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Aplicações da epidemiologia no SUS
Sistema de vigilância em saúde, dados e informações, medidas de prevenção e promoção à saúde.
Prof.º Fábio Augusto Costa Ferreira Rebouças
1. Itens iniciais
Propósito
Compreender como os dados produzidos no nível mais básico irão alimentar um sistema de nível nacional é
importante para entender como são produzidas as informações relevantes no SUS e como essas informações
servirão para propor medidas em saúde, que podem não só evitar o adoecimento de indivíduos e populações,
mas também melhorar o cuidado e a recuperação daqueles que já adoeceram.
Preparação
Tenha em mãos um dicionário médico para sanar as dúvidas sobre os termos e as doenças relatados ao longo
do texto.
Objetivos
Reconhecer a importância da vigilância epidemiológica na saúde pública.
Reconhecer os sistemas de informação em saúde.
Identificar os tipos de prevenção e promoção à saúde.
Introdução
A produção de informação em saúde pública é um sistema capilar que se inicia no nível do indivíduo, a partir
do atendimento ambulatorial, ou mesmo com a visita de um Agente Comunitário de Saúde (AGS). Toda ação
em saúde precisa produzir dados relevantes, que irão alimentar um sistema integrado de nível nacional no qual
os gestores, por intermédio da vigilância epidemiológica, poderão acessar e produzir informação e,
posteriormente, propor medidas de prevenção e promoção que vão desde fomentar o bem-estar e instruir o
cidadão, dificultando que ele adoeça, passando pelo diagnóstico precoce e avançando, até o tratamento e a
redução de sequelas.
Vamos, ao longo deste conteúdo, entender conceitos, funções, propósitos e fases que compreendem o
esforço para reunir dados sobre doenças e agravos, tendo a consciência de que essa é uma etapa
indispensável para a produção de informação útil em saúde, a qual fundamentará toda uma rede de prevenção
e promoção à saúde.
• 
• 
• 
1. Vigilância epidemiológica
Introdução à vigilância epidemiológica
Nesse vídeo, a partir de um mapa mental, você entenderá as bases da vigilância epidemiológica.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A vigilância epidemiológica apresenta definições diferentes, como observamos a seguir. 
As ações de vigilância epidemiológica estão previstas na Lei nº 8.080/1990 e visam, por intermédio dos
sistemas de informação em saúde (SIS), coletar, processar e analisar dados sobre agravos que possam afetar
diferentes populações (humanas ou animais). A partir desses dados, é possível propor ações de controle,
avaliar o custo-efetividade das medidas já adotadas e divulgar as informações que levem à promoção da
saúde e à prevenção das doenças. 
A vigilância epidemiológica também se propõe a divulgar informações de saúde, com o intuito de produzir
orientação técnica para os gestores responsáveis pela decisão e execução de ações de controle de doenças e
agravos. Além disso, é um importante instrumento para operacionalização, organização e planejamento
estratégico dos serviços de saúde, além de subsidiar a normatização de procedimentos e atividades técnicas. 
Ciclo da vigilância epidemiológica
Lei nº 8080/1990 
“Conjunto de ações que proporcionam o
conhecimento, a detecção ou prevenção de
qualquer mudança nos fatores determinantes
e condicionantes de saúde individual ou
coletiva, com a finalidade de recomendar e
adotar as medidas de prevenção e controle
das doenças ou agravos” (Lei nº 8080/1990,
art. 6º, § 2º).
Guia de vigilância epidemiológica 
“Conjunto de atividades que permite
reunir a informação indispensável para
conhecer, a qualquer momento, o
comportamento ou história natural das
doenças, bem como detectar ou prever
alterações de seus fatores
condicionantes, com a finalidade de
recomendar oportunamente, sobre
bases firmes, as medidas indicadas e
eficientes que levem à prevenção e ao
controle de determinadas doenças”
(FUNASA, 2002, p. 11).
Para isso, os dados produzidos por todos os SIS são consolidados, processados e transformados em
informação pelo Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE), o que permite que a informação seja
analisada e interpretada. 
Em linhas gerais, a vigilância epidemiológica procura responder a indagações cujas respostas orientarão para
a tomada de decisão, ações e objetivos de curto, médio e longo prazos no combate e controle de
determinado agravo, como os seguintes questionamentos a seguir.
 
Como a doença se distribui segundo as características das pessoas, lugares e épocas consideradas?
Que fatores estão relacionados à ocorrência da doença e sua distribuição na população?
Que medidas devem ser tomadas a fim de prevenir e controlar a doença?
Qual o impacto das ações de prevenção e controle sobre a distribuição da doença?
Para a seleção de agravos à vigilância epidemiológica alguns determinantes são prioritários, como o risco,
fator de risco e agravo à saúde. Esses conceitos já sabemos, mas vamos relembrar a seguir. 
Risco
É a probabilidade de ocorrência de uma doença, agravo, óbito ou condição relacionada à saúde
(incluindo cura, recuperação ou melhora) em uma população ou grupo durante um tempo
determinado.
Fator de risco
São os componentes que podem levar à ocorrência da doença ou contribuir para o risco de
adoecimento e manutenção dos agravos de saúde.
Agravo à saúde
Corresponde ao mal ou ao prejuízo à saúde de um ou mais indivíduos, de uma coletividade ou
população.
Como saber qual doença ou agravo é prioritário? 
Para isso, devemos avaliar diferentes critérios, são eles: 
Magnitude
É a incidência, a prevalência, a morbidade, a mortalidade e a gravidade do efeito (consequência ou
dano) do evento. Ela indica uma frequência elevada da doença ou que aquela doença atinge grandes
contingentes populacionais.
Potencial de disseminação/transmissibilidade
Equivale à possibilidade da sua disseminação por vetores, como mosquitos, ou demais fontes de
infecção, colocando em risco outros indivíduos ou coletividades.
• 
• 
• 
• 
Transcendência (valor social)
É a medida da relevância social, do reconhecimento que dada população dá a um evento e da
motivação dessa comunidade para resolver o problema. Normalmente, é influenciada pela gravidade
dos eventos.
Severidade/gravidade
Avalia as consequências do processo ou da doença. É medida pela letalidade, pela taxa de
hospitalização, pelas sequelas produzidas pelo agravo ou por outras consequências.
Relevância econômica
Compreende as situações de saúde que prejudicam o desenvolvimento econômico, como os custos
de tratamento e do diagnóstico, as restrições comerciais etc.
Vulnerabilidade
É causada pelas doenças e pelos agravos novos ou desconhecidos que são capazes de colocar a
população em uma situação de maior vulnerabilidade.
Compromissos internacionais
São as doenças ou agravos que precisam da adoção de um conjunto de medidas com alcance
mundial para seu controle, eliminação ou erradicação. Exemplos: O sarampo, a fome e a covid-19.
Regulamentos sanitários internacionais
São as doenças de notificação compulsória internacional e estão obrigatoriamente incluídas na lista
de todos os países membros da OMS. Exemplos: Cólera, ebola e febre amarela.
Atenção
Todas as suspeitas de epidemias, surtos e doenças emergentes ou reemergentes devem ser
investigadas e notificadas de forma mais rápida possível. 
Atividade 1
O Ministério da Saúde editou a Portaria nº 204, de 17 de fevereiro de 2016, e seu anexo atualiza a relação de
doenças, agravos e eventos em saúde pública de notificação compulsória no território nacional. A inclusão de
uma doença nessa lista é decidida mediante a consideração conjunta de alguns critérios. Assinale a opção
que apresenta a definição correta do critério.
A
Vulnerabilidade: doenças para as quais existem esforços conjuntos, visando ao cumprimento de metas
mundiais.
B
Transcendência: existência de instrumentos de prevenção e controle contra a doença, possibilitando
intervenções efetivas.
C
Magnitude: frequência elevada da doença ou por atingir grandes populações.Atenção
	Dados socioeconômicos, ambientais e demográficos
	Dados de morbidade
	Dados de mortalidade
	Atividade 2
	Modalidade de vigilância epidemiológica
	Conteúdo interativo
	Vigilância sindrômica
	Sistema Sentinela
	Vigilância epidemiológica em âmbito hospitalar
	Vigilância sanitária de produtos de saúde pós-uso/comercialização
	Vigilância passiva
	Vigilância ativa
	Saiba mais
	Farmacovigilância
	Hemovigilância
	Tecnovigilância
	Atividade 3
	Investigação epidemiológica
	Conteúdo interativo
	Atenção médica ao paciente
	Qualidade da atenção médica
	Proteção individual
	Proteção da população
	Atividade 4
	Aplicando o conhecimento
	Conteúdo interativo
	2. Ferramentas para monitoramento e coleta de dados
	Sistemas de informação em saúde
	Conteúdo interativo
	Saiba mais
	Entidades de informação em saúde
	Atividade 1
	Sistemas de informação no âmbito do SUS
	Como usar o sistema o Tabnet?
	Conteúdo interativo
	Atividade 2
	SIS disponíveis no Brasil
	Conteúdo interativo
	Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)
	Atenção
	Resumindo
	Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
	Atenção
	Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc)
	Exemplo
	Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI)
	Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab)
	Sistema de Avaliação Alimentar e Nutricional (Sisvan)
	Atividade 3
	Aplicando o conhecimento
	Conteúdo interativo
	3. Medidas de controle, promoção e prevenção de doenças e agravos
	Resposta social aos problemas de saúde
	Conteúdo interativo
	1
	2
	3
	4
	Desenvolvimento e implantação de políticas públicas saudáveis
	Estabelecimento de redes de apoio
	Fomento ao terceiro setor
	Capacitação cidadã
	Redirecionamento dos serviços de saúde
	Atividade 1
	Medidas de prevenção
	Conteúdo interativo
	Saiba mais
	Prevenção primordial
	Prevenção primária
	Prevenção secundária
	Prevenção terciária
	Explicação
	Atividade 2
	Medidas de controle
	Conteúdo interativo
	Situação de epidemia
	Situação não epidêmica (endêmica)
	Controle de doenças
	Eliminação de doenças
	Erradicação de doenças
	Atividade 3
	Tipos de ações de prevenção e controle
	Conteúdo interativo
	Programas de saúde da família
	Plano Nacional de Imunização
	Resumindo
	Atividade 4
	Aplicando o conhecimento
	Conteúdo interativo
	4. Conclusão
	Considerações finais
	Podcast
	Conteúdo interativo
	Explore +
	ReferênciasD
Potencial de disseminação: conjunto de características clínico-epidemiológicas que possibilita inferir o grau de
relevância da doença em termos prognósticos, sociais e econômicos.
E
Gravidade: capacidade de a doença ou o agravo em alcançar números crescentes de indivíduos na população,
seja por vetores ou outras fontes de infecção.
A alternativa C está correta.
De todos os critérios apresentados, apenas magnitude está com a definição correta. Vulnerabilidade é
causada por doenças e agravos novos ou desconhecidos, que são capazes de colocar a população mais
vulnerável. Potencial de disseminação equivale à possibilidade da sua disseminação por vetores, como
mosquitos, ou demais fontes de infecção, colocando sob risco outros indivíduos ou coletividades.
Transcendência é a medida da relevância social, do reconhecimento que dada população dá a um evento e
da motivação desta comunidade em resolver o problema. Já a gravidade avalia as consequências do
processo ou da doença.
Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
Acompanhe, nesse vídeo, a entrevista e o Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE). Serão
abordados assuntos como o surgimento do SNVE no Brasil, os dados que o integram, como eles são inseridos
no sistema e quais são as fontes de informação para o sistema. Confira!
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Na década de 1970, o Mistério da Saúde (MS), orientado pelo relatório final da 5ª Conferência Nacional de
Saúde (1975), editou o Decreto nº 78.231/1976 e a Lei nº 6.259/1975, estabelecendo a compulsoriedade da
notificação de determinados agravos e doenças transmissíveis, atualizada pela Portaria nº 104, de 25 de
janeiro de 2011. 
Duas décadas depois, o SUS incorporou o SNVE, definindo a vigilância no texto da Lei nº 8.080/1990,
tornando-a uma importante ferramenta do SUS. A partir dos dados obtidos pelo SNVE, inicia-se o processo de
“informação–decisão–ação” para o controle de doenças e agravos específicos, tendo como principais
objetivos elaborar, recomendar e avaliar as medidas de controle e planejamento. A rede de informações que
compõe o sistema SNVE tem atividades similares, tais como:
 
