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Modelagem de dados

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MODELAGEM DE DADOS 1 
 ............................................................................................................................ 5 Apresentação
 ..................................................................................... 6 Aula 1: Mundo das representações
 ............................................................................................................................. 6 Introdução
 ................................................................................................................................ 7 Conteúdo
Contextualização ............................................................................................................... 7 
Mundo real e mundo das representações simbólicas ................................................ 7 
Generalização e abstração ............................................................................................... 8 
Aumento de temperatura ................................................................................................ 9 
O cérebro ............................................................................................................................ 9 
Plano de referência.......................................................................................................... 10 
Imagem .............................................................................................................................. 11 
Inferência .......................................................................................................................... 11 
Interpretações .................................................................................................................. 12 
Modelamento ................................................................................................................... 13 
Diversos planos de referência ....................................................................................... 13 
Imagens e seu manuseio ............................................................................................... 14 
"Soluções" para tratar as imagens ................................................................................ 15 
Telespectador ................................................................................................................... 16 
Correta interpretação...................................................................................................... 16 
Importância dos registros feitos nas empresas ......................................................... 16 
Dados e tipos de dados .................................................................................................. 17 
Formulários ....................................................................................................................... 18 
Atividade proposta .......................................................................................................... 19 
 ....................................................................................................................... 28 Aprenda Mais
........................................................................................................................... 28 Referências
 ......................................................................................................... 29 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 35 
 ................................................................. 37 Aula 2: Representação utilizando conjuntos
 ........................................................................................................................... 37 Introdução
 .............................................................................................................................. 38 Conteúdo
Introdução ......................................................................................................................... 38 
Fatos e coisas .................................................................................................................... 39 
Abordagem do projeto ................................................................................................... 40 
 
 MODELAGEM DE DADOS 2 
Representando uma classe ............................................................................................ 41 
Análise dos atributos ....................................................................................................... 42 
Propriedade da identidade ............................................................................................. 43 
Relacionamentos ............................................................................................................. 44 
Estabelecimento de relacionamentos ......................................................................... 45 
Modelar sub conjuntos ................................................................................................... 62 
Atividade proposta .......................................................................................................... 68 
 ....................................................................................................................... 72 Aprenda Mais
........................................................................................................................... 73 Referências
 ......................................................................................................... 73 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ..................................................................................................................... 78 
 .............................................................. 80 Aula 3: Metodologias para modelo conceitual
 ........................................................................................................................... 80 Introdução
 .............................................................................................................................. 81 Conteúdo
Representação do modelo de Peter Chen (DER) ....................................................... 81 
Atributos compostos ....................................................................................................... 81 
Relacionamento ............................................................................................................... 82 
Cardinalidade mínima ..................................................................................................... 83 
Tipos de relacionamentos ............................................................................................. 85 
Exemplo de um DER ........................................................................................................ 86 
Estudando os atributos ................................................................................................... 88 
Identificando entidades .................................................................................................. 89 
Propriedades atribuídas a entidades ............................................................................ 95 
A generalização/especialização total e parcial .......................................................... 95 
O modelo de Chen .......................................................................................................... 98 
Outras representações .................................................................................................. 100 
Atividade proposta ........................................................................................................ 101 
 .....................................................................................................................104 Aprenda Mais
......................................................................................................................... 104 Referências
 ....................................................................................................... 104 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 111 
 ........................................................ 114 Aula 4: Meta modelagem do modelo conceitual
 ......................................................................................................................... 114 Introdução
 ............................................................................................................................ 115 Conteúdo
Como conduzir o processo de modelagem ............................................................ 115 
Primeiro passo ................................................................................................................ 115 
 
 MODELAGEM DE DADOS 3 
O início do sistema de controle de vagas ................................................................. 116 
Segundo passo da meta modelagem ........................................................................ 118 
Regras para dicionarizar o modelo ............................................................................ 122 
Tratamento de subconjuntos e identificação de abstrações ................................ 126 
Ordenação ...................................................................................................................... 130 
Navegabilidade ............................................................................................................... 132 
Agregação ....................................................................................................................... 133 
Atividade proposta ........................................................................................................ 134 
 ..................................................................................................................... 136 Aprenda Mais
......................................................................................................................... 136 Referências
 ....................................................................................................... 137 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 142 
 ................................................................ 145 Aula 5: Estudo de volume e clas. Conjuntos
 ......................................................................................................................... 145 Introdução
 ............................................................................................................................ 146 Conteúdo
A capacidade de armazenamento necessária ao modelo..................................... 146 
Primeira etapa ................................................................................................................ 147 
Sobre a tabela de atributos .......................................................................................... 151 
Os tipos de conjuntos e seu tratamento físico ........................................................ 155 
A volatilidade .................................................................................................................. 156 
Atividade proposta ........................................................................................................ 158 
 ..................................................................................................................... 159 Aprenda Mais
......................................................................................................................... 160 Referências
 ....................................................................................................... 160 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 167 
 ...................................................................................................... 169 Aula 6: Formas normais
 ......................................................................................................................... 169 Introdução
 ............................................................................................................................ 170 Conteúdo
A primeira forma ............................................................................................................ 170 
As dependências funcionais ........................................................................................ 172 
Segunda Forma Normal ............................................................................................... 174 
Terceira Forma Normal ................................................................................................ 175 
Boyce-Codd .................................................................................................................... 176 
Quarta Forma Normal ................................................................................................... 178 
Quinta Forma Normal ................................................................................................... 181 
Atividade proposta ........................................................................................................ 183 
 
 MODELAGEM DE DADOS 4 
......................................................................................................................... 185 Referências
 ....................................................................................................... 185 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 189 
 ................................................................ 190 Aula 7: Manuseio matemático de conjuntos
 ......................................................................................................................... 190 Introdução
 ............................................................................................................................ 191 Conteúdo
Modelo relacional .......................................................................................................... 191 
Definições básicas ......................................................................................................... 191 
Definições importantes ................................................................................................ 192 
Prioridades de uma relação pura ................................................................................ 193 
Restrição e chaves ......................................................................................................... 194 
Álgebra relacional .......................................................................................................... 198 
Operação e seleção e projeção .................................................................................. 199 
Sequencialidade de operações ................................................................................... 200 
Entendendo os símbolos .............................................................................................. 201 
Atividade proposta ........................................................................................................ 204 
.........................................................................................................................207 Referências
 ....................................................................................................... 207 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 211 
 ...................................................................................... 213 Aula 8: Administração de dados
 ......................................................................................................................... 213 Introdução
 ............................................................................................................................ 214 Conteúdo
Administração de dados ............................................................................................... 214 
Conjunto de dados ........................................................................................................ 215 
Dados básicos ................................................................................................................. 216 
Dados elaborados .......................................................................................................... 217 
Administração dos recursos ........................................................................................ 218 
Recurso dados ................................................................................................................ 219 
Conclusão ....................................................................................................................... 226 
Atividade proposta ........................................................................................................ 226 
 ..................................................................................................................... 230 Aprenda Mais
......................................................................................................................... 230 Referências
 ....................................................................................................... 230 Exercícios de fixação
Chaves de resposta ................................................................................................................... 233 
Conteudista ............................................................................................................................... 234 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 5 
 
 
Toda empresa possui um conjunto de dados que, manipulados, geram 
informações. Esses dados precisam ser manipulados e armazenados. Entender 
como os dados podem se relacionar pode fazer a diferença entre conhecer e 
não conhecer a empresa ou o negócio em si. 
 
A modelagem de dados procura estudar a companhia e ver quais são os dados 
relevantes que precisam ser armazenados e como estes podem se relacionar. 
Essas técnicas evitam o armazenamento desnecessário dos dados, pois há uma 
relação direta entre custo de armazenamento. 
 
Os sistemas de informação têm de suportar, além de processos transacionais e 
operacionais, também processos analíticos e voltados para inteligência de 
negócios. Esses sistemas precisam ser capazes de expor os dados corporativos 
e dar acesso às transações que os manipulam, diretamente para clientes ou 
fornecedores da empresa em aplicações na internet. 
 
Os investimentos em tecnologia e serviços para TI são elevadíssimos e as 
instituições esperam obter o crescimento da qualidade dos serviços e produtos 
oferecidos com os mais baixos custos possíveis. 
 
