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Globalização do Capital 3

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A globalização do capital – Barry Eichengreen
Instabilidade entre as Guerras
Instabilidade do Padrão Ouro no entreguerras (panorama)
Fim da predominância industrial e comercial da Grã-Bretanha  venda de ativos no exterior durante a I Guerra;
Perda de importância da libra-esterlina;
Países europeus se tornaram devedores e passaram a depender das importações de bens de capital dos EUA;
Maior rigidez nos salários, impediam soluções contracionistas e deflacionárias  crescimento dos sindicatos, dos direitos trabalhistas e dos gastos sociais
Padrão-Ouro no entreguerras  dificuldade em absorver os impactos do comércio e das finanças;
Movimento dos capitais desestabilizadores  crise de 1929;
Não mais havia um pacto entre os países para defender a estabilidade do sistema monetário  fim da conversibilidade entre as moedas e o ouro
I Guerra Mundial
Ouro se tornou estratégico no esforço de guerra;
Introdução de controles de transações em moedas estrangeiras;
Fim das reservas levou os governos a emitirem moeda sem lastro [sem a correspondente quantia de ouro ou outra divisa estrangeira];
Reconstrução europeia se deu com apoio financeiro dos EUA, único país a manter a moeda conversível em ouro
Pós-guerra
Retomada da conversibilidade das moedas
Países que saíram da hiperinflação: Áustria, Alemanha, Hungria e Polônia;  emissão de novas moedas, lastreadas em ouro via empréstimos endossados pela Liga das Nações;
Países de menor inflação estabilizaram as taxas de câmbio  Bélgica, França, Itália;
Países com inflação controlada restauraram o padrão ouro e o câmbio frente ao dólar: Suécia, Austrália, Holanda, Suíça e a África do Sul;
Demais países  externalidades em rede 
Padrão Ouro existiu por cinco anos, durante o entreguerras: estabilização francesa de 1926 e desvalorização da libra em 1931;
Ausência de ajustes estabilizadores ocasionava fuga de ouro dos países com moeda forte [Inglaterra  libra valorizada], e atração para moedas fracas [França  franco muito desvalorizado];
Escassez de ouro no mercado mundial [retido pelos bancos centrais];
Crise de 1929
Deteriorou a situação dos países exportadores, pois não conseguiam mais divisas e sofreram fuga de capitais  fim da conversibilidade das moedas em ouro;
Os países industrializados sofreram fuga de ouro e impuseram controles cambiais;
Grã-Bretanha suspendeu a conversibilidade devido aos saques de diversos países da Europa Central, que detinham a libra como moeda de reserva;
Surgimento de três blocos a partir de 1932
Padrão ouro residual  Estados Unidos, conversibilidade do dólar em ouro, embora desvalorizado
Área da libra esterlina  países com grande comércio com a Inglaterra
Controle cambial liderado pela Alemanha  Europa central e oriental. 
Manutenção da instabilidade do sistema;
Busca da estabilidade interna e retenção dos estoques de moeda em cada país exigia a elevação das taxas de juros, prejudicando a atividade econômica;
EUA desvalorizou sua moeda, prejudicando a conversibilidade do ouro e levando outros países a desvalorizarem suas moedas  retorno de taxas de câmbio flutuantes
A reconstrução do Padrão Ouro
Inglaterra  restaura o padrão ouro em 1925, ao preço vigente no pré-guerra;
Os preços dos produtos estavam mais altos, em 1925  libra esterlina se transformou numa moeda valorizada [prejudicial às exportações];
Elevação das taxas de juros para reter os ativos [prejudicial para o consumo e a produção, que paga juros mais altos];
Déficits comerciais, saída de ouro e diminuição da atividade econômica;
Manutenção da paridade devido à importância do mercado financeiro de Londres;
Retomada do padrão ouro ;
Austrália, Nova Zelândia, Hungria;
Com moedas desvalorizadas: Itália, Bélgica, Dinamarca, Portugal e França;
1926  adoção em 39 países e praticamente concluído em 1927
O Novo Padrão Ouro
Padrão Ouro sem circulação de moedas de ouro
Aumento na quantidade de reservas monetárias em outras moedas
Padrão ouro-divisas  forma de operar o sistema financeiro internacional com escassez de ouro;
Pressupunha que todos os países fizessem o mesmo;