Avaliação, implementação e recomendação de ações de controle
Investigação epidemiológica
Coleta, processamento, análise e interpretação de dados
Retroalimentação e divulgação de informações
Essas atividades fortalecem o sistema de informações, as quais são obtidas em todos os níveis do sistema de
vigilância (municipal, estadual e federal). Quanto maior a qualidade dos dados obtidos, maior será a precisão
das informações geradas a partir do banco de dados do SNVE. 
Atenção
Os dados obtidos em nível municipal apresentam maior fidedignidade e riqueza de detalhes, pois existe
o contato entre o agente de saúde e a população. Já os dados coletados em níveis estadual e federal
participam do sistema, construindo estratégias e elaborando notas técnicas e pareceres. 
Quais os dados que integram o SNVE? 
Os dados que integram o SNVE são:
1
Dados socioeconômicos, ambientais e demográficos
Correspondem ao número de habitantes, distribuição por idade, sexo, etnia e renda, condições de
saneamento, pluviosidade, temperatura, umidade relativa do ar, entre outros. 
2
Dados de morbidade
Correspondem à notificação de casos e surtos (prioritariamente), produção de serviços
ambulatoriais, laboratoriais e hospitalares, investigação epidemiológica e busca ativa de casos. 
3
Dados de mortalidade
Correspondem às declarações de óbitos, processadas pelo Sistema de informação de mortalidade
(SIM). 
Com base nesses dados, é possível realizar um estudo correlacionando as diferentes variáveis e o aumento ou
decréscimo do número de casos, por exemplo, ajudando a identificar as populações mais suscetíveis, as mais
resistentes e ajudando, também, na elaboração de políticas públicas voltadas àquela população mais
vulnerável. 
E como é feita a inserção dos dados que integram o SNVE? 
• 
• 
• 
• 
A “informação para a ação” tem sido o princípio que rege a relação entre as diferentes fontes produtoras de
dados e os responsáveis pela vigilância epidemiológica. Neste contexto, a notificação compulsória de casos
suspeitos e confirmados se estabeleceu como uma fonte de informação permanente e confiável, ajudando na
adoção de medidas de intervenção. 
A seguir, vemos algumas das fichas de notificação da covid-19, disponíveis do site do Ministério da Saúde. 
Fichas de notificação da Covid-19 - Ministério da Saúde (MS)
Quais são as fontes de informação? 
As fontes de informação são:
1. instituições de saúde (públicas ou privadas), por intermédio das fichas de notificação ou pelo telefone, dada
a urgência da necessidade de intervenção;
 
2. laboratórios (resultados de exames.);
 
3. imprensa e relatos de populares;
 
4. notificação negativa (a não ocorrência de determinado agravo também precisa ser comunicada, como
medida de controle);
 
5. investigação de campo (monitoramento, acompanhamento e encerramento do caso);
 
