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Trabalho de Mineralogia - A Odisseia

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Trabalho de mineralogia
Gabriela Caetano Sanches Varella¹, Nathalia Carvalho Moreira¹, Marcos Vinícius Fonseca Ferreira¹, Roziane Freitas Tavares¹ 
¹Universidade Estadual do Norte Fluminense - UENF 
Engenharia Metalúrgica e de Materiais 
gabi_caetano@hotmail.com, nathalia.c.moreira@hotmail.com,
mndjferreira@hotmail.com, roziane_ft@hotmail.com 
Orientadora: Márcia Giardinieri de Azevedo
25 de janeiro de 2016
Abstract. Este artigo tem por fim discorrer, superficialmente, sobre a mineralogia, abordando desde os conceitos fundamentais dos mineirais até a discussão sobre a visita ao laboratório, onde foram colhidas fotos de sessões de minerais e analisadas no microscópio.
Resumo. This article is intended to talks superficially about the mineralogy, from addressing the fundamental mineral concepts until the discussion about the visit to the laboratory, where pictures of mineral sessions were taken and analyzed on microscope.
 
1. Conceitos Fundamentais
1.1. Mineral
São compostos químicos inorgânicos, com composição química definida e estrutura interna cristalina característica formada naturalmente.
Os minerais podem ser constituídos de um elemento químico (ouro nativo, diamante), porem sua tendência natural é se combinarem e formarem compostos. Em geral, os minerais possuem composições químicas definidas e proporções equilibradas, ou seja, formulas precisas. Porem alguns minerais tem composições químicas variáveis dentro de certos limites específicos. Isso porque íons podem ser substituídos entre si sem mudanças significativas em sua estrutura (substituição iônica).O importante é que a as proporções entre os elementos permaneçam fixas.
Os átomos de um mineral estão distribuídos ordenadamente formando uma rede chamada reticulo cristalino. Essa rede é formada por unidades atômicas fundamentais chamadas de cela unitária do mineral, onde cada átomo ocupa uma posição bem definida no espaço. O arranjo interno é característico do estado solido. Uma exceção é o mercúrio nativo que é mineral mesmo não estando no estado solido. A maioria dos minerais cristalizam num único sistema cristalino.
É considerado um mineral apenas substancias formadas naturalmente, substancias artificiais não são minerais mesmo possuindo todas as características.
Geralmente, um mineral deve ser formado por processos inorgânicos (processos geológicos). Porem, substancias produzidas por processos biológicos podem ser consideradas minerais , desde que respeitem as condições preestabelecidas. Por exemplo, hidroxiapatita (dentes).
O petróleo e o gás, embora formados por processos geológicos não são considerados minerais, pois não tem composição química especifica e nem estrutura atômica ordenada.
Há casos que processos geológicos agiam sobre a matéria orgânica e o produto é aceito com um mineral.
1.2. Minério
Esse termo define uma rocha da qual se obtêm uma concentração considerável de uma determinada substância, tendo esta substância importância econômica, de modo a ser aproveitada industrialmente. Os minérios estão associados a dois tipos de minerais. São eles o mineral de minério (aquele que apresenta valor econômico) e o mineral de rejeito ou ganga (o qual não se tem aproveitamento econômico, um mineral inútil).
A questão de exemplo, no Brasil, tem-se a associação de minerais de minério de cobre das Minas do Camaquã, em Caçapava do Sul, no Estado do Rio Grande do Sul, que é constituída basicamente por bornita (Cu5Fe4), calcopirita (CuFeS2) e calcocita (Cu2S). Neste minério, o ganga é a barita (BaSO4), a hematita (x-Fe2O3) e o quartzo.
Apesar desta classificação empregada aos tipos de minérios, seus conceitos - de mineral de minério e rejeito - não são absolutos, já que um mesmo mineral pode mudar de uma categoria à outra, senão pertencer à ambas categorias.
Quanto à classe: os minérios diferem em duas, sendo elas minérios metálicos minérios não-metálicos, conforme possam ser ou não fonte de substâncias metálicas. Os minérios metálicos como a cassiterita (SnO2 - principal minério de estanho), galena (o mais importante dos minérios de chumbo e praticamente o único) são caracterizados e utilizados na forma de metais ou ligas metálicas. Os minerais não-metálicos (talco utilizado como constituinte de massa cerâmica, enxofre nativo utilizado na vulcanização da borracha) podem ser utilizados sem grande alteração em suas características.
