Buscar

Sistema Linfoide

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Sistema Linfóide
Função: defender o organismo contra microrganismos e moléculas estranhas, como as toxinas produzidas por microrganismos invasores, coordena a inativação ou a destruição das moléculas isoladas, microrganismos ou células cancerosas.
As principais estruturas que participam da resposta imunológica são: timo, baço, linfonodos e nódulos linfáticos que são agregados de tecido linfático difuso e nodular, localizados na mucosa do aparelho digestivo (tonsilas, placas de peyer do íleo, e apêndice), do aparelho respiratório e do aparelho urinário, formando um conjunto conhecido como MALT ( Mucosa-Associated Lymphoid Tissue).
Todos os linfócitos se originam da medula óssea, mas os linfócitos T completam sua maturação no timo, enquanto os linfócitos B saem da medula já como células maduras. 
A medula óssea e o timo são órgãos linfóides centrais ou primários. Os linfócitos migram dos órgãos centrais através do sangue e da linfa, para os órgãos linfáticos periféricos(baço, linfonodos, tonsilas, nódulos linfóides isolados, placas de peyer), onde eles proliferam e completam sua diferenciação.
1Tecidos linfáticos difusos, sem cápsula (tecido linfático subepitelial associado aos orifícios somáticos e aos tratos dos sistemas respiratório, digestivo e urogenital).
2Tecido linfático denso, sem cápsula (acúmulos de tecido linfático subepitelial associados aos tratos respiratório, digestivo e urogenital).
3Tecidos encapsulados densos, distribuídos por todo o corpo (linfonodos, baço, nódulos hemais, nódulos hematolinfáticos, timo e bursa de Fabricius).
Tecido Linfático Difuso
 As células linfáticas são encontradas em toda a parte do organismo. O tecido conjuntivo da lâmina própria das mucosas está repleto destas células de defesa. Elas podem ocorrer numa freqüência suficiente para conferir uma natureza hipercelular a este tecido conjuntivo. Nos órgãos que estão continuamente submetidos à injúria por materiais estranhos (sistema respiratório, digestivo e urogenital), estas células se tornam parte da população residente do tecido conjuntivo. 
Tecido Linfático Denso
Nódulos Linfáticos Isolados: espalhados por todo o corpo, no formato de esferas de células linfáticas e de estroma de sustentação, são encontrados no tecido conjuntivo do trato respiratório, digestivo e urogenital. Os linfócitos da coroa externa do nódulo migram para a lâmina própria da mucosa ao redor, ou para a camada submucosa. O tecido conjuntivo que circunda estes nódulos é drenado pelos vasos linfáticos. Alguns desses nódulos podem estar encapsulados.
Nódulos Linfáticos Agregados: A acumulação de nódulos linfáticos grandes e confluentes, ocorre por todo o organismo. Geralmente os nódulos linfáticos agregados são chamados de tonsilas. Neste caso, as placas de Peyer da parede intestinal podem ser consideradas “tonsilas intestinais”.
Tonsilas: As tonsilas são formadas por nódulos linfáticos isolados ou agregados e por tecido linfático difuso fazendo parte da mucosa faríngea. Os nódulos sem cápsula têm centros germinativos grandes com córtex denso. A infiltração densa de linfócitos na mucosa faríngea circundante é geralmente evidente.
Embora todas as tonsilas sejam semelhantes, dois grupos distintos são definidos com base nas correlações do tecido tonsilar com o epitélio - tonsilas com criptas e tonsilas sem criptas. 
A cripta e uma invaginação em fundo cego do epitélio de revestimento, às vezes ramificada. A cripta e o tecido linfático associado são conhecidos como folículo tonsilar. Um grupo de folículos constitui uma tonsila deste tipo. 
A tonsila sem cripta é formada por uma única lâmina de tecido linfático, que pode depois se projetar na luz ou se preguear ligeiramente para aumentar a área superficial. 
As características morfológicas e a localização específica do tecido tonsilar variam entre as espécies domésticas:
1. Tonsilas com criptas (tonsilas foliculares): tonsilas palatinas no homem, cavalo, ruminantes, suínos; tonsilas linguais no homem, cavalo, ruminantes, suínos; tonsilas tubárías no suíno; tonsilas paraepiglóticas nos ovinos, caprinos, suínos.
2. Tonsilas sem criptas: tonsilas palatinas nos carnívoros; tonsilas laríngeas em todos os animais domésticos, exceto nos carnívoros; tonsilas tubárias em ruminantes.
