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TRABALHO DE CONSTITUCIONAL: DIREITOS PERSONALÍSSIMOS X LIBERDADE DE EXPRESSÃO
 ESTÁCIO/FAL ALUNO: LUIZ TAVARES DA SILVA 3º PERÍODO MATUTINO
DA PROBLÉMATICA
O fichamento a seguir aborda uma sucinta discussão a respeito dos Direitos da Personalidade em contrapartida ao Direito da Liberdade de Expressão na qual parte do campo da indagação em que os problemas não são solucionados pela solução, no decorrer desta dissertação serão mostrados os posicionamentos da atual problemática, na qual serão abordados princípios constitucionais que colidem a direitos fundamentais tutelados pela nossa Carta Magna, no entanto um direto não pode perpetrar a aplicabilidade do outro cabendo tão somente a técnica da ponderação para que possa ocorrer a melhor aplicabilidade do Direito e dos princípios que regem não só essa discussão mas outras matérias e ramos do direito.
DA INTERPRETAÇÃO JURÍDICA TRADICIONAL COMPARADA A NOVA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL.
Na interpretação jurídico tradicional segue-se uma linha padrão que consiste na tradição romano-germânica, pois com base no caso concreto após efetuar a devida análise o operador do direito irá buscar de imediato no ordenamento jurídico a norma específica para enquadrar ao problema, fazendo assim um raciocínio de natureza silogística, nessa interpretação a norma sempre será a premissa maior, os fatos a premissa menor, e a conclusão vai ser a causalidade entre os fatos e a norma aplicada, na qual se realiza subsunção dos fatos, é denominado como método subsuntivo.
	Esse tipo de raciocínio jurídico utiliza como tipo de regra uma norma. Normas são regras que especificam as condutas realizadas por seus destinatários, os quais devam recebê-la, então ao interprete cabe analisar os fatos e a norma para efetuar a aplicação e designar que consequência jurídica o destinatário deve responder.
	A atividade interpretativa acima é um conjunto tradicional de elementos de interpretação gramaticais, históricos, sistemáticos e teleológicos, são eles que vão permitir ao interprete em geral, e ao juiz em particular, a revelação do sentido, conteúdo e seu alcance. A lei é uma fôrma do direito, vez que vai moldar cada caso concreto de forma distintas, restando hialino que o interprete apenas aplica o que se tem explicitamente e implicitamente embutidos na norma. Portanto, desenvolve-se por um método subsuntivo, fundado em um modelo de regras, que reserva ao interprete um papel estritamente técnico de aplicação de um Direito contido na norma.
	Já a ideia que traz a nova interpretação constitucional se liga em algumas formulas originais de realização da vontade da Constituição. Não importa o método clássico – o subsuntivo, fundado na aplicação de regras – nem dos elementos tradicionais da hermenêutica: gramatical, histórico, sistemático e teleológico. Ao contrário, continuam eles a desempenhar um papel relevante na busca de sentido das normas e na solução de casos concretos. Relevante, mas nem sempre suficiente.
	No quadro da dogmática jurídica tradicional, já haveram sido sistematizados diversos princípios específicos da interpretação constitucional a fim de superar as limitações da interpretação jurídica convencional, concedida em função da legislação infraconstitucional e do direito civil, ocorre essa grande virada pois verifica-se que não era original, pois não existe a crença de que as normas constitucionais e o ordenamento jurídico em tese tragam em si um sentido único, que seja valido para todas as situações na qual possa incidir. E que caberia o interprete mera aplicação do direito existente na norma.
	Historicamente sobrevêm a ascensão dos princípios, cuja carga axiológica e dimensão ética conquistaram, finalmente, eficácia jurídica e aplicabilidade direta e imediata. Princípios e regras passam a desfrutar do mesmo status de norma jurídica, em face de serem distintos no conteúdo, na estrutura normativa e na aplicação. Regras não passam de relatos objetivos, enquadramentos de determinadas condutas e aplicáveis a determinado conjunto de situações, só cabendo sua aplicação na sua previsão, trata-se do tudo ou nada, pois se a norma não prevê determinada conduta abstrata, a matéria em si é cumprida ou descumprida, por exemplo, um conflito aparente de normas, apenas uma norma se sobressairá para prevalecer válida.