1.3. Mineral Industrial
O mineral industrial é aplicado àquelas substâncias que são utilizadas em sua composição fundamental pela indústria, como o rutilo (TiO2), que é empregado na indústria de tintas como pigmento branco. Quando o mineral precisa ser processado para a concentração do cátion de interesse, a substância é definida como mineral de minério.
1.4. Mineralóide
Substâncias naturais que não apresentam arranjos sistemáticos dos seus átomos constituintes , em todas as direções. São também substâncias não-cristalinas, de características amorfas ou parcialmente amorfas, exemplo dessa substância é o vidro vulcânico ou obsidiana.
Substâncias Metamícticas: são substâncias que podem perder parte de sua cristalinidade, devido à influência do decaimento radioativo espontâneo. Todos os minerais metamícticos contêm elementos radioativos e a quebra de sua estrutura cristalina resulta principalmente de partículas alfa α , Beta β e Gama ɣ, emitidas por elementos como urânio e otório. Exemplo desses minerais são o policrásio-(Y), a uxenita-(Y), entre outros.
1.5. Cristais
São substâncias que no seu exterior é da forma poliédrica, devida à estruturação interna de seus átomos. Eles podem ter origem inorgânica e nesse caso são considerados minerais. Podem também ter origem orgânica ou sintética, sendo um conceito bastante amplo. "Todos os minerais são cristais , mas nem todos os cristais são minerais." Exemplo é o popular Sal de cozinha (NaCl) que é formado exclusivamente por processos inorgânicos. A halita (NaCl) se enquadra, portanto, tanto no conceito de mineral quanto no de cristal.
1.6. Gemas
São substancias solidas com grande uso como adorno pessoal. O ideal é que sejam belas, raras e duráveis. Podem ser naturais (orgânicas/inorgânicas) ou artificias.
A gema mais valiosa é o diamante. Outras que apresentam grande valor econômico são: rubi, safira e alexandrita. Entre os materiais orgânicos existem uma grande variedade de gemas, embora não sejam duráveis.
A perola é uma gema importante constituída por agregados criptocristalinos de aragonita(CaCO3), agua e também moléculas orgânicas.
1.7. Metais Preciosos
Ouro e os metais do grupo da platina (Pt, Pd, Rh). O ouro é o metal mais utilizado em joias e a platina é a mais valiosa dessas substancias.
1.8. Rochas
São corpos sólidos naturais, resultantes de processos geológicos, formados por agregados de minerais. As rochas formadas por apenas um tipo de mineral são chamadas de monominerálicas, como o mármore (calcita). Já as formadas por espécies diferentes são as pluriminerálicas, como o granito. Também podem ser corpos sólidos com origem na matéria orgânica como o carvão mineral.
O estudo da constituição mineralógica das rochas observam-se os minerais essências e os acessórios. Os minerais essenciais, tais como o quartzo e os feldspatos, são os mais abundantes e determinam o nome dado à rocha. Os acessórios ocorrem em menos proporção e sua presença não modifica a classificação da rocha.
As rochas se dividem em três grandes grupos, de acordo com o seu modo de formação na natureza. São eles: ígneas, sedimentares e metamórficas. Suas inter-relações evidenciam o ciclo das rochas.
1.9. Rochas Ígneas ou Magmáticas
Advém do resfriamento e solidificação de material rochoso fundido, denominado magma. O processo da formação destas rochas é chamado de cristalização e ocorre tanto no interior da crosta terrestre quanto em sua superfície. Na segunda ocorrência, são formadas rochas do tipo vulcânicas ou extrusivas (o magma, na superfície, é chamado de lava). Quando o magma não atinge a superfície terrestre, cristaliza em profundidades variáveisno interior de câmaras magmáticas, diques, sills, soleiras ou em fissuras geológicas e se tornam rochas do tipo plutônias ou intrusivas.
O basalto é a rocha vulcânica mais encontrada e é composta por piroxênios e plagioclásios cálcicos. A rocha plutônica mais abundante na crosta é o granito, composta, principalmente, por feldspatos alcalinos, plagioclásios, quartzo e micas.