Sendo assim, esta disciplina tem como objetivos: 
1. Desenvolver a prática da observação; 
2. Construir um modelo e suas diversas formas de representá-lo; 
3. Explicar problemas técnicos de classificação de arquivos; 
4. Definir os conceitos de bancos de dados relacionais; 
5. Identificar os conceitos de Administração de dados e sua importância. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 6 
 
Introdução 
Em nossa primeira aula serão apresentados alguns conceitos sobre o 
conhecimento, como: O que é mundo real e mundo simbólico e como este 
conhecimento é organizado pelo homem. 
 
A compreensão desses conceitos são fundamentais para desenvolver a 
atividade de modelagem conceitual representada por dados. 
 
Vamos começar? 
Bons estudos! 
 
Objetivo: 
1. Identificar o ambiente e o que se deve modelar e os fenômenos que podem 
ocorrer; 
2. Identificar o que são dados e tipos de dados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 7 
Conteúdo 
Contextualização 
 
Como entender os fenômenos do processo de modelagem? 
Para entender os fenômenos do processo de modelagem devemos criar uma 
base conceitual que nos permita tratar o conhecimento, pois modelar dados é 
uma forma de se modelar conhecimento. 
 
O Homem, desde o seu aparecimento, foi colocado em um mundo hostil e teve 
que aprender a viver nele. 
 
Um correto conhecimento e interpretação das “coisas” e “eventos” do mundo 
que o cerca foi, e ainda é, fator de sobrevivência. 
 
O homem teve de aprender a observar algumas propriedades das “coisas” e 
“eventos” e, baseando-se no comportamento dos valores dessas propriedades e 
experiências vividas por si e pelos outros, passou a fazer deduções a partir 
desses fenômenos. 
 
E essa capacidade de deduzir “coisas” chama-se de inferência. 
 
Neste contexto, podemos verificar que existe um mundo onde o homem habita 
e a este mundo vamos chamar de mundo real. 
 
Assim também acontece nas empresas, e elas existem no mundo real, que 
normalmente é agressivo. 
 
Mundo real e mundo das representações simbólicas 
O homem percebe o mundo real através de seus sentidos. Os sentidos são 
percebidos por impulsos, que são encaminhados ao cérebro, que os interpreta e 
gera informações a partir do olfato, visão, paladar, tato e audição. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 8 
O cérebro tem mecanismos próprios para organizar, tratar e recuperar essas 
informações. É dessa forma que se inicia o processo de “conhecimento”. 
 
Esse mundo de informações criadas é chamado de mundo das 
representações (o mundo simbólico). Da mesma forma as empresas 
percebem o mundo real através de seus processos “operacionais” e armazenam 
essas informações das mais diversas formas. Na forma de vídeo, anotações, ou 
mesmo conhecimento tácito (não formalizado) de seus funcionários. Cada 
empresa tem a sua forma de organizar, armazenar e recuperar o 
conhecimento, e cada empresa tem o seu próprio mundo simbólico. 
 
Generalização e abstração 
É a partir das informações recebidas ou percebidas do mundo real que se cria o 
conhecimento. Todo conhecimento é construído a partir de um processo de 
aprendizado em que se destacam outros dois mecanismos importantes: a 
generalização e a abstração. 
 
A generalização é um mecanismo que a partir das informações chegadas ao 
cérebro sobre um “evento” ou “coisa” se estenda o mesmo comportamento 
para “eventos” e “coisas” similares. 
 
Se, por exemplo, no mundo real, um menino coloca a mão em uma fogueira e 
se queima ele pode generalizar que toda fogueira queima e não vai mais 
precisar viver a dolorosa experiência para cada fogueira que encontrar. Vários 
ditados populares mostram o conhecimento, às vezes incorreto, por 
generalização. 
 
“Gato escaldado tem medo de água fria” e “cachorro mordido de cobra tem 
medo de linguiça”, isso porque tanto o gato como o cachorro generalizaram 
suas experiências. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 9 
Já a abstração é um mecanismo mais sofisticado de aprendizado e ocorre 
quando o homem percebe que várias generalizações produzem o mesmo 
resultado. 
 
A partir das experiênciasde várias generalizações procura identificar 
propriedades comuns entre elas e daí cria uma abstração. A abstração não se 
refere a apenas um conjunto de fatos e eventos, mas identifica elementos 
comuns entre vários conjuntos. 
 
Por exemplo, ao colocar a mão em uma fogueira o homem generalizou: toda 
fogueira queima. Ao colocar a mão em uma pedra aquecida por um vulcão, 
generalizou: pedra aquecida por um vulcão queima. Um ferro em brasa queima. 
 
Aumento de temperatura 
Dos conjuntos de generalizações percebeu que todos davam o mesmo 
resultado: queima. Daí aprende, de forma independente do fenômeno, que 
existe alguma coisa em comum que é o aumento da temperatura. Neste 
momento ele cria o conhecimento por abstração – todo fenômeno que produza 
aumento de temperatura queima e não precisará mais viver nenhuma 
experiência que queime por aumento de temperatura. Aprendeu sobre coisas 
que queimam. 
 
Muitos animais generalizam isso mostra que conseguem aprender, mas o 
aprendizado por abstração não é comum entre os animais. 
 
O cérebro 
Das generalizações e abstrações o cérebro forma imagens do mundo real que 
usará no processo de inferência. A atividade de especificar as imagens para 
abstrações é um dos principais problemas da Análise de Sistemas, pois a 
maioria dos analistas de sistemas se satisfaz com as generalizações e não busca 
as abstrações que nem sempre são evidentes e exigem um maior esforço de 
observação. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 10 
Mundo simbólico x mundo real 
Uma modelagem do mundo real bem feita deve ser focada nas abstrações, e ao 
se identificar uma abstração a partir das generalizações já identificadas e 
registradas deve se inicializar todo trabalho estruturando a nova abstração com 
suas generalizações. É preciso que os profissionais de sistemas entendam que o 
tratamento da informação é feita no mundo simbólico apesar de o sistema 
existir no mundo real. 
 
Plano de referência 
Outro conceito que precisa ser compreendido pelos profissionais que se 
dedicam à análise de sistemas, ou qualquer outro que trabalhe em grupo é o de 
plano de referência. 
 
 
Atenção 
 Chama-se plano de referência o conjunto de conhecimento 
que o Homem vai adquirindo durante toda a sua vida. Desde o 
seu nascimento, ele aprende o som da palavra “mãe” (sentido 
da audição) e aparece uma mulher (sentido da visão) que 
atende ao chamado. 
 
Desta forma vai estabelecendo ligações entre os diversos tipos de “imagens” 
formadas, ou seja, começa a criar o seu mundo simbólico. 
 
Alguns pesquisadores de neurociência argumentam que o homem já recebe 
algum conhecimento de forma genética, não vamos considerar esse fato, pois 
foge aos objetivos deste trabalho. As ligações entre as imagens criadas no 
mundo simbólico vão chamar de “relacionamentos”, eles aparecem no mundo 
simbólico, mas não existem fisicamente no mundo real. São conceitos 
estabelecidos entre as imagens, portanto, relacionamentos conceituais. 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 11 
Imagem 
Quando se ativa uma imagem, todo o conjunto de relacionamentos associados 
a essa imagem é ativado no plano de referência de cada um e assim podem-se 
deduzir novos fatos. 
 
 
Atenção 
 Os relacionamentos existentes na cabeça de cada um, portanto, 
no seu plano de referência, são obtidos a partir de experiências 
vividas, de narrativas e mesmo do aprendizado formal no 
sistema de ensino. Há relacionamentos que foram construídos 
desde o momento do nascimento, e como as pessoas têm 
experiências diferentes e estas constituem uma grande parte do 
plano de referência, pode-se concluir que não existem dois 
planos de referência iguais. 
 
Isso explica o fato de ao se apresentar um mesmo problema, mesmo quando 
se trata de conhecimento formalizado como o apresentando no sistema de 
ensino, as pessoas apresentarem soluções diferentes. A mesma imagem ativou 
relacionamentos diferentes com outras imagens levando a processos de 
inferência diferentes. 
 
