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Poderes Administrativos e Abuso de Poder

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PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 03 – Poderes Administrativos 
Prof. Edson Marques 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 1 
Olá! 
 
Hoje o tema é muito interessante e a parte final 
(poder de polícia) um dos preferidos das bancas. Nossa aula hoje 
será sobre: 
 
AULA 03: 
Poderes administrativos 
 
Mas antes vamos ver o gabarito das questões do 
desafio, que são: 01. B; 02. C; 03. C. O que achou? Tranquilo? 
Difícil? Não se preocupe, depois desta aula, você verá como fica bem 
mais simples, e as explicações estão nas questões comentadas. 
 
Vamos em frente. 
 
 
 
 
 
 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 03 – Poderes Administrativos 
Prof. Edson Marques 
 
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S U M Á R I O 
 
1. Poderes Administrativos ........................................................................... 3 
1.2 Abuso de Poder ....................................................................................... 4 
1.3 Modalidades ............................................................................................ 5 
1.3.1 Poder discricionário/vinculado ............................................................ 6 
1.3.2 Poder regulamentar ............................................................................. 9 
1.3.3 Poder hierárquico .............................................................................. 13 
1.3.4 Poder disciplinar ................................................................................ 14 
1.3.5 Poder de polícia ................................................................................. 16 
2. QUESTÕES SELECIONADAS ..................................................................... 26 
3. GABARITO .............................................................................................. 66 
4. QUESTÕES COMENTADAS ....................................................................... 67 
5. DESAFIO ............................................................................................... 164 
 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 03 – Poderes Administrativos 
Prof. Edson Marques 
 
www.pontodosconcursos.com.br | Prof. Edson Marques 3 
1. Poderes Administrativos 
 
Devemos compreender que o ordenamento jurídico 
confere aos agentes públicos, para o exercício de suas funções e a 
consecução dos fins públicos, um conjunto de prerrogativas, 
poderes. E, por força disso, também estabelece uma série de 
restrições, de deveres. 
 
Nesse sentido, o Prof. José dos Santos Carvalho Filho 
conceitua poderes administrativos como “o conjunto de 
prerrogativas de direito público que a ordem jurídica confere 
aos agentes administrativos para o fim de permitir que o 
Estado alcance seus fins”. 
 
Percebe-se, portanto, que esses poderes são 
outorgados aos agentes públicos no sentido de que cumpram suas 
atribuições voltadas ao atendimento do interesse coletivo. 
 
Então, é até por isso, pode-se enumerar duas 
características que lhe são peculiares, ou seja, tais poderes são 
irrenunciáveis e devem ser obrigatoriamente exercidos. 
 
Em razão desse duplo aspecto, os poderes 
administrativos impõem ao administrador o exercício das 
prerrogativas e vedam a inércia, eis que o exercício dessas 
prerrogativas é obrigatório tendo em vista o atendimento dos 
anseios coletivos. 
 
Significa dizer que ao ser conferido certo poder, o é 
em razão do exercício da atribuição, de modo que o agente público 
não poderá ficar inerte, não poderá se omitir, deverá realizar suas 
funções. 
 
É que, enquanto o particular quando titular de uma 
prerrogativa tem a faculdade de exercê-la, o administrador tem o 
poder-dever de agir. 
 
PACOTE DE TEORIA E EXERCÍCIOS 
TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CNMP 
AULA 03 – Poderes Administrativos 
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Isto é, conforme destaca Bandeira de Mello, “tais 
poderes são instrumentais: servientes do dever de bem cumprir a 
finalidade a que estão indissoluvelmente atrelados. Logo, aquele que 
desempenha função, tem, na realidade, deveres-poderes”. 
 
1.2 Abuso de Poder 
 
Quando se utiliza desses poderes de forma normal diz-
se que há o uso do poder. Porém, o uso indevido, anormal, 
ilegítimo, configura o abuso de poder. 
 
Assim, abuso de poder é, conforme lição de Carvalho 
Filho “a conduta ilegítima do administrador, quando atua fora 
dos objetivos expressa e implicitamente traçados na lei”. 
 
O abuso de poder pode se constatado sob duas 
vertentes ou espécies, sendo: o excesso de poder e o desvio de 
poder. O excesso de poder ocorre quando o agente atua fora dos 
limites da competência que lhe foi atribuída. Já o desvio de poder 
ocorre quando o agente, muito embora seja competente, atua em 
descompasso com a finalidade estabelecida em lei para a prática de 
certo ato. 
 
 Excesso de Poder 
 Abuso de Poder 
 Desvio de Poder (desvio de finalidade) 
 
O desvio de poder também é conhecido como 
desvio de finalidade, que corresponde à conduta do agente 
público que dá ao ato finalidade diversa daquele prevista na 
lei. 
 
Cito como exemplo, a remoção de um subordinado 
pelo superior hierárquico, para comarca distinta, sob a alegação de 
necessidade do serviço, mas com o fim único de persegui-lo, puni-lo. 
 
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Tanto quando há excesso ou desvio de poder diz-se 
que ocorreu abuso de poder, o que configura ilícito administrativo, 
além de ilícito penal tipificado na Lei nº 4.898/65 (abuso de 
autoridade), além de ser ato de improbidade administrativa, 
conforme art. 11, inc. I, da Lei nº 8.429/92, que assim dispõe: 
 
Art. 11. Constitui ato de improbidade administrativa 
que atenta contra os princípios da administração pública 
qualquer ação ou omissão que viole os deveres de 
honestidade, imparcialidade, legalidade, e lealdade às 
instituições, e notadamente: 
I - praticar ato visando fim proibido em lei ou 
regulamento ou diverso daquele previsto, na regra de 
competência; 
 
Ademais, como ressaltado, se é dever atuar, também 
haverá abuso de poder quando o agente deixar de praticar o 
ato, ou seja, ficar inerte, omisso. 
 
Com efeito, o abuso de poder é conduta, omissiva ou 
comissiva, que afronta os princípios da legalidade, finalidade, 
moralidade, dentre outros, sujeitando-se, pois, ao controle 
administrativo (autotutela) ou judicial (mandado de segurança, por 
exemplo). 
 
Outrossim, ao mesmo tempo que são conferidos 
poderes, também são fixados deveres, restrições, aos agentes 
públicos, tal com o dever de probidade, o dever de prestar contas, o 
dever de eficiência, dentre outros. 
 
1.3 Modalidades 
 
De modo geral, a doutrina destaca a existência de 
diversos poderes administrativos, de modo que é possível enquadrá-
los nas seguintes modalidades ou espécies: 
 
a) poder discricionário/vinculado; 
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b) poder regulamentar; 
c) poder hierárquico; 
d) poder disciplinar; 
e) poder de polícia. 
 
 
 
1.3.1 Poder discricionário/vinculado 
 
Configura-se o poder discricionárioquando a lei não 
traça todos os parâmetros para atuação do agente público, cabendo-
lhe avaliar a conveniência e oportunidade de se realizar determinado 
ato em atendimento ao interesse público. 
 
Na discricionariedade há margem para valoração da 
conduta, ou seja, valorar quais as condições e o melhor momento 
para realizar a conduta. Que dizer, é o poder para decidir o que é 
conveniente, oportuno para a Administração Pública na condução do 
interesse coletivo. 
 
Poder discricionário, assim, é o poder concedido 
para mensurar acerca de se praticar ou realizar determinado ato, 
considerando a conveniência e oportunidade, diante de duas ou mais 
condutas possíveis, cabendo ao agente eleger aquela que melhor 
atenda ao interesse público. 
 
É importante destacar que a conveniência diz 
respeito às condições para se praticar o ato. Já a oportunidade, por 
outro lado, refere-se ao momento em que o ato deve ser praticado. 
 
Assim, tome como exemplo, a necessidade de a 
Administração adquirir material de consumo (caneta, papel etc). A 
lei determina que seja licitado, mas o momento (oportunidade) e as 
condições (conveniência) para tanto será definida pelo 
administrador, com base no seu planejamento administrativo. 
 
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Vê-se que o poder discricionário encontra-se na 
margem de espaço permitida pela própria lei. No entanto, em que 
pese essa abertura, o poder discricionário possui limitação, de modo 
que pode sofrer controle administrativo e judicial. 
 
É que no âmbito da discricionariedade permitida, 
deve-se observar a adequação da conduta ao alcance da 
finalidade (razoabilidade / proporcionalidade) expressa em lei. 
 
Também devem ser observados os motivos que 
inspiraram a prática do ato, de modo que é dever do agente expor 
os fundamentos de fato e de direito que deram ensejo ao ato, a fim 
de que se possa verificar sua validade. 
 
Por isso, discute-se se é possível o controle judicial 
dos atos com base no poder discricionário. 
 
