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Curso de Toxicologia Ambiental - Portal Educação Módulo III

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AN02FREV001/REV 4.0 
 78 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TOXICOLOGIA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 79 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
TOXICOLOGIA AMBIENTAL 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 80 
 
 
MÓDULO III 
 
 
4 OS PRINCIPAIS GRUPOS TÓXICOS – XENOBIÓTICOS E TOXINAS 
 
 
A toxicidade representa um parâmetro no estudo das substâncias químicas 
que retrata a capacidade que essas possuem de causar toxidez, ou seja, danos ao 
ambiente e aos organismos vivos. Vários estudos têm buscado respostas para 
esses efeitos causados aos ecossistemas por esses xenobióticos. 
Os xenobióticos, agentes tóxicos ou toxicantes são substâncias químicas 
estranhas ao organismo ou sistema biológico. A maioria dessas substâncias é 
exógena e sem papel fisiológico. Muitos relacionam o conceito de xenobióticos ao de 
toxinas; porém, toxinas são substâncias tóxicas produzidas por organismos vivos, 
capazes de causar danos a outros seres. Portanto, neste estudo, serão abordados 
apenas assuntos relacionados à contaminação ambiental por xenobióticos. 
Os agentes tóxicos ou xenobióticos podem ser de vários tipos. Abaixo serão 
especificados e descritos cada um desses tipos. 
 
 
4.1 OS METAIS PESADOS 
 
 
O conceito de metal pesado tem sido bastante discutido na atualidade, já 
que engloba aspectos ambientais e toxicológicos. De acordo com relatos de diversos 
autores, dos 80 metais conhecidos, aproximadamente 30 são tóxicos ao homem. 
Muitos metais são ditos essenciais à vida, porém, são sempre requeridos em 
baixas concentrações. Quando em altas concentrações causam danos irreparáveis 
aos organismos por serem muito reativos e bioacumulativos. Dessa forma, o 
organismo não é capaz de eliminá-los de uma forma rápida e eficaz. 
Os metais pesados são definidos quimicamente como o grupo de elementos 
compreendido entre o Cobre (Cu) e o Chumbo (Pb) na tabela periódica. (Figura 13) 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 81 
 
 
FIGURA 13. TABELA PERIÓDICA ATUALIZADA (2012) 
 
 
FONTE: Disponível em: http://dicasgratisnanet.blogspot.com.br/2011/06/tabela-periodica-completa-
para-imprimir.html. Acesso 21 Ago. 2012. 
 
Esses elementos são chamados de metais pesados por apresentarem as 
seguintes propriedades: 
 Massa específica elevada; 
 Massa atômica elevada: sendo o elemento Sódio usado como 
referência, massa atômica igual a 23; 
 Número atômico elevado: sendo o elemento Cálcio (número atômico 
igual a 20), usado como referência; 
 A formação de sulfetos e hidróxidos insolúveis; 
 A formação de sais que geram soluções aquosas coloridas; 
 A formação de complexos coloridos. 
 
Os metais podem ser classificados da seguinte forma: 
 Elementos essenciais: Sódio, Potássio, Cálcio, Ferro, Zinco, Cobre, 
Níquel e Magnésio; 
 Microcontaminantes ambientais: Arsênio, Chumbo, Cádmio, Mercúrio, 
Alumínio, Titânio, Estanho e Tungstênio; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 82 
 Elementos essenciais e microcontaminantes: Cromo, Zinco, Ferro, 
Cobalto, Manganês e Níquel. 
Há metais que não existem naturalmente em nenhum organismo. Esses são 
adquiridos pelo consumo habitual de água e alimentos – como peixes contaminados. 
Exemplos desses metais são: Mercúrio, Cádmio e Chumbo. Esses agentes são 
lançados no ambiente e absorvidos pelos tecidos dos organismos, contaminando os 
ecossistemas, entrando dessa forma na cadeia alimentar. 
Quanto aos efeitos dos metais tóxicos, cada metal é conhecido pelos seus 
danos específicos ao organismo. A toxicidade dependerá da biodisponibilidade e da 
espécie química em questão. 
A biodisponibilidade é um parâmetro que mede a capacidade de 
determinado elemento químico em ser absorvido pelos seres vivos. Dessa forma, a 
acumulação de metais pesados depende da fração de elementos biodisponíveis no 
meio. A biodisponibilidade está associada também com a espécie química do 
elemento. Já a espécie de um metal representa a forma química que o elemento se 
encontra. Levando em consideração este fato, a forma mais tóxica de um metal não 
é a metálica e sim quando este se encontra como cátion ou ligado a cadeias 
carbônicas. 
O principal mecanismo de ação tóxica dos metais é a afinidade pelo 
elemento enxofre. Dessa forma, quando presentes no organismo nas suas formas 
ideais, eles reagem com os radicais sufidrilas presentes na estrutura proteica das 
enzimas, alterando assim, o metabolismo dos seres vivos. 
Como pode ser observado, o perigo está em toda parte, já que os metais 
pesados são muito usados em indústrias e estão presentes em diversos produtos. O 
desenvolvimento dos efeitos tóxicos são dependentes da dose e do tipo de 
exposição ao agente. 
Serão apresentados na tabela 11, os principais metais pesados utilizados, 
suas fontes e seus riscos à saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 83 
 
 
TABELA 11. PRINCIPAIS METAIS PESADOS UTILIZADOS PELAS INDÚSTRIAS, 
SUAS FONTES E SEUS EFEITOS NA SAÚDE 
 
FONTE: CUT-RJ. Comissão de Meio Ambiente. 
 
 
4.2 OS PRODUTOS INDUSTRIAIS 
 
 
4.2.1 Os solventes 
 
 
Os solventes são agentes químicos ou mistura líquida de agentes químicos 
com capacidade de dissolver outro material de utilização industrial. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 84 
Os solventes podem ser classificados de acordo com: 
 A constituição química; 
 As propriedades físicas; 
 O comportamento ácido-base; 
 As interações específicas, soluto solvente. 
Normalmente, os solventes possuem natureza orgânica e composições 
químicas diversas, porém apresentam propriedades comuns como: 
 São líquidos em temperatura ambiente; 
 São lipossolúveis; 
 Apresentam alta volatibilidade; 
 São inflamáveis. 
 