Inferência 
O erro na inferência pode ocorrer quando se associa um relacionamento 
equivocadamente ou não existe por não ter sido estabelecido por falta de 
informação ou mesmo já estar estabelecido de forma errada. Isso deve ser uma 
preocupação dos educadores. 
 
Quando um empresário contrata um profissional com “x“ anos de experiência 
acredita que nestes “x” anos passou por experiências que acrescentaram novos 
relacionamentos ao seu plano de referência e que poderá inferir de forma mais 
objetiva. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 12 
Como para cada pessoa existe um plano de referência que é único, pode-se 
afirmar que um mesmo objeto do mundo real terá tantas interpretações 
diferentes quantas forem às pessoas observadoras e cada interpretação 
fortemente influenciada pelos relacionamentos já existentes no plano de 
referência de cada um. 
 
Figura 1: Interpretação do objeto por observadores diferentes 
 
Interpretações 
A figura 1 mostra, simbolicamente, como um mesmo objeto ou fato pode ter 
interpretações diferentes para cada pessoa. Isso na prática ocorre de forma 
muito comum e são comuns as ocorrências de pessoas estarem conversando 
por vários dias sobre coisas diferentes pensando ser a mesma coisa quando na 
realidade tinham apenas algumas características comuns. 
 
Um analista de sistemas deve se policiar sobre esse fenômeno, fazendo uma 
série de perguntas sobre a imagem que se forma em sua mente e verificar se 
esta é a imagem da mente de seu usuário, pois está trabalhando em um 
sistema que deverá processar as imagens de seu usuário e não as suas. Este 
problema também conduz a sistemas que não atendem aos usuários que os 
encomendam. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 13 
Modelamento 
Deve-se ter técnicas de perguntas redundantes, mas com o objetivo de conferir 
se você está modelando corretamente o que o usuário precisa. Sempre que 
possível, deve-se parar e perguntar: o que você está pensando é o que o 
usuário está pensando? 
 
É muito prejudicial a atitude de alguns analistas que querem impor ou conduzir 
seus usuários segundo o seu plano de referência. Normalmente o resultado 
nesse tipo de conduta só pode ser o desastre: sistemas mal concebidos, 
dificuldades na implantação e até mesmo a sua total rejeição. 
 
Diversos planos de referência 
Para exemplificar o fenômeno das diversas imagens, observe o esquema que 
mostra uma abstração chamada “PESSOA”, que é uma generalização de 
homem e da generalização mulher que serão observados. Sob o plano de 
referência da observação jurídica para uma pessoa do mundo real cria-se a 
“IMAGEM_1”, composta das propriedades Nome, Endereço e Carteira de 
identidade, que são as propriedades que um advogado usa no seu processo de 
inferência. 
 
Sob o ponto de vista de um médico tem-se a “IMAGEM_2”, composta pelas 
propriedades Nome, Altura, Peso, Temperatura e Pressão, as quais, da mesma 
forma que na imagem anterior, são usadas no processo de inferência do 
médico. Ainda podemos destacar a “IMAGEM_3”, que grupa as propriedades de 
interesse do empresário; são elas Nome, Salário e Tempo de experiência. 
Assim, pode-se ir definindo novas imagens sempre segundo cada plano de 
referência de interesse da análise. Deve-se observar que existe um plano de 
referência para cada interesse da observação e não há como fazer uma única 
imagem capaz de representar uma pessoa segundo o interesse de todos os 
planos de referência. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 14 
 
Figura2: Diversos planos de referencia 
 
Ao selecionar um plano de referência, diz-se que se determinou um contexto. 
Um profissional que trabalha com conhecimentodeve, em primeiro lugar, 
definir o plano de referência com o qual está atuando. Não se tratará, nesta 
aula, de técnicas para ampliar o plano de referência de uma pessoa, pois foge 
aos objetivos estabelecidos. 
 
Imagens e seu manuseio 
No mundo real, os objetos simplesmente existem. Obviamente, não se pode 
transferir “o objeto em si” para dentro do mundo simbólico. Ao se registrar um 
objeto, se está na verdade construindo uma imagem desse objeto que se julga 
capaz de representá-lo, segundo um plano de referência, para os objetivos 
desejados. O ato de registrar começa com a seleção das propriedades do 
objeto que serão usadas para o processo de inferência. Esse é o principal 
objetivo em um trabalho de modelagem. 
 
Essa modelagem é chamada de conceitual, pois estamos estabelecendo 
“conceitos”, ou melhor, definindo formas de representar “objetos” e “fatos” do 
mundo real. É importante observar que se isso não for feito de forma correta 
todo o processo de inferência fica comprometido. A modelagem conceitual, 
para sistemas de informações, inicia com a definição de imagem, depois essa 
 
 MODELAGEM DE DADOS 15 
imagem será “manuseada” segundo a forma de inferir do “usuário” que passa 
as informações. 
 
 
Atenção 
 Um sistema de informações só existe no mundo simbólico, 
embora os seus componentes físicos existam no mundo real. E 
trata-se de um mecanismo que recebe uma imagem e a trata 
segundo uma série de conceitos, gerando novas imagens. Estas 
geram outras imagens e isso vai acontecendo até gerar uma 
imagem final que é o resultado de toda a inferência. 
 
"Soluções" para tratar as imagens 
Esta última imagem precisa ser interpretada e correlacionada com um fato ou 
objeto no mundo real, caso contrário todo o processo terá sido inútil. Muitos 
fabricantes e consultores oferecem várias “soluções” para tratar as imagens. 
Produtos de dataware houses, BI, sistemas de apoio à decisão são, 
evidentemente, muito bons, mas para processar imagens. E se o processo de 
modelagem não identificar as imagens corretas de entrada, ele será 
absolutamente inútil. Concluindo, o problema não é o produto que armazena ou 
trata as imagens, mas sim o processo. Infelizmente não existe mágica. 
 
Tratamento de imagens 
O tratamento de imagens é muito comum em todas as atividades humanas. 
Veja o caso de uma transmissão de TV. A câmera capta a imagem de uma 
repórter. A câmera transforma a imagem que é a entrada no mundo simbólico, 
que por conceitos definidos por engenheiros transforma-os em impulsos 
elétricos e estes são transmitidos via ondas eletromagnéticas, são recebidos por 
aparelhos próprios, e estes os transformam em outro tipo de sinal que será 
para um satélite e daí volta a ser transmitido para equipamento e este 
novamente para impulsos, tudo isso acontece segundo novos conceitos 
introduzidos a cada etapa. Veja que a todo o momento se está fazendo 
 
 MODELAGEM DE DADOS 16 
processamento de imagens segundo os conceitos dos usuários (engenheiros e 
técnicos). No final uma tela de TV apresenta a imagem da repórter, e esta 
imagem deve ser interpretada pelo telespectador. 
 
Telespectador 
A imagem desperta no plano de referência do telespectador a figura que é 
imaginada no mundo real. Ou seja, só foi possível porque pôde ser 
interpretada. Essa mesma figura não tem nenhuma interpretação na cabeça de 
meu cachorro quando assiste à televisão. Veja que no exemplo anterior o que 
se trata a todo o momento é o manuseio de imagens segundo conceitos 
estabelecidos. Existem basicamente dois momentos de risco para o manuseio: 
• A entrada da imagem que será manuseada; no caso, identificar perfeitamente 
as propriedades que serão necessárias ao processamento e, se esta não estiver 
correta, teremos um manuseio que nos levará a imagens incorretas; 
• O outro momento de risco é na interpretação para o mundo real. 
 
Correta interpretação 
A interpretação deve ser feita considerando o conhecimento existente no plano 
de referência de quem recebe a imagem final. Então, este é um momento de 
risco, permitir a interpretação de forma correta, caso contrário todo o manuseio 
foi inútil. 
 
Há ainda o fenômeno de o usuário ir delineando suas necessidades conceituais 
à medida que vai entendendo a sua própria forma de inferir. É comum analistas 
de sistemas ficarem muito irritados queixando-se que o usuário fez 
“modificações”. Como o delineamento da conceituação é evolutivo, o analista 
tem obrigação de tratar a nova conceituação evitando desastres durante a 
construção, implantação e utilização desse sistema. Deve - se encarar como 
parte da atividade fazer modificações conceituais pedidas pelo usuário. 
 
