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SLIDES DIREITO DO TRABALHO - DIREITO SINDICAL

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apostila - D Sindical - 2011 - TRT 15 - 04.11.ppt
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DIREITO COLETIVO
DO TRABALHO
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LIBERDADE SINDICAL E 
CONVENÇÃO 87 DA OIT 
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 Octávio Bueno Magano entende somente há liberdade sindical:
	1. Liberdade de associação ou sindicalização livre (liberdade positiva e negativa). A liberdade positiva é a liberdade de aderir a um sindicato e liberdade negativa é a liberdade de não aderir a um sindicato ou a de retira se do sindicato ao qual se é filiado.
Liberdade sindical – Convenção 87 da OIT
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 III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas;
 V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
 VI - é obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletivas de trabalho;
	
 
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 	2. liberdade de organização sindical ou autonomia sindical (os sindicatos podem ser organizar livremente sem prévia autorização do Estado) e 
	 3. liberdade de representação sindical (possibilidade de existência de mais de um sindicato, que inclui a possibilidade de unidade sindical, se for escolha das partes). 
 
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	Art. 8º da CF- É livre a associação profissional ou sindical, observado o seguinte:
 I - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical;
	
 Liberdade sindical no Brasil (art. 8o da CF)
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 II - é vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissional ou econômica, na mesma base territorial, que será definida pelos trabalhadores ou empregadores interessados, não podendo ser inferior à área de um Município;
Questão 22 – TRT 2ª Região - 2009
 
	
 
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	No sistema de unicidade sindical, não há liberdade de escolha, o sindicato único é imposto por lei. 
	Já na unidade sindical, há a liberdade de escolha, contudo, a empresa opta em ser representada por um único sindicato. Ex: Alemanha
Qual é a diferença entre UNIDADE SINDICAL e UNICIDADE SINDICAL? 
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 Unicidade sindical no Brasil – origem: 
 A Constituição Federal de 1934 dispunha em seu texto original, explicitamente, a  instituição do pluralismo sindical, ou seja, a possibilidade de se criar mais de um sindicato da mesma categoria. 
HISTÓRIA
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 A Carta de 1937 trouxe a imposição de diversos institutos de cunho notadamente corporativista, tais como a submissão dos sindicatos ao controle estatal e a proibição do direito de greve.
 
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 O Decreto-lei n.º 1.402, em 5 de julho de 1939, que regulava a associação em sindicato. 
 
 Foi nessa norma que surgiu, expressamente, a opção pela unicidade sindical, com previsão em seu art. 6º.
 Em seguida, com a edição da CLT, em maio de 1943, ainda sob a égide do chamado Estado Novo, não aconteceram mudanças . 
 
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 	Vide art. 516 da CLT: “Não será reconhecido mais de um sindicato representativo da categoria econômica ou profissional, ou profissão liberal em uma dada base territorial.”
 Inexiste portanto, a possibilidade da livre criação de sindicatos, estando inserida no texto Constitucional a unicidade sindical está limitada a base territorial do município.
 
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 O sistema brasileiro é marcado por três características principais: 
 1. sindicalização livre: é limitada, pois o empregado pode optar em filiar-se ou não (ser sócio do sindicato), contudo, caso se deseje filiar-se deve ser em relação ao sindicato da categoria profissional. 
 Ex. Atividade preponderante: metalúrgicos – Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas; 
	
SINDICALISMO NO BRASIL
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	2. Autonomia – é limitada, pois o sindicato pode ter liberdade para se auto-organizar como associação, mas há ainda intervenção estatal: unicidade sindical e contribuição sindical obrigatória e; 
	 3. Pluralidade sindical- inexistente, pois o sistema é de unicidade sindical e representação por categoria profissional. 
 
 
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Registro Sindical
 Art. 8, I, da CF - a lei não poderá exigir autorização do Estado para a fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente, vedadas ao Poder Público a interferência e a intervenção na organização sindical.
 
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Registro Sindical
 	* O STF já se posicionou que a exigência de registro sindical não fere a autonomia sindical, já que se trata de ato meramente vinculado para fins de controle da unicidade sindical. 
	O órgão competente é o Ministério do Trabalho e Emprego.	
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Art. 512 - Somente as associações profissionais constituídas para os fins e na forma do artigo anterior e registradas de acordo com o art. 558 poderão ser reconhecidas como Sindicatos e investidas nas prerrogativas definidas nesta Lei. 
 * Logo somente a associação sindical que tiver CARTA SINDICAL terá representação sindical da categoria.
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Registro Sindical
 
	Súmula 677 do STF - Até que lei venha a dispor a respeito, incumbe ao Ministério do Trabalho proceder ao registro das entidades sindicais e zelar pela observância do princípio da unicidade. (DJ 09.10.2003).	
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OJ 15 - SDC - TST
 OJ 15 - Sindicato. Legitimidade "ad processum". Imprescindibilidade do registro no Ministério do Trabalho. 
 A comprovação da legitimidade "ad processum" da entidade sindical se faz por seu registro no órgão competente do Ministério do Trabalho, mesmo após a promulgação da Constituição Federal de 1988. 
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 	São duas as convenções da OIT relativas aos temas da liberdade sindical e à negociação coletiva, as Convenções de nª 87 e 98.
	 A Convenção nº 98 foi ratificada pelo Brasil em novembro de 1952, mas o mesmo não aconteceu até hoje com a Convenção nº 87, sobre liberdade sindical e direito de sindicalização, considerada um dos mais importantes tratados multilaterais da OIT. 
	A Convenção no. 87 da OIT foi aprovada em 1948 e entrou em vigor em 04/07/1950. 
 
	
	Convenções 87 e 98 da OIT
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	O Brasil não ratificou a Convenção porque, à época, a Constituição Federal de 1946 chancelou a regra da CLT que colocava os sindicatos como exercentes de funções delegadas do Poder Público, limitando-se à liberdade. 
 
 A Carta atual mantém a unicidade sindical e a contribuição sindical, daí porque permanece a incompatibilidade entre o direito interno e a Convenção de nº 87 da OIT. 
	
 
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 	Até 2007, de um total de 182 Estados-Membros, 148 haviam ratificado a Convenção nº 87 e 158 ratificaram a Convenção nº 98. O Relatório considera preocupante o fato de a Convenção nº 87 ser, entre as oito Convenções fundamentais da OIT, a que foi ratificada pelo menor número de estados-membros. 
	
 
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Princípios Especiais de Direito Coletivo do Trabalho
 
 
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O Direito do Coletivo do Trabalho 
O Direito Individual do Tabalho constroi-se com base na relação de emprego.
O Direito Coletivo constroi-se a partir de uma relação entre seres coletivos teoricamente equivalentes: de um lado o empregador e, de outro, o ser coletivo obreiro sindical.
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 No Direito Coletivo, a categoria básica centra-se na noção de relação jurídica coletiva, a que se acopla a de ser coletivo (Godinho).
	Art. 8, inciso III - ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais ou administrativas.
 (Questão 41
do Concurso XIV)
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Princípios Assecuratórios da Existência do ser coletivo
O primeiro grupo diz respeito aos princípios que visam a assegurar a existência de condições objetivas e subjetivas para o surgimento e afirmação da figura do ser coletivo obreiro .
O enfoque aqui centra-se no ser coletivo obreiro, isto é, na criação e fortalecimento de organização de trabalhadores que possam exprimir uma real vontade coletiva do segmento social.
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 Em contraponto, os trabalhadores somente se tornam uma organização caso se estruturem, grupalmente. 
	E somente serão capazes a produzir atos de repercussão comunitária ou social caso se organizem de modo coletivo para tais fins. 
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 Princípio da Liberdade Associativa 
	 
1- Princípio da liberdade de associação: o princípio associativo envolve o direito fundamental de reunião e associação (artigo 5, XX,CF/88).
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 - Cláusulas de Sindicalização Forçada
	Closed shop (empresa fechada), union shop 
 (empresa sindicalizada), preferencial shop (empresa preferencial) e maintenance of membership (manutenção de filiação).
 