Linfonodos: são componentes densos e encapsulados do sistema, os quais ocorrem constantemente em regiões específicas chamadas de centros linfáticos. Os linfonodos geralmente são reniformes e variam de tamanho. São formados pela cápsula, pelo estroma, pelo córtex, pela medula, por nódulos e pelo hilo.
A cápsula é formada por tecido conjuntivo denso (TCD), o qual se continua com trabéculas do mesmo tecido. Os elementos finos do estroma do órgão são as fibras reticulares.
O córtex é formado por nódulos, trabéculas, fibras reticulares do estroma e seios linfáticos. Esta região contém principalmente linfócitos B e sua descendência, macrófagos e células dendríticas. As células dendríticas são células com prolongamentos cuja rede de prolongamentos celulares entrelaçados efetivamente captura os antígenos. 
A medula é formada por agregados celulares, pelo estroma celular e fibroso fino e por seios. A medula se dispõe na forma de agregados celulares ou em cordões (cordões medulares) que são separados por tecido conjuntivo e pelos seios linfáticos. O hilo é o espaço do tecido conjuntivo que contém vasos linfáticos eferentes.
Populações Celulares. As populações de linfócitos estão organizadas em nódulos no interior dos linfonodos. Os nódulos primários (folículos) não têm centros germinativos. Os nódulos secundários são caracterizados pelos centros germinativos. Os cordões medulares são chamados, às vezes, de folículos terciários.
 Um nódulo ativo, reativo e imunologicamente competente (nódulo secundário) é formado pelo centro germinativo e pela coroa externa. O centro germinativo contém várias células maduras e imaturas. As células dendríticas formam o retículo celular. Os tipos celulares predominantes são os linfócitos maduros e os linfoblastos. Conforme os linfócitos são produzidos, eles migram perifericamente para formar a coroa ou o córtex do nódulo.
A região subjacente aos nódulos linfáticos do córtex, a zona paracortical ou subcortical, é ocupada principalmente por linfócitos T. Os cordões medulares contêm acúmulos de plasmócitos e seus progenitores, alguns linfócitos B e macrófagos. 
Circulação linfática: Os vasos aferentes entram pela cápsula e se esvaziam no proeminente seio subcapsular (marginal). 
A infiltração da linfa prossegue através dos seios e nódulos corticais para os seios medulares. Os últimos confluem para os vasos linfáticos eferentes no hilo. O fluxo no linfonodo é unidirecional da cápsula para o hilo.	 
Vasos Sangüíneos e Nervos: As artérias penetram nos linfonodos no hilo são distribuídas pelas trabéculas. A drenagem venosa é típica; entretanto, as vênulas pós-ca pilares da região paracortical estão revestidas por células endoteliais espessadas. Esses vasos estão envolvidos na recirculação dos linfócitos do sangue. Os nervos também entram no hilo. A maioria destes provavelmente são nervos vasomotores. Alguns nervos, os quais são independentes do sistema vascular, estão presentes nas trabéculas, na cápsula e nos cordões medulares. 
Diferenças entre as Espécies 
 
O linfonodo do suíno tem o padrão invertido em relação ao observado em outras espécies. Os nódulos linfáticos estão localizados nas regiões centrais ou medulares do órgão, enquanto os cordões medulares e os agregados celulares a estes relacionados, estão localizados na região periférica ou cortical. 
Correlações Funcionais: 
Os linfonodos produzem linfócitos, filtram a linfa, fagocitam materiais estranhos e produzem anticorpos. A intensa atividade mitótica nos centros germinativos dos linfonodos é responsável pela produção de linfócitos B.
As paredes dos capilares linfáticos são facilmente permeáveis para os materiais estranhos (macromoléculas, material particulado, agentes microbianos) e célulasdo tecido conjuntivo. O resultado óbvio desta propriedade é a habilidade destes vasos para transportar vários materiais e células para os linfonodos, onde ocorre a filtração e a fagocitose. A permeabilidade do revestimento endotelial dos vasos linfáticos no interior dos Iinfonodos facilita essas funções protetoras básicas. O movimento livre de matéria particulada, agentes microbianos e de células, dos vasos linfáticos para os linfonodos com o posterior acesso aos vasos sanguíneos e aos vasos linfáticos aferentes, também facilita a disseminação de agentes infecciosos e a metástase de células cancerosas.
A síntese de anticorpos é uma função importante da população de células B nos linfonodos. Os antígenos que chegam aos linfonodos são fagocitados pelos macrófagos dos cordões medulares. Essas células migram para o córtex para interagir com as células progenitoras sensíveis a antígenos dos centros germinativos.