Nesse sentido, com base nos limites impostos, é 
permitido que o Poder Judiciário afira a legalidade do exercício do 
poder discricionário, considerando em especial a razoabilidade e 
proporcionalidade dos atos. 
 
O que se veda ao Judiciário é que se faça o juízo de 
conveniência e oportunidade, substituindo a vontade do 
administrador, conduta que ensejaria a invasão em esfera de 
competência adstrita ao agente público, ou seja, redundaria em 
violação ao princípio da separação de poderes. 
 
Porém, é dado ao Poder Judiciário, como destacado, 
apreciar o ato, inclusive no seu aspecto de liberdade, a fim de 
verificar se não houve violação aos limites legais, isto é, se o ato não 
é arbitrário, abusivo, ilegal ou ilegítimo. 
 
Veja que é essa a orientação que vem sendo adotada 
no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça, cf. 
Informativo 337 (MS-23981) e REsp 443.310/RS (Rel. Ministro LUIZ 
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FUX, PRIMEIRA TURMA, julgado em 21.10.2003, DJ 03.11.2003 p. 
249). 
 
De todo forma, devemos lembrar que todos os atos 
administrativos são passíveis de controle judicial. 
 
Quanto aos atos discricionários o controle é mais 
limitado, mas é sempre possível. É que poderá sofrer controle acerca 
dos seus elementos vinculados (competência, finalidade e forma) 
que estarão previstos na norma, bem como no mérito para verificar 
a compatibilidade com os princípios constitucionais (razoabilidade, 
proporcionalidade), ou seja, a adequação aos limites legais. 
 
Portanto, a discricionariedade está baseada nos limites 
legais, de modo que não há discricionariedade contra legem por 
ser prática arbitrária. 
 
É preciso, no entanto, distinguir o que seja 
discricionariedade, daquilo que se denomina de conceito jurídico 
indeterminado. 
 
Os conceitos jurídicos indeterminados, conforme 
explica Carvalho Filho, são termos ou expressões contidos em 
normas jurídicas, que, por não terem exatidão em seu sentido, 
permitem que o intérprete ou o aplicador possam atribuir certo 
significado, mutável em função da valoração que se proceda diante 
dos pressupostos da norma. É que sucede com expressões do tipo 
‘ordem pública’, ‘bons costumes’, ‘interesse público’, ‘segurança 
nacional’. 
 
São, portanto, expressões previstas no âmbito da 
norma, que já estabelece seus efeitos, cabendo apenas a 
concretização ou interpretação pelo aplicador. 
 
A discricionariedade reside no campo da aplicação da 
norma, de forma que permite ao administrador, dentro da margem 
legal, observando a oportunidade e conveniência, ponderar os 
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interesses concorrentes dando prevalência ao que melhor atenda o 
fim perseguido. 
 
Por outro lado, o Poder é vinculado ou regrado 
quando a lei define todos os elementos e requisitos necessários à 
prática de ato, não havendo qualquer margem de liberdade para 
atuação do administrador, devendo realizar o que exatamente 
estabelece a lei, quando e como ela determina. 
 
De todo modo, é bom ressaltar que para alguns 
autores, tal como a Profa. Zanella Di Pietro, os poderes 
discricionários e vinculados “não existem como poderes 
autônomos; a discricionariedade e a vinculação são, quando 
muito, atributos de outros poderes ou competências 
administrativas”. 
 
Para autora só existiria os poderes normativo, 
disciplinar, hierárquico e de polícia. E, nesse sentido, para o 
Prof. Carvalho Filho só o regulamentar, discricionário e de 
polícia. 
 
De todo modo, como disse inicialmente, em geral, 
tem-se aceito os poderes discricionário, vinculado, regulamentar, 
hierárquico, disciplinar e de polícia. 
 
1.3.2 Poder regulamentar 
 
O Poder regulamentar é a prerrogativa conferida à 
Administração Pública de editar atos normativos de caráter abstrato 
e geral visando dar aplicabilidade à lei. 
 
Trata-se de poder no sentido de praticar atos de 
natureza derivada (secundário) tendo em vista complementar o 
alcance da lei, decorrente da função normativa. 
 
Com efeito, como salienta Carvalho Filho, “o poder 
regulamentar é subjacente à lei”, ou seja, deve observar as balizas 
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legais, de modo a não contrariar seu sentido e comando. Quer dizer, 
não pode criar direitos, nem obrigações que não decorram 
diretamente da Lei. 
 
É exemplo de este poder os decretos e 
regulamentos, conforme prevê o art. 84, incisos IV e VI, da CF/88, 
que por simetria aplica-se a todas as esferas federativas. 
 
Assim, muito embora não haja entendimento 
uniforme, é possível destacar duas espécies de decretos ou 
regulamentos. Os denominados decretos de execução e os 
autônomos. 
 
Os decretos de execução, no âmbito brasileiro, 
estariam previstos no art. 84, inc. IV, da CF/88, que seriam 
utilizados para dar fiel execução às leis, conforme o seguinte: 
 
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da 
República: 
[...] 
IV - sancionar,promulgar e fazer publicar as leis, bem como 
expedir decretos e regulamentos para sua fiel 
execução; 
 
Por outro lado, os chamados decretos autônomos 
são utilizados para tutelar hipótese que decorre diretamente da 
Constituição, ou seja, não estão subordinados à lei em sim à CF. 
 
A doutrina tem indicado como hipótese de decreto 
autônomo a disposição contida no art. 84, inc. VI, da CF/88, ao 
estabelecer que compete ao chefe do Executivo, mediante decreto, 
dispor sobre: a) organização e funcionamento da 
administração federal, quando não implicar aumento de 
despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos. 
 
No entanto, como disse, trata-se de tema 
controvertido na doutrina. Assim, em defesa dos decretos 
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autônomos está a Profa. Di Pietro, Hely Lopes, dentre outros. No 
sentido de o ordenamento Constitucional não prevê tal espécie estão 
os Profs. Celso Bandeira, Carvalho Filho, por exemplo. 
 
Contudo, o Supremo Tribunal Federal vem admitindo a 
figura do decreto autônomo, após a EC 32/01, nos termos do art. 
84, inc. VI, da CF/88, nos seguintes termos: 
 
INFORMATIVO Nº 324 
TÍTULO: Liberação de Recursos: Autorização Presidencial 
PROCESSO: ADI - 2564 
ARTIGO: 
Julgado improcedente o pedido formulado em ação direta 
ajuizada pelo Partido Comunista do Brasil - PC do B contra o 
Decreto 4.010/2001, que vincula a liberação dos recursos 
para pagamento dos servidores da Administração Pública 
Federal direta, autárquica e fundacional, à expressa 
autorização do Presidente da República. O Tribunal 
considerou não caracterizada, na espécie, a alegada 
ofensa ao princípio da reserva legal - dado que o art. 
84, VI, da CF, na redação dada pela EC 32/2001 
permite ao Presidente da República dispor, por 
decreto, sobre a organização e o funcionamento da 
administração federal quando isso não implicar 
aumento de despesa ou criação de órgãos públicos -, 
afastando, ainda, a argumentação do requerente de que a 
norma impugnada privaria os ministros de Estado da 
atuação nas áreas de sua competência, já que, na forma 
prevista nos artigos 76 e 84, II, da CF, o Poder Executivo é 
exercido pelo Presidente da República, com o auxílio dos 
ministros de Estado. ADI 2.564-DF, rel. Ministra Ellen 
Gracie, 8.10.2003. (ADI-2564) 
 
INFORMATIVO Nº 217 
TÍTULO: Guerra Fiscal 
PROCESSO: ADI - 2155 
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ARTIGO 
Julgando o pedido de medida liminar em ação direta de 
inconstitucionalidade requerida pelo Governador do Estado 
de São Paulo contra o Decreto 2.736/96 do Estado do 
Paraná (Regulamento do ICMS do Paraná) - que concede 
crédito presumido de ICMS, incentivos e benefícios fiscais -, 
o Tribunal, preliminarmente, rejeitou a articulação de não-
cabimento da ação por entender que tal norma 
caracteriza-se como decreto autônomo revestido de 
conteúdo normativo, e não como simples ato 
regulamentar. Prosseguindo no julgamento, o Tribunal 
entendeu relevante a fundamentação jurídica do pedido por 
aparente contrariedade ao art. 155, § 2º, XII, g, da CF, que 
só admite a concessão de isenções, incentivos e benefícios 
fiscais por deliberação dos Estados e do Distrito Federal, 
mediante lei complementar. O Tribunal não conheceu da 
ação quanto a diversos dispositivos por se tratarem de 
normas temporárias, cujos efeitos já se exauriram. ADInMC 
2.155-PR, rel. Min. Sydney Sanches, 15.2.2001.(ADI-2155) 
 
Fala-se, ainda, em poder regulatório ou normativo 
técnico ou regulamentar delegado. É o poder conferido, por 
exemplo, às agências reguladoras, ao Conselho Nacional de Justiça, 
ao CADE, ao Conselho Monetário Nacional, dentre outros órgãos e 
entidades da Administração para, conforme permissão legal, 
estabelecer normas técnicas acerca de sua área de atuação. 
 
