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27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 1/25 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA BRUNO PRATA MARTINEZ ■ INTRODUÇÃO O diagnós�co fisioterapêu�co pode ser definido como o processo de registro das impressões relacionadas aos distúrbios do movimento e de seus fatores causais, relacionados aos sistemas mental, cardiovascular, respiratório e neuromioar�cular. Neste sen�do, é necessário que o fisioterapeuta realize avaliação qualita�va e quan�ta�va das funções e estruturas corporais relacionadas ao movimento, das limitações de a�vidades e das restrições à par�cipação social, bem como dos fatores pessoais e ambientais, que podem estar alterados pelas diversas modificações do estado de saúde, principalmente nas unidades de terapia intensiva (UTIs). O fisioterapeuta, segundo o seu código de é�ca profissional, está habilitado a realizar esse procedimento, visando a iden�ficar os efeitos da doença sobre os diversos sistemas do movimento, principalmente na UTI. A par�r do conhecimento das alterações funcionais, ele será capaz de traçar os obje�vos terapêu�cos, além de prescrever o plano de tratamento, avaliando as respostas às condutas a curto, médio e longo prazos. Alguns fatores, como a influência do modelo médico, focado apenas na doença, e o tecnicismo dificultam a realização do diagnós�co fisioterapêu�co, levando-o a se preocupar mais com a execução da técnica fisioterapêu�ca do que com a compreensão dos fatores causais e do momento no qual a mesma deve ser realizada. ■ OBJETIVOS Ao final da leitura deste ar�go, o leitor deverá ser capaz de: ■ compreender o diagnós�co fisioterapêu�co e sua aplicação a par�r dos conceitos de funcionalidade e de incapacidade, relacionados aos sistemas do movimento no contexto da UTI; ■ reconhecer algumas deficiências dos sistemas mental, cardiovascular, respiratório e neuromioar�cular relevantes para o fisioterapeuta na UTI; 1-4 5 3 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 2/25 ■ iden�ficar os instrumentos de avaliação u�lizados na UTI a par�r do conceito de funcionalidade e incapacidade; ■ elaborar o diagnós�co fisioterapêu�co na UTI. ■ ESQUEMA CONCEITUAL ■ DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO Como o principal obje�vo do fisioterapeuta é avaliar o impacto que as alterações do estado de saúde e a ina�vidade exercem sobre os sistemas responsáveis pelo movimento humano, o diagnós�co pode ser baseado nos conceitos da Classificação Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF), publicada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 2001. Essa classificação define domínios necessários para elaboração do diagnós�co, que englobam os seguintes termos: ■ funcionalidade: estruturas e funções do corpo, a�vidades e par�cipação social; ■ incapacidade: deficiência, limitação de a�vidade e restrição à par�cipação social. Algumas definições da CIF, referentes aos seus domínios, encontram-se descritas no Quadro 1, a seguir. Quadro 1 6 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 3/25 CONCEITOS DA CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DA FUNCIONALIDADE, INCAPACIDADE E SAÚDE Domínios De�nição Funções do corpo Funções fisiológicas dos sistemas orgânicos (incluindo as funções psicológicas), ou seja, refere-se a como cada sistema executa seus obje�vos. Exemplo: a função do sistema cardiovascular é bombear sangue para os diversos tecidos do corpo; porém, para isso, é necessário que existam estruturas anatômicas preservadas, como coração e vasos Estruturas do corpo Partes anatômicas do corpo, como órgãos, membros e seus componentes A�vidade Execução das diversas tarefas ou ações pelo indivíduo no seu dia a dia Par�cipação social Envolvimento que o indivíduo pode ter com as diversas situações da vida real Deficiência Toda a alteração das funções e estruturas do corpo. Exemplo: o indivíduo que tem miocardiopa�a chagásica dilatada terá deficiência de estrutura (coração com anatomia modificada) e de função (débito cardíaco reduzido) Limitação de a�vidade Problemas que o indivíduo apresenta na execução de suas a�vidades. Exemplo: um indivíduo paraplégico tem limitação para andar; porém, pode locomover-se com disposi�vos auxiliares, como cadeira de rodas Restrição de par�cipação Problemas que o indivíduo pode enfrentar nas situações da vida real. Exemplo: um indivíduo com hemiplegia poderá ter restrição para par�cipação social de ir à igreja de forma independente Esses domínios têm como obje�vo descrever a saúde e os estados de saúde alterados pelas diversas doenças e por condições relacionadas como a ina�vidade. A CIF engloba todas as estruturas e funções corporais, não se restringindo apenas aos aspectos relacionados ao movimento humano. Por isso, é um instrumento u�lizado por todos os profissionais de saúde, diferentemente da Classificação Internacional da Doença (CID), u�lizada apenas pelo médico para classificação das doenças. A avaliação da funcionalidade serve para que exista uma linguagem comum em todo o mundo, no intuito de descrever o impacto que as diversas doenças ou alterações do estado de saúde promovem nas funções e estruturas do corpo, no desempenho de a�vidades e na par�cipação social. A par�r das definições dos domínios que englobam a funcionalidade e a incapacidade, o fisioterapeuta poderá u�lizar os diversos instrumentos de avaliação dos sistemas que influenciam o movimento humano para a construção do diagnós�co fisioterapêu�co na UTI. Do ponto de vista epidemiológico, é importante que o fisioterapeuta compreenda a história natural da doença e suas alterações dos sistemas relacionados ao movimento, para que, a par�r disso, possa propor condutas 6 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 