6. sistema-sentinela (evento-sentinela, unidade-sentinela).
Atividade 2
“A vigilância epidemiológica compreende o conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou
prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual ou coletiva,
com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças e agravos”
(BRASIL, 1990). Um dos pilares da vigilância para doenças com potencial epidêmico é a notificação
compulsória:
A
apenas de casos confirmados.
B
apenas de casos suspeitos.
C
de óbitos.
D
de casos de pacientes internados.
E
de casos suspeitos e confirmados.
A alternativa E está correta.
Como a questão trata de doenças com potencial epidêmico, é importantíssimo notificar conjuntamente
casos confirmados e suspeitos, com a finalidade de conseguir intervir o mais rápido possível e bloquear a
expansão da referida doença.
Modalidade de vigilância epidemiológica 
Nesse vídeo, você verá as diversas modalidades de vigilância epidemiológica em forma de depoimento.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A vigilância epidemiológica apresenta algumas modalidades, são elas: 
Vigilância sindrômica
É focada na observação da ocorrência de sinais, sintomas e fisiopatologias comuns a etiologias
diversas. A definição de casos de acordo com a ocorrência de determinadas síndromes é o suficiente
para enquadrar o indivíduo ou a população nesse critério, facilitando a notificação e possibilitando o
levantamento de um volume considerável de dados, o que melhora a análise e reduz a sobrecarga dos
serviços de saúde.
Importante salientar que essa modalidade só é aplicável a grupos de doenças com síndromes agudas
em comum, como síndrome exantemática, síndrome ictérica, síndrome diarreica, síndrome respiratória
etc., permitindo intervenções rápidas e evitando a ocorrência de surtos/epidemias.
Sistema Sentinela
Consiste em uma ou mais instituições de saúde capacitadas para o fornecimento de insumos
específicos para realização de exames laboratoriais, a fim de rastrear a ocorrência de determinada
doença ou agravo e com profissionais responsáveis pelo registro regular e envio periódico às
autoridades sanitárias das doenças de notificação compulsória. Por exemplo: H1N1, síndrome
respiratória aguda grave (SARS), HIV, infecções sexualmente transmissíveis (IST) e doenças
ocupacionais.
Vigilância epidemiológica em âmbito hospitalar
Tem como objetivo realizar ações de vigilância nesse ambiente, notificando doenças e especificando,
após a alta hospitalar, o início da doença, os locais de residência e trabalho do paciente, permitindo
verificar possíveis agravos à saúde na população que tem contato com o paciente. Podemos também
criar sistemas de vigilância epidemiológica ambulatorial, com dados de pacientes não internados.
Vigilância sanitária de produtos de saúde pós-uso/comercialização
É a área de atividade da Agência Nacional de VigilânciaSanitária (Anvisa) que tem como objetivo
realizar ações de vigilância de produtos de saúde (medicamentos, kits para exames laboratoriais,
órteses, próteses, equipamentos e materiais médico-hospitalares, saneantes, sangue e seus
componentes), pós-uso/comercialização.
Vigilância passiva
Tem na notificação espontânea sua principal alimentadora. É o método mais simples, de menor custo
e o mais habitualmente utilizado na análise de eventos adversos à saúde. Por seu elevado grau de
imprecisão, não pode ser utilizado como única fonte para tomada de decisão, porém, é muito eficiente
em identificar determinado problema na população servindo como pontapé inicial para pesquisas
mais elaboradas e com maior grau de precisão. Um exemplo são as notificações voluntárias e
espontâneas que ocorrem na rotina do serviço de saúde.
Vigilância ativa
Caracteriza-se pelo contato direto, em intervalos definidos, entre a equipe de saúde e o cidadão, que
ocorre usualmente em unidades de saúde públicas e privadas, laboratórios e hospitais.
Em que situações podemos combinar a vigilância ativa com a passiva? 
Logotipo da Anvisa
A combinação da vigilância passiva com a busca ativa de casos pode ser utilizada em situações alarmantes ou
em programas de erradicação e/ou controle prioritários. Por exemplo: tuberculose, HIV/AIDS; erradicação da
poliomielite; eliminação do sarampo. 
A vigilância ativa e passiva apresenta vantagens e desvantagens, vamos conhecê-las? 
 Vantagem Desvantagem
Vigilância ativa
Representativa 
Detecta epidemias
Complexa 
Alto custo
Vigilância passiva
Simples 
Baixo custo
Pouco representativa 
Pode não detectar epidemias
Vantagens e desvantagens da vigilância ativa e passiva
Fábio Rebouças
A Anvisa, após levantamento de dados,
consegue reavaliar registros, pode publicar
alertas e retirar produtos do mercado. Além
disso, é responsável por realizar inspeções em
empresas e verificar se elas seguem as normas
e regulamentações vigentes, garantindo
produtos de qualidade e a segurança da
população.
Saiba mais
A Rede de Hospitais Sentinela atua como observatório do desempenho e da segurança de produtos de
saúde regularmente usados. 
Quais os tipos de monitoramento epidemiológico? 
O monitoramento epidemiológico é essencial para a regulação sanitária, veja os três tipos a seguir. 
Farmacovigilância
Visa acompanhar o desempenho dos medicamentos que já estão no
mercado, realizando ações de forma compartilhada pelas vigilâncias
sanitárias dos estados, municípios e pela Anvisa, com objetivo de garantir
a segurança dos medicamentos. 
Hemovigilância
Corresponde ao monitoramento das reações transfusionais resultantes
do uso terapêutico de sangue e hemoderivados, visando à qualidade dos
produtos e à segurança transfusional do paciente. Toda reação
transfusional deve ser notificada. 
Tecnovigilância
É o sistema que monitora as queixas técnicas de produtos para a saúde
em fase de pós-comercialização e os eventos adversos, com o objetivo
de garantir a segurança sanitária desses produtos. 
Os produtos farmacêuticos apesar de serem produzidos para evitar, aliviar ou curar doenças/agravos podem
ter efeitos indesejáveis e até danosos. Essa dualidade é importantíssima para a saúde pública, o que torna a
farmacovigilância uma atividade indispensável à regulação sanitária em qualquer país. Um exemplo disso é o
caso do medicamento talidomida, que inicialmente foi desenvolvido para o tratamento de náuseas e prescrito
para gestantes, porém, com seu uso em larga escala, foi associado à malformação fetal, gerando o que hoje
ficou conhecida como a síndrome de talidomida. 
Atividade 3
Considerando o contexto da vigilância sentinela na área da saúde pública, qual das seguintes opções melhor
descreve a principal finalidade dessa abordagem?
A
Identificar a distribuição geográfica de doenças endêmicas.
B
Monitorar a ocorrência de todas as doenças em determinada região.
C
Notificar todos os casos de doenças em uma população-alvo.
D
Detectar precocemente surtos de doenças específicas ou mudanças nas tendências epidemiológicas.
E
Estabelecer um sistema de vigilância abrangente em nível nacional.
A alternativa A está correta.
A vigilância sentinela é uma estratégia de monitoramento focada em locais específicos ou grupos
específicos de pacientes que detecta precocemente surtos de doenças ou mudanças nas tendências
epidemiológicas. Permite uma vigilância mais sensível e direcionada, fornecendo dados mais precisos sobre
a incidência de doenças em uma população-alvo. Essa abordagem ocasiona uma resposta rápida e eficaz a
surtos de doenças e para a execução de medidas de controle adequadas.
Investigação epidemiológica
Neste vídeo, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, apresenta o passo a passo de uma
investigação de caso de notificação compulsória pela vigilância epidemiológica, a partir de exemplos práticos. 
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
A avaliação sistemática das condições de saúde e de doença da população requer disponibilidade e qualidade
de dados coletados pelos sistemas de vigilância epidemiológica. Entretanto, em emergências ou calamidades,
haverá a necessidade de produção de informação complementar, utilizando-se métodos de investigação
rápidos, específicos, apropriados e de pronto emprego. 
A investigação epidemiológica de campo consiste na aplicação dos princípios e metodologias da pesquisa
epidemiológica para o estudo de problemas de saúde inesperados, realizados no ambiente real de ocorrência
da doença/agravo, para os quais são necessárias uma resposta imediata e uma intervenção oportuna na
população. Esse estudo opera no terreno no qual ocorre o problema e a investigação tem duração e extensão
limitadas no tempo. 
Os objetivos da investigação epidemiológica são:
 
Identificar fontes de infecção, modo de transmissão, grupos vulneráveis e/ou expostos e os fatores de
risco.
Confirmar o diagnóstico e determinar as principais características epidemiológicas.
Orientar medidas de controle para limitar a expansão de doença/agravo no terreno.
A investigação epidemiológica deve ser iniciada logo após a notificação de determinado caso, seja ele isolado
ou um conjunto (agregado), seja um caso suspeito ou laboratorialmente confirmado, tendo o diagnóstico
clínico ou sendo apenas um contactante. Em todos esses casos, a autoridade sanitária irá avaliar a
necessidade de dispor de informações complementares. Em algumas situações, especialmente quando a
fonte e o modo de transmissão já são evidentes, as ações de controle devem ser instituídas durante ou até
mesmo antes da realização da investigação. 
Os critérios e considerações em uma investigação epidemiológica são:
 