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Principio da autonomia sindical:
O princípio da autonomia sindical que trata da estruturação interna dos sindicatos e suas relações com o Estado, ou seja, sem intervenção e interferência do Estado. 
O seu papel é assegurar condições à própria existência do ser coletivo obreiro.
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 A partir da CF/88 é que passou a ter sentido sustentar-se que o princípio autonomista ganhou real corpo na ordem jurídica do país.
Busca garantir de autogestão às organizações associativas e sindicais dos trabalhadores, sem interferências empresariais ou do Estado. 
Trata da livre estruturação interna do sindicato, sua livre atuação externa, sua atuação econômico-financeira e sua desvinculação de controles administrativos estatais ou em face do empregador.
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Princípios Regentes das Relações Coletivas Entre os Seres Coletivos Trabalhistas.
1.Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva.
2.Princípio da Equivalência dos Contratantes Coletivos.
3.Princípio da Lealdade e Transparência da Negociação Coletiva
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1.Princípio da Interveniência Sindical na Normatização Coletiva.
Este propõe que a validade do processo negocial coletivo submeta-se à necessária intervenção do ser coletivo obreiro no caso brasileiro o sindicato, nos termos do artigo 8, III e VI da CF/88.
Visa asegurar a existência de equivalência entre os sujeitos contrapostos.
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2.Princípio da Equivalência dos Contratantes Coletivos.
Postula pelo reconhecimento de um estatuto sociojurídico semelhante a ambos os contratantes coletivos (o obreiro e o empresarial)
 
Em primeiro lugar, os sujeitos do Direito Coletivo têm a mesma natureza, são todos coletivos. Ambos sujeitos contrapostos contam com instrumentos eficazes de atuação e pressão.
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3.Princípio da Lealdade e Transparência na Negociação Coletiva.
Visa assegurar condições de concretização prática e equivalência teoricamente assumida entre os sujeitos do Direito Coletivo por meio de negociação coletiva promovida com lealdade e transparência.
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Princípios Regentes das Relações entre Normas Coletivas Negociadas e Normas Estatais.
Princípio da Criatividade jurídica da Negociação Coletiva.
2. Princípio da Adequação Setorial Negociada
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O princípio da Criatividade Jurídica da Negociação Coletiva
Os processos negociais coletivos e seus instrumentos têm real poder de criar norma jurídica, em harmonia com a normatividade heterônoma estatal.
A criação de normas jurídicas pelos atores coletivos realiza o princípio democrático de descentralização política e avanço da autogestão social pelas comunidades localizadas.
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Distinção de Norma Jurídica e Cláusula Contratual.
As normas não aderem permanentemente à relação jurídica pactuada entre as partes podendo ser revogadas.
As cláusulas contratuais sujeitam-se a um efeito adesivo permanente nos contratos, não podendo ser suprimidas pela vontade que as institiu.A ordem jurídica confere efeito revocatório às normas jurídicas e não às cláusulas contratuais. 
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Princípio da Adequação Setorial Negociada
Este princípio trata das possibilidades e limites jurídicos da negociação coletiva, ou seja, os critérios de harmonização entre as normas jurídicas oriundas da negociação coletiva e as jurídicas provenientes da legislação heterônoma estatal. 
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Em síntese, buca-se a aferição dos critérios de validade jurídica e extenção de eficácia das normas oriundas de convenção, acordo ou contrato coletivo em face da legislação estatal imperativa. 
Por este princípio as normas autônomas juscoletivas construídas para incidirem sobre a comunidade econômico-profissional podem prevalecer sobre o padrão geral autônomo justrabalhista desde que respeitados critérios objetivamente fixados:
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A-) Quando as normas autônomas juscoletivas implementam um padrão social de direitos superior ao geral oriundo da legislação heterônoma aplicável.
B-) Quando as normas autônomas juscoletivas transacionam setorialmente parcelas de indisponibilidade apenas relativa (e não de indisponibilidade absoluta). 
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ENQUADRAMENTO SINDICAL.
CATEGORIA ECONÔMICA. PROFISSIONAL E DIFERENCIADA. 
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ENQUADRAMENTO SINDICAL 
Há 3 formas de representação sindical:
a) Sindicato por categoria
b) Sindicato por profissão
c) Sindicato por empresa
	* No Brasil, não há representação de sindicato por empresa. 
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 	 Art. 511 - É licita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos ou profissionais de todos os que, como empregadores, empregados, agentes ou trabalhadores autônomos, ou profissionais liberais, exerçam, respectivamente, a mesma atividade ou profissão ou atividades ou profissões similares ou conexas.
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 Art. 511 -§ 1º - A solidariedade de interesses econômicos dos que empreendem atividades idênticas, similares ou conexas constitui o vinculo social básico que se denomina categoria econômica.
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 Art. 511 - § 2º - A similitude de condições de vida oriunda da profissão ou trabalho em comum, em situação de emprego na mesma atividade econômica ou em atividades econômicas similares ou conexas, compõe a expressão social elementar compreendida como categoria profissional.
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Há 2 tipos de sindicalização no Brasil: vertical e horizontal. 
 Na sindicalização vertical, o enquadramento é por atividade desenvolvida pelo empregador, que serve de base também para a determinação da sindicalização dos empregados, não importando a função por eles exercida dentro da empresa. 
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 Conceito de atividade preponderante
 Art. 581 § Entende-se por atividade preponderante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente, em regime de conexão funcional.
 
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Na sindicalização horizontal, o enquadramento se dá tendo em vista a profissão exercida pelo trabalhador - não se aplica ao empregador - e pela uniformidade no exercício dessa profissão, onde quer que se encontre trabalhando. 
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	 Art. 511 - § 3º - Categoria profissional diferenciada é a que se forma dos empregados que exerçam profissões ou funções diferenciadas por força de estatuto profissional especial ou em conseqüência de condições de vida singulares.
Questão 21 – TRT 2ª Região - 2009
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OJ nº 36 EMPREGADOS DE EMPRESA DE PROCESSAMENTO DE DADOS. RECONHECIMENTO COMO CATEGORIA
DIFERENCIADA. IM-POSSIBILIDADE. 
 É por lei e não por decisão judicial, que as categorias diferenciadas são reconhecidas como tais. De outra parte, no que tange aos profissionais da informática, o trabalho que desempenham sofre alterações, de acordo com a atividade econômica exercida pelo empregador. 
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 Pegadinha do Bancário:
	Súmula 117 do TST  - Bancário. Categoria diferenciada (RA 140/1980, DJ 18.12.1980) Não se beneficiam do regime legal relativo aos bancários os empregados de estabelecimento de crédito pertencentes a categorias profissionais diferenciadas.
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 Súmula nº 374 - TST - Norma Coletiva - Categoria Diferenciada - Abrangência
 Empregado integrante de categoria profissional diferenciada não tem o direito de haver de seu empregador vantagens previstas em instrumento coletivo no qual a empresa não foi representada por órgão de classe de sua categoria. (ex-OJ nº 55 - Inserida em 25.11.1996)
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 OJ 9 do SDC do TST - Enquadramento sindical. Incompetência material da Justiça do Trabalho. 
O dissídio coletivo não é meio próprio para o Sindicato vir a obter o reconhecimento de que a categoria que representa é diferenciada, pois esta matéria - enquadramento sindical - envolve a interpretação de norma genérica, notadamente do art. 577 da CLT.
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	TRT - 3ªR - Motociclista é categoria profissional diferenciada (22.out.09)
	Reformando sentença, a 8ª Turma do TRT-MG declarou que, a partir de 30/07/2009, o Sindicato dos Motociclistas Profissionais de Minas Gerais passou a representar e a coordenar a categoria profissional dos motociclistas empregados da administração das empresas proprietárias de jornais e revistas e em empresas distribuidoras e vendedoras de jornais e revistas de Belo Horizonte. 
	Nessa data, entrou em vigor a Lei12.009/09, que regulamenta as profissões de motofrete, mototáxi e motoboy, transformando-as em categoria profissional diferenciada. 
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 	Até 29/07/2009, a representação sindical dos motociclistas cabia ao Sindicato dos Empregados da Administração das Empresas Proprietárias de Jornais e Revistas e em Empresas Distribuidoras e Vendedoras de Jornais e Revistas de Belo Horizonte, sendo que as contribuições sindicais eram arrecadadas em favor deste. 
	(Questão 36 do Concurso XV)
 
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 	 Segundo as ponderações do Relator do recurso, Juiz convocado Rodrigo Ribeiro Bueno, os motociclistas atuam em condições diversas e singulares em relação a outras profissões. 
 
	Portanto, faltava a eles estatuto profissional especial, reconhecendo a categoria profissional como diferenciada, nos termos do artigo 511, parágrafo 3º, da CLT.
 
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 Art. 570 - Os Sindicatos constituir-se-ão, normalmente, por categorias econômicas ou profissionais específicas, na conformidade da discriminação do Quadro de Atividades e Profissões a que se refere o art. 577.
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	As disposições contidas nos arts. 570, caput, e 577 da CLT, referentes a necessidade de incorporação ao quadro de atividades e profissões para efeito de ser reconhecida determinada categoria profissional como diferenciada, não foram recepcionadas pela Constituição, tendo ocorrido revogação tácita ante a total incompatibilidade daquelas com os princípios da Ordem Constitucional fundada pela C.F. de 1988. (STF, no RMS 21.305/DF -, relator Ministro MARCO AURÉLIO, julgado por maioria pelo Tribunal Pleno em 17/10/1991, DJ 29-11-1991, onde se pacificou o entendimento).
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 Segundo a legislação, o enquadramento sindical decorre da representação de uma categoria: econômica ou profissional, pelo seu respectivo sindicato, em determinada base territorial. 
A categoria resulta do exercício de uma atividade. Portanto, o enquadramento sindical do empregado depende da atividade econômica preponderante da empresa. 
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 Art. 517 - Os Sindicatos poderão ser distritais, municipais, intermunicipais, estaduais e interestaduais. Excepcionalmente, e atendendo às peculiaridades de determinadas categorias ou profissões, o Ministro do Trabalho poderá autorizar o reconhecimento de Sindicatos nacionais.
	* A CF de 1988 dispõe que a base mínima territorial é um município.
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 Organização externa dos sindicatos
 A organização sindical brasileira é composta de:
Sindicatos;
Federações;
Confederações
	As federações e as confederações são entidades sindicas de nível superior ao sindicato (2o grau).
	
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 Art. 533 - Constituem associações sindicais de grau superior as federações e confederações organizadas nos termos desta Lei.
Art. 534 - É facultado aos Sindicatos, quando em número não inferior a 5 (cinco), desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividades ou profissões idênticas, similares ou conexas, organizarem-se em federação.
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 Art. 534, § 2º - As federações serão constituídas por Estados, podendo o Ministro do Trabalho autorizar a constituição de Federações interestaduais ou nacionais.
 Art. 535 - As Confederações organizar-se-ão com o mínimo de 3 (três) federações e terão sede na Capital da República.
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	Federação: Constitui a federação a faculdade dos sindicatos, sempre em número superior a 05, desde que representem a maioria absoluta de um grupo de atividade ou profissões idênticas, similares ou conexas, se organizarem – art. 534 da CLT.
	Confederação: é formada por, pelo menos, 3 federações, e terá sede na capital do pais – art. 535 da CLT.
 Federação e Confederação 
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 NOVA LEI DE CENTRAIS SINDICAIS
	Lei nº 11.648, de 31 de março de 2008 - Dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais para os fins que especifica, altera a CLT e dá outras providências.
	Art. 1o A central sindical, entidade de representação geral dos trabalhadores, constituída em âmbito nacional, terá as seguintes atribuições e prerrogativas: 
	I - coordenar a representação dos trabalhadores por meio das organizações sindicais a ela filiadas; e 
 
 
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 II - participar de negociações em fóruns, colegiados de órgãos públicos e demais espaços de diálogo social que possuam composição tripartite, nos quais estejam em discussão assuntos de interesse geral dos trabalhadores.
 
	Parágrafo único. Considera-se central sindical, para os efeitos do disposto nesta Lei, a entidade associativa de direito privado composta por organizações sindicais de trabalhadores. 
 
 
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 	CRITÉRIO DE REPRESENTATIVIDADE
	Art. 2o Para o exercício das atribuições e prerrogativas a que se refere o inciso II do caput do art. 1o desta Lei, a central sindical deverá cumprir os seguintes requisitos:
 I - filiação de, no mínimo, 100 (cem) sindicatos distribuídos nas 5 (cinco) regiões do País;
 II - filiação em pelo menos 3 (três) regiões do País de, no mínimo, 20 (vinte) sindicatos em cada uma;
 
 
 
*
 	
	III - filiação de sindicatos em, no mínimo, 5 (cinco) setores de atividade econômica; e
 
	IV - filiação de sindicatos que representem, no mínimo, 7% (sete por cento) do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional. 
	Parágrafo único. O índice previsto no inciso IV do caput deste artigo será de 5% (cinco por cento) do total de empregados sindicalizados em âmbito nacional no período de 24 (vinte e quatro) meses a contar da publicação desta Lei.
 
 
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 	Portaria MTE nº 194 de 17.04.2008 (24.abr.08)
	Aprova instruções para a aferição dos requisitos de representatividade das centrais sindicais, exigidos pela Lei nº 11.648, de 31 de março de 2008, e dá outras providências.
	Art. 1º Para fins de verificação da representatividade, as centrais sindicais deverão se cadastrar no Sistema Integrado de Relações do Trabalho - SIRT, devendo seu cadastro ser atualizado constantemente,
de acordo com instruções expedidas pela Secretaria de Relações do Trabalho -SRT. 
 
*
 
 	Art. 522 - A administração do Sindicato será exercida por uma diretoria constituída, no máximo, de 7 (sete) e, no mínimo, de 3 (três) membros e de um Conselho Fiscal composto de 3 (três) membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.
Organização interna dos sindicatos
*
 
 	Art. 522 - A administração do Sindicato será exercida por uma diretoria constituída, no máximo, de 7 (sete) e, no mínimo, de 3 (três) membros e de um Conselho Fiscal composto de 3 (três) membros, eleitos esses órgãos pela Assembléia Geral.
Organização interna dos sindicatos
*
 
	Órgãos do sindicato: O sindicato é formado por:
	 1. Assembléia geral, 
 2. Conselho fiscal e 
 3. Diretoria. 
	
Sindicatos
*
 
 Exceção: Art. 538 - A administração das federações e confederações será exercida pelos seguintes órgãos: 
a) Diretoria 
b) Conselho de Representantes; 
c) Conselho Fiscal.
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Sindicatos
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Funções do sindicato
	Há 5 funções do sindicato:
Representativa
Negocial
Assistencial
Política
Econômica 
 
	
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Receitas sindicais. Contribuição sindical. Contribuição assistencial. Contribuição. confederativa. Mensalidade dos sócios. A possibilidade de oposição dos empregados não-sócios. Novo modelo sindical. 
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As receitas sindicais são :
1. Contribuição sindical
2. Contribuição confederativa
3. Contribuição assistencial
4. Mensalidade sindical
* questão 25- TRT 2ª Região - 2009
RECEITAS SINDICAIS
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	Art. 578 - As contribuições devidas aos Sindicatos pelos que participem das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas pelas referidas entidades serão, sob a denominação de "contribuição sindical", pagas, recolhidas e aplicadas na forma estabelecida neste Capítulo.
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL
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 Art. 579 - A contribuição sindical é devida por todos aqueles que participarem de uma determinada categoria econômica ou profissional, ou de uma profissão liberal, em favor do Sindicato representativo da mesma categoria ou profissão, ou, inexistindo este, na conformidade do disposto no art. 591.
 
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 	Art. 580 - A contribuição sindical será recolhida, de uma só vez, anualmente, e consistirá:
	I - na importância correspondente à remuneração de 1 (um) dia de trabalho, para os empregados, qualquer que seja a forma da referida remuneração
 
*
	III - para os empregadores, numa importância proporcional ao capital social da firma ou empresa, registrado nas respectivas Juntas Comerciais ou órgãos equivalentes, mediante a aplicação de alíquotas, conforme a seguinte Tabela progressiva:
 
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 Conceito de atividade preponderante
 Art. 581 § Entende-se por atividade preponderante a que caracterizar a unidade de produto, operação ou objetivo final, para cuja obtenção todas as demais atividades convirjam, exclusivamente, em regime de conexão funcional.
 
*
 Art. 581 § 1º - Quando a empresa realizar diversas atividades econômicas, sem que nenhuma delas seja preponderante, cada uma dessas atividades será incorporada à respectiva categoria econômica, sendo a contribuição sindical devida à entidade sindical representativa da mesma categoria, procedendo-se, em relação às correspondentes sucursais, agências ou filiais, na forma do presente artigo. 
 
*
 Art. 581 § 1º - Quando a empresa realizar diversas atividades econômicas, sem que nenhuma delas seja preponderante, cada uma dessas atividades será incorporada à respectiva categoria econômica, sendo a contribuição sindical devida à entidade sindical representativa da mesma categoria, procedendo-se, em relação às correspondentes sucursais, agências ou filiais, na forma do presente artigo. 
 
*
Época de recolhimento- empregado
Art. 582 - Os empregadores são obrigados a descontar, da folha de pagamento de seus empregados relativa ao mês de março de cada ano, a contribuição sindical por estes devida aos respectivos Sindicatos.
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Avulso e autônomo
	Art. 583 - O recolhimento da contribuição sindical referente aos empregados e trabalhadores avulsos será efetuado no mês de abril de cada ano, e o relativo aos agentes ou trabalhadores autônomos e profissionais liberais realizar-se-á no mês de fevereiro.
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Autônomo
	Art. 585 - Os profissionais liberais poderão optar pelo pagamento da contribuição sindical unicamente à entidade sindical representativa da respectiva profissão, desde que a exerça, efetivamente, na firma ou empresa e como tal sejam nelas registrados. 
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Autônomo
	Art. 585 - Parágrafo único - Na hipótese referida neste artigo, à vista da manifestação do contribuinte e da exibição da prova de quitação da contribuição, dada por Sindicato de profissionais liberais, o empregador deixará de efetuar, no salário do contribuinte, o desconto a que se refere o art. 582.
*
Arrecadação 
	Art. 589 - Da importância da arrecadação da contribuição sindical serão feitos os seguintes créditos....:
	I - para os empregadores: a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 15% (quinze por cento) para a federação; c) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e d) 20% (vinte por cento) para a 'Conta Especial Emprego e Salário; 
*
Arrecadação 
 II - para os trabalhadores: a) 5% (cinco por cento) para a confederação correspondente; b) 10% (dez por cento) para a central sindical; c) 15% (quinze por cento) para a federação; d) 60% (sessenta por cento) para o sindicato respectivo; e e) 10% (dez por cento) para a 'Conta Especial Emprego e Salário; 
*
A Constituição Federal em seu artigo 8º, 
preceitua:
IV- a assembléia geral fixará a contribuição que, em se tratando de categoria profissional, será descontada em folha, para o custeio do sistema confederativo da representação sindical respectiva, independentemente da contribuição prevista em lei.” 
V - ninguém será obrigado a filiar-se ou a manter-se filiado a sindicato;
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA
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Súmula nº 666 do STF de 24/09/2003: 
“A contribuição confederativa de que 
trata o art. 8º, IV, da Constituição, só é 
exigível dos filiados ao sindicato 
respectivo”.
 
STF
*
 	PN-119    CONTRIBUIÇÕES SINDICAIS - INOBSERVÂNCIA DE PRECEITOS CONSTITUCIONAIS – (nova redação dada pela SDC em sessão de 02.06.1998 - homologação Res. 82/1998, DJ 20.08.1998)
 "A Constituição da República, em seus arts. 5º, XX e 8º, V, assegura o direito de livre associação e sindicalização. É ofensiva a essa modalidade de liberdade cláusula constante de acordo, convenção coletiva ou sentença normativa estabelecendo contribuição em favor de entidade sindical a título de taxa para custeio do sistema confederativo, assistencial, revigoramento ou fortalecimento sindical e outras da mesma espécie, obrigando trabalhadores não sindicalizados. Sendo nulas as estipulações que inobservem tal restrição, tornam-se passíveis de devolução os valores irregularmente descontados."
 
*
 Art. 513 - São prerrogativas dos Sindicatos:
a) representar, perante as autoridades administrativas e judiciárias, os interesses gerais da respectiva categoria ou profissão liberal ou os interesses individuais dos associados relativos à atividade ou profissão exercida;
b) celebrar convenções coletivas de trabalho;
c) eleger ou designar os representantes da respectiva categoria ou profissão liberal;
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL
*
 d) colaborar com o Estado, como órgãos técnicos e consultivos, no estudo e solução dos problemas que se relacionam com a respectiva
categoria ou profissão liberal; 
	e) impor contribuições a todos aqueles que participam das categorias econômicas ou profissionais ou das profissões liberais representadas.
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL
*
	Forma voluntária de contribuição às entidades sindicais, a mensalidade do associado representa a forma de sustentação financeira verdadeiramente autônoma. É fixada pela própria categoria, em assembléia-geral, constando nos estatutos da entidade.
MENSALIDADE SINDICAL
*
 O Ministro do Trabalho e Emprego, Ricardo Berzoini, entendeu que: 
a) As contribuições instituídas pelos sindicatos em assembléia geral da categoria, em especial a confederativa e/ou as constantes de convenção ou acordo coletivo e sentença normativa, em especial a contribuição assistencial, são obrigatórias apenas para os empregados sindicalizados (art. 1º) 
 Portaria MTE nº 160, 13.4.2004 
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 b) A contribuição assistencial, prevista na alínea e, do art. 513, da CLT, e demais decorrentes do mesmo diploma legal, deverão constar de convenção ou acordo coletivo de trabalho, devidamente registrado no setor competente do órgão local do Ministério do Trabalho e Emprego, ou de sentença normativa, e tem por finalidade custear as atividades assistenciais, melhorias e o crescimento sindical, além da participação da entidade nas negociações por melhores condições de trabalho (art. 1º, § 2º) 
 
*
 c) O empregador poderá efetuar o desconto, em folha de pagamento de salário, do valor correspondente às contribuições devidas pelos empregados aos sindicatos respectivos e previstas em convenção ou acordo coletivo de trabalho registrados no Ministério do Trabalho e Emprego, em sentença normativa ou em assembléia geral sindical, quando notificado do valor das contribuições (art. 2º); 
 
*
 d) Para os empregados não sindicalizados, o desconto em folha de pagamento somente poderá ser efetuado mediante prévia e expressa autorização do empregado (art. 2º, § 1º), a qual terá validade pelo período de vigência do instrumento coletivo e poderá ser revogada pelo empregado a qualquer tempo (art. 2º, § 1º, II); 
 
*
 e) O desconto em folha de pagamento efetuado sem a devida autorização do empregado não sindicalizado ou com base em instrumento coletivo não registrado no MTE sujeita o empregador a autuação administrativa pela fiscalização do trabalho (art. 2º, § 2º) 
 
 
*
 
	Dias após, o Ministro do Trabalho e Emprego suspendeu a eficácia do art. 1º, e dos § 1 e § 2º, do art. 2º, da Portaria nº 160 até 31/4/2005 (Portaria MTE nº 180, de 30 de abril de 2004), considerando que: 
 a) os argumentos apresentados pelas Centrais Sindicais, em reunião realizada em 22 de abril de 2004, com representante do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE, da impossibilidade momentânea dos sindicatos cumprirem as regras estabelecidas no art. 1º, e nos §§ 1º e 2º, do art. 2º, da Portaria Ministerial nº 160, de 13 de abril de 2004; 
 
MTE
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 b) as centrais sindicais assumiram o compromisso formal de, durante o período da suspensão da eficácia do art. 1º, e dos §§ 1º e 2º, do art. 2º, da Portaria Ministerial nº 160, de 13 de abril de 2004, orientarem os sindicatos para observarem o princípio da razoabilidade ao estabelecerem os valores correspondentes à contribuição confederativa e à contribuição assistencial; 
 
*
 c) as centrais sindicais assumiram o compromisso de orientarem os sindicatos para que os valores cobrados tenham como referência, a partir da publicação desta Portaria, os limites estabelecidos no Fórum Nacional do Trabalho para a futura contribuição negocial. 
 
*
“O empregador é responsável pelos pagamentos e descontos aos seus empregados sendo vedado qualquer desconto, sem a prévia autorização deste, conforme artigo 462 da CLT:
Art. 462 - “Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do empregado, salvo quando este resultar de adiantamento, de dispositivo de lei ou de contrato coletivo: 
OPOSIÇÃO DO EMPREGADO
*
 Art. 545 - Os empregadores ficam obrigados a descontar na folha de pagamento dos seus empregados, desde que por eles devidamente autorizados, as contribuições devidas ao Sindicato, quando por este notificados, salvo quanto à contribuição sindical, cujo desconto independe dessas formalidades. 
 
*
De: Empregado    
Para: Empregador
 
REF.: OPOSIÇÃO AO DESCONTO DA CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL E 
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA               
Prezado Senhores:         O Art. 545, da Consolidação das Leis do Trabalho estabelece que os empregadores só poderão descontar as contribuições devidas ao sindicatos da folha de pagamento dos empregados, se estiverem por estes autorizados. 
	A Constituição Federal, nos arts. 5º, inciso X, e 8º, inciso V, assegura
 ao trabalhador o direito de livre associação e sindicalização. 
        Venho por meio desta comunicar a V.Sa. que não sou filiado ao sindicato “x”, portanto, não estando obrigado a contribuir ao referido sindicato, solicito que não sejam descontadas em sua folha de pagamento as referidas contribuições impostas, conforme Súmula 666 do STF e Precedente Normativo 119 da SDC do TST.         Sem mais,
        Assinatura do empregado        
(Local, data e ano)                
CARTA DE OPOSIÇÃO
*
Pelo texto do anteprojeto que foi arquivado, extinguia-se a contribuição sindical e institui-se a contribuição negocial. 
Para tanto, haveria uma transição de três anos. Essa contribuição será anual e corresponderá a 1% da remuneração do trabalhador no ano anterior. O desconto será feito em três parcelas a partir de abril (art. 50). 
REFORMA SINDICAL (PEC 369/2005)
*
 Essa contribuição seria obrigatória, não comporta oposição e sua cobrança será definida em assembléia geral da entidade sindical. 
O artigo 52 do anteprojeto define como será o rateio da contribuição negocial entre as entidades em seus vários níveis de representação: 10% ficam com as centrais; 5% às confederações; 10% às federações; 70% aos sindicatos; e 5% ao Fundo Solidário de Promoção Sindical (FSPS). Esse fundo tem o propósito de custear as atividades do Conselho de Relações de Trabalho. 
REFORMA SINDICAL
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 Práticas 
anti-sindicais
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Práticas Antissindicais
São sistemáticas de desestímulo à sindicalização e desgaste da atuação dos sindicatos que entram em choque com o princípio da liberdade sindical.
Exemplos: Yellow dog contracts (cláusula de não filiação sindical), company unions (sindicatos de empresa), e mise à líndex ( colocar no index- lista negra).
*
	Proteção a sindicalização
	Há proteção do representante sindical instituída na legislação, afim de permitir que trabalhador ocupante de tal cargo, efetivamente desempenhe suas funções.
	Tais proteções são:
Impossibilidade de transferência e de ser impedido de exercer suas funções (art. 543 CLT);
 
*
 
Impossibilidade de dispensa sem justificativa e período estabilitário desde da candidatura até um ano após o termino do mandato (art. 543, § 3º CLT), incluindo esta estabilidade ao suplente;
O mandato da diretoria é de três anos em geral.
	Vale evidenciar que a estabilidade, como proteção a sindicalização, foi abrangida pelo Texto Constitucional – art. 8º, VIII.
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	Praticas anti-sindicais
	São consideradas praticas anti-sindicais a não contratação do trabalhador por ser sindicalizado, a despedida, a suspensão a aplicação de outras sanções disciplinares, as transferências, as alterações de tarefa ou de horário, os rebaixamentos, a inclusão em listras negra ou no index, a redução da remuneração, a aposentadoria obrigatória.
 	
*
 
	Ratificada pelo Brasil, existe a convenção
nº 98 da OIT que em seu art. 2.1 explica que as organizações de trabalhadores e empregadores deverão gozar de proteção adequada contra quaisquer atos de ingerência de umas e outras, quer diretamente, quere por meio de seus agentes ou membros, em sua formação, funcionamento e administração.	
*
	Convenção 158 da OIT – Decreto 68/92: 
	Estabelece que o empregador não pode motivar ou justificar a despedida por motivo de o empregado filiar-se ou participar de atividades sindicais ou pelo fato de solicitar, exercer ou haver exercido um mandato de representação dos trabalhadores.
	Constitucionalmente, nossa legislação prevê no inciso VII do art. 8º: 
	“o aposentado filiado tem direito de votar e ser votado nas organizações sindicais;”, previsões também estabelecidas pelo Texto Celetista.
*
	O § 6º do art. 543 da CLT estabelece uma sanção direta contra o ato anti-sindical que tipifica, no sentido de que:
	“a empresa que por qualquer modo, procurar impedir que o empregado se associe a sindicato, organize associação profissional ou sindical ou exerça os direitos inerentes à condição de sindicalizado, fica sujeita penalidade prevista na letra “a” do art. 553, sem prejuízo da reparação a que tiver direito o empregado.”
*
 Convenção Coletiva. Acordo coletivo.
 
Dissídio coletivo e sentença normativa 
 Negociação coletiva (requisitos legais)
*
Convenção Coletiva 
 
Art. 611 - Convenção Coletiva de Trabalho é 
o acordo de caráter normativo, pelo qual 
dois ou mais Sindicatos representativos de 
categorias econômicas e profissionais 
estipulam condições de trabalho aplicáveis, 
no âmbito das respectivas representações, 
às relações individuais do trabalho.
*
 
 A CCT é celebrada entre o sindicato 
PATRONAL e o sindicato PROFISSIONAL, 
sendo aplicável para toda a CATEGORIA 
(sócios e não-sócios).
Ex: Sindicato dos Bancários de São Paulo x Sindicato dos Bancos de São Paulo 
*
 
 Octávio Bueno Magano classifica as convenções 
coletivas de trabalho em: 
convenção coletiva de eficácia limitada, que obriga somente os sujeitos convenientes e seus respectivos associados; 
a convenção coletiva de eficácia geral, que obriga não apenas os sujeitos convenientes e seus respectivos associados, mas também pessoas estranhas aos quadros de associados. 
 
	
*
 
 
	No Brasil, prevalece o modelo legal de eficácia geral, aplicando-se a convenção coletiva de trabalho a todos os membros das categorias profissionais e econômicas representadas pelos sindicatos convenientes. 
 CATEGORIA = SÓCIOS E NÃO-SÓCIOS
 
*
Acordo Coletivo 
 Art. 611 - § 1º - É facultado aos Sindicatos 
representativos de categorias profissionais 
celebrar Acordos Coletivos com uma ou 
mais empresas da correspondente categoria 
econômica, que estipulem condições de 
trabalho, aplicáveis no âmbito da empresa 
ou das empresas acordantes às respectivas 
relações de trabalho.
	
*
 
 
O ACT é celebrada entre o sindicato 
PROFISSIONAL e uma ou mais EMPRESAS, 
sendo aplicável para toda(s) a(s) empresa(s)
(sócios e não-sócios).
Ex: Nestle e Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Cacau de São Paulo.
*
DIFERENÇAS 
A CCT é celebrada entre o sindicato 
PATRONAL e o sindicato PROFISSIONAL, 
sendo aplicável para toda a CATEGORIA 
(sócios e não-sócios).
O ACT é celebrada entre o sindicato 
PROFISSIONAL e uma ou mais EMPRESAS, 
sendo aplicável para toda(s) a(s) empresa(s)
(sócios e não-sócios).
*
 
 
 Art. 619 - Nenhuma disposição de contrato individual de trabalho que contrarie normas de Convenção ou Acordo Coletivo de Trabalho poderá prevalecer na execução do mesmo, sendo considerada nula de pleno direito.
 
*
CCT X ACT 
 
 Art. 620 - As condições estabelecidas em Convenção, quando mais favoráveis, prevalecerão sobre as estipuladas em Acordo.
*
 
 
 Art. 622 - Os empregados e as empresas que celebrarem contratos individuais de trabalho, estabelecendo condições contrárias ao que tiver sido ajustado em Convenção ou Acordo que lhes for aplicável, serão passíveis da multa neles fixada.
*
QUÓRUM 
 Art. 612 - Os Sindicatos só poderão celebrar Convenções ou Acordos Coletivos de Trabalho, por deliberação de Assembléia Geral especialmente convocada para esse fim, consoante o disposto nos respectivos Estatutos, dependendo a validade da mesma do comparecimento e votação, em primeira convocação, de 2/3 (dois terços) dos associados da entidade, se se tratar de Convenção, e dos interessados, no caso de Acordo e, em segunda, de 1/3 (um terço) dos membros.
*
 
 
	Art. 612 - Parágrafo único - O quorum de comparecimento e votação será de 1/8 (um oitavo) dos associados em segunda convocação, nas entidades sindicais que tenham mais de 5.000 (cinco mil) associados.
*
QUÓRUM 
 
1a convocação – 2/3 dos associados ou 
Interessados
2a convocação – 1/3 dos associados ou 
Interessados ou exceção: 1/8 (um oitavo) dos 
associados nas entidades sindicais que tenham 
mais de 5.000 (cinco mil) associados.
*
FORMALIDADES
 Art. 613 - As Convenções e os Acordos deverão conter obrigatoriamente:
I - designação dos Sindicatos convenentes ou dos Sindicatos e empresas acordantes;
II - prazo de vigência;
III - categorias ou classes de trabalhadores abrangidas pelos respectivos dispositivos;
IV - condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante sua vigência;
*
 
 V - normas para a conciliação das divergências surgidas entre os convenentes por motivos da aplicação de seus dispositivos;
VI - disposições sobre o processo de sua prorrogação e de revisão total ou parcial de seus dispositivos;
VII - direitos e deveres dos empregados e empresas;
VIII - penalidades para os Sindicatos convenentes, os empregados e as empresas em caso de violação de seus dispositivos.
*
 
 
 Art. 613 - Parágrafo único - As Convenções e os Acordos serão celebrados por escrito, sem emendas nem rasuras, em tantas vias quantos forem os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes, além de uma destinada a registro.
*
 
 Art. 614 - Os Sindicatos convenentes ou as empresas acordantes promoverão, conjunta ou separadamente, dentro de 8 (oito) dias da assinatura da Convenção ou Acordo, o depósito de uma via do mesmo, para fins de registro e arquivo, no Departamento Nacional do Trabalho, em se tratando de instrumento de caráter nacional ou interestadual, ou nos órgãos regionais do Ministério do Trabalho nos demais casos.
*
 
 Art. 614 - 
	§ 1º - As Convenções e os Acordos entrarão em vigor 3 (três) dias após a data da entrega dos mesmos no órgão referido neste artigo.
	§ 3º - Não será permitido estipular duração de Convenção ou Acordo superior a 2 (dois) anos.
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Acordo direto com os empregados
 
	Art. 616 - Os Sindicatos representativos de categorias econômicas ou profissionais e as empresas, inclusive as que não tenham representação sindical, quando provocados, não podem recusar-se à negociação coletiva.
 
*
 
 
	 Art. 617 - Os empregados de uma ou mais empresas que decidirem celebrar Acordo Coletivo de Trabalho com as respectivas empresas darão ciência de sua resolução, por escrito, ao Sindicato representativo da categoria profissional, que terá o prazo de 8 (oito) dias para assumir a direção dos entendimentos entre os interessados, devendo igual procedimento ser observado pelas empresas interessadas com relação ao Sindicato da respectiva categoria econômica.
 
*
 
 Art. 617 - § 1º - Expirado o prazo de 8
(oito) dias sem que o Sindicato tenha-se desincumbido do encargo recebido, poderão os interessados dar conhecimento do fato à Federação a que estiver vinculado o Sindicato e, em falta dessa, à correspondente Confederação, para que, no mesmo prazo, assuma a direção dos entendimentos. Esgotado esse prazo, poderão os interessados prosseguir diretamente na negociação coletiva até final.
*
 
Acordo direto com os empregados
 
 Este artigo foi recepcionado pela CF, já que o art. 8 determina a obrigatoriedade de participação do sindicato na negociação coletiva?
*
 
 
 
 Há 2 correntes na doutrina:
 1. não-recepção pela CF: argumento é a obrigatoriedade de participação do sindicato na negociação coletiva; 
 2. recepção pela CF: argumento é que não houve ofensa à obrigatoriedade de participação do sindicato na negociação coletiva, na verdade, o sindicato é que se RECUSOU a negociar o acordo.
*
 
 
	
	TST valida negociação direta com empregados em caso de recusa do sindicato – (Fonte: TST - 27 de abril de 2007)
	Quando o sindicato profissional se recusa a participar da negociação coletiva, é eficaz e legítima a atuação da comissão de empregados constituída para esse fim. 
	A decisão é da Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho, em voto relatado pelo vice-presidente do Tribunal, ministro Milton de Moura França, envolvendo o Hospital da Baleia, de Belo Horizonte (MG), e profissionais de saúde. 
*
 
 
 	Segundo o ministro Moura França, é legítimo que os empregados exijam que seu sindicato se ajuste a sua vontade. 
 	..... O artigo 617 da CLT prevê a possibilidade de negociação direta por parte dos empregados quando o sindicato representativo da categoria e, sucessivamente, a federação ou confederação a que estiver vinculado, não respondem ao chamado para assumir a condução dos entendimentos. 
 	Depois de admitir a entrada do sindicato na lide como assistente litisconsorcial, o TRT/MG julgou improcedente o pedido, invalidando a negociação direta. 
*
 
 
 	Segundo ele, no caso em questão, não só houve a recusa do sindicato profissional, como também da própria federação, circunstância que confirma a total legitimidade e a conseqüente eficácia do acordo coletivo que a comissão de empregados firmou com o hospital, nos termos do artigo 8º, inciso VI, da Constituição, e 617 da CLT. 
	Em razão da dificuldade financeira que vinha passando o empregador, situação essa que os próprios empregados reconheceram, nada mais razoável que negociassem o reajuste de seus salários atentos a essa realidade, concluiu Moura França. (RODC 163/2005-000-03-00.9) 
*
 
DISSÍDIO COLETIVO
 
 art. 616, § 3º - Havendo convenção, acordo ou sentença normativa em vigor, o dissídio coletivo deverá ser instaurado dentro dos 60 (sessenta) dias anteriores ao respectivo termo final, para que o novo instrumento possa ter vigência no dia imediato a esse termo.
*
 
 
 
	Dissídio coletivo: quando não há acordo entre as partes durante a negociação coletiva, pode ser ajuizada uma ação trabalhista para decidir o conflito. Esta ação é o DISSÍDIO COLETIVO.
 A decisão judicial (TRT ou TST) é chamada de 
 SENTENÇA NORMATIVA.
*
 
COMUM ACORDO
 
Nova redação do art. 114, “§ 2º da CF:
 
 Recusando-se qualquer das partes à negociação coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como 
 as convencionadas anteriormente.” 
*
 
 
 
 Houve extinção do Poder Normativo da Justiça do Trabalho? 
A Justiça do Trabalho passou a ser tornar arbitragem pública?
A norma feriria o princípio da razoabilidade ao exigir comum acordo entre as partes para instauração do dissídio coletivo?
*
 
 
 
Teria havido ofensa ao art. 7º, inc. XXVI, da Constituição, que prega o reconhecimento das convenções e acordos coletivos de trabalho?
A norma, tal qual redigida, induziria à greve e 
 desestimularia a solução pacífica das controvérsias?
Teria havido ofensa ao art. 5º, inc. XXXV, da Constituição, cláusula pétrea que traz o princípio de acesso à jurisdição?
*
 
 
 
	20/01/2005 - Necessidade de comum acordo para instauração de dissídio é contestada no Supremo
 
 A Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) ajuizou hoje (20/1) no Supremo Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI 3392) contra a parte da reforma do Judiciário que determina necessidade de comum acordo entre as partes para que possam ingressar com dissídio coletivo na Justiça do Trabalho. A ação tem pedido de liminar.
 
*
 
 
 
 Decisão histórica na Justiça do Trabalho - 23/6/2006 O Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (MG) proferiu, há poucos dias, julgamento de significado histórico para a Justiça do Trabalho. Ao julgar dissídio coletivo de natureza econômica, proposto pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico de Alfenas, contra a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Proc. n° 01411/2005), prevaleceu o voto do Juiz relator, Luiz Otávio Linhares Renault, que: 
*
 
 
 
 “ extinguia o processo, sem exame do mérito, pois fora ignorada, pelo sindicato, a regra do artigo 114, § 2º, da Constituição da República, segundo a qual, em ação dessa natureza, exige-se que a iniciativa seja de comum acordo das partes”.
*
 
 
	SDC abre exceção sobre comum acordo e julgará dissídio da Cobra Tecnologia - Fonte: TST - 08/06/09 
	Por maioria de votos, a Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC) do Tribunal Superior do Trabalho decidiu, na sessão de hoje (08), que julgará o dissídio coletivo de natureza econômica ajuizado pela Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Processamento de Dados, Serviços de Informática e Similares (Fenadados) contra a empresa Cobra Tecnologia S/A, apesar de não ter sido cumprido o requisito do "comum acordo" introduzido pela reforma do Judiciário (Emenda Constitucional nº 45 /2004). 
*
 
 
 	O entendimento majoritário na SDC é o de que o comum acordo para a instauração do dissídio tornou-se pressuposto processual para seu prosseguimento após a EC 45 , mas, no caso em questão, a exceção foi admitida em razão do comportamento processual contraditório da Cobra, em desrespeito ao princípio da boa-fé e em afronta ao direito regular de oposição da parte contrária. 
*
 
 
 ..... Segundo Walmir Oliveira da Costa, trata-se de caso "singularíssimo" que justifica a exceção aberta pela SDC. 
 Em seu voto, o ministro citou dispositivo do Código Civil (artigo 187), segundo o qual o titular de um direito comete ato ilícito ao exercê-lo em desrespeito aos limites impostos pelo seu fim econômico e social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. ....
*
A ULTRATIVIDADE DAS 
CONVEÇÕES E 
ACORDOS COLETIVOS
*
*
O que ocorre quando expira o prazo da convenção coletiva? 
 
A EFICÁCIA ULTRACONTRAENTES
 DAS CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS 
*
 
A cláusula mais favorável incorpora-se definitivamente ao contrato individual de trabalho ou o trabalhador perde automaticamente aquele benefício anteriormente concedido?
A EFICÁCIA ULTRACONTRAENTES
 DAS CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS 
*
Na doutrina existem três correntes sobre o tema:
CORRENTE 1: uma justificando a incorporação das cláusulas normativas no contrato de trabalho, 
CORRENTE 2: outra defendendo a não-incorporação.
A EFICÁCIA ULTRACONTRAENTES
 DAS CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS 
*
 
CORRENTE 3: uma terceira entendendo que a não-incorporação é a regra, mas comporta algumas exceções como no caso de vantagem pessoal.
A EFICÁCIA ULTRACONTRAENTES
 DAS CONVENÇÕES E ACORDOS COLETIVOS 
*
A segunda corrente sustenta que, diferentemente da lei, que, em geral, não se destina à vigência temporária, a norma coletiva tem prazo certo de vigência, sendo que as condições ajustadas valem para o respectivo prazo de vigência.
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
Arts. 613, II e IV e o 614, parágrafo 3º:
Art. 613. As convenções ou acordos deverão conter obrigatoriamente:
II - prazo de vigência;
IV- condições ajustadas para reger as relações individuais de trabalho durante a sua vigência;
Art. 614, parágrafo 3º: Não será possível estipular duração de convenção ou acordo superior a 2 (dois) anos.
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
O Prof. Dr. Renato Rua de Almeida de Almeida argumenta que a temporalidade e relatividade do conteúdo dos acordos ou convenções coletivas de trabalho estão claramente reconhecidas pelo Decreto nº 908, de 31 de agosto de 1993, que fixa as diretrizes para as negociações coletivas de trabalho das empresas públicas, sociedades de economia mista e demais empresas sob controle direto ou indireto da União, uma vez que o parágrafo único do art. 2º estabelece que: “ 
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
 
"todas as cláusulas do acordo coletivo vigente deverão ser objeto de negociação a cada nova data-base" e a art. 4º prevê que: “o acordo coletivo vigorará por prazo não superior a 12 (doze) meses”. 
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
O Prof. Dr. Renato Rua de Almeida de Almeida argumenta ainda que: 
“o melhor entendimento sempre foi no sentido da temporalidade das convenções coletivas de trabalho, mesmo em matéria salarial”.
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
A segunda corrente contestava os argumentos elencados acima afirmando que:
“o artigo 468 da CLT não serve como argumento, pois se refere a direitos individuais, inclusive por ser tratado no Capítulo da CLT que versa sobre Direito Individual do Trabalho”. 
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
O Prof. Renato Rua de Almeida de Almeida acrescenta afirmando que: 
“A convenção coletiva e o contrato individual de trabalho são fontes de natureza jurídica diferentes. A convenção coletiva é um acordo normativo (Recomendação 91 da OIT), compreendido dentro de um processo de negociação coletiva (Convenção 154 da OIT) sempre aberta às adaptações circunstanciais pela autonomia privada coletiva. Já o contrato individual é um negócio exclusivamente bilateral, de interesses individuais, constituindo obrigações garantidas por lei, que só deixam de existir em caso de extinção contratual. 
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
O Prof. Renato Rua de Almeida de Almeida acrescenta afirmando que: 
 ...... Daí porque não se pode invocar o princípio legal da imodificabilidade das condições contratuais de trabalho previstos no art. 468 da CLT, próprio do contrato individual de trabalho, para analisar a natureza jurídica da convenção coletiva de trabalho”.
A ULTRATIVIDADE NO CENÁRIO ATUAL 
DE FLEXIBILIZAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO
*
A terceira corrente entende que na realidade as cláusulas da convenção coletiva não continuam em vigor após a sua extinção, integrando definitivamente os contratos individuais de trabalho, entretanto, existe uma exceção que é a denominada de “vantagem individual adquirida”.
A EXCEÇÃO À ULTRATIVIDADE DA CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO 
 VANTAGEM INDIVIDUAL ADQUIRIDA
*
O Prof. Dr. Renato Rua de Almeida de Almeida de Almeida refere-se, com base no direito francês, à vantagem adquirida individualmente pelo empregado a um benefício previsto em norma coletiva.
Tal entendimento baseia-se na Lei Auroux, de 13/11/82, que é o Código de Trabalho francês, que estabelece que, tratando-se de vantagem adquirida por força de aplicação de cláusula normativa, há a incorporação no contrato individual de trabalho.
A EXCEÇÃO À ULTRATIVIDADE DA CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO 
 VANTAGEM INDIVIDUAL ADQUIRIDA
*
Os requisitos para configuração de tal hipótese são: 
primeiramente o empregado deve ter implementado as condições para beneficiar-se daquele benefício durante a vigência da norma coletiva e, além disso, que seja um benefício continuado e não episódico 
A EXCEÇÃO À ULTRATIVIDADE DA CONVENÇÃO E ACORDO COLETIVO 
 VANTAGEM INDIVIDUAL ADQUIRIDA
*
 Vide Súmula 277 do TST, nova redação.
SENTENÇA NORMATIVA, CONVENÇÃO OU ACORDO COLETIVOS. VIGÊNCIA. REPERCUSSÃO NOS CONTRATOS DE TRABALHO. I – As condições de trabalho alcançadas por força de sentença normativa, convenção ou acordo coletivos vigoram no prazo assinado, não integrando, de forma definitiva, os contratos individuais de trabalho. II – Ressalva-se da regra enunciada no item I o período compreendido entre 23.12.1992 e 28.07.1995, em que vigorou a Lei nº 8.542, revogada pela Medida Provisória nº 1.709, convertida na Lei nº 10.192, de 14.02.2001.
JURISPRUDÊNCIA
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 OJ-SDI-1-41 ESTABILIDADE. INSTRUMENTO NORMATIVO. VIGÊNCIA. EFICÁCIA. Inserida em 25.11.96 Preenchidos todos os pressupostos para a aquisição de estabilidade decorrente de acidente ou doença profissional, ainda durante a vigência do instrumento normativo, goza o empregado de estabilidade mesmo após o término da vigência deste. 
OJ 41 DA SDI- I do TST
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A GREVE E O LOCAUTE NO 
DIREITO COLETIVO
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Constituição Federal de 88:
 Art. 9º - É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
§ 1º - A lei definirá os serviços ou atividades essenciais e disporá sobre o atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
§ 2º - Os abusos cometidos sujeitam os responsáveis às penas da lei.
	 
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Lei 7.783/89 
Art. 1º É assegurado o direito de greve, competindo aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercê-lo e sobre os interesses que devam por meio dele defender.
 Parágrafo único. O direito de greve será exercido na forma estabelecida nesta Lei. 
Art. 2º Para os fins desta Lei, considera-se legítimo exercício do direito de greve a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador. 
	 
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	LOCAUTE
	Conforme ensina o professor Godinho “é a paralisação provisória das atividades da empresa, estabelecimento ou seu setor, realizada por determinação empresarial com o objetivo de exercer pressões sobre os trabalhadores, frustrando negociação ou dificultando o atendimento a reivindicações coletivas obreiras”.
Questão 23 – TRT 2ª Região - 2009
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	LOCAUTE
 	Art. 17 da Lei de Greve. Fica vedada a paralisação das atividades, por iniciativa do empregador, com o objetivo de frustrar negociação ou dificultar o atendimento de reivindicações dos respectivos empregados (lockout). 
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	Coletiva à imprensa nesta quarta denuncia locaute patronal nas indústrias avícolas (22/03/2006)
	A CUT e a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Alimentação (Contac) realizarão uma coletiva à imprensa às 11h30 desta quarta-feira (22 de março) alertando para a ameaça de locaute patronal nas indústrias
avícolas. 
	A denúncia é que as empresas, diante da retração do mercado externo, estão deixando de alojar pintos e anunciando férias coletivas, com vistas a reduzir a produção interna e impedir a queda nos preços.
	Fonte:http://www.cutceara.org.br/noticias/noticias.asp?id=2620
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	Greve:
 	
	A greve é um direito subjetivo, garantido, disciplinado e limitado pela legislação.
	 A greve, via de regra, representa a paralisação coletiva com o intuito reivindicatório junto ao empregador.
	 
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 Conforme leciona Godinho: “A natureza jurídica da greve, hoje, é de um direito fundamental de caráter coletivo, resultante da autonomia privada coletiva inerente às sociedades democráticas.”
	Resulta da liberdade de trabalho assim como da liberdade associativa e sindical e da autonomia dos sindicatos, configurando-se como manifestação relevante da chamada autonomia privada coletiva, própria às democracias.
	 
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	Fundamentos:
	Os fundamentos da greve são distintos, qualificados pelo mesmo nível de relevância. De um lado, existe a liberdade de trabalho, de outro a liberdade associativa e sindical. 
	Ao lado destes, há o princípio da autonomia dos sindicatos e finalmente, como resultado de todos esses fundamentos agregados a denominada autonomia privada coletiva, que é inerente às democracias.
	Em suma, a greve é, efetivamente, direito fundamental nas democracias.
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	INSTITUTO DA GREVE
 
	É a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços a empregador (art. 2º da Lei 7. 783/89).
 
	1. Caracterização: 
	a) caráter coletivo do movimento: a greve diz respeito a movimento necessariamente coletivo e mesmo sendo coletiva, pode abarcar todo o conjunto da empresa ou apenas um ou alguns estabelecimentos ou setores; 
	 
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	b) sustação provisória de atividades contratuais: a greve tem seu núcleo na sustação provisória das atividades laborativas em face do empregador ou tomador de serviços (avulso, terceirizados); 
	c) exercício coercitivo coletivo e direto: é instrumento direto de pressão coletiva, aproximando-se do exercício direto das próprias razões; 
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	d) objetivos da greve: instrumento de pressão, visa alcance de objetivos, em princípio, centrados no interesses econômicos e profissionais dos empregados, que possam ser atendidos pelo empregador; pode haver, no entanto, greves de solidariedade ou políticas;
	e) enquadramento variável de seu prazo de duração: regra geral o prazo é de suspensão contratual, o que não autoriza a dispensa do empregado grevista (a simples adesão à greve não constitui falta grave – Súmula 316 STF). 
	A lei, no entanto, deixa às partes a possibilidade de alterar tal enquadramento, em instrumento normativo.
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		2. Distinções.
	A greve é o instrumento de pressão, ou mesmo coerção, dirigido pela coletividade dos trabalhadores, sendo que ao seu lado existem outras figuras, algumas utilizadas como instrumento de coerção, outras não acolhidas pelo direito: 
	a) figuras próximas: piquetes, enquanto meio pacífico de persuasão ou aliciamento de trabalhadores; operações tartaruga, que em uma estrita interpretação não se enquadrariam no conceito de greve (suspensão de serviços), mas como paralisação meramente parcial, pode se enquadrar; .....
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	b) formas de pressão social: que não se circunscrevem ao ambiente laborativo – boicotagem. 
	*Conforme leciona Godinho: “A boicotagem é a conduta de convencimento da comunidade para que restrinja ou elimine a aquisição de bens ou serviços de determinada(s) empresa(s).”
	
	c) condutas ilícitas: sabotagem a qual configura-se com a conduta predatória intencional do patrimônio empresarial.
	 
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	3. Extensão e Limites.
	Compete aos trabalhadores decidir sobre a oportunidade de exercer o direito e sobre os interesses que devam por meio dele defender (art. 9º da CF). 
	Do ponto de vista constitucional, não são em princípio inválidos movimentos paredistas que defendam outros interesses que não os imediatamente econômico-profissionais dos trabalhadores. 
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	Sobre a oportunidade, o próprio direito coletivo do trabalho apresenta princípio que atenua amplitude da regra constitucional (lealdade e transparência), que não permitem que se realize movimento grevista em período de cumprimento do instrumento coletivo. 
	Outros limites circunscrevem-se à noção de serviços ou atividades essenciais, restringindo o direito de greve dos trabalhadores nestas áreas, ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade (lei 7.783/89).
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	4. Requisitos.
	Afim de validar o movimento grevista, Lei 7.783/89 estabelece alguns requisitos indispensáveis, sendo estes: 
	
	1º requisito: ocorrência de real tentativa de negociação, antes da deflagração; 
	2º requisito: aprovação da respectiva assembléia, conforme estatuto; 
 Questão 24 – TRT 2ª Região - 2009
	 
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	3º requisito: aviso prévio ao empregador (48h em greves normais ou 72h em atividades essenciais); 
	4º requisito: respeito ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade.
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	5. Direitos dos Grevistas.
	São direitos dos grevistas, dentre outros:
	1. utilização de meios pacíficos de persuasão;
 2. arrecadação de fundos por meios lícitos, 
 3. proteção contra a dispensa por parte do empregador e
 4. proteção contra a contratação de substitutos pelo empregador.
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	5. Deveres dos Grevistas.
 	Têm-se como dever dos grevistas: 
	1. assegurar a prestação de serviços indispensáveis às necessidades inadiáveis da comunidade;
 2. organizar equipes para manutenção de serviços cuja paralisação provoque prejuízos irreparáveis; 
 3. não fazer greve após celebração de convenção ou acordo coletivo ou decisão judicial relativa ao movimento; 
 4. respeitar direitos fundamentais de outrem e; 
 5. não produzir atos de violência.
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7. GREVE – SERVIÇOS ESSENCIAIS
Art. 10 São considerados serviços ou atividades essenciais: 
I - tratamento e abastecimento de água; produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis; 
II - assistência médica e hospitalar; 
III - distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos; 
IV - funerários; 
V - transporte coletivo; 
VI - captação e tratamento de esgoto e lixo; 
VII - telecomunicações; 
VIII - guarda, uso e controle de substâncias radioativas, equipamentos e materiais nucleares; 
IX - processamento de dados ligados a serviços essenciais; 
X - controle de tráfego aéreo; 
XI compensação bancária. 
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 Art. 9º Durante a greve, o sindicato ou a comissão de negociação, mediante acordo com a entidade patronal ou diretamente com o empregador, manterá em atividade equipes de empregados com o propósito de assegurar os serviços cuja paralisação resultem em prejuízo irreparável, pela deterioração irreversível de bens, máquinas e equipamentos, bem como a manutenção daqueles essenciais à retomada das atividades da empresa quando da cessação do movimento. 
Parágrafo único. Não havendo acordo, é assegurado ao empregador, enquanto perdurar a greve, o direito de contratar diretamente os serviços necessários a que se refere este artigo. 
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	Art. 11. Nos serviços ou atividades essenciais, os sindicatos, os empregadores e os trabalhadores ficam obrigados, de comum acordo, a garantir, durante a greve, a prestação dos serviços indispensáveis ao atendimento das necessidades inadiáveis da comunidade. 
	Parágrafo único. São necessidades inadiáveis, da comunidade aquelas que, não atendidas, coloquem em perigo iminente a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população. 
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Art. 12. No caso de inobservância do disposto no
artigo anterior, o Poder Público assegurará a prestação dos serviços indispensáveis. 
Art. 13 Na greve, em serviços ou atividades essenciais, ficam as entidades sindicais ou os trabalhadores, conforme o caso, obrigados a comunicar a decisão aos empregadores e aos usuários com antecedência mínima de 72 (setenta e duas) horas da paralisação. 
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Art. 14 Constitui abuso do direito de greve a inobservância das normas contidas na presente Lei, bem como a manutenção da paralisação após a celebração de acordo, convenção ou decisão da Justiça do Trabalho. 
	Parágrafo único. Na vigência de acordo, convenção ou sentença normativa não constitui abuso do exercício do direito de greve a paralisação que: 
I - tenha por objetivo exigir o cumprimento de cláusula ou condição; 
II - seja motivada pela superveniência de fatos novo ou acontecimento imprevisto que modifique substancialmente a relação de trabalho. 
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	6. Greve nos Serviço Público.
	Com a nova Carta da República, originariamente, garantiu-se ao servido público civil o exercício ao direto de greve nos termos da lei complementar (art. 37, VII, da CF/88). 
	Na Emenda nº 19, os limites da greve no setor público passaram a ser atribuição de lei específica.
	 
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Constituição Federal de 88 (servidor público):
Art. 37 - A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
 VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical;
 VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
 
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	 Art. 16 da Lei de Greve. Para os fins previstos no art. 37, inciso VII, da Constituição, lei complementar definirá os termos e os limites em que o direito de greve poderá ser exercido. 
. Art. 142, IV,CF - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve;
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	Constitucionalmente, é vedado ao servidor público militar das forças armadas (art. 142, § 3º, IV, CF) a sindicalização e a greve.
 Com a previsão constitucional de greve no setor público, passou-se a discutir a eficácia do preceito constitucional. 
	Formaram-se duas correntes, uma atribuindo ao dispositivo constitucional eficácia limita e a outra eficácia contida.
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	A primeira corrente não verifica a possibilidade do exercício do direito de greve sem a existência da lei regulamentadora (eficácia limitada, não sendo auto-aplicável), posição que acabou sendo adotada pelo Supremo Tribunal Federal.
	A segunda posição dá à norma constitucional eficácia contida, sendo de aplicação direita e imediata, podendo sofrer restrições pela legislação infra constitucional.
	 
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	a) Teoria de Eficácia Limitada.
	A maior parte da doutrina entende que no inciso VII do artigo 37 é direito constitucional de eficácia limitada.
	Nesta linha, afirma Almir Pazzianoto Pinto: “Até que a lei complementar entre em vigor, as paralisações coletivas de servidores públicos civis estarão se chocando com a Constituição recentemente promulgada”.
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	b) Teoria da Eficácia Contida.
	Conforme leciona Octávio Bueno Magano: “aos servidores em atividades de caráter administrativo, ficou ao alvedrio do legislador ordinário estabelecer, para o seu exercício, as restrições que lhe pareçam oportunas (art. 37, VII). Enquanto, porém, não o fizer, há de ser entender que tais servidores poderão exercer o direito de greve nos termos dos demais trabalhadores. 
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	Quinta-feira 25 de outubro de 2007 19:50 STF reconhece direito de greve de funcionário público, mas pune abusividade
 Os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) concluíram nesta quinta-feira o julgamento sobre o direito de greve no serviço público. Por maioria, os ministros entenderam que os servidores públicos têm os mesmos direitos dos funcionários da iniciativa privada. Por esse entendimento, os ministros entenderam que a lei 7.783/89 – que regulamenta a greve do setor privado - poderá ser aplicada no julgamento deparalisações do funcionalismo público. A lei prevê punições para greves consideradas abusivas, por exemplo. 
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 Ou seja, ao mesmo tempo em que reconheceu o direito de greve, os ministros do STF também entenderam que a greve do funcionalismo deverá obedecer algumas regras --como a proibição da interrupção de serviços considerados essenciais e a manutenção de um percentual mínimo de funcionários em atividade. Em sessões anteriores, seis dos 11 ministros do Supremo fizeram críticas à demora do Congresso em regulamentar o direito de greve dos servidores, previsto na Constituição de 1988. 
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	Greve do Metrô gera condenação inédita por dano moral coletivo (05.jul.07)
A Seção Especializada em Dissídios Coletivos do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 2ª Região abriu um precedente importante para os casos de greve no serviço público ao julgar o dissídio coletivo dos metroviários de São Paulo na semana passada. 
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A juíza entendeu que, embora os metroviários tenham comunicado a decisão de paralisar suas atividades com 72 horas de antecedência, nem o Metrô nem os trabalhadores elaboraram um plano de emergência para atenderà população. 
Diante disso, condenou tanto o Sindicato dos Metroviários quanto a Companhia do Metropolitano ao pagamento de uma indenização por dano moral coletivo, em função dos prejuízos que causaram à sociedade. 
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Direito Sindical. Aula nº 01.ppt
Direito Coletivo do Trabalho
- Direito Sindical -
Bibliografia:
01- BARROS, Alice Monteiro de. Curso de Direito do Trabalho. LTr. São Paulo.
02- CAMPANHOLE, et alli. Entidades Sindicais. Atlas.
03- JUNIOR, José Cairo. Curso de Direito do Trabalho. Podium.
04- MARTINS, Sergio Pinto. Direito do Trabalho. Malheiros.
05- CARRION, Valentim. Comentários à CLT. Saraiva. São Paulo.
06- DELGADO, Maurício Godinho. Direito Coletivo do Trabalho. LTr., São Paulo.
07- AROUCA, José Carlos. Curso Básico de Direito Sindical. LTr. São Paulo.
Professor: Francisco Valdece Ferreira de Sousa
valdece@fvadvogados.adv.br 
Direito Coletivo do Trabalho
Aula nº. 01 01
I - Introdução.
Direito do Trabalho é o conjunto de regras, princípios e institutos que regulam as relações de trabalho, quer no campo dos contratos individuais de trabalho, como também dos vínculos estabelecidos entre os entes coletivos que representam os sujeitos desses contratos.
O Direito do Trabalho engloba, portanto, dois segmentos, um individual e um coletivo, cada um contando com regras, instituições, teorias, institutos e princípios próprios.
O Direito Individual do Trabalho estabelece regras para os contratos de emprego, bem assim daquelas outras relações laborais determinadas em lei, estabelecendo os direitos e as obrigações das partes - empregado e empregador.
O Direito Coletivo do Trabalho regula as relações entre organizações coletivas de empregados e organizações coletivas de empregadores e ou entre as organizações coletivas de empregados e os empregadores, diretamente
Direito Coletivo do Trabalho
II - Denominação.
O Direito Coletivo do Trabalho tem recebido distintas denominações desde o seu surgimento, no século XIX, sendo conhecido nos dias atuais como Direito Coletivo do Trabalho, Direito Sindical e ou Direito Social.
01.- Denominações arcaicas.
◆ Direito Industrial
...denominação que surgiu na Europa, berço das lutas desenvolvidas pelos trabalhadores em prol de melhores condições

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