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Profº Douglas Cobo Micheli- 2014 Disciplina de Farmacologia Farmacologia do Sistema Parassimpático Universidade Federal do Triângulo Mineiro Antagonistas Colinérgicos ou Anticolinérgicos Antagonistas Colinérgicos Anticolinérgicos Muscarínicos Nicotínicos Neuromusculares Ganglionares São drogas que agem nos receptores colinérgicos, bloqueando seletivamente a atividade parassimpática, reduzindo ou bloqueando a ação da acetilcolina, assim, diminuem, inibem ou bloqueiam a resposta colinérgica. Antagonistas Colinérgicos Antagonistas Muscarínicos: Bloqueiam a ligação ACh – Receptor Órgãos Efetores: m liso, m cardíaco, glândulas, SNC Antagonistas Nicotínicos: Muscular: Bloqueiam a ligação ACh – receptor placa neuromuscular Neuronal: Bloqueiam a ligação ACh – Gânglios autônomos ou SNC Antagonistas Colinérgicos Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Os bloqueadores ou agentes antimuscarínicos são seletivos para o sistema parassimpático, agindo unicamente nos receptores muscarínicos, bloqueando ou inibindo as ações da acetilcolina nestes receptores. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Fármacos antimuscarínicos, mais utilizados: Atropina ; Escopolamina; Ipratrópio; Propantelina ; Dicicloverina ou Diciclomina; Ciclopentolato; Tropicamida; Glicopirrolato . Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Atropina É um bloqueador muscarínico potente com ação tanto central quanto periférica, com duração de quatro horas, exceto quando administrado no epitélio ocular que pode durar alguns dias os seus efeitos. Atropa belladona, Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Atropina Aplicação Clínica: Antiespasmódico : É utilizado no tratamento de distúrbios gastrintestinais espásticos funcionais ou neurogênicos (hipermotilidade gastrintestinal), utilizado por via oral ou subcutânea. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Atropina Aplicação Clínica: Broncodilatador: é utilizado em crises asmáticas via inalação diluído em 3 a 5 ml de solução salina através de nebulizador. Anti Secretório do Trato Respiratório: como adjuvante da anestesia reduzindo as secreções, e, provocando a broncodilatação, pode ser administrada por via oral ou intramuscular. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Atropina Aplicação Clínica: Midriático: Utilizado no exame oftalmológico, para investigar melhor a retina porém suas ações midriáticas podem persistir por uma semana após a aplicação ocular, assim, tem sido preferidas, atualmente, outras drogas pois, a recuperação completa da acomodação visual mais rápida Ciclopentolato (6 a 24 h) e Tropicamida (2 a 6 h). Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Atropina Aplicação Clínica: Intoxicação por Anti-colinesterásicos: é utilizada também como antídoto aos efeitos dos inibidores da acetilcolinesterase, praguicidas organofosforados e muscarina. Via Administração: via endovenosa (1 a 2 mg). Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Atropina Contra Indicações: glaucoma (precipitar crise de glaucoma em indivíduos predispostos), Uropatia Obstrutiva, Doença Obstrutiva do Tratogastrintestinal. Efeitos Indesejáveis: Secura da boca, cicloplegia, sede exagerada, dificuldade em urinar e rubor facial. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Escopolamina ou Hioscina A associação com a dipirona corresponde ao Buscopan composto é um alcalóide da belladona. Datura stramonium (figueira do diabo) Hyoscyamus niger (meimendro negro) Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Escopolamina ou Hioscina Efeitos : apresenta efeitos semelhantes aos da atropina, porém, a escopolamina tem ações e efeitos mais pronunciados no SNC, com a duração mais prolongada do que a atropina. Apresenta também o efeito de bloquear a memória recente. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Escopolamina ou Hioscina Indicação Clinica: é utilizado na hipermotilidade gastrointestinal, na prevenção da cinetose, evitando náuseas e vômitos de origem labiríntica e contra vômitos causados por estímulos locais no estômago. Na obstetrícia, é associada à morfina, para produzir amnésia e sedação. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Escopolamina ou Hioscina Vias Administração: oral, parenteral e transdérmica (na prevenção da cinetose, sendo o fármaco aplicado numa unidade adesiva do tipo bandagem atrás da orelha). Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Ipratrópio (Atrovent) Consiste em um derivado quartenário da atropina. Efeitos: não tem efeitos sobre o SNC. Indicação Clínica: é utilizado no tratamento da asma, bronquite e Doença Pulmonar Obstritiva Crônica-DPOC para a broncodilatação. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Ipratrópio (Atrovent) Via Administração: sob a forma de brometo de ipratrópio através da via inalatória. Efeitos Indesejáveis: As reações adversas sistêmicas são reduzidas e confinadas principalmente à boca, e, às vias aéreas, gosto anormal na boca e edema orofaríngeo. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Propantelina Indicação Clínica: Consiste em um antagonista muscarínico utilizado como antiespasmódico, na rinite, na incontinência urinária, e, no tratamento da úlcera gástrica e duodenal. Contra Indicação: Glaucoma Efeitos Indesejáveis: ressecamento da boca e náuseas Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Dicicloverina ou Diciclomina (Bentyl) Ação: Antiespasmódico e espasmolítico reduz a contratura da musculatura lisa do tubo digestivo e do trato urinário. Indicação Clínica: cólicas intestinais, cólon irritável ou espasmódico, doença diverticular do cólon e incontinência urinária. Gicopirrolato Um antagonista muscarínico utilizado como antiespasmódico, em alguns distúrbios do trato gastrointestinal e para reduzir a salivação decorrente da utilização de alguns anestésicos. Antagonistas Colinérgicos Muscarínicos Ciclopentolato e Tropicamida São utilizados em oftalmologia como midriáticos recuperação completa da acomodação visual mais rápida que Atropina. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Bloqueadores Ganglionares Mecanismo de Ação: bloqueiam os receptores nicotínicos, bloqueando os canais iônicos, não sendo seletivos para o sistema simpático ou parassimpático. Geralmente, não são ativos como bloqueadores neuromusculares. Toxina Botulínica - Nicotina – Trimetafano Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Toxina Botulínica (Botox) É desenvolvida a partir de uma cultura de Clostridium botulinum e interfere na liberação da acetilcolina na junção neuromuscular provocando a paralisia do músculo esquelético e o bloqueio ganglionar. A toxina sem a purificação em laboratório pode provocar a morte resultante da insuficiência Respiratória causada pela incapacidade de contração dos músculos do diafragma. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Toxina Botulínica (Botox) Indicação Clínica: tratamento do espasmo facial e hemifacial, alguns tipos de estrabismo, rugas faciais, hiperidrose axilar e das palmas das mãos e tratamento complementar da espasticidade dinâmica de membros superiores e inferiores em pacientes pediátricos com paralisia cerebral. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Toxina Botulínica (Botox) Efeitos Indesejáveis: Erupção da pele, edema local, alterações da sensibilidade, febre, cefaléia, fraqueza geral, depressão, parestesia, lacrimejamento, ptose palpebral Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores GanglionaresNicotina (Nicotinell) Estimula os receptores neuronais (Nn) em baixas doses, e, posteriormente, bloqueia predominantemente estes receptores em altas doses. Os estímulos dos gânglios vagais cardíacos (bradicardia) é menor que a estimulação simpática do coração (taquicardia), assim como a ação simpática sobre os vasos sangüíneos provocando a vasoconstrição. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Nicotina (Nicotinell) Na medula adrenal, provoca estimulo da liberação das catecolaminas que levam a taquicardia e vasoconstrição, e, conseqüentemente ao aumento da PA temporária. Embora em baixas doses aumente a respiração, em doses elevadas pode provocar paralisia medular e bloqueios dos músculos esqueléticos da respiração causando a falência respiratória. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Nicotina (Nicotinell) A cardiopatia isquêmica, a bronquite crônica, e 90% dos casos de câncer do pulmão têm como principal causa o uso do fumo, além de muitas outras doenças. Indicação Clínica: a única utilidade terapêutica da nicotina tem sido no tratamento da interrupção do uso do fumo sob a forma de goma de mascar ou emplastros transdérmicos (que freqüentemente tem provocado irritação e prurido locais). Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Trimetafano (Arfonad) Mecanismo de Ação: consiste em um bloqueador ganglionar nicotínico competitivo, com ação curta, Indicação Clínica: em terapêutica ocasionalmente para produzir hipotensão controlada na anestesia, em emergências na crise hipertensiva (tratamento agudo da hipertensão arterial) principalmente provocada pelo edema pulmonar ou aneurisma dissecante da aorta. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Trimetafano (Arfonad) Efeitos Indesejáveis: Como bloqueia todos os gânglios autônomos e entéricos, além da hipotensão, pode causar inibição das secreções, paralisia gastrintestinal, e, comprometimento da micção. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Ganglionares Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculare Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculare Consistem em bloqueadores da transmissão colinérgica no sistema somático na placa motora neuromuscular esquelética. Assim, combinam-se com os receptores nicotínicos bloqueando a ação da acetilcolina. Indicação Clínica: Tem sido utilizados principalmente na anestesia para produzir relaxamento muscular, sem a necessidade de doses anestésicas mais elevadas. Estes bloqueadores não penetram nas células com facilidade, sendo a maioria excretada pela urina de forma inalterada. Tubocurarina (alcurônio) – Atracúrio – Rocurônio Vecurônio - Succinilcolina. Estes bloqueadores são considerados de ação local. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Tubocurarina - Atualmente substituído pelo Alcurônio Consiste em um alcalóide vegetal, pouco utilizado na atualidade devido provocar broncoconstrição e a hipotensão, relacionados a liberação de histamina. Tem sido substituído pelo derivado semi-sintético Alcurônio que provoca menos efeitos colaterais. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Atracúrio (Tracur) Apresenta inicio de ação rápida, sendo útil durante a ventilação mecânica, em pacientes que se encontrem comprometidos, principalmente pela degradação espontânea no plasma, podendo ser utilizada em pacientes com insuficiência renal. Efeito Indesejável: hipotensão transitória. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Rocurônio (Esmeron) Consiste no bloqueador neuromuscular de inicio de ação mais rápida (um minuto), útil na intubação da traquéia com estômago que não esteja vazio. Vecurônio (Norcuron) Útil em cirurgia de curta duração, e, apresenta inicio de ação rápida, sendo amplamente utilizado. Succinilcolina: Éster de colina rapidamente hidrolisado pelo butirilcolinesterase do fígado e do plasma, com ação bloqueadora neuromuscular predominantemente do tipo despolarizante. Indicação clínica: Indução do bloqueio neuromuscular para produzir um relaxamento breve com a finalidade de facilitar a intubação endotraqueal. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Succinilcolina: Efeitos Indesejáveis: arritimia cardíaca, hipertermia maligna, depressão respiratória. Contra Indicação: histórico familiar de hipertermia maligna, miopatia do músculo esquelético. Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Antagonistas Colinérgicos Nicotínicos Bloqueadores Junção Neuromusculares Profº Douglas Cobo Micheli- 2014 Disciplina de Farmacologia Farmacologia do Sistema Parassimpático Universidade Federal do Triângulo Mineiro
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