Buscar

ENF392 SLIDES-Aulas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 134 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

ENF 392 – AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS
PROF. ELIAS SILVA
Departamento de Engenharia Florestal da 
Universidade Federal de Viçosa
INTRODUÇÃO
* É contínua e crescente a pressão exercida pelo homem 
sobre os recursos naturais.
* Assim, são relativamente comuns, hoje, a contaminação das 
coleções d'água, a poluição atmosférica e a substituição 
indiscriminada da cobertura vegetal nativa, com a 
conseqüente redução dos hábitats silvestres, entre outras 
formas de agressão ao meio ambiente. 
* Isto tem sido observado pelo fato de, muitas vezes, o 
homem visar apenas os benefícios imediatos de suas ações, 
privilegiando o crescimento econômico a qualquer custo e 
relegando, a um segundo plano, a capacidade de recuperação 
dos ecossistemas.
* Dentro desse contexto, em praticamente todas as partes do 
mundo, notadamente a partir da década de 60, surgiu a 
preocupação de promover a mudança de comportamento do 
homem em relação à natureza, a fim de harmonizar interesses 
econômicos e ecológicos, com reflexos positivos junto à
qualidade de vida de todos. 
* Como principal marco dessa conscientização no mundo 
ocidental, surgiu nos Estados Unidos da América, por 
inspiração de movimentos ambientalistas, uma Lei Federal 
denominada "National Environmental Policy Act of 1969",
conhecida pela sigla NEPA, que passou a vigorar em janeiro 
de 1970. 
* Esse instrumento legal dispunha sobre os objetivos e 
princípios da política ambiental norte-americana, exigindo 
para todos os empreendimentos com potencial impactante, a 
observação dos seguintes pontos: identificação dos impactos 
ambientais, efeitos ambientais negativos da proposta, 
alternativas da ação, relação entre a utilização dos recursos 
ambientais no curto prazo e a manutenção ou mesmo 
melhoria do seu padrão no longo prazo, e por fim, a definição 
clara quanto a possíveis comprometimentos dos recursos 
ambientais para o caso de implantação da proposta.
* Como reflexo da aplicação da NEPA e de outros instrumentos 
legais, a partir de 1975, os seguintes organismos internacionais
passaram a introduzir a Avaliação de Impactos Ambientais em 
seus programas de cooperação: OECD - Organization for 
Economic Cooperation and Development, ONU - Organização 
das Nações Unidas, BID - Banco Interamericano de 
Desenvolvimento e BIRD - Banco Mundial.
No Brasil, em nível federal, o primeiro dispositivo legal 
que explicitou o tema Avaliação de Impactos Ambientais foi a 
Lei Nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, que estabeleceu a 
Política Nacional do Meio Ambiente (PNMA) e criou, para a 
sua execução, o SISNAMA - Sistema Nacional do Meio 
Ambiente. 
Vale esclarecer que, antecedendo a esfera federal, os 
estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais 
estabeleceram o seu sistema de licenciamento de atividades 
poluidoras.
Desse modo, hoje o SISNAMA está assim constituído:
- órgão Superior (Conselho de Governo);
- órgão Consultivo e Deliberativo (CONAMA - Conselho 
Nacional de Meio Ambiente);
- órgão Central (Ministério do Meio Ambiente, dos 
Recursos Hídricos e da Amazônia Legal);
- órgão Executor (IBAMA - Instituto Brasileiro do Meio 
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis);
- órgãos Seccionais (órgãos ou entidades da 
administração pública federal direta e indireta, as fundações 
instituídas pelo Poder Público cujas atividades estejam 
associadas às de proteção da qualidade ambiental, bem assim 
os órgãos e entidades estaduais responsáveis pela execução de 
programas e projetos e pelo controle e fiscalização de 
atividades capazes de provocar a degradação ambiental);
- órgãos Locais (órgãos municipais responsáveis pelo 
controle e fiscalização das atividades impactantes).
A regulamentação da Lei Federal Nº 6.938 só ocorreu 2 
(dois) anos após, por meio do Decreto Federal Nº 88.351, de 01
de junho de 1983, alterado posteriormente pelo Decreto Federal 
N° 99.274, de 06 de junho de 1990. Com isso, percebe-se que 
houve um "vácuo ambiental”, uma vez que qualquer dispositivo 
legal necessita ser regulamentado para que possa ser 
efetivamente cumprido. O principal aspecto ligado a esse 
Decreto foi a instituição dos três tipos de licenciamento 
ambiental, ou seja, do Licenciamento Prévio (L.P.), 
Licenciamento de Instalação (L.I.) e Licenciamento de 
Operação (L.O.).
LICENCIAMENTO AMBIENTAL:
É o procedimento administrativo pelo qual o órgão 
competente licencia a localização, instalação, 
ampliação e a operação de empreendimentos ou 
atividades utilizadoras de recursos ambientais, 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras 
ou daquelas que, sob qualquer forma, possam 
causar degradação , considerando as disposições 
legais e regulamentares e as normas técnicas 
aplicáveis ao caso. (Resolução CONAMA N°
237/97).
O Licenciamento Prévio é concedido na fase preliminar 
do planejamento da atividade, contendo requisitos básicos a 
serem atendidos nas fases de localização, instalação e 
operação, observados os planos municipais, estaduais ou 
federais de uso do solo.
O Licenciamento de Instalação é concedido para 
autorizar o início da implantação do empreendimento 
impactante, de acordo com as especificações constantes do 
Projeto Executivo aprovado.
O Licenciamento de Operação é concedido para 
autorizar, após as verificações necessárias, o início da 
atividade licenciada e o funcionamento de seus equipamentos 
de controle de poluição, de acordo com o previsto nas Licença 
Prévia e de Instalação.
De todo modo, apesar de referida regulamentação, foi 
somente com a edição da Resolução do CONAMA Nº 01, de 23
de janeiro de 1986, e outras resoluções complementares, que 
ficaram estabelecidas as definições, as responsabilidades, os 
critérios básicos e as diretrizes gerais para uso e 
implementação da Avaliação de Impactos Ambientais como 
um dos instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente.