Os solventes estão distribuídos em categorias como: 
a) Os álcoois 
Exemplos: metanol; etanol; 
b) As cetonas 
Exemplos: Acetona; 2- butanina; 2-hexanona; cicloexanona. 
c) Os hidrocarbonetos 
 Os hidrocarbonetos alifáticos 
Exemplos: pentano; hexano; heptano; decano; 
 Os hidrocarbonetos alicíclicos 
Exemplos: cicloexano; metilcicloexano; alfa-pireno; 
 Os hidrocarbonetos aromáticos 
Exemplos: Benzeno; Tolueno; Estireno; Etilbenzeno; 
 Hidrocarbonetos halogenados 
Exemplos: Clorofórmio; Cloreto de Metileno; Tetracloreto de Carbono; 
Freons; Tetracloroetileno; 
d) Éteres 
Exemplos: 2-Metoxietanol; Etoxietanol; 
e) Ésteres 
Exemplos: Metacrilato de metila; Acetato de metila; Acetato de Etila; 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 85 
Os solventes quando inalados praticamente agridem apenas o cérebro, em 
detrimento de outras partes do corpo. Porém, um efeito bastante perigoso 
relacionado aos solventes é a capacidade que esses produtos possuem de tornar o 
coração humano mais sensível à adrenalina. Dessa forma, se uma pessoa inala o 
solvente e logo após realiza algum tipo de exercício físico, o coração dessa pessoa 
poderá sofrer danos. Seus efeitos no cérebro vão desde a excitação, depressão 
profunda, até lesões irreversíveis, comoa morte dos neurônios, acarretando déficit 
de memória e dificuldade de concentração. 
 
 
4.2.2 Os defensivos agrícolas 
 
 
Com o crescimento populacional e consequentemente o desenvolvimento da 
agricultura, a utilização de defensivos agrícolas (os agrotóxicos) passou a ser uma 
atividade constante nos campos de produção em todo o mundo. São substâncias 
utilizadas no controle de pragas como: fungicidas (utilizados no controle de fungos); 
bactericidas-fumigantes (utilizados no controle de bactérias); acaricidas (utilizados 
no controle de ácaros); herbicidas (utilizados no controle de plantas invasoras); 
inseticidas (utilizados no controle de insetos) e nematicidas (utilizados no controle de 
nematoides). 
Os agrotóxicos são classificados de acordo com a toxicidade nas categorias 
descritas na tabela 12. 
 
 
TABELA 12. CLASSIFICAÇÃO DOS DEFENSIVOS AGRÍCOLAS DE ACORDO 
COM OS EFEITOS À SAUDE HUMANA 
 
 
FONTE: Peres 1999. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 86 
 
São vários os impactos causados ao ambiente pela utilização indiscriminada 
de agrotóxicos como: 
 
 Contaminação dos alimentos; 
 Poluição dos rios; 
 Erosão dos solos e desertificação; 
 Lixiviação dos solos; 
 
Já os efeitos para a saúde humana são diversos e podem ser vistos na 
tabela 13. 
 
 
TABELA 13. EFEITOS DA EXPOSIÇÃO AOS AGROTÓXICOS 
Classificação Grupo Químico Intoxicação aguda Intoxicação crônica 
 
 
 
 
 
Inseticidas 
Organofosforados 
e carbamatos 
Fraqueza 
Cólica abdominal 
Vômito 
Espasmos musculares 
Convulsão 
 
Efeitos neurológicos 
retardados 
Alterações 
cromossomais 
Dermatites de contato 
Organoclorados Náusea 
Vômito 
Contrações 
musculares 
Arritmias cardíacas 
Lesões renais 
Neuropatias periféricas 
Piretroides Irritação das Alergias 
 sintéticos conjuntivas 
Espirros 
Excitação 
Convulsão 
Asma brônquica 
Irritação das mucosas 
Hipersensibilidade 
 
 
 
Fungicidas 
Ditiocarbamatos Tonteira 
Vômito 
Tremores musculares 
Dor de cabeça 
Alergias respiratórias 
Dermatites 
Doença de Parkinson 
Cânceres 
Fentalamidas - Teratogênese 
Dinitrofenóis e Dificuldade Cânceres 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 87 
pentaclorofenol respiratória 
Hipertemia 
Convulsão 
Cloroacnes 
 
 
 
Herbicidas 
Fenoxiacéticos Perda de apetite 
Enjoo 
Vômito 
Fasciculação 
muscular 
Indução da produção 
de enzimas hepáticas 
Cânceres 
Teratogênese 
Dipiridilos Sangramento nasal 
Fraqueza 
Desmaio 
Conjutivites 
Lesões hepáticas 
Dermatites de contato 
Fibrose pulmonar 
FONTE: Peres 1999. 
 
 
4.2.3 Petróleo e seus derivados 
 
 
Literalmente, a palavra petróleo significa óleo de pedra, por ser extraído de 
rochas denominadas de Rocha Reservatório. O petróleo é formado a partir da 
decomposição da matéria orgânica depositada no fundo de mares e lagos quando 
submetidos a altas pressões. 
O petróleo é constituído de uma mistura de hidrocarbonetos, compostos 
oxigenados, nitrogenados, sulfurados e metais pesados. Porém, a maior fração é 
dada aos hidrocarbonetos (Tabela 14). 
 
 
TABELA 14. COMPOSIÇÃO ELEMENTAR DO PETRÓLEO 
 
Elemento Químico % em peso 
Hidrogênio 11 a 14 
Carbono 83 a 87 
Enxofre 0,06 a 8 
Nitrogênio 0,11 a 1,7 
Oxigênio 0,1 a 2 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 88 
Metais Até 0,3 
FONTE: Thomas (2004). 
 
 
O petróleo apresenta em sua constituição as chamadas impurezas, 
representadas pelo enxofre, os metais e o oxigênio. 
O mundo atual está cada vez mais dependente do petróleo e dos seus 
derivados (Figura 14), o que acarreta derramamentos acidentais em seu manuseio, 
transporte e uso. Esse fato leva a contaminações em rios, solos e lençóis freáticos. 
 
 
FIGURA 14. DERIVADOS DO PETRÓLEO APÓS REFINO 
 
 
 
 
A contaminação dos ecossistemas por petróleo e seus derivados é 
responsável por inúmeros danos ao ambiente e à saúde humana. Alguns efeitos são 
descritos abaixo: 
 
Tabela 15. Efeitos na saúde humana dos contaminantes derivados do petróleo 
Produto Efeitos na saúde humana 
 
Gasolina e querosene 
Depressor do Sistema Nervoso Central 
Irritação nos olhos, na pele e no sistema 
respiratório 
Metanol Intoxicação 
Benzeno Intoxicação 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 89 
 
Tolueno 
Depressor do Sistema Nervoso Central 
Confusão mental 
Fadiga 
Irritação respiratória e ocular 
Intoxicação 
FONTE: Organização Mundial da Saúde (OMS). 
 
