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Breves considerações sobre Ética no Serviço Público (Decretos 1.171/94 e 6029/07.

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Ética no Serviço Público:
Ética é o comportamento humano que seja moral.
Onde está a moral, está a ética e o comportamento moral é o comportamento ético.
MORAL é o objeto de estudo da Ética.
Moral é o conjunto de comportamentos que visam satisfazer e concretizar o valor do bem.
Num conceito jurídico, cidadania significa alistamento eleitoral, ou seja, pleno gozo dos Direitos Políticos. Por sua vez, num conceito sociológico, cidadania significa “inclusão do indivíduo na sociedade”.
Então, o documento que comprova a cidadania na forma jurídica é o título de eleitor.
No exercício de sua função, o bem que deve ser buscado pelo Servidor Público é a concretização de algo que venha a beneficiar o interesse público, ou seja, o bem comum. O INTERESSE PÚBLICO PRIMÁRIO.
Decreto 1171/94.
Regras Deontológicas no Serviço Público
Será aplicado ao servidor público CIVIL, e não ao MILITAR.
Será aplicado aos Servidores do Poder EXECUTIVO, e não de qualquer dos outros poderes.
Será aplicado apenas ao Servidores do Executivo FEDERAL, não ser estendendo aos demais entes federativos.
Será aplicado aos órgãos e entidades da Adminsitração Pública Direta e INDIRETA. Desta forma, está incluído o Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS)
Terá uma Comissão de Ética formada por 3 servidores de cargos efetivos e permanentes.
O Tempo de mandato de cada um dos membros dessa Comissão será de 3 anos, salvo no primeiro mandato. (Decreto 6.029/07)
Função gratuita, ou seja, não haverá remuneração em razão da participação em órgão de deliberação coletiva.
A participação da Comissão de Ética não é remunerada, mas é considerada de grande relevância visto sua importância no serviço público para todos os fins, dentre eles o da promoção por merecimento.
Primados maiores que norteiam o Servidor Público: dignidade, decoro, zelo, eficácia, consciência dos princípios morais. Devem ser obedecidos DENTRO e FORA da Função. Quando o servidor atua bem ou mal, será o Estado desmoralizado ou não com a atuação do servidor. 
Toda conduta do servidor será refletida no Estado. Ele jamais poderá desprezar o conceito ético de sua conduta.
O Servidor Público deve saber que a finalidade de suas ações será sempre o bem comum.
O princípio da MORALIDADE surge de um equilíbrio entre os princípios da LEGALIDADE e da FINALIDADE.
A remuneração do servidor público será custeada pelos tributos pagos direta e indiretamente por todos, até por ele próprio, o que fundamenta a cidadania. Por isso, exige-se que a moralidade seja indissociável do Direito. 
Legalidade, Finalidade e Moralidade devem andar juntos para que a conduta do servidor seja ética, já que ele não pode desprezar o elemento ético de sua conduta.
Quando o servidor atua, sua vida pessoal está atrelada a seu trabalho.
É harmônico o conjunto entre legalidade e finalidade para que se tenha uma atuação moral.
Ao atuar corretamente, o servidor está atuando a favor de si mesmo, visto que é membro da sociedade. O êxito desse trabalho deve ser considerado como seu maior patrimônio.	
A função pública deve ser tida como exercício profissional, portanto se integra na vida particular de cada servidor público. Desta forma, os fatos verificados na vida PRIVADA do Servidor Público poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na sua vida pessoal.
Salvo nos casos de segurança nacional, investigação policial e interesse da Administração Pública PREVIAMENTE DECLARADO SIGILOSO, todos os atos administrativos serão públicos, visto que constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão comprometimento ético contra o bem comum imputável a quem negar. Desta forma, com o conhecimento público, será considerado moral e eficiente o ato da administração pública.
O servidor não pode omitir ou mentir acerca da verdade, mesmo que seja contra o interesse do Estado.
Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos significa causar a ela DANO MORAL. A deterioração do patrimônio significa não ofender apenas o Estado, mas também aqueles que dedicaram seu tempo e sua inteligência ao desenvolvimento daquele produto.
Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de solução de setor ao qual exerça sua função, permitindo a formação de longas filas além de ser um ato desumano, fere a ética e causa dano moral aos usuários do serviço público. Ou seja, a não prestação de forma eficiente de seu serviço.
O servidor deve obedecer as ordens superiores, velando por seu cumprimento, e assim evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, descuidos e afins ficam, às vezes, difíceis de corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da função pública.	
Toda ausência injustificada do servidor de seu local de trabalho desmoraliza o serviço público, o que geralmente conduz a desordem nas relações humanas.