Importância dos registros feitos nas empresas 
A empresa precisa inferir através de suas imagens. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 17 
Ao se atribuir um valor a uma propriedade de uma imagem fazemos “registros” 
que popularmente chamamos de dados. 
 
Modernamente as empresas tratam seus dados como outros recursos e desta 
forma também os administram. Os dados são fundamentais no processo 
decisório da empresa. 
 
Durante um bom tempo não se tratavam os dados com a devida importância, 
mas a consciência de que o dado é um recurso estratégico para a sobrevivência 
das empresas tornou a atividade de modelagem conceitual uma especialidade 
nas empresas. A gestão do modelo conceitual de dados é obrigação de um 
profissional chamado administrador de dados. Esse profissional define os dados 
que devem ser armazenados, como devem ser armazenados, atualizados e 
eliminados. Tornou-se também evidente que todo esse trabalho tem um custo e 
o uso de um dado pode gerar benefícios para a empresa. Assim, podemos dizer 
que todo dado tem um valor. 
 
Dados e tipos de dados 
Considerando que os dados são obtidos a partir das imagens modeladas deve-
se analisar esses dados com relação à obtenção. 
 
Os dados podem ser obtidos por observação direta do mundo real. 
 
Dados Básicos 
Os dados básicos têm a propriedade de serem obtidos diretamente do mundo 
real. De forma que se o conjunto de dados for perdido não temos como 
recuperá-los, pois os fenômenos ocorridos não se repetirão. Outro aspecto é o 
tempo de vida do dado. O dado básico é “eterno”, um fato que foi registrado 
nunca deixará de ser verdade. Alguém registrou que o Brasil foi descoberto em 
abril de 1500 e este registro nunca perderá a validade e o fato será considerado 
sempre verdadeiro. O custo é outra característica importante do dado. O dado 
básico é caro. Se desejarmos saber dados sobre a atmosfera de Marte deve-se 
 
 MODELAGEM DE DADOS 18 
enviar um foguete com uma sonda e buscar amostras do solo em Marte. 
Quando se quer saber dados sobre a população deve-se fazer um censo e isso 
tem um custo: é o custo de se obter o dado básico no mundo real. Resumindo, 
o dado básico é caro, eterno e irrecuperável, portanto deve ser guardado com 
todo o cuidado possível. 
 
Dados Elaborados 
Outro tipo de dado é o obtido a partir de dados já existentes. Este tipo de dado 
é obtido a partir de um manuseio, ou algoritmo, no mundo simbólico. Veja que 
se este dado for perdido pode ser obtido novamente repetindo-se o 
processamento, e o custo da sua obtenção é o do processamento, ou seja é um 
custo barato. O tempo de vida também é o da tomada de conhecimento do 
dado. Esse tipo de dado é chamado de elaborado. O dado elaborado não deve 
ser armazenado, pois pode ser obtido sempre que necessário. 
 
Formulários 
Em alguns formulários que preenchemos é comum encontramos um local para 
colocarmos a idade. Esse dado é um dado elaborado, pois é resultado da contaque considera a data atual e a data de nascimento. E veja que rapidamente 
perde a validade. O correto é se pedir o dado básico que permita deduzir a 
idade, então, o correto é se pedir a data de nascimento. A figura ilustra esses 
tipos de dados. Na modelagem conceitual devem-se buscar propriedades para 
dados básicos. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 19 
 
Figura 3: Tipos de dados 
 
Atividade proposta 
Leia o texto que caracteriza uma descrição de um mundo real para uma 
empresa. A descrição foi dividida em tópicos numerados, para facilitar o 
entendimento. 
 
Considere o texto abaixo que caracteriza uma descrição de um mundo real para 
uma empresa, a qual se dividiu em frases numeradas para facilitar o 
entendimento: 
 
(1) Uma empresa especializada na venda de livros, CD´s e DVD´s necessitam 
de um sistema que a auxilie no controle e na distribuição dos seus produtos, 
em função de sua notável expansão. 
(2) O sistema deverá permitir o registro dos pedidos dos clientes. Os clientes ao 
serem cadastrados deverão informar o nome, o endereço, o número do 
telefone (de 0 a 3 números diferentes) e número do CPF, que doravante será o 
seu identificador junto à empresa. 
(3)Pode-se imaginar que cada cliente poderá realizar um pedido com vários 
produtos e quantidades. Para identificar um pedido será necessário armazenar 
o seu número e a sua data. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 20 
(4) Este pedido deverá ser encaminhado para o departamento de estoque a fim 
de providenciar a entrega do mesmo na data definida e no endereço 
estabelecido. Este último podendo ser diferente do endereço informado pelo 
cliente no ato do seu cadastramento. 
(5) Uma entrega deverá ser realizada por uma das transportadoras 
cadastradas. Neste cadastro deverá ser informado o código da transportadora, 
o endereço, o número do telefone (de 0 a 5 números diferentes) e número do 
CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica do Ministério da Fazenda). 
(6) A transportadora selecionada assumirá toda a responsabilidade pela carga, 
mediante o pagamento de um seguro que deverá ser somado ao valor dos itens 
constantes em um pedido. 
(7) Para maior controle, exige-se que associado ao pedido a transportadora 
identifique, através da placa do veículo, o caminhão que irá fazer o transporte 
e, através do nome e do número do CPF, o funcionário que irá fazer a entrega. 
(8) Estas informações são, entretanto, de responsabilidade da transportadora, 
não cabendo à empresa atacadista nenhuma responsabilidade por erros na 
informação fornecida. 
(9) Ao receber a mercadoria o cliente deverá verificar se a quantidade e o preço 
de cada item da fatura estão corretos. Se não houver divergências ele assinará 
o recibo de entrega e lançará a data da mesma, que posteriormente será 
registrada no sistema. Caso haja alguma divergência o cliente poderá recusar o 
recebimento dos produtos. Neste caso, a fatura será recusada e os produtos 
devolvidos. 
(10) O responsável pela entrega deverá informar a data da entrega e motivo da 
devolução. O motivo da devolução informado deverá ser escolhido a partir de 
uma lista contendo o código do motivo e a descrição do mesmo. 
(10) A transportadora será remunerada em 5% do valor dos itens constantes 
no pedido (excluído o valor do seguro), mesmo que estes sejam devolvidos. 
(11) As faturas, após o recebimento, serão transformadas em compromissos 
financeiros assumidos pelos clientes. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 21 
(12) Elas poderão ser cobradas à vista ou em parcelas, conforme definição no 
ato da compra. Todos os boletos de cobrança serão emitidos por uma 
instituição financeira, dentre as várias cadastradas no sistema. 
(13) Os boletos deverão informar o número do banco, o nome do banco, o 
número do código de barras, a data de vencimento e o valor a ser pago. 
(14) No final de cada mês os bancos mandam um relatório com a relação de 
todos os boletos que foram pagos. Este relatório deverá conter a data do 
pagamento e, se houver atraso, o valor da multa e dos juros cobrados. Tal 
informação deverá ser posteriormente registrada no sistema. 
(15) Outra necessidade da empresa atacadista é poder controlar melhor o seu 
estoque de mercadorias. Para isso é necessário conhecer a quantidade 
disponível em estoque para cada produto comercializado, além de abater do 
estoque disponível as quantidades vendidas aos seus clientes. 
 