- Artigo 1° - Para efeito desta Resolução, considera-se 
impacto ambiental qualquer alteração das propriedades 
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por 
qualquer forma de matéria ou energia resultante das 
atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio 
ambiente;
V - e a qualidade dos recursos ambientais.
- Artigo 2° - Dependerá de elaboração de estudo do impacto 
ambiental e respectivo relatório de impacto ambiental -
RIMA, a serem submetidos à aprovação do órgão estadual 
competente, e da SEMA em caráter supletivo, o licenciamento 
de atividades modificadoras do meio ambiente, tais como:
XIV - Exploração econômica de madeira ou lenha, em 
áreas acima de 100 hectares ou menores, quando atingir áreas 
significativas em termos percentuais ou de importância do 
ponto de vista ambiental;
XVII - Projetos agropecuários que contemplem áreas 
acima de 1.000 hectares ou menores, nesse caso, quando se 
tratar de áreas significativas em termos percentuais ou de 
importância do ponto de vista ambiental, inclusive nas áreas 
de proteção ambiental.
-Artigo 5° - O estudo de impacto ambiental, além de atender à legislação, 
em especial os princípios e objetivos expressos na Lei de Política Nacional 
do Meio Ambiente, obedecerá às seguintes diretrizes gerais:
- contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização 
do projeto, confrontando-as com a hipótese de não execução do 
projeto;
- identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais 
gerados nas fases de implantação e operação da atividade;
- definir os limites da área geográfica a ser direta ou 
indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de 
influência do projeto, considerando, em todos os casos, a bacia 
hidrográfica na qual se localiza;
- considerar os planos e programas governamentais, propostos 
e em implantação na área de influência do projeto, e sua 
compatibilidade.
NECESSIDADE DA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE 
IMPACTO AMBIENTAL: VISÕES LEGAL,ECOLÓGICA, 
ECONÔMICA E ÉTICA
Como pôde ser observado, a necessidade da 
elaboração de estudos de impacto ambiental está atrelada à
uma imposição legal, tendo em vista a promulgação da 
Resolução CONAMA Nº 01, de 23 de janeiro de 1986.
A forma ecológica evidencia-se, à medida que se 
compreende que a Avaliação de Impactos Ambientais tem a 
capacidade de selecionar a melhor alternativa de uma 
determinada ação impactante sob o ponto de vista ambiental. 
Quando um ação ambiental é proposta, por exemplo um 
empreendimento rodoviário, podem ser definidas 
alternativas tecnológicas e de localização do mesmo, 
incluindo- se a denominada alternativa testemunha, ou seja, 
não executar o empreendimento. Considerando que essas 
alternativas apresentam perfis impactantes diferentes entre 
si, por meio de comparação das alternativas, torna-se 
possível optar pela melhor sob o aspecto ambiental.
A forma econômica pode ser melhor percebida, 
quando considera-se que a Avaliação de Impactos 
Ambientais preconiza a adoção de medidas ambientais 
preventivas (sistema antipoluente, desenvolvimento de 
equipamentos menos impactantes etc.), que apresentam 
custos significativamente inferiores às medidas de cunho 
corretivo, ou seja, que são adotadas após o surgimento do 
problema. Desse modo, são privilegiadas aquelas 
alternativas que contemplem uma maior possibilidade de 
adoção de medidas ambientais preventivas.
Por fim, a forma ética esta relacionada ao grau de 
conscientização do agente responsável pelo empreendimento 
impactante sobre o seu papel na sociedade. Sob o aspecto 
ético, deve ser assumido que pessoas com maior massa crítica 
e grau de cidadania cumprem mais rigorosamente suas 
obrigações, no caso relacionadas às interferências no meio 
ambiente.
TERMO DE REFERÊNCIA:
* É o documento emitido por órgão público, em que se define 
o conteúdo e a forma dos Estudos de Impacto Ambiental, 
com vistas ao licenciamento de empreendimentos 
impactantes. 
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL:
* É o documento elaborado por especialistas, com vistas a 
atender em plenitude as exigências contidas no Termo de 
Referência. 
Podem receber inúmeras denominações, em vista de 
diferentes nomenclaturas utilizadas pelos órgãos públicos 
que o emitem. 
TIPOS DE DOCUMENTO PARA LICENCIAMENTO 
AMBIENTAL 
São os seguintes os principais documentos que se 
prestam ao licenciamento ambiental no Brasil: 
* EIA/RIMA (Estudo de Impacto Ambiental - EIA e seu 
respectivo Relatório de Impacto Ambiental - RIMA)
* RCA/PCA (Relatório de Controle Ambiental - RCA e seu 
Plano de Controle Ambiental - PCA)
* PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas)
EIA/RIMA: Empreendimentos mais complexos e de maior 
porte (Grandes Obras)
RCA/PCA: Empreendimentos menos complexos e de menor 
porte
PRAD: Em complemento ao EIA/RIMA de empreendimentos 
de mineração e para Licenciamento Corretivo (L.C.)
EIA/RIMA: Conteúdo 
- Informações Gerais e Descrição do Empreendimento 
Impactante
- Descrição da Área de Abrangência Direta e Indireta do 
Empreendimento
- Diagnóstico Ambiental (Meios Físico, Biótico e Antrópico)
- Análise dos Impactos Ambientais (Identificação, Cálculo da 
Magnitude e Interpretação da Importância e Classificação 
Qualitativa e Quantitativa de Impactos)
- Ações Mitigadoras e Potencializadoras dos Impactos 
Ambientais Negativos e Positivos
- Programa de Acompanhamento e Monitoramento dos 
Impactos Ambientais. 
EIA/RIMA: Forma
EIA
- Material impresso em papel formato ofício ou A4
- Vários volumes (texto, mapas, fotos)
- Linguagem técnica e detalhada
RIMA
- Material impresso em papel formato álbum 
- Único volume, podendo ter a versão em vídeo ou CDRom
- Linguagem popular e direta, com muitas ilustrações 
CONCEITOS BCONCEITOS BÁÁSICOS:SICOS:
MEIO AMBIENTE:
“O conjunto de condições, leis, influências e 
interações de ordem física, química e biológica, 
que permite, abriga e rege a vidavida em todas as 
suas formas.” (Lei Federal 6938, de 31/08/1981 –
Política Nacional de Meio Ambiente).