Exame do doente e de seus contatos.
Detalhamento da história clínica e de dados epidemiológicos (tempo, pessoa, lugar).
Coleta de amostras para laboratório (se houver indicação).
Busca de casos adicionais a partir do relato do paciente.
Identificação do(s) agente(s) infeccioso(s), quando se tratar de doença transmissível.
Determinação de seu modo de transmissão ou de ação, busca de locais contaminados (reservatórios)
ou de vetores/fômites.
Identificação de fatores que tenham contribuído para a ocorrência dos casos.
A investigação detalhada de cada caso é imprescindível, pois, a partir dela, será possível identificar as formas
iniciais da doença ou do agravo e instituir precocemente o tratamento adequado (aumentando chance de
sucesso) ou proceder ao isolamento, visando evitar o avanço da doença na comunidade. 
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A partir da investigação inicial, a autoridade sanitária procurará alcançar quatro pilares importantes para a
obtenção de sucesso, tanto na contenção da doença, como na saúde e qualidade de vida do indivíduo
portador. São eles: 
Atenção médica ao paciente
Para minimizar as consequências do agravo. Caso seja uma doença transmissível de pessoa a pessoa,
o tratamento irá contribuir para a redução do risco de transmissão.
Qualidadeda atenção médica
Nesse ponto, a autoridade sanitária irá verificar se os pacientes estão sendo atendidos em unidade
de saúde com capacidade para prestar assistência adequada e oportuna, de acordo com as
características clínicas da doença. Caso contrário, o paciente será encaminhado para uma unidade
especializada.
Proteção individual
Quando necessário, adotar medidas de isolamento, considerando a forma de transmissão da doença
(entérica, respiratória etc.).
Proteção da população
Logo após a confirmação da suspeita, visa à adoção de medidas de controle coletivas específicas
para cada tipo de doença.
Atividade 4
A investigação epidemiológica de campo, frequentemente chamada de investigação epidemiológica clássica,
é realizada por meio da coleta ocasional de dados, em geral a partir de amostragem. Qual é o seu objetivo?
A
Realizar o tratamento imediato dos pacientes diagnosticados.
B
Identificar fontes de infecção, modo de transmissão e grupos vulneráveis.
C
Coletar dados para um estudo longitudinal sobre a doença.
D
Estabelecer diretrizes para a prevenção de doenças crônicas.
E
Determinar a eficácia dos tratamentos farmacológicos disponíveis.
A alternativa B está correta.
A investigação epidemiológica de campo busca descobrir fontes de infecção, entender como a doença está
sendo transmitida e identificar os grupos mais vulneráveis ou expostos. Isso permite que medidas de
controle e prevenção sejam direcionadas de forma eficaz para conter a propagação da doença e proteger a
saúde da população. As demais opções não estão diretamente relacionadas ao objetivo específico da
investigação epidemiológica de campo.
Aplicando o conhecimento
A seguir, será apresentado um estudo de caso que mostra a atuação da vigilância epidemiológica (VE) no
Brasil. Com essa situação prática, você compreenderá a importância da VE, seus desafios e as estratégias
adotadas no país.
Nesse vídeo, você verá um estudo de caso, com uma questão discursiva relacionada.
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
2. Ferramentas para monitoramento e coleta de dados
Sistemas de informação em saúde 
Neste vídeo, você conhecerá os Sistemas de informação em saúde (SIS) por meio de perguntas realizadas na
internet. Serão respondidas questões como o que são os SIS, quais órgãos produzem as informações
relacionadas à saúde no Brasil e o que é a Rede interagencial de informações para a saúde (Ripsa).
Conteúdo interativo
Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Os sistemas de informação em saúde (SIS) abrangem elementos importantíssimos para diversos setores,
como a administração, a assistência, o controle e a avaliação, para o orçamento e as finanças, o planejamento,
os recursos humanos, a regulação, a saúde suplementar e o geoprocessamento. 
Dessa forma, garantem a avaliação constante da situação de saúde de determinada população, além de
acompanhar sistematicamente os resultados das ações implementadas, oferecendo subsídios para uma
melhoria contínua e alinhada aos objetivos do Sistema Único de Saúde (SUS). 
Os SIS são ferramentas que permitem a coleta e o monitoramento de dados, servindo de base para a análise
dos problemas de saúde da população, apoiando a tomada de decisões nas três esferas do governo. 
Saiba mais
A coleta dos dados pode ser realizada sem a ajuda da informática, assim não podemos confundir
sistema de informação com sistema informatizado. Entretanto, a informática é uma ferramenta essencial
para esse levantamento de dados e para análises nessa área. 
Entidades de informação em saúde
A produção e a utilização de informações sobre saúde no Brasil ocorrem pela cooperação entre vários
organismos, envolvendo diferentes estruturas de gestão e financiamento. 
A primeira instituição que nos vem à mente quando pensamos em indicadores e coleta de dados é o Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), órgão responsável pela coleta e análise de uma infinidade de
dados a respeito da população brasileira. No Brasil, as informações relacionadas à saúde são produzidas pelos
seguintes órgãos:
 
SUS (principalmente)
Entidades públicas ou privadas, como universidades e institutos de pesquisa
Órgãos internacionais e agências não governamentais
A Rede Interagencial de Informações para a Saúde (RIPSA) foi criada pela associação entre o Ministério da
Saúde (MS) e a Organização Pan-americana da Saúde (OPAS). Esse sistema tem indicadores específicos para
avaliar o estado de saúde da população e os aspectos econômicos, sociais e organizacionais, que são
determinantes para verificar a situação de saúde do indivíduo, sendo essencial para aumentar a capacidade
de obter informação para o estabelecimento de políticas de saúde. 
Atividade 1
Sistemas de informação no âmbito do SUS 
• 
• 
• 
O principal sistema de informação do SUS é o 
Datasus (departamento de informática do SUS),
responsável por organizar as informações
relativas às ações, como dados de
morbimortalidade, capacidade instalada,
formas de financiamento e aplicação de
recursos, monitoramento de programas, etc.,
desenvolvidas e alimentadas pelos municípios e
estados. A ferramenta de armazenamento do
Datasus é o Tabnet.
Como usar o sistema o Tabnet?
Neste vídeo, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, apresenta na prática como utilizar a
ferramenta Tabnet, importante ferramenta utilizada no Datasus. 
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Os dados são inseridos no sistema sempre no mesmo formato e em sistemas cujos bancos de dados sejam
intercambiáveis entre si, assim, a análise conjunta dos mais diversos bancos de dados torna-se facilitada,
integrada e articulada entre todas as bases de dados de interesse para a saúde. 
O acompanhamento e o controle em todas as etapas de produção (coleta, tratamento e armazenamento) são
imprescindíveis para que haja qualidade nas informações de saúde. Isso permitirá a correção oportuna dos
problemas detectados e a disseminação da informação. 
Hoje em dia, temos uma plataforma em
implantação que funcionará nacionalmente
visando à interoperabilidade de dados em
saúde e com pretensão de conclusão de todas
as etapas prevista para 2028. Trata-se da Rede
Nacional de Dados em Saúde (RNDS), instituída
pela Portaria GM/MS nº 1.434, de 28 de maio
de 2020.
Seu objetivo é estabelecer a troca ágil de
informações entre os diversos pontos da rede de atenção à saúde espalhados por todo o Brasil, tanto no setor
público, como no privado. Por enquanto, os dados continuam sendo acessados prioritariamente por
intermédio do Datasus. Nessa ferramenta, é possível acessar a série histórica dos Indicadores e Dados
Básicos em Saúde (IDB). 
Atividade 2
Vimos que os sistemas de informação em saúde são importantíssimos para diversos setores da saúde. Sobre
o SIS, analise as afirmativas e assinale a alternativa que traz uma informação correta.
A
É um sistema informatizado de coleta de dados.
B
Permite a coleta e o monitoramento de dados, servindo de base para a análise dos problemas de saúde da
população.
C
É importante apenas para avaliar o planejamento de recursos financeiros e humanos.
D
É uma ferramenta que avalia apenas as doenças de notificação compulsória.
E
O SIS faz o levantamento de dados, mas não o acompanhamento dos resultados de ações em saúde.
A alternativa B está correta.
Os SIS abrangem elementos importantes para a administração, a assistência, o controle, a avaliação, o
orçamento e as finanças, o planejamento, os recursos humanos, a regulação, a saúde suplementar e o
geoprocessamento em saúde, garantindo a avaliação constante da situação de saúde de determinada
população, além de acompanhar sistematicamente os resultados das ações de saúde implementadas. A
coleta de dados não precisa ser feita de forma informatizada.
SIS disponíveis no Brasil
Confira, neste vídeo, a entrevista sobre os SIS disponíveis no Brasil. Veja resposta para algumas questões,
como o que é o Sistema de informações sobre mortalidade (SIM)e o Sistema de informações de nascidos
vivos (Sinasc).
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Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan)
O Sinan reúne dados de investigação e notificação pelos estados e/ou municípios de doenças e agravos que
estão relacionadas na lista nacional de doenças de notificação compulsória, como:
 
Arboviroses
HIV
Sífilis
Tentativa de suicídio
A relação de agravos ou doenças de notificação compulsória em âmbito nacional é redigida pelo MS,
relacionando os agravos de maior relevância sanitária, sendo atualizada sempre que há alteração no estado
epidemiológico da população. Estados e municípios podem adicionar à lista outras patologias de interesse
regional ou local, desde que justifiquem sua necessidade e definam os mecanismos operacionais
correspondentes. Em dezembro de 2021, a última atualização da lista em âmbito federal consta na Portaria nº
264, de 17 de fevereiro de 2020. 
• 
• 
• 
• 
Casos de dengue no Brasil em 2019–2020
Atenção
A comunicação de doença, agravo ou evento de saúde pública de notificação compulsória pode ser
realizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que tenha conhecimento, não existindo, nesse
caso, a compulsoriedade da notificação. 
Esse sistema permite mapear a ocorrência de
determinado evento em uma população,
contribuindo para desvendar as possíveis
causas dos agravos, os riscos e, assim, a
realidade epidemiológica de uma região
geográfica.
 