Os macrófagos secretam uma substância auxiliar chamada de interleucina-1 que ativa as células T. Essas células secretam substâncias auxiliares que aumentam a estimulação dos linfócitos B e a sua transformação em plasmócitos. As células estimuladas não se tornam plasmócitos identificáveis, sendo indistinguíveis das células B progenitoras, que permanecem como células da memória. As células dendríticas do córtex se tornam eficientes receptoras de antígenos depois da estimulação antigênica inicial. 
As células T respondem à estimulação antigênica de forma semelhante requerendo as substâncias auxiliares dos macrófagos e das células T auxiliares. A resposta mitótica e de diferenciação produz grandes populações de células citotóxicas efetoras, células da memória e células produtoras de linfocinas.
Timo
A maioria das estruturas derivadas do endoderma (fígado, pâncreas e outras glândulas) assumem uma configuração de órgão sólido na qual os componentes epiteliais se tornam o parênquima. A massa de células epiteliais tímicas densamente agregadas se torna mais frouxa, formando timo retículo celular coincidente com a vascularização. A invasão pelos precursores dos linfócitos oriundos da medula óssea converte a glândula em órgão linfoepitelial, no qual a característica predominante é a presença de timócitos. Esses timócitos são o parênquima do órgão. 
Conforme a glândula continua a crescer, as células epiteliais, células reticulares epiteliais se tornam células com prolongamentos que se ligam uns aos outros por desmossomos. Algumas dessas células formam lâminas contínuas que se tornam os limites periféricos do sistema de labirintos ocupado pelos timócitos e pelas células reticulares epiteliais em forma de estrela. A porção profunda da glândula (medula) tem menos timócitos do que a porção externa (córtex). Os lóbulos da glândula, que contêm componentes corticais e medulares se formam como consequência da invasão vascular durante o desenvolvimento.
Estrutura Histológica: 
Ambos os lobos do órgão são revestidos por uma cápsula de tecido conjuntivo frouxo do qual partem septos de tecido semelhante, subdividindo o órgão em lóbulo. Esses septos se estender para a junção córtico-medular. A sectação incompleta resulta na continuidade entre os lóbulos. O tecido conjuntivo reticular constitui a maior parte do estroma perivascular.
As células reticulares epiteliais assumem dois aspectos diferentes que são integrais para a estrutura e função deste órgão. A periferia do órgão revestida por uma lâmina completa dessas células. De forma semelhante, lâminas completas dessas células envolvem os vasos associados ao timo. 
O órgão é formado pelo córtex e pela medula bem definidos. 
O córtex e a medula são formados por acúmulos densos de pequenos linfócitos (timócitos), os timócitos da medula não são tão densamente agrupados como no córtex; portanto, a medula parece mais clara do que o córtex. 
A característica definitiva do órgão, todavia, é a presença dos corpúsculos tímicos (corpúsculos de Hassall), os quais estão presentes na medula. 
Eles são espirais concêntricas de células reticulares epiteliais em vários estágios de degeneração. Essas células de aparência hialina podem sofrer queratinização e, até mesmo, mineralização. A picnose e a cariólise são comuns. Os corpúsculos são observados com freqüência nos estágios avançados de involução. 
Vasos Sangüíneos e a Barreira Tímica:
 As artérias do timo se ramificam no tecido conjuntivo interlobular e penetram no interior da substância do órgão, na junção cortico-medular dos lóbulos. Os capilares arteriais penetram e atravessam o córtex em direção à periferia do parênquima cortical. Embora alguns desses vasos se continuem com as veias tímicas no interior da cápsula, muitos revertem sua direção, formando arcos no córtex e se abrindo nas vênulas da junção córtico-medular e da medula. Os capilares do córtex são impermeáveis às macromoléculas.
Os ramos arteriais dos vasos córtico-medulares se estendem para o interior da medula, se ramificam formando capilares e retornam como veias medulares para a junção córtico-medular. As veias pós-capilares são permeáveis às macromoléculas e aos linfócitos.
A barreira tímica é formada pelo envolvimento dos leitos vasculares por células reticulares epiteliais do parênquima tímico.
Na verdade, as características de permeabilidade seletiva da região cortical limitam a aplicabilidade do termo barreira às relações corticais. Os vasos medulares são suficientemente permeáveis às macromoléculas e aos linfócitos para que as vênulas pós-capilares da medula e da junção córtico-medular atuem de uma forma semelhante aos vasos equivalentes descritos nos linfonodos. Dessa forma, as vênulas pós-capilares não contribuem para a barreira tímica. 