	Os princípios expressão valores preservados pela sociedade, que não especificam que conduta e como devem ser seguidas no entanto tem um peso maior pois caberá ao interprete definir qual ação irá tomar, pois os princípios estão em constante conflito, necessitando assim a ponderação em cada caso concreto para aplica-lo apesando-o na situação, aqui não será tudo ou nada pois não trata de natureza objetiva reguladora, mas de uma forma subjetiva que envolve preceitos morais, equidade na sua aplicação. Como perpetração do principio da dignidade humana, alocam-se boa parte dos direitos fundamentais, cuja proteção fora alcançada no centro dos sistemas jurídicos. E normal e constante a colisão dos princípios constitucionais vez que carregam valores distintos e contrapostos. O interprete desse modo irá analisar e efetuar as valorações necessárias, de modo que consiga preservar cada principio sem que um passe por cima do outro, apenas escolhendo qual principio deve prevalecer argumentando e fundamentando sua escolha.
	A moderna interpretação constitucional diferencia-se da tradicional em razão de alguns fatores: a norma, como relato puramente abstrato, o problema, a questão tópica a ser resolvida passa a fornecer elementos para sua solução; o papel do intérprete deixa de ser de pura aplicação da norma preexistente e passa a incluir uma parcela de criação do Direito do caso concreto. E, como técnica de raciocínio e de decisão, a ponderação passa a conviver com a subsunção. Para que se legitimem suas escolhas.
 
	
COLISÃO DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS.
No direito contemporâneo para solucionar um conflito aparente de normas em regra , aplica-se uma linha de nível hierárquica, em seguida temporal e posteriormente de especialização, no direito constitucional isso não pode e não deve ser aplicado pois difere muito o método utilizado , no que se refere os direitos fundamentais, essas colisões no direito constitucional contemporâneo se dá por numerosas razões duas delas são: a;A complexidade e o pluralismo das sociedades modernas levam ao abrigo da Constituição valores e interesses diversos, que eventualmente entram em choque e; b: sendo os direitos fundamentais expressos, frequentemente, sob a forma de princípios ,sujeitam-se, a colisão dos princípios e à aplicabilidade se dá na maneira do possível relevando o ordenamento jurídico e as circunstancias fáticas.
	Na Constituição existe um princípio denominado “unidade da constituição” que garante inexistência de hierarquia entre as normas constitucionais, alguns autores defendem haver, pois segundo eles algumas determinariam uma superioridade para o alcance das demais, é que os direitos fundamentais entre si não apenas têm o mesmo status jurídico como também ocupam o mesmo patamar axiológico7. No caso brasileiro, desfrutam todos da condição de cláusulas pétreas (CF, art. 60, § 4°, IV). no entanto o entendimento do princípio permanece.
Então cabe a discussão se de fato existem ou não hierarquia entre tais normas, nesse caso não é possível conceder análise ou regra abstrata de preferência sobre um ou outro, pois caberá a aplicação da ponderação, pois deverá ser analisada as particularidades de cada caso concreto, na qual possa se chegar a uma solução adequada. Nem sempre é singela a demarcação do espaço legítimo de atuação da lei na matéria, sem confrontar-se com a Constituição. No particular, há algumas situações diversas a considerar. Há casos em que a Constituição autoriza expressamente a restrição de um direito fundamental. Aliás, mesmo nas hipóteses em que não há referência direta, a doutrina majoritária admite a atuação do legislador, com base na idéia de que existem limites imanentesaos direitos fundamentais. Pois dessa forma, a lei poderá estar evitando colisões.
Se de fato situação diversa ocorrer como citado acima onde o legislador tenta limitar a atuação de um direito, torna-se inconstitucional e inaceitável sua atuação vez que estará contrariando o princípio da unidade da constituição, o legislador deverá se limitar a estabelecer parâmetros para que não ofenda os princípios constitucionais nem a constituição e que não prive o interprete dos elementos de cada caso assim como de seu juízo de equidade. A lei não pode impor solução rígida e abstrata para esta colisão, assim como para quaisquer outras colisões.