Variáveis Físico-
Químicas
Variáveis 
Biológicas 
(Antrópicas)
ORGANISMO
Meio Ambiente: Conceito Acadêmico
Conjunto de condições e influências externas que afetam a vida 
e o desenvolvimento de um organismo. 
Didaticamente, pode ser subdividido em meio físico (a sua parte 
abiótica), meio biótico (constituído pelos organismos, ou seja, 
pela vida vegetal, animal - excetuando-se o homem - e dos 
microrganismos) e meio antrópico (representa, na verdade, uma 
parte do meio biótico). 
Existem compartimentos ambientais constituindo os três 
diferentes meios: meio físico (solo, água e ar); meio biótico 
(flora, fauna e microrganismos); e meio antrópico (o homem –
social, econômico e cultural). 
Empreendimento Impactante:
É o projeto que possui capacidade de alteração do meio 
ambiente, positiva e negativamente, caso seja implantado. São 
exemplos: bovinocultura, hidrelétrica, mineração, ferrovia, 
agricultura, etc.
Fase Impactante:
Refere-se à uma etapa do empreendimento impactante, 
usualmente definida como sendo a implantação, operação 
(utilização) ou desativação, conforme o caso.
Ação ou Atividade Impactante:
São as ações necessárias para se implantar e conduzir os 
empreendimentos impactantes, ou seja, para a sua consecução. 
Exemplos: silvicultura (preparo do terreno, semeio 
mecanizado, capina manual, colheita mecanizada etc.).
Área Diretamente Afetada:
Também conhecida como área de influência direta, é o espaço 
efetivamente ocupado pelo empreendimento impactante. Em 
certos casos, refere-se à área de inundação, de empréstimo de 
terras, para instalação de canteiro de obras e edificações em 
geral, entre outros tipos.
Área Indiretamente Afetada:
Também conhecida como área de influência indireta, é o 
espaço circunvizinho à área diretamente afetada, usualmente 
definido pelos limites da bacia hidrográfica que contém esta 
última. 
No sentido de atender características peculiares das variáveis 
sócio-econômicas ou culturais, pode ser definida segundo 
limites de unidades geopolíticas, tais como propriedades 
rurais, bairros, municípios, estados, países, blocos regionais 
(MERCOSUL, NAFTA etc.), entre outras.
Processo Impactante:
É o desdobramento natural ou induzido pelo homem de uma 
série de eventos de ordem física, biótica ou antrópica que 
acabam por originar os impactos ambientais. 
Em outras palavras, com o desenrolar dos processos 
impactantes é que ocorrem as alterações das propriedades 
físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, ou seja, o 
impacto ambiental propriamente dito. São exemplos de 
processos impactantes a erosão, salinização, compactação etc.
Exemplos de Atividades Impactantes 
da Implantação:
Aquisição de Terras
Aquisição de Fatores de Produção
Contratação de Mão-de-Obra
Construção da Rede Rodoviária
Instalação de Estruturas de Apoio
Decapeamento de Solo para Empréstimo de Terra
Aceiramento e Talhonamento da Área
Combate Químico às Formigas
Produção de Mudas
Desmatamento Mecanizado
Enleiramento, Queima e Requeima
Preparo do Terreno
Plantio
Irrigação de Covas 
Aquisição de Terras:
Refere-se à atividade de compra de áreas 
para compor o empreendimento florestal, 
ou seja, à mudança de titularidade da 
terra em favor da empresa florestal.
Aquisição de Fatores de Produção
Refere-se à atividade de compra de fatores 
de produção (maquinarias, fertilizantes, 
defensivos etc.), especificamente no início da 
etapa de implantação, a fim de satisfazer a 
todas as necessidades da empresa florestal.
Contratação de Mão-de-Obra:
Representa a força de trabalho 
necessária para o cumprimento de todas 
as tarefas relacionadas ao 
empreendimento florestal.
Construção da Rede Rodoviária:
Representa a abertura de uma rede primária, 
capaz de viabilizar todas as operações 
relacionadas com a fase de implantação. 
A realização desta atividade implica o uso de 
diferentes tipos de maquinarias, não só para a 
abertura propriamente dita da rederodoviária, 
como também para serviços de compactação, 
distribuição de cascalho etc.
Combate Químico às Formigas:
O combate químico às formigas é de fundamental 
importância para o sucesso do empreendimento, uma vez 
que esses organismos fazem parte dos fatores limitantes da 
produção florestal. 
Na fase de implantação, esta atividade se dá tanto antes 
quanto durante a fase de preparo do terreno, ocasião em 
que se torna mais fácil a localização dos formigueiros. 
Atualmente, as empresas usam produtos mais adequados 
ambientalmente, em vista da oferta de novos princípios 
ativos, implicando em melhor controle e menor toxicidade.
Preparo do Terreno:
As atividades de preparo do terreno para a 
implantação de povoamentos florestais envolvem, 
basicamente, o revolvimento do solo e a subsolagem, 
ou então apenas o sulcamento (cultivo mínimo), 
executados por máquinas específicas, tracionadas por 
tratores de pneus.
Em algumas situações específicas, em que o relevo ou a 
presença de pedras ou tocos não permite o trabalho 
mecanizado, lança-se mão do coveamento manual, que 
não apresenta significância em termos de impacto 
ambiental.
Plantio:
Consiste na distribuição das mudas no 
campo, normalmente feita com o auxílio 
de uma carreta, onde se colocam as 
caixas de mudas.
Essa carreta é tracionada por um trator 
médio, com rodados de pneus, o qual 
segue o alinhamento no terreno, sendo 
que operários ao lado da carreta colocam 
as mudas na marca.
