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ANATOMIA HUMANA Prezado(a) aluno(a), A maioria das pessoas adora comer, mas, provavelmente, nunca parou para pensar sobre as incríveis habilidades do sistema digestório, que controla desde a qualidade dos alimentos até a eliminação dos resíduos. Uma vez que todas as células do corpo humano precisam de nutrientes, os alimentos que ingerimos precisam ser convertidos em uma forma de energia utilizável. Para realizar essa conversão, o sistema digestório é especializado na ingestão, na movimentação, na digestão e na absorção de água, eletrólitos e nutrientes ao longo do trato gastrintestinal. Nesta aula, você vai identificar a anatomia das estruturas e dos órgãos que compõem o trato gastrintestinal, bem como aprender um pouco sobre a anatomia do sistema endócrino. Bons estudos! AULA 8 – SISTEMA DIGESTÓRIO E ENDÓCRINO 8 SISTEMA DIGESTÓRIO O sistema digestório é formado por vários órgãos que promovem, em conjunto, a preensão, mastigação, modificação e absorção dos alimentos, bem como a eliminação de resíduos em forma de fezes. O sistema digestivo é um canal que começa na boca e termina no ânus. Dessa forma, o alimento entra no sistema digestivo pela boca, onde começa a sofrer alterações mecânicas e químicas. Em seguida, é enviado pela faringe e esôfago até atingir o estômago. No estômago, o alimento parcialmente digerido é modificado mecanicamente e quimicamente e enviado para o intestino delgado e grosso, onde é absorvido pelo organismo. Os resíduos desse processo de digestão e absorção são eliminados na forma de fezes através da porção final do sistema digestório (ânus). Para que o sistema digestivo desempenhe sua função adequadamente, estruturas conhecidas como órgãos acessórios (glândulas salivares, pâncreas e fígado) auxiliam na digestão dos alimentos, liberando suas secreções no sistema digestivo, esses produtos são enzimas especializadas em quebrar os alimentos em partículas menores para poderem ser absorvidos (SILVA, 2021). Boca e cavidade oral A boca ou cavidade oral é formada pelas bochechas, pelos palatos duro e mole e pela língua (Figura 1). As paredes laterais da cavidade oral são formadas pelas bochechas. Os lábios são pregas carnosas em torno da abertura da boca. As bochechas e os lábios auxiliam na manutenção do alimento entre os dentes durante o processo de mastigação. O palato duro é composto pelas maxilas e pelos ossos palatinos. A projeção na porção medial do palato mole é denominada úvula. Durante a deglutição, a úvula se move para cima com o palato mole, o que impede a entrada de alimentos e líquidos deglutidos na cavidade nasal. Na porção posterior do palato mole, a boca se abre para a parte oral da faringe (TORTORA; DERRICKSON, 2012). Figura 01 – Anatomia da cavidade oral. Fonte: bit.ly/40YWMPY A língua é um grande músculo que ocupa boa parte da cavidade oral quando a boca está fechada, e forma o assoalho da cavidade oral. Além de representar o principal órgão sensorial para a gustação, e um dos principais para a fala, a língua movimenta o alimento na boca e, em cooperação com os lábios e gengivas, mantém o alimento no lugar durante a mastigação. Ela também exerce um papel importante na deglutição. O frênulo da língua, uma prega localizada na superfície inferior da língua, limita o movimento da língua posteriormente (VANPUTTE et al., 2016). Além da língua, as glândulas salivares também são órgãos digestórios acessórios, uma vez que liberam suas secreções na cavidade oral. O líquido secretado pelas glândulas salivares se chama saliva, sendo composto por 99,5% de água e 0,5% de solutos. Um dos solutos, a enzima amilase salivar, inicia a digestão dos carboidratos na boca. Por fim, os dentes, que estão localizados nos alvéolos dentais da mandíbula e das maxilas, exercem um importante papel na mastigação e na fala (TORTORA; DERRICKSON, 2012) A boca é a única porção do trato gastrintestinal (TGI) que a realiza o processo de ingestão. No entanto, a maioria das funções digestórias associadas com a boca é, na verdade, realizada pelos órgãos digestórios acessórios, como os dentes, as glândulas salivares e a língua. Na boca, o alimento sofre o processo de mastigação, sendo misturado com a saliva, a qual contém enzimas que iniciam o processo de digestão química. Como resultado, o alimento é reduzido a uma massa mole e flexível, facilmente deglutida, chamada de bolo. Além disso, o processo propulsivo da deglutição é iniciado, realizando o transporte do alimento através da faringe, pelo esôfago, até o estômago (MARIEB; HOEHN, 2009). Faringe e Esôfago Durante a deglutição, o alimento se movimenta da boca para a faringe, um tubo muscular afunilado que se estende desde as coanas até o esôfago. O esôfago é a continuação da faringe, situa-se anteriormente à coluna vertebral e à aorta e posteriormente à traqueia, este pode ser dividido em