agentes Externos 
Os agentes externos são aqueles que não possuem uma relação direta com a entidade, mas que, mesmo assim, mantém algum tipo de relacionamento com esta. 
Clique nos agentes externos para conhecê-los:
Bancos
Concorrentes
Governo
Fornecedores
Clientes
Investigadores
Você já parou para pensar como seria se cada um fizesse as coisas do jeito que quisesse? Se não houvesse normas para executar cada tarefa?
E na Contabilidade? Como seria se cada um fizesse o registro das informaçoes contábeis do jeito que quisesse?
Se cada um decidisse o que deveria ou não registrar?
Para que haja uma padronização, é preciso que existam órgãos responsáveis pela normalização contábil. No Brasil as normalizações são de responsabilidade da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
A resolução de n° 750/93, emitida pelo Conselho Federal de Contabilidade, definiu alguns princípios contábeis como intuito de padronizar a Contabilidade.
Alguns autores dividem os princípios contábeis em três categorias:
Postulados
Conhecido como “Pilares da Contabilidade”, os Postulados são considerados a base da teoria contábil e se divide em Postulados Entidade e Postulados da Continuidade, onde o primeiro estabelece o patrimônio como sendo o objetivo da Contabilidade e o segundo prevê que o processo contábil deve ser considerado sem prazo estimado de duração.
Princípios
É a padronização das técnicas contábeis adotadas pela maioria dos profissionais, com o intuito de normalizar os lançamentos e relatórios, para um melhor controle do patromônio da entidade.
No Brasil, os princípios contábeis são os estabelecidos pela Resolução CFC 750/93. Tais princípios servem como padrões a serem seguidos na contabilização dos fatos contábeis.
Convenções Contábeis
Conceitos que servem como um guia para o profissional da área contábil, normalizando padrões de conduta na hora de escriturar os fatos contábeis, tais como: objetividade, conservadorismo, materialismo e evidenciação.
Atenção
O mais comum é a utilização da padronização com base na Resolução n° 750/93, atualizada pela Resolução nº 1.282/10, sem a separação por categorias.
Aula 2 – Conceitos de Patrimônio
Objetivo desta aula:
1) Diferenciar o conceito de bens, direitos e obrigações;
2) Relacionar os diversos tipos de bens;
3) Distinguir o que é situação gráfica do patrimônio;
4) Identificar as representações gráficas patrimoniais;
5) Avaliar a formação do patrimônio.
Você já parou para pensar em tudo que possui? Já percebeu que isso faz parte do seu Patrimônio?  
Muitas pessoas acham que só os bens que elas possuem fazem parte do patrimônio, mas é preciso lembrar que o que elas têm a receber, ou seja, os direitos, e o que elas têm a pagar também fazem parte do conjunto denominado Patrimônio. 
Outro aspecto importante é compreender como funcionam as movimentações no patrimônio, ou seja, como este aumenta, diminui ou sofre qualquer tipo de movimentação. 
É importante saber também quais as possíveis situações patrimoniais, o que demonstra e como o balanço pode ser configurado.
Na primeira aula, você aprendeu que a palavra chave da contabilidade é
patrimônio...
... Mas será que você lembra como se constitui o patrimônio de uma entidade ou de uma pessoa?
Vivemos de sonhos, não é mesmo?
O sonho do carro novo, da casa própria, do negócio próprio, enfim, de adquirir muitos bens para o nosso conforto.
Se você tivesse a grande oportunidade de se tornar o seu próprio patrão, que tipo de negócio você escolheria?
O Código Civil brasileiro distingue os bens em:
Bens imóveis, aqueles vinculados ao solo, que não podem ser retirados sem destruição ou danos, como por exemplo: edifícios, construções, árvores etc. 
Bens móveis, aqueles que podem ser removidos por si próprios ou por outras pessoas, como por exemplo: animais, máquinas, equipamentos, estoques de mercadorias etc.
A top of mind no ramo de refrigerantes
Criada em 1886, a Coca-cola é a marca mais lembrada quando se fala em refrigerante, além de ser bastante consumida e comercializada em mais de 200 países.
A frase “Você é essa Coca-Cola toda” ficou muito famosa após uma campanha publicitária do dia das mães.
Como vimos, os bens imateriais são bens intangíveis, ou seja, não têm matéria, não podem ser tocados. A marca Coca-Cola, que vemos neste exemplo, é um bem imaterial. 
Enquanto marca ela não pode ser tocada, certo? Mesmo assim, pode ser avaliada economicamente, isto é, possui valor econômico sem que possamos pegá-la ou transportá-la.
Outro exemplo de bens imateriais são as Patentes, que nada mais são do que registros de invenções de uma pessoa ou empresa. 
Nesse caso, a pessoa ou empresa tem o direito de explorar os benefícios advindos daquela determinada invenção.
Conforme o que já foi estudado na primeira aula, os bens são todas as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanas e que podem, de alguma forma, ser mensuradas, medidas economicamente, ou seja, que podem ter algum valor atribuído de algum jeito.
Observe que no interior da sua loja, por exemplo, teríamos inicialmente três categorias de bens: bens de uso da loja, bens de troca e bens de consumo. 
Alguns desses bens estão em destaque no interior da loja. Selecione a categoria que você considera adequada para cada um deles.
Os bens de uso da loja são todos aqueles utilizados pela empresa para a exploração da sua atividade principal, como os móveis onde ficarão expostos os produtos.
Fazem parte dos bens de troca os produtos que formam a base da atividade da empresa, como os produtos à venda.
Já os bens de consumo estão relacionados aos bens que serão consumidos, como as caixas e sacolas para embalar os produtos, materiais de escritório, ou seja, tudo aquilo que não é durável na entidade.
O LEGO é um  brinquedo inteligente, constituído por blocos coloridos e encaixáveis, que estimula o lado criativo de crianças e adultos desde 1950. No Brasil, o LEGO só começou a ser comercializado no final de 1985.
Como vimos, os bens imateriais são bens intangíveis, ou seja, não têm matéria, não podem ser tocados. A marca LEGO, por exemplo, é um bem imaterial. 
Enquanto marca ela não pode ser tocada, certo? Mesmo assim, pode ser avaliada economicamente, isto é, possui valor econômico sem que possamos pegá-la ou transportá-la.
Outro exemplo de bens imateriais são as Patentes, que nada mais são do que registros de invenções de uma pessoa ou empresa.
 