	A colisão de direitos fundamentais e princípios constitucionais é um fenômeno presente, com salva indicação expressa da própria constituição, o conflito não pode ser arbitrado de forma abstrata no entanto o interprete poderá se utilizar , mas terá em sua decisão um duplo controle de constitucionalidade, diante de todo o exposto sempre deverá ser a técnica aplicada pelo aplicador tanto na ausência de previsão ou parâmetros legislativos.
DA TÉCNICA DA PONDERAÇÃO.
Na linha histórica a subsunção era a única fórmula para compreensão e aplicação do direito: a norma premissa maior sempre incide – na premissa menor os fatos, produzindo assim uma conclusão de consequência ao destinatário, esse raciocínio ainda fundamental nos dias de hoje, no entanto ainda com o vislumbramento de certo limite nessa ferramenta que defende ser não tão suficiente para lidar com as situações.
 	É convidativo a imaginar uma hipótese em que mais de uma norma possa incidir sobre determinado conjunto de fatos, em determinado caso concreto.
	 PREMISSAS MAIORES PREMISSA MENOR	
Neste artigo trazemos a liberdade de expressão e imprensa em oposição aos direitos personalíssimos, como à honra, imagem, intimidade e vida privada. As normas e princípios aqui tutelam valores distintos e apontam diversas formas de solução, se fôssemos solucionar o problema pela forma subsuntiva poderíamos apenas trabalhar com uma norma, cabendo escolher apenas uma premissa, descartando-as demais, essa forma não seria a mais correta e adequada constitucionalmente pois como já foi esposado acima o principio da unidade da constituição não permitiria tal feito, vez o que interprete não poderia escolher por A ou B mas aplicar ambos ao caso concreto.
	Nesse caso cabe uma interpretação mais complexa e estruturada na qual o interprete possa fundamentar em que ele se estruturou para o decisium, moldando cada elemento pertinente ao caso a sua aplicação, como já sabemos de fato não poderá um se opor ao outro gerando a decisão, mas sim se sobressair para não exclui-lo da matéria. A ponderação consiste, portanto, em uma técnica de decisão jurídica aplicável a casos distintos, em relação aos quais a subsunção se mostrou insuficiente, sobretudo quando uma situação concreta dá ensejo à aplicação de normas de mesma hierarquia que indicam soluções diferenciadas.
	A doutrina no entanto vem estudando cuidadosamente a forma da aplicação do interprete ao conflito de normas a dividindo em três etapas.
Detectar no sistema as normas relevantes para a solução do caso, identificar eventuais conflitos entre elas.
Examinar os fatos, as circunstâncias concretas do caso e sua interação com os elementos normativos.
Ponderar singularizando em oposição à subsunção.
Na fase final serão observados as normas e os fatos do caso concreto de forma conjunta, de modo a operar os pesos necessários aos elementos diversos da relação em disputa a decidir o grau de incidência de cada uma, utilizando-se da proporcionalidade ou razoabilidade.
DIREITOS DA PERSONALIDADE
Nasce após a segunda guerra mundial, o reconhecimento dos direitos personalíssimos, que são emanados do próprio ser humano ou como a doutrina defendo da própria dignidade humana, os direitos são inerentes e irrenunciáveis pelo próprio titular, os direitos da personalidade atingem todas as pessoas não só naturais como também jurídicas no que couber. Tais direitos podem sofrer violação no entanto nem sempre gerarão prejuízos econômicos ou patrimoniais, consistindo assim em diferentes formas de reparação.
A doutrina divide em 2 grupos tal corrente: a) direitos à integridade física, englobando o direito à vida, o direito ao próprio corpo e o direito ao cadáver; e b) direitos à integridade moral, rubrica na qual se inserem os direitos à honra, à liberdade, à vida privada, à intimidade, à imagem, ao nome e o direito moral do autor etc... Assim podemos destacar o art.