Vasos Linfáticos e Inervação
 O timo não se associa aos vasos linfáticos aferentes. Os vasos linfáticos eferentes ocorrem como componentes do tecido conjuntivo periférico dos lóbulos.
Embora possam ser encontradas algumas fibras nervosas livres no parênquima do timo, a maioria das fibras nervosas da glândula, as quais são derivadas do nervo vago e dos nervos simpáticos, estão distribuídas entre os elementos murais dos vasos sangüíneos.
Correlações Fisiológicas O timo é o órgão linfático primário dos mamíferos. Os linfócitos (timócitos), os quais se diferenciam no timo, deixam o órgão e povoam os órgãos linfáticos secundários (linfonodos, baço, tonsilas e outros agregados de nódulos linfáticos distribuídos pelo organismo) com células T. O movimento dos timócitos através das vênulas pós-capilares para os órgãos linfáticos secundários, a periferialização, é um aspecto significante da imunidade mediada por células.
A involução gradual e contínua do timo se acelera depois da puberdade, caracterizando-se pela diminuição do peso do órgão, perda dos linfócitos corticais, infiltração pelas células adiposas e o aumento do número dos corpúsculos tímicos. Por fim, a infiltração de células adiposas substitui completamente o órgão.
Baço
Funções: formação de células sangüíneas, metabolismo da hemoglobina e do ferro destruição de hemácias, filtração do sangue, armazenamento de sangue, fagocitose e resposta imunológica.
O tecido conjuntivo associado de sua camada serosa se funde ao tecido conjuntivo denso de sua cápsula. A trabéculas de TCD se estendem para o interior do parênquima, subdividindo-o em compartimentos menores. Fibras musculares lisas e fibras elásticas estão presentes na cápsula nas trabéculas deste órgão. As fibras reticulares são os principais elementos do estroma. Grandes alterações de volume podem ser acomodadas e músculo liso facilita a expulsão do sangue do órgão.
O parênquima é formado por nódulos distribuídos pelo parênquima celular - a polpa branca e a polpa vermelha. 
Os nódulos linfáticos (corpúsculos esplênicos) e as bainhas linfáticas periarteriais formam a polpa branca. Uma arteríola chamada às vezes de arteríola central ocupa a região central ou paracentral dos nódulos. 
Polpa branca é formada por tecido linfático denso intimamente associado aos ramos das artérias trabeculares.Espessamentos nodulares, os corpúsculos esplênicos, estão homogeneamente distribuídos ao longo do percurso das artérias da polpa branca, estando intercalados com as bainhas linfáticas periarteriais. A composição, natureza e distribuição dos componentes celulares no corpúsculo esplênico são semelhantes aos dos nódulos linfáticos; todavia, cada centro germinativo de nódulo esplênico está circundado pela camada do manto (zona do manto), a qual é contínua com a bainha periarterial. Na região limítrofe entre a polpa branca e a polpa vermelha, localiza-se a zona marginal, a qual consiste em seios, uma lâmina de células dendríticas, macrófagos e uma camada de células linfáticas. A bainha linfática periarterial e a zona marginal são regiões timo-dependentes, ocupadas pelas células T; os corpúsculos esplênicos produzem células B.
As regiões entre os corpúsculos esplênicos e as trabéculas são as regiões da polpa vermelha, assim denominada por causa da intensa vascularização. A polpa vermelha é formada por seios esplênicos e por cordões esplênicos. Os seios esplênicos são descontínuos e são revestidos por células fagocitárias. Esses seios se abrem nos cordões esplênicos. Os cordões são compostos por granulócitos, por precursores de granulócitos, por células reticulares e células fagocitárias. 
Os seios e os cordões são uma unidade de filtração e fagocitária com muitos macrófagos livres e fixos. Estas células fagocitárias, certamente, são responsáveis pela remoção de detritos celulares, eritrócitos danificados e substâncias estranhas do sangue. Um pigmento amarelo-acastanhado, a hemossiderina (um produto de degradação da hemoglobina), está geralmente presente nas células fagocitárias dos seios e dos cordões.