 
4.3 AS DIOXINAS E OS FURANOS 
 
 
Os dibenzo-p-dioxinas policlorados (PCDDs) e dibenzofuranos policlorados 
(PCDFs) representam as classes químicas conhecidas respectivamente por dioxinas 
e furanos. 
As dioxinas são compostos policlorados cujo núcleo é formado por dois 
anéis de benzeno ligados por dois átomos de oxigênio que formam um terceiro anel 
central. Já os furanos apresentam como estrutura básica dois anéis aromáticos 
unidos por um átomo de oxigênio com diferentes graus de substituição por átomos 
de cloro. Os furanos têm suas toxicidades determinadas pelo grau de cloração dos 
anéis e a posição dos átomos de cloro. São estruturas bastante semelhantes, como 
pode ser observado na figura 15. 
 
 
FIGURA 15. ESTRUTURAS DAS DIOXINAS (A) E FURANOS (B) 
(A) (B) 
 
 
FONTE: Arquivo pessoal do autor 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 90 
O grau de toxicidade aumenta de acordo com o número de substituintes de 
cloro. Quanto mais substituintes, mais tóxicos serão os compostos. 
Muitos processos industriais, que utilizam o cloro, lançam esses compostos 
no ambiente. Algumas fontes desses compostos serão citadas abaixo: 
 
 Indústrias de agrotóxicos; 
 Geração de energia por meio da combustão, principalmente de carvão 
e gás natural; 
 Combustão de lixo doméstico contendo carvão; 
 Fundição, refino e processamento de metais; 
 Indústria de papel e celulose; 
 Fábrica de tintas; 
 Fornos de cimento e carvão; 
 Refinarias de petróleo; 
 Incineradores de lixo hospitalar; 
 Combustão de pneus; 
 Fumaça de cigarro; 
 Crematórios; 
 Usinas de asfalto; 
 Fábricas de velas. 
 
Os organismos são contaminados por esses compostos pelas várias vias de 
exposição e os principais efeitos tóxicos são: 
 Imunossupressão; 
 Vômitos; 
 Alterações na diferenciação dos linfócitos T; 
 Problemas cognitivos e de desenvolvimento psicomotor; 
 Neurotoxicidade; 
 Endometriose e problemas de reprodução; 
 Perda de peso; 
 Alteração do metabolismo das gorduras e da glicose; 
 Atrofia testicular; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 91 
 Diabetes; 
 Síndrome do desgaste etc. 
 
 
4.4 A RADIOATIVIDADE 
 
 
Um elemento radioativo é aquele capaz de emitir radiação, ou seja, capaz de 
emitir e propagar energia de um ponto a outro. Há vários tipos de radiação, porém, 
os mais conhecidos são: as radiações alfa, beta e gama. 
As pessoas costumam associar a radiação a algo perigoso, porém, o que 
muitas dessas pessoas não sabem é que estamos constantemente expostos à 
radiação. 
Quando falamos de contaminação radioativa, estamos falando de um 
aumento desse índice normal de radiação, seja pela atividade humana ou dela 
decorrentes como: 
 Extração e processamento de materiais radioativos; 
 Produção, armazenamento e transporte de combustível nuclear; 
 Produção, uso e testes de armas nucleares; 
 Operação de reatores nucleares; 
 Uso de materiais radioativos namedicina, indústria e na pesquisa. 
 
A letalidade da radiação depende da intensidade da exposição e da natureza 
da radiação. A contaminação por elementos radioativos tem vários efeitos na saúde 
humana, como: 
 
 Mutações genéticas; 
 Cânceres; 
 Necroses; 
 Alterações no metabolismo; 
 Alterações neurológicas. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 92 
 
 
5 FASES TOXODINÂMICA E TOXOCINÉTICA 
 
 
5.1 CLASSIFICAÇÃO DOS EFEITOS TÓXICOS 
 
 
Após interagirem no organismo, os agentes tóxicos são capazes de 
acarretarem inúmeros efeitos. A intensidade desses efeitos vai depender de 
algumas características como: 
 A dose (representa a quantidade de substância química que penetrou no 
organismo); 
 O tipo de substância penetrante (sua toxicidade e natureza); 
 A frequência e o tempo de duração da exposição ao agente tóxico; 
 A via de entrada do agente tóxico no organismo; 
 As características individuais da pessoa exposta ao agente tóxico: 
- Idade; 
- Sexo; 
- Estado de saúde; 
- Metabolismo; 
- Peso, índice de massa corporal; 
- Informação genética, etc. 
 Existência de interações químicas, que são capazes de acentuar ou atenuar 
os efeitos dos agentes tóxicos. 
Os efeitos tóxicos podem ser classificados de acordo com várias 
propriedades. As mais importantes estão descritas abaixo: 
a) Classificação de acordo com o tempo de manifestação 
De acordo com o tempo de manifestação dos efeitos, eles podem ser 
classificados em: 
 Efeito agudo: os efeitos são manifestados rapidamente após a exposição ao 
agente tóxico; 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 93 
 Efeito crônico: os efeitos são manifestados em um maior período de tempo 
após a exposição ao agente tóxico; 
 Efeito crônico retardado: os efeitos crônicos retardados apresentam um 
período de latência. 
b) Classificação de acordo com a abrangência de atuação 
Quanto à abrangência de atuação os efeitos dos agentes tóxicos são 
classificados em: 
 Efeito local: ocorre no local onde houve o primeiro contato do agente tóxico 
no organismo; 
 Efeito sistêmico: é necessária a distribuição até atingir o órgão-alvo, diferente 
do local de penetração. 
c) Classificação de acordo com a reversibilidade 
Os efeitos tóxicos podem ser classificados quanto à reversibilidade do tecido 
afetado em: 
 Efeito reversível: o órgão afetado tem a capacidade de regeneração, 
causando um dano reversível; 
 Efeito irreversível: o órgão afetado não possui a capacidade de regeneração, 
causando um dano irreversível. 
d) Classificação de acordo com a interação dos agentes tóxicos 
Quanto à interação dos agentes tóxicos, os efeitos podem ser classificados 
em: 
 Efeito aditivo: o efeito final da combinação é igual a soma dos efeitos 
individuais dos dois agentes tóxicos. 
 Efeito sinérgico: o efeito final da combinação é maior que a soma dos efeitos 
individuais dos dois agentes tóxicos. 
 Efeito de potenciação: ocorre quando um agente tóxico que não possui ação 
sobre determinado órgão, aumenta a ação de outro agente tóxico neste 
mesmo órgão. 
 Efeito antagonista: o efeito antagonista ocorre quando os agentes tóxicos 
interferem na ação um do outro, diminuindo o efeito final. 
 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 94 
 