1.10. Rochas Sedimentares
São rochas formadas por partículas, que são as materias-primas geradoras, provenientes ou compostos químicos dissolvidos da desagregação e decomposição de rochas preexistentes (protólitos), através do intemperismo sobre as rochas de origem ígnea, metamórfica ou até mesmo sedimentar. Esses sedimentos são transportados pela ação dos ventos, águas de superfície ou pelo gelo, na qual sofrem decomposição por camadas e passam, consequentemente por processos de compactação, cimentação e recristalização , o chamado Diagênese, resultando nessas rochas sedimentares.
1.11. Rochas Metamórficas
São rochas resultantes da transformação, no estado sólido, de rochas preexistentes( protólitos), apresentando texturas e estruturas muito características. As rochas metamórficas podem ser formadas a partir de rochas ígneas, sedimentares ou mesmo metamórficas. O processso de transformaçãlo ocorre por aumento de temperatura e pressão sobre o protólito. Quando essas rocha ficam sujeitas a uma temperatura ou pressão muito alta, elas podem se fundir, dando origem a um magma que solidificará como uma rocha ígnea.
1.12. Meteoritos
São todos os corpos rochosos e/ou metálicos que vêm do espaço exterior e se desgastam, por atrito, ao entrarem na atmosfera terrestre emitindo um espectro luminoso (meteoros). Quando atingem o solo, geralmente estão redimensionados (menores) ou trazem poeira cósmica.
Alguns meteoritos possuem tamanho exacerbado e, apesar do atrito gerado na atmosfera, chegam com tamanho significativo à superfície, podendo causar impactos consideráveis formando estruturas chamadas crateras de impacto ou astroblema, tais como a "Meteor Crater", próximo a Winslow no Arizona (EUA) e, no Brasil, as crateras de Vista Alegre no Paraná, Domo - nome da estrutura gerada pelo impacto - de Vargeão em Santa Catarina, Domo de Araguainha em Goiás/Mato Grosso e Riachão e Serra da Cangalha no Maranhão, além do astroblema de Colônia, próximo á cidade de São Paulo.
2. Como se Fomam os Minerais
A formação dos minerais se dá pelo processo de cristalização, que é o crescimento de um sólido a partir de um material com uma determinada composição química. A cristalização se inicia com núcleos cristalinos, que são cristais microscópicos, cujos limites são chamados de faces cristalinas. No decorrer da cristalização os minerais crescem mantendo sua faces na medida que continue havendo espaço e líquido suficiente para o seu desenvolvimento. O tamanho do cristal é relativo ao espaço que se tem e a velocidade da cristalização: se o espaço é adequado, sem interferência de cristais vizinhos, e o crescimento lento, os cristais serão grandes e de faces bem definidas, porém com espaço limitado e cristalização muito rápida, as faces dos cristais poderão não se desenvolver formando várias partículas micro-cristalinas ou grãos.
A cristalização é controlada, principalmente, por temperatura e pressão. Baixas temperaturas e altas pressões favorecem o estado sólido, enquanto que altas temperaturas e baixas pressões favorecem o estado gasoso. O estado líquido ocorre em limites intermediários entre essas condições. Por isso, os elementos podem ocorrer em três estados físicos: sólido, líquido e gasoso, sendo suas diferenças apenas nos grau de ordenamento de seus átomos. A água é um composto que pode ser encontrado nos três estados, porem como todo mineral, em condições normais de temperatura e pressão, é sólido (exceto mercúrio), então a água somente é
considerada mineral na forma de gelo. Nos sólidos, os átomos são arranjados em uma estrutura rígida conhecida como retículo cristalino.
Os minerais se formam de diferentes maneiras:
Cristalização a partir de soluções: quando a água de uma solução evapora de forma lenta, o líquido presente não consegue reter todo o sal e este começará a precipitar. E quanto mais lenta for a evaporação da água, mais formados e definidos serão os cristais. Na natureza esse processo ocorre quando há a diminuição da temperatura e/ou da pressão do sistema.
Cristalização a partir de uma fusão: quando a temperatura diminui e a água congela é um exemplo de cristalização. Já que a água que antes era líquida (com moléculas que se moviam livremente), se torna sólida (com moléculas com posições fixas e estrutura cristalina). Quando o material resfria, os íons presentes na fusão são atraídos entre si, formando estruturas cristalinas dos diferentes minerais.