Por exemplo, ao se analisar os casos
notificados de dengue no Brasil, na região
Nordeste, o profissional pode realizar a
estratificação dos dados por bairro ou
logradouro, sendo possível identificar as áreas
de ocorrência de casos na mesma região
geográfica. Como o dengue está intimamente
relacionada ao território e à presença de
reservatórios de água, essa análise permitirá ao gestor determinar que seja feita uma varredura no local,
visando identificar e eliminar esses reservatórios, além de aproveitar a oportunidade para a conscientização
sobre a prevenção da doença.
Resumindo
Em linhas gerais, esse é o motor da vigilância epidemiológica: ter a capacidade crítica e técnica de
transformar dados em informações úteis que irão refletir em ações concretas para o benefício de uma
população, atuando para reduzir indicadores de morbidade e mortalidade, entre outros. 
Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM)
O SIM é o sistema que monitora os dados sobre mortalidade no Brasil. Foi criado em 1975 pelo MS e permitiu
que os dados fossem levantados em nível nacional de forma mais confiável. A partir dos dados de
mortalidade, são criadas estatísticas por meio das quais são calculados diferentes índices de mortalidade,
como taxa de mortalidade materna e infantil e que permitem avaliar os indicadores de saúde da região. 
No nível gerencial, existem profissionais com a incumbência de acompanhar alguns indicadores, em uma ação
de vigilância contínua. Entre esses indicadores, vigora o de taxa de mortalidade materna como uma prioridade
prevista no Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal. 
Atenção
Os bancos de dados do SIM são avaliados semanal ou mensalmente com a finalidade de verificar o
cumprimento das diretrizes de redução desse indicador. Via de regra, todos os casos visualizados vão
para a Comissão de Mortalidade Materna local, para que as causas sejam discutidas entre os gestores e
os responsáveis pelo acompanhamento daquela gestante no nível local. Todas as inconformidades
observadas se transformam em oportunidades de melhoria, que, ao longo do tempo, serão traduzidas
em manutenção de níveis cada vez menores desse indicador. 
Sistema de Informações de Nascidos Vivos (Sinasc)
O Sinasc reúne os dados de nascimentos informados em território nacional. Esse sistema foi criado em 1990 e
apresenta maior quantidade de dados do que o IBGE, que realiza esse levantamento a partir de dados do
registro civil no cartório. Esse banco agrupa também alguns dados adicionais como, por exemplo:
 
Peso ao nascer
Prematuridade
Idade da mãe
Distribuição no território
A partir do levantamento realizado por esse banco, temos dados para criar políticas relacionadas à saúde da
mulher e da criança, com ações de atenção à gestante e ao recém-nascido. Além disso, são sinalizadas as
prioridades para esse grupo. 
Por intermédio da assistência básica, toda gestante é encaminhada a alguma unidade de saúde para realizar o
acompanhamento pré-natal. 
A partir do acompanhamento dos registros lançados no Sinasc, o gestor regional é capaz de filtrar os dados
de acordo com o baixo peso ao nascer. 
• 
• 
• 
• 
Exemplo
Ao correlacionar repetidas ocorrências de baixo peso ao nascer com mulheres atendidas em
determinada unidade específica, é possível apurar onde o atendimento pré-natal não está sendo feito da
maneira adequada ou se há algum empecilho que dificulte o acesso das gestantes naquela situação
específica. Assim, dependendo do cenário, será possível propor alternativas e melhorias no processo
para reduzir esse indicador negativo de baixo peso ao nascer. 
Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SI-PNI)
O SI-PNI realiza o registro das vacinas aplicadas e do percentual de cobertura vacinal de determinada
população ou faixa etária populacional, em um tempo definido e em uma área geográfica. Assim, possibilita o
controle do estoque de imunobiológicos, ferramenta crucial para programar sua aquisição e distribuição, e
permite a avaliação dinâmica do risco quanto à ocorrência de surtos ou epidemias. 
Durante o período pandêmico da covid-19, iniciado em março de 2020, o SI-PNI se consolidou como
ferramenta fundamental na gestão de imunobiológicos e no controle da cobertura vacinal, tendo
disponibilizado dados que subsidiaram uma infinidade de políticas públicas tanto de incremento nas restrições
de contato social, como no afrouxamento dessas medidas, de acordo com o percentual de cobertura vacinal
de determinada população. 
Sistema de Informação da Atenção Básica (Siab)
O Siab foi desenvolvido pelo Datasus em 1998 com a finalidade de realizar o levantamento das atividades
desenvolvidas no âmbito das equipes das unidades de saúde e sistematizar dados coletados pelos agentes
comunitários de saúde (ACS) nas visitas às comunidades. É a partir dos dados de produção do Siab que
ocorre a transferência de recursos financeiros do MS, sendo o sistema uma ferramenta muito importante. 
Atualmente, o Siab funciona como um sistema de gestão dos sistemas de saúde em nível local, e traz consigo
conceitos muito caros à Estratégia de Saúde na Família (ESF), como a responsabilidade sanitária, o território e
o problema. Além disso, incorpora avanços significativos no campo da informação em saúde, como, por
exemplo: 
avaliação de intervenções e visualização dos problemas de saúde da comunidade na perspectiva do
território (espacialização);
emprego mais ágil da informação colhida;
geração de indicadores com a capacidade de abranger todas as etapas de estruturação das ações de
saúde com base na identificação precoce de problemas.
Sistema de Avaliação Alimentar e Nutricional (Sisvan)
O Sisvan realiza o levantamento e monitoramento do estado nutricional de uma população. Atualmente,
existem grupos prioritários para o acompanhamento que englobam todas as gestantes em acompanhamento
pré-natal e as crianças entre 0 e 5 anos que frequentam a rede municipal de saúde. 
Atividade 3
A taxa de mortalidade materna é um indicador muito utilizado no âmbito da gestão para medir a qualidade da
assistência prestada no pré-natal. Esse indicador correlaciona o número de óbitos relacionados a gravidez,
parto e puerpério no período e o número de nascidos vivos no mesmo período. Quais SIS podemos utilizar
para obter esses dados?
A
Sinasc e SI-PNI.
B
Siab e Sisvan.
C
SIM e Sinasc.
D
Sisvan e SIM.
1. 
2. 
3. 
E
SIM e SI-PNI.
A alternativa C está correta.
O sistema responsável por informar as mortes e suas causas é o SIM, e delá obteremos as informações
que relacionam o óbito às causas relacionadas à gravidez. Já o Sinasc é o sistema responsável por fornecer
informações acerca do número de nascidos vivos, que será utilizado para estabelecer o índice de
mortalidade materna.
Aplicando o conhecimento
A seguir, será apresentado um estudo de caso que aborda o tema de sistemas de informação em saúde (SIS).
Especificamente, falaremos sobre a implementação do e-SUS na Atenção Básica.
Neste vídeo, você verá um estudo de caso, com uma questão discursiva relacionada.
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3. Medidas de controle, promoção e prevenção de doenças e agravos
Resposta social aos problemas de saúde
Neste vídeo, você verá a resposta social aos problemas de saúde.
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Em linhas gerais, a função da saúde pública começa com a verificação da realidade e orienta a efetivação de
mudanças na saúde da população. Nesse sentido, a epidemiologia contribui de forma sistemática, tendo a 
observação, a quantificação, a comparação e a proposição como princípios básicos do seu processo
institucional e de uma atitude profissional positiva. 
A saúde da população é um processo de decisões pessoais, históricas e sociais. O entendimento de que os
determinantes da saúde existem e funcionam em diferentes níveis da organização, desde o nível celular até o
nível ambiental, colaborou para a ampliação do conceito de saúde, o que desencadeou novos paradigmas
para a prática da saúde coletiva. 
Além da necessidade de incorporar essa visão
ampliada da saúde na resposta social, há
também a necessidade de um melhor ajuste
dessa resposta devido às transformações
estruturais surgidas com a globalização e às
mudanças demográficas e epidemiológicas
ocorridas em determinada população.
 
Entre as possíveis respostas sociais,
encontram-se:
 
A modernização da máquina pública
O reconhecimento das funções de gestão em saúde
A descentralização da tecnologia
A administração de finanças
As mudanças tecnológicas
A concepção ampliada de saúde destaca as características multidimensionais, enfatizando que a saúde não
se reduz apenas à ausência de doenças, mas se refere à presença de qualidade de vida, introduzindo o
conceito de promoção à saúde. 
• 
• 
• 
• 
• 
A Constituição Federal de 1988 define que “a
saúde é direito de todos e dever do Estado,
garantido mediante políticas sociais e
econômicas que visem à redução do risco de
doença e de outros agravos e ao acesso
universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação”. Essa
diretriz constitucional tomou como base as
recomendações presentes na Carta de Ottawa
(1986), que apregoa que qualidade de vida não
se resume à ausência de doença, mas se refere
à manutenção de um estado de bem-estar
físico, mental e social.
 