Impacto Ambiental: Para efeito da Resolução CONAMA –
CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Nº 1, de 23 
de janeiro de 1986, considera-se impacto ambiental qualquer 
alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do 
meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou 
energia resultante das atividades humanas que, direta ou 
indiretamente, afetam:
I - a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
II - as atividades sociais e econômicas;
III - a biota;
IV - as condições estéticas e sanitárias do meio 
ambiente;
V - e a qualidade dos recursos ambientais.
Características do Conceito de Impacto Ambiental:
- É OFICIAL (dado por Resolução de órgão 
federal).
- É ANTROPOCÊNTRICO (ser humano é o 
agente causal e receptor).
- É NEUTRO (pois menciona o termo alteração, 
que não tem conteúdo de valor).
Avaliação de Impactos Ambientais: 
É um instrumento de política ambiental formado por um 
conjunto de procedimentos capaz de assegurar, desde o início 
do processo, que se faça um exame sistemático dos impactos 
ambientais de uma ação proposta (projeto, programa, plano ou 
política) e de suas alternativas, e que os resultados sejam 
apresentados de forma adequada ao público e aos responsáveis 
pela tomada de decisão, e por eles devidamente considerados.
PRINCIPAIS IMPACTOS 
AMBIENTAIS DOS PLANTIOS 
FLORESTAIS BRASILEIROS, 
SEGUNDO OS MEIOS FÍSICO, 
BIÓTICO E ANTRÓPICO
Meio Físico/Ar:
Aumento da concentração de particulados 
(poeira), gases dos canos de descarga das 
máquinas e de princípios ativos dos 
diferentes biocidas
Depreciação da Qualidade do Ar
Meio Físico/Solo:
Maior exposição do solo, quando da abertura de áreas 
(desmatamento e,ou colheita florestal)
Maior erosão
Menor fertilidade
Meio Físico/Solo:
Compactação do solo, pelo uso de máquinas pesadas
Menor infiltração de água Maior escoamento
superficial
Menor percolação Maior erosão do solo
Menor abastecimento do lençol Menor fertilidade do
freático solo
Meio Físico/Solo:
Deriva de biocidas e derramamento acidental de óleo, 
graxa e lubrificante no solo
Alterações da biota do solo (bactérias nitrificantes e 
micorrizas)
Menor fertilidade do solo 
Meio Físico/Solo:
Nutrientes extraídos do solo pelas plantas
Menor fertilidade do solo
Meio Físico/Água:
Consumo de água pelas plantas e interceptação 
da precipitação
Menor disponibilidade de água no solo
Meio Físico/Água:
Deriva de biocidas e derramamento acidental de óleo, 
graxa e lubrificante no solo ou água
Poluição da água
Depreciação da qualidade da água
Meio Físico/Água:
Uso de fertilizantes e biocidas
Aporte natural de fertilizantes e biocidas para a água 
(escoamento superficial ou lixiviação)
Eutrofização (enriquecimento) do corpo líquido
Meio Biótico/Flora Nativa:
Eventual fragmentação, quando de desmatamento Maior Efeito
de borda 
Redução espacial, quando de desmatamento
Contaminação, por deriva de biocidas Menor diversidade
vegetal
Menor diversidade da 
fauna silvestre
Meio Biótico/Flora Nativa:
Eventual interação genotípica de plantas 
transgênicas com a flora nativa
Alteração da diversidade vegetal
Meio Biótico/Fauna Silvestre:
Geração de ruídos pelas máquinas
Eventual redução espacial e
fragmentação de hábitat nativo Estresse da 
fauna silvestre
Atropelamento de Menor diversidade 
animais animal
Meio Biótico/Fauna Silvestre:
Grande disponibilidade de alimento e uniformidade genética
Simplificação ambiental, pelo regime de monocultura
Maior possibilidade de surgirem 
pragas/doenças
Meio Biótico/Microrganismos do 
Solo:
Exposição do solo, quando da abertura de áreas
Contaminação do solo por biocidas e óleos, 
graxas e lubrificantes
Menor
diversidade
microbiana
Meio Antrópico:
* Oferta de emprego e renda direta e indireta 
* Introdução de novas práticas e mentalidade
* Eventuais parceiras e integração com atores sociais 
da região, criando novas perspectivas
* Eventual interferência na estrutura fundiária regional, 
com possibilidade de êxodo rural
* Possível interferência nos hábitos, costumes e cultura 
locais
* Possíveis conflitos com diferentes atores sociais, até
mesmo internacionais, em vista de divergências sob o 
modo de produção habitual (uniformidade genética, 
grande propriedade e uso de capital).
Avaliação Ambiental Estratégica (AAE)
• É um processo de identificação de impactos ambientais 
e de alternativas mais viáveis na implantação de 
políticas e projetos governamentais. A avaliação será
utilizada na elaboração das propostas dessas ações 
estratégicas, sistematizando os resultados e sua 
utilização para tomadas de decisão ambientalmente 
sustentáveis. 
• A AAE é elaborada de forma pública e participativa 
baseando-se nos princípios da avaliação de impactos 
que regem os EIA/RIMA. Tem, no entanto, o objetivo 
de analisar a ação estatal em todos os seus aspectos, 
servindo de subsídio na tomada de decisões ao 
disponibilizar informações sobre as possíveis 
conseqüências ambientais das ações governamentais, 
bem como das alternativas mitigadoras. 
Características da AAE
•Integrativo
•Focalizado
•Participativo
•Transparente
•Credível
•Direcionado para a sustentabilidade
•Flexível
Integrativo:
Garantindo a realização de avaliações 
ambientais de todas as decisões 
estratégicas relevantes e considerando 
as inter-relações entre os aspectos 
biofísicos e antrópicos.
Focalizado:
Concentrar-se nos efeitos ambientais 
significativos para o fornecimento de 
informações suficientes para o 
desenvolvimento do planejamento e para 
a tomada de decisão.
Participativo:
Deve envolver o público interessado e/ou 
afetado, assegurando o seu acesso à
informação clara e englobando os seus 
interesses e preocupações na 
documentação do processo de tomada de 
decisão.
Transparente:
De modo que os envolvidos possam 
compreender como e por que determinada 
opção governamental foi tomada.