Identifique os conjuntos e seus respectivos planos de referencia no texto 
acima: 
 
Chave de resposta: 
Frase (1): 
Nesta frase especifica-se que o simbólico da empresa ira tratar livros, cd´s e 
DVD, neste plano de referencia de conhecer os produtos que a empresa 
comercializa têm os conjuntos, para os quais se imagina os respectivos 
atributos de forma ilustrativa. Estes devem ser conferidos posteriormente com 
o usuário: 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia de vendas) 
DVD 
nome 
autor 
tempo 
CD 
nome 
autor 
Num .faixas 
LIVRO 
nome 
autor 
editora 
DVD 
nome 
autor 
tempo 
CD 
nome 
autor 
Num .faixas 
 
 MODELAGEM DE DADOS 22 
Frase (2): 
Nesta frase indica-se que a empresa tem interesse em ter a informação de seus 
clientes, e o texto sugere alguns atributos que devem ser obtidos e designados 
o atributo identificador. O conjunto pedido é identificado, mas ainda não 
conhece se os atributos, poderia se supor como feito anteriormente. Isto deve 
ser verificado com o usuário que apoia o trabalho. Assim têm-se dois novos 
conjuntos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(pano de referencia de vendas) 
Frase (3): 
Nesta frase se identifica que existe outro conjunto chamado produtos (livros, 
cd´s e dvd´s) e alguns atributos necessários ao conjunto pedido que já foi 
identificado. Veja que produto foi completado com alguns atributos, por 
suposição. 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia de vendas) 
 
CLIENTE 
nome 
endereço 
Cpf (ID) 
Telefone 3 
Telefone 1 
Telefone 2 
PEDIDO 
 
 
 
PEDIDO 
numero 
Data pedido 
 
produto 
quantidade 
preço 
descrição 
 
 MODELAGEM DE DADOS 23 
Frase (4): 
No simbólico da empresa, estamos no plano de interesse do controle de 
estoque e há necessidade de um novo conjunto com dados referentes a 
entrega, assim pode se completar com o novo conjunto. A imagem de pedido e 
de produto em estoque, que não é a informação do que é incluído no pedido. 
Assim aparece dois novos conjuntos um se chamará estoque, e o outro 
entrega, neste exercício. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia de estoque) 
Frase (5): 
Nesta frase aparece mais uma necessidade que é ter informações sobre a 
transportadora que a empresa cadastra. Colocou-se um atributo para cada 
telefone, e isto só foi possível porque se sabia o número máximo de telefones. 
E uma nova informação deve ser acrescentada a entrega que é o da 
transportadora que fará a entrega. 
 
 
 
 
 
 
 
estoque 
Quant. estocada 
Preço unitario 
descrição 
pedido 
numero 
Data pedido 
 
 
 
 
entrega 
Data-entrega 
Endereço-entrega 
 
pedido 
numero 
Data-pedido 
 
transportadora 
Código transp. 
endereço 
cnpj 
Telefone 1 
Telefone 2 
Telefone 3 
Telefone 4 
Telefone 5 
entrega 
Endereço entrega 
Data entrega 
Código transp 
 
. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 24 
(plano de referencia da expedição) 
Frase (6): 
Na frase seis têm-se novos atributos necessários para o setor de entrega, e 
deve-se acrescentar a imagemde pedido as informações necessárias para se 
somar o frete e o total de itens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia da expedição) 
Frase (7) 
Veja que se acrescenta novos atributos a entrega, e estes devem ser 
acrescentados a imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
pedido 
numero 
Data pedido 
Data entrega 
Endereço entrega 
Código transp. 
Valor-frete 
Total-frete 
entrega 
Endereço entrega 
Data entrega 
Código transp 
NOME-FUNCIONARIO 
CPF-FUNCIONARIO 
PLACA-CAMINHAO 
 
 MODELAGEM DE DADOS 25 
(plano de referencia da expedição) 
Frase (8): 
Veja que na frase 8 tem-se uma regra de negócio do setor de expedição, mas 
nenhuma nova informação é acrescentada as imagens até aqui identificadas. 
 
(plano de referencia da expedição) 
Frase (9): 
Se a entrega estiver correta, deve-se saber quem assinou o recebimento da 
mercadoria e a data, pois a mesma será armazenada. Assim têm-se dois novos 
atributos que devem ser adicionados a imagem entrega: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia da expedição) 
Outro fato importante para a empresa é quando o produto é recusado, neste 
caso deve-se criar este conjunto, fazendo referencia a entrega. 
 
 
 
 
 
 
 
 
entrega 
Endereço entrega 
Data entrega 
Código transp 
NOME-FUNCIONARIO 
CPF-FUNCIONARIO 
PLACA-CAMINHAO 
Nome-recebimento 
Data-recebimento 
Entrega rejeitada 
Endereço entrega 
Data entrega 
Código transp 
Nome-recebimento 
Data-recebimento 
Motivo -recusa 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 26 
(plano de referencia da expedição) 
Frase (10): 
A transportadora será remunerada em 5% do valor dos itens constantes no 
pedido, e isto é uma regra de negócio que já é atendida pelos conjuntos 
existentes. Nada é acrescentado no modelo 
 
(plano de referencia da expedição) 
Frase (11): 
É dito que as entregas são transformadas em compromisso financeiro, que é 
um novo conjunto, de interesse do setor financeiro da empresa, assim temos 
um novo conjunto: 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia do setor financeiro) 
Frase (12) 
Nesta frase tem-se a informação que o pagamento pode ser de dois tipos neste 
caso deve colocar este atributo no conjunto de compromisso financeiro. 
Identifica-se ainda dois novos conjuntos de interesse da empresa para emitir a 
cobrança bancaria: o Banco e o boleto. Têm-se os conjuntos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Compromisso financeiro 
Cpf-cliente 
Valor-fatura 
Data-vencimento 
banco 
Cod-banco 
Nome-banco 
agencia 
Compromisso financeiro 
Cpf-cliente 
Valor-fatura 
Data-vencimento 
Numero parcelas 
Fatura do banco 
Cpf-cliente 
Valor-fatura 
Data-vencimento 
Data-pagamento 
banco 
agencia 
 
 MODELAGEM DE DADOS 27 
(plano de referencia do setor financeiro) 
frase(13) 
Nesta frase tem-se informações para completar o conjunto de fatura banco 
(boletos), neste caso se corrige os atributos que foram supostos em fases 
iniciais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia do setor financeiro) 
Frase(14) 
Na frase 14 tem se informações referentes ao recebimento, e como é de 
interesse da empresa se cria um novo conjunto: Deste conjunto gera-se o 
relatório descrito no texto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
(plano de referencia do setor financeiro) 
Frase (15) 
Nesta frase não temos novos conjuntos pois o estoque já esta registrado no 
conjunto estoque. 
 
Fatura do banco 
Cpf-cliente 
Valor-a ser pago 
Data-vencimento 
Data-pagamento 
Numero banco 
Código de barras 
Pagamento da Fatura nco 
Cpf-cliente 
Valor pago 
Data-vencimento 
Data-pagamento 
Valor juros 
Valor-multa 
 
 MODELAGEM DE DADOS 28 
(plano de referencia do setor financeiro) 
OBS: A resposta poderá ter pequenas variações do gabarito apresentado 
 
Aprenda Mais 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre dados, leia a Dados – Wikipédia, a 
enciclopédia livre, disponível em nossa biblioteca virtual. 
 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre dados, leia O Que São Dados?, Disponível em 
nossa biblioteca virtual. 
 
 
 
Material complementar 
 
Para saber mais sobre administração de dados, leia Administração 
de dados – Wikipédia, a enciclopédia livre, disponível em nossa 
biblioteca virtual. 
 
 
Referências 
MARTIN, J. Strategic planning methodologies – New Jersey, Prentice-Hall, INC. 
S. date. 
Guia para o padrão SQL – Campus. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 29 
Exercícios de fixação 
 
Questão 1 
Por que o conhecimento da matemática é importante na criação de um plano 
de referência, segundo a teoria apresentada, com relação ao processo de 
inferência? 
a) A memorização dos conceitos matemáticos permite que se resolva problemas 
aplicados a um conjunto. 
b) O desenvolvimento de conceitos baseados em modelos matemáticos permite 
que se descubra novas relações entre conjuntos e elementos dos conjuntos. 
c) O conhecimento de matemática permite criar generalizações no conjunto e 
assim estender esses relacionamentos para qualquer conjunto. 
d) Os modelos matemáticos são fortemente influenciados por fenômenos físicos, 
daí ser difícil o seu entendimento. 
e) O aprendizado de matemática é muito simples, pois retrata o mundo real e 
aplica-se apenas a partir de fatos e coisas do mundo real. 
 