 
5.2 VIAS DE ENTRADA DOS PRODUTOS TÓXICOS 
 
 
Para que um agente tóxico seja capaz de produzir danos aos organismos, 
são necessários vários fatores agindo em conjunto, ou seja, é necessário que haja 
uma interação entre eles. Esses fatores são: 
 O tempo de exposição 
Um dos fatores mais importante está relacionado ao tempo de duração da 
exposição dos organismos ao agente tóxico. De acordo com relatos na literatura, 
quanto maior a duração da exposição a certo agente tóxico, maior a probabilidade 
deste organismo a sofrer algum tipo de dano. 
 A concentração da substância 
Outro fator de grande importância e que influencia na ocorrência de danos à 
saúde é a concentração do agente tóxico. Dessa forma, quanto maiores às 
concentrações a que os organismos estão submetidos, maiores serão as 
probabilidades de ocorrerem danos à saúde. 
 O tipo de substância 
Um fator que influencia também na intensidade dos danos causados à saúde 
é o tipo de substância que o organismo está exposto. Há substâncias que 
apresentam um grau de toxicidade maior quando comparadas a outras. 
 A forma que a substância tóxica se encontra 
A forma como a substância tóxica se encontra no ambiente também é de 
grande importância. Esse fato vai facilitar a penetração no organismo e 
consequentemente a ocorrência de danos à saúde. 
 A capacidade de absorção dos organismos 
A capacidade de absorção dos organismos reflete a eficiência de 
determinada substância tóxica em causar danos à saúde. Há substâncias que só 
são capazes de penetrar no organismo pela pele ou por inalação. A eficiência 
dessas substâncias vai depender da capacidade de absorção dos organismos. A 
absorção é a passagem de uma substância do local de contato, no organismo, para 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 95 
a corrente sanguínea. Nessa passagem, os agentes tóxicos atravessam várias 
barreiras, que são as membranas biológicas. 
Como já foi colocada anteriormente, a penetração dos agentes tóxicos no 
organismo pode ocorrer por três formas: pela inalação, pela ingestão e pelo contato 
com a pele. Falaremos agora sobre cada uma dessas vias de exposição das 
substâncias tóxicas. 
 
a) Via de exposição por inalação 
As substâncias tóxicas que se encontram na forma de gases, poeiras, 
vapores, fumaças, fibras, etc., são capazes de penetrar nos organismos por meio da 
inalação, tanto pelas vias aéreas superiores quanto pelos alvéolos. 
O sistema respiratório é constituído pelas vias aéreas superiores e os 
pulmões (Figura 16). 
 
 
FIGURA 16. SISTEMA RESPIRATÓRIO HUMANO 
 
FONTE: Disponível em: http://www.infoescola.com/sistema-respiratorio/. Acesso 21 Ago. 2012. 
 
 
O caminho percorrido pelas substâncias tóxicas pelo sistema respiratório vai 
depender da reação do organismo a esses agentes. Muitas vezes, as substâncias 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 96 
tóxicas se agrupam em partículas e dependendo do tamanho dessas, nem chegam 
a percorrer todos os compartimentos respiratórios. 
As substâncias ao serem absorvidas pelas mucosas nasais, não chegam a 
atingir os pulmões. Essa capacidade de absorção pelas vias superiores está ligada a 
hidrossolubilidade da substância. Quanto maior a sua solubilidade em água maior 
será a sua capacidade de ser retida no local. Portanto, a constante umidade das 
mucosas nasais quase sempre pode ser considerada como uma proteção natural do 
organismo. Porém, podem ocorrer reações locais com o auxílio da água, gerando 
compostos tóxicos ao organismo, causando irritações nas mucosas e 
consequentemente aos alvéolos pulmonares. Portanto, a umidade não é um sistema 
protetor livre de falhas. 
Dessa forma, ou a substância fica retida nas mucosas nasais ou elas 
chegam aos pulmões, especificamente nos alvéolos pulmonares, de onde alcançam 
a corrente sanguínea. Nesse caso, podem ocorrer danos aos pulmões e a 
distribuição da substância tóxica para diversos outros órgãos. 
 
b) Pela ingestão 
Uma vez no trato gastrintestinal, um agente tóxico poderá sofrer absorção 
desde a boca até o reto, geralmente pelo processo de difusão passiva. Poucas 
substâncias sofrem a absorção na mucosa oral, pois o tempo de contato é pequeno 
nesse local. 
A absorção via trato gastrintestinal ocorre devido a vários processos, que 
serão citados abaixo: 
 
 Endocitose 
O processo de endocitose é típicode organismos unicelulares. É a forma 
pelo qual esses organismos realizam sua nutrição. Porém, nos chamados seres 
multicelulares ou pluricelulares, este processo também pode ocorrer, porém, como 
estratégia de defesa contra agentes estranhos ao organismo. A endocitose é 
dividida em dois tipos: a pinocitose e a fagocitose (Figura 17). 
 Pinocitose 
É o processo pelo qual determinadas células englobam líquidos pela 
invaginação das suas membranas plasmáticas, formando canais por onde esses 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 97 
líquidos escoam. Ao fecharem esses canais dá-se origem ao pinossomo, uma 
espécie de bolsa membranosa. 
 Fagocitose 
É um processo semelhante ao de pinocitose, porém as células englobam 
líquidos pela invaginação das suas membranas plasmáticas, formando pseudópodes 
– formando o fagossomo. 
 
 
FIGURA 17. PROCESSOS DE FAGOCITOSE E PINOCITOSE 
 
 
FONTE: Disponível em: http://www.biologia.blogger.com.br/. Acesso em: 21 Ago. 2012. 
 
 
Em razão à formação do pinossomo e fagossomo, pelo processo de 
endocitose, as substâncias nocivas ao organismo podem ser eliminadas de dentro 
das células. Após a formação dessas estruturas, elas se aderem à membrana 
plasmática e sofrem exocitose, que é o processo de eliminação para o meio externo 
(Figura 18). 
 
 
 
 
 
 
 
 
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FIGURA 18. PROCESSO DE ENDOCITOSE EXOCITOSE 
 
 
FONTE: Disponível em: http://www.biologia.blogger.com.br/. Acesso em: 21 Ago. 2012. 
 