4/25 visando ao tratamento destes distúrbios ciné�co-funcionais, os quais são muito frequentes na UTI. Desta forma, o fisioterapeuta primeiramente terá de iden�ficar as alterações da função mental, cardiovascular, respiratória e neuromioarticular, promovidas por alterações do estado de saúde (doenças ou distúrbios, traumas e imobilidade), e o impacto dessas deficiências na limitação da execução de a�vidades e na restrição à par�cipação social (Figura 1). Figura 1 – Fluxograma de elaboração do diagnós�co fisioterapêu�co baseado nos conceitos da CIF. Fonte: Arquivo de imagens do autor. ESCALAS PARA AVALIAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS DA FUNÇÃO MENTAL A função mental pode ser entendida como as funções do cérebro nas quais se destacam as globais (consciência, energia e impulso) e as especí�cas (memória, linguagem e cálculo). A avaliação do nível de consciência e orientação do paciente é de suma importância para o fisioterapeuta, pois muitas condutas dependem da par�cipação do paciente. Pacientes não colabora�vos ou aqueles que não estabelecem contato necessitam de condutas específicas, não dependentes da sua colaboração. Já aqueles indivíduos com problemas de depressão, ansiedade, demência e prejuízo cogni�vo também requerem atenção especial e tratamento específico,a fim de que se obtenham os resultados desejados. 6 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 5/25 Nas UTIs, o uso de algumas medicações também pode afetar a função mental. Os medicamentos seda�vos são muito u�lizados em pacientes crí�cos; entretanto, sabe- se que a sedação, apesar de seus bene�cios, também apresenta associação com o aumento da morbidade e mortalidade, quando u�lizada de forma excessiva. Por isso, nas UTIs, a re�rada diária da sedação é uma conduta preconizada, devendo ser adotada ro�neiramente pela equipe mul�profissional. Para que o nível de sedação seja man�do em um grau de segurança, oferecendo o mínimo de efeitos deletérios para o paciente, devem ser u�lizadas escalas que avaliem o nível de sedação. Essas escalas permitem que a sedação seja ajustada para que o paciente se mantenha o mais acordado possível, sem agitação e/ou exposição a riscos. As principais escalas de sedação são a de Ramsay e a escala de sedação e agitação de Richmond (RASS). Alguns protocolos para recuperação funcional e cogni�va são estra�ficados de acordo com a classificação na escala de RASS, que é mais completa em relação à de Ramsay, pois caracteriza melhor os pacientes agitados e, até mesmo, os sedados. Para os pacientes acordados e que apresentam quadros de agitação, devem ser u�lizados instrumentos para identi�cação de delirium, destacando-se o Confusion Assessment Method for the Intensive Care Unit (CAM-ICU). A presença de delirium é um dado importante para a equipe de saúde, pois esse distúrbio está associado a desfechos nega�vos durante a internação hospitalar, sendo a mobilização uma das formas de tratamento não farmacológico. Em pacientes com redução do nível de consciência, na ausência de seda�vos e com história clínica de disfunções do sistema nervoso central, a escala de coma de Glasgow é o instrumento mais aplicado. Além de informar sobre a evolução do quadro neurológico, essa escala permite ao fisioterapeuta auxiliar no direcionamento do plano terapêu�co, além de captar respostas neurológicas às técnicas de mobilização. INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DAS DEFICIÊNCIAS NA FUNÇÃO CARDIOVASCULAR A função cardiovascular é a capacidade de o sistema cardiovascular suprir as necessidades metabólicas dos tecidos e órgãos, evitando o desequilíbrio entre oferta e consumo de oxigênio. Situações em que o consumo é superior à oferta de oxigênio expõem o paciente à anaerobiose, com risco de morte se não rever�da. As alterações da função cardiovascular ocorrem com o aumento do consumo de oxigênio pelos diversos tecidos corporais e/ou pela redução da oferta de oxigênio aos tecidos. A redução na oferta de oxigênio aos tecidos pode ser proveniente da redução do débito cardíaco para os tecidos corporais e do conteúdo arterial de oxigênio (CaO ). A redução do débito cardíaco pode ser originada de doenças no músculo cardíaco, como miocardiopa�as, quadros de choque cardiogênico, como no edema agudo de pulmão, e da redução da ap�dão cardiorrespiratória, causada pela imobilidade prolongada. Dentre os problemas que afetam a oferta de fluxo sanguíneo para os 7 8 9 10 11 12 13 13 14 2 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 6/25 tecidos, o tromboembolismo arterial e o aumento da resistência vascular periférica por uso de drogas vasoativas são alguns dos principais exemplos. Como causas da diminuição do CaO destacam-se as reduções na quan�dade de hemoglobina, como nas anemias, e da pressão parcial de oxigênio arterial (hipoxemia). Como desencadeadores do aumento do consumo de oxigênio corporal podem ser incluídos o exercício �sico e os quadros de infecção sistêmica (Figura 2). Figura 2 – Fluxograma da função cardiovascular, baseado na oferta e no consumo de oxigênio. Fonte: Adaptada de McArdle e colaboradores (2008). Cabe ao fisioterapeuta iden�ficar quais são as alterações presentes na função cardiovascular e quais são as suas causas, para posterior elaboração do tratamento específico, visando: ■ à melhora da ap�dão cardiovascular; ■ ao recondicionamento muscular periférico; ■ à progressão do nível de funcionalidade dos doentes crí�cos; ■ à definição da perspec�va de prognós�co. S�ller e colaboradores descreveram a função cardiovascular como uma variável que deve ser mensurada para estrati�cação da intensidade da mobilização do doente crítico, em função de sua associação com a capacidade de trabalho dos músculos