Questão 2 
Uma empresa tem um plano de referência. Um analista de sistemas deve 
identificar as características desse plano de referência durante o seu trabalho. 
Segundo a teoria apresentada neste trabalho, assinale o motivo entre as 
opções abaixo: 
a) O analista pode generalizar eventos dos planos de referência das empresas em 
que trabalhou e assim criar o modelo para a empresa. 
b) O plano de referência da empresa não deve influenciar o desenvolvimento de 
um sistema de informações para essa empresa. 
c) O analista deve procurar entender os fatos e eventos importantes para a 
empresa e em um trabalho de observação identificar os relacionamentos 
importantes para as pessoas que lá trabalham. 
d) A empresa organizada deve ter manuais operacionais, estes manuais garantem 
que todos os funcionários tenham os seus planos de referência idênticos. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 30 
e) O analista deve conduzir o trabalho segundo a sua experiência e o seu plano de 
referência, substituindo apenas alguns aspectos, pois na maioria das vezes o 
usuário não sabe o que quer. 
 
Questão 3 
Uma interface web solicita dados de um internauta. Os dados são transmitidos 
a partir de um protocolo HTTP. Depois esses dados são processados em um 
servidor PHP que atualiza um banco de dados. Sobre todos os fenômenos 
acima, segundo a teoria apresentada nesta aula, podemos afirmar de forma 
totalmente correta: 
a) Na interface é feita a entrada de dados que constituem a imagem e essa 
imagem é armazenada diretamente no banco de dados. 
b) Na interface existem campos de entrada de dados que formam a imagem. Esta 
imagem é enviada pelo HTTP e no servidor esta imagem é armazenada no 
banco de dados. 
c) Na interface deve-se colocar o objeto ou fato do mundo real, depois enviá-lo 
através do HTTP e finalmente para o servidor PHP. 
d) Na interface é capturada uma imagem e esta é processada várias vezes, 
criando novas imagens a cada processamento até que é armazenada no bancode dados. 
e) A interface é responsável por receber os dados e estes são grupados e 
compactados e devolvidos para o mundo real através do HTTP. 
 
Questão 4 
Durante o processo de modelagem conceitual um usuário precisou rever o 
modelo e solicitou um conjunto de alterações. Sobre esse fato o que se pode 
afirmar, segundo a teoria apresentada, de forma totalmente correta: 
a) O usuário que solicita modificações constantemente deve ser afastado do 
projeto, pois mostra que não sabe o que deseja. 
b) Quando o usuário solicita uma modificação deve-se avaliar a contribuição para 
o modelo e considerar como normal esse tipo de trabalho no processo de 
modelagem. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 31 
c) O usuário que solicita várias modificações deve atender à orientação do analista 
e desta forma parar com os pedidos de modificações. 
d) A modificação não permite buscar a estabilidade do modelo, de modo que o 
usuário deve ser orientado a não solicitar manutenções. 
e) As solicitações de alteração nos requisitos prejudicam o desenvolvimento de 
código, pois a todo o momento obriga a alterá-lo, assim o modelo conceitual 
fica prejudicado. 
 
Questão 5 
Um analista de sistemas precisa fazer um modelo conceitual em uma empresa; 
segundo os conceitos apresentados, qual é a primeira atividade que deve ser 
feita? 
a) A primeira atividade é conversar com os usuários e estabelecer regras para 
evitar que sejam fitas muitas alterações no modelo. 
b) A primeira atividade é identificar uma imagem inicial qualquer definida junto 
com um usuário e sair criando o modelo segundo a experiência do analista. 
c) Identificar os usuários envolvidos e identificar algumas características de seus 
planos de referência e assim determinar imagens ainda que incompletas que 
serão desenvolvidas e completadas durante a análise 
d) Deve-se entrevistar os usuários e ao se perceber que estes estão dispostos a 
modificar o que já é feito devem ser afastados, pois serão muito problemáticos 
para o modelo. 
e) Avisar aos usuários participantes que o modelo não poderá sofrer modificações 
para etapas que já tenham sido concluídas, pois isso tornará o modelo 
conceitual instável. 
 
Questão 6 
Considerando o dado como recurso, segundo o que foi visto nesta aula, 
podemos afirmar de forma absolutamente correta que: 
a) O dado tem seu valor baseado no custo total da decisão e para isso deve-se 
incluir o custo de quem decide. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 32 
b) A administração de dados tem a responsabilidade de calcular o valor de todos 
os dados que estão baseados no banco de dados. 
c) O dado tem seu valor definido pelo analista de sistemas baseado nos softwares 
que irá utilizar. 
d) O valor dos dados define o meio de seu armazenamento, ou seja, os dados de 
valor mais caro devem ficar em produtos mais caros. 
e) O dado é o insumo da decisão e a decisão de qualidade depende desse insumo. 
Desta forma não há como se dimensionar de forma exata o valor de um dado. 
 
Questão 7 
Considerando a teoria apresentada, alguns documentos usados na empresa 
devem ser guardados por um determinado tempo. Temos como exemplo a 
declaração de imposto de renda, que deve ser guardada durante cinco anos. 
Selecione a opção abaixo que justifique essa ação: 
a) A declaração de imposto de renda contém dados básicos e se não fosse 
definido um prazo a declaração deveria ser guardada eternamente. 
b) A declaração de imposto de renda é um documento, desta forma deve ser 
guardada pelo prazo determinado, pois deve-se conferir com o que acontece no 
mundo real. 
c) A declaração de imposto de renda é guardada por cinco anos, pois isso foi 
decidido pela Receita Federal tendo como único motivo o prazo necessário para 
os computadores processarem estes dados. 
d) A declaração de imposto de renda é uma saída do plano simbólico da receita, 
portanto, ela decide por quanto tempo deve ser armazenada pelo declarante. 
e) Segundo a teoria apresentada ela constitui dados elaborados, e refere-se aos 
gastos e receitas do declarante, portanto o prazo definido deveria ser menor. 
 
Questão 8 
Ao preencher um documento de emprego, um candidato foi orientado a 
entregar uma fotografia e preencher uma ficha que pedia sua idade e o tempo 
que está formado. Considerando os conceitos apresentados neste trabalho 
pode-se inferir que: 
 
 MODELAGEM DE DADOS 33 
a) A fotografia é feita em um determinado instante, a idade pode ser usada a 
qualquer momento para verificar se o candidato tem o perfil desejado para o 
cargo, bem como o tempo de serviço, mesmo que isso vá para um cadastro 
que será usado no futuro. 
b) A fotografia é feita em um determinando instante na vida da pessoa, a idade e 
o tempo de formado não representam nenhuma informação, pois não se sabe o 
dia da utilização da informação. 
c) O ideal era se conhecer a idade e o tempo de formado a partir de um cadastro 
de reserva e tirar a fotografia no momento da seleção ente os candidatos à 
vaga de emprego. 
d) A fotografia serve para se ter uma ideia da aparência do candidato, sendo 
importante se verificar se o dado guardado na ficha referente ao tempo de 
experiência e idade é o que se está procurando e isso pode ser obtido 
corretamente na ficha. 
e) Os dados referentes à idade e tempo de experiência independem de qualquer 
inferência, pois são usados a partir de um cadastro de reserva, quando a 
fotografia mostra como é a aparência do candidato no momento da 
contratação. 
 