Credível:
Deve ser conduzida com 
profissionalismo, rigor, objetividade e 
imparcialidade e ser submetida a 
análises e verificações independentes.
Sustentável:
Deve facilitar a identificação das opções 
de desenvolvimento e propostas 
alternativas que sejam mais 
sustentáveis.
Flexível:
Ajustando-se ao processo de decisão ao 
qual se aplica.
Risco Ambiental
•Potencial do dano que um impacto pode 
causar sobre o meio ambiente. Relação 
existente entre a probabilidade de que 
uma ameaça de evento adverso ou 
acidente determinado se concretize, com 
o grau de vulnerabilidade do sistema 
receptor e seus efeitos. 
• É função da PROBABILIDADE e da 
MAGNITUDE do evento que se espera 
ocorrer.
• O DANO AMBIENTAL é a materialização 
do risco ambiental.
• O gerenciamento de riscos ambientais é
processo complexo e sua implantação torna-
se exigência crescente, assim como a 
comunicação de riscos, que é um item 
indispensável ao processo de gestão 
ambiental.
Medida Mitigadora:
Ação voltada à diminuição da magnitude do impacto 
ambiental negativo.
Medida Potencializadora:
Ação voltada à melhoria da eficácia do impacto ambiental 
positivo.
Medida Compensatória:
Ação com forte apelo social voltada à compensação de 
comunidades direta e indiretamente afetadas por 
empreendimento impactante.
CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES 
MITIGADORAS E 
POTENCIALIZADORAS DE 
IMPACTOS AMBIENTAIS
À sua natureza:
preventiva ou corretiva.
À fase do empreendimento em 
que deverá ser adotada:
planejamento, implantação, 
operação e desativação, e para 
o caso de acidentes.
Ao fator ambiental a que se 
destina:
físico, biótico e, ou antrópico;
Ao prazo de permanência de 
sua aplicação:
curto, médio ou longo prazo;
À responsabilidade por sua 
implementação:
empreendedor, Poder Público 
ou outros;
À avaliação dos custos das ações:
levar em consideração algumas rubricas 
básicas, tais como Material Permanente -
veículos, computadores, móveis etc. - ; 
Material de Consumo - disquete, fita para 
impressora, formulário contínuo etc. -; 
Pessoal - diárias, salários e encargos 
trabalhistas, pró-labores etc. -; Serviços de 
Terceiros – revelação de filmes, exames 
laboratoriais, cópias xerox etc -; Outros – tudo 
o que não couber nas outras rubricas).
EXEMPLOS DE AÇÕES 
MITIGADORAS EM 
EMPREENDIMENTOS RURAIS
Aprimorar a qualidade dos 
combustíveis usados nas diferentes 
maquinarias, diminuindo o seu 
potencial poluidor.
Implantar um sistema eficaz de 
manutenção das maquinarias, no 
sentido de aumentar o seu 
rendimento operacional e diminuir o 
seu potencial poluidor.
Desenvolver máquinas mais 
leves e utilizar sistemas de 
produção mais racionais, como 
cultivo mínimo.
Desenvolver modelos de 
máquinas que produzam 
menos ruídos.
Realizar o descarte das 
embalagens dos biocidas dentro 
dos padrões técnicos e legais.
Restringir o uso do fogo na área, 
quando da limpeza de terrenos.
Implantar os projetos, 
garantindo que os 
remanescentes vegetais nativos 
do empreendimento 
permaneçam contíguos (não 
fragmentados).
Priorizar a implantação dos 
empreendimentos em áreas já
alteradas antropicamente. 
Utilizar plantas mais resistentes à
pragas e doenças, via 
melhoramento genético e OGMs 
– organismos geneticamente 
modificados.
Implantar programa de controle 
biológico e racionalização no 
uso de agrotóxicos.
Desenvolver “lay-outs” (arranjos 
espaciais) mais adequados para 
o empreendimento, como por 
exemplo, entremeando a 
vegetação nativa com os 
plantios comerciais.
Desenvolver e utilizar princípios 
ativos de menor vida útil e,ou 
biodegradáveis.
EXEMPLOS DE AÇÕES 
POTENCIALIZADORAS EM 
EMPREENDIMENTOS RURAIS
Criação de oportunidades 
para mulheres e deficientes 
físicos, que em muitos casos 
são marginalizados no 
mercado profissional.
Criação de turnos de trabalho, 
que diminui o salário “per 
capita”, mas aumenta o número 
de empregos.
Integrar estradas às já
existentes, o que possibilita 
racionalização no 
deslocamento de pessoas e 
mercadorias na região.
AÇÕES COMPENSATÓRIAS:
As ações compensatórias atuam 
fundamentalmente em 4 grandes 
áreas: Saúde, Educação, 
Renda e Trabalho.
No caso de Saúde, freqüentemente 
estão relacionadas com:
a criação e,ou ampliação de 
unidades, como hospital, posto de 
saúde e pronto socorro; aumento do 
número de leitos hospitalares; 
aquisição de novos equipamentos 
(raio X, ultrassonografia etc.); e 
renovação de estoques de vacinas e 
remédios.
No caso de Educação, de modo análogo, estão 
relacionadas com:
a criação e,ou ampliação de escolas e centros 
de treinamento; aumento do número de 
carteiras (vagas) escolares; construção de 
quadras esportivas nas escolas; doação de 
uniformes escolares e vestimentas para a 
prática de esportes; doação de “kits”
escolares (conjunto contendo todo tipo de 
material escolar – lápis preto, caneta, lápis de 
cor, borracha, cola, tesoura, caderno, livro 
etc.).
Em termos de Renda, deve-se primeiramente perceber que pode ser 
feita direta ou indiretamente.
A via direta implica em remunerar o público alvo, numa 
periodicidade definida (mensal, trimestral, anual etc.). Assim, as 
pessoas receberiam diretamente uma quantia em dinheiro, ainda 
que já tenham sido contempladas com desapropriações ou 
indenizações. Esta é uma situação não desejável e usual, na 
medida em que pode ser confundida com paternalismo. 