 
 Transporte passivo 
O transporte passivo é aquele que ocorre sem o gasto de energia. Pode ser 
por difusão ou por difusão facilitada. 
 Difusão 
A difusão é o processo pelo qual as substâncias passam de um local onde 
elas estão em maior quantidade para outro onde elas estão em menor quantidade. 
 Difusão facilitada 
O transporte facilitado ocorre quando a substância atravessa a membrana 
ligando-se a uma molécula que facilite a sua passagem. 
 Transporte ativo 
 
 
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 99 
Transporte ativo é caracterizado pela passagem da substância pela 
membrana por meio da ocorrência de gasto energético. 
Algumas propriedades interferem na absorção da substância nociva pelo 
trato gastrintestinal. As principais são: 
 Tamanho e peso molecular da substância 
Quanto maior o tamanho e peso molecular de uma substância tóxica mais 
difícil será sua absorção e distribuição pelo organismo. 
 Ionização da substância 
Esta propriedade está relacionada ao pH do meio de absorção. Quando a 
substância encontra-se ionizada no meio de absorção ela dificilmente é absorvida. 
Quando se encontra não ionizada ela é facilmente absorvida pela membrana. 
 Solubilidade da substância no meio de absorção 
A substância tóxica para circular pelo organismo deve ter um equilíbrio entre 
hidrossolubilidade e lipossolubilidade, podendo assim atravessar a membrana e 
solubilizar-se na corrente sanguínea. 
Outros fatores relacionados ao indivíduo também podem influenciar na 
absorção das substâncias nocivas como: o estado de plenitude gástrica do 
indivíduo; o tempo de permanência da substância nos diferentes compartimentos do 
trato gastrintestinal; a idade do indivíduo, dentre outras. 
 
c) Pelo contato com a pele 
A pele é um órgão formado por múltiplas camadas de tecidos e contribui 
com cerca de 10% para o peso corpóreo. No estado íntegro, a pele constitui uma 
barreira efetiva contra a penetração de substâncias químicas exógenas. No entanto, 
algumas substâncias podem sofrer absorção cutânea. 
As substâncias químicas podem ser absorvidas, principalmente, pelas 
células epidérmicas ou folículos pilosos. 
Diferentes fatores podem influenciar na absorção de uma substância: 
 Fatores ligados ao organismo: a superfície corpórea; volume total de água 
corpórea; abrasão da pele; fluxo sanguíneo pela pele; queimaduras químicas 
ou térmicas; e pilosidade; 
 Fatores ligados ao agente químico: volatilidade e viscosidade; grau de 
ionização; e tamanho molecular; 
 
 
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 100 
 Fatores ligados à presença de outras substâncias na pele: Vasoconstritores; 
veículos; água; agentes tenso-ativos; e solventes orgânicos. 
 Fatores ligados às condições de trabalho: tempo de exposição; temperatura 
do local de trabalho; o sexo do indivíduo, etc. 
 
 
5.3 BIOMONITORAMENTO 
 
 
O biomonitoramento é um processo bastante utilizado na atualidade e 
consiste na utilização de seres vivos, parte de seres vivos ou comunidade de seres 
vivos, como ferramenta para mensurar a qualidade ambiental, baseando nas 
respostas dessas às alterações do ambiente. É um método que tem se mostrado 
eficiente, porém deve ser usado apenas como fonte de informações adicionais aos 
métodos tradicionais de avaliação. 
O biomonitoramento é, portanto, uma técnica de observação contínua de 
determinada área com auxílio de bioindicadores, que neste caso, são chamados de 
biomonitores. 
De acordo com estudos realizados, há três situações que levam à realização 
de um biomonitoramento: 
 A ameaça verdadeira a determinada espécie nativa; 
 Quando há o consumo humano de organismos potencialmente contaminados; 
 Quando há o interesse em se conhecer a qualidade do ambiente em questão. 
O biomonitoramento é classificado em passivo ou ativo. No 
biomonitoramento passivo são utilizados biomonitores já existentes no local a ser 
avaliado; já no biomonitoramento ativo, os biomonitores são introduzidos em 
condições controladas. Dessa forma, o biomonitoramento é uma ferramenta usada 
em uma escala de tempo e espaço bem definidos. 
O biomonitoramento apresenta algumas vantagens quando comparado aos 
métodos de monitoramento convencionais, como as descritas a seguir: 
 Permite a avaliação de riscos impostos por poluentes em ecossistemas; 
 Permite detectar níveis crônicos ou agudos de contaminação do ar; 
 
 
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 101 
 Integra fatores endógenos os organismos que podem influenciar a resposta à 
poluição; 
 Integra fatores externos demonstrando efeitos sinérgicos e aditivos; 
 Amplia a área monitorada, pelo seu menor custo; 
 Apresenta diferentes sensibilidades e taxas de recuperação (avaliação de 
degradação e recuperação ambiental); 
 Capacidade de concentrar e armazenar substâncias em seus tecidos, as 
quais muitas vezes não são detectadas por meios químicos. 
 Não utilização de energia elétrica para a exposição; 
 Os organismos usados nos estudos, os chamados biomonitores, apresentam 
uma relação intrínseca com o ambiente; 
 
As espécies usadas no biomonitoramento, as biomonitoras, são 
classificadas de acordo com suas capacidades, em: 
 Espécies biomonitoras sentinelas: são utilizadas apenas para indicação; 
 Espécies biomonitoras detectoras: ocorrem naturalmente no local e 
respondem ao estresse de forma capaz de ser medida. 
 Espécies biomonitoras exploradoras: são espécies que reagem positivamente 
ao distúrbio ou agente estressor no ambiente. 
 Espécies biomonitoras acumuladoras: são espécies capazes de acumular as 
substâncias nocivas, permitindo a análise da bioacumulação. 
 Espécies biomonitoras bioensaios: são espécies usadas nas 
experimentações laboratoriais. 
 
