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Trabalho_Sondagem__SPT_01_1

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INTRODUÇÃO
A elaboração de projetos de fundações exige um conhecimento adequado do solo no local onde será executada a obra, com definição da profundidade, espessura e características de cada uma das camadas que compõem o subsolo, como também do nível da água e respectiva pressão. A obtenção de amostras ou a utilização de algum outro processo para a identificação e classificação dos solos exige a execução de ensaios de campo, ou seja, ensaios realizados no próprio local onde será realizada a obra. A determinação das propriedades do subsolo que importam ao projeto de fundações poderia ser tanto feita por ensaios de laboratório como ensaios de campo. Entretanto, na prática das construções, são realizados na grande maioria dos casos ensaios de campo, ficando a investigação laboratorial restrita a alguns poucos casos especiais em solos coesivos.
Neste trabalho abordaremos o método de ensaio STP (Standard Penetration Test).
2. ORIGEM
Em 1930, Mohr introduziu a técnica da contagem dos números de golpes necessários para a cravação de uma parte do amostrador no solo por meio de uma energia gerada pela queda livre de um martelo de massa e altura de queda padronizadas, criando-se assim, uma medida da resistência a penetração dinâmica do solo convencionando-se chamar a este ensaio e ao número de golpes resultante de SPT (Standard Penetration Test).
A sondagem de simples reconhecimento foi introduzida no Brasil em 1939, através da Seção de Solos e Fundações do Instituto de Pesquisas Tecnológicas de São Paulo (IPT), onde desenvolveu seu próprio amostrador, utilizando-o até a década de 70. Com a tendência internacional de normalização do equipamento e procedimento de ensaio este equipamento foi deixado de ser usado.
3. DESCRIÇÃO DO ENSAIO
A sondagem à percussão é um método de ensaio de campo que possibilita a retirada de amostras para análise em laboratório. Quando associada ao ensaio de penetração dinâmica (SPT), mede a resistência do solo ao longo da profundidade perfurada. Para a execução das sondagens, determina-se em planta, na área a ser investigada, a posição dos pontos a serem sondados. No caso de edificações, procura-se dispor as sondagens em posições próximas às extremidades e nos pontos de maior concentração de carga. Como regra, nunca se deve realizar apenas um furo de sondagem, pois são comuns variações de resistência e tipo de solo em áreas não necessariamente grandes. As sondagens à percussão necessitam ser, no mínimo, de uma para cada 200m² de área de projeção em planta da edificação, até 1200m².
	Vantagens
	Desvantagens
	Equipamento e procedimentos simples
	Poucos operários qualificados
	Obtém-se a amostra
	Não diferencia rocha mãe de matacão
	Baixo custo financeiro
	Suscetível a erros grosseiros por falta de manutenção do amostrador ou deficiência do técnico.
	Identifica a espessura das camadas
	Abrange uma pequena área
Tabela 1 - Vantagens e Desvantagens do Ensaio
3.1 Locação dos furos
Na locação dos furos, os mesmos devem ser marcados com a cravação de um piquete de madeira no local previsto. Este piquete deve ter gravada a identificação do furo e estar suficientemente cravado no solo, servindo de referência de nível para a execução da sondagem e posterior determinação de cota através de nivelamento topográfico. O nivelamento do piquete deve ser feito em relação a um RN fixo e bem determinado para toda a obra, mas fora da zona de influência desta (ex.: meio-fio de passeio, tampa de poço de visita de serviços públicos como água, esgoto, energia elétrica, gás, telefone, etc.). Os furos de sondagem não poderão ser distribuídos ao longo do mesmo alinhamento
3.2 Ensaio de penetração
Para se iniciar uma sondagem, monta-se sobre o terreno, na posição de cada perfuração, um cavalete chamado de tripé. Inicia-se o furo, e com auxílio de um trado cavadeira, perfura-se até 1 metro de profundidade. Acopla-se então o amostrador padrão apoiado no fundo do furo aberto com o trado cavadeira. Após a colocação do amostrador, em uma extremidade de um segmento de haste, deverá ser descido com cuidado para evitar batidas nas paredes e apoiado, suavemente, no fundo do furo. A seguir, deve-se fixar a cabeça de bater no topo das hastes e apoiar o martelo sobre esta peça, anotando-se uma eventual penetração das hastes no solo. A partir de um ponto fixo qualquer, marca-se sobre as hastes três segmentos de 15 cm cada. O peso padronizado em 65kg (Figura 1) é, então elevado manualmente a uma altura de 75 cm a partir do topo da cabeça de bater e deixado-o cair em queda livre. Esta operação deverá se repetir até que o amostrador tenha sido penetrado 45 cm no solo; durante a penetração deve ser contado o número de golpes necessários á cravação de cada 15 cm. O resultado do ensaio de penetração será expresso pelo número de golpes necessários a cravação dos 30 cm finais, sendo este número conhecido por SPT (Standard Penetration Test). Deve-se tomar o cuidado para que o revestimento esteja no mínimo 50 cm acima do fundo do furo antes do início do ensaio.
Figura 1 -Peso batente,Cruzeta de lavagem e Trado Cavadeira
3.3 Amostragem
A colheita da amostra será feita após a retirada e abertura do amostrador, com solo, acondicionadas em recipientes herméticos e de dimensões tais que permitam receber, pelo menos um cilindro de solo de 60 mm de altura, colhido intacto do interior do amostrador. Os recipientes podem ser de cilindro ou plástico com tampas plásticas.Havendo perda da amostra na operação de subida da composição das hastes, é necessário ser empregado amostrador de janela lateral para colheita de amostra representativa do solo. 
Os recipientes das amostras serão acondicionados em caixas ou sacos, com etiquetas em que constarão a designação da obra e o número da sondagem. As caixas ou sacos devem permanecer protegidos do sol e da chuva, conservadas em laboratório à disposição da construtora, por um período de 30 dias, a contar da data da apresentação do relatório.
Figura 2 - Hastes diversas e Trado helicoidal
3.4 Avaliação do nível d’água
Durante a fase de abertura a trado, o encarregado deverá ficar atento no aumento no teor de umidade do solo, indicativo da proximidade do lençol freático, devendo paralisar o serviço e fazer medidas de subida de água no furo utilizando-se de processos simples. Sempre que houver paralisação no serviço, antes do reinício é conveniente uma verificação do nível.
No caso de ocorrer pressão de artesianismo no lençol freático ou fuga de água do furo, têm de ser anotadas as profundidades das ocorrências e do tubo de revestimento. Após o encerramento da sondagem e a retirada do tubo de revestimento, decorridas 24h e estando o furo ainda aberto, será medida a posição do nível de água.
3.5 Identificação e classificação das amostras
A identificação e a classificação das amostras deverá ser feita segundo a NBR 6502/95. A identificação será feita com testes visuais e tácteis procurando definir características granulométricas, de plasticidade, presença acentuada de mica, origem orgânica ou marinha, se o solo e residual e cores predominantes e o nome dado ao solo não deverá conter mais do que duas frações conforme recomendado pela Norma, que sugere ainda as cores: branco, cinza, preto, marrom, amarelo, vermelho, roxo, azul e verde, podendo -se usar o claro e escuro, para um máximo de duas cores, e o termo variegado quando não houver duas cores predominantes.
Com o valor do SPT obtido em cada metro, os solos são classificados quanto a compacidade dos solos grossos ou consistência dos solos finos.
	Solo
	Índice de Resistência à Penetração (N)
	Designação
	Areias e Siltes Arenosos
	≤ 4
	Fofa(o)
	