Cristalização a partir do vapor: o caso mais comum deste tipo de cristalização é a formação de flocos de neve quando o ar, carregado de vapor, resfria bruscamente.
Os minerais podem se formar também quando átomos ou íons, nos sólidos, com ajuda de temperaturas altas, se tornam móveis e rearranjam-se para formar novos compostos. Este processo é importante na formação de minerais em rochas metamórficas e é chamado de recristalização.
3. Geologia dos Depósitos Minerais
Quando se tem uma concentração de elementos químicos com uma abundância acima do nível normalizado, o chamamos de depósito mineral, o qual é formado por processos geológicos (Tabela 1, Abundância de elementos na crosta terrestre - pag. 43). 
Estes processos concentram elementos dissociados em grandes volumes de rocha, gerando depósitos menores, com altas concentrações desses elementos. Em geral tais depósitos contêm minerais de minério nos quais um ou mais metais têm sido concentrados. A galena, por exemplo, alcança 86% em chumbo, enquanto este elemento ocorre em quantidades correspondentes a partes por milhão (ppm) na maioria dos minerais. 
3.1. Classificação dos Depósitos Minerais 
Tais depósitos minerais são classificados de acordo com a forma como foram formados. Os principais são: hidrotermais (hidrotermalismo), ígneos ou magmáticos (processos magmáticos), sedimentares (sedimentação química e física) e residuais (processos intempéricos). 
Depósitos Hidrotermais: a sua maioria é cristalizado a partir de soluções aquosas quentes, chamadas de soluções hidrotermais - meios de transporte de constituintes químicos solúveis, que irão se depositar ou nas fraturas se juntas das rochas (formando veios) ou gerar depósitos disseminados. Estas soluções podem emanar diretamente do magma, de uma intrusão ígnea, ou podem ter origem a partir da água de superfície circundante, próxima aos contato de uma rocha aquecida ou de uma intrusão. 
Os depósitos em veios são formados a partir da precipitação dos constituintes dissolvidos, quando as soluções resfriam, sendo uma das principais fontes de minerais metálicos. Entre os minerais tipicamente metálicos estão os depósitos sulfetados, tais como pirita, galena, esfalerita, cinábrio e covellita. Entre os depósitos disseminados, economicamente importantes, estão os depósitos de cobre-pórfiro em arenitos nos Estados Unidos da América e na Bolívia, além dos notáveis depósitos no Chile, formados pela extensiva mineralização de sulfetos de cobre em granitos porfiríticos. 
 
Tabela 1, Abundância de elementos na crosta terrestre - pag. 43 
 
3.2. Depósitos Ígneos ou Magmáticos 
Rochas Extrusivas: uma das principais fontes de depósitos minerais é encontrada em rochas vulcânicas. Quando uma lava resfria rapidamente na superfície terrestre aprisiona, parcialmente, os gases dissolvidos se movimentam através da rocha, podem precipitar minerais nestes vazios, em estruturas conhecidas como geodos e/ou amígdalas. 
Rochas Intrusivas: as rochas intrusivas, além dos principais minerais formadores de rocha, também podem conter pequenas quantidades de outros minerais chamados acessórios. Estes minerais, cristalizados a partir do magma, podem ser classificados como gemas, caso apresentarem formasperfeitas e dimensões, relativamente, grandes. Exemplos: zircão, safira e rubi entre outros. Contudo, algumas rochas podem estar mineralizadas em minerais acessórios de grande valor, como os kimberlitos, originados a grandes profundidades, em condições de alta pressão e temperatura como aquelas existentes no manto terrestre, necessárias para a cristalização do diamante. 
 Outros tipos de depósitos, que se relacionam às rochas intrusivas e que são fontes de gemas, são os pegmatitos (formados por grandes cristais). São encontrados na forma de veios, diques ou lentes dentro de corpos graníticos e formados com a cristalização de frações de magmas graníticos e, posteriormente, solidificação do resíduo magmático final, rico em voláteis. Alguns minerais encontram-se concentrados nesse resíduo magmático e os pegmatitos contêm minerais relativamente raros, ricos em elementos como boro, lítio, flúor, tântalo, urânio e berílio, como exemplo, o berilo (esmeralda, água-marinha, heliodoro, goshenita e morganita). 