Circulação Esplênica 
As artérias esplênicas entram no hilo e se dividem em artérias trabeculares. Entrando no parênquima esplênico, os linfócitos se acumulam na camada adventícia dos vasos. Esta lâmina de linfócitos é contínua com os nódulos esplênicos. O vaso é então chamado de arteríola central. Ramos deste vaso abastecem os capilares da polpa branca e da região marginal da polpa branca. Os capilares se esvaziam nos seios da polpa vermelha ou nas veias da polpa. A arteríola nodular emerge na bainha periarteriolar branca e se divide em diversos ramos menores, as arteríolas peniciladas. Elas se dividem em arteríolas da polpa vermelha, arteríolas laminares e capilares arteriais terminais. As arteríolas laminares têm as paredes espessas (lâmina de Schweigger-Seidel) compostas por lâminas concêntricas de células reticulares e fibras reticulares. O sangue dos capilares arteriais terminais pode ser conduzido diretamente para os seios venosos (teoria fechada) ou os capilares arteriais terminais podem se abrir para o retículo da polpa vermelha, o sangue drena, então, para os seios venosos (teoria aberta). 
Diferenças entre as Espécies: Três tipos de baços foram descritos: o de defesa, o de armazenamento e o intermediário. O primeiro tipo tem poucas trabéculas e fibras musculares, mas tem tecido linfático abundante (homem). O tipo de armazenamento tem muitas trabéculas e fibras musculares lisas. Ele é relativamente grande e tem menos polpa branca do que a outra forma (cavalo, cão, gato). As formas intermediárias são típicas dos ruminantes e dos suínos. A destruição de eritrócitos é típica em todos os baços.
Vasos Linfáticos e Inervação: O baço não recebe vasos linfáticos aferentes de outras regiões do corpo. Os linfócitos se infiltram no baço a partir do sangue. Apenas vasos linfáticos eferentes são encontrados na polpa branca; os vasos eferentes predominantes ocorrem na trabécula e no hilo do órgão.
Alguns nervos mielinizados são encontrados no baço: estes provavelmente são nervos sensoriais. Os nervos predominantes são as fibras simpáticas pós-ganglionares que se dirigem para o músculo liso dos vasos (vasomotores), para o músculo liso capsular, trabecular e das regiões da polpa.
A filtração esplênica remove partículas estranhas, agentes microbianos e células sangüíneas velhas ou em degeneração da circulação. A filtração e a remoção de materiais de origem sangüínea é realizada respectivamente pela arquitetura esplênica e pelos componentes do sistema macrofágico. O fluxo sangüíneo vagaroso através dos cordões esplênicos e das zonas marginais aumenta a atividade fagocitária dos macrófagos perivasculares dos cordões esplênicos. Embora os pulmões, o fígado e a medula óssea contribuam para esta função de limpeza, o baço possui esta capacidade mais desenvolvida. 
A habilidade do baço em separar as células sangüíneas do plasma complementa a função de purificação. A estimulação simpática das veias esplênicas eleva a pressão no baço, forçando o plasma para o interior dos canais linfáticos. Adicionalmente, esta separação resulta na concentração de eritrócitos nos cordões esplênicos.
A função de armazenamento de alguns baços é aumentada pelo fenômeno de separação. Os baços dos cavalos e dos carnívoros podem ter uma capacidade de armazenagem de eritrócitos que se aproxima de um terço do volume sangüíneo circulante. A estimulação simpática e a liberação das secreções da medula da adrenal em resposta ao estresse (exame físico, punção venosa) pode provocar a contração da cápsula esplênica. A contração do baço resulta na liberação de uma massa concentrada de eritrócitos na circulação, com o aumento equivalente do hematócrito. Da mesma forma, algumas drogas (anestésicos, tranqüilizantes) podem causar uma congestão esplênica, a qual se manifesta com a diminuição do hematócrito.
A função de armazenamento do baço também se estende às plaquetas. O baço pode armazenar até um terço do número total das plaquetas circulantes. A esplenectomia pode causar uma trombocitose, enquanto o aumento do baço pode estar associado à trombocitopenia.
O fluxo lento do sangue através do baço facilita a este órgão a remoção de eritrócitos velhos ou danificados. As células que não forem capazes de deformar a sua superfície à medida que se deslocam pelo baço, como os esferócitos da anemia hemolitica auto-imune, estão sujeitas à eritrofagocitose. Da mesma forma, o baço é capaz de remover o material particulado e os parasitas da superfície dos eritrócitos.
O baço atua como um órgão hematopoético durante a vida fetal e neonatal. Ele não contribui significantemente para esta função nos adultos; todavia, o potencial hematopoético é preservado durante a vida adulta. O baço pode atuar como compartimento de armazenagem dos eritrócitos imaturos enquanto eles amadurecem. O baço atua na imunidade celular e na resposta humoral mediada por anticorpos em virtude de suas populações de liniócitos B e T.