A via indireta, implica na isenção ou redução de impostos e taxas, 
em benefício do público alvo, uma vez considerado que o 
empreendedor remunerará o erário público, a fim de que o mesmo 
possa arcar com esta situação. Isto significa, na prática, que o 
público alvo deixará de efetuar o recolhimento de certos impostos e 
taxas, o que representa uma renda indireta, pois reterá esta quantia. 
Este é o caso de prefeituras que isentam os cidadãos do IPTU, 
exatamente pelo fato de receberem compensações por parte de 
empreendedores que atuam no município.
Quanto ao Trabalho, a compensação pode se 
dar de várias formas: 
criando cursos de reciclagem profissional para 
o público alvo, o que melhora a possibilidade 
de recolocação no mercado de trabalho; 
promovendo e, ou incentivando a realização de 
feiras e eventos que possam mostrar e divulgar 
produtos regionais, com isto abrem-se 
perspectivas de trabalho para as pessoas; e 
abertura de linhas de crédito junto a bancos 
oficiais, no sentido de permitir que o público 
alvo possa conseguir recursos com juros 
compatíveis para abrir ou ampliar seus 
negócios. 
É interessante perceber que a compensação 
representa um INVESTIMENTO do empreendedor na 
região onde inseriu seu negócio (projeto, 
empreendimento) e não um CUSTO propriamente dito. 
Na verdade, é por meio das ações compensatórias 
que se faz a INSERÇÃO REGIONAL DO 
EMPREENDIMENTO, de fundamental importância para 
a sua própria sobrevivência. 
Com esta inserção, viabiliza-se o estreitamento de 
relações entre o empreendedor, as comunidades 
direta e indiretamente afetadas e o Poder Público, que 
é indispensável na busca de soluções conjuntas para 
problemas comuns. 
ATRIBUTOS PRINCIPAIS DOS IMPACTOS 
AMBIENTAIS
Magnitude:
É a grandeza de um impacto em termos absolutos, podendo 
ser definida como a medida de alteração no valor de um 
fator ou parâmetro ambiental, em termos quantitativos ou 
qualitativos. 
Para o cálculo da magnitude deve ser considerado o grau de 
intensidade, a periodicidade e a amplitude temporal do 
impacto, conforme o caso.
Exemplo: a magnitude de um impacto ambiental foi de 3 
ppm (partes por milhão), numa situação em que a 
concentração inicial de uma determinada substância era de 
2 ppm e passou para 5 ppm após sofrer a interferência de 
uma determinada atividade impactante.
Importância:
É a ponderação do grau de significância de um impacto em 
relação ao fator ambiental afetado e a outros impactos. 
Pode ocorrer que um certo impacto, embora de magnitude 
elevada, não seja importante quando comparado com outros, 
no contexto de uma dada avaliação de impactos ambientais. 
Exemplo: em linguagem de avaliação de impactos ambientais, 
ter uma magnitude de 1 ppm de mercúrio (Hg) é mais 
importante que uma magnitude de 10 ppm de sílica, pois o 
primeiro é um metal pesado e tem a capacidade de entrar na 
cadeiaalimentar, enquanto o outro é praticamente inerte. 
ATORES SOCIAIS DO PROCESSO DE AIA
São as pessoas físicas e jurídicas que tomam parte no Processo 
de Avaliação de Impactos Ambientais, segundo suas 
necessidades e interesses.
Exemplos:
* Empreendedor
* Elaborador
* Avaliador
* Organizações Não-Governamentais
* Imprensa
* Governos 
* Centros de Ensino e Pesquisa
MÉTODO DE AVALIAÇÃO DE 
IMPACTO AMBIENTAL:
É o instrumento utilizado para coletar, 
analisar, avaliar, comparar e organizar 
informações, qualitativas e quantitativas, 
sobre os impactos ambientais advindos de 
empreendimento impactante.
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS
“Ad Hoc”(Para este caso): reunião entre especialistas, para se 
obter dados e informações, em tempo reduzido, imprescindíveis 
à conclusão dos estudos.
“Check-list” (Listagem de Controle): listas descritivas, 
comparativas, em questionário ou ponderável de impactos 
ambientais.
“Overlay Mapping” (Sobreposição de Mapas): elaboração e 
sobreposição de informações georreferenciadas temáticas (solo, 
vegetação, hidrografia etc.), para se definir usos do solo, 
segundo prescrições.
Modelo Matemático: uso de equações matemáticas 
(simulação, regressão, estocástico, multivariado etc.), que 
permitem representar fenômenos ambientais (físicos, bióticos 
ou antrópicos), segundo dados e informações fornecidos.
Matriz de Interação: figura bidimensional, constituída de 
linhas e colunas, que se presta para identificar impactos 
ambientais, a partir da relação de ações impactantes (linhas) 
com fatores ambientais (colunas).
Rede de Interação: fluxo, para demonstrar a seqüência de 
impactos ambientais, a partir de uma ação desencadeadora. 
“AD HOC”
VirtualPresencial
“CHECK-LIST”
Fase de Implantação (Curto Prazo):
Meio Físico - Impactos Negativos e Respectivas 
Medidas Mitigadoras: 
- Depreciação da qualidade do ar da vizinhança, pelo 
lançamento de gases provindos da combustão no 
motor de maquinarias diversas (tratores, caminhões e 
motosserras), usadas em diferentes operações.
Medidas: Realizar manutenções periódicas nas 
maquinarias (Preventiva/Corretiva); e orientar os 
funcionários a utilizarem as máquinas no estritamente 
necessário (Preventiva/Corretiva).
“OVERLAY MAPPING”
(SOBREPOSIÇÃO DE IMAGENS)
================ ================ ===============
| maior ou igual |
| a 20% Li |
M | C -------------------------- --------------|
| menor que 20%
| La
=============== ================ ===============
Mapa de Vegetação Mapa de Declividade Mapa de Solos
do Terreno
MODELO MATEMÁTICO
P = 2 x + 5 y; sendo:
P = população residual (que sobreviverá) do 
animal;
x = número de hectares de mata que restará
após o desmatamento necessário à
implantação do aeroporto;
y = número de hectares de cerrado que restará
após o desmatamento necessário à
implantação do aeroporto.