Nesse caso, a pessoa ou empresa tem o direito de explorar os benefícios advindos daquela determinada invenção.
Conforme o que já foi estudado na primeira aula, os bens são todas as coisas capazes de satisfazer as necessidades humanase que podem, de alguma forma, ser mensuradas, medidas economicamente, ou seja, que podem ter algum valor atribuído de algum jeito.
Observe que no interior da sua loja, por exemplo, teríamos inicialmente três categorias de bens: bens de uso da loja, bens de troca e bens de consumo. 
Alguns desses bens estão em destaque no interior da loja. Selecione a categoria que você considera adequada para cada um deles.
"Os gatos preferem Whiskas"
Whiskas é a mais famosa marca de ração para gatos do mundo. 
A sua linha de produtos compreende uma variedade de alimentos com sabores e tipos diferentes.
Como vimos, os bens imateriais são bens intangíveis, ou seja, não têm matéria, não podem ser tocados. A marca Whiskas, por exemplo, é um bem imaterial. 
Enquanto marca ela não pode ser tocada, certo? Mesmo assim, pode ser avaliada economicamente, isto é, possui valor econômico sem que possamos pegá-la ou transportá-la.
Outro exemplo de bens imateriais são as Patentes, que nada mais são do que registros de invenções de uma pessoa ou empresa. 
Nesse caso, a pessoa ou empresa tem o direito de explorar os benefícios advindos daquela determinada invenção.
Até este ponto conhecemos o conceito de bens, direitos e obrigações.
De que forma isto é representado para que faça sentido do ponto de vista contábil?
Para que você entenda, vamos retomar alguns conceitos estudados na primeira aula. Só que dessa vez, usando a terminologia contábil.
A igualdade entre Bens, Direitos e Obrigações é possível?
Imagine uma balança. Para que ela fique equilibrada é preciso que os dois lados estejam com o mesmo peso, não é?
Assim também acontece na Relação Patrimonial, onde o Ativo e o Passivo devem permanecer equilibrados.
E se o equilíbrio não acontecer?
É neste ponto que surge um novo elemento na equação patrimonial denominado Patrimônio Líquido, que nada mais é do que a diferença entre o Ativo e o Passivo, ou seja, é o valor líquido resultante da seguinte equação: 
Bens + Direitos – Obrigações
Outra definição que pode ser dada ao Patrimônio Líquido é a de que este é o grupo que representa o valor referente aos acionistas ou a que estes pertencem.  
 
São exemplos de contas de patrimônio líquido, conforme a Lei nº 11.638/07: 
 
• Lucro Social;
• Reservas de Capital;
• Ajustes de Avaliação Patrimonial;
• Reservas de Lucros;
• Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. 
Lembrando que em nossos estudos as contas mais vistas serão as de Lucro Social, Reservas de Lucro ou Prejuízos Acumulados.
 
No balanço patrimonial, o dinheiro “entra” pelo lado do Passivo. Você sabe de que forma isso ocorre? 
Analise o quadro:
 
Quando os sócios abrem a empresa, eles colocam o capital nela, e esse fica registrado no Passivo, ou seja, sua origem foi no Passivo.
Em contrapartida, o dinheiro é aplicado no Ativo.
O mesmo ocorre, por exemplo, com os fornecedores, pois determinada mercadoria aparecerá no Ativo.
Lembre-se: as origens de recursos correspondem às obrigações e podem ser divididas em dois tipos:
 
De terceiros – são recursos provenientes de entes alheios à companhia ou que não fazem parte diretamente desta, como, por exemplo, os fornecedores, o governo através dos impostos, financiamentos, salários a pagar, entre outras dívidas.
 
De recursos próprios – recursos provenientes de capital dos sócios, do capital social ou, ainda, de lucros e reservas que são valores decorrentes das atividades normais da empresa.
Pense nos seus bens, direitos e obrigações. 
O que hoje você possui mais?  
Ambas as respostas configuram uma Situação Patrimonial, ou seja, uma das formas de apresentação do balanço que pode ser aplicada tanto à pessoa física quanto à jurídica.
Em uma Situação Patrimonial podem ser apresentados mais Bens e Direitos do que Obrigações, mais Obrigações do que Bens e Direitos ou ainda Ativo e Passivo iguais.
Agora, vamos trabalhar algumas formas de apresentação do Patrimônio e como elas podem ser entendidas mediante o uso de ilustrações. 
 
A maneira mais simplificada para que sejam demonstradas as situações possíveis em relação à estrutura patrimonial é a utilização de balanças no lugar dos gráficos.
... Mas como?
Com valores iguais para o Ativo e para o Passivo, o equilíbrio estará alcançado. Isso é fácil de perceber.
 
Porém, normalmente, o Ativo e o Passivo apresentam valores diferentes e esta balança virtual penderá para um dos lados. 
 
Você deve buscar sempre o equilíbrio.
O peso (valor) que se utiliza para se alcançar este equilíbrio é chamado Patrimônio Líquido e, por lógica, estará no lado do menor valor, compensando, assim, a diferença.
Na balança, você colocará a quantidade de peso que represente a fórmula exibida. 
Existem dois pesos para cada função, representada da seguinte forma:
Note que esta situação traz valores iguais para Ativo (A) e Passivo (P), o que revela a inexistência de riqueza própria (representada pelo Patrimônio Líquido), como, por exemplo, acontece com o indivíduo ou empresa que possui bens à sua disposição, mas tem dívida junto a terceiros de igual valor. 
 
Essa situação também é possível quando a empresa tem exatamente o mesmo valor de capital social e de prejuízo, o que acaba fazendo com que ela fique com o Patrimônio Líquido igual a zero.
Com valores idênticos, fica fácil verificar que o Ativo e o Passivo representam o mesmo peso, fazendo com que a empresa possua um Patrimônio Líquido igual a zero.
 , 
Chegamos ao final de mais uma aula e para encerrar vamos a mais uma atividade de fixação.
Imagine que você tenha a seguinte situação: 
Uma casa no valor de R$100.000,00; 
Um veículo no valor de R$25.000,00;
Direitos a receber de uma venda de um terreno que você fez no valor de R$20.000,00; e
Uma patente registrada, daquela brilhante invenção, no valor de R$10.000,00.
Em contrapartida, você tem:
Um financiamento de R$80.000,00;
Um empréstimo de R$20.000,00; e 
Dívidas, em geral, no valor de R$5.000,00.
Dica de resolução
Para apurar o valor dos bens, direitos e obrigações é necessário fazer a diferenciação entre os conceitos: primeiro com relação aos bens é preciso lembrar que é tudo o que possuo e que pode me gerar benefício futuro, no caso dos direitos é que tudo o que se tem a receber e com relação às obrigações é só lembrar que é tudo aquilo que deverá ser pago. Por fim, a riqueza líquida será a comparação dos bens mais os direitos e menos as obrigações, ou seja, o que realmente sobra de patrimônio.
Aula 03 – Conceito e Classificação de Conta
Objetivo desta aula:
1) Identificar o conceito e classificação de contas;
2) Reconhecer a origem do débito e do crédito;
3) Distinguir conceito e organização das contas;
4) Estabelecer os conceitos relativos ao plano de contas.
Introdução
Depois de estudarmos alguns conceitos de contabilidade, já entendemos que existem bens, direitos e obrigações e verificamos que o registro que modifica esses elementos ocasiona alterações no patrimônio e, assim, cada elemento deverá ser devidamente identificado. É neste momento que surge o conceito de conta ― nome que irá definir cada elemento da contabilidade.
O plano de contas, por sua vez, será uma lista organizada de como são essas contas, ou seja, de como estes elementos patrimoniais, devidamente organizados, deverão aparecer na contabilidade. O plano de contas é, por isso, um elemento essencial no dia a dia do contador e apresenta as contas de acordo com a sua codificação e classificação devidas.
Quando você pensa em conta, qual das opções abaixo lhe vem primeiro à cabeça?
Não é bem assim...
Justamente em Contabilidade, conta perde esse aspecto generalizado e ganha um significado bastante específico.
Conta
Nome técnico do elemento que representa o fato contábil, que se divide em:Contas Patrimoniais
São aquelas que representam os elementos patrimoniais, ou seja, aquelas que compõem o patrimônio. 
Tais contas demonstram a posição do patrimônio em certo momento. Além disso, também são contas patrimoniais aquelas que representam o patrimônio líquido das entidades, ou seja, a riqueza líquida das entidades. 
Pode-se afirmar, então, que as contas patrimoniais são aquelas que demonstram a posição financeira da entidade, pois representam valores monetários.
Contas de resultados
As contas de resultado, ainda pouco exploradas por nós, são aquelas que aparecem durante o exercício social ― período em que a empresas têm o seu ciclo de operações (normalmente um ano), que deverão ser encerradas no final desse tempo.
Estas contas estão divididas em Receitas e Despesas e, mediante o confronto destas, é obtido o Lucro ou Prejuízo de um determinado período.
Como foram definidos os conceitos de contas?
Em Contabilidade, existem as chamadas teorias patrimoniais, a função delas é explicar como os elementos são representados por contas.
Entre elas destacam-se:
Teoria Personalista
Nesta teoria as contas são comparadas a pessoas e essas pessoas mantêm relação com a entidade em que atuam. Assim, o débito de uma dessas pessoas representará uma dívida e o crédito desta mesma pessoa representará um direito.
Com isso, cada débito do proprietário será um crédito dos agentes consignatários e dos agentes correspondentes e vice-versa.
Existem três grupos nesta teoria:
Contas dos proprietários – é o titular do patrimônio que se relaciona diretamente com os agentes consignatários. O patrimônio líquido, bem como as receitas e despesas, é uma conta que representa o proprietário.
Contas dos agentes consignatários – são as contas guardadas pelo proprietário, ou seja, os bens da empresa, como, por exemplo, caixa, bancos (contas devedoras).
Contas dos agentes correspondentes – agentes correspondentes são aquelas pessoas que não pertencem à empresa e as contas deles são aquelas com que o empresário mantém débitos ou créditos. No caso dos direitos, correspondem aos créditos no Ativo, como duplicatas ou clientes. No passivo, representam obrigações, como duplicatas a pagar e fornecedores.
Teoria Materialista
Na Teoria Materialista, como o próprio nome já diz, as contas representam relação material com as instituições. 
Assim, os bens (contas patrimoniais), os direitos e as obrigações são chamadas de Contas integrais. Já o patrimônio líquido e suas variações do resultado são conhecidos como Contas diferenciais.
Teoria Patrimonialista
Esta é a teoria mais adequada à legislação societária brasileira e tem como objetivo principal a administração das entidades, separando os elementos em Contas Patrimoniais (Ativo e Passivo) e Contas de Resultado (Receitas e despesas).
Por que as contas são importantes? Para que elas servem?
Segundo Ribeiro (2009), é por meio das contas que a contabilidade desempenha o seu papel, que nada mais é do que registrar e controlar os acontecimentos que modificam o patrimônio das entidades.
 