O servidor deve trabalhar em harmonia com a estrutura organizacional, respeitando seus colegas e cada cidadão. Desta forma, colabora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade é de grande engrandecimento para a Nação.
Deveres do Servidor Público
Desempenhar sua função da melhor forma possível e a tempo.
Exercer sua função com rapidez, perfeição e rendimento funcional, resolvendo situações procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer outra espécie de atraso na prestação de serviços, com fim de evitar dano moral ao usuário do serviço público.
Escolher sempre que estiver diante de duas opções a mais vantajosa para o bem comum.
NUNCA retardar a prestação de contas a que esteja vinculado o seu cargo. Como sendo um mero gestor de coisa alheia, deve a prestação de contas ao bem comum, ou seja, o povo. A não prestação ou retardamento de contas pode caracterizar improbidade administrativa.
Tratar o usuário com cuidado e zelo.
Ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios éticos, que serão materializados na adequada prestação do serviço público.
Respeitar as capacidades e limitações individuais de todos os usuários do serviço público, sob pena de caracterização de danos morais. Não deve haver qualquer tipo de preconceito ou distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho político e posição social.
Respeito à hierarquia, mas saber reclamar contra ato infundado do Estado. O servidor não pode ser punido por DENUNCIAR as condutas erradas quando se fizer necessário. É o seu DEVER.
Resistir às pressões para que o mesmo se corrompa e caso isso aconteça, deverá denunciar.
Zelar, quando em greve, pelas exigências específicas de defesa da vida e segurança coletiva.
Não faltar, visto que sua ausência quebra o sistema de funcionalidade
Comunicar aos seus superiores e exigir as providências cabíveis contra qualquer ato ou fato contrário ao interesse público.
Manter limpo o local de trabalho seguindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição.
Participar de movimentos e estudos que se relacionem com a melhoria de seu exercício.
Utilizar vestimentas adequadas ao exercício da função.
Estar sempre atualizado com as instruções, as normas de serviços e as legislações pertinentes ao órgão em que exerça suas funções
Cumprir suas funções com critério, segurança e rapidez.
Facilitar fiscalizações por quem as deva exercer.
PRINCÍPIO DA RAZOABILIDADE: Exercer com moderação, as prerrogativas funcionais que lhe sejam atribuídas, abstendo se de fazê-lo contrariamente aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos jurisdicionados administrativos. Ou seja, não pode causar a um particular um dano maior que aquele que era necessário para o restabelecimento da boa ordem.
Não pode deixar de exercer sua função em virtude de interesse estranho ao interesse público.
Divulgar a existência do Código de Ética, estimulando seu cumprimento.
Vedações ao Servidor Público:
É vedado ao servidor Público:
Utilizar sua função para obter favorecimento para si ou para outrem.
Prejudicar deliberadamente a reputação de outros servidores ou cidadãos que dele dependam.
Ser, em razão de amizade e solidariedade, coniventecom erro ou infração ao Código de Ética.
Utilizar de meios para procrastinar ou retardar o exercício de direito de outrem causando dano moral e material.
Deixar de utilizar os avanços técnicos ou tecnológicos ao seu alcance para atender deliberação pessoal.
Permitir que motivações de cunho pessoal interfiram no trato com o público ou com os colegas de trabalho.
Pleitear, solicitar, receber qualquer tipo de ajuda financeira ou gratificação em virtude do exercício adequado de sua função ou induzir outro servidor a fazer isso.
Alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encaminhar para providências.
Iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do atendimento em serviços públicos.
Desviar servidor público para atendimento a interesse particular
Retirar da repartição pública, sem estar autorizado, documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio público.
Usar informações privilegiadas obtidas no seu serviço em benefício próprio ou de terceiros.
Estar embriagado habitualmente no seu serviço ou fora dele.
Dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra a moral, a honestidade, ou a dignidade da pessoa humana.
Exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a empreendimentos de cunho duvidoso.
Das Comissões de Ética:
Em todos os órgãos da Adm. Pública Direta e Indireta autárquica e fundacional, ou em qualquer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo poder público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competindo-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento susceptível de censura.
À Comissão de Ética cabe fornecer, aos organismos encarregados da execução do quadro de carreira dos servidores, registros sobre sua conduta Ética, para efeito de instruir e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos próprios da carreira de servidor público.
A única pena que pode ser aplicada pela Comissão de Ética é a pena de CENSURA. Sua fundamentação constará do respectivo parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do faltoso. CUIDADO: Advertência # Censura.
A Comissão de Ética pode sugerir a exoneração de ocupante de Cargo Comissionado, mas jamais poderá demitir NINGUÉM.