“Art 5º”...
V- é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem.
“X- são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação.”
	Os direitos à intimidade e a vida privada, protegem as pessoas na sua individualidade tutelando o seu direito de estar só, atrelado ao direito de privacidade que decorre de atos em que as pessoas não desejariam que o público tivesse interesse ou conhecimento, são espaços que devem ser preservados. Na doutrina e jurisprudência, já existe um elemento determinante para aplicação na reparação caso ocorra tal violação, essa determinante é o “ grau de exposição”, esse grau de exposição relaciona-se à exposição de sua intimidade, privacidade...em decorrência publica, as pessoas mais reconhecidas, como atores, cantores, pessoas que derivam de uma exposição pública, popular, recebem nesse caso uma aferição menos rígida pois é algo já inerente ao seu particular, popular.
	Podemos citar também nesse entrance o direito ao esquecimento que é algo bastante discutido na nossa doutrina e que é alvo forte junto a essa dissertação, por exemplo, uma pessoa que cometeu certo crime no passado, que já cumpriu sua pena, e que depois de muitos anos venha a ser lembrada por tal fato, se isso repercute de forma negativa para seu meio interior social, acredita-se que se deva ponderar ao direito à imagem, a honra etc... No entanto vem se entendendo que se tal fato foi de grande ocorrência na sociedade começa-se a entender que não há violação vez que parte da premissa que o fato tornou-se domínio público ainda que tratado pelos meios de comunicação em grande massa.
	A honra também é um direito personalíssimo previsto na constituição, esse direito tutela não só a dignidade do indivíduo , mas a sua reputação de foro íntimo e no meio social em que ele está inserido, a doutrina e jurisprudência estabelecem ser esse direito limitado pois vai depender da circunstância ao qual o fato é imputado ao objetivo.
	O direito à imagem, protege a pessoa física do ser humano, como partes do corpo, ou ainda de traços característicos da pessoa pela qual ela possa ser reconhecida, toda reprodução da imagem de qualquer pessoa só pode ser efetuada mediante prévia autorização do titular da imagem, esse direito é um direito autônomo que é constantemente atrelado à outros direitos da personalidade. Aqui chegamos a discussão a respeito do direito à imagem se opor ao direito de liberdade de expressão e de informação.
	Há uma grande divergência na doutrina a respeito da liberdade de informação e de expressão, se entende que a liberdade de informação se dá por forma individualizada de comunicar fatos e o direito difuso de ser deles informado, já o direito de expressão se norteia na publicação de ideias, juízos de valos, opiniões. 	
	Resta hialino que a liberdade de informação se atrelaça na liberdade de expressão em sentido amplo. Cada uma nas suas modalidades com suas possíveis limitações, criou-se um novo termo que também pode ser interpretado pelos temas: a liberdade de imprensa, a expressão designa a liberdade de ser reconhecida, desse modo envolve tanto a liberdade de expressão como a de informação, vez que a liberdade de imprensa utilizará destes dois alicerces.
	Entende-se que as liberdades de informação e expressãoservem de fundamento para a utilização de outras liberdades. Com isso a Constituição Federal traz algumas normas que abordam o tema, vejamos alguns dispositivos.
	“Art. 5º.”. 
IV – é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato; 
 V – é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral, ou à imagem; 
IX – é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica ou de comunicação, independentemente de censura ou licença; 
XIV – é assegurado a todos o acesso à informação e resguardado o sigilo da fonte, quando necessário ao exercício profissional;” 
Para tratar dos meios de comunicação social e da liberdade de imprensa, a Constituição empregou artigo próprio, que confere àqueles tratamento privilegiado, nos seguintes termos: 
“Art. 220”. A manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observado o disposto nesta Constituição. 
§ 1º Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística em qualquer veículo de comunicação social, observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV. 
§ 2º É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística."
	Até o montante pudemos verificar que a liberdade de informação como de expressão não são direitos absolutos, pois encontramos limitações explicitas na constituição.