Sistema Linfático das Aves. Muitas espécies aviárias, com a exceção das aves dos pântanos, da costa e do mar, não têm linfonodos. A acumulação de tecido linfático isolado, na forma de nódulos caracteriza as paredes do trato digestivo, as membranas serosas e a pele.
Bursa de Fabrícius ou Bolsa Cloacal
E um saco em fundo cego que se abre na parede dorsal do proctodeum. Ele é chamado com freqiiência de “tonsila cloacal” ou “timo cloacal”. A parede do órgão é intensamente pregueada e é revestida pelo epitélio prismático simples ou prismático pseudo-estratificado. Os nódulos linfáticos estão localizados entre as pregas do epitélio. Os centros germinativos estão presentes. Os folículos são divididos em córtex e medula pela membrana basal, a superfície epitelial cobrindo o ápice dos folículos permite a passagem de antígenos localizados no ânus para a região medular dos folículos através de pinocitose nas células epiteliais. O córtex de folículos ativos contém pequenos linfócitos e linfoblastos, enquanto a medula contém linfócitos mais dispersos, células reticulares epiteliais e macrófagos. A Bursa cresce rapidamente em pintos, atingindo tamanho máximo entre 4 e 12 semanas de idade e depois regride rapidamente após 20 a 24 semanas de idade, regressão normalmente coincide com com a maturidade sexual. Na regressão, o tecido conjuntivo torna-se mais aparentee as células linfóides são destruídas em uma atrofia fisiológica, permanecendo estruturas císticas discretas no local antes ocupado pelos folículos linfóides.
Timo Ave
Na galinha o timo consiste de sete lobos de cada lado do pescoço. Cada lobo é sólido e na microscopia consiste de um córtex e uma medula. O córtex contém pequenos linfócitos e linfócitos de tamanho médio. Na medula os linfócitos aparecem em menor população. Células reticulares epiteliais formam uma arcabouço de sustentação e macrófagos estão presentes tanto na medula quanto no córtex. Os corpúsculos de Hassall são mais raros do que em mamíferos, algumas células epiteliais da medula apresentam microvilos e formam cistos. O timo cresce rapidamente na ave jovem e alcança tamanho máximo na décima sexta semana de idade, regride na maturidade sexual e o córtex é perdido.
 
Baço Ave
Apresenta polpa branca e polpa vermelha com uma menor distinção entre elas do que no baço dos mamíferos. A polpa branca contém tecido linfóide difuso e centros germinativos. O tecido linfóide difuso está concentrado ao redor das artérias e nas bainhas dos capilares (Bainhas de Schweigger-Seidel), aparecendo como áreas pálidas onde os capilares estão envolvidos por grandes macrófagos ou células reticulares. Arteríolas terminais derivadas das bainhas de capilares abrem-se em espaços entre as células reticulares da polpa vermelha representada por um tecido eosinofílico.
Tecido Linfóide Periférico Ave
Distingue-se dois componentes distintos, um tecido linfóide difuso formado por linfócitos pequenos e plasmócitos que não têm cápsula e são principalmente timo-dependentes, e um centro germinativo, também chamado de folículo linfóide ou folículos secundários, constituído por um foco encapsulado de linfoblastos bursa-dependentes. Os folículos linfóides são encontrados freqüentemente dentro do tecido linfóide difuso ou isolados, apresentando córtex e medula. Na galinha, o tecido linfóide difuso ocorre na glândula Harderiana, ao redor dos ductos lacrimais, ao redor das glândulas nasais sendo neste local constituído por grande número de plasmócitos e na lâmina própria dos tratos respiratório e digestivo. No trato digestivo é encontrado como equivalente as placas de Peyer dos mamíferos, na junção entre esôfago e proventrículo, no divertículo de Meckel, no íleo e na base do ceco, onde é conhecido como tonsila cecal. 
Os linfonodos não são bem desenvolvidos nas aves como são em mamíferos. Agregados linfóide ao redor de vasos linfáticos podem ser divididos em nódulos linfóides murais e em linfonodos. Os nódulos murais são mais comuns e consistem de pequenas coleções de tecido linfóide difuso com ou sem centros germinativos, adjacentes ou ao redor de vasos linfóides, não apresentando cápsula e não têm capacidade filtrante. Os linfonodos são encapsulados e contêm seios linfáticos com capacidade filtrante.

Continue navegando

Outros materiais