Agente Público é toda pessoa física que exerce atividade típica de Estado, não importando sua forma de vinculação.
Para fins de apuração do comprometimento ético, entende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei, contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer órgão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas, as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse do Estado.
DECRETO 6.029/07.
Institui o Sistema de Gestão Ética do Poder Executivo Federal, e dá outras providências.
Há um órgão central de Ética que se chama CEP (Comissão de Ética Pública), que é o órgão central de ética na Adm. Pública Federal, visto que seus membros são nomeados pelo Presidente da República.
Ao referido órgão estão vinculadas todas as outras comissões de ética.
Assim, se pode dizer que esse SISTEMA é formado pela CEP e pelas demais Comissões de Ética dos órgãos e entidades da Adm. Pública, bem como outras Comissões de Ética que tenham relação com a atuação dos Servidores Públicos.
	
	CEP
	Comissão de Ética
	Membros
	7
	3
	Mandato
	3 anos, exceto primeiro mandato
	3 anos, exceto primeiro mandato
	Remunerados
	Não
	Não
O Sistema tem a finalidade de promover atividades que dispõem sobre a conduta ética na Adm. Pública Federal.
Integram esse Sistema a CEP, as Comissões de Ética de que trata o Decreto 1.171, e as demais Comissões de Ética e equivalentes nas entidades dos órgãos do Poder Executivo Federal.
No caso da CEP, não poderá haver a substituição de todos os membros ao mesmo tempo; desta forma, no caso da CEP, alguns membros terão mandatos de 1 ano, outros de 2 anos, outros de 3 anos, mas isso apenas no primeiro mandato, para que não haja coincidência na troca de membros. É permitida uma única recondução, ou seja, o indivíduo poderá ser reconduzido apenas mais uma vez para o posto de membro.
Não serão remunerados, e seu serviço será considerado prestação de relevante serviço público.
Os membros da CEP precisam ser brasileiros, ter reputação ilibada, idoneidade moral e notório saber em Adm. Pública.
O PRESIDENTE DA COMISSÃO terá voto de qualidade, ou seja, vota em caso apenas de empate, nas deliberações da Comissão. O presidente será escolhido pelos próprios membros.
É instância consultiva do Presidente da República e dos Ministros de Estado em caso de Ética Pública.
Em relação ao Código de Conduta da Alta Administração Federal, deverá a CEP submetê-lo ao Presidente da República para seu aprimoramento, ou dirimir dúvidas a respeito de interpretação de suas normas, também deliberando em casos omissos; deverá, ainda, apurar mediante denúncia, ou de ofício, condutas em desacordo com as normas nele previstas, quando praticadas pelas autoridades a ele submetidas.
LEMBRANDO: Nenhuma denúncia feita perante a Adm. Pública poderá ser ANÔNIMA, mas a identidade do denunciante poderá ser protegida dentro do processo de apuração.
Caberá à CEP, dirimir interpretações sobre as normas do Decreto 1.171
Deverá coordenar, avaliar e supervisionar o Sistema de Gestão da Ética Pública do Poder Executivo Federal.
Aprovará seu regimento interno; e escolherá seu Presidente.
As Comissões de Ética de que tratam o Decreto 1171 serão integradas por 3 membros titulares e 3 suplentes. Esses são escolhidos entre servidores e empregados do seu quadro permanente e designados pelo dirigente máximo da respectiva entidade ou órgão, para mandatos não coincidentes de 3 anos, assim como ocorre com a CEP.
Cabe ao titular de entidade ou órgão da Adm. Pública Federal, Direta e Indireta assegurar as condições de trabalho para que as C.E. cumpram suas funções, inclusive para que do exercício das atribuições de seus integrantes não lhes resulte qualquer prejuízo ou dano, bem como conduzir em seu âmbito a avaliação da gestão da ética, conforme processo coordenado pela CEP.
As ofensas à ética e à moral causadas por membros das Comissões de Ética de que trata o Decreto 1171 serão julgadas pela CEP.
Eficiência: rapidez, destreza e rendimento.
O referido decreto cria a Rede de Ética, que será formada pela CEP e demais Comissões de Ética ou assemelhados.
Segundo o referido decreto, qualquer cidadão, agente público, Pessoa Jurídica de Direito Privado, associação ou entidade de classe poderá provocar a atuação da CEP ou qualquer Comissão de Ética visando à apuração de infração.
Uma vez sendo processado, o indivíduo investigado terá um prazo de dez dias para apresentar defesa.
Será considerado “Reservado” qualquer procedimento de investigação e apuração de infração ética, até que seja concluído.

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