	Em relação à liberdade de informação, cabe a divulgação de fatos reais, ainda que desagradáveis para determinados indivíduos, hoje no mundo globalizado as informações anseiam maior circulação e com mais rapidez, cabe também um requisito de interesse público no exercício da liberdade de informação e de expressão, pois há uma relevância no instrumento em si de divulgação, ressalta lembrar que parte dessa premissa, o conhecimento dos cidadãos. Pois um estado democrático que censura um programa de má qualidade, também poderá censurar qualquer programa, ou instituto jornalístico sem que o público possa ter força para exercer qualquer tipo de controle sobre o que lhe é imposta.
	A conclusão a que se chega, portanto, é a de que o interesse público na divulgação de informações – reiterando-se a ressalva sobre o conceito já pressupor a satisfação do requisito da verdade subjetiva é presumido. Esse conflito não envolve oposição mas sim uma certa ponderação que poderá e deverá decidir qual bem constitucional deverá sobrepor no caso concreto.
PARÂMETROS QUE O INTERPRETE DEVERÁ SEGUIR EM CASO DE COLISÃO.
Abaixo estão relacionados alguns elementos que o interprete deverá percorrer para melhor aplicabilidade ao caso concreto, são elementos essenciais a serem estabelecidos na ponderação entre a liberdade de expressão e a de informação.
VERACIDADE DO FATO: os meios de comunicação devem apurar, com boa-fé utilizando da razoabilidade, pois a informação que goza da constitucionalidade é a informação verdadeira.
O MEIO NA QUAL FOI OBTIDA A INFORMAÇÃO DEVE SER LÍCITO: os meios na qual foram obtidas as informações devem ter partido de atos lícitos aceitos pelo direito, pois a própria constituição veda a forma ilícita de obtenção de tais informações;
PERSONALIDADE PÚBLICA OU ESTRITAMENTE PRIVADA DA PESSOA OBJETO DA NOTICIA: as pessoas que ocupam cargos públicos tem o direito da privacidade tutelado em intensidade mais branda, só as pessoas que não tem vida pública desfrutam de tutela mais ampla.
LOCAL DO FATO: os fatos ocorridos em locais privados tem mais tutela privacional que os acontecidos em lugares públicos.
NATUREZA DO FATO: alguns fatos dão de natureza naturais independente de seus personagens, assim como crimes em geral, pois são passíveis de divulgação pública em interesse jornalístico.
EXISTÊNCIA DE INTERESSE PÚBLICO NA DIVULGAÇÃO EM TESE E DE FATOS RELACIONADOS COM A ATUAÇÃO DE ORGÃOS PÚBLICOS: o interesse público na divulgação de qualquer fato verdadeiro se presume, como regra geral. Em um regime republicano, a regra é que toda a atuação do Poder Público, em qualquer de suas esferas, seja pública, o que inclui naturalmente a prestação jurisdicional. A publicidade, como é corrente, é o mecanismo pelo qual será possível ao povo controlar a atuação dos agentes que afinal praticam atos em seu nome. O art. 5º, XXXIII, como referido, assegura como direito de todos o acesso a informações produzidas no âmbito de órgãos públicos, salvo se o sigilo for indispensável à segurança da sociedade e do Estado.( Segundo Roberto Barroso).
PREFERÊNCIA POR SANÇÕES A POSTERIORI, QUE NÃO ENVOLVAM A PROIBIÇÃO PRÉVIA DA DIVULGAÇÃO: O uso abusivo da liberdade de expressão e de informação pode ser reparado por mecanismos diversos, que incluem a retificação, a retratação, o direito de resposta e a responsabilização, civil ou penal e a interdição da divulgação. Somente em hipóteses extremas se deverá utilizar a última possibilidade. Nas questões envolvendo honra e imagem, por exemplo, como regra geral será possível obter reparação satisfatória após a divulgação, pelo desmentido – por retificação, retratação ou direito de resposta – e por eventual reparação do dano, quando seja o caso. Já nos casos de violação da privacidade (intimidade ou vida privada), a simples divulgação poderá causar o mal de um modo irreparável. Vejase a diferença.