A conta serve para que a contabilidade reconheça a alteração em cada elemento patrimonial e isto, por consequência, trará alterações na estrutura contábil de uma empresa como um todo.
 
Assim, todos os acontecimentos que ocorrem na empresa são registrados por meio de contas e depois anotados em livros próprios para que sejam disponibilizados aos usuários interessados.
Para ter Razão...
A representação gráfica das contas é o respectivo registro em folhas ou fichas individuais. 
 
O conjunto destes registros forma o livro contábil chamado Razão, onde cada ficha é utilizada para uma conta específica e os elementos mínimos necessários para cada registro são os valores a débito e a crédito, a data, o histórico e o saldo da conta.
Um modelo de Razão utilizado largamente pelas empresas é especificado conforme o seguinte quadro:
Existe outra forma para que sejam corretamente evidenciados os saldos das contas no livro Razão, chamada de razonete ou de “conta em T”. 
 
Essa maneira é apenas uma simplificação da ficha vista no quadro, onde apenas são evidenciados o título da conta e duas colunas, sendo uma para os débitos (coluna da esquerda) e outra para os créditos (coluna da direita). 
 
Para que seja obtido o saldo de cada conta, deve-se realizar o cálculo da soma de cada coluna. A diferença será o saldo da conta.
E o que são despesas?
O que elas representam?
Como elas podem ser diferenciadas das contas patrimoniais?
Pode-se dizer que as despesas são bens e serviços consumidos para a geração de receitas. 
 
Essas contas são responsáveis pela diminuição do patrimônio, uma vez que são gastos efetuados todos os meses e que saem da empresa. 
 
Elas se diferenciam das contas patrimoniais facilmente porque estas são contas que permanecem no patrimônio (como os veículos, móveis, contas a pagar), ou seja, essas contas são geradas todos os meses e zeradas no final do período para a apuração do resultado.
Você sabe o que é receita?
Não. Não é deste tipo de receita que estamos tratando aqui. Chama-se de receita todas aquelas contas que representam o resultado do sacrifício da empresa, ou seja, o que ela ganha com a venda de mercadorias ou a prestação de serviço. 
As receitas ocorrem em um número menor do que as despesas e podem ser representadas pela receita com vendas ou prestação de serviços, juros ganhos com aplicação financeira ou com duplicatas recebidas em atraso, bem como descontos obtidos.
Quando você se depara com as palavras débito e crédito o que você pensa?
É bem provável que você tenha pensado que o débito é uma coisa ruim e o crédito uma coisa boa, não é mesmo?
 
Acontece que na terminologia contábil as definições são um pouco diferentes e é preciso memorizá-las para que se possa entender os conceitos contábeis.
Para que sejam feitos lançamentos contábeis, ou seja, movimentações nas contas utilizando a técnica do débito e do crédito, é preciso utilizar o seguinte raciocínio:
No Ativo
Na entrada ou aumento de uma conta do grupo do Ativo (bens e direitos), deverá ser debitada a respectiva conta.
 
A saída de bens e direitos será feita mediante um crédito na respectiva conta.
No Passivo
Quando da entrada ou aumento de uma obrigação ou conta do patrimônio líquido, deverá ser feito um crédito na respectiva conta.
 
No caso de baixa, pagamento ou reclassificação de algum valor referente a este grupo deverá ser feito um débito na respectiva conta.
Percebeu que quando os lançamentos são efetuados no razonete é identificado o nome do elemento, ou seja, da conta ― no caso, a conta caixa e a conta capital social, o valor a débito ou a crédito e o saldo da conta. 
 
• As contas de natureza devedora, ou seja, as contas de Ativo, deverão ter o saldo que é a diferença entre os débitos e créditos do lado devedor; e 
• As contas do Passivo e do patrimônio líquido deverão ter seu saldo dado pela diferença entre débitos e créditos do lado credor, seguindo sua natureza.
Você sabia...
... que os lançamentos podem ser feitos de diversas formas?
• Os de 1ª fórmula, em que é afetada uma conta de débito e uma conta de crédito;
• Os de 2ª fórmula, em que são afetados um débito para dois ou mais créditos ao mesmo tempo;
• Os de 3ª fórmula, em que são afetados dois ou mais débitos e um valor a crédito; e
• Os lançamentos de 4ª fórmula, em que são afetados dois ou mais débitos e dois ou mais créditos.
Você já conheceu o que é uma conta e para que ela serve, mas já parou para imaginar como elas ficam organizadas na contabilidade?
Elas ficam organizadas por um elemento conhecido como Plano de Contas.
Plano de Contas
Lista de todas as contas disponíveis para lançamento em uma determinada empresa. Ele apresenta a classificação e a codificação do elemento contábil.
Para que o plano de contas seja elaborado énecessário, inicialmente, que sejam observados alguns pontos. Veja:
• A legislação da empresa em que o plano de contas será implantado, pois, por exemplo, o plano de contas de uma indústria possui diferenças do de uma prestadora de serviços;
• As normas da legislação societária, Lei nº 6.404/76, nº 11.638/07 e nº 11.941/09;
• Os Princípios Contábeis (PC) estabelecidos pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
A estrutura do plano de contas deve respeitar a legislação societária.
Conheça agora os elementos do Plano de contas
Elenco de Contas
Depois de seguidos os requisitos como observação da legislação societária e especificidade da entidade deverão ser escolhidas as contas que serão utilizadas.
Manual de contas
No manual de contas estão descritas as explicações para o bom uso de cada elemento do grupo. 
 