Dificuldade de coordenação internacional do padrão ouro-divisas;
Padrão ouro-divisas no entreguerras “evoluiu gradualmente” (97);
A partir de finais de 1920 o padrão ouro-divisas estava restabelecido
fim de restrições ao comércio e às operações financeiras ;
Estabilização das taxas de câmbio;
Retomada das compensações internacionais em ouro
Novos problemas do padrão ouro
1924 – 1929 período de crescimento econômico e demanda por dinheiro e crédito;
Demanda de ouro;
Depósitos em ouro em relação a todos os depósitos no BCs caiu de 48 para 40% entre 1913 e 1927;
Concentração de reservas de ouro dificultou a coordenação do novo padrão ouro
França absorveu o crescimento das reservas monetárias no período [franco desvalorizado gerou superávits comerciais];
Alemanha segundo país a absorver ouro  dependência dos investimentos e financiamentos estrangeiros;
EUA absorveram grandes quantidades de ouro e reverteram os superávits comerciais durante a guerra em investimentos na Europa  sem modificar seus preços e mantendo saldos comerciais;
1928  superaquecimento da economia dos EUA  elevação da taxa de juros e fim dos envios de recursos ao exterior;
Crise de 1929 impede a recuperação das demais economias mundiais [fim da demanda internacional]
Reações à Grande Depressão
Países exportadores de commodities suspenderam o padrão ouro  Argentina, Austrália, Brasil e Canadá;
Instabilidade nos países centrais;
Colapso da produção industrial;
Queda de 48% nos EUA entre 1929-32 / desemprego de 25%;
Queda de 39% na Alemanha e desemprego de 44% na indústria;
Incompatibilidade entre conversibilidade e recuperação econômica;
Diminuição das taxas de juros e expansão do crédito ocasionariam fuga de capitais [ouro] para outros países;
Manutenção da conversibilidade exigia um nível baixo de consumo e de atividade econômica;
Países mantiveram a conversibilidade até os limites possíveis
As condições internas [desemprego e queda da atividade econômica] passaram a influenciar as decisões dos países frente ao padrão ouro;
Compromisso internacional de manutenção do padrão ouro;
Condições adversas em toda a Europa impediram acordos internacionais
BCs deixam de atuar como emprestador de última instância  fim da solidariedade internacional;
Crises bancárias 
Crise bancária na Áustria em maio de 1931  governo decide salvar o sistema bancário ao invés do padrão ouro;
Crise segue para Hungria;
Crise alemã julho de 1931  bancos dependentes das indústrias  Depressão levou a fuga de capitais  BCs decreta o fim da conversibilidade  Alemanha já voltara a ser “a segunda potência industrial do mundo” (117);
Inglaterra 
fim das receitas com serviços  queda no comércio internacional
Tentativas de aumentar a taxa de juros não surtiram efeitos  aumentariam a crise econômica interna e o governo perderia apoio político  fuga de ouro  suspensão da conversibilidade em outubro de 1931
Países que abandonaram o padrão ouro [moedas desvalorizadas] suspenderam as importações;
Países do padrão ouro [moedas valorizadas] perderam sua demanda internacional  aprofundamento da depressão  fuga das moedas lastreadas em ouro;
EUA eliminam a conversibilidade em 1933 e baixam os preços;
Abandono do padrão ouro pelos outros países entre 1934 e 1936
O abandono do padrão ouro [preocupação com a conversibilidade via controle do crédito e diminuição da atividade econômica] permitiu aos países intervirem para recuperar o crescimento econômico;
Expansão do crédito;
Ampliação dos gastos do governo;
Desvinculação das receitas governamentais a aumento de tributos
Inglaterra se recupera já em 1931;
EUA em 1933;
França em 1936;
Desvalorização cambial foi um fator de recuperação da economia após a Grande Depressão
Sistema monetário internacional no entreguerras
Crescente tensão entre objetivos conflitantes de política econômica;
Estabilidade monetária e conversibilidade X políticas de estímulos à economia em nível interno;
Prioridade aos objetivos internos rompeu o caráter
estabilizador dos fluxos de capital;
Deslocamento do centro de gravidade do sistema monetário internacional para os Estados Unidos

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