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Metodologia do Ensino de Filosofia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof. Esp. Euclides Amador da Silva Revisão Textual: Profa. Ms. Fátima Furlan A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino • A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino · Nesta unidade, discutiremos a importância da Filosofia como disciplina nos currículos escolares do ensino médio. Conheceremos a história da Filosofia e os grandes filósofos. · Trabalharemos com a visão filosófica voltada para a educação, e conheceremos a grande importância e preocupação da filosofia no processo educacional. · Cada etapa trabalhada lhe permitirá um maior conhecimento e bagagem para que no futuro você possa repassar esse aprendizado a seus alunos. OBJETIVO DE APRENDIZADO Olá, Para que você tenha um excelente aprendizado, recomendamos que use todas as ferramentas disponíveis, realize as leituras indicadas, assista aos vídeos e faça as atividades propostas. Bom estudo! ORIENTAÇÕES A Presença da Filosofi a na Educação e a Metodologia do Ensino UNIDADE A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino Contextualização Antes de iniciarmos esta unidade, convido você a pensar e refletir a respeito do tema: Conteúdo e Metodologia do Ensino de Filosofia. Para isso gostaria que você conhecesse o texto do link abaixo: Filosofia no ensino médio e seu professor: algumas reflexões Disponível em: http://goo.gl/77onlPEx pl or O texto abordará a importância da Filosofia no Ensino Médio, trará comentários sobre a Filosofia e seu ensino bem como sobre o curso de filosofia e a formação para a docência. Na sequência, indico o filme Clube do Imperador para que você verifique como se faz necessária a educação para o crescimento e evolução do homem, avaliando assim a importância da ética e da moral para a formação e crescimento do aluno. Segue o link para o filme: O Clube do Imperador - Filme Completo Dublado Disponível em: https://youtu.be/X4rF7jw5pw8Ex pl or 6 7 A Presença da Filosofi a na Educação e a Metodologia do Ensino Figura 1 Fonte: iStock/Getty Images Não devemos de forma alguma preocupar-nos com o que diz a maioria, mas apenas com a opinião dos que têm conhecimento do justo e do injusto, e com a própria verdade. (PLATÃO) É com grande frequência que notamos a ausência da disciplina da Filosofia nos currículos escolares nacionais, matéria com grande importância para que o aluno desenvolva seu raciocínio e amplie seus conhecimentos intercalando com suas outras matérias. A presença da matéria no ensino colonial era pela necessidade que tinham de catequizar os indígenas e os africanos , e para manter os colonos junto da Igreja Católica. A disciplina passa a ser confundida com o ensino religioso, e mais a frente para atendimento das classes abastadas de uma educação que era exigida pela metrópole. E com essa situação muitas vezes ela foi interrompida, deixando de aparecer nas salas de aula nos anos de 1970 e 1980. Segundo a Lei 4024/61, a Filosofia ficou sugerida como disciplina complementar do currículo, dependendo dos conselhos estaduais de educação a sua indicação como tal. Temos, então que desde o início da década de 1960, já começa sua exclusão do Ensino Médio. (CAMPANER, Sonia. Filosofia: ensinar e aprender. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.) 7 UNIDADE A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino Com a lei 9394/96, passa a ser incluído o ensino de Filosofia no Ensino Médio depois de todo esse tempo ausente, isso juntamente com o avanço do ideário neoliberal com uma visão avançada. Com a exigência de que o ensino forneça formação de cidadãos que adéquem às condições de produção e consumo, os PCN tomam como base a educação humanista tendo como meta seguir a educação brasileira desde o final do século XIX. Essa nova lei vem como uma concepção Iluminista. A inclusão da Filosofia como disciplina obrigatória nos currículos do Ensino Médio foi aprovada em 1999 pela Câmara dos Deputados e posteriormente pelo Senado. Se prestarmos a atenção no histórico da questão a saber o ensino de Filosofia nos quatros séculos da história da educação no Brasil, inúmeras foram as razões tanto para sua exclusão quanto para sua inclusão nos currículos escolares. E a cada momento em que sua exclusão era colocada em pauta, novas razões eram invocadas para sua permanência. Conforme afirma Antonio Joaquim Severino (p.5-11), a filosofia se vê “ de repente (...) solta no tempo no espaço, diante da desconhecida tarefa de sobreviver por conta própria , de justificar sua própria presença e de definir sua exata contribuição, dizendo para que veio”. (CAMPANER, Sonia. Filosofia: ensinar e aprender. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.) Theodor Adorno, filósofo alemão, faz reflexões importantes sobre a situ- ação atual da educação e a cultura, e de como também deve ser ocupada a posição da filosofia dentro desse cenário, para que ela contribua para a boa formação dos estudantes. O debate da Filosofia no Ensino Médio tem ocorrido desde os anos 80. Há dois argumentos a favor da volta da Filosofia aos currículos: ela iria contribuir para a formação da consciência critica dos estudantes e também iria promover o diálogo que seria um caminho para as outras disciplinas. A inserção da Filosofia como disciplina no Ensino Médio, determinada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE), ao mesmo tempo em que veio dar amparo legal a uma realidade das redes públicas da maioria dos estados do país coloca o desafio de como ensinar Filosofia no Ensino Médio de maneira significativa, isto é, de modo que ela não fique perdida em meio a um amontoado de conteúdos que o aluno deve aprender e que lhe serão cobrados, por exemplo, no vestibular, por um lado, e por outro, que ela não seja ensinada como uma mera disciplina cujos conteúdos devam ser aprendidos de maneira mecânica ( o que de fato não deveria ocorrer com nenhuma das disciplinas. (GALLO, 2008, p-167-179 ). O ensino da Filosofia deve levar o estudante para o universo da problemática filosófica, fazendo com que ele observe que esse é o universo das possibilidades. Esse trabalho de discutir a filosofia irá permitir o caminho de um programa ou de temas a serem perpassados. Esse caminho que foi traçado no início poderá ser modificado conforme a sequência das questões que estão sendo utilizada pelo aluno 8 9 e professor. Lançada essas questões, devemos observar a possível percepção do estudante, de que a questão não pode ser explicada através das regras definidoras de nossas atitudes diárias, e o estudante usará de seu pensamento e raciocínio sem pressa para sua resposta, não passando por aquele processo acelerado, atitude que leva ao ritmo apressado da produção. Para a Filosofia e as demais disciplinas, se ousarmos pensar sempre será melhor, sendo a paciência e a lentidão virtudes do pensar. Isso quer dizer que daremos tempo necessário para que o estudante possa acessar e rever suas experiências e refletir sobre elas. Com a visão metodológica e didática de ensino, tal prática significa deixar que discussão entre os estudantes possa seguir sem pressa de alcançar um resultado. Figura 2 Fonte: iStock/Getty Images A arte necessita da filosofia, que a interpreta, para dizer o que ela não consegue dizer, conquanto só através da arte pode ser dito ao não ser dito. (ADORNO, Theodore) Ao trabalharmos um texto filosófico em sala de aula devemos observar que eles não se prestam a verdades ou doutrinas absolutas, pois são o resultado de uma busca, e assim serão sujeitos à discussão. Sendo assim não podemos trabalhar com a escolha dos temas que está na moda, mas usaremos a moda para discutirmos as situações presentes no mundo do consumo e da cultura de massa. Sendo de extrema importância a valorização do exercício diário da escuta colocado em prática pelo professor em sala de aula. Com esse ponto ressaltado, devemos avaliar e considerar que é necessáriocultivar o aprendizado de ouvir e respeitar a opinião do colega, sem que essa situação não signifique ser obrigado a aceitar tudo o que o outro diz, tendo em mente o saber discutir as opiniões colocadas. 9 UNIDADE A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino Gallo apresenta alguns dos problemas a serem enfrentados quando nos colocamos no desafio de ensinar Filosofia no Ensino Médio, Em síntese, esses problemas referem-se nas escolhas que o professor faz. O problema da didática do ensino de Filosofia aparece, necessariamente, como um desafio a ser enfrentado não como algo exterior à disciplina e à escolha do conteúdo, isto é como um problema meramente didático, mas como forma que deveria daquelas escolhas. Aparece também como a percepção de que há algo específico na Filosofia e de que a didática não é uma forma neutra à qual podemos adequar qualquer conteúdo. Além disso, a presença da Filosofia no Ensino Médio deve ser discutida com o objetivo de estabelecer para ela um papel que não lhe seja externo. Sua transdisciplinaridade não significa que ela paira acima das outras disciplinas, seja para o estabelecimento de vínculos entre elas, seja para afirmar, por meio da Filosofia, que os currículos exprimem a legitimação da dominação das elites, seja para colocá-la como mediadora entre áreas. Em qualquer uma dessas posições, a Filosofia desempenha um papel que lhe é atribuído de fora, e que talvez ela não possa realizar. Por isso a presença da Filosofia no Ensino Médio deve ser pensada a partir de sua especificidade (GALLO, Silvio(Org.). Da Filosofia como disciplina, Desafios e Perspectivas. São Paulo: Loyola, 2011. P. 51-66) Na visão e obra de Antonio Severino é apresentado um roteiro didático que propicia a vivência de um processo de ensino mais eficaz e de uma aprendizagem mais significativa. Sendo o interesse voltado a alcançar, acompanhar e também completar a iniciação que os alunos neste nível de ensino estão tendo com os conhecimentos técnicos e científicos da nossa cultura. Avaliando que os alunos do ensino médio já se encontram preparados para desenvolver a Filosofia uma vez que estão se iniciando nas ciências, nas técnicas e nas artes. A Filosofia é uma forma de pensar que nos possibilita compreender melhor quem somos, em que mundo vivemos: em suma , ajuda-nos a entender melhor o próprio sentido de nossa existência . É claro que também as ciências e outras formas de conhecimento e de expressão cultural nos ajudam a compreender o nosso modo de existir. Mas, como veremos ao longo da caminhada que ora começamos, a Filosofia tem um jeito particular e insubstituível de nos trazer essa compreensão. E por isso, sem ela nossa visão, nossa percepção de existência dos homens, ficaria truncada. ( SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia no Ensino Médio – São Paulo: Cortez, 2014 – P. 9) A experiência de iniciação ao filosofar não acontece fora do contexto de uma interação pedagógica, sendo que ela precisa contar não só com um rico entrelaçamento cultural e com a produção filosófica disponível na cultura, mas juntamente com toda a participação dos mediadores desse entrelaçamento, que são os professores. Se essa condição já ocorre entre todas as disciplinas de um currículo escolar, no caso da Filosofia ela se torna ainda mais necessária, pois agora está em pauta um autêntico exercício de formação. Ciente que a formação integral dos alunos no ensino médio é atribuída a todo o currículo, a Filosofia contribui significativamente para essa formação, necessitando de seus professores, um sério 10 11 compromisso no acompanhamento do currículo pedagógico. Mas, para o professor essa grande responsabilidade não é centrada apenas no domínio de um acervo de conteúdos informativos e determinadas habilidades. Não é necessário fornecer ao aluno uma erudição acadêmica, mas trabalhar com ele ajudá-lo a alcançar uma visão e de vivência da própria condição humana um amadurecimento, uma experiência a partir da qual eles possam conduzir sua existência histórica. A Filosofia no ensino médio não é de interesse formar especialistas nessa área, mas explorar ao máximo as contribuições que essa modalidade de exercício reflexivo pode fornecer aos alunos no processo de formação e de visão histórica e cultural. Sendo esse o intuito, não podemos perder o assunto que está em pauta que é a formação do aluno, procurando levar a sua compreensão do lugar que ele ocupa na realidade histórica de seu mundo: “subsidiar o jovem aprendiz a ler o seu mundo para se ler nele” (SEVERINO, Antonio Joaquim). O acompanhamento do professor é necessário e insubstituível, ele é quem vai articular os sentidos da experiência humana, apresentando os conceitos e valores existentes na cultura, e aqueles que devem ser trabalhados e assumidos pelos alunos nas suas caminhadas atuais, sem que essa estratégia leve o aluno a uma reprodução mecânica e estática desses ensinamentos e valores repassados. Essa mediação formativa se enfatiza no caso da Filosofia porque ela se coloca essa finalidade de forma explícita, direta e imediata, na medida em que procura subsidiar o sujeito educando a ressignificar sua experiência do mundo. E ela faz isso com ajuda do conhecimento... (SEVERINO, Antonio Joaquim ). Mas retornar a experiência de vida não é mover-se no imediatismo espontaneista da emocionalidade dos sujeitos singulares, como se fosse o cultivo de uma subjetividade intimista e sentimental. Daí o necessário cuidado para que as aulas não se transformem em sessões de sensibilização emocional apelando para sentimentos pessoais dos educandos. Isso não é cabível na interação pedagógica da Filosofia, pois cabe a ela inclusive pensar sobre dimensão emocional do ser humano. É pela mediação da reflexão conceitual que o aprendiz deve lidar inclusive com a sua emocionalidade. A Filosofia não deve ser confundida com um processo terapêutico ou com uma modalidade de autoajuda. Não se trata de desconhecer e de subestimar a relevância dessa dimensão afetivo-emocional, imaginativa de todos nós. Mas de marcar a especificidade do exercício da reflexão racional, que opera como uma atividade de simbolização conceitual. O exercício da reflexão sobre os temas da existência humana pressupõe a mediação de conceitos e categorias que não brotam espontaneamente. Os conceitos são necessários para o filosofar, lídimo exercício de pensamento rigoroso, que precisa superar toda forma de senso comum. Mas, para lidar com conceitos, nós precisamos de um mínimo de familiaridade com o acervo cultural que constitui o campo filosófico. Não se trata de nos dedicarmos apenas ao resgate dos produtos históricos da Filosofia, mas de retomá-los como mediações conceituais para se, pensar as temáticas do existir humano. Nosso diálogo com os pensadores distantes de nós no tempo ou no espaço só se justifica na medida em que eles pensaram ou pensam os problemas que atravessaram e continuam atravessando nossa existência histórica. (SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia no Ensino Médio – São Paulo: Cortez, 2014 – P. 11-12 ) 11 UNIDADE A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino A Contribuição da Filosofia para a Educação Disponível em: http://goo.gl/qYnkG1Ex pl or E ao trabalharmos com a história da Filosofia no processo de ensino e aprendizagem, temos que considerar a afirmação da historicidade e do conhecimento. Devemos utilizar o grande acervo das teorias filosóficas que ao longo do tempo e de sua cultura se encontram nas escritas, e fazer dele nosso parceiro para continuarmos pensando na problemática humana. Desse modo é que se torna cada vez mais necessário o resgate do pensar filosófico, porque o ato de filosofar como toda modalidade do conhecimento humano é realizado também pela prática histórico-social. Este pensar filosófico está voltado para o diálogo entre os pensadores, e esse diálogo de conhecimento se torna possível com o auxílio e acompanhamento do professorque está mergulhado na cultura filosófica. Uma das tarefas mais importantes da prática educativa-crítica é propiciar as condições em que os educandos em suas relações uns com os outros e todos com o professor ou a professora ensaiam a experiência profunda de assumir–se. Assumir- se como ser social e histórico como ser pensante, comunicante transformador, criador realizador de sonhos ( FREIRE, Paulo 2005 p.41). A proposta de Freire é centrada na questão de uma prática educativa, que é voltada para o social, para a autonomia, a qual se constrói na relação professor- aluno, onde a educação tem a função de construir e reconstruir a sociedade através do conhecimento, dos valores morais e éticos. E desta maneira ele destaca a importância de pensar e trabalhar a disciplina de Filosofia no ensino médio, pois com visão filosófica é que serão preparados nossos alunos do futuro. Diante disso, o que se espera do docente de filosofia? De acordo com as Diretrizes dos Cursos de Graduação em Filosofia, o professor tem a tarefa de provocar nos seus educandos a reflexão filosófica, apresentando-lhes o legado da tradição, levando-os a pensar de forma crítica e independente. Na opinião de Aranha e Martins ( 2005, p.10-11 ), um dos papéis do professor de filosofia é auxiliar o aluno na passagem do senso comum ao bom senso, sendo um mediador entre o aluno e o texto filosófico, estabelecendo uma ponte com a cultura. O professor é quem leva o aluno a dar um salto, possibilitando uma passagem do mito para a razão, assim como fizeram os primeiros filósofos há 2600 anos. Nesta mesma linha de raciocínio, escreve Cerlletti (2003. P.62) que o professor de filosofia é aquele que, acima de tudo consegue construir um espaço de problematização compartilhado com seus alunos. Ou seja, é alguém que vai muito além de ser capaz de mostrar ou apresentar certas questões filosóficas, ou alguns temas da história da filosofia. 12 13 Portanto, é função do professor–filósofo criar um diálogo crítico com tal proposta com vistas a possibilitar um encontro profundo entre o educando e a filosofia. Não eduques as crianças nas várias disciplinas recorrendo à força, mas como se fosse um jogo, para que também possas observar melhor qual a disposição natural de cada um. (PLATÃO ) Mostrar para o educando que o indagar, o questionar faz parte de um caminho que levará a uma atitude filosófica, ensinar a ele perguntar, o que é uma coisa, o que é um valor, uma ideia como é? Como uma coisa, um valor, uma ideia é? Por que uma coisa, uma ideia, um valor existe e é como é? Dessa maneira, o educando começa a sentir interesse e inicia o processo de perguntas sobre o mundo no qual ele se encontra e as relações que ele mantém com as pessoas e coisas. Ensinar esse educando a refletir, pois com a reflexão filosófica inicia-se um movimento de volta para ele mesmo, ou seja, essa reflexão é um movimento que permite um autoquestionamento e um autoconhecimento. Que ele consiga refletir bem que ele é somente um ser pensante, um ser que age no mundo, e mantém contato e relações com outros seres humanos, assim como os animais e plantas e todas as coisas que o rodeia. Esse momento de reflexão deve acontecer em um momento de tranquilidade reservado especialmente para que ele consiga realmente pensar sossegado, e que ele consiga se vir de frente com a realidade que o cerca, e pensar também nas ações que ele realiza junto a essas relações que ele mantém. A reflexão filosófica é organizada em três grandes conjuntos de perguntas ou questões: 1. Por que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos e fazemos o que fazemos? Isto é, quais os motivos, as razões e as causas para pensarmos o que pensamos , dizermos o que dizemos, fazermos o que fazemos. 2. O que queremos pensar quando pensamos, o que queremos dizer quando falamos, o que queremos fazer quando agimos? Isto é, qual é o conteúdo ou sentido do que pensamos, dizemos ou fazemos? 3. Para que pensamos o que pensamos, dizemos o que dizemos, fazemos o que fazemos? Isto é, qual a intenção ou a finalidade do que pensamos dizemos e fazemos? Como vimos, a atitude filosófica inicia-se indagando: O que é? Como é? Por que é? Questões que se dirigem ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam. São perguntas sobre a essência, a significação ou a estrutura e a origem de todas as coisas. Já a reflexão filosófica indaga: Por quê? O quê? Para quê? Questões dirigidas ao pensamento, aos seres humanos no ato da reflexão. São perguntas sobre a capacidade, finalidade humana para conhecer e agir. (CHAUI, Marilena, livro Filosofia, p.12 ) 13 UNIDADE A Presença da Filosofia na Educação e a Metodologia do Ensino Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites A Contribuição da Filosofia para a Educação http://goo.gl/qYnkG1 Livros Iniciação à Filosofia: ensino médio CHAUÍ, Marilena. Volume único - São Paulo: Ática, 2008. Conecte Filosofar COTRIM, Gilberto; FERNANDES, Mirna. 2.ed. São Paulo: Saraiva, 2014. Vídeos Filosofia no Ensino Médio https://goo.gl/yvFXVu 14 15 Referências ARANHA, M. Lucia de Arruda; MARTINS, M. Helena Pires. Manual do Professor. p.7-11 In: Temas de filosofia . 3.ed. São Paulo: Moderna , 2005 CAMPANER, Sonia. 2.ed. Filosofia: ensinar e aprender. São Paulo: Livraria Saraiva, 2013. CERLETTI, A. Ensino de filosofia e filosofia do ensino filosófico. In: GALLO, S.; CORNELLI, G.; DANELON, M. ( Orgs ). Filosofia do ensino de filosofia. Petrópolis: Vozes, 2003. CHAUÍ, Marilena, Filosofia no ensino médio. 7.ed. São Paulo: Ática,2008. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 31 ed. São Paulo: Paz e Terra, 2005. GALLO, Silvio; COHAN, Walter Omar (orgs.) A filosofia no Ensino Médio. Rio de Janeiro: Vozes, 2000. SEVERINO, Antonio Joaquim. Filosofia no ensino médio – São Paulo: Cortez, 2014. 15