VISÃO INFRACONSTITUCIONAL, PARÂMAETROS ESTABELECIDOS PELO LEGISLADOR NA HIPÓTESE DE COLISÃO.
Há normas infraconstitucionais que afirmam a aplicação no caso apresentado, pois a colisão aparente é mais constante e natural do que se podia supor, então cabe a ideia do legislador criar soluções para o tema, pois uma lei jamais poderia de forma rígida e abstrata reter os pilares que interligam a discussão, vez que não há hierarquia nas normas constitucionais, cabendo assim um fundamento na preferencia atribuída a uma norma ou princípio que o outro.
Referente à liberdade de informação reconhecida aos meios de comunicação, o legislador sofreu restrição no § 1º do art. 220 de que “Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística (...) observado o disposto no art. 5º, IV, V, X, XIII e XIV”, pois subtende-se que o legislador fica restrito a atuar na matéria, hoje duas normas existente no ordenamento jurídico visam atenuar essa colisão entre as liberdades de informação e expressão no que tange as direitos à honra, à intimidade, à imagem: o art. 21 Lei de Imprensa (Lei nº 5.250/67) e o art. 20 do CC//. Cabendo examinar o alcance e compatibilidade com o exposto dos parâmetros constitucionais, buscando assim orientar uma forma de resolver essa colisão.
INTERPRETAÇÃO PRÉVIA DA LEI DE IMPRENSA (LEI Nª 5.250/67).
A lei de imprensa dedica toda uma seção ao tratamento dos abusos no exercício da liberdade de manifestação do pensamento e informação, vale ressaltar que seu art. 16 considera crime, prevista a detenção por até 6 meses, a publicação de fatos verdadeiros truncados ou deturpados, que provoquem: detenção por até 6 meses, publicar “fatos verdadeiros truncados ou deturpados, que provoquem: I - perturbação da ordem pública ou alarma social; II - desconfiança no sistema bancário ou abalo de crédito de instituição financeira ou de qualquer empresa, pessoa física ou jurídica; III - prejuízo ao crédito da União, do Estado, do Distrito Federal ou do Município; IV - sensível perturbação na cotação das mercadorias e dos títulos imobiliários no mercado financeiro”.
No rol de condutas abusivas foi incluído o art. 21, que tem a seguinte redação:
“Art. 21 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena: Detenção de 3 (três) a 18 (dezoito) meses, e multa de 2 (dois) a 10 (dez) salários mínimos da região. 
§ 1º À exceção da verdade somente se admite: 
a) se o crime é cometido contra funcionário público, em razão das funções ou contra órgão ou entidade que exerça funções de autoridade pública; 
b) se o ofendido permite a prova. 
§ 2º Constituicrime de difamação a publicação ou transmissão, salvo se motivada por interesse público, de fato delituoso, se o ofendido já tiver cumprido pena a que tenha sido condenado em virtude dele.”
 O art. 17, por sua vez, considera abusiva a manifestação de pensamento e de informação que ofenda a moral pública e os bons costumes, sujeitando o infrator a pena de detenção de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa de 1 (um) a 20 (vinte) salários-mínimos da região.
Cabe uma controvérsia pois se a publicação de fatos ainda que verdadeiros obtidos de forma lícita causassem devida ofensa ao individuo, o agente da publicação poderia responder por difamação, então vejamos que a aplicação desse dispositivo acarreta um grande peso, não havendo compatibilidade, no meu ver esse dispositivo só deveria ser aplicado na possibilidade de haver dolo em difamar.
DIREITOS DA PERSONALIDADE NO CÓDIGO CIVIL.
No código civil, especificamente dos arts. 11 à 21, cabe a matéria afim de tentar solucionar os passiveis conflites existentes nesses direitos.
“Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a respeitabilidade, ou se se destinarem a fins comerciais.”
Não resta dúvida que o art. defende ser proibida a utilização a requerimento do interessado, se tais divulgações forem passiveis de denegrir sua imagem, sua honra, inclusive por meios jornalísticos, já que necessitam de autorização.