três partes: cervical, torácica e abdominal. Através da realização de movimentos peristálticos, o esôfago realiza o transporte do bolo alimentar da faringe até o estômago (Figura 2). A porção nasal da faringe está relacionada com a respiração. Figura 02 – Faringe e Esôfago Fonte: bit.ly/3LnUS5w O alimento deglutido passa da boca para as partes oral e laríngea da faringe, antes de passar para o esôfago. O esôfago é um tubo muscular que está situado posteriormente à traqueia e que se inicia na extremidade final da parte laríngea da faringe, passando através do mediastino e do diafragma e conectando-se à parte superior do estômago. Ele é responsável pelo transporte do alimento para o estômago e pela secreção de muco. Nas extremidades do esôfago, estão localizados dois esfíncteres: o esfíncter esofagiano superior, formado por músculo estriado esquelético, e o esfíncter esofagiano inferior, formado por músculo liso. O esfíncter esofagiano superior regula o movimento do alimento da faringe para o esôfago. O esfíncter esofagiano inferior regula o movimento do alimento do esôfago para o estômago (TORTORA; DERRICKSON, 2012). A deglutição é dividida em três fases: voluntária, faríngea e esofágica. Durante a fase voluntária, o bolo de alimento é formado na boca e empurrado pela língua contra o palato duro, até que seja forçado para a parte posterior da boca e para a orofaringe. As fases faríngea e esofágica da deglutição são involuntárias. Durante a fase faríngea, a epiglote é deslocada posteriormente, de forma que a cartilagem epiglótica impeça que os alimentos entrem na laringe. A fase esofágica da deglutição é responsável pelo movimento do alimento da faringe ao estômago (VANPUTTE et al., 2016). Abdome e Peritônio Os órgãos do sistema digestivo mencionados acima estão localizados na cabeça, pescoço e tórax. No entanto, o sistema digestivo possui outros órgãos no abdômen, que é separado do tórax pelo diafragma, que passa pelo esôfago através do hiato (SILVA, 2021). Os órgãos abdominais do sistema digestivo são revestidos por uma parede dupla chamada peritônio. É dividido em peritônio parietal, que cobre a cavidade abdominal, e peritônio visceral, que cobre os órgãos internos, incluindo a cavidade abdominal. Alguns órgãos são chamados de retroperitônio porque estão localizados atrás do peritônio parietal. Além disso, o peritônio fixa diversas estruturas à parede abdominal posterior (mesentério) e pode até formar uma prega (omento) entre os dois órgãos. Estômago O estômago é um alargamento em forma de “J” do TGI, imediatamente inferior ao diafragma. O estômago realiza a ligação entre o esôfago e o duodeno, a primeira porção do intestino delgado (Figura 3). Após uma refeição, é papel do estômago enviar porções menores de alimento2015). A hipófise tem cerca de 1 cm de diâmetro e pesa de 0,5 a 1,0 g, aproximando- se do tamanho e do peso de uma uva pequena. Seu formato é comparado ao de um taco de golfe — a própria glândula representaria a cabeça do taco, e o pedículo hipofisário, ou infundíbulo, formaria a haste do taco. Ela fica localizada abaixo do cérebro, rodeada pela sela turca, uma depressão no osso esfenoide, e ligada pelo infundíbulo ao hipotálamo (MELLO et al., 2016). Ambos os lobos da hipófise repousam no interior da fossa hipofisial, uma depressão cupuliforme no esfenoide. No interior do infundíbulo, vasos sanguíneos denominados “veias porta-hipofisárias” conectam os vasos capilares do hipotálamo aos capilares da adeno-hipófise (TORTORA; DERRICKSON, 2017) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. SILVA, F. G. Anatomia e Fisiologia humana. São Caetano do Sul-SP: Difusão Editora, 2021. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. VANPUTTE, C. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 20162015). A hipófise tem cerca de 1 cm de diâmetro e pesa de 0,5 a 1,0 g, aproximando- se do tamanho e do peso de uma uva pequena. Seu formato é comparado ao de um taco de golfe — a própria glândula representaria a cabeça do taco, e o pedículo hipofisário, ou infundíbulo, formaria a haste do taco. Ela fica localizada abaixo do cérebro, rodeada pela sela turca, uma depressão no osso esfenoide, e ligada pelo infundíbulo ao hipotálamo (MELLO et al., 2016). Ambos os lobos da hipófise repousam no interior da fossa hipofisial, uma depressão cupuliforme no esfenoide. No interior do infundíbulo, vasos sanguíneos denominados “veias porta-hipofisárias” conectam os vasos capilares do hipotálamo aos capilares da adeno-hipófise (TORTORA; DERRICKSON, 2017) REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. SILVA, F. G. Anatomia e Fisiologia humana. São Caetano do Sul-SP: Difusão Editora, 2021. TORTORA, G. J.; DERRICKSON, B. Corpo humano: fundamentos de anatomia e fisiologia. 10. ed. Porto Alegre: Artmed, 2017. VANPUTTE, C. et al. Anatomia e fisiologia de Seeley. 10. ed. Porto Alegre: AMGH, 2016