Nesses casos há uma delegação legislativa no sentido 
de permitir a criação de disposições técnicas. Contudo, esse poder 
não é de inovar na ordem jurídica, está calcando em pormenorizar 
tecnicamente os aspectos legais (o que se tem chamado de 
discricionariedade técnica), com a expedição de Instruções 
Normativas por uma Agência, quanto à edição de uma Resolução por 
um órgão administrativo, por exemplo. 
 
Dessa forma, o poder regulamentar ou o regulatório 
(normativo técnico) não podem ultrapassar os limites da lei, criando 
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situação jurídica não tutelada na norma, ou seja, devem apenas 
esclarecer, explicitar, pormenorizar ou viabilizar a operacionalidade 
técnica da lei. 
 
Ademais, cumpre lembrar que cabe ao congresso 
nacional, nos termos do art. 49, inc. V, da CF/88, sustar os atos do 
poder executivo que exorbitem o exercício do poder regulamentar. 
 
1.3.3 Poder hierárquico 
 
Poder Hierárquico é o poder que decorre da 
organização hierárquica da Administração Pública, ou seja, da 
relação de subordinação existente entre os vários órgãos e agentes. 
 
Trata-se de relação de subordinação entre os vários 
órgãos e agentes componentes de uma estrutura administrativa. 
 
São poderes implícitos ou decorrentes do poder 
hierárquico no sentido de permitir ao superior comandar 
(estabelecer normas), ordenar (dar ordens), coordenar (gerenciar, 
distribuir atividades, delegar ou avocar funções), controlar 
(fiscalizar e exigir o cumprimento das ordens) e corrigir (rever os 
atos, anulando ou revogando) as atividades administrativas. 
 
Notadamente, a hierarquia é o poder de comando, de 
orientação, de coordenação, de fiscalizar das atividades 
desempenhadas no cotidiano administrativo. 
 
O poder comando ou de direção é o de orientar as 
atividades administrativas, mediante a expedição de atos gerais e 
determinações específicas através dos quais, como ressaltamos, são 
repartidas e escalonadas as funções dos agentes e órgãos públicos, 
com o objetivo de assegurar seu exercício harmônico e coordenado 
da função administrativa. 
 
Assim, o poder de direção subjacente ao poder 
hierárquico será exercido através da expedição de atos normativos 
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que vinculam a atuação do agente em determinadas situações, de 
modo a realizar certas condutas (instruções) ou por ordens 
concretas individualizadas (portarias) a fim de que os órgãos 
inferiores observem o direcionamento dado pelos órgãos de 
comando. 
 
Por isso, recorde-se que é dever funcional observar as 
ordens superiores, somente podendo descumpri-las se forem 
manifestamente ilegais. 
 
Não se deve, no entanto, confundir subordinação 
com vinculação administrativa. A subordinação decorre do poder 
hierárquico, a vinculação resulta do poder de supervisão ministerial 
(tutela) sobre a entidade vinculada e é exercida nos limites legais, 
não retirando a autonomia administrativa da entidade, sendo 
controle apenas de finalidade, de resultado, ou seja, dos fins da 
entidade. 
 
Dessa relação de subordinação administrativa 
(hierarquia) decorre o poder de autotutela, ou seja, do superiorrever os atos do subordinado anulando-o quando ilegais ou 
revogando quando inconvenientes ou inoportunos, seja de ofício ou 
por meio de recurso hierárquico. 
 
1.3.4 Poder disciplinar 
 
O poder disciplinar é a faculdade conferida à 
Administração Pública no sentido de punir no âmbito interno os 
ilícitos funcionais de seus agentes, bem como de outras pessoas 
sujeitas à disciplina da Administração. 
 
É uma decorrência do poder hierárquico, porém não se 
confunde com este na medida em que o poder hierárquico induz à 
ideia de escalonamento de funções e subordinação entre os diversos 
graus. O poder disciplinar, por outro lado, é o poder de controlar e 
fiscalizar no âmbito interno o exercício dessas funções, de modo a 
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responsabilizar o agente pelos ilícitos cometidos, aplicando 
penalidades. 
 
Então, o poder disciplinar é o poder conferido à 
Administração para responsabilizar os agentes, órgão ou entidade, 
ou ainda demais pessoas submetidas à disciplina interna da 
Administração. 
 
Observe, portanto, que o poder disciplinar pode incidir 
sobre agentes públicos (regime disciplinar) ou mesmo sobre pessoas 
particulares que mantenham vínculo contratual com a Administração 
(poder disciplinar contratual) ou pessoas sob sujeição especial, tal 
como os alunos em escola pública, detentos, pessoas internadas em 
hospitais públicos etc. 
 
 Funcional (aplica-se aos servidores) 
 
 Pode Disciplinar Contratual (aplica-se aos contratados pela Adm.) 
 
 Especial (regime especial de sujeição: Preso, alunos) 
 
No entanto, se não houver nenhum vínculo com a 
Administração, não poderá incidir o poder disciplinar. Eventual 
sanção a ser aplicada decorrerá do poder de polícia. 
 
Com efeito, conforme menciona a Profa. Raquel Melo 
Urbano, “esclareça-se que o poder disciplinar não abrange as 
sanções impostas a terceiros estranhos ao quadro de pessoal 
do Poder Público. Particulares que não foram investidos em 
cargos, empregos ou funções públicas não estão sujeitos à disciplina 
punitiva da Administração”. 
 
Significa dizer que se o particular não tem qualquer 
vínculo com a Administração (funcional, contratual ou sujeição 
especial), não poderá sofrer sanção em razão do poder disciplinar da 
Administração, mas poderá em razão do poder de polícia 
(fiscalização de atividade, por exemplo). 
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Lembre-se, no entanto, se esse particular tiver algum 
vínculo com o Estado (contrato de prestação de serviço, 
concessionário, permissionário) sofrerá sanção disciplinar (multa, 
advertência, suspensão etc), e se não tiver qualquer vínculo 
somente poderá sofrer sanção decorrente do poder de polícia. 
 
1.3.5 Poder de polícia 
 
O poder de polícia é a prerrogativa de que dispõe a 
Administração Pública para condicionar e restringir o uso e gozo de 
bens, atividades e direitos individuais, em benefício da coletividade 
ou do próprio Estado. 
 
Esse poder tem por fundamento, conforme lição da 
Profa. Di Pietro, no princípio da predominância do interesse público 
sobre o particular, que dá a Administração posição de supremacia 
sobre os administrados, na medida em que a Administração dispõe 
de prerrogativas especiais para a consecução de seus fins. 
 
Com efeito, a definição de poder de polícia fora 
positivada no Código Tributário Nacional, em seu artigo 78, ao 
expressar que: 
 
Art. 78. Considera-se poder de polícia a atividade da 
Administração Pública que, limitando ou disciplinando 
direito, interesse ou liberdade, regula prática de ato ou 
abstenção de fato, em razão de interesse público 
concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos 
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao 
exercício de atividade econômicas dependentes de 
concessão ou autorização do Poder Público, à 
tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e 
aos direitos individuais e coletivos. 
 
O poder de polícia pode ser visto numa acepção ampla 
ou numa acepção restrita. 
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Em sentido amplo compreende toda a atividade estatal 
de condicionar, restringir, direitos individuais em prol do interesse 
coletivo. Assim, compreenderia, por exemplo, a atividade legislativa, 
isto é, a criação de leis restritiva de direitos. 
 
Em sentido estrito corresponde à atividade 
administrativa que impõe restrições à atividade, liberdade e à 
propriedade, por meio de intervenções abstratas ou concretas da 
Administração Pública, sendo denominado de polícia 
administrativa. 
 
Com efeito, o poder de polícia pode ser preventivo 
ou repressivo. É preventivo quando destina a evitar condutas que 
violem o interesse da coletividade. É repressivo quando destinado a 
combater ilícitos que redundem em afronta ao interesse público. 
 
Significa dizer que no exercício da polícia 
administrativa preventiva a Administração expedirá os atos 
normativos (regulamentos, portarias etc), ou seja, atos gerais e 
abstratos, que delimitarão a atividade e o interesse dos particulares 
em razão do interesse público. 
 
No tocante ao poder de polícia repressivo a 
Administração irá atuar no sentido de fiscalizar atividades e bens, 
verificando a existência de infrações às disposições preventivas e 
punindo as condutas ilícitas administrativas. 
 