	5 a 8
	Pouco compacta(o)
	
	9 a 18
	Medianamente compacta(o)
	
	19 a 40
	Compacta(o)
	
	> 40
	Muito compacta(o)
	Argilas e Siltes Argilosos
	≤ 2
	Muito mole
	
	3 a 5
	Mole
	
	6 a 10
	Média(o)
	
	11 a 19
	Rija(o)
	
	> 19
	Dura(o)
Tabela 2- Estados de Compacidade e de Consistência
3.6 Relatório
Os resultados das sondagens de simples reconhecimento precisam ser apresentados em relatórios, numerados, datados e assinados por responsável técnico pelo trabalho perante o CREA. O relatório será apresentado em formato A4 com:
Nome da construtora/cliente;
Local e natureza da obra;
Descrição sumária do método e dos equipamentos empregados na realização das sondagens;
Total perfurado, em metros;
Declaração de que foram obedecidas as Normas Técnicas Brasileiras relativas ao assunto;
Referencias aos desenhos constantes do relatório.
O resultado das sondagens é apresentado em desenhos contendo o perfil individual de cada sondagem e/ou subsolo. As sondagens serão representadas na escala vertical 1:100. Somente nos casos de sondagens profundas e em subsolos muito homogêneos poderá ser empregada escala mais reduzida.
4. CONCLUSÃO
O ensaio SPT é um ensaio executado durante uma sondagem a percussão, com o propósito de se obter índices de resistência à penetração do solo, sendo também aplicados à identificação da consistência de solos coesivos e mesmo de rochas brandas, aplicados geralmente em projetos de fundações diretas e profundas. Na sua correlação com vantagens e desvantagens podemos destacar as vantagens ultrapassam os aspectos mais desvantajosos devido à simplicidade do equipamento, baixo custo e obtenção de um valor numérico de ensaio que pode ser relacionado através de propostas não sofisticadas, mas diretas com regras empíricas de projeto.
REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6484/2001, Solo – Sondagens de simples reconhecimento com SPT – Método de Ensaio. Rio de Janeiro, 2001
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6502/1995, Rochas e Solos . Rio de Janeiro, 1995
YAZIGI, Walid,A técnica de Edificar. São Paulo. 10º Edição, PINI: SindusCon, 2009.

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