MATRIZ DE INTERAÇÃO
FATORES AMBIENTAIS RELEVANTES
Atividades 
Impactantes MEIO FÍSICO MEIO BIÓTICO
MEIO 
ANTRÓPICO
AI 1 F1 F2 FN Fn+1 Fn+2 Fp Fp+1 Fp+2 Fk
AI 2
AI Y
F
A
S
E
S
Linhas: Atividades Impactantes.
Ex: Desmatamento
Colunas: Fatores Ambientais Relevantes.
Ex: Erosão do Solo
REDE DE INTERAÇÃO (FLUXOGRAMA)
CLASSIFICAÇÃO QUALITATIVA DE IMPACTOS AMBIENTAIS
* Critério de Valor - impacto positivo ou benéfico 
(quando uma ação causa melhoria da qualidade de um fator 
ambiental) e impacto negativo ou adverso (quando um ação 
causa um dano à qualidade de um fator ambiental);
* Critério de Ordem - impacto direto, primário ou de 
primeira ordem (quando resulta de uma simples relação de 
causa e efeito) e impacto indireto, secundário ou de enésima 
ordem (quando é uma reação secundária em relação à ação, ou 
quando é parte de uma cadeia de reações);
* Critério de Espaço - impacto local (quando a ação 
circunscreve-se ao próprio sítio e às suas imediações), 
impacto regional (quando o impacto se propaga por uma 
área além das imediações do sitio onde se dá a reação) e 
impacto estratégico (quando é afetado um componente 
ambiental de importância coletiva, nacional ou mesmo 
internacional);
* Critério de Tempo - impacto a curto prazo (quando 
o impacto surge a curto prazo, que deve ser definido), 
impacto a médio prazo (quando o impacto surge a médio 
prazo, que deve ser definido) e impacto a longo prazo 
(quando o mesmo surge a longo prazo, que deve ser 
definido);
* Critério de Dinâmica - impacto temporário (quando o 
impacto permanece por um tempo determinado, após a 
realização da ação), impacto cíclico (quando o impacto se faz 
sentir em determinados ciclos, que podem ser ou não 
constantes ao longo do tempo) e impacto permanente (quando 
uma vez executada a ação, os impactos não param de se 
manifestar num horizonte temporal conhecido);
* Critério de Plástica - impacto reversível (quando uma 
vez cessada a ação, o fator ambiental retoma às suas condições 
originais) e impacto irreversível (quando cessada a ação, o 
fator ambiental não retorna às suas condições originais, pelo 
menos num horizonte de tempo aceitável pelo homem).
CLASSIFICAÇÃO QUANTITATIVA DE IMPACTOS 
AMBIENTAIS
0 = NENHUM IMPACTO = BRANCO
1 = DESPREZÍVEL = AMARELO
2 = BAIXO GRAU = LARANJA
3 = MÉDIO GRAU = MARROM
4 = ALTO GRAU = VERMELHO
5 = MUITO ALTO = PRETO
PERFIL DA EQUIPE ELABORADORA DE UM ESTUDO 
DE IMPACTO AMBIENTAL
- Coordenador de Meio Ambiente - elemento que responde 
técnica e administrativamente por todos os trabalhos 
desenvolvidos na Área de Meio Ambiente do empreendimento 
proposto. Normalmente, pertence à equipe interna da empresa 
elaboradora do estudo do impacto ambiental;
- Coordenadores de Meio - elementos que respondem técnica e 
administrativamente por todos os trabalhos conduzidos no seu 
respectivo meio - físico, biótico ou antrópico. Normalmente, 
pertencem à equipe interna da empresa elaboradora do estudo 
de impacto ambiental;
- Responsáveis por Temas - elementos que respondem 
tecnicamente pelos seus respectivos temas como, por exemplo, 
Vegetação Terrestre, Pedologia, Saúde Pública etc.. Podem ser 
da equipe interna da empresa elaboradora do estudo de 
impacto ambiental ou contratados, temporariamente, como 
prestadores de serviços;
- Técnicos e Estagiários que Desenvolvem Trabalhos em Seus 
Respectivos Temas - estão subordinados hierarquicamente, 
em primeira instância, ao Responsável pelo Tema. Podem 
pertencer à equipe interna da empresa elaboradora do estudo 
de impacto ambiental ou serem contratados como prestadores 
de serviço;
- Outros Tipos de Colaboradores - incluem secretárias,
mateiros, guias, motoristas e ajudantes em geral.
RESPONSABILIDADES DE ATORES SOCIAIS CHAVES
Empreendedor: a concepção do projeto, ou seja, a definição 
das alternativas tecnológicas e locacionais e o compromisso 
em bancar os custos decorrentes da elaboração e julgamento 
do Estudo de Impacto Ambiental. 
Elaborador: conduzir, de forma equilibrada e independente, 
os estudos de caráter ambiental, bem como a 
responsabilidade de responder perante à Justiça e à Entidade 
de Classe sobre os resultados apresentados nestes estudos. 
Avaliador: a responsabilidade de analisar e julgar a 
documentação apresentada pelo Elaborador, deferindo ou 
não a Licença solicitada, assim como a realização de 
atividades de fiscalização em todas as etapas do 
empreendimento em questão.