No entanto dois conceitos podem ser empregados nesse art, administração da justiça e manutenção da justiça, fatos que se revelam a esfera cível e criminal. A divulgação de fotos de criminosos procurados pela polícia, até que poderia ser enquadrado nesse parâmetro, mas a aplicação desses conceitos podem ser percebidos como incompatíveis a constituição, autoridade publica comente ato infracional, esse ato traria uma exposição negativa de sua imagem explorada ou um candidato a prefeitura que antes de sua candidatura foi pego por utilizar laranjas em empresa de fachada, a situação poderia sim ser de administração da justiça mas tal procedimento não ne encaixa a perfeição da constituição.
Os critérios do código civil não encontram amparo na constituição. A interpretação que se entende possível extrair do art. 20 referido – já no limite de suas potencialidades semânticas, é bem de ver – pode ser descrita nos seguintes termos: o dispositivo veio tornar possível o mecanismo da proibição prévia de divulgações (até então sem qualquer previsão normativa explícita) que constitui, no entanto, providência inteiramente excepcional. Seu emprego só será admitido quando seja possível afastar, por motivo grave e insuperável, a presunção constitucional de interesse público que sempre acompanha a liberdade de informação e de expressão, especialmente quando atribuída aos meios de comunicação
Ou seja: ao contrário do que poderia parecer em uma primeira leitura, a divulgação de informações verdadeiras e obtidas licitamente sempre se presume necessária ao bom funcionamento da ordem pública e apenas em casos excepcionais, que caberá ao intérprete definir diante de fatos reais inquestionáveis, é que se poderá proibi-la. Essa parece ser a única forma de fazer o art. 20 do Código Civil conviver com o sistema constitucional; caso não se entenda o dispositivo dessa forma, não poderá ele subsistir validamente.
PONDERAÇÃO COMO HIPÓTESE DE SOLUÇÃO E CONCLUSÃO.
Diante todo o exposto cabe examinar todas as distintas situações e casos concretos, para verificar a legitimidade ou não da utilização, da exibição independente de autorização dos indivíduos envolvidos, na qual programas de tv ou matérias jornalísticas, citem ou divulguem a imagem de pessoas relacionadas ao evento noticiado, ou que eventos passados sejam relatados, havendo eventos criminais ou não.
Voltando ao que já foi dissertado se tratando de eventos criminais há uma legitimidade constitucional da divulgação dos fatos.
A regra no entanto, parte da base que no meio de divulgação jornalístico não sequer a necessidade de obtenção de prévia autorização dos indivíduos envolvidos em algum fato noticiável, e quem venham de alguma forma ter seus nomes divulgados ou suas imagens, mas também como regra não caberá reparação, muito menos indenização para fatos presumidos verdadeiros obtidos de forma licita.
Concluo que a colisão de princípios constitucionais ou de direitos fundamentais não se resolve com o emprego das normas padrões para conflito de normas, como por exemplo, o nível hierárquico ou a especialidade, em tais hipóteses deverá o interprete fazer além da interpretação a ponderação para não excluir o máximo de conteúdo de cada uma delas, pois há um concurso entre elas, e apenas uma deverá ser escolhida para prevalecer.
Referências:
Luís Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, Direito à informação X direito à privacidade. O conflito de direitos fundamentais. Fórum: Debates sobre a Justiça e Cidadania. Revista da AMAERJ, n. 5, 2002, p. 15.
Sobre o tema, v. Luís Roberto Barroso, Interpretação e aplicação da Constituição, 2002, p. 185: 
3Luis Gustavo Grandinetti Castanho de Carvalho, Direito de informação e liberdade de expressão, 1999, p. 91
Gilmar Ferreira Mendes pensa de forma diversa, considerando tratar-se apenas de uma reserva de lei qualificada, que autoriza a edição de lei, mas a vincula aos parâmetros previstos constitucionalmente. Gilmar Ferreira Mendes, “Colisão de direitos fundamentais: liberdade de expressão e de comunicação e direito à honra e à imagem”. In: Gilmar Ferreira Mendes, Direitos fundamentais e controle de constitucionalidade, 1998, pp. 86-7

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