A partir da identificação do tipo e do nível das alterações sofridas pelas 
espécies e do comportamento delas frente ao agente agressor, é possível construir 
uma metodologia de biomonitoramento em cada situação ambiental específica. 
Diante do exposto, veremos agora as principais aplicações do 
biomonitoramento: 
 
 
 
 
 
 
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 102 
 
 
 Biomonitoramento da qualidadeda água 
O biomonitoramento do ambiente aquático é indicado na detecção do nível 
de comprometimento da vida aquática e também na avaliação do nível de 
degradação ambiental. 
O nível de substâncias nocivas no ambiente aquático vem aumentando de 
uma forma assustadora nas últimas décadas devido às atividades humanas, 
acarretando na redução da qualidade do ecossistema. São várias as fontes 
emissoras de poluição ao sistema aquático, como: a descarga de lixos tóxicos 
industriais, os derrames acidentais de lixos químicos, o lançamento de esgoto 
doméstico, os processos de drenagem agrícola, o derrame acidental de compostos 
da indústria petroquímica, a contaminação por metais pesados, agrotóxicos e vários 
outros agentes tóxicos. 
Várias espécies têm sido utilizadas no biomonitoramento do ambiente 
aquático, porém os macroinvertebrados bentônicos (anelídeos, moluscos, 
crustáceos e insetos) estão sendo largamente utilizados por apresentarem diversas 
características favoráveis aos estudos de avaliação da sanidade ambiental aquática. 
Dentre as características mais importantes estão as seguintes: 
 Apresentam o ciclo de vida longo, podendo viver semanas, meses ou 
anos; 
 São organismos grandes; 
 São organismos sésseis ou de pouca mobilidade; 
 São de fácil amostragem; 
 Baixos custos; 
 Elevada diversidade taxônomica e de fácil identificação; 
 São organismos sensíveis a diferentes concentrações de poluentes no 
meio. 
 
De acordo com vários estudos já realizados, existem espécies de 
macroinvertebrados bentônicos que são tolerantes à poluição e outras que são 
intolerantes. 
Exemplos: 
 
 
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 Tolerantes: família Chironomidae (Diptera). 
 Intolerantes: ordens de insetos (Ephemeroptera, Trichoptera e 
Plecoptera). 
 
As tolerantes são espécies com grande capacidade de adaptação às novas 
condições do ambiente. São largamente encontradas em locais eutrofizados, já que 
desenvolveram mecanismos para viverem em locais pobres em oxigênio dissolvido. 
 A eutrofização 
A eutrofização é um fenômeno decorrente da poluição das águas com 
esgoto doméstico, fertilizantes, caracterizando no aumento da concentração de 
minerais (nitratos e fosfatos, principalmente). Essa maior concentração faz com que 
haja a proliferação de algas microscópicas que passam a localizarem-se nas 
superfícies dos corpos aquáticos, impedindo a realização da fotossíntese pelos 
organismos presentes nas camadas mais profundas. 
Assim, há uma diminuição da concentração de oxigênio e a proliferação de 
bactérias decompositoras. A falta de oxigênio gera a mortandade das espécies e a 
decomposição passa a ser anaeróbica causando a liberação de gases tóxicos, como 
o sulfúrico, que causa o cheiro forte típico do fenômeno (Figura 19). 
 
 
FIGURA 19. FENÔMENO DA EUTROFIZAÇÃO 
 
FONTE: Disponível em: http://www.infoescola.com/ecologia/eutrofizacao/. Acesso em: 21 Ago. 2012. 
 
 
 
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 104 
Além da utilização da fauna, o fitoplâncton também é uma ferramenta 
utilizada no biomonitoramento. Outras espécies utilizadas são as macrófitas 
aquáticas, por apresentarem uma excelente capacidade de bioacumulação. Há 
exemplos de estudos em que foram utilizados peixes, porém, as espécies citadas 
anteriormente são as mais utilizadas. 
 
Abaixo serão apenas citados exemplos de biomonitoramento aquático. 
 
 
 
 
 
Neste estudo foram utilizadas populações de tilápias (peixes) no 
biomonitoramento da Lagoa Grande, em Patos de Minas – MG. A hipótese do 
estudo era que a respectiva lagoa estaria sendo contaminada pela lavagem de filtros 
da Companhia de água e Esgoto da cidade, bem como pelo recebimento de água de 
outras nascentes. Escolheram as tilápias por serem espécies altamente sensíveis às 
adversidades ambientais e serem de fácil manipulação em laboratório. De acordo 
com os resultados obtidos, os peixes realmente estavam expostos a agentes tóxicos 
com elevado potencial genotóxico. 
 
 
 
 
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Neste estudo foram utilizadas diversas espécies de macroinvertebrados 
bentonicosmno biomonitoramento do Reservatório Ituparanga. Com os resultados foi 
possível concluir que a bacia encontra-se em um estado aceitável, apesar de 
algumas evidências de contaminação. 
 
 
 
Neste estudo também foram utilizados macroinvertebrados bentônicos no 
biomonitoramento da Bacia dos Sinos. Foram obtidos diversos índices de 
diversidade e encontraram uma forte correlação entre esses índices e a qualidade 
da água e o grau de degradação ambiental. Confirmando, assim, que os 
macroinvertebrados bentônicos são excelentes espécies bioindicadoras da 
qualidade ambiental. 
 
 
 
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Neste trabalho foram utilizados peixes no biomonitoramento para elucidar a 
extensão da poluição causada por efluentes de um curtume, ricos em cromo e 
chumbo, descartados em ambiente aquático localizado em Guarapuava – PR, Brasil. 
Após os resultados obtidos, verificaram a ampla extensão da poluição com os 
metais. 
 
 
 Biomonitoramento da qualidade do ar 
 O biomonitoramento do ar objetiva mensurar os danos causados aos seres 
vivos pela poluição atmosférica. 
 Várias espécies são utilizadas no biomonitoramento atmosférico, porém as 
mais utilizadas são as plantas. Essas foram divididas em dois grupos: 
 Plantas de acúmulo: são plantas que apresentam a capacidade de 
bioacumulação, ou seja, a acumulação em seus tecidos das substâncias 
nocivas. 
 Plantas de alteração: são plantas que apresentam mutações genéticas em 
sua formação. 
 As principais espécies de plantas utilizadas nos estudos de biomonitoramento 
da qualidade do ar são: 
 O tabaco - Nicotina tabacum 
 O choupo - Populus nigra 
 A Trandescatia - híbrido entre Trandescatia subicaulis e T. hirsutifolia 
 As gramíneas - Lolium multiflorum 
 A couve - Brassica oleracea 
 
 
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 107 
Os principais agentes tóxicos biomonitorados por essas espécies são: o 
ozônio troposférico (O3); o dióxido de carbono (CO2); o dióxido de enxofre (SO2); 
metais pesados; hidrocarbonetos aromáticos; compostos halogenados e NO2. 
Daremos alguns exemplos de biomonitoramento da qualidade do ar: 
 
 
 
 
Foram realizadas pesquisas com a briófita Sphagnum sp. para avaliar a 
presença de metais e elementos tóxicos presentes no ar. Foram analisados os 
teores de metais no ar e comparados aos teores obtidos nas amostras de regiões 
mais próximas e mais distantes das principais indústrias metalúrgicas da região. Foi 
possível assim comprovar a eficiência da bioacumulação de metais pelas amostras 
de briófitas, podendo utilizá-las em um biomonitoramento extensivo da poluição 
atmosférica em regiões industriais. 
 
 
 
Neste estudo, foi utilizado o tabaco (Nicotiana tabacum L.) para o 
biomonitoramento da poluição atmosférica no município de Uruguaiana, RS. 
O tabaco é um bioindicador do ozônio. O ozônio troposférico é altamente 
tóxico, mesmo em baixas concentrações. As folhas de tabaco foram analisadas 
visualmente quanto à presença de necroses foliares, padrão de crescimento e teor 
 
 
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 108 
de clorofila. Esses sintomas são resultantes da interação do ozônio com alguns 
componentes da célula do tecido foliar; colapso da célula e água concentrada na 
vizinhança da interação; branqueamento da clorofila dentro da célula injuriada e 
colapso da estrutura foliar em torno da célula danificada. 
 
 
5.4 TESTES DE TOXICIDADE EM OGANISMOS AQUÁTICOS 
 
 
Os testes de toxicidade são realizados paracomplementar as análises físico-
químicas. São estabelecidos, a partir desses testes, padrões de emissão visando a 
identificação de problemas de poluição aquática, bem como o gerenciamento de 
planos de controle e monitoramento dos ecossistemas. 
O teste de toxicidade é uma ferramenta utilizada para avaliar os danos 
causados aos organismos aquáticos. Para isso, são utilizados organismos 
representativos do ecossistema aquático e estes são submetidos a diferentes 
concentrações de um ou mais agentes nocivos, por um período de tempo 
predeterminado. 
Nos testes de toxicidade são utilizados vários representantes da cadeia 
alimentar da biota aquática como forma de garantir os resultados. 
Os testes de toxicidade são classificados de acordo com diversos critérios. 
Os mais importantes são: 
 
 Classificação de acordo com a intensidade do efeito 
 
 Testes de toxicidade aguda 
A toxicidade aguda é a resposta severa e rápida dos organismos aquáticos a 
um estímulo que pode se manifestar em um período de até 96 horas. É responsável 
por provocar quase sempre a letalidade. 
O objetivo do teste de toxicidade aguda é determinar a Concentração Letal 
Média (CL50), a que metade dos indivíduos morre depois de determinado tempo de 
exposição ao agente tóxico. 
 
 
 
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 109 
 Testes de toxicidade crônica 
Os testes de toxicidade crônica dependem diretamente dos resultados dos 
testes de toxicidade aguda, uma vez que as concentrações subletais são calculadas 
a partir da CL50. O efeito crônico é definido como sendo a resposta a um estímulo 
que continua por um longo tempo. 
No ambiente aquático, observam-se os efeitos crônicos, quando os efluentes 
industriais “tratados“ são lançados continuamente nos corpos receptores. Dessa 
forma, os organismos se expõem a baixas concentrações de determinados 
poluentes durante longos períodos de tempo, ocasionando efeitos crônicos a níveis 
subletais e até mesmo letais ao longo do tempo. 
 
 Classificação de acordo com a duração 
 Curta duração; 
 Duração intermediária; 
 Longa duração. 
 
 Classificação de acordo com o método de adicionar a solução teste 
 
 Sistema estático; 
 Sistema semiestático; 
 Fluxo contínuo. 
 
 Classificação de acordo com o propósito 
 
 As condições ambientais do meio ambiente para a vida aquática; 
 Variáveis ambientais favoráveis ou não favoráveis tais como oxigênio 
dissolvido (OD), potencial hidrogênionico (pH), temperatura, salinidade ou turbidez; 
 Efeitos das variáveis ambientais em presença de resíduos tóxicos; 
 A toxicidade de resíduos a determinadas espécies; 
 A sensibilidade relativa de organismos aquáticos a um efluente ou a um 
composto e/ou substância tóxica; 
 Tipo e extensão que um tratamento de resíduos necessita para 
alcançar os limites ou requerimentos do controle de poluição aquática; 
 
 
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 110 
 Eficácia de métodos de tratamento de resíduos; 
 Estimar o descarte permissivo de resíduos; 
 Compilação dos parâmetros para a qualidade de águas e padrões de 
lançamento de efluentes. 
 
São exemplos de algumas espécies mais utilizadas em testes de toxicidade, 
de acordo com o nível trófico: 
 
 Algas de água doce: Chlorella vulgaris; Scenedesmus quadricauda; 
Scenedesmus subspicatus; Pseudokirchnerilla subcapitata. 
 Algas de água marinha: Phaeodactylum tricornutum; Asterionella 
japonica; Dunaliella tertiolecta; Champia parvula. 
 Microcrustáceos de água doce: Daphnia magna; Daphnia similis; 
Ceriodaphnia dúbia; Hyalella azteca; Hyalella meinerti. 
 Microcrustáceos de água marinha: Mysidopsis Bahia; Mysidopsis 
juniae; Leptocheirus plumulosus; Tiburonella viscana; Artemia salina. 
 Moluscos de água marinha: Mytilus edulis; Crassostrea rhizophorae. 
 Equinodermos: Arbacia lixula; Arbacia punctulata; Lytechinus 
variegatus; 
 Peixes de água doce: Pimephales promelas; Danio rerio; Poecilia 
reticulata; Oncorhynchus mykiss; Lepomis macrochirus. 
 Peixes de água marinha: Menidia beryllina; Menidia menidia; 
Cyprinodon variegatus. 
 Insetos de água doce: Chironomus sp; Hexagenia sp. 
 Bactérias de água doce: Spirillum volutans; Pseudomonas fluorescens. 
Salmonella typhimurium. 
 Bactérias de água marinha: Vibrio fischeri (anteriormente denominada 
Photobacterium phosphoreum). 
 
Dentre os diversos métodos de testes de toxicidades com organismos 
aquáticos, os mais utilizados são: 
 
 Para algas 
 
 
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 111 
 
 Teste de inibição de crescimento algal para Chlorella vulgaris 
(toxicidade aguda) 
A Chlorella vulgaris é uma espécie de alga verde. Ela é mantida em meio de 
cultura apropriada e condições controladas de temperatura e luminosidade. 
O método consiste na exposição da cultura da alga a várias concentrações 
do agente químico, por um período de exposição de 72 horas. 
Objetivos: avaliação da toxicidade de agentes químicos sobre o crescimento 
da cultura mono específica de algas. Ou seja, determinar a concentração efetiva do 
agente tóxico. 
 Teste toxicidade crônica por método de ensaio com algas 
(Chorophyceae) 
As espécies utilizadas são: Chlorella vulgaris, Scenedesmus subspicatus e 
Pseudokirchneriella subcaptata, anteriormente denominada de Selenastrum 
capricornutum. 
Objetivo: determinar se a amostra exerce um efeito algicida ou algistático 
sobre as células, por um período de 96h. O efeito tóxico é determinado pela inibição 
do crescimento da biomassa das algas. 
 Teste de inibição do crescimento e da fluorescência de 
Scenedesmus subspicatus 
Teste de natureza crônica. 
Objetivo: determinação do efeito tóxico a partir da comparação da 
reprodução das algas nas diluições-teste em relação ao controle onde não há 
presença da amostra, por um período de 96h sob condições definidas. 
O efeito observado é a redução da fluorescência das algas sob presença da 
substância teste, substância tóxica diluída. 
 
 Para microcrustáceos 
 
 Teste de inibição da capacidade natatória de Daphnia magna 
Teste de natureza aguda. 
Objetivo: determinação do efeito danoso na capacidade natatória dos 
organismos, ou seja, sua motilidade. 
 
 
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 112 
O método consiste na exposição de indivíduos jovens do organismo-teste, 
por um período de 24h a 48h a várias diluições de uma amostra 
 Teste de toxicidade aguda para Daphnia similis 
Objetivo: avaliar a toxicidade aguda de agentes químicos para o 
microcrustáceo Daphnia similis, por meio da sua motilidade. 
O método consiste na exposição de indivíduos jovens de Daphnia similis a 
várias concentrações do agente químico, por um período de 48 horas, nas 
condições prescritas. 
 Teste de toxicidade crônica para Daphnia similis 
Objetivo: avaliar a toxicidade crônica de agentes químicos, durante a 
exposição de uma geração de Daphnia similis a diferentes concentrações do agente 
químico, por um período de 21 dias de exposição. 
Avalia-se os efeitos da substância nociva sobre a sobrevivência, crescimento 
e reprodução. 
 Teste de avaliação da toxicidade crônica para Ceriodaphnia dubia 
Objetivo: avaliar a toxicidade crônica de agentes químicos à Ceriodaphnia 
dubia por meio da exposição de fêmeas a várias concentrações da substância, por 
sete dias. 
Avalia-se o número médio de jovens produzidos partenogenicamente, por 
fêmea, e o número de fêmeas adultas sobreviventes. 
 
 Para peixes 
 
 Testes de avaliação de toxicidade aguda para peixes 
Objetivo: avaliar a toxicidade aguda de agentes químicos para espécies de 
peixes, pela exposição a várias concentrações do agente químico, em um sistemade fluxo contínuo, por um período de 96 horas de exposição. 
Espécies mais utilizadas: da família Characidae; as espécies Pimephales 
promelas e Danio rerio, Brachydanio rerio; da família Cyprinidae e a espécie Poecilia 
reticulata da família Poecilidae. 
 Teste de avaliação da toxicidade crônica para peixes 
Objetivo: avaliar a toxicidade crônica de agentes químicos durante os 
estágios larvais de peixes. 
 
 
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 113 
O método consiste na exposição de larvas de peixes recém-eclodidas a 
várias concentrações do agente tóxico, em sistemas de fluxo contínuo, por um 
período de 7 a 28 dias de exposição. 
Avaliam-se os efeitos deletérios do agente tóxico à sobrevivência e/ou 
crescimento dos organismos. 
Espécies mais utilizadas: Pimephales promelas e Danio rerio, Brachydanio 
rerio. 
 Teste de avaliação da bioconcentração em peixes 
Objetivo: avaliar o grau de bioconcentração de agentes químicos em peixes. 
O método consiste na exposição de espécies de peixes a diferentes 
concentrações da substância teste durante certo período de tempo. 
A partir destes dados é calculado o fator de bioacumulação no estado de 
equilíbrio e as constantes de assimilação e depuração do agente em estudo. 
A este método se aplica as espécies de peixes de águas continentais e 
marinhas. 
 
 Para bactérias 
 
 Teste de inibição de bioluminescência de bactérias 
O ensaio biológico de inibição de bioluminescência de bactérias é um teste 
de inibição metabólica que utiliza uma suspensão padronizada de bactérias 
luminescentes como organismo-teste sob condições padronizadas. Esta 
metodologia de teste proporciona um rápido, confiável e conveniente meio de 
determinar a toxicidade aguda. O método de ensaio consiste na exposição de 
bactérias bioluminescentes vivas, Vibrio fischeri (anteriormente denominadas 
Photobacterium phosphoreum), a uma amostra teste por um período de 15 min à 2h. 
O efeito tóxico é mensurado pela medição comparativa de emissão de luz de 
bactérias reidratadas e liofilizado depois da exposição a uma série de diluições 
específicas de uma amostra e compara se com a luz emitida de um controle branco 
(p.e, células bacterianas em suspensão em diluente apenas). 
 Teste de citotoxicidade (Teste de Ames) 
Objetivo: detectar os efeitos tóxicos crônicos de um poluente ambiental 
sobre os organismos vivos expostos aos mesmos. 
 
 
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O método consiste na exposição do organismo-teste, Salmonella 
typhimurium a diluições da amostra por um período de 2 a 3 dias. 
O efeito tóxico pode ser detectado por uma redução no número de colônias, 
um clareamento ou por uma diminuição do halo de fundo, ou pelo grau de 
sobrevivência de culturas tratadas. 
 Teste de genotoxicidade (Umu teste) 
O Umu teste é baseado no uso da bactéria geneticamente projetada 
Salmonella typhimurium. 
O método de ensaio consiste na exposição do organismo a uma amostra por 
um período de 30h (1 dia de preparo e 6h de exposição). 
O efeito tóxico é mensurado pela medição da atividade de β-galactose nas 
culturas de teste comparadas com o controle. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 115 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
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toxicidade aguda com peixes - Parte I - Sistema estático. 15p. 1993. 
 
 
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toxicidade aguda com peixes - Parte II - Sistema semiestático. 15p. 1993. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR12716: Ensaio de 
toxicidade aguda com peixes - Parte III - Sistema de fluxo contínuo. 15p. 1993. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR12713: Toxicidade 
aguda - Método de ensaio com Daphnia spp (Crustacea, Cladocera). 21p. 2004. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR15088: Toxicidade 
aguda - Método de ensaio com peixes. 19p. 2004. 
 
 
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR13343: Toxicidade 
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FIM DO MÓDULO III 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FIM DO CURSO

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