PRINCIPAIS FUNÇÕES 
AMBIENTAIS DOS PLANTIOS 
FLORESTAIS
CONTROLE DE VENTOS (MINIMIZA A EROSÃO 
EÓLICA)
H
3 H = distância antes do vento chegar à
barreira de árvores
20 H = distância depois que o vento passa a 
barreira de árvores
CAPTURA DE GÁS CARBÔNICO E LIBERAÇÃO DE 
GÁS OXIGÊNIO PELA FOTOSSÍNTESE
Libera O2Captura CO2
1,8 tonelada de CO2/tonelada de madeira seca
1,3 tonelada de O2/tonelada de madeira seca
RECICLAGEM DE NUTRIENTES DO SOLO
NUTRIENTES DE 
CAMADAS MAIS 
PROFUNDAS
PARTE AÉREA DAS 
PLANTASDEPOSIÇÃO 
DO FOLHEDO
NUTRIENTES 
DISPONIBILIZADOS
MELHORIA DA QUALIDADE DO AR, PELA ABSORÇÃO 
DE GASES TÓXICOS E ADSORÇÃO DE 
PARTICULADOS
dióxidode enxofre, 
dióxido de 
nitrogênio, ácido 
fluorídrico, ozônio
poeira e fuligem
Absorção: fenômeno fisiológico (entrada via estômatos)
Adsorção: fenômeno físico (retenção na parte aérea)
ALIMENTO, ABRIGO E REFÚGIO PARA A FAUNA 
SILVESTRE
Alimento (folhas, frutos, sementes...) 
Abrigo (apoio para ninho)
Refúgio (esconderijo para presas) 
Poleiro para observação e descanso
MELHORIA DO VALOR PAISAGÍSTICO SE 
COMPARADO A AMBIENTE DEGRADADO
* A ÁRVORE PROTEGE O SOLO, 
EVITANDO EROSÃO, MINIMIZANDO O 
IMPACTO VISUAL
* A ÁRVORE COMPÕE A PAISAGEM 
COM O SOLO, A ÁGUA, A FAUNA....
* A ÁRVORE PASSA UMA VISÃO DE 
USO E NÃO DE ABANDONO DA ÁREA
Lei de Crimes Ambientais:
• Lei Federal 9605, de 12/02/98. Foi regulamentada 
pelo Decreto Federal 3179, de 21/09/99. Possui 8 
capítulos e 82 artigos, sendo que 10 foram total ou 
parcialmente vetados.
• Principais inovações: a legislação ambiental é
consolidada; as penas têm uniformização e 
gradação adequadas e as infrações são claramente 
definidas; define a responsabilidade penal da 
pessoa jurídica, bem como da pessoa física autora 
ou co-autora da infração; pessoa jurídica pode ser 
liquidada (financia o Patrimônio Penitenciário 
Nacional).
• É possível substituir penas de prisão de até 4 anos 
por penas alternativas. São penas alternativas: 
prestação de serviços à comunidade; interdição 
temporária de direitos; suspensão parcial ou total 
de atividades; prestação pecuniária; e 
recolhimento domiciliar.
• Produtos e subprodutos da fauna e flora podem 
ser doados ou destruídos.
• Matar animais continua sendo crime, mas para 
saciar a fome do agente ou da sua família há a 
descriminalização.
• Maus tratos e abusos contra animais domésticos 
ou domesticados passam a ser crimes.
• Experiências dolorosas ou cruéis em animal vivo 
são crimes, quando existirem recursos 
alternativos.
• Pichar e grafitar edificações sujeitam o infrator 
a até 1 ano de detenção.
• Fabricar, vender, transportar ou soltar balões é
crime ambiental.
• Destruição, dano, lesão ou maus tratos às 
plantas de ornamentação é crime, punido por 
até 1 ano.
• Quem dificultar ou impedir o uso público de 
praias está sujeito até 5 anos de prisão.
• Desmatamento não autorizado agora é
crime.
• Comprar, vender, transportar, armazenar 
madeira, lenha ou carvão sem licença da 
autoridade competente, sujeita o infrator a até
1 ano de prisão e multa.
• Funcionário de órgão ambiental que fizer 
afirmação falsa ou enganosa ou sonegar 
informações está sujeito a até 3 anos de 
prisão.
• A multa administrativa varia de R$50,00 a 
R$50 milhões.
Biossegurança:
• A norma básica é a Lei Federal 11.105, de 
24/03/2005. 
• Regulamentou os incisos II, IV e V do parágrafo 
primeiro do artigo 225 da Constituição Federal 
Brasileira. 
• Estabeleceu normas de segurança e mecanismos 
de fiscalização de atividades que envolvam OGMs 
(organismos geneticamente modificados) e seus 
derivados.
• Criou o Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS). 
Está vinculado à Presidência da República, como órgão 
de assessoramento superior para a formulação e 
implementação da Política Nacional de Biossegurança. 
Evoca e decide, em última e definitiva instância, com base 
em manifestação da CTNBio, sobre os processo relativos 
às atividades que envolvam o uso comercial de OGMs e 
seus derivados. Sempre que o CNBS deliberar 
favoravelmente à realização da atividade analisada, 
encaminhará sua manifestação aos órgãos e entidades de 
registro e fiscalização. Sempre que o CNBS deliberar 
contrariamente à atividade analisada, encaminhará sua 
manifestação à CTNBio para informação ao requerente.
• Reestruturou a Comissão Técnica Nacional de 
Biossegurança (CTNBio). Passa a ter 27 cidadãos 
brasileiros, designados pelo Ministro da Ciência e 
Tecnologia, todos de reconhecida competência na 
área e com doutorado. Há suplentes. O mandato é
de 2 anos, renovável por até mais 2 períodos 
consecutivos. Continua sendo o órgão consultivo e 
deliberativo. 
• Manteve a exigência de CQB – Certificado de 
Qualidade em Biossegurança para quem trabalha 
com OGMs.
• Manteve a exigência de CIBio – Comissão Interna 
de Biossegurança.
• Algumas vantagens apregoadas aos OGMs: 
maior produtividade; maior resistência a 
pragas e doenças; maior tempo de 
longevidade do produto; maior qualidade 
nutricional; e imunização via alimentos.
• Algumas desvantagens apregoadas aos 
OGMs: alergias; sistema de produção 
(pode-se perder o rastro); cartel de 
produtos; maior custo geral de produção; e 
resistência de certos consumidores (perda 
de parte do mercado).
• Alguns tipos de Plantas Transgênicas: Bt 
(resistente a lepidópteros); glifosate 
(resistente ao herbicida); e esterilidade 
masculina (híbrido com alta 
produtividade).
• Algumas técnicas aplicadas aos OGMs: 
Clonagem (retira e “cola” seqüência de 
genes) e Biobalística (“atira” genes no 
genoma).

Outros materiais