Outros tipos de depósitos são formados pela segregação de minerais, próximo à base das intrusões. Estes são gerados quando minerais mais densos acumulam-se na base das câmaras magmáticas, devido à gravidade. Grande parte dos depósitos de platina e crômio, tais como os da região de Ilmen na Rússia, foi formada através desse processo. 
 
3.3. Depósitos Sedimentares 
Incluem algumas das fontes minerais mais valiosas do planeta formados, em sua maioria, pela segregação química e física decorrente de processos sedimentares. 
Depósitos sedimentares formados pela sedimentação química: incluem aqueles formados pela precipitação de compostos, tais como os calcários, os evaporitos e os fosforitos. Os calcários se formam a partir da precipitação de carbonato de cálcio, principalmente, pela ação bioquímica (material secretado por organismos marinhos: moluscos, cnidários e algas). Têm-se como ambiente de formação os mares quentes e rasos de regiões tropicais a subtropicais, onde são verificadas condições geoquímicas favoráveis à. O uso do calcário está relacionado à agricultura (correção dos solos), agropecuária (ração animal), e construção civil (obtenção do cal, cimento Portland). 
Os evaporitos são formados quando a água do mar, em canais isolados de regiões áridas ou de uma bacia oceânica restrita, evapora mais rapidamente que seu reabastecimento. O grau de evaporação aumenta a salinidade na água e provoca a preciptação de gipsita e sais, compostos por halita, silvita e carnallita. A gipsita desidratada tem utilização em gesso. 
Os depósitos sedimentares são, também, fontes importantes de metais tais como ferro, manganês e cobre. Alguns dos depósitos mais importantes de cobre, como os de Kupferschiefer na Alemanha, foram formados pela precipitação de soluções salinas quentes, ricas em sulfetos, que interagiram com os sedimentos do fundo oceânico. Um dos maiores depósitos de ferro conhecido, em escala global, é o encontrado em rochas pré-cambrianas de Carajás, no sul do Estado do Pará, formados em época nas quais a atmosfera terrestre era bastante pobre em oxigênio. 
Depósitos sedimentares formados por sedimentação física: são chamados de pláceres os principais depósitos de minerais resistentes ao intemperismo físico e químico. O ouro nativo, a cassiterita, a magnetita e a ilmenita são encontrados em pláceres, cuja concentração ocorre por seleção mecânica de correntes fluviais. Os minerais de maior densidade tendem a se acumular em leitos dos rios já que a corrente só é forte para carrega os minerais menos densos. Os principais minerais concentrados em pláceres são: planita, titânio, zircônio, ouro nativo, diamantes e entre outros.
Já as ondas do oceano tendem a depositar os minerais de alta densidade sobre as praias e plataformas rasas. Encontra-se nas praias minérios como ilmenita, rutilo, zircão, etc.
Depositos importantes de pláceres:
República da África do Sul e Namíbia : ouro nativo e diamante;
Austrália: titânio;
Brasil : ilmenita, rutilo e magnetita (Rio Grande do Sul) e almandina, rutilo e monazita (Guarapari)
3.4. Depósitos Residuais
Os depósitos residuais são formados por processos intempéricos que ocorrem sobre a superfície terrestre. A alteração das rochas, através dos processos físicos e químicos, que produzem minerais primários das rochas ( ígneas, sedimentares e metamórficas) em novos minerais em equilíbrio com as condições ambientais, é chamado de intemperismo. A remoção dos minerais mais solúveis das rochas e a concentração dos menos, no intemperismo químico, leva à formação de depósitos economicamente importantes, chamadas de jazidas lateríticas ou depósitos residuais.
Os depósitos residuais podem ser formados pela:
Concentração de minerais preexistentes, portadores de cátions como o crômio, o nióbio e o fósforo, entre outros. Neste caso, ocorre a concentração, por acumulação relativa, do mineral primário de interesse que é o mineral portador do elemento, portanto, é resistente ao intemperismo e permanece no perfil de alteração, enquanto que os outros minerais são alterados;
Formação de novos minerais (secundários), ocorrendo a destruição do mineral da rocha e a subsequente formação de minerais secundários, mais ricos que o mineral primário no elemento de interesse. Isto ocorre com elementos de baixa solubilidade como alumínio ou também, pode ocorrer com elementos mais solúveis , que migram no perfil de alteração e precipitam como fases secundárias em outros horizontes, como exemplo o manganês.