periféricos, cardíaco e respiratórios, além da influência da a�vidade �sica no consumo de oxigênio. Protocolos de mobilização que promovam aumento excessivo do consumo �ssular de oxigênio, superior a sua oferta, desencadeiam o surgimento de acidose lác�ca, expondo os pacientes, que já apresentam baixa oferta de oxigênio, a risco. Dessa forma, é fundamental que, durante a elaboração do diagnós�co fisioterapêu�co, seja relatada qual é a alteração da função cardiovascular, já que essa informação auxiliará no planejamento dos obje�vos terapêu�cos. 2 13,14 14 15,16 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 7/25 Os principais itens da função cardiovascular, avaliados à beira do leito, são: ■ pressão arterial (sistólica, diastólica e média); ■ frequência cardíaca. A pressão arterial pode ser mensurada não invasivamente, por meio da u�lização conjunta do esfignomanômetro e do estetoscópio ou do monitor mul�paramétrico e, de forma invasiva, por meio da introdução de um cateter no interior de uma artéria periférica. A pressão sistólica tem relação com o débito cardíaco, diferentemente da diastólica, que tem maior relação com a resistência vascular periférica. Os valores de normalidade descritos para a variável pressão arterial estão entre 90 e 140mmHg para sistólica e 60 e 90mmHg para diastólica. Valores de pressão sistólica maiores do que 180mmHg e de pressão arterial média menores do que 65 ou maiores do que 110mmHg são considerados critérios para a interrupção da mobilização. A frequência cardíaca apresenta como referência valores entre 60 e 100 ba�mentos por minuto (bpm). Frequências cardíacas superiores a 130 ou inferiores a 40bpm e valores maiores do que 70% da frequência cardíaca predita para a idade, também são considerados critérios de interrupção da mobilização. Variáveis cardiovasculares anormais durante o repouso podem ser indica�vas de alteração da reserva cardiovascular; entretanto, a história clínica e o uso de algumas medicações também devem ser considerados para descrição dessa deficiência do sistema cardiovascular. Algumas dessas alterações de reserva cardiovascular só podem ser iden�ficadas durante o esforço, o qual nem sempre é possível de se ofertar ao paciente crí�co. Algumas outras mensurações, como índice de percepção do esforço ou de dispneia aos esforços (IPE ou escala de Borg) e equivalente metabólico (MET), e mensurações mais específicas, como saturação venosa central, lactato sanguíneo, consumo máximo de oxigênio e concentração de hemoglobina, também podem ser usadas para elaborar o diagnós�co e, consequentemente, o plano fisioterapêu�co em algumas situações. Existem condições clínicas em que as condutas devem ser realizadas de forma bem criteriosa, em virtude da instabilidadeda função cardiovascular, como na fase aguda do infarto agudo do miocárdio. Isso se deve ao fato de que, apesar de a pressão arterial e da frequência cardíaca estarem dentro da faixa considerada normal, o aumento do consumo de oxigênio pode expor o paciente à piora do dano isquêmico miocárdico. Uma boa comunicação entre o fisioterapeuta e o médico intensivista e a adequada vigilância dos parâmetros cardiovasculares são muito importantes para que exista segurança na implementação de condutas fisioterapêu�cas em pacientes crí�cos com instabilidade na função cardiovascular. 17 17 18 17 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 8/25 1. De acordo com a CIF, qual das alterna�vas a seguir indica um possível problema de função? A) Dificuldade para deambular longas distâncias. B) Não conseguir se deslocar até a igreja. C) Incapacidade para transferir-se de sentado para de pé. D) Redução da força muscular do quadríceps. Confira aqui a resposta 2. Por que é importante que o fisioterapeuta compreenda a história natural da doença? 3. Quais são as funções globais e as funções específicas do cérebro? 4. Em relação à função mental, qual das alterna�vas a seguir está INCORRETA? A) O grau de sedação de um paciente influencia a determinação do plano fisioterapêu�co. B) O fisioterapeuta atua diretamente sobre as alterações na função mental. C) A presença de delirium modifica o diagnós�co e o direcionamento do tratamento fisioterapêu�co. D) A escolha da escala a ser u�lizada para avaliação da função mental dependerá da condição neurológica do indivíduo. Confira aqui a resposta 5. Por que a re�rada diária da sedação é uma conduta preconizada nas UTIs e deve ser adotada ro�neiramente pela equipe mul�profissional? 6. Qual é a orientação para que o nível de sedação seja man�do em um grau de segurança? 7. Em que casos a escala de Glasgow costuma ser aplicada? Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 9/25 8. Em relação à função cardiovascular, qual das alterna�vas a seguir está INCORRETA? A) Em um paciente com choque sép�co, a deficiência cardiovascular inicial é o aumento do consumo de oxigênio. B) As deficiências da função cardiovascular, de forma geral, são o aumento do consumo de oxigênio ou a redução da oferta de oxigênio para os tecidos. C) Pacientes com insuficiência cardíaca conges�va apresentam como deficiência cardiovascular a redução da oferta de oxigênio por redução do débito cardíaco. D) Pressão arterial e frequência cardíaca são as únicas variáveis capazes de descrever a deficiência da função cardiovascular. Confira aqui a resposta 9. Quais são os principais exemplos de problemas que afetam a oferta de fluxo sanguíneo para os tecidos? 10. Quais são os principais itens da função cardiovascular a serem avaliados à beira do leito? 