Questão 9 
Considere as afirmativas abaixo: 
I - Um dado elaborado deve ter um tempo de vida definido e procedimentos de 
armazenamento que garantam que não será perdido. O seu custo é o da 
definição dos procedimentos. 
II - Um dado básico é obtido a partir de outros dados obtidos do mundo real. 
III - Um dado básico não tem tempo de vida definido, é caro, e não pode ser 
recuperado a partir de outros dados. 
Quais delas estão totalmente certas, segundo a teoria apresentada: 
a) Apenas a opção I 
b) Apenas a opção II 
c) As opções I e III 
d) As opções II e III 
 
 MODELAGEM DE DADOS 34 
e) Apenas a opção III 
 
Questão 10 
Um banco de dados contém dados de um relatório gerencial. Esse relatório é 
obtido a partir de dados das vendas realizadas durante os últimos 30 dias. 
Entre outras informações contém a totalização das vendas, a quantidade de 
vendas, a venda de valor mais alto e de valor mais baixo. Sobre esses fatos, 
considerando os conceitos apresentados nesta aula, marque a afirmativa 
incorreta: 
a) Existem dois tipos de dados quanto à obtenção: o dado básico e o dado 
elaborado. O relatório tem dados elaborados que devem ser criados no 
momento da decisão. 
b) Os dados gerenciais sempre devem ser colocados no banco de dados, pois os 
dados gerenciais são básicos para as decisões na empresa. 
c) A colocação de dados elaborados em estruturas de banco de dados serve 
apenas para onerar o custo do dado e comprometer o desempenho do banco 
de dados tendo em vista que esses dados podem ser deduzidos apenas na hora 
da decisão. 
d) Os dados que serviram para gerar o relatório são os obtidos das vendas, 
portanto são dados básicos e somente estes devem ser armazenados no banco 
de dados. 
e) A única justificativa para se colocar os dados gerenciais em uma estrutura de 
banco de dados é quando se deseja manter uma informação histórica agregada 
para uma data e o custo de processamento ser muito elevado ou o tempo para 
obter a informação for muito longo. 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 35 
Aula 1 
Exercícios de fixação 
Questão 1 - B 
Justificativa: A matemática trabalha com abstrações e isso permite modelar 
umasérie de fatos e objetos do mundo real, e desta forma, “raciocinar” e criar 
novas relações entre vários conjuntos e elementos de um conjunto no plano de 
referência. 
 
Questão 2 - C 
Justificativa: O plano de referência é único para cada empresa. Não existem 
duas empresas com o mesmo plano de referências, pois a empresa é formada 
por pessoas que atuam nos processos e as pessoas têm planos de referências 
diferentes. 
 
Questão 3 - D 
Justificativa: A cada modificação das imagens são aplicados os conceitos 
relativos ao protocolo que o irá tratar. Isso vai ocorrendo até ser criada a 
imagem que será armazenada no banco de dados. 
 
Questão 4 - B 
Justificativa: O usuário refina e organiza seus conhecimentos, generaliza e 
identifica abstrações que até aquele momento não havia percebido e daí pode 
organizar melhor o modelo conceitual que serve de base para a sua inferência. 
 
Questão 5 - C 
Justificativa: O analista de sistemas deve identificar os planos de referência e 
trabalhá-los, evitá-los direcionando a análise para criar o modelo que atenda a 
esses usuários. 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 36 
Questão 6 - E 
Justificativa: É difícil definir o valor do dado, pois decisões baseadas nesses 
dados levam a resultados com vários valores para a empresa, inclusive de 
sobrevivência dela. 
 
Questão 7 - A 
Justificativa: A declaração tem dados básicos e esses são eternos. Se não 
houvesse prazo dever-se-ia guardar esses documentos, pois poderiam ser 
pedidos a qualquer momento pela Receita Federal. 
 
Questão 8 - B 
Justificativa: Os dados são todos elaborados, portanto, de tempo de vida muito 
curto. A fotografia, a idade e o tempo de formado não tem nenhuma precisão 
se não forem usados imediatamente e estarão “velhos” no dia seguinte ao 
preenchimento da ficha. 
 
Questão 9 - E 
Justificativa: Os dados básicos são irrecuperáveis, pois são obtidos de “coisas” e 
“fatos do mundo real e após registrados eles nunca serão falsos. O custo de 
obtenção é o da realização no mundo real. As outras opções misturam 
propriedades do dado simbólico e do dado elaborado. 
 
Questão 10 - B 
Justificativa: A afirmativa está incorreta, pois os dados relacionados do relatório 
são considerados dados elaborados e devem ser obtidos no momento da 
decisão, pois têm vida curta e portanto não devem ser armazenados em 
estruturas de banco de dados 
 
 
 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 37 
 
Introdução 
Existem diversas formas para se representar o mundo simbólico. Como a 
representação é interpretada em cada plano de referência deve-se ter uma 
forma de registro que diminua as diversas interpretações. O uso de ferramentas 
matemática permite que se faça o registro com um entendimento comum. 
 
Como se observa “coisas” e “fatos” do mundo real e seus relacionamentos 
podemos utilizar a teoria dos conjuntos para esta tarefa. Existem diversas 
ferramentas gráficas para este trabalho, que se desenvolverá utilizando as 
representações propostas no UML (uma padronização de um conjunto de 
ferramentas para representação). 
 
Destaca-se que o objetivo é o tratamento matemático, não existe a 
preocupação com a forma de representar, que poderia qualquer outra, mas 
está se usando UML para seguir a padronização de ferramentas no 
desenvolvimento de sistemas. 
 
Objetivo: 
1. Identificar conjuntos do mundo real, relacionamentos e suas propriedades; 
2. Identificar particionamentos de conjuntos, subconjuntos e associações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 38 
Conteúdo 
 
Introdução 
O mundo real é complexo e para representar de forma ordenada os “objetos” e 
“fatos” do mundo real deve-se fazer isso em etapas. Como se viu no capítulo 
anterior uma das capacidades de aprendizado humano é a abstração. É a partir 
dela que se pode compreender fenômenos mais complexos. Para se fazer a 
modelagem conceitual deve se abordar o problema em níveis e para cada nível 
deve-se acrescentar informações que complete o nível anterior acrescentando-
se novas informações às já conhecidas. Assim pode-se diferenciar as 
dificuldades do mundo real e as que são introduzidas pelos tratamentos 
tecnológicos. 
 
Para tratar de maneira organizada a representação do mundo real a abordagem 
deve ser feita, no mínimo, em três níveis: conceitual, lógico e físico. 
 
 
 
FIGURA 1: Abordagem de um projeto de representação do mundo real. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 39 
Fatos e coisas 
 
Nível Conceitual 
No nível conceitual identificam e registram-se “fatos” e “coisas” do mundo real. 
Apenas os conjuntos que são importantes e o relacionamento que existe entre 
os elementos desses conjuntos. Em nenhum momento pensa-se em tecnologia. 
O Foco é o “negócio”. Normalmente procura-se identificar o conjunto “alvo”, ou 
seja, aquele que direciona todo o estudo. Por exemplo, se o mundo real é um 
estacionamento e o objetivo é o controle de vagas, o conjunto foco é o de 
vagas. 
 
Nível Lógico 
No nível lógico se introduz os conceitos necessários da tecnologia, por exemplo, 
no caso de representação de dados são as informações necessárias 
introduzidas pelos modelos de banco de dados, ou se for para transmissão às 
características de tratamento dos protocolos. 
 
Nível Físico 
No nível físico as informações necessárias à sua implementação, por exemplo, 
colocar as informações para representar os dados nas formas de impulsos 
elétricos ou qualquer outro tipo. 
 
 
Atenção 
 A figura 1 apresentada anteriormente mostra de forma ilustrativa 
como um projeto de representação do mundo real deve ser 
implementado. Deve-se identificar o recorte de trabalho, ou seja, 
o contexto, o plano de referência que vamos tratar. Se isso não 
for definido corretamente introduz-se um risco muito elevado 
para o projeto. Sobre esse recorte se faz análise, isto é, 
observação. E durante essa tarefa podem ser introduzidas 
distorções. 
 
 MODELAGEM DE DADOS 40 
É uma atividade de risco e deve ser feita com muito cuidado, por 
isto foi representada por uma linha irregular na figura. Após a 
modelagem conceitual tem-se o modelo conceitual e ele é 
entrada para as demais etapas. Na figura a mudança de fase é 
representada por setas, pois é feita a partir de regras fixas. 
 
Abordagem do projeto 
Definido o recorte devem-se identificar conjuntos no mundo real. A figura 2.2 
mostra que se identificou no mundo real um conjunto, inicialmente pensa-se 
ser uma abstração, que chamados de pessoa. No mundo simbólico será 
representado por um retângulo e as propriedades observadas nos elementos do 
conjunto são representadas junto ao retângulo. 
 
 
 
FIGURA 2: Abordagem mundo real com o mundo simbólico 
 
 
Eles constituem o modelo de imagem, ou seja, como os elementos serão 
representados. Veja que um elemento do conjunto chamado de objeto, na 
figura, por exemplo, a pessoa Sr. Joaquim tem a imagem representada na 
figura segundo o plano de referência que foi definida a imagem. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 41 
Vai-se usar na representação o diagrama de classes o principal dos diagramas 
do UML e pode ser usado para se fazer a modelagem conceitual. Os retângulos 
e propriedades serão representados segundo as definições do UML. O diagrama 
é como uma fotografia dos “objetos” e “fatos” identificados a partir do mundo 
real. É uma representação estática, e não deve ser usado para representar 
situações dinâmicas no mundo real. Existem ferramentas próprias para isso e 
não é o objetivo deste trabalho. 
 