Os constituintes solúveis dos minerais das rochas são rapidamente lixiviados, durante o intemperismo, fixando os elementos menos solúveis, como o alumínio. Os depósitos residuais de alumínio são conhecidos como bauxitas, formadas em regiões de climas tropicais. A bauxita é a principal fonte de alumínio e são formadas a partir de rochas que apresentam muita concentração em feldspatos e pouco componentes ricos em ferro.
As condições necessárias à formação das jazidas lateríticas são:
 O intemperismo químico intenso; alta precipitação pluvial, para promover suficiente lixiviação; um relevo com baixa declividade, para minimizar a erosão resultante dos aspectos ambientais; alta taxa de percolação de água, removendo assim, os constituintes mais solúveis da rocha e a composição da rocha original com ferro e alumínio suficiente para formar novos minerais.
O Brasil tem uma área significativa de depósitos residuais no seu território nacional já que possuem grande concentração de ferro, manganês, alumínio , nióbio, fostatos, além de ser situado na faixa tropical , onde as condições para o intemperismo são extremamente boas.
O intemperismo pode, ainda, produzir depósitos por enriquecimento secundário, onde a concentração no conteúdo de metais ocorre a partir da alteração intempérica de depósitos minerais preexistentes., como os depósitos de enriquecimento secundário de cobre formados a partir de depósitos hidrotermais ricos em sulfetos, como pirita e calcopirita.
4. Cristalografia
Hábitos Cristalinos - é a forma geométrica externa desenvolvida por um cristal.
Cristais perfeitos são denominados euédricos, nesse caso crescem em condições geológicas ideais.
Já os cristais subédricos são aqueles que alguns elemento da geometria cristalina não puderam se desenvolver. Isso ocorre porque eles não crescem em condições ideias, sendo a falta de espaço a principal dessas.
Os cristais anédricos são aqueles que nenhum dos elementos geométricos do cristal foram preservados.
A maioria dos cristais apresentam hábitos diferentes que por causa de alguns fatores definem sua forma e seu tamanho. São eles: combinação de varias formas, impurezas residuais durante a crescimento e as condições de crescimento.
Quando os cristais crescem juntos eles acabam apresentando hábitos comuns dos minerais e não dos cristais, que serão descrito abaixo:
Prismático : cristais alongados, formato de prisma; ex: grupo das turmalinas
Lamelar : critais em agrupamentos placóides ou foliáceos; ex: grupo das micas
Fribroso:agregados de cristais em fibras, formato de agulhas em um pente fino; ex: silicatos, crocidolita
Acicular: cristais delgados em forma de agulhas; ex: millerita, natrolita
Colomorfo ou colonial: minerais compactos formandos pela decomposição de coloides. Aspecto esférico;
Dendritico: formado por um grupo de cristais, aspecto arborescente; ex: ouro nativo, prata nativa ...
Drúsico superfície plana ou convexa recoberta por uma capa delgada de cristais ; ex: quartzo hialino e a ametista;
Geódico conjunto de cristais revestindo uma concavidade; ex: ametista
Maciço: conjunto de minerais compactos sem forma especifica; ex: bornita.
Sistemas Cristalinos
Os minerais estão classificados em sete sistemas cristalinos: Cúbico ou Isométrico, Tetragonal ou Quadrático, Rômbico, Hexagonal, Trigonal , Monoclínico e Triclínico.
Na determinação de um mineral é importante identificar o seu sistema cristalino, pois as espécies mineralógicas, com raras exceções, cristalizam em um único sistema. Assim , ao identificar o sistema cristalino de uma determinada substância, é possível eliminar todas as outras que cristalizam nos demais sistemas. A forma fundamental de cada sistema é definida pelas suas constantes paramétricas e por suas constantes angulares, que se projetam na junção das arestas , ao longo dos vértices. São os chamados sólidos fundamentais de cada sistema : Cubo ou hexaedro regular (Sistema Cúbico), prisma tetragonal de base quadrada (Sistema Tetragonal), paralelepípedo ortorrômbico (Sistema Ortorrômbico), paralelepípedo monoclínico (Sistema
Monoclínico), paralelepípedo anórtico ( Sistema Triclínico), prisma hexagonal (Sistema Hexagonal) e o romboedro (Sistema Trigonal).