11. Quais são os critérios de interrupção da mobilização relacionados à pressão arterial e à frequência cardíaca? AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO RESPIRATÓRIA A função respiratória consiste na capacidade de o sistema respiratório transferir o oxigênio do ambiente para a circulação pulmonar e o gás carbônico (CO ) produzido nos tecidos da circulação pulmonar para o ambiente. Para isso, é necessário que exista adequada ventilação alveolar, difusão alveolocapilar e perfusão pulmonar. A ven�lação alveolar depende do adequado desempenho dos músculos inspiratórios. A contração desses músculos é necessária para que o ar possa ser conduzido do ambiente para o interior dos pulmões, vencendo as forças de oposição, caracterizadas pela resistência de vias aéreas e elastância do sistema respiratório (Figura 3). 2 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 10/25 Figura 3 – Fluxograma da função respiratória. Fonte: Adaptada do McArdle e colaboradores (2008). Apesar de a expiração basal ser passiva, a força dos músculos expiratórios é fundamental para promover a eliminação das secreções presentes no interior das vias aéreas. O processo de difusão dos gases depende diretamente da diferença de pressão dos gases entre o meio intra-alveolar e intracapilar, da área disponível para troca gasosa e da constante de difusão do gás, sendo inversamente proporcional à espessura da membrana alveolocapilar. A oxigenoterapia ou técnicas de expansão pulmonar com pressão positiva, ofertadas aos pacientes com hipoxemia, podem favorecer a melhora da oxigenação arterial por meio do aumento da pressão alveolar de oxigênio (PAO ). Nas situações de aumento da espessura da membrana alveolocapilar, como nos casos de congestão pulmonar e edema inters�cial, o uso da pressão posi�va expiratória final (PEEP) pode contribuir para a redução dessa espessura, com consequente melhora da oxigenação, até que os efeitos do tratamento clínico sejam ob�dos. Durante a avaliação da função respiratória, o equivalente ventilatório, definido como o volume minuto necessário para suprir o consumo de oxigênio dos tecidos corporais, também merece destaque. Em média, o indivíduo precisa deslocar 25 litros de ar para o interior do sistema respiratório para que possa ser consumido 1L de oxigênio, em uma a�vidade com intensidade de aproximadamente 55% do consumo máximo de oxigênio. Problemas de perfusão, como tromboembolismo pulmonar, impedem que o oxigênio alveolar seja transferido para o capilar pulmonar, originando distúrbio da relação ven�lação-perfusão, definido como espaço morto alveolar. Para iden�ficação das alterações de função respiratória e posterior elaboração do diagnós�co, é necessária uma avaliação detalhada, iniciada com: ■ realização da anamnese para registro das queixas; ■ coleta da história clínica; ■ iden�ficação da presença de comorbidades. Posteriormente, iniciam-se os exames de: ■ inspeção; 14 14,19,20 14,19 2 14 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 11/25 ■ palpação; ■ percussão; ■ ausculta. A primeira aferição pode ser iniciada com a medida de oxigenação, ob�da por meio da oximetria de pulso. Seus valores de normalidade encontram-se acima de 96%; entretanto, a oxigenação reduzida pode ter várias causas que devem ser iden�ficadas. A inspeção do padrão ven�latório é um importante componente da avaliação do sistema respiratório, caracterizando-o como torácico, diafragmático ou misto. Essa inspeção demonstra se o paciente apresenta: ■ sinais de aumento de trabalho muscular inspiratório ou expiratório, decorrentes do aumento das cargas opositoras da ven�lação; ■ problemas de oxigenação; ■ aumento de demanda ven�latória, decorrente da a�vidade �sica ou de condições patológicas. A frequência respiratória (FR) deve ser sempre avaliada, e o seu valor é u�lizado para cálculo do volume minuto (volume corrente x FR). Os valores de normalidade encontram-se entre 12 e 20 incursões, aceitando-se valores superiores em patologias crônicas, como a fibrose pulmonar. A ausculta pulmonar permite a avaliação do sompulmonar normal (murmúrio vesicular) e dos ruídos adven�cios. A redução ou abolição do murmúrio vesicular, além da presença de ruídos adven�cios, aponta para a presença de problemas ven�latórios, que podem ter relação com alterações na pressão elás�ca dos pulmões e da caixa torácica ou na pressão resis�va de vias aéreas. O murmúrio vesicular reduzido na base pulmonar pode ser resultante do aumento da pressão elás�ca, em função da presença de derrame pleural. Entretanto, também pode ocorrer em pacientes com redução da força muscular diafragmá�ca, como na paresia unilateral do nervo frênico. Nas situações em que exista problema de origem ven�latória, podem ser u�lizados instrumentos obje�vos para mensurar as variáveis que compõem a ven�lação, como: ■ ven�lômetro; ■ espirômetro; ■ peak flow; ■ manovacuômetro. Entre as variáveis analisadas, destacam-se: ■ capacidade vital lenta (CVL) ou forçada (CVF); ■ pressões respiratórias máximas (inspiratória – Pimáx e expiratória – Pemáx); ■ volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1); ■ pico de fluxo expiratório (PFE). 19 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 12/25 Valores reduzidos de CVL ou CVF sugerem redução da complacência pulmonar e/ou da caixa torácica ou redução da força muscular inspiratória. Algumas equações predizem os valores normais de capacidade vital, baseando-se no peso, na altura e no sexo, servindo de base para o acompanhamento da evolução do quadro clínico. As equações preditas para a CVF de Pereira e colaboradores descrevem: Homens = [(estatura (cm) x 0,0599] – [idade (anos) x 0,0213] – [peso (kg) x 0,0106] – 3,748 Mulheres = [estatura (cm) x 0,0441) – [idade (anos) x 0,0189] – 2,848 A capacidade vital (CV) também pode ser avaliada da forma indireta, na ausência de ven�lômetro ou espirômetro, por meio da contagem numérica de 1 até 20, a qual foi associada a um valor de CVF maior do que 20mL/kg. Esse ponto de corte de 20mL/kg foi descrito por especialistas com um parâmetro norteador para a conduta de fisioterapia respiratória, por meio de técnicas que aumentam a pressão alveolar, quando inferior a 20, e técnicas que reduzem a pressão pleural, quando superior a 20. A CV indireta apresentou alta sensibilidade (100%) e especificidade (71,95%) em pacientes no pós-operatório de cirurgia abdominal, além de valor predi�vo nega�vo (VPN) de 100%, podendo ser mais um parâmetro de avaliação da função respiratória na ausência de aparelhos para mensuração da CVF. Na suspeita de fraqueza da musculatura respiratória, deve-se mensurar as pressões respiratórias máximas por meio do manovacuômetro, as quais apresentam equações de referência para a população brasileira. As equações preditas para as pressões respiratórias máximas descrevem: Homens: Pimáx= -1,24 x idade + 232,37/Pemáx= -1,26 x idade + 183,31 Mulheres: Pimáx= -0,46 x idade + 74,25/Pemáx= -0,68 x idade = 119,35 A Pimáx apresenta maior sensibilidade na iden�ficação de fraqueza muscular inspiratória quando comparada à CVL ou CVF. Já a redução do PFE ou do VEF1 indica aumento da resistência e obstrução das vias aéreas. Valores de PFE inferiores a 160Lpm apontam para redução da eficiência da tosse e quadros obstru�vos, com indicação de u�lização de disposi�vos que auxiliem na remoção de secreção. Em pacientes ven�lados mecanicamente, é possível medir a complacência do sistema respiratório (está�ca e dinâmica), a resistência do sistema respiratório, a autoPEEP, além de observar-se o comportamento dos gráficos de volume, pressão e fluxo em função do tempo (V x T; P x T; F x T) e das alças fluxo x volume e pressão x volume. Na prá�ca clínica, os valores de referência sugeridos para resistência de vias aéreas são aqueles inferiores a 5cmH O/L/s e, para complacência pulmonar estática, entre 50 e 80mL/cmH O. Na suspeita de hiperinsuflação pulmonar dinâmica, a autoPEEP tem u�lidade para o diagnós�co e tratamento. A obtenção da pressão de platô é ú�l para estabelecimento da estratégia protetora em pacientes com suspeita de síndrome 21 22 23 22 24 25 26 2 2 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 13/25 do desconforto respiratório agudo e risco de lesão pulmonar induzida pela ven�lação mecânica. Atualmente, sugere-se a manutenção da pressão de platô abaixo de 28 a 30cmH O. Em um cenário com diversos instrumentos de avaliação, o fisioterapeuta deve ser capaz de escolher os recursos mais apropriados para iden�ficação precoce das alterações da função respiratória ou dos fatores de risco para sua ocorrência, visando à elaboração do diagnós�co fisioterapêu�co e posterior elaboração dos obje�vos de tratamento. Nem toda alteração funcional é reversível com o tratamento fisioterapêu�co, tampouco toda alteração pode ser rever�da de forma imediata. Cabe ao fisioterapeuta direcionar seus esforços e des�nar seu tempo para aquelas condições nas quais existe viabilidade de tratamento em curto, médio e longo prazos. AVALIAÇÃO DA FUNÇÃO NEUROMIOARTICULAR A função neuromioar�cular é responsável pela realização dos diversos movimentos corporais, e necessita, dessa forma, de um sistema neural íntegro (via sensi�va ou aferente, controle central e via eferente ou motora), um músculo esquelé�co capaz de executar contração muscular efe�va e uma ar�culação que permita a mobilidade. Várias alterações nessa função podem ocorrer no ambiente de terapia intensiva, em grande, parte pela imobilidade e gravidade dos pacientes. Dentre as principais alterações encontradas no ambiente de UTI estão a redução da força e da resistência da musculatura periférica e do tônus muscular, além das alterações da amplitude de movimento ar�cular e déficit de equílibrio e coordenação motora. Para avaliação da força muscular esquelé�ca, a modalidade mais u�lizada, em virtude da sua pra�cidade, é o teste muscular manual. Seu escore varia de 0 a 5, sendo 0 a pontuação dada quando não existe contração muscular e 5 quando o músculo vence a gravidade contra resistência moderada. Apesar da excelente confiabilidade até o grau três (vence a gravidade sem resistência), o teste muscular manual apresenta limitações quanto à padronização da intensidade da resistência por parte dos avaliadores, iden�ficação da força prévia do paciente e das diferenças entre a força dos diversos grupos musculares nos graus quatro e cinco de força muscular. Um escore de força muscular proposto pelo Medical Research Council (escore MRC), o qual engloba a força de três grupos musculares dos membros superiores (abdutores do ombro, flexores do cotovelo e extensores do punho) e três dos membros inferiores (flexores do quadril, extensores do joelho e dorsiflexores do tornozelo), emprega o escore do teste muscular manual, quan�ficando bilateralmente esses seis grupos musculares, sendo sua pontuação variável entre zero e 60. Esse escore tem sido muito u�lizado no ambiente hospitalar, apresentando u�lidade na iden�ficação da fraqueza muscular do doente crí�co (pontuação total inferior a 48). Outra forma de mensurar a força muscular periférica é a dinamometria de preensão palmar, a qual avalia a força dos flexores do punho e dos dedos e tem grande associação com a força muscular periférica global. A confirmação da fraqueza muscular pode ser ob�da quando os valores da força de preensão palmar são inferiores a 20Kgf em mulheres e 30Kgf em homens, sendo atualmente u�lizado como uma das variáveis para o diagnós�co de sarcopenia. 2 27,28 29-31 32 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 14/25 Valores da força de preensão palmar inferiores a 7Kgf para mulheres e 11Kgf para homens estão relacionados com a presença de fraqueza muscular adquirida na UTI. Em pacientes com doenças neurológicas e sinais de aumento da resistência ao manuseio passivo, deve-se avaliar o tônus muscular por meio da escala de Ashworth, com pontuação variável entre 0 e 4. Valores maiores do que 0 são indica�vos de hipertonia progressiva. Já para avaliação da amplitude de movimento ar�cular, o método u�lizado é a goniometria, embora pouco aplicada nas UTIs. É fundamental que os avaliadores sejam treinados e que as técnicas sejam padronizadas, reduzindo, assim, os erros sistemá�cos de avaliação, os quais prejudicam a elaboração do protocolo fisioterapêu�co. INSTRUMENTOS PARA AVALIAÇÃO DAS LIMITAÇÕES PARA REALIZAÇÃO DE ATIVIDADES Entre as principais a�vidades que devem ser avaliadas na UTI, estão a capacidade para realização de transferências (decúbito dorsal no leito até a posição ortostá�ca) e a deambulação. Nesse contexto, antes do fisioterapeuta realizar a avaliação da capacidade do indivíduo executar essas transferências, é necessário que ele registre as a�vidades executadas pelo paciente antes da admissão na UTI. A iden�ficação da par�cipação social prévia (prá�ca de futebol, caminhada, entre outros) auxiliará no direcionamento do plano de tratamento. Diversos são os instrumentos que avaliam as limitações para realização de a�vidades. Alguns desses instrumentos avaliam apenas a capacidade de transferências e de deambulação, enquanto outros avaliam a velocidade de marcha e a distância de caminhada. A escala de Barthel (Quadro 2) é um dos instrumentos já u�lizados para mensurar as capacidades de locomoção, autocuidado e transferência em pacientes crí�cos; entretanto, inclui algumas a�vidades di�ceis de serem avaliadas durante a internação na UTI. Quadro 2 PONTUAÇÃO DA ESCALA DE BARTHEL MODIFICADA PARA DEAMBULAÇÃO 1 O paciente é totalmente dependente para deambular 2 O paciente necessita da presença constante de uma ou mais pessoas durante a deambulação 3 O paciente requer assistência de uma pessoa para alcançar ou manipular os disposi�vos auxiliares 4 O paciente é independente para deambular; porém, necessita de auxílio para andar 50 metros ou supervisão em situações perigosas 5 O paciente é capaz de colocar os braces, assumir a posição ortostá�ca, sentar e colocar os equipamentos na posição para uso. Pode ser capaz de usar todos os disposi�vos e andar 50 metros sem auxílio ou supervisão 33 34 19 35 36 37,38 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 15/25 Fonte: Minosso e colaboradores (2010). Outra ferramenta diagnós�ca empregada na UTI é a medida de independência funcional (MIF ) (Quadro 3), a qual apresenta domínios parecidos com os da escala de Barthel; porém, apresenta pontuação diferente para as diversas a�vidades, como a deambulação. A MIF talvez quan�fique melhor o grau de auxílio que o paciente precisa na UTI em relação à escala de Barthel, já que, nesta, a pontuação máxima para a locomoção, por exemplo, equivale ao paciente andar 50 metros, mesmo com o uso de disposi�vo assis�do, diferentemente da MIF , na qual o mesmo seria classificado como independência modificada. Quadro 3 PONTUAÇÃO DA ESCALA DE MEDIDA DE INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL PARA OS DIVERSOS DOMÍNIOS AVALIADOS, INCLUINDO DEAMBULAÇÃO 1 Assistência total Necessita de assistência total ou a tarefa não é realizada. U�liza menos de 25% do esforço necessário para realizar a tarefa 2 Assistência máxima U�liza menos de 50% do esforço necessário para completar a tarefa, mas não necessita de auxílio total 3 Assistência moderada Necessita de assistência moderada, mais do que simplesmente tocar. Realiza 50% do esforço necessário na tarefa 4 Assistência mínima Necessita de assistência mínima, um simples tocar, possibilitando a execução da a�vidade. Realiza 75% do esforço necessário na tarefa 5 Supervisão Necessita somente de supervisão, comandos verbais ou modelos para realizar a tarefa, sem a necessidade de contato; a ajuda é somente para preparar a tarefa, quando necessário 6 Independência modificada Capaz de realizar tarefas com recursos auxiliares, necessitando de mais tempo; porém, as realiza de forma segura e totalmente independente 7 Independência completa Toda tarefa que envolve uma a�vidade é realizada de forma segura, sem modificações ou recursos auxiliares, em um tempo razoável Fonte: Riberto e colaboradores (2001). Tanto a MIF quanto a escala de Barthel apresentam como inconveniente o fato de incluírem diversas a�vidades di�ceis de serem avaliadas no ambiente hospitalar. Recentemente, foi validada uma escala aplicável a doentes hospitalizados, denominada Functional Status Score (FSS), que apresenta apenas cinco domínios, relacionados às principais a�vidades realizadas no ambiente hospitalar (rolar no leito, transferir-se do leito para sentado, manter-se sentado, transferir-se de sentado para de pé e deambular). Sua pontuação é semelhante à MIF (1 a 7), totalizando um escore mínimo de 5 e máximo de 35. 39 36,38,40,41 , 42 43 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 16/25 Para avaliação do desempenho durante a execução de algumas a�vidades, um bom instrumento é o Time Up and Go (TUG), e consiste na avaliação do tempo necessário para o indivíduo levantar-se de uma cadeira, andar três metros e retornar para posição sentada na mesma cadeira. Indivíduos normais executam essa ação em menos de 10 segundos. Os principais fatores limitantes dessa a�vidade são os problemas de força, equilíbrio e coordenação. Uma das limitações desse instrumento de avaliação refere-se ao fato de uma parte dos pacientes hospitalizados não serem capazes de realizá-lo. A velocidade de marcha também avalia o desempenho �sico, sendo considerada por alguns autores como o sexto sinal vital. Seu aspecto posi�vo é a fácil e rápida execução nos pacientes que são capazes de deambular. O ponto de corte recentemente u�lizado é 0,8m/s, o qual é indica�vo de desempenho ruim. Outro instrumento para avaliação do desempenho funcional é o teste de caminhada de dois ou seis minutos, no qual o paciente tem que deambular a maior distância possível, nos intervalos de tempo propostos, com a máxima velocidade tolerada de acordo com a sua capacidade. Ao final do intervalo de tempo, será iden�ficada a distância máxima percorrida, a qual será comparada aos valores de referência. A escala de equilíbrio de Berg também pode ser u�lizada na UTI para avaliação de algumas a�vidades, como durante a transferência da posição sentada para posição ortostá�ca (Quadro 4). Quadro 4 DOMÍNIO DA ESCALA DE EQUILÍBRIO DE BERG – DA POSIÇÃO SENTADA PARA DE PÉ 4 Capaz de levantar-se sem u�lizar as mãos e estabilizar-se independentemente 3 Capaz de levantar-se independentemente u�lizando as mãos 2 Capaz de levantar-se u�lizando as mãos após diversas tenta�vas 1 Necessita de ajuda mínima para levantar-se ou estabilizar-se 0 Necessita de ajuda moderada ou máxima para levantar-se Fonte: Bur�n e colaboradores (2009). O teste de caminhada de seis minutos, a escala de Berge o TUG são indicados para a avaliação de pacientes com capacidade �sica mais elevada, diferentemente dos outros instrumentos, que avaliam a�vidades mais elementares. Alguns instrumentos que avaliam a�vidades (transferência de decúbito dorsal para sentado, ortostase e deambulação), como o teste de caminhada de 50 metros, podem ser u�lizados para avaliação das respostas da função cardiovascular em pacientes com síndrome coronariana aguda na UTI. Em estudo recente, esse teste não apresentou complicações em pacientes após 24 horas do evento coronariano. As principais variáveis mensuradas durante o teste foram: 41 44 32 45 46 47 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 17/25 ■ pressão arterial (sistólica, diastólica e média); ■ duplo produto; ■ saturação de oxigênio no sangue (SaO ); ■ IPE. O Quadro 5, a seguir, apresenta os diversos instrumentos de avaliação das funções e estruturas corporais relacionadas ao movimento e à capacidade de realização de a�vidades na UTI. Quadro 5 INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DAS FUNÇÕES E ESTRUTURAS CORPORAIS E DAS ATIVIDADES EXECUTADAS NA UTI Estrutura e função corporal Atividade Função mental (Glasgow, Ramsay, RASS e CAM-ICU) ■ MIF Função cardiovascular (PAS, PAD, PAM, FC, duplo produto, escala de dispneia de Borg e IPE) ■ Índice de Barthel, FSS-ICU Função respiratória (FR, PMV, ausculta pulmonar, SpO , SaO , CVF, CV indireta Pimáx, Pemáx e PFE, Cestá�ca, Presis�va e Cdinâmica) ■ Equilíbrio de Berg, velocidade de marcha, TUG Função neuromioar�cular (MRC-EMM, FPP, tônus, equilíbrio, amplitude de movimento ar�cular) ■ Teste de caminhada de 50m e teste de caminhada de 6 minutos Fonte: Adaptado de Nordon-Cra� e colaboradores (2012). ■ RESTRIÇÃO À PARTICIPAÇÃO SOCIAL O ambiente de UTI ou a hospitalização, por si só, pode ser considerado como restrição à par�cipação social, pois o paciente está impedido de vivenciar situações co�dianas. Compreender a par�cipação social do paciente previamente à internação é importante para auxiliar na busca pela sua mo�vação e para propor condutas terapêu�cas mais específicas. A intervenção fisioterapêu�ca com foco na manutenção da capacidade de realizar as a�vidades contribui para o retorno mais precoce do paciente à par�cipação social, incluindo a�vidades relacionadas ao lazer e/ou ao trabalho. Os ques�onários de qualidade de vida des�nam-se à avaliação do impacto da restrição da par�cipação social sobre a função mental, �sica e emocional. Um exemplo de ques�onário genérico de qualidade de vida com essa finalidade é o Medical Outcome Study 36 – item Short Form Health Survey (SF-36). 2 2 2 48 37,46 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 18/25 12. Em que situações o uso da PEEP é indicado? 13. Qual das alterna�vas a seguir apresenta uma possível limitação de a�vidade? A) Aumento do tônus muscular. B) Redução da amplitude de movimento ar�cular. C) Deambulação com apoio moderado. D) Força muscular reduzida. Confira aqui a resposta 14. Durante a ausculta pulmonar, quais são os sinais que apontam para a presença de problemas ven�latórios? 15. Em problemas de origem ven�latória, que instrumentos podem ser u�lizados para mensurar as variáveis que compõem a ven�lação? 16. O que valores reduzidos de CVL ou CVF sugerem? 17. Qual é a recomendação em caso de suspeita de fraqueza da musculatura respiratória? 18. O que valores de PFE inferiores a 160Lpm indicam? 19. Analise as afirma�vas a seguir sobre a função respiratória. I – A ven�lação compreende a ação das forças que deslocam o ar para dentro do sistema respiratório (músculos respiratórios) contra as forças que dificultam a sua entrada (resistência de vias aéreas e elastância dos pulmões e da caixa torácica). II – Muitos problemas de oxigenação são provenientes de problemas na ven�lação. III – A demanda ven�latória está aumentada durante o exercício. IV – O fisioterapeuta, por meio de suas técnicas, pode auxiliar na melhora de deficiências da função respiratória. Estão corretas: A) as afirma�vas I e II. Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 19/25 B) as afirma�vas I, II e IV. C) as afirma�vas II e III. D) todas as afirma�vas. Confira aqui a resposta 20. Quais são as principais alterações na função neuromioar�cular encontradas no ambiente de UTI? 21. Em relação às limitações, quais são as principais a�vidades que devem ser avaliadas na UTI? 22. Analise as afirma�vas a seguir sobre as limitações para execução de a�vidades na UTI. I – A capacidade prévia de realização de a�vidades auxilia no direcionamento do plano fisioterapêu�co. II – Locomoção e transferências são as principais a�vidades avaliadas nesse ambiente. III – Não se realizam testes para avaliação direta das limitações de a�vidade. IV – A principal limitação de a�vidade é a fraqueza muscular periférica. Estão corretas: A) as afirma�vas I e II. B) as afirma�vas II, III e IV. C) as afirma�vas I, II e III. D) todas as afirma�vas. Confira aqui a resposta 23. Em relação às proposições a seguir, preencha os parênteses de acordo com os seguintes conceitos: (D) deficiência, (A) limitação de a�vidade e (P) restrição à par�cipação social. ( ) Transferência de decúbito dorsal para lateral com auxílio leve. ( ) Incapacidade de jogar futebol. ( ) Aumento anormal da cifose torácica. ( ) Hipotensão arterial. ( ) Aumento da resistência de vias aéreas superiores. ( ) Deambulação com auxílio de andador. ( ) Não transferência de sentado para ortostase. ( ) Incapacidade de exercer seu trabalho como policial. ( ) Redução da força muscular respiratória. Assinale a alterna�va que apresenta a sequência correta. A) A – P – P – D – D – P – A – A – P Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 20/25 B) P – P – D – S – D – A – P – P – D C) D – P – D – D – A – P – P – A – D D) A – P – D – D – D – A – A – P – D Confira aqui a resposta ■ CASO CLÍNICO Paciente do sexo masculino, 77 anos, com internação prolongada na UTI por insuficiência respiratória secundária à pneumonia grave e choque sép�co (resolvido). Evolui deprimido, colaborando pouco com as condutas. As medidas aferidas foram: PA= 135 x 63mmHg, FC= 98bpm em ven�lação mecânica (modo assis�do em pressão de suporte, pressão de suporte = 20cmH O, PEEP = 5cmH O e FiO = 40%), gerando volume corrente = 6,5mL/kg, frequência respiratória = 23ipm e SpO = 97%. Apresenta padrão muscular respiratório sem uso de músculos acessórios e ausculta pulmonar com murmúrio vesicular reduzido em bases e com roncos apicais. Valores de PImáx = -18cmH O. Apresenta movimentação espontânea nos quatro membros, com redução de força muscular global (grau II) e MRC = 24, com déficit de equilíbrio de tronco quando na posição sentada. 24. Qual é o diagnós�co fisioterapêu�co desse paciente? Confira aqui a resposta 25. Formule o plano de tratamento fisioterapêu�copara esse paciente. Confira aqui a resposta ■ CONCLUSÃO O diagnós�co fisioterapêu�co é a base para a programação adequada do plano de tratamento e para a avaliação das respostas e da descrição do possível prognós�co. Para o fisioterapeuta, não basta apenas a leitura do diagnós�co médico, pois essa informação, por si só, não será capaz de determinar os distúrbios de movimento e o seu grau de alteração, nos aspectos da função (mental, cardiovascular, respiratório e 2 2 2 2 2 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 21/25 neuromioar�cular), das a�vidades (transferências e locomoção) e da par�cipação social. Para o diagnós�co preciso e a boa quan�ficação das respostas ao tratamento, é fundamental a avaliação fisioterapêu�ca baseada em instrumentos com elevada acurácia que sejam sensíveis em iden�ficar as alterações e as respostas aos tratamentos fisioterapêu�cos propostos. ■ RESPOSTAS ÀS ATIVIDADES E COMENTÁRIOS A�vidade 1 Resposta: D Comentário: Fraqueza muscular é um problema da função muscular. As alterna�vas A e C correspondem ao domínio a�vidades, e a B, ao domínio par�cipação social. A�vidade 4 Resposta: B Comentário: O fisioterapeuta atua indiretamente sobre as alterações na função mental, por meio das suas condutas no sistema respiratório e neuromioar�cular. A�vidade 8 Resposta: D Comentário: Existem outras variáveis que auxiliam na iden�ficação de deficiências de função cardiovascular, como hemoglobina, saturação venosa central e pressão arterial de oxigênio. A�vidade 13 Resposta: C Comentário: Deambulação é uma limitação de a�vidade, e as alterna�vas A, B e D correspondem a limitações de funções. A�vidade 19 Resposta: D Comentário: Todas as afirma�vas estão corretas em relação à função respiratória. A�vidade 22 Resposta: C Comentário: A a�vidade pode ser avaliada diretamente na UTI por meio de testes de desempenho, como o de velocidade de marcha, ou solicitando-se a simples realização da marcha na própria unidade. Fraqueza muscular não é uma limitação de a�vidade, mas uma deficiência do sistema neuromioar�cular. A�vidade 23 Resposta: D A�vidade 24 Comentário: O diagnós�co fisioterapêu�co do paciente é deficiência da função respiratória em virtude da alteração ven�latória, secundária a aumento de resistência por secreção, redução da complacência pulmonar decorrente de pneumonia e redução da força muscular inspiratória por choque sép�co, pneumonia e imobilidade, com limitação parcial para a�vidades de sedestação. A�vidade 25 Aa AA https://portal.secad.artmed.com.br/ https://portal.secad.artmed.com.br/ https://secadartmed.zendesk.com/hc/pt-br https://portal.secad.artmed.com.br/chatbot 27/02/2023, 22:28 DIAGNÓSTICO FISIOTERAPÊUTICO NA UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA - SECAD https://portal.secad.artmed.com.br/artigo/diagnostico-fisioterapeutico-na-unidade-de-terapia-intensiva 22/25 Comentário: O plano de tratamento fisioterapêu�co para o paciente compreende: 1 – desobstrução das vias aéreas pela presença de secreção; 2 – treinamento muscular inspiratório em virtude fraqueza inspiratória; 3 – Treino de força para membros inferiores e superiores, além do es�mulo ao controle de tronco; 4 – Mobilização global de forma progressiva para melhora do descondicionamento �sico e cardiorrespiratório. ■ REFERÊNCIAS 1. Brody LT, Hall CM. Exercício terapêu�co na busca da função. 2. ed. São Paulo: Guanabara Koogan; 2007. 2. O’Sullivan SB, Schmitz TJ. Fisioterapia: avaliação e tratamento. 2. ed. 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