Portanto, a saúde passa a ser encarada como um recurso da vida diária, em vez de ser uma meta da vida,
transformando-se em um estado de bem-estar. Nessa perspectiva, o objetivo da saúde pode ser resumido em
quatro garantias:
1
Acesso à saúde para todos
2
Melhoria da qualidade da vida
3
Redução da mortalidade
4
Redução da morbidade
A Carta de Ottawa aponta a resposta social para as demandas de saúde, com uma visão multidimensional,
alicerçada em cinco grandes áreas, apresentadas a seguir. 
Desenvolvimento e implantação de políticas públicas saudáveis
Assegurar a expansão de uma conjuntura pública favorável à promoção da saúde. Isso parte desde
uma alimentação mais saudável oferecida àqueles que são alimentados pelo Estado (colégios e
creches), passando pela geração de conhecimento e pelo desestímulo do uso de álcool, tabaco e
drogas ilícitas, por distribuição de renda, capacitação da mão de obra e conscientização sobre
diversidade e gênero.
Estabelecimento de redes de apoio
Criar toda uma estrutura que possa produzir efeitos positivos em termos de saúde em diversos
aspectos, sendo eles sociais, físicos, econômicos, culturais e até mesmo espirituais. O indivíduo
precisa se sentir parte de algo maior, acolhido e amparado, o que corrobora para o ideal de bem-
estar. Bons exemplos são as ações de higiene ocupacional, políticas de segurança pública, acesso ao
esgotamento sanitário e políticas públicas de lazer.
Fomento ao terceiro setor
Representa as atividades oriundas do voluntariado em razão do bem comum de toda uma sociedade.
São ações desempenhadas por organizações sem vínculo com os demais setores (estado e mercado),
sem fins lucrativos e que podem estabelecer parcerias e receber investimentos (públicos e/ou
privados). O fomento visa incentivar o envolvimento dos grupos comunitários na definição de
prioridades e tomada de decisões que afetam a saúde coletiva.
Capacitação cidadã
Estimular e desenvolver habilidades pessoais e gerar conhecimento para adequar o cidadão ao
mundo globalizado e tecnológico, por exemplo, tendo como objetivo não só a capacitação para a vida
profissional, mas também para enfrentar os desafios da vida, ampliar a percepção em saúde e tudo o
que pode ser considerado uma ameaça ao bem-estar e que antes não era compreendido como tal.
Redirecionamento dos serviços de saúde
Representa a mudança da rede de saúde para que o indivíduo seja entendido e atendido de forma
integral, objetivando a promoção da saúde desde o momento em que ainda não exista a presença da
doença. Entre as medidas, podem ser citadas as visitas domiciliares no nível da atenção básica para o
acompanhamento do indivíduo antes mesmo da ocorrência de qualquer doença ou agravo,
tratamento de acamados dentro de suas próprias residências e outros.
Atividade 1
Vimos que a saúde passa a ser encarada como um recurso da vida diária, em vez de ser uma meta da vida,
transformando-se em um estado de bem-estar. A Carta de Ottawa aponta a resposta social para as demandas
de saúde, com uma visão multidimensional, alicerçada em cinco grandes áreas. Sobre esse assunto, analise as
afirmativas a seguir:
 
I. O fomento ao setor terciário visa pagar os voluntários para realizarem ações em saúde.
II. Houve uma mudança da rede de saúde para que a população seja atendida de forma individualizada.
III. A capacitação visa estimular e desenvolver habilidades pessoais e gerar conhecimento para adequar o
cidadão ao mundo globalizado e tecnológico.
 