Vamos criar o diagrama de classes a partir da observação do mundo realpara 
um determinado contexto. O foco da análise é o negócio. Imagine que você 
está no século 15 e que não existe computador – enquanto estiver fazendo a 
modelagem conceitual. Ao observar um conjunto sobre o qual temos alguns 
interesses (guardar os dados dos elementos de um conjunto, por exemplo) 
dizemos que temos uma classe. As propriedades que desejo observar 
(propriedades para a qual desejamos guardar valores) são chamado de 
atributos. 
 
Representando uma classe 
Existem várias formas gráficas para se representar uma classe, mas em UML, 
quando temos interesse em um conjunto do mundo real, desenhamos: 
 
Nome da classe ou elemento da observação 
 
Propriedades que se está interessado em observar ou atributos 
 
Exemplo: Ao se observar um conjunto de pessoas, e as informações sobre as 
quais temos interesse são: nome, endereço, telefone, CPF. 
 
Ao definir a classe conceitual define-se um modelo de representação dos 
elementos do conjunto: 
Assim os elementos (Manoel, rua do bispo, 3, 32116734, 371622571) (Jose, 
Rua Ava, 34, 3226216, 37162225881) ficam representados: 
 
 MODELAGEM DE DADOS 42 
 
 
Atenção 
 Observe que se está representando os valores que os atributos 
assumem nas representações. Neste caso se diz que a classe foi 
instanciada, ou seja, recebeu valores. Cada um dos elementos 
no mundo das representações é chamado de um objeto da 
classe. Então uma classe representa um conjunto e os elementos 
do conjunto – objetos – são representados segundo a definição 
da classe. 
Dicas 1: 
• Uma classe é a descrição de um tipo de objeto do mundo real; 
• Usam-se classes para classificar os objetos que identificamos 
no mundo real. 
 
Análise dos atributos 
Um atributo é uma propriedade observada do mundo real para um conjunto e 
um conjunto de atributos para um mesmo elemento constitui a imagem do 
elemento. Assim, cada elemento no mundo real terá uma imagem e o conjunto 
de elementos é representado por um conjunto de imagens. Uma forma fácil de 
representar o conjunto é na forma de tabela. 
 
Para o exemplo apresentado tem-se a tabela chamada de Pessoa, normalmente 
se dá o nome da classe (ou conjunto representado) à tabela, embora isso não 
seja obrigatório e as colunas da tabela são os atributos desejados, 
normalmente também se coloca o nome da propriedade como nome da 
propriedade. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 43 
 
Tabela representativa de chamada de Pessoa 
 
O conjunto de valores que uma propriedade pode assumir é chamado de 
domínio do atributo. Cada atributo tem o seu domínio de valores. Um domínio 
pode ser enumerável ou não, pode ser finito ou não. Assim o atributo sexo só 
pode assumir masculino ou feminino, é finito e enumerável. Estes domínios 
também devem ser definidos nos processos de modelagem conceitual. Há 
necessidade se identificar o elemento do mundo real a partir de sua imagem, 
ou seja, há necessidade de se ter propriedades capazes de identificar de forma 
biunívoca a imagem e o elemento no mundo real. Estas propriedades são 
chamadas de identificadoras. 
 
As propriedades chamadas de identificadoras são aquelas que atendem a uma 
propriedade, a propriedade da identidade. 
 
Propriedade da identidade 
Um atributo é identificador quando: 
 
• É de preenchimento obrigatório; 
• Se tem a garantia que não existem dois elementos com o mesmo valor para o 
atributo. 
 
Considere na imagem pessoa o atributo endereço, e no contexto é de 
preenchimento obrigatório. Analisando, este atributo atende à primeira parte da 
regra. Mas, não atende à segunda, pois não se pode garantir que não exista 
 
 MODELAGEM DE DADOS 44 
duas imagens com o mesmo valor para o atributo, portanto, o atributo não é 
identificador. 
 
Considere agora a propriedade CPF. No contexto que se está analisando é de 
preenchimento obrigatório e assim atende à primeira parte da regra. Pode-se 
garantir que não exista dois valores de CPF iguais, portanto, o atributo tem a 
característica identificadora. 
 
Veja que ao se determinar que uma propriedade seja identificadora está se 
introduzindo uma limitação no domínio do atributo, pois não se permitirá 
repetições. Pode-se ter mais de um identificador para um conjunto. Um 
identificador também é chamado de candidato a chave. Essa ação deve ser 
feita com cuidado e não se devem importar identificadores do simbólico de 
outras empresas, pois estas podem modificá-los introduzindo um risco elevado 
para a modelagem que se está realizando. Essa chave é o identificador do 
conjunto e será usada em toda a construção do modelo conceitual e se for 
substituída tornará inútil todo o modelo. O ideal é definir atributos artificiais 
cuja construção e domínio seja definido pelo analista que está fazendo o 
modelo. 
 
Entre os candidatos a chave (ou identificadores) nomeia-se um como chave, ou 
seja, um identificador para o conjunto. 
 
Relacionamentos 
Outro elemento importante, para a modelagem de classes, é o relacionamento 
entre os elementos do conjunto. O relacionamento é o mesmo conceito 
matemático estabelecido em teoria dos conjuntos. Têm-se um relacionamento 
quando se estabelece alguma “ligação” entre os conjuntos. Não é uma ligação 
física, é uma ligação definida no plano de referência, por isso não tem como se 
constatar fisicamente. É um elemento conceitual. Reflete o conhecimento a 
respeito de alguma coisa. Só existe no mundo simbólico. 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 45 
Para esclarecer analisar-se-á alguns exemplos: Você tem o conjunto dos 
homens e o conjunto das mulheres. A relação casamento normalmente associa 
um homem a uma mulher. A relação possuir associa um elemento do conjunto 
de objetos a um elemento do conjunto de pessoas. Um relacionamento é um 
estabelecimento conceitual entre elementos de um conjunto com outro que 
depende do aspecto do mundo real que se está analisando. 
 
Estabelecimento de relacionamentos 
Quando se tem um conjunto, como por exemplo, o de alunos: 
 
Se está analisando, no mundo real, como é o controle de estacionamento 
construído apenas para alunos, identificamos que o outro conjunto de interesse 
é o de veículos: 
 
Para os dois conjuntos pode-se estabelecer um relacionamento que é 
representado da seguinte forma: 
 
Pode-se escrever o relacionamento que se está estabelecendo. Observe que 
tem DOIS relacionamentos: de aluno para veículo (relacionamento: possui), e, 
de veículo para aluno (relacionamento: pertence). O nome desses 
relacionamentos não são padronizados e devem ser dados de forma a definir as 
relações. O sentido da relação é indicado por uma seta, como mostrado abaixo: 
 
 
Atenção 
 Assim, o relacionamento mostra o sentido da leitura: 
Aluno possui veículo; 
Veículo pertence a aluno. 
Dica 2: 
- Um relacionamento é um conceito: não existe fisicamente no 
mundo real; 
- Existe sempre dois relacionamentos entre conjuntos (de A para 
 
 MODELAGEM DE DADOS 46 
B e de B para A); 
- Não force a barra para colocar o mesmo nome para o dois 
relacionamentos. É perda de tempo e tira o foco da análise que 
está sendo feita; 
- Não padronize relacionamentos, eles mudam para cada novo 
mundo real que se está analisando. 
 
As quatro possibilidades de multiplicidade do conjunto A em 
relação ao conjunto B 
Existem quatro possibilidades de multiplicidade do conjunto A em relação ao 
conjunto B: 
 
Primeira: Analisando A verifica-se que de todo elemento do conjunto A sai 
uma fecha: 
 
 
 
FIGURA 3: Imagem representativa sobre relacionamentos 
 
 
 
 MODELAGEM DE DADOS 47 
Pode ser que todos os elementos

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