Neste manual, deverão ser discriminadas a função e o funcionamento de cada conta.
Os termos utilizados em contabilidade partem do ponto de vista da empresa. Desta forma, não se pode afirmar que:
Tanto o Passivo quanto o Ativo possuem natureza devedora ou credora dependendo do contexto em que se inserem.
As contas de resultados estão divididas em dois grupos (receitas e despesas) e o resultado do exercício será apresentado a partir do confronto desses grupos.
Mas de que forma isso acontece?
O resultado é apurado pela diferença entre a soma das despesas e das receitas e após isso é feita a transferência dos resultados para uma conta (apresentada no plano de contas modelo) chamada de Resultado do Exercício, em que finalmente é obtido o lucro ou prejuízo da empresa no período.
Para que serve o plano de Contas?
O plano de contas permite a existência de um manual de consulta que será usado toda vez que for realizada a escrituração contábil e para que não haja dúvidas nesse processo. 
Os códigos de forma resumida são apresentados da seguinte forma:
1-Ativo (Contas do Ativo)
Caixa
Estoques
Investimentos
Depreciação Acumulada
Móveis e Utensílios
Imóveis
Títulos a receber
Duplicatas a receber
2-Passivo (Contas do Passivo)
Financiamento
Salários a pagar
Juros a pagar
Fornecedores
3-Patrimônio Líquido (Contas de Despesas)
Capital e Reservas
4-Receita (Contas de Receita)
Receita do período
Receitas Financeiras
5-Despesas e Custos (Contas de Apuração de Resultados)
CMV
Despesa de Sal da ADM
Comissão de Vendas
Juros pagos
Despesas de Depreciação
Despesas de Vendas
No plano de contas, para que não haja confusão das contas com os grupos, deverá ser utilizado apenas um código numérico para cada conta. 
Esse código é composto por um ou mais algarismos que farão a identificação de cada conta ao longo do plano de contas, que serve para diferenciar as contas de resultado das contas patrimoniais e, no caso de registro feito via sistema, substituir o nome da conta pelo seu título. 
Além disso, esse processo facilita a organização e o bom entendimento das contas na hora de seu registro.
Assim, em resumo, o plano de contas serve para padronizar os procedimentos que deverão ser adotados na escrituração contábil, para delimitar os títulos, funcionamento e função das contas, bem como a classificação de acordo com a sua natureza.
Serve também como um guia que orientará a pessoa responsável pela contabilização dos dados de uma empresa e permitirá que sejam entendidas e vistas as relações entre as contas.
 
Lembre-se de que o plano de contas apresentado é apenas um modelo simplificado do que é realmente utilizado nas empresas. 
Não esqueça também que cada plano de contas, como já comentado anteriormente, apresenta particularidades próprias ao tipo de atividade que a empresa executa. Então, o plano de contas de uma empresa industrial apresentará mais contas do que um de uma empresa prestadora de serviços, devido à complexidade do tipo de atividades da entidade. 
 É preciso observar por último que os diversos setores da economia, como financeiro, secundário e outros necessitarão de adaptações no plano de contas.
Aula 4- Conceito de Escrituração
Objetivo desta aula:
1) Descrever como ocorrem as mudanças no patrimônio das entidades;
2) Identificar os atos administrativos;
3) Avaliar os fatos administrativos;
4) Estabelecer o que é escrituração contábil;
5) Reconhecer os principais livros.
Agora que você já sabe identificar os elementos patrimoniais, ou seja, os bens, direitos e obrigações e também entendeu como estes são classificados de acordo com o plano de contas, é necessário que entenda o funcionamento e o registro dos atos e fatos contábeis.
Além disso, você precisará compreender como estes elementos são contabilizados durante o exercício social, ou seja, como ocorre o seu registro na contabilidade, que é feito pela escrituração contábil. 
Dessa forma, ficará claro que os registros contábeis que possibilitam a visualização e o entendimento lógico das informações nascem deste fato.
Como o patrimônio se altera? Quais são os fatos que provocam modificações e como elas se configuram? Você já parou para pensar nisso?
Para compreender como os fatos fazem com que o patrimônio se altere é preciso abordar o tópico atos administrativos e fatos contábeis.
Atos Administrativos
Os atos administrativos são aqueles que ocorrem nas entidades e não provocam nenhum tipo de alteração no patrimônio.
Podemos citar como exemplo a contratação de um funcionário e a movimentação de um móvel dentro da empresa, entre outras ações que não provocam nenhuma alteração contábil.
A contratação de um empregado é um ato administrativo, não provoca nenhum registro contábil. O que gera registro contábil é o pagamento do salário do empregado, porque modificou o patrimônio gerando uma despesa e a saída de dinheiro do caixa ou do banco.
Esses são, portanto, atos meramente administrativos que não provocam nenhum impacto contábil.
Porém, existem alguns atos administrativos que no futuro gerarão alterações no patrimônio. Entre eles está à contratação de seguros que gerará despesas ou custos para a empresa ― se for a prazo gerará um Passivo e se for à vista um desembolso do caixa ou bancos.
Outro exemplo é quando a empresa avaliza, ou seja, quando ela se compromete a pagar dívidas de terceiros. Fazendo isso, ela pode arcar no futuro com uma dívida que não é dela e isso impactará no patrimônio da mesma.
Atos Contábeis
Os atos contábeis são aqueles que alteram o Patrimônio da entidade, podendo ou não alterar o Patrimônio Líquido. 
 
Eles estão classificados em três tipos distintos:
• fatos permutativos;
• fatos modificativos ou quantitativos; e
• fatos mistos.
Fatos Permutativos(caixa)
São aqueles que provocam mutações entre contas do Ativo, ou do Ativo e do Passivo, sem provocar mudanças no Patrimônio Líquido. 
 
No caso de permutação de valores do Ativo, podemos citar como exemplo a compra de um imóvel à vista, em que o dinheiro sai do caixa e vai para o imóvel, ou seja, só há a permuta ou troca de valores entre Ativos.
Fatos modificativos ou Quantitativos
Os fatos modificativos ou quantitativos são aqueles que envolvem despesas e receitas, que são elementos que aumentam ou diminuem o patrimônio das entidades pela apuração do lucro ou prejuízo. 
 
Esses fatos também estão divididos em:
Aumentativo(Caixa, Fornecedor e reserva de lucro)
Diminutivo (Caixa, Fornecedor e reserva de lucro)
Fatos Mistos
Envolve simultaneamente um fato permutativo e um modificativo, ocorrendo aumento no Ativo, Passivo ou Patrimônio Líquido, simultaneamente ou não. 
 