É correto o que se afirma em:
A
I, apenas.
B
II, apenas.
C
III, apenas.
D
I e II, apenas.
E
II e III, apenas.
A alternativa D está correta.
A afirmativa III está correta. A partir da reformulação do conceito de saúde-doença, houve uma mudança na
visão da saúde. Nesse contexto, houve uma reorganização dos serviços da saúde, para que a população
seja atendida de forma integral, objetivando a promoção da saúde desde o momento em que ainda não
exista a presença da doença. O terceiro setor representa as atividades oriundas do voluntariado em razão
do bem comum de toda uma sociedade. O fomento visa incentivar o envolvimento dos grupos comunitários
na definição de prioridades e tomada de decisões que afetam a saúde coletiva.
Medidas de prevenção
Veja, neste vídeo, medidas de prevenção em epidemiologia e qual é a diferença entre medidas de prevenção e
controle de doenças, além de medidas de controle individuais e coletivas. Conheça também os níveis de
prevenção em epidemiologia.
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Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Com base nos alicerces conceituais epidemiológicos, é importante saber diferenciar e identificar os métodos
estratégicos de prevenção e controle de doenças. Existem métodos de controle que atuam no nível do
indivíduo e outros que atuam no nível da população (coletivo), pois a origem da doença no coletivo parte de
uma complexa interação entre os fatores individuais, devido aos diversos contextos envolvidos (culturais,
políticos, biológicos, econômicos, físicos, sociais, históricos, ambientais e outros). 
O nível individual, seus métodos de prevenção e controle de tudo aquiloque atua como causador de alguma
doença ou agravo, tem suas ações focadas no indivíduo, com atenção para os grupos mais vulneráveis. Já o
nível populacional tem suas ações centradas nas populações. Cabe ressaltar que alguns fatores considerados
relevantes para o adoecimento de indivíduos podem não ser relevantes em nível populacional. 
A seguir, vemos um gráfico que mostra a diferença de estratégia dos métodos de controle de doenças e
agravos no indivíduo ou na população. 
Medidas de controle individual (esquerda) e populacional (direita)
Ao observar o gráfico, anteriormente, percebemos que, ao realizar medidas de controle individuais (gráfico da
esquerda), apenas os grupos vulneráveis (grupos de alto risco representados pela curva vermelha) são
favorecidos, o restante da população permanece com o mesmo risco de adoecer. Entretanto, quando as
medidas de controle atingem toda a população (gráfico da direita), a prevalência da doença diminui
coletivamente. Observamos isso por meio do deslocamento da curva para esquerda (curva preta). Assim, há
redução do risco em todos os níveis da população. 
Nesse contexto, como decidir se as medidas de controle devem ser individuais ou coletivas? Vamos ver a
seguir duas situações. 
Dessa forma, a decisão pelo controle dos fatores de risco partirá da análise da prevalência da exposição
nociva, justificando a implantação da ação em nível populacional. Esse é o impacto populacional potencial e o
que torna algum agravo um problema de saúde pública, pois o que se mede não é a força de associação ao
dano individualmente, e sim o impacto causado a toda uma população. 
Isso faz com que muitas doenças até mais graves e mais raras não tenham uma política pública em seu favor,
pois o número de indivíduos que seriam alcançados por ela não representaria uma redução significativa em
números absolutos, implicando um gasto público maior para um quantitativo reduzido de indivíduos
alcançados. 
Saiba mais
Mulheres com idade acima dos 40 anos apresentam um risco 20 vezes maior de ter um filho portador da
síndrome de Down (trissomia do 21), contudo, mais de 50% dos casos dessa síndrome são observados
em mulheres com idade inferior a 30 anos. Dessa forma, vemos que “um grande número de pessoas de
baixo risco pode produzir mais casos de doença do que um pequeno número de pessoas de alto risco”
(BRASIL, 2010). 
Nesse caso, a abordagem de grupos de alto risco não é suficiente para controlar o problema. A adoção de
estratégias em níveis populacionais exige que muitas pessoas tomem medidas preventivas para controlar a
ocorrência de doenças em um número reduzido de indivíduos. 
O entendimento dos padrões de doenças e atividades de saúde pública mostra que as grandes alterações na
ocorrência de doenças em uma população são, repetidamente, consequências de modificações nos
determinantes dessas doenças e em seus fatores de risco. 
Medidas de controle individuais 
Quando é possível identificar com certo grau
de precisão qual é a população mais afetada
por determinado agravo, as ações de saúde se
concentram nela. Como exemplo, a vacinação
contra o rotavírus tem como público-alvo
crianças de dois a quatro meses de idade
(população-alvo específica).
Medidas de controle coletivas 
Quando o risco estiver difundido por
toda a população de maneira mais
homogênea, não sendo possível
identificar grupos mais vulneráveis, ou
mesmo se esses grupos específicos não
existirem, é indicada a abordagem em
nível populacional. Como exemplo,
estratégia de adição de flúor na água,
trazendo como benefício a redução da
incidência de cáries em toda a
população.
Uma prova disso foi a grande estratégia de
marketing das fabricantes de cigarros durante o
século XX, segundo a qual o ato de fumar era
associado à liberdade, ao poder e à
prosperidade. Essa massificação midiática do
tabagismo, promovida pela indústria, fez com
que uma doença considerada rara, como o
câncer de pulmão, fosse uma das causas de
morte mais importantes da metade para o fim
do século.
Por exemplo, a indústria de tabaco investiu na
produção do cigarro para mulheres,
relacionando-o à beleza e ao empoderamento
feminino.
Conhecendo a história natural da doença e a sua dinâmica, conseguimos classificá-la, mensurar sua
importância e traçar estratégias de prevenção e controle. A capacidade de resposta do sistema de serviços
de saúde irá definir se o agravo está na sua esfera de controle e se essa ação de controle impactará
positivamente a saúde da população. 
Em linhas gerais, a prevenção é classificada em quatro níveis em relação às diferentes fases de
desenvolvimento da doença: 
Prevenção primordial
Visa prevenir o surgimento e a consolidação de padrões de vida, sejam sociais, culturais ou
econômicos, que possam aumentar o risco de adoecimento. Esse nível de prevenção teve seu
reconhecimento há pouco tempo e tem se mostrado absolutamente relevante no entendimento dos
determinantes da saúde em populações. Podemos citar como ações: políticas públicas de
redistribuição de renda, controle da qualidade do ar e da água, estabelecimento de uma dieta
nacional a ser servida em instituições, como colégios e creches públicas, campanhas antitabagismo
para não fumantes e outros. Em síntese, são estratégias que visam impedir a ocorrência do fator de
risco em nível coletivo.
Prevenção primária
Atua modificando o grau de exposição já existente aos fatores de risco dos agravos, limitando sua
ocorrência. São as medidas de proteção à saúde individuais ou comunitárias, vacinação, tratamento
térmico do leite (UHT), cloração da água, campanhas para uso correto do preservativo, campanhas
antitabagismo para fumantes. Tanto ações no nível individual como aquelas executadas no nível
populacional estão associadas à prevenção primária.
Prevenção secundária
Baseia-se na detecção precoce de doença já estabelecida, na cura do indivíduo e na redução das
consequências mais graves da doença. O objetivo é reduzir complicações decorrentes da doença e
sua mortalidade, e não a redução de sua incidência (ocorrência), uma vez que as medidas de
prevenção secundárias iniciam com o indivíduo já sabidamente doente. Exame citopatológico de colo
uterino, mamografia de rotina e campanhas como Outubro Rosa e Novembro Azul (conscientização do
câncer de mama e próstata, respectivamente) são exemplos de ações de prevenção secundária.
Prevenção terciária
Consiste em limitar a progressão e as complicações de uma doença já instalada e clinicamente
detectável, por intermédio de ações que têm por objetivo a redução de sequelas e deficiências,
abrandando a dor e o sofrimento e contribuindo para a adequação dos pacientes e sua nova realidade
a seu antigo cotidiano. Um dos aspectos característicos é a reabilitação, que está intimamente
associada ao próprio tratamento da doença e, por isso, muitas vezes, é difícil se dissociar dele.
Veja, a seguir, um resumo dos quatro níveis gerais de prevenção.
Nível de
prevenção
Fase da história
natural de
enfermidades
População –
Objeto Exemplo
Primordial Determinantes distais População total
Medidas redistributivas da
renda econômica
Primária
Determinantes
proximais
População total ou
grupo de “alto-
risco”
Imunização ou
quimioprofilaxia de contatos
Secundária
Estágio pré-clínico ou
clínico prévio
Pacientes
Busca de sintomáticos
respiratórios
Terciária
Estágio clínico
avançado
Pacientes
Controle de infecções
oportunistas em pacientes
com AIDS
Resumo dos quatro níveis gerais de prevenção
Adaptado de: Beaglehole, 2008
Você sabia que ainda temos um quarto nível de prevenção? 
Explicação
Esse quarto nível é chamado de prevenção quaternária. É relativamente recente e ainda não figura
como uma política pública de saúde.
Devido ao fácil acesso à internet e à extensa disponibilidade de informação sobre o mundo médico, é
muito comum que o paciente se autodiagnostique e se automedique antes mesmo de procurar a
opinião de um especialista. De outra forma, não é difícil encontrar profissionais da área da saúde que,
não entendendopor completo a situação clínica e o histórico médico do paciente, muitas vezes
prescrevem medicamentos desnecessários. Embora pareça fácil de resolver, esses dois exemplos
mostram que mais atenção é necessária no processo de diagnóstico e cuidado.
Tendo esse novo problema em mente, o médico belga Marc Jamoulle introduziu, em 1999, o termo
“prevenção quaternária”, que busca identificar a população ou pessoa sob risco de
supermedicalização, evitando uma intervenção médica excessiva, sugerindo maneiras científicas e
eticamente aceitáveis como alternativa, possibilitando que os pacientes possam tomar decisões
independentes, sem a geração de falsas expectativas, tendo conhecimento das vantagens e
desvantagens dos métodos diagnósticos ou terapêuticos propostos. Exemplo: Cuidados paliativos em
portadores de câncer terminal, que colaboram para a redução do sofrimento do próprio doente, bem
como de seus familiares.
Atividade 2
As medidas de prevenção envolvem diversos aspectos relacionados à história natural da doença e podem ser
empregadas para manter a saúde de uma população em um nível adequado para que ela não adoeça,
melhorar o diagnóstico, promover um melhor tratamento para doentes e auxiliar na recuperação daqueles em
curso final do agravo. Tomando a prevenção terciária como exemplo, a qual público ela deve ser
prioritariamente dirigida?
A
A toda a população, como mudança de hábitos.
B
A pacientes portadores assintomáticos.
C
A toda a população, como uma política de saúde.
D
A pacientes portadores de doença ou agravo já conhecido.
E
A indivíduos saudáveis, mas sob risco de adoecer.
A alternativa D está correta.
A prevenção terciária tem a finalidade de diminuir (em nível individual ou coletivo) os prejuízos decorrentes
de um problema agudo ou crônico, incluindo reabilitação. Como exemplo, é possível citar as complicações
do diabetes não tratado, a reabilitação do paciente pós-infarto agudo do miocárdio ou AVC, entre outros.
Medidas de controle
Neste vídeo, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, apresenta as diferentes medidas de
controle empregadas para eliminar, controlar e eliminar uma doença ou agravo. 
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Acesse a versão digital para assistir ao vídeo.
Tradicionalmente, o termo controle é definido como uma série de cuidados, determinações, estratégias ou
operações consecutivas e estruturadas que visam reduzir a incidência e a prevalência de doenças a um nível
aceitável, para que não sejam mais consideradas questões de saúde pública. Essa é a importância absoluta da
vigilância em saúde pública: determinar se a situação está sob controle em determinado momento na linha do
tempo. 
A expressão “controle” assumiu diversos usos, cada um com implicações e entendimentos diferentes em
saúde pública. Conseguimos identificar pelo menos dois aspectos que destacam o significado prático do
termo: um aspecto ocasional e o outro temporal, que depende da situação na qual opera o controle. Veja a
seguir essas duas situações. 
Situação de epidemia
Nesta situação, o controle ganhará o significado de alcançar rapidamente uma curva descendente,
podendo estancar a epidemia (retornar à incidência aos níveis pré-epidêmicos). Nesse contexto, o
aspecto temporal do termo “controle” abrange o curto prazo.
Situação não epidêmica (endêmica)
Nesta situação, o sentido do termo “controle” está relacionado à dimensão temporal de curto ou de
longo prazo. Em curto prazo expressa a estabilidade da situação não epidêmica, isto é, foi possível
preservar o número observado de casos igual ao número esperado (ausência de casos ou nível
endêmico). Já em longo prazo implica a diminuição do risco de adoecer da população (diminuição da
incidência) a níveis que não signifiquem um problema de saúde pública (ou seja, a definição clássica).
As medidas de controle são dependentes dos seguintes aspectos:
 
Políticas sociais
Situação econômica
Redes de apoio
Modelo cultural (cada comunidade)
As medidas de controle são dependentes de políticas sociais, da situação econômica, das redes de apoio e do
modelo cultural de cada comunidade. Dessa forma, a resposta social às questões de saúde deve incluir
intervenções amplas e ser cultural e socialmente sensível. 
Em nível local, os serviços de saúde precisam tanto manter a vigilância dos indivíduos, intervindo caso a caso,
de acordo com suas demandas pessoais, com o controle sendo feito pelo serviço de saúde, como também
devem ter um olhar no nível populacional, formulando estratégias e ações e aplicando as medidas de controle
de doenças e agravos a partir de ações de saúde minucioasamente planejadas. É nesse contexto que a
epidemiologia desempenha sua função primordial, que é a investigação de fatores de risco e correlações até
então desconhecidas pela ciência.Tradicionalmente, as medidas de prevenção podem ser as descritas a
seguir: 
• 
• 
• 
• 
Controle de doenças
Tem como objetivo alcançar o controle da doença, isto é, reduzir a
incidência a um nível em que deixe de ser um problema de saúde pública.
As medidas de controle visam, inicialmente, reduzir a morbimortalidade.
O grau de controle depende da doença, dos recursos usados e da atitude
das pessoas. Um exemplo é o acompanhamento de pacientes
respiratórios sintomáticos, que têm se mostrado uma medida eficaz na
detecção de casos de tuberculose, com o objetivo de reduzir a
prevalência da tuberculose e, em menor grau, sua incidência.
Eliminação de doenças
Adoção de medidas populacionais destinadas a eliminar determinada
doença por meio da eliminação da causa que leva a seu
desenvolvimento. Por exemplo, em áreas urbanas onde o Aedes aegypti
está presente, e mesmo que não haja transmissão do vírus da febre
amarela ou da dengue, a presença do portador por si só constitui um
risco potencial. Em contrapartida, o sarampo representa um modelo de
doença que está sendo eliminado nas Américas.
Erradicação de doenças
Eliminação tanto da doença como de sua causa (fatores de risco),
principalmente dos patógenos. É preciso enfatizar que a erradicação de
uma doença em escala global tem um significado real. Por exemplo,
embora a poliomielite tenha sido “erradicada” das Américas, casos
eventualmente importados de áreas infectadas podem afetar os esforços
de erradicação. Até agora, somente a varíola é considerada erradicada no
mundo.
Atividade 3
(Consulplan – SES PA – 2023) Considerando que compreender as diferenças entre epidemia e endemia é
essencial para os esforços de controle e prevenção de doenças em diferentes regiões do mundo, relacione
adequadamente as colunas a seguir.
 
1. Epidemia
2. Endemia
 
( ) Geralmente está associada a uma rápida disseminação do agente causador da doença.
( ) Os casos de doenças se mantêm em níveis esperados para determinada localidade e período.
( ) É ilimitada no tempo.
( ) Pode ser impulsionada pela falta de imunização adequada.
 
Assinale a seguir a sequência correta.
A
1, 1, 2, 2
B
1, 2, 1, 2
C
1, 2, 2, 1
D
2, 1, 1, 1
E
2, 1, 2, 1
A alternativa C está correta.
Epidemia está associada a uma rápida disseminação do patógeno. Durante uma epidemia, o número de
casos de uma doença específica aumenta rapidamente em determinada área geográfica ou população,
muitas vezes ultrapassando os níveis esperados. Na endemia, os casos de doenças se mantêm em níveis
esperados para determinada localidade e período. Uma endemia refere-se à prevalência constante ou
regular de uma doença em determinada área geográfica ou população, com ocorrência recorrente ao longo
do tempo.
Tipos de ações de prevenção e controle
Neste vídeo, você conhecerá medidas tomadas para controle de doenças infecciosas e exemplos da cadeia
de transmissão. 
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As ações de saúde pública são realizadas por meio de ações estratégicas ou campanhas específicas, com
foco em toda a população. Exemplos de programas geralmente executados no nível local de saúde são: 
Programas de saúde da família Plano Nacionalde Imunização
Às vezes, devido a surtos, epidemias ou emergências, é necessário o uso intensivo de mão de obra e recursos
materiais em um tempo definido e limitado; essa é a característica das campanhas como as de vacinação. 
Resumindo
As ações de controle de doenças são organizadas em torno de quatro níveis básicos de prevenção. Por
sua vez, as medidas de controle podem ter como alvo indivíduos ou grupos de pessoas, ou podem ter o
objetivo de controlar, eliminar ou erradicar doenças e agravos. 
Do ponto de vista operacional, especialmente no controle de doenças infecciosas, as medidas tomadas
também são diversas devido aos diferentes cenários de aplicação. Assim, é possível distinguir entre: 
Na prática, as medidas de controle de doenças infecciosas são agrupadas de acordo com os elos básicos da
cadeia de transmissão, são elas: 
as medidas de prevenção direcionadas aos patógenos, reservatórios humanos, animais ou ambientais;
as medidas direcionadas à porta de saída, à via de transmissão, à porta de entrada e ao hospedeiro
suscetível.
Atividade 4
Questão 1
Qual das seguintes opções a seguir descreve corretamente os grupos de medidas de controle de doenças
infecciosas, de acordo com os elos básicos da cadeia de transmissão?
A
Medidas de controle de surto 
Resposta a condições de alerta
epidêmicas
Medidas de controle de doenças
permanentes 
Resposta a condições de alerta
endêmicas
1. 
2. 
Medidas de prevenção direcionadas aos patógenos, reservatórios humanos, animais ou ambientais e medidas
direcionadas à porta de saída, à via de transmissão, à porta de entrada e ao hospedeiro suscetível.
B
Medidas de prevenção direcionadas exclusivamente aos patógenos, sem considerar os reservatórios
humanos, animais ou ambientais, deixando lacunas na abordagem da cadeia de transmissão.
C
Ações focadas unicamente na porta de saída, negligenciando a importância da via de transmissão e da porta
de entrada na interrupção da disseminação de doenças infecciosas.
D
Intervenções limitadas à porta de entrada, sem considerar a necessidade de controle em outras etapas da
cadeia de transmissão, como a saída do agente infeccioso ou a suscetibilidade do hospedeiro.
E
Controle restrito do hospedeiro suscetível, desconsiderando a importância das medidas preventivas
relacionadas aos demais elos da cadeia de transmissão, o que pode comprometer a eficácia global do
controle de doenças infecciosas.
A alternativa A está correta.
As medidas de controle de doenças infecciosas são abordadas de acordo com os elos básicos da cadeia
de transmissão. Isso inclui a prevenção direcionada aos patógenos (agentes causadores da doença) e aos
reservatórios humanos, animais ou ambientais (onde os patógenos residem ou se reproduzem), bem como
medidas direcionadas à porta de saída (local onde os patógenos deixam o corpo do hospedeiro), à via de
transmissão (modo como os patógenos são transmitidos), à porta de entrada (local onde os patógenos
entram no corpo do novo hospedeiro) e ao hospedeiro suscetível (indivíduos suscetíveis à infecção). Essas
medidas visam interromper a cadeia de transmissão e controlar a propagação da doença.
Aplicando o conhecimento
A seguir, será apresentado um estudo de caso que aborda o tema de medidas de prevenção e controle de
doenças. Especificamente, abordaremos o combate à febre amarela no Brasil.
Neste vídeo, você verá um estudo de caso com uma questão discursiva relacionada.
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4. Conclusão
Considerações finais
Ao longo deste conteúdo, vimos que a vigilância epidemiológica é a ferramenta responsável pelo
levantamento e pela alimentação de bancos de dados, que serão transformados em informação em saúde.
Esses bancos de dados compõem os sistemas de informação em saúde e é a partir desses sistemas que
serão colhidas as informações para o pensamento e o planejamento de políticas públicas de saúde. 
Conhecendo o território e a população que ali reside, as instâncias gestoras terão a capacidade de criar e/ou
adaptar projetos visando o bem-estar da comunidade e estabelecendo metas de promoção e prevenção à
saúde. Esse é um conjunto de sistemas que se retroalimenta todos os dias, unindo diversos pontos do fluxo da
saúde, proporcionando à rede informações de qualidade, que refletirão em mais saúde para a população. 
Podcast
Neste podcast, o especialista Fábio Rebouças, Mestre em epidemiologia, entrevista Aline Albuquerque,
que fala sobre sua experiência em vigilância epidemiológica.
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Explore +
Leia sobre a primeira conferência internacional sobre promoção de saúde, que aconteceu em 1986, em
Ottawa, disponível no site da Biblioteca Virtual do Ministério da Saúde.
 
Leia o artigo de Heidmann e colaboradores (2006): Promoção à saúde: trajetória histórica de suas
concepções, disponível no portal SciELO. Nesse texto, você encontra uma revisão sobre as cartas e
declarações a respeito da estratégia e promoção da saúde.
 
Acesse, no site da Organização Pan-Americana da Saúde, o documento Módulos de princípios de
epidemiologia para o controle de enfermidades. Método contemporâneo de investigação epidemiológica —
doença dos legionários e o processo investigativo para sua descoberta. Conheça um estudo de caso muito
interessante para seu aprendizado.
 
Realize uma rápida busca na internet por Fichas de notificação Sinan para ter acesso a uma infinidade de
fichas existentes para os mais diversos agravos notificáveis e se familiarizar com os itens que devem ser
preenchidos quando da notificação de algum agravo.
Referências
BEAGLEHOLE R.; BONITA R.; KJELLSTRÖM T. Epidemiología básica. Washington DC: Organización
Panamericana de la Salud, 2008.
 
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Projeto Promoção da Saúde. As Cartas da
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CBVE. Brasília: Ministério da Saúde, 2005. Consultado na internet em: 16 nov. 2021.
 
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LEAVELL, H.; CLARK, E. G. Medicina preventiva. São Paulo: McGraw-Hill, 1976. 744p.
 
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REDE INTERAGENCIAL DE INFORMAÇÃO PARA A SAÚDE. Indicadores básicos para a saúde no Brasil:
conceitos e aplicações. 2. ed. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 2008. Consultado na internet
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ROUQUAYROL, Z. M; Almeida Filho, N. Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2009.
	Aplicações da epidemiologia no SUS
	1. Itens iniciais
	Propósito
	Preparação
	Objetivos
	Introdução
	1. Vigilância epidemiológica
	Introdução à vigilância epidemiológica
	Conteúdo interativo
	Risco
	Fator de risco
	Agravo à saúde
	Magnitude
	Potencial de disseminação/transmissibilidade
	Transcendência (valor social)
	Severidade/gravidade
	Relevância econômica
	Vulnerabilidade
	Compromissos internacionais
	Regulamentos sanitários internacionais
	Atenção
	Atividade 1
	Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE)
	Conteúdo interativo

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