Sistema Cúbico ou Isométrico
Os minerais que cristalizam neste sistema tem como característica constantes paramétricas iguais e constantes angulares ortogonais. A forma principal é de cubo ou hexaedro regular, porem há outras formas que derivam dessas.
Sistema Tetragonal ou quadrático
 Os minerais que cristalizam-se nesse sistema são caracterizados por duas constantes paramétricas iguais entre si e uma terceira diferente. As constantes angulares são iguais às do sistema cúbico. A forma fundamental é o prima reto de base quadrada, da qual derivam uma série de outras formas.
Sistema Rômbico ou Ortorrômbico
Os minerais que cristalizam apresentam constantes paramétricas diferentes entre si, porem as angulares são iguais às dos sistemas cúbicos e tetragonais. A forma principal é o paralelepípedo rômbico e dessa derivam outras formas.
Sistema Hexagonal
Os minerais que cristalizam apresentam três constantes paramétricas iguais entre si e uma outra diferente. Dos quatro ângulos, três são iguais com 120° e o outro é ortogonal ao sistema. A forma principal é o prima reto de base hexagonal e desse derivam- se as outras formas.
Sistema Trigonal ou Romboédrico
Os minerais que cristalizam-se nesse sistema são caracterizados por apresentarem constantes paramétricas e angulares idênticas às do sistema hexagonal, sendo considerado por muitos mineralogistas apenas uma subdivisão do mesmo. A forma fundamental é o romboedro, da qual derivam uma série de outras formas.
Sistema Monoclínico ou Clinorrômbico
Apresentam constantes paramétricas diferentes entre si. Possuem três ângulos, onde dois são ângulos retos. A forma fundamental é o paralelepípedo monoclínico e desses derivam-se outras formas,
Sistema Triclínico ou Anórtico
Os minerais que cristalizam-se nesse sistema são caracterizados por apresentarem constantes paramétricas diferentes entre si. As constantes angulares deferem de 90°. A forma fundamental é o paralelepípedo anórtico, da qual derivam outras formas.
 4.1. Propriedades Físicas dos Minerais
Densidade relativa(D): é uma propriedade própria e constante que depende da natureza dos átomos do mineral e o tipo de arranjo inter atômico.
Para calcular a densidade relativa basta medir o peso do mineral em condições ambientais (P) e a massa do mesmo submerso em agua destilada. Ou seja, D= (P/(P -P água)).
As amostras a serem analisadas devem der homogêneas, puras, compactas e sem micro cavidades.
Há vários tipos de balança que podem ser utilizadas como : a balança de Jolly (mede os pesos em função da distensão de uma mola helicoidal) ou método da picnometria.
Brilho: termo que designa o aspecto apresentado pela superfície de um mineral quando a luz é refletida na mesma, em fraturas frescas. Assim, distinguem-se os minerais com brilho tipicamente metálico, como da pirita, daqueles com brilho não-metálico, como do quartzo. Entretanto há alguns minerais que apresentam brilho submetálico, como a esfalerita. 
Os minerais com brilho metálico compreendem os metais nativos e a maior parte dos sulfetos, sulfossais e óxidos. Estes minerais refletem totalmente a luz visível, ou seja, são opacos à luz natural. 
Os minerais com brilho não-metálico apresentam, geralmente, cores claras e transmitem a luz em várias intensidades, em fragmentos delgados. Diversos adjetivos caracterizam os diferentes tipos de brilho não-metálico: 
vítreo - semelhante ao brilho do vidro (quartzo e topázio); 
resinoso - aspecto similar à resina (esfalerita e titanita); 
nacarado (perláceo) - lembra o brilho das pérolas (talco e gipsita); 
graxo - as superfícies dos minerais apresentam um aspecto como se estivessem encobertas por uma fina capa de óleo (nefelina e minerais do grupo das serpentinas); 
sedoso - resulta da reflexão da luz sobre finas fibras paralelas (crocidolita); 
adamantino - apresenta reflexos fortes e brilhantes (diamante e anglesita). 
Dureza: é uma propriedade que expressa a resistência que a superfície lisa de um mineral oferece abrasão. Ela está relacionada à estrutura interna e a natureza das ligações interatômicas, além de ser bastante útil para a determinação de uma espