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Aula 1 - Introdução a Radiologia Veterinária

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Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Diagnóstico por Imagem 
 
 
1 
INTRODUÇÃO A RADIOLOGIA VETERINÁRIA 
O Raio-X foi descoberto por Röntgen, ao usar uma ampola de crookers, que tornava fluorescente 
um cartão pigmentado. Esse X indica o desconhecimento do que causava a fluorescência. Isso 
abriu novas possibilidades de gigantes utilizações. Depois de sua descoberta, em um ano, esses 
raios já eram utilizados em medicina. Os Raios-X são utilizados na indústria, aeroportos, 
diagnóstico médico, investigações, etc. 
Propriedades Básicas dos Raios-X 
 São uma radiação eletromagnética 
 São ondas eletromagnéticas, diferindo-se da luz pelo comprimento de onda, sendo que, 
quanto menor o comprimento de onda (alta quilovoltagem), maior o poder de 
penetração. 
 Os raios gama partem da fissão do núcleo de um átomo, enquanto que os raios x parte 
do elétron 
 Presentes em rádios, radares, micro-ondas, luz visível, etc 
 Possui campos elétricos e magnéticos, viajando em um modelo senóide, ou seja, nos 
sentidos vertical e horizontal, cada uma sendo um campo 
 Sua velocidade é igual a da luz 
 Não possui carga 
 Não possui massa 
 O comprimento de onda é inversamente proporcional a energia, sendo o Raio-X de baixo 
comprimento e alta energia 
 São invisíveis, graças a seu comprimento de onda 
 Não podem ser sentidos 
 Propagam-se em linha reta, consequentemente não podem ser defletidas por campos 
magnéticos 
 Penetram todos os materiais, uns mais e outros menos, de acordo com o material, isso 
acaba dando diferenças nos contrastes de coloração, em um Raio-X, por exemplo 
 Tornam certas substâncias fluorescentes 
 Podem expor emulsões (rolo de filme) radiográficas ou fotográficas 
 Podem ionizar átomos, induzindo a formação de tumores, por modificar DNA 
Dentro de uma ampola de Raio-X, existem catodo e anodo, sendo que o catodo é negativo, e o 
anodo positivo. Um filamento de tungstênio no catodo excita os elétrons a sua volta, e por 
diferença de potencial, migram para o lado positivo, indo para o anodo, tendo uma colisão 
brusca, e produzindo calor e Raios-X nessa colisão. O anodo deve ter 22,5° para os raios partirem 
em um ângulo de 90°, não sendo defletido. Para ocorrer uma dissipação de calor eficiente, o 
anteparo pode ser giratório. 
Para essa geração de Raios-X, o ambiente deve estar no vácuo, para evitar a colisão dos elétrons 
com o ar, durante seu caminho do catodo para o anodo. Elétrons acelerados + alvo = RX + calor. 
Para restringir os Raio-X, existem diafragmas e cones, que impedem que raios de baixa qualidade 
cheguem até o alvo. Quanto maior for a quilovoltagem (diferença de energia entre o catodo e o 
anodo), maior a capacidade de penetração dos Raio-X, pois mais excitados ficam os elétrons, 
com maior velocidade da onda. A miliamperagem mede a quantidade de elétrons que passa pela 
ampola, que é fixa na maioria dos aparelhos, sendo que o que muda, é o tempo de emissão 
Instituto Federal Catarinense – Campus Araquari 
Alberto Gonçalves Evangelista 
Diagnóstico por Imagem 
 
 
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desses elétrons. Quanto maior a miliamperagem, maior a nitidez, sendo que, quanto menor ela 
é, menos nítida é a imagem. Filtros impedem que raios menos energéticos cheguem no paciente, 
enquanto que grades barram os raios dispersos. 
Existem três tipos de aparelho de Raio-X, sendo o fixo, com maior potência de ação, móvel e 
portátil, que aumentam a mobilidade do exame. A qualidade de imagem e diagnóstico gerado 
pelos aparelhos evoluiu junto com a medicina, aumentando sua precisão. 
O filme de Raio-X convencional é feito de uma emulsão de sais de prata, que é ionizada a partir 
do Raio-X. Em um revelador, a prata ainda não ionizada é retirada e a prata metálica (ionizada) 
forma a imagem latente. Para garantir a saída dos cristais a imagem é fixada. A prata metálica é 
PRETA, portando, a imagem formada em escalas de cinza é a formada por diferentes graus de 
ionização da prata. 
Para a revelação do Raio-X convencional, é necessário um quarto escuro, semelhante a 
revelação dos antigos filmes fotográficos. Isso tende ao desuso, com o crescimento do Raio-X 
digital. É necessária uma bancada seca, tanques, armazenadores de filme/prendedores, caixa de 
transferência de filme, holofote de identificação e luzes de segurança. 
No manuseio do filme, deve-se tomar cuidado. Deve haver pressão dentro do chassi, para que 
não entre luz e velar o filme, necessitando de uma nova imagem. Deve ser feita a limpeza do 
chassi para não serem criados artefatos, tirando a idoneidade do exame. Deve estar distante do 
aparelho, para não sofrer interações. A umidade também pode estragar o filme, então deve-se 
tomar cuidado. O chassi é composto por superfície radiotransparente, écran, filme, écran, 
almofada de pressão, proteção de chumbo e superfície. Os tanques devem ser limpos 
periodicamente, e possuir tampa contra evaporação. Preferencialmente deve ser feito de 
plástico, para não haver solda, que pode riscar a emulsão (filme). 
Na revelação, deve-se agitar as soluções para homogeneizar, colocando após o filme 
radiografado, colocando-o nos prendedores. Esse filme com prendedor é imergido 
seguidamente no revelador e agitado verticalmente. Deve-se evitar contato com o taque, que 
pode riscar o filme. A revelação é mais rápida no calor. Quanto mais usada a solução, mais 
demorada é a revelação. O filme já revelado é enxaguado e imergido em fixador, pelo dobro de 
tempo que ficou no revelador. Deve após isso ser lavado por 20 minutos e secado. 
A proteção radiológica (EPI para Raio-X) é de uso obrigatório, com chumbo ou barita no entorno 
da sala. Também devem existir biombos, para que a radiação disparada chegue no realizador do 
exame. Quem está contendo o paciente deve usar aventais, luvas, óculos de proteção e protetor 
de tireóide, com chumbo. 
Importante: Menos quilovoltagem para ver algo menos absorvente de radiação, e mais 
quilovoltagem para ver algo que absorve mais a radiação.

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