Podem ser de dois tipos: 
 
• Aumentativos mistos - quando envolvem duas ou mais contas de patrimônio e uma de resultado (receita), como o recebimento com juros; e 
• Diminutivos mistos - que envolvem duas ou mais contas patrimoniais e uma ou mais contas de despesa, como pagamentos com juros, por exemplo.
Pense no seguinte fato:
A empresa obteve um empréstimo novalor de R$2.500,00 e o contador na hora de classificá-lo contabilizou o valor na conta de Contas a Pagar em vez de classificá-lo corretamente na Conta Empréstimos. Veja:
Escrituração Contábil
A escrituração contábil é a técnica responsável pelo registro de todos os fatos contábeis de uma entidade, segundo os princípios e normas contábeis, com o objetivo de evidenciar a situação econômica, financeira e patrimonial das entidades que estão submetidas a ela, além dos resultados obtidos em um determinado período de tempo, o qual é denominado exercício social. (MARION, 2009).
Tem como objetivo principal o estudo, o controle e a geração de informações e orientações acerca do estado patrimonial e de suas variações. 
 
Para que sejam efetuados todos os registros dos atos e fatos que figurarão no patrimônio empresarial e no Balanço Patrimonial contábil é utilizada a técnica do registro contábil por meio do método das partidas dobradas.
Método das Partidas Simples
É necessário, inicialmente, que seja compreendido o método das partidas simples, que é o registro único dos fatos contábeis, em que apenas um elemento patrimonial é utilizado, ou seja, um valor no débito contábil ou um valor no crédito contábil, sem a necessidade de registro de outros componentes patrimoniais. 
 
Pela evidente deficiência, não permitindo o controle amplo do patrimônio, não é mais usado nos dias atuais.
Método das partidas dobradas
Já o método das partidas dobradas, pelo seu mecanismo simplificado, é um método largamente utilizado e que possui como princípio fundamental o fato de que o registro de qualquer operação financeira implica em débito contábil em uma ou mais contas, gerando a necessidade de semelhante crédito de igual valor também em uma ou mais contas.
Método das partidas simples versus Método das partidas dobradas
Sendo assim, a soma dos valores debitados deve ser sempre igual à soma dos valores creditados. 
 
O que vai definir o saldo final de cada conta contábil é a diferença entre os valores debitados e creditados nela.
 
É importante destacar que o sistema de escrituração contábil se utiliza de distintas maneiras para registrar os fatos contábeis que evoluíram na escrituração contábil  com o passar do tempo. 
 
Nesse contexto, temos o sistema manual e o sistema eletrônico.
No sistema manual o registro é feito nos livros de escrituração de maneira manual.
No sistema eletrônico chamado também de sistema de informatizado, utiliza computadores para o registro dos fatos contábeis.
Para que servem os Livros de escrituração? 
Para que as informações sejam registradas é necessário que sejam utilizados livros específicos que variam de acordo com a forma jurídica, o porte e também o ramo de atividade em que a empresa atua.
 
Os livros deverão conter a numeração mecânica em suas páginas, bem como termos de abertura e fechamento, registro de acordo com o órgão fiscalizador competente e a forma de encadernação. 
 
O profissional responsável pelo preenchimento deverá evitar rasuras, borrões e emendas. Além disso, o livro deverá ser organizado em ordem cronológica e sem nenhum tipo de registro nas entrelinhas e margens.
Existem diversos livros na contabilidade, entre eles os contábeis, os auxiliares, os societários, os fiscais e os trabalhistas. 
 
Dentre os principais destacam-se:
Livro diário
Obrigatório, de acordo com o Código Civil. Registra as transações que ocorrem dia a dia e que afetam a situação patrimonial. 
 
O Diário tem a seguinte estrutura:
Livro razão
Apresenta o registro de cada conta em uma folha separada, contendo os valores a débito e a crédito, sendo possível ver o saldo da conta a qualquer momento. É de apresentação obrigatória. 
 
O razão possui a seguinte estrutura:
Além disso, de acordo com a Legislação Societária (Lei nº 6.404/76), os seguintes livros são exigidos:
• Atas de assembleias;
• Atas de reuniões da diretoria;
• Atas de parecer do conselho fiscal.
Já segundo a legislação tributária podem ser citados os seguintes livros:
• Apuração do IPI;
• Apuração do ICMS;
• Registro de inventário.
E de acordo com Legislação trabalhista:
• Registro de empregados.
Qual é a finalidade de utilizar livros de escrituração no mundo informatizado?
SIC
Sistema de informações contábeis
SPED – Sistema Público de Escrituração Digital
Pensando no que estudamos sobre fatos contábeis, relacione os fatos aos seus conceitos:
Aula 5 – Lançamentos
Objetivo desta aula:
1) Reconhecer os elementos necessários a um lançamento contábil;
2) Estabelecer os lançamentos contábeis;
3) Identificar as possíveis fórmulas de lançamento;
4) Aplicar lançamentos contábeis.
Você já parou para pensar em tudo que possui? Já percebeu que isso faz parte do seu Patrimônio?  
Muitas pessoas acham que só os bens que elas possuem fazem parte do patrimônio, mas é preciso lembrar que o que elas têm a receber, ou seja, os direitos, e o que elas têm a pagar também fazem parte do conjunto denominado Patrimônio. 
Outro aspecto importante é compreender como funcionam as movimentações no patrimônio, ou seja, como este aumenta, diminui ou sofre qualquer tipo de movimentação. 
É importante saber também quais as possíveis situações patrimoniais, o que demonstra e como o balanço pode ser configurado.
Como os fatos são registrados? Como nascem os registros na Contabilidade?
Ribeiro (2010) afirma que a escrituração contábil é o modo de registros de fatos e atos administrativos e, conforme visto anteriormente, ela pode ser feita por dois métodos:
Partidas Simples
Método que registra somente o controle de um elemento contábil.  
 
Podemos considerar como exemplo o controle do livro caixa em que são registradas as entradas e saídas de dinheiro, sem a preocupação de evidenciação do controle dos outros elementos patrimoniais, lucro ou prejuízo. 
 
Este método é incompleto e não evidencia as mutações de forma global no patrimônio.
Partidas Dobradas
Este método, que já foi rapidamente abordado, está baseado na seguinte premissa:
A soma de todos os débitos é igual à soma de todos os créditos.
Inicialmente, você vai precisar se preocupar com alguns detalhes como:
• O fato que ocorreu e que vai ser registrado;
• Se é débito ou crédito; e 
• Qual conta será afetada.
 Para que o lançamento seja efetuado em livro Diário é preciso também que sejam observados alguns elementos:
• Local;
• Data de ocorrência do fato;
• Conta que deverá ser debitada;
• Conta que deverá ser creditada;
• Histórico; e
• Valor.
Veja um exemplo
Observe a nota fiscal da compra à vista de um carro no valor de R$30.000,00 e confira os passos para um lançamento de compra deste tipo:
Fórmulas de Lançamentos
O lançamento anteriormente abordado era um lançamento denominado de primeira fórmula, ou seja, um débito para um crédito. 
 
Agora, de forma resumida, abordaremos os lançamentos de segunda, terceira e quarta fórmula.
Você foi designado(a) para contabilizar as modificações em uma empresa e ocorreram os seguintes fatos no mês:
Aula 06 – Razonetes e Balancetes
Objetivo desta aula:
1) Reconhecer o conceito de razonete;
2) Listar os conceitos relativos ao balancete;
3) Identificar os elementos necessários a um balancete;
4) Comparar a integração entre o diário, razonete e balancete;
5) Avaliar as informações oferecidas pelo balancete.
Introdução
Estamos acompanhando os lançamentos feitos na forma de diário, de razonete e agora vamos conferir e confirmar os lançamentos utilizando o balancete de verificação, já que a contabilidade é um trabalho contínuo.
O balancete de verificação nada mais é do que um relatório utilizado antes da elaboração das demonstrações contábeis e que, confrontando os saldos, verifica se o método das partidas dobradas foi seguido.É, portanto, uma ferramenta importante que possibilita que seja feito um subtotal das rotinas contábeis, permitindo que a pessoa responsável pela elaboração das demonstrações contábeis possa descobrir determinados erros e inconsistências antes da elaboração final dessas demonstrações.
Você lembra o que é razanote?
O razonete ― uma versão simplificada do livro razão ― é também conhecido como gráfico em “T” ou conta em “T” por causa da sua estrutura.
Isso permite que sejam conhecidos os seus saldos, possibilitando a apuração do resultado e a elaboração das demonstrações contábeis.
O livro razão é o mais importante da Contabilidade, pois nele é possível controlar, separadamente, o movimento de todas as contas.
Notou que os elementos são os mesmos (débito e crédito)? Entretanto, para as contas do passivo, as entradas serão representadas pelos créditos e as saídas pelos débitos, reparou?
 
Clique aqui para observar uma série de lançamentos e como eles são demonstrados de forma cumulativa nos razonetes.
Mesmo com tantas finalidades, o balancete não pode detectar alguns erros, como as contas com a natureza trocada, que acontece quando você esquece e lança a conta caixa com natureza credora. 
 
Isso só será apresentado como uma inversão de valores, mas você precisa ficar extremamente atento e sempre lembrar-se da natureza das contas.
Você também deve ficar extremamente ligado na hora de debitar e creditar corretamente as contas, pois o balancete não previne erros de inversão de lançamentos nas contas.  
 
Porém, existem algumas formas de se evitar esse tipo de erro. Clique aqui para saber mais.
Tipos de Balancete
Existem três tipos de Balancete, mas, antes de conhecê-los, é preciso ficar atento a alguns elementos que sempre devem constar, como:
1. A identificação da entidade em questão;
2. A data de elaboração;
3. O período a que se refere;
4. A identificação das contas afetadas;
5. Os saldos devedores e os credores e a soma destes saldos.
Agora conheça os tipos de Balancete:
Dica:
Observe sempre se o valor lançado na conta de saldo anterior é igual ao movimento e o valor do saldo final.
Balancete de verificação
Conforme a Resolução CFC nº 685/90 que aprova a NBC T 2.7, no que diz respeito ao balancete, deve ser observado:
• O balancete de verificação do Razão é a relação de contas, com seus respectivos saldos, extraída dos registros contábeis em determinada data;
• O grau de detalhamento do balancete deverá ser adequado à sua finalidade;
• Os elementos mínimos que devem constar do balancete;
  
• O balancete que se destinar a fins externos à Entidade deverá conter nome e assinatura do contabilista responsável, sua categoria profissional e número de registro no CRC;
• O balancete deve ser levantado, no mínimo, mensalmente.
Aula 07 – Contas de Resultado
Objetivo desta aula:
1) Identificar os conceitos relativos à despesa;
2) Explicar o que é uma receita;
3) Interpretar como receita e despesa afetam o resultado;
4) Ilustrar como as contas de resultado impactam na empresa;
5) Registrar o que é depreciação e como ela se insere no conceito de despesa.
Introdução
Anteriormente foi abordado o conceito de contas patrimoniais, que são aquelas que compõem o balanço das entidades: bens, direitos e obrigações. Agora veremos os dois últimos grupos de contas e que servem para que seja apurado o resultado das entidades: as contas de despesas e receitas. 
Essas contas são extremamente importantes para que as entidades possam verificar se estão tendo lucro ou prejuízo, e, assim, possam maximizar seus ganhos ou tentar reverter suas perdas. 
Vamos entender, nesta aula, o que são essas contas, qual a sua natureza, como são contabilizadas, como funcionam e qual o seu impacto no resultado das entidades.
Receitas e Despesas
Como você acha que a empresa sabe se está tendo lucro ou prejuízo? 
 
Como ela sabe se a atividade dela está sendo rentável?
Bem, esse processo começa pela apuração do resultado, mas para você chegar nele, inicialmente, precisa estudar os conceitos de receita e despesa.
 
Imagine uma empresa. A cada exercício social, a instituição deve apurar o resultado do seu exercício, como mostra o quadro abaixo:
Não importando qual seja a sua origem, uma receita sempre terá poder ou influência de aumentar o patrimônio da empresa, pois este é caracterizado por ganhos, sejam eles diretos ou indiretos, durante as atividades operacionais.
Ganhos x Receitas
 
Os ganhos são diferenciados das receitas, pois são itens não recorrentes. 
 
Eles possuem o mesmo efeito no patrimônio líquido, mas podem ou não surgir da atividade normal da empresa. 
 
Inclui-se nesta categoria os que surgem de vendas e baixos de Ativos não circulantes (imobilizados, por exemplo).
Despesas
 
As despesas são o sacrifício dos Ativos realizado em troca de obtenção de receitas (não esqueça que sempre é esperado que a receita seja maior do que as despesas). 
 
Outro entendimento das despesas é que estas geram benefícios econômicos durante determinado período e que tem em contrapartida a saída de recursos (saída de dinheiro), a redução de Ativos (entrega dos bens) ou ainda uma criação de Passivos (quando realiza a prazo), ocasionando simultaneamente um decréscimo no patrimônio.
 
Como vimos, as despesas podem ser consideradas o uso ou consumo de bens e serviços no processo de obtenção de receitas.
 
Desta forma, pode-se destacar com relação a estas:
 
• A utilização ou consumo de bens e serviços no processo de produzir bens;
• Os gastos realizados no passado ou presente com realização futura;
• O fato gerador ( é o esforço contínuo para produção de receitas).
Você tem muitas despesas?
As despesas são caracterizadas pelo consumo de bens ou serviços que ajudam na geração de receitas.
Seguindo a lógica, espera-se que no conjunto as despesas possam ser inferiores às receitas para que o patrimônio da empresa possa ser elevado. 
Os custos das mercadorias vendidas ou dos serviços prestados são exemplos de despesas ligadas diretamente às receitas geradas.
Contudo, algumas despesas podem não possuir ligação direta com estas receitas, mas são imprescindíveis para que estas sejam geradas.
É o caso, por exemplo:
• da contratação de seguros para os veículos ou para a estrutura predial de uma empresa;
 
• a contratação de mão de obra administrativa ou de vendas;
 
• o pagamento de aluguel, condomínio ou de contas corriqueiras, como telefone, água; e 
 
• as despesas ligadas às atividades de limpeza e manutenção.
E o tempo? Como é considerado nesta conta?
O resultado econômico nada mais é do que a comparação do total de receitas com o total de despesas, sendo considerado um mesmo intervalo de tempo para as duas.
 
Este intervalo de tempo pode ser um mês, um trimestre, um ano etc.
Algumas despesas não estão diretamente ligadas ao processo produtivo, como:
 
• Vendas;
• Administrativas;
• Financeiras;
• Impostos e taxas;
• Pesquisa e desenvolvimento.
 
Já algumas delas estão diretamente ligadas ao processo produtivo. Podem variar de acordo com o modelo de custeio, absorção, variável ou intermediários e são diretamente ligadas aos produtos.
 
Podem ser consideradas despesas diretamente relacionadas ao processo produtivo:
 
• Custos de matéria-prima e de mão de obra direta; 
• Desperdício natural de matéria-prima e custo da ociosidade da mão de obra; 
• Custos indiretos de fabricação.
Normalmente uma despesa é reconhecida quando bens ou serviços são consumidos para a obtenção de receitas. 
 
As despesas devem ser reconhecidas no exercício em que a receita correspondente é reconhecida (confrontação das despesas com as receitas).
As perdas
A definição de despesa inclui perdas e evita o subjetivismo da segregação. 
 
Geralmentesão apresentadas em separado, pois facilita a compreensão e decisão dos usuários. 
 
Veja as características básicas da perda:
 
• Não estão associadas às receitas;
• Não estão associadas a outros exercícios; 
• Decorrem de eventos imprevisíveis.
Você sabe o que é Depreciação?
A depreciação é a perda do valor econômico dos bens do imobilizado (veículos, imóveis, móveis e utensílios, computadores). 
 
Esta perda ocorre devido ao desgaste pelo uso, obsolescência e ação da natureza.
A depreciação basicamente ocorre porque a empresa pode utilizar como despesa o valor gasto para comprar determinado bem, no caso de perda de valor devido ao desgaste que sofre com o tempo. 
 
O método mais comum utilizado é a depreciação linear, em que são aplicadas taxas anuais estabelecidas anteriormente pelo tempo estimado de vida útil do bem.
Aula 08 – Encerramento do Resultado
Objetivo desta aula:
1) Avaliar o encerramento do resultado;
2) Identificar as contas de receita e despesa antes do encerramento do resultado;
3) Listar as etapas do encerramento do resultado;
4) Exemplificar o resultado do exercício, verificando se houve lucro ou prejuízo;
5) Reconhecer os primeiros conceitos relativos à Demonstração do Resultado do Exercício.
Introdução
Você já compreende a diferença das contas patrimoniais e de resultado e sabe que estas contas deverão ser confrontadas para se apurar o lucro ou prejuízo. Então, podemos estudar os procedimentos necessários para que finalmente seja apurado o resultado. 
Nesta aula, você vai aprender a fazer o encerramento do resultado, ou seja, como encerrar as contas de despesa e receita e, desta forma, apurar se a empresa obteve lucro ou prejuízo — o que quer dizer que suas atividades estão sendo lucrativas ou não. 
Além disso, analisaremos a importância de uma sequência que é bastante lógica, necessária e simples para que possamos ter a Demonstração do Resultado do Exercício.
Encerramento do resultado do exercício
Você já viu o que são contas de resultado, mas será que você sabe qual é o mecanismo de encerramento destas contas e como acontece a transferência do resultado (lucro ou prejuízo) para o balanço patrimonial?
Não é na Demonstração do Balanço Patrimonial como você pode ter pensado. Então, onde é?
É a Demonstração do Resultado do Exercício que congrega e apresenta os saldos das contas de resultado. Mas como isso é possível?
Na verdade, é preciso que, em primeiro lugar, haja muita organização, depois é necessário uma série de procedimentos, que veremos a seguir, para que se chegue à apuração do resultado do exercício.
Para exemplificar, apresentaremos a apuração dos resultados de duas formas:
• a primeira de uma prestadora de serviços, que é um processo bem mais simplificado; e 
• a segunda de uma indústria, que é um processo mais complexo.
Prestadora de Serviço
A apuração de resultado consiste em um processo relativamente simples em que são confrontadas as despesas e as receitas e depois disso é obtido o lucro ou prejuízo do exercício. 
Entretanto, é necessário seguir um roteiro para que o encerramento do resultado seja feito de forma correta. 
Suponha, então, que a sua empresa prestadora de serviços tem a seguinte situação:
Prestadora de Serviço
O outro passo é transferir os saldos das contas de resultado para uma conta chamada de Apuração do Resultado do Exercício (ARE). 
 
No caso da prestadora de serviço que estamos analisando existem somente duas contas de resultado e estas contas deverão ser transferidas à ARE.
 
Para que seja feito o encerramento do resultado, o saldo das contas (neste caso as despesas) deverá ser zerado.
Isso quer dizer que o saldo das contas de despesa deverá ser transferido para a conta de Apuração do Resultado do Exercício (ARE)?
Exatamente! Os valores são zerados nas contas de despesa, ou seja, são creditados e são debitados na conta ARE. 
Mas de que forma?
Veja nos passos abaixo:
1)Primeiro Passo
Os lançamentos ficariam no Diário da seguinte forma:
 
Resultado do exercício
a Impostos
Transferência da conta para apuração do resultado do exercício ................ 2.000
2) Segundo Passo
3) Terceiro Passo
4) Quarto Passo
5)Quinto Passo
Note que, neste exemplo, surge a figura do Custo da Mercadoria Vendida (CMV), que nada mais é do que um tipo de dedução do lucro, pois, para termos receita (que também foi criada) com a venda de mercadoria, temos que gastar, e esse gasto é o custo.
Você foi designado para apurar se houve lucro ou prejuízo em uma empresa e deverá apresentar o resultado a seus superiores de uma forma bastante simples. 
 
Para concluir essa tarefa, você deve verificar as contas aqui listadas — entre elas estão as contas patrimoniais e as de resultado. 
 
No primeiro momento, você deve separar as contas de resultado das contas patrimoniais, depois comparar as despesas com as receitas e ver se houve lucro (excesso de receitas) ou prejuízo (excesso de despesas). 
Aula 09 – Demostração de Resultado do Exercício
Objetido desta aula:
Reconhecer como as contas de resultado estão dispostas na DRE;
2) Definir as etapas de elaboração da DRE;
3) Aplicar os conceitos básicos de cálculo dos impostos nas diversas etapas da DRE;
4) Estabelecer a parcela do lucro destinada às participações;
5) Relacionar as etapas da distribuição dos lucros aos principais interessados.
Introdução
Já vimos como funciona o encerramento do exercício, agora é necessário aprender como as contas estão dispostas nesta nova demonstração, que se chama Demonstração do Resultado do Exercício.
Vamos analisar também a integração dessa demonstração com o Balanço Patrimonial, já que ela apresenta as chamadas contas de Resultado que não são dispostas no Balanço.
Você sabe o que é DRE?
A DRE ― Demonstração do Resultado do Exercício ― é uma demonstração extremamente importante para a Contabilidade e para a tomada de decisão, pois apresenta o fluxo de informações econômicas das entidades, comprovando como ela obteve seu resultado.
Isso quer dizer que a DRE mostra o lucro ou prejuízo de uma empresa em um determinado período, permitindo que saibamos se ela está ganhando ou perdendo com suas atividades.
Art. 187. A demonstração do resultado do exercício discriminará:
 
I - a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;
 
II - a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;
 
III - as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
 
IV – o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
V - o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;
 
VI – as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)
 
VII - o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
§ 1º Na determinação do resultado do exercício serão computados:
 
a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente da sua realização em moeda; e
 
b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.
A DRE pode causar alteração no patrimônio líquido?
Sim. Basicamente a DRE apresenta as alterações que o Patrimônio Líquido sofre pelas receitas e pelas despesas, já que, como sabemos, as receitas aumentam o valor dopatrimônio e as despesas o diminuem. 
Entretanto, o fluxo dessas contas não aparece no Balanço Patrimonial, pois são contas de resultado.
Quando devemos fazer uma DRE?
Apesar de ser elaborada anualmente para fins de divulgação, a DRE normalmente é elaborada mensalmente pela administração e trimestralmente para fins fiscais.
E o que deve constar nela?
De acordo com a legislação, em síntese, as empresas deverão discriminar na DRE:
• A receita bruta com vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos (PIS, COFINS, ICMS, IPI); 
• A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; 
• As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;
 
• Outras despesas que não sejam consideradas como operacionais (doações concedidas, deduzidas das receitas não consideradas operacionais ou lucro na venda de imobilizado);
• O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; 
• As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, e as contribuições para instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados; 
• O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.
O princípio da competência
Como vimos, a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE) é um resumo ordenado de receitas e despesas, evidenciando o resultado econômico da empresa, em um período, normalmente, de 12 meses. 
 
Essa demonstração tem como base o princípio da competência e está delineada conforme outros dois princípios:
Princípios da Realização da Receita
As receitas devem ser reconhecidas no exercício em que são realizadas, ou seja, deverão ser registradas, independentemente do recebimento, de acordo com o seu fato gerador.
Princípios do confronto das despesas com as receitas
Partindo do Princípio da Realização da Receita, este princípio trata sobre o confronto destas com as despesas.
 
Isso deverá acontecer no período em que as despesas ocorrerem, independentemente de seu pagamento, em virtude do raciocínio de que toda a receita deverá ter uma receita ou custo em contrapartida.  
 E quanto à Apuração?
A DRE termina na apuração do lucro ou prejuízo.
 
No caso de resultado positivo e havendo distribuição de lucros, este valor vai aparecer em outra demonstração, chamada Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. 
 
A DRE ao lado é considerada uma DRE completa. Ela é exigida por lei e possui todos os grupos de forma detalhada e destaque para os impostos. 
 
Entretanto, para pequenos comércios e empresas de pequeno porte poderá ser usada uma DRE simplificada.
Demonstração do Resultado do Exercício
Receita operacional Bruta
(-) Deduções
(=) Receita operacional líquida
(-) Custos
(=) Lucro Bruto
(-) Despesas
(=) Lucro Operacional
(-) IRPJ/CSLL
(=) Lucro Líquido
E as devoluções e abatimentos?
Não podemos esquecer de que também devem ser reconhecidas as possíveis devoluções ― vendas canceladas por algum motivo (qualidade, preço, avarias) —, que podem ser parciais ou totais.
Além das devoluções, devem ser considerados os abatimentos(também conhecido como desconto incondicional), que são descontos já dados na nota fiscal.
A Hora do Lucro Bruto
Agora o próximo passo é apurar o Lucro Bruto, que basicamente é a diferença entre a venda de Mercadorias e o Custo para as vendas desta, ou seja, o Custo da Mercadoria Vendida (CMV).
Você deve lembrar que em uma prestadora de serviços o raciocínio é o mesmo, porém o CMV é trocado pelo Custo dos Serviços Prestados (CSP).
Além do CMV e do CSP, também existe a figura do CPV, que em empresas industriais é utilizada para o Custo do Produto Vendido.
Nesta etapa de apuração do Lucro Bruto, só serão utilizados os gastos como Custo da Mercadoria Vendida ou do Serviço Prestado. 
O que sobrar servirá para o pagamento das despesas de vendas, administrativas e financeiras, além da remuneração do governo (impostos) e dos sócios (lucro líquido).
Você sabe qual é a diferença entre custo e despesa?
Então arraste as peças para os seus respectivos conceitos:
Agora você deve estar se questionando:
Como despesas podem estar relacionadas à obtenção de Receita e não estarem associadas à produção?
Que despesas são essas?  Por que elas existem?  Como funcionam?
As despesas operacionais são utilizadas para a venda de produtos, administração da empresa e financiamento das operações.
Portanto, envolve tudo que é utilizado para a manutenção da atividade da empresa, mas não tem relação direta com a produção.
Veja como elas estão divididas:
Vendas
A venda abrange despesas diversas, como:
 
• Salário da área de vendas;
• Comissões sobre vendas; 
• Publicidade e propaganda;
• Provisão para devedores duvidosos (que são parcelas destinadas às perdas com vendas a prazo, que não serão recebidas);
• Marketing;
• Fretes e carretos;
• Materiais de embalagens, entre outros.
Administrativas
As despesas administrativas são aquelas geralmente gastas no escritório, utilizadas para a manutenção do negócio:
 
• As despesas com salários e encargos do pessoal que trabalha na área administrativa;
• Aluguéis;
• Materiais de escritório; 
• Seguro;
 
• Depreciação;
• Assinaturas de jornais, revistas e outros gastos.
Financeiras
As despesas financeiras estão diretamente relacionadas aos:
• Juros pagos ou incorridos; 
• Comissões bancárias;
• Descontos, entre outros. 
 
O importante é notar que nesta categoria as receitas devem ser compensadas com as despesas, ou seja, o valor colocado nesta categoria deverá ser o valor líquido do confronto dos dois grupos.
Se por um acaso o valor de Receitas Financeiras for maior do que a Despesa Financeira, o valor será deduzido de outras Despesas Operacionais.
Lucro Operacional
Na próxima etapa deverá ser apurado o Lucro Operacional, ou seja, a diferença entre o Lucro Bruto e as Atividades Operacionais da Empresa.
E como fica a apuração do Lucro?
Você conhece as formas de tributação nas empresas?
No Brasil existem diferentes formas de tributação nas empresas, de acordo com vários critérios previstos em lei. 
 
Agora vamos ver quais são os tipos mais comuns de lucro e sua relação com a tributação.
Lucro Real
No Lucro Real, o cálculo do imposto será feito mediante a aplicação da alíquota de 15% sobre o valor do lucro real (ajustado) calculado em 31 de Dezembro. Adicionalmente, a parcela que exceder ao valor de R$240.000,00 estará sujeita à incidência adicional de uma alíquota de Imposto de Renda de 10%.
É importante destacar que a base de tributação do Lucro Real não é apenas o Lucro Apurado pela contabilidade e sim o Lucro Ajustado.
Este, segundo disposições em lei, possui algumas particularidades com relação a adições e exclusões, ou seja, considera ou exclui alguns valores de sua base de cálculo.
Lucro Presumido
Calcula o valor do imposto de acordo com percentuais fixados pela legislação sobre a receita total da entidade.
Simples nacional
Especial para microempresas e empresas de pequeno porte.
E agora como apurar o Lucro Líquido?
Primeiramente, você deve saber que o Lucro Líquido é o que se tem à disposição dos sócios ou acionistas. 
Veja o esquema:
Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA)
Depois da elaboração da DRE é necessária a elaboração da Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados. Vamos a ela.
A Demonstração de Lucros e Prejuízos Acumulados (DLPA) evidencia as alterações ocorridas no saldo da conta de lucros (do exercício) ou prejuízos acumulados, no Patrimônio Líquido.
Com o advento da Lei nº 11.638/07 não pode mais permanecer, nos balanços, saldo na conta de Lucros Acumulados.
Por isso, todo resultado

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