No primeiro caso, ou seja, do exercício do poder de 
polícia preventivo podemos citar a necessidade, por exemplo, de se 
requerer o alvará de funcionamento para abertura de bares ou 
restaurantes. No segundo caso, polícia repressiva, temos a 
fiscalização estatal a fim de verificar se os bares e restaurantes têm 
os referidos alvarás e se cumprem as regras inerentes à segurança, 
saúde etc. 
 
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Nesse sentido, distingue-se a polícia administrativa, 
que incide sobre bens, atividades ou direitos, da polícia judiciária 
que atua sobre pessoas, voltada ao combate de ilícitos criminais. 
 
A Polícia Judiciária atua no sentido de manter a ordem 
e a segurança da sociedade, combatendo a criminalidade, atuando 
por meio de órgãos de defesa (Polícia Civil, Polícia Federal e a PM 
nos IPM’s). 
 
Então, podemos dizer que a polícia judiciária tem 
atuação predominantemente voltada para as pessoas, no combate à 
criminalidade, à repressão penal, à segurança pública. 
 
A polícia administrativa, por outro lado, não incide 
sobre pessoas, incide sobre bens, atividades, e liberdades 
individuais, tanto preventiva quanto repressivamente, ou seja, atua 
no combate a ilícitos administrativos, anti-sociais, na fiscalização dos 
diversos setores sociais (comércio, sanitário, meio ambiente etc). 
 
Portanto, enquanto a polícia administrativa é regida 
pelo Direito Administrativo, a polícia judiciária deve observar as 
normas de direito criminal (processuais e penais). 
 
Assim, como o poder de polícia, a polícia 
administrativa, é atividade conferida ao Estado para impor restrições 
a esfera particular, devemosentender que se trata de prerrogativa 
especial, e como tal, goza de atributos diferenciados. 
 
Assim, o poder de polícia goza dos seguintes atributos 
específicos: a discricionariedade, a autoexecutoriedade e a 
coercibilidade (DAC). 
 
A discricionariedade deve ser entendida no sentido 
de que cabe à Administração definir quando e onde exercitar seu 
poder de fiscalização e controle, ou seja, a oportunidade e 
conveniência de exercer o poder de polícia, aplicando as sanções e 
os meios necessários à proteção do interesse público. 
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Contudo, deve-se ressaltar que o poder de polícia é 
em regra discricionário, isso porque a lei pode estabelecer o modo e 
a forma de sua realização quando, então, não haverá margem de 
escolha da Administração, sendo, pois, vinculado, tal como a 
concessão de licença para dirigir (habilitação). 
 
Com efeito, a licença é ato de polícia vinculado, ou 
seja, ocorre quando o indivíduo, preenchidos os requisitos, tem o 
direito de praticar o ato, por isso são atos vinculados (licença para 
construir, para dirigir etc). 
 
A autorização, por outro lado, é ato decorrente do 
poder de polícia discricionária, ou seja, dependerá da conveniência 
e oportunidade da administração em permitir ou conceder o ato (ex. 
porte arma), podendo, portanto, ser revogada. 
 
Assim, podemos concluir que nem todo ato do 
poder de polícia é discricionário. 
 
A autoexecutoridade é a prerrogativa conferida à 
Administração para decidir e executar diretamente suas decisões, 
por seus próprios meios, sem intervenção do Poder Judiciário. 
 
Veja que a Administração para praticar seus atos 
condizentes com o poder de polícia não necessita de autorização 
judicial, de modo que por si mesma pode executá-los. 
 
A coercibilidade é o atributo que confere à 
Administração poder de impor obrigações ou condutas aos 
particulares, de forma a exigir seu cumprimento, sob pena de a 
Administração fazer-se cumprir pelo uso da força. 
 
Quanto à titularidade do poder de polícia, é importante 
observar que a competência para exercê-lo decorre diretamente do 
sistema de partilha de competências constitucional. Assim, em 
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regra, a competência é da pessoa política a qual a Constituição 
conferiu o poder de regular a matéria. 
 
Portanto, tratando-se de assuntos de interesses 
nacionais, a competência é da União. De assuntos estaduais, a 
competência é do Estado-membro. E, regionais, a competência é do 
Município. Porém, devemos lembrar que haverá a possibilidade de 
exercício concorrente, daí a necessidade de atuação em sistema de 
gestão associada, conforme prescreve o art. 241, CF/88. 
 
Nesse sentido, quando o poder de polícia é exercido 
diretamente pela pessoa política, ou seja, pela Administração Pública 
direta, por seus órgãos e agentes, fala-se em poder de polícia 
originário. 
 
Contudo, quando outorgado (delegação feita por lei) à 
pessoa jurídica integrante da Administração Indireta, tal como as 
autarquias, denomina-se poder de polícia delegado ou 
outorgado. 
 
Daí a grande celeuma no âmbito dessa matéria. Pode 
o poder de polícia ser delegado? É preciso ter cuidado, pois 
acabamos de ver que a resposta é positiva, desde que a delegação 
ocorra por força de lei. 
 
Agora, a delegação poderá ocorrer para pessoa 
jurídica de direito privado? E para particulares? 
 
Bem, aí a questão é um pouco mais complexa. A 
jurisprudência tem pacificado o entendimento de que o poder 
de polícia é atividade exclusivamente estatal, por isso, não 
poderia ser delegado a particulares. 
 
Nesse sentido, entende o professor Celso Antônio 
Bandeira de Mello que, em regra, não se pode delegar os atos de 
poder de polícia a particulares e essa tem sido a orientação 
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jurisprudencial do próprio Supremo Tribunal Federal (ADI 
1.717/DF) e do Superior Tribunal de Justiça. Ilustrativamente: 
 
PROCESSUAL CIVIL – CONFLITO DE COMPETÊNCIA – 
CONSELHO DE FISCALIZAÇÃO PROFISSIONAL – PESSOA 
JURÍDICA DE DIREITO PÚBLICO – PROCESSO LICITATÓRIO 
– COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
1. O Supremo Tribunal Federal, na ADIn 1.717/DF, declarou 
a inconstitucionalidade dos dispositivos da Lei 9.649/98, 
que alteraram a natureza jurídica dos conselhos 
profissionais por ser indelegável a entidade privada 
atividade típica de Estado, que abrange até poder de 
polícia, de tributar e de punir, no que concerne ao 
exercício das atividades profissionais 
regulamentadas. 
2. Mantida a natureza autárquica dos conselhos 
profissionais permanece competente a Justiça Federal para 
julgar mandado de segurança, ainda que o ato impugnado 
seja de gestão e não de delegação, como in casu. 
3. Conflito conhecido para declarar-se competente o Juízo 
Federal, suscitado. (CC 54.780/RR, Rel. Ministra ELIANA 
CALMON, PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 28/06/2006, DJ 
07/08/2006 p. 197) 
 
Contudo, o ilustre professor ressalva o caso de 
capitães de navios, em que há o exercício do poder de polícia por 
pessoa privada. No entanto, trata-se de uma excepcionalidade, 
segundo o próprio mestre. 
 
Destaca-se, todavia, que é possível que se permita 
ao particular, pessoa privada, a prática de atos materiais que 
precedam os atos jurídicos do poder de polícia, que é a 
instrumentalização do poder de polícia, tal como colocação de 
fotossensores, radares, pardais, detectores de produtos 
ilícitos ou metais em aeroportos etc, conforme orientação 
jurisprudencial. Vejamos: 
 
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ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. MULTA DE 
TRÂNSITO. NECESSIDADE DE IDENTIFICAÇÃO DO AGENTE. 
AUTO DE INFRAÇÃO. 
1. Nos termos do artigo 280, § 4º, do Código de Trânsito, o 
agente da autoridade de trânsito competente para lavrar o 
auto de infração poderá ser servidor civil, estatutário ou 
celetista ou, ainda, policial militar designado pela autoridade 
de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito de sua 
competência. O aresto consignou que toda e qualquer 
notificação é lavrada por autoridade administrativa. 
2. "Daí não se segue, entretanto, que certos atos materiais 
que precedem atos jurídicos de polícia não possam ser 
praticados por particulares, mediante delegação, 
propriamente dita, ou em decorrência de um simples 
contrato de prestação. Em ambos os casos (isto é, com ou 
sem delegação), às vezes, tal figura aparecerá sob o rótulo 
de "credenciamento". Adílson Dallari, em interessantíssimo 
estudo, recolhe variado exemplário de "credenciamentos". É 
o que sucede, por exemplo, na fiscalização do cumprimento 
de normas de trânsito mediante equipamentos 
fotossensores, pertencentes e operados por empresas 
privadas contratadas pelo Poder Público, que acusam a 
velocidade do veículo ao ultrapassar determinado ponto e 
lhe captam eletronicamente a imagem, registrando dia e 
momento da ocorrência" (Celso Antônio Bandeira de Mello, 
in "Curso de Direito Administrativo, Malheiros,15ª edição, 
pág. 726): 3. É descabido exigir-se a presença do agente 
para lavrar o auto de infração no local e momento em que 
ocorreu a infração, pois o § 2º do CTB admite como meio 
para comprovar a ocorrência "aparelho eletrônico ou por 
equipamento audiovisual (...)previamente regulamentado 
pelo CONTRAN." 4. Não se discutiu sobre a impossibilidade 
da administração valer-se de cláusula que estabelece 
exceção para notificação pessoal da infração para instituir 
controle eletrônico. 
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5. Recurso especial improvido. (REsp 712.312/DF, Rel. 
Ministro CASTRO MEIRA, SEGUNDA TURMA, julgado em 
18/08/2005, DJ 21/03/2006 p. 113) 
 
Mas, e se essa pessoa jurídica de direito privado for 
integrante da Administração Pública? 
 
Bem, o entendimento era no sentido de que pessoa 
jurídica de direito privado não poderia exercer atos do poder de 
polícia, por ser atividade tipicamente estatal, ou seja, que deveria 
ser exercida por pessoa jurídica de direito público. 
 
Contudo, em recente decisão o STJ passou a entender 
que o poder de polícia, que atualmente é desmembrado em quatro 
atividades, qual seja: legislação, consentimento, fiscalização e 
sanção -, poderá ser delegado à pessoa jurídica de direito privado, 
integrante da Administração Pública, no tocante às atividades de 
consentimento e fiscalização. 
 
Significa dizer que, para o STJ, as atividades de 
consentimento (tal como expedição de alvará, carteira de motorista, 
dentre outras) e de fiscalização (fiscalização de trânsito, postura, 
obras, sanitária etc) podem ser delegadas às entidades de direito 
privado. 
 
No entanto, conforme entendimento do STJ não 
poderá ser delegado atividades de legislação e aplicação de sanções, 
por se caracterizar como atividades intrínsecas do campo 
administrativo. Nesse sentido, vale transcrever a notícia veiculada 
no âmbito do STJ: 
 
"A Segunda Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) 
decidiu pela possibilidade de a Empresa de Transporte de 
Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans) exercer atos 
relativos à fiscalização no trânsito da capital mineira. 
Entretanto, os ministros da Turma mantiveram a 
vedação à aplicação de multas pela empresa privada. 
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A Turma decidiu reformar, parcialmente, decisão de 
novembro último que garantiu ao poder público a aplicação 
de multa de trânsito. Na ocasião, os ministros 
acompanharam o entendimento do relator, ministro Mauro 
Campbell Marques, de ser impossível a transferência do 
poder de polícia para a sociedade de economia mista, que é 
o caso da BHTrans. Ele explicou que o poder de polícia é o 
dever estatal de limitar o exercício da propriedade e da 
liberdade em favor do interesse público. E suas atividades 
se dividem em quatro grupos: legislação, consentimento, 
fiscalização e sanção.” 
 
O prof. Carvalho Filho, neste aspecto, diverge, pois 
entende que qualquer pessoa administrativa também poderá exercer 
a atividade de fiscalização e aplicar sanção. 
 
A propósito, são sanções decorrentes do poder de 
polícia as multas, interdição de atividades, embargo de obras, 
cassação de patentes, demolições, proibição de fabricar, suspensão 
ou cassação de direito, por exemplo. 
 
De toda sorte, por ser ato administrativo, os atos de 
poder de polícia se submetem ao controle administrativo, de 
autotutela, bem como ao controle judicial de legalidade. 
 
Ademais, vale destacar que a Lei nº 9.873/99 
estabelece prazo prescricional de cinco anos para o exercício de 
ação punitiva pela Administração Pública Federal direta e indireta, no 
exercício do poder de polícia, conforme determina o art. 1º: 
 
Art. 1o Prescreve em cinco anos a ação punitiva da 
Administração Pública Federal, direta e indireta, no exercício 
do poder de polícia, objetivando apurar infração à legislação 
em vigor, contados da data da prática do ato ou, no 
caso de infração permanente ou continuada, do dia 
em que tiver cessado. 
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Observe que esta lei não se aplica às infrações de 
natureza funcional e aos processos e procedimentos de natureza 
tributária, conforme art. 5º, mas ao exercício do poder de polícia. 
 
Vamos às questões. 
 
 
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2. QUESTÕES SELECIONADAS 
 
1. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/AC – 
FCC/2010) Acerca dos poderes e deveres do administrador 
público, é correto afirmar que 
a) o dever de prestar contas aplica-se apenas aos ocupantes de 
cargos eletivos e aos agentes da administração direta que tenham 
sob sua guarda bens ou valores públicos. 
b) o agente público, mesmo quando despido da função ou fora do 
exercício do cargo, pode usar da autoridade pública para sobrepor-
se aos demais cidadãos. 
c) o poder tem, para o agente público, o significado de dever para 
com a comunidade e para com os indivíduos, no sentido de que, 
quem o detém está sempre na obrigação de exercitá-lo. 
d) o dever de eficiência exige que o administrador público, no 
desempenho de suas atividades, atue com ética, honestidade e boa-
fé. 
e) o dever de probidade traduz-se na exigência de elevado padrão 
de qualidade na atividade administrativa. 
 
2. (AGENTE ADMINISTRATIVO – MPE/RN – FCC/2010) Sobre 
o poder da autoridade, analise: 
I. A autoridade, embora competente para praticar o ato, vai além do 
permitido e exorbita no uso de suas faculdades administrativas. 
II. A autoridade, embora atuando nos limites de sua competência, 
pratica o ato por motivos ou com fins diversos dos objetivados pela 
lei ou exigidos pelo interesse público. 
Tais espécies configuram, técnica e respectivamente, 
a) desvio de finalidade e uso de gestão de poder. 
b) desvio de poder e excesso de poder. 
c) abuso de poder e uso regular do poder. 
d) uso de gestão do poder e excesso de poder. 
e) excesso de poder e desvio de finalidade. 
 
3. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRE/AL – FCC/2010) O abuso de 
poder 
a) não pode ser combatido por meio de Mandado de Segurança. 
b) caracteriza-se na forma omissiva, apenas. 
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c) não se configura se a Administração retarda ato que deva 
praticar, sendo certo que essa conduta caracteriza mera falha 
administrativa. 
d) pode se configurar nas modalidades de excesso de poder e desvio 
de finalidade ou de poder. 
e) embora constitua vício do ato administrativo, nunca é causa de 
nulidade do mesmo. 
 
4. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/AM – FCC/2010) Sobre o 
abuso de poder, é correto afirmar que: 
a) para combatê-lo, não há medida judicial cabível, devendo o 
prejudicado recorrer à via administrativa. 
b) o abuso de poder só pode revestir a forma omissiva, não a 
comissiva. 
c) o uso do poder é lícito, enquanto o abuso pode ser lícito ou ilícito, 
dependendo da finalidade.d) a improbidade deve sempre ser considerada uma espécie de 
abuso de poder. 
e) todo ato abusivo é nulo, por excesso ou desvio de poder. 
 
5. (OFICIAL DE JUSTIÇA – TJ/PE – FCC/2012) No que se 
refere aos poderes administrativo, discricionário e vinculado, 
é INCORRETO afirmar: 
a) Mesmo quanto aos elementos discricionários do ato administrativo 
há limitações impostas pelos princípios gerais de direito e pelas 
regras de boa administração. 
b) A discricionariedade é sempre relativa e parcial, porque, quanto à 
competência, à forma e à finalidade do ato, a autoridade está 
subordinada ao que a lei dispõe. 
c) Poder vinculado é aquele que o Direito Positivo – a Lei – confere à 
Administração Pública para a prática de ato de sua competência, 
determinando os elementos e requisitos necessários à sua 
formalização, mas lembrando a dificuldade de se encontrar um ato 
administrativo inteiramente vinculado. 
d) A atividade discricionária encontra plena justificativa na 
impossibilidade de o legislador catalogar na lei todos os atos que a 
prática administrativa exige. 
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e) Na categoria dos atos administrativos vinculados, a liberdade de 
ação do administrador é ampla, visto que não há necessidade de se 
ater à enumeração minuciosa do Direito Positivo para realizá-la. 
 
6. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRF 2ª REGIÃO – FCC/2012) Em 
matéria de poderes administrativos, o poder regulamentar 
tem como objeto a edição de atos administrativos 
normativos, os quais contêm determinações 
a) gerais, incidindo sobre todos os fatos ou situações enquadradas 
nas hipóteses que abstratamente preveem. 
b) específicas, aplicáveis nas hipóteses delineadas e enumeradas em 
seus termos e correspondentes condições. 
c) que devem ser observadas em determinadas e específicas 
situações, observadas as regulamentações específicas. 
d) especificadas no próprio ato, mas cuja aplicabilidade depende da 
expedição de ato complementar. 
e) a serem aplicadas sempre que não for possível estabelecer 
critérios subjetivos para elucidar determinadas situações. 
 
7. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 6ª REGIÃO – FCC/2012) O 
poder regulamentar cabe ao chefe do Poder Executivo e 
compreende a edição de normas complementares à lei, para 
sua fiel execução. Constitui forma de expressão do poder 
a) normativo. 
b) hierárquico. 
c) discricionário. 
d) de polícia. 
e) disciplinar. 
 
8. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 4ª REGIÃO – 
FCC/2011) É correta a afirmação de que o exercício do poder 
regulamentar está consubstanciado na competência 
a) das autoridades hierarquicamente superiores das administrações 
direta e indireta, para a prática de atos administrativos vinculados, 
objetivando delimitar o âmbito de aplicabilidade das leis. 
b) dos Chefes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, 
objetivando a fiel aplicação das leis, mediante atos administrativos 
expedidos sob a forma de homologação. 
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c) originária dos Ministros e Secretários estaduais, de editarem atos 
administrativos destinados a esclarecer a aplicabilidade das leis 
ordinárias. 
d) dos Chefes do Poder Executivo para editar atos administrativos 
normativos destinados a dar fiel execução às leis. 
e) do Chefe do Poder Executivo Federal, com a finalidade de editar 
atos administrativos de gestão, para esclarecer textos controversos 
de normas federais. 
 
9. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRE/PR – 
FCC/2012) De acordo com Maria Sylvia Zanella di Pietro, o 
poder regulamentar é uma das formas de expressão da 
competência normativa da Administração Pública. Referido 
poder regulamentar, de acordo com a Constituição Federal, 
a) é competência exclusiva do Chefe do Poder Executivo, que 
também pode editar decretos autônomos, nos casos previstos. 
b) admite apenas a edição de decretos executivos, complementares 
à lei. 
c) compreende a edição de decretos regulamentares autônomos 
sempre que houver lacuna na lei. 
d) admite a delegação da competência originária em caráter geral e 
definitivo. 
e) compreende a edição de decretos autônomos e regulamentares, 
quando houver lacuna na lei. 
 
10. (ANALISTA JUDICIÁRIO – ADMINISTRATIVA – TRT 8ª 
REGIÃO – FCC/2010) O Poder Legislativo aprova lei que 
proíbe fumar em lugares fechados, cujo texto prevê o seu 
detalhamento por ato do Poder Executivo. Sancionando a Lei, 
o Chefe do Poder Executivo edita, imediatamente, decreto 
detalhando a aplicação da norma, conforme previsto. Ao fazê-
lo o Chefe do Poder Executivo exerce o poder 
a) disciplinar. 
b) regulamentar. 
c) discricionário. 
d) de polícia. 
e) hierárquico. 
 
11. (ANALISTA MINISTERIAL – MPE/PE – FCC/2012) No 
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que concerne ao poder regulamentar, considere a seguinte 
situação hipotética: o Prefeito de Olinda expediu decreto 
regulamentar cujo conteúdo contraria lei do mesmo 
Município, bem como impõe obrigações que não estão 
previstas na mencionada lei. Sobre o tema, é correto afirmar 
que decreto regulamentar 
a) não pode contrariar a lei, nem impor obrigações que nela não 
estejam previstas. 
b) não pode contrariar a lei, porém pode impor obrigações que nela 
não estejam previstas. 
c) pode contrariar a lei, bem como impor obrigações que nela não 
estejam previstas, tendo em vista a autonomia e independência do 
Poder Executivo. 
d) pode contrariar a lei, porém não pode impor obrigações que nela 
não estejam previstas. 
e) não faz parte do poder normativo da Administração, vez que não 
é da competência do Chefe do Executivo. 
 
12. (PROCURADOR – TCE/RO – FCC/2010) O poder 
normativo conferido à Administração Pública compreende a 
a) edição de decretos autônomos para criação e extinção de órgãos 
públicos, na medida em que são tradução de seu poder de auto-
organização. 
b) edição de atos normativos de competência exclusiva do Chefe do 
Executivo, tais como, decretos regulamentares, resoluções, 
portarias, deliberações e instruções. 
c) promulgação de atos normativos originários e derivados, sendo os 
primeiros os regulamentos executivos e os segundos, os 
regulamentos autônomos. 
d) promulgação de atos legislativos de efeitos concretos, desde que 
se refiram a objeto passível de ser disposto por meio de decreto 
regulamentar. 
e) edição de decretos autônomos, restringindo-se estes às hipóteses 
decorrentes de exercício de competência própria, outorgada 
diretamente pela Constituição. 
 
13. (DEFENSOR PÚBLICO – DPE/MT – FCC/2009) Considere 
os dispositivos abaixo, extraídos do art. 84 da Constituição 
Federal, cujo caput é "Compete privativamente ao Presidente 
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da República": 
I. "iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos previstos 
nesta Constituição". 
II. "sancionar, promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir 
decretos e regulamentos para sua fiel execução". 
III. "vetar projetos de lei, total ou parcialmente". 
Há exemplo de poder regulamentarda Administração Pública em: 
a) II e III, apenas. 
b) I, II e III. 
c) I, apenas. 
d) II, apenas. 
e) III, apenas. 
 
14. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AP – FCC/2009) É 
exemplo que se refere ao poder regulamentar, em matéria de 
competências do Presidente da República, 
a) exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a direção superior 
da administração federal. 
b) vetar projetos de lei, total ou parcialmente. 
c) celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos a 
referendo do Congresso Nacional. 
d) expedir decretos e regulamentos para fiel execução das leis. 
e) conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, 
dos órgãos instituídos em lei. 
 
15. (FCC/2014 – PREF. CUIABÁ/MT – PROCURADOR 
MUNICIPAL) Acerca do poder normativo da Administração 
Pública, é correto afirmar: 
a) Os chamados regulamentos executivos não existem no Direito 
Brasileiro, que somente admite os chamados regulamentos 
autorizados ou delegados. 
b) É exercido por meio de decretos regulamentares, resoluções, 
portarias e outros atos dotados de natureza normativa primária. 
c) Não se confunde com o poder regulamentar, pois ambos têm 
natureza jurídica distinta. 
d) Compete ao Congresso Nacional sustar atos normativos dos 
demais Poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites 
de delegação legislativa. 
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e) Nem toda lei depende de regulamento para ser executada, mas 
toda e qualquer lei pode ser regulamentada se o Executivo julgar 
conveniente fazê-lo. 
 
16. (FCC/2013 – DPE/RS – TÉCNICO DE APOIO 
ESPECIALIZADO – ADMINISTRATIVO) O Secretário de Estado 
da Justiça editou decreto para regulamentar o horário de 
atendimento dos fóruns estaduais, estabelecendo, 
diversamente do previsto na legislação estadual, que o 
atendimento aos advogados seria feito no período da tarde. A 
medida é 
a) legal quanto à competência e ilegal quanto ao objeto, na medida 
em que não poderia ter contrariado a legislação estadual, devendo o 
decreto apenas explicitar os termos da lei. 
b) legal, desde que o decreto não tenha restringido o número de 
horas de atendimento franqueadas aos advogados, apenas 
concentrado a disponibilidade delas no período da tarde. 
c) inconstitucional, na medida em que a competência para editar 
decretos é privativa do Chefe do Executivo, não podendo o 
Secretário de Estado fazê-lo. 
d) constitucional quanto à forma, pois a competência para edição de 
decretos é passível de delegação, mas é ilegal quanto ao conteúdo, 
pois contrariou a legislação vigente. 
e) inconstitucional quanto à forma, pois a competência para edição 
de decretos é privativa do Chefe do Executivo, mas é legal quanto 
ao conteúdo, tendo em vista que a medida se encaixa na 
competência para edição de decretos autônomos, uma vez que trata 
da organização da administração. 
 
17. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 20ª REGIÃO – FCC/2011) 
Dispõe o Poder Executivo de poder para distribuir e escalonar 
as funções de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus 
agentes, estabelecendo a relação de subordinação entre os 
servidores do seu quadro de pessoal. Trata-se do poder 
a) disciplinar. 
b) discricionário. 
c) regulamentar. 
d) de polícia. 
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e) hierárquico. 
 
18. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/PA – FCC/2009) Poder 
hierárquico é 
a) o de que dispõe o Executivo para distribuir e escalonar as funções 
de seus órgãos, ordenar e rever a atuação de seus agentes. 
b) a faculdade de punir as infrações funcionais dos servidores e 
demais pessoas sujeitas à disciplina dos órgãos e serviços da 
Administração. 
c) a faculdade de que dispõe a Administração Pública para 
condicionar e restringir o uso e o gozo de bens, atividades e direitos 
individuais em benefício da coletividade. 
d) o poder que as Corregedorias têm de investigar e aplicar 
penalidades em servidores pela prática de atos administrativos 
ilegais 
e) o poder de que dispõem os chefes de Executivo de expedir 
decretos autônomos sobre matéria de sua competência ainda não 
disciplinada em lei. 
 
19. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TJ/AP – FCC/2009) Exerce 
poder hierárquico, no sentido tradicional do Direito 
administrativo, 
a) um Governador de Estado em relação a um Prefeito de Município 
daquele Estado. 
b) o Presidente da República em relação a um presidente de 
autarquia federal. 
c) o Governador de Estado em relação ao Presidente do Tribunal de 
Justiça daquele Estado. 
d) o Presidente da República em relação ao Presidente do Congresso 
Nacional. 
e) um Prefeito de Município em relação a um Secretário daquele 
Município. 
 
20. (ANALISTA JUDICIÁRIO – CONTABILIDADE – TJ/PE – 
FCC/2012) Considere sob o foco do poder hierárquico: 
I. Chamar a si funções originariamente atribuídas a um subordinado 
significa avocar, e só deve ser adotada pelo superior hierárquico e 
por motivo relevante. 
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II. A revisão hierárquica é possível, desde que o ato já tenha se 
tornado definitivo para a Administração ou criado direito subjetivo 
para o particular. 
III. As delegações quando possíveis, não podem ser recusadas pelo 
inferior, como também não podem ser subdelegadas sem expressa 
autorização do delegante. 
IV. A subordinação e a vinculação política significam o mesmo 
fenômeno e não admitem todos os meios de controle do superior 
sobre o inferior hierárquico. 
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) II, III e IV. 
b) II e IV. 
c) I, II e III. 
d) I e III. 
e) I, III e IV. 
 
21. (ANALISTA JUDICIÁRIO – EXECUÇÃO DE MANDADOS – 
TRT 20ª REGIÃO – FCC/2011) NÃO constitui característica do 
poder hierárquico: 
a) delegar atribuições que não lhe sejam privativas. 
b) dar ordens aos subordinados, que implica o dever de obediência, 
para estes últimos, salvo para as ordens manifestamente ilegais. 
c) controlar a atividade dos órgãos inferiores, tendo o poder de 
anular e de revogar atos administrativos. 
d) avocar atribuições, desde que estas não sejam da competência 
exclusiva do órgão subordinado. 
e) editar atos normativos que poderão ser de efeitos internos e 
externos. 
 
22. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 22ª REGIÃO – FCC/2010) 
Do poder hierárquico decorrem faculdades implícitas ao 
superior, tais como, delegar e avocar atribuições, bem como 
rever atos dos inferiores. Sobre o tema, é correto afirmar que 
a) as delegações podem ser subdelegadas mesmo sem expressa 
autorização do delegante. 
b) cabe delegação ainda que a atribuição tenha sido conferida por lei 
privativamente a determinado órgão ou agente. 
c) admite-se, no nosso sistema constitucional, a delegação de 
atribuições de um Poder a outro. 
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d) a avocação, na esfera federal, deve ser feita como regra, isto é, 
usualmente; mas é necessária a existência de motivos relevantes 
para a referida substituição. 
e) a revisão hierárquica não poderá ocorrer se o ato gerou direito 
adquiridoao particular. 
 
23. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRT 3ª REGIÃO – FCC/2009) 
O poder hierárquico 
a) autoriza a Administração Direta a rever, de ofício, os atos 
praticados pelas entidades integrantes da Administração Indireta, 
quando identificada a sua desconformidade com as diretrizes 
governamentais. 
b) corresponde ao poder conferido aos agentes públicos para emitir 
ordens a seus subordinados e aplicar sanções disciplinares, ainda 
que não expressamente previstas em lei. 
c) fundamenta a avocação, pela Administração Direta, de matérias 
inseridas na competência das autarquias a ela vinculadas. 
d) constitui fundamento da organização administrativa, 
estabelecendo relação de coordenação e subordinação entre os 
vários órgãos integrantes da Administração Pública. 
e) possibilita ao particular apresentar recurso ordinário ao Ministério 
ao qual se encontra vinculada entidade integrante da Administração 
Indireta, insurgindo-se contra o mérito do ato praticado. 
 
24. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) Sobre o 
poder hierárquico, é correto afirmar: 
a) É possível a apreciação da conveniência e da oportunidade das 
determinações superiores pelos subalternos. 
b) Em geral, a responsabilidade pelos atos e medidas decorrentes da 
delegação cabe à autoridade delegante. 
c) As determinações superiores – com exceção das manifestamente 
ilegais -, devem ser cumpridas; podem, no entanto, ser ampliadas 
ou restringidas pelo inferior hierárquico. 
d) Rever atos de inferiores hierárquicos é apreciar tais atos em todos 
os seus aspectos, isto é, tanto por vícios de legalidade quanto por 
razões de conveniência e oportunidade. 
e) A avocação de ato pelo superior não desonera o inferior da 
responsabilidade pelo mencionado ato. 
 
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25. (ACE – TCE/AP – FCC/2012) Determinado dirigente de 
autarquia estadual passou a orientar a atuação da entidade 
para fins diversos daqueles que justificaram a criação da 
entidade. Para a correção dessa situação, o ente instituidor 
da autarquia deverá exercer o poder 
a) Disciplinar. 
b) Normativo. 
c) Regulamentar. 
d) De revisão ex oficio. 
e) de tutela. 
 
26. (FCC/2014 – TRT 1ª REGIÃO (RJ) – ANALISTA 
JUDICIÁRIO) Quando se diz que as relações da Administração 
pública estão sujeitas à hierarquia, se quer dizer que é 
possível estabelecer alguma relação de coordenação e de 
subordinação entre os órgãos que compõem a Administração. 
Essa competência expressa-se quando a Administração 
a) edita atos normativos de efeitos externos, obrigando seus 
subordinados e os particulares que com eles se relacionam. 
b) edita atos normativos para organizar a atuação dos órgãos que 
integram sua estrutura. 
c) instaura processos administrativos para apuração de 
irregularidades e aplicação de sanções disciplinares e contratuais. 
d) celebra contratos com particulares para atendimento do interesse 
público. 
e) fiscaliza a atuação dos subordinados e dos particulares, inclusive 
com a aplicação de penalidades. 
 
27. (FCC/2014 – TRT – 2ª REGIÃO (SP) – ANALISTA 
JUDICIÁRIO – OFICIAL DE JUSTIÇA AVALIADOR) Quando a 
Administração pública edita atos normativos que se prestam 
a orientar e disciplinar a atuação de seus órgãos 
subordinados, diz-se que atuação é expressão de seu poder; 
a) hierárquico, traduzindo a competência de ordenar a atuação dos 
órgãos que integram sua estrutura. 
b) disciplinar, atingindo eventuais terceiros que não integram a 
estrutura da Administração. 
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c) de polícia interna, que tem lugar quando os destinatários 
integram a própria estrutura da Administração. 
d) normativo, que tem lugar quando os destinatários integram a 
própria estrutura da Administração. 
e) de polícia normativa, embora não atinjam os administrados em 
geral, sujeitos apenas ao poder regulamentar. 
 
28. (FCC/2013 – TRT 15ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO) 
A possibilidade de autoridade superior de órgão da 
Administração direta revogar ou anular atos praticados por 
seus subordinados, nos termos da lei, é exteriorização do 
poder. 
a) de Tutela. 
b) Hierárquico. 
c) Disciplinar. 
d) Regulamentar. 
e) Normativo. 
 
29. (FCC/2013 – MPE-SE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO) O 
ato de delegação fruto do poder hierárquico, poderá 
transferir atribuições 
a) relacionadas à edição de atos de competência exclusiva atribuída 
ao delegante. 
b) específicas, mediante prazo determinado e publicação do ato de 
delegação por meio oficial. 
c) correspondentes à totalidade das competências atribuídas ao 
delegante pela lei. 
d) cometidas a qualquer órgão singular, uma vez que não são 
passíveis de delegação as competências imputadas a órgãos 
colegiados. 
e) específicas e, mesmo quando praticadas pelo agente delegado, 
considerar-se-ão editadas pelo delegante. 
 
30. (FCC/2014 – TRT 19ª REGIÃO (AL) – TÉCNICO 
JUDICIÁRIO) Carlos Eduardo, servidor público estadual e 
chefe de determinada repartição pública, adoeceu e, em 
razão de tal fato, ficou impossibilitado de comparecer ao 
serviço público. No entanto, justamente no dia em que o 
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mencionado servidor faltou ao serviço, fazia-se necessária a 
prática de importante ato administrativo. Em razão do 
episódio, Joaquim, servidor público subordinado de Carlos 
Eduardo, praticou o ato, vez que a lei autorizava a delegação. 
O fato narrado corresponde a típico exemplo do poder 
a) disciplinar. 
b) de polícia. 
c) regulamentar. 
d) hierárquico. 
e) normativo-disjuntivo. 
 
31. (FCC/2013 – TRT – 18ª REGIÃO (GO) – TÉCNICO 
JUDICIÁRIO) O poder hierárquico encontra-se presente: 
a) nas relações entre a Administração pública e as empresas 
regularmente contratadas por meio de licitação. 
b) na relação funcional entre servidores estatutários e seus 
superiores. 
c) nas relações de limitação de direitos que se trava entre 
administrados e autoridades públicas. 
d) entre servidores estatutários de mesmo nível funcional. 
e) somente entre servidores e superiores militares. 
 
32. (ANALISTA JUDICIÁRIO – TRE/AL – FCC/2010) Dentre 
as características do poder disciplinar inclui-se: 
a) Dispensabilidade da apuração regular da falta disciplinar para a 
aplicação da punição interna da Administração, tendo em vista a 
informalidade do poder disciplinar. 
b) Identidade de fundamentos entre a punição disciplinar e a 
criminal, assim como da natureza das penas. 
c) Vinculação obrigatória à prévia definição da lei sobre a infração e 
a respectiva sanção. 
d) Imprescindibilidade da motivação da punição disciplinar para a 
validade da pena. 
e) Discricionariedade ilimitada quanto ao dever de punir, cabendo à 
autoridade competente decidir entre instaurar ou não o 
procedimento administrativo em caso de falta disciplinar. 
 
33. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 6ª REGIÃO 
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– FCC/2012) Constitui exemplo do poder disciplinar da 
Administração públicaa) a imposição de restrições a atividades dos cidadãos, nos limites 
estabelecidos pela lei. 
b) a imposição de sanção a particulares que contratam com a 
Administração. 
c) a edição de atos normativos para ordenar a atuação de agentes e 
órgãos administrativos. 
d) a edição de regulamentos para a fiel execução da lei. 
e) o poder conferido às autoridades de dar ordens a seus 
subordinados e rever seus atos. 
 
34. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/CE – FCC/2012) No que 
diz respeito ao poder disciplinar, a apuração regular de 
infração disciplinar e a motivação da punição disciplinar são, 
respectivamente, 
a) indispensável para a legalidade da punição interna da 
Administração e prescindível para a validade da pena, em razão da 
discricionariedade do poder disciplinar. 
b) faculdade da Administração Pública, em razão da 
discricionariedade presente no poder disciplinar e imprescindível 
para a validade da pena. 
c) indispensável para a legalidade da punição interna da 
Administração e imprescindível para a validade da pena. 
d) faculdade da Administração Pública, em razão da 
discricionariedade presente no poder disciplinar e prescindível para a 
validade da pena, vez que a motivação tanto pode ser resumida, 
como suprimida em alguns casos. 
e) dispensável para a aplicação de penalidade, se houver prova 
contundente acerca do cometimento da infração e imprescindível 
para a validade da pena. 
 
35. (PROCURADOR – TCE/RO – FCC/2010) O poder 
disciplinar inerente à Administração Pública para o 
desempenho de suas atividades 
a) aplica-se a todos os servidores e administrados sujeitos ao poder 
de polícia. 
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b) decorre do poder normativo atribuído à Administração e que lhe 
permite estabelecer as sanções cabíveis aos administrados quando 
praticarem atos contrários à lei. 
c) aplica-se aos servidores públicos hierarquicamente subordinados, 
bem como àqueles dotados de autonomia funcional. 
d) aplica-se discricionariamente, permitindo a não aplicação de 
penalidades previstas em lei na hipótese de arrependimento e desde 
que não tenha havido prejuízo econômico ao erário. 
e) dirige-se exclusivamente aos servidores públicos sujeitos ao 
poder hierárquico estrito da Administração, não se aplicando a 
outras pessoas ou aos servidores que possuam independência 
funcional. 
 
36. (AGENTE TÉCNICO LEGISLATIVO – AL/SP – FCC/2010) 
O Poder disciplinar atribuído à Administração pública 
a) autoriza a aplicação de penalidades aos servidores públicos e 
demais pessoas sujeitas à disciplina administrativa. 
b) traduz-se no poder da Administração de impor limitações às 
liberdades individuais nos limites preestabelecidos na lei. 
c) caracteriza-se como o poder conferido às autoridades 
administrativas de dar ordens a seus subordinados e de controlar as 
atividades dos órgãos inferiores. 
d) é o poder de editar atos normativos para ordenar a atuação dos 
diversos órgãos e agentes dotados das competências especificadas 
em lei. 
e) é o poder de aplicar, aos agentes públicos e aos administrados 
em geral, as penalidades fixadas em lei, observado o devido 
processo legal. 
 
37. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRT 22ª REGIÃO – FCC/2010) 
No que diz respeito ao poder disciplinar da Administração 
Pública, é correto afirmar: 
a) O poder disciplinar é discricionário; isto significa que a 
Administração, tendo conhecimento de falta praticada por 
determinado servidor, não está obrigada a instaurar procedimento 
administrativo para sua apuração. 
b) O poder disciplinar é correlato com o poder hierárquico, mas com 
ele não se confunde; no uso do poder disciplinar, a Administração 
Pública controla o desempenho das funções executivas e a conduta 
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interna de seus agentes, responsabilizando-os pelas faltas 
cometidas. 
c) Algumas penalidades administrativas podem ser aplicadas ao 
infrator, sem prévia apuração por meio de procedimento legal. 
d) Poder disciplinar é o que cabe à Administração Pública para 
apurar infrações e aplicar penalidades aos servidores públicos, não 
abrangendo particulares, ainda que sujeitos à disciplina 
administrativa. 
e) Uma mesma infração pode dar ensejo a punição administrativa e 
a punição criminal; no entanto, a aplicação de ambas as 
penalidades, nas respectivas searas, caracteriza evidente bis in 
idem. 
 
38. (ACE – TCE/AP – FCC/2012) Submetem-se ao poder 
disciplinar da Administração: 
a) servidores submetidos ao regime estatutário e servidores 
ocupantes de emprego público. 
b) funcionários públicos, exclusivamente. 
c) particulares que atuam em setores considerados de interesse 
público. 
d) as entidades da Administração indireta, em face da tutela 
exercida pelo ente instituidor. 
e) os administrados, em face do poder da Administração de limitar a 
atuação privada em prol do interesse coletivo. 
 
39. (ANALISTA JUDICIÁRIO – JUDICIÁRIA – TRT 11ª 
REGIÃO – FCC/2012) A Administração Pública, ao tomar 
conhecimento de infrações, cometidas por estudantes de uma 
escola pública, utiliza-se de um de seus poderes 
administrativos, qual seja, o poder disciplinar. Nesse caso, a 
Administração Pública 
a) poderia utilizar-se de tal poder contra os estudantes da escola 
pública. 
b) não poderia utilizar-se de tal poder, porém, pode impor sanções 
aos estudantes, com fundamento no poder de polícia do Estado. 
c) poderia utilizar-se de tal poder, no entanto, ele está limitado à 
fase de averiguação, não cabendo à Administração, nessa hipótese, 
punir. 
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d) não poderia utilizar-se de tal poder, vez que ele somente é 
aplicável aos servidores públicos. 
e) poderia utilizar-se de tal poder, que, nessa hipótese, será 
discricionário, ou seja, pode a Administração escolher entre punir e 
não punir. 
 
40. (TÉCNICO JUDICIÁRIO – TRE/TO – FCC/2011) Sobre o 
poder disciplinar, é correto afirmar: 
a) Existe discricionariedade quanto a certas infrações que a lei não 
define, como ocorre, por exemplo, com o "procedimento irregular" e 
a "ineficiência no serviço", puníveis com pena de demissão. 
b) Há discricionariedade para a Administração em instaurar 
procedimento administrativo, caso tome conhecimento de eventual 
falta praticada. 
c) Inexiste discricionariedade quando a lei dá à Administração o 
poder de levar em consideração, na escolha da pena, a natureza e a 
gravidade da infração e os danos que dela provierem para o serviço 
público. 
d) O poder disciplinar é sempre discricionário e decorre da 
supremacia especial que o Estado exerce sobre aqueles que se 
vinculam à Administração. 
e) É possível, em determinadas hipóteses, que a Administração 
deixe de punir o servidor comprovadamente faltoso. 
 
41. (FCC/2014 – TCE/PI – ASSESSOR JURÍDICO) O poder 
disciplinar atribuído à Administração pública, considerando o 
disposto na Lei nº 8.112/90, 
a) é incompatível com a discricionariedade, devendo ser aplicado nos 
estritos termos da lei. 
b) abrange discricionariedade onde não houver disposição expressa 
de lei, tal como considerar a natureza e a gravidade da infração na 
aplicação da pena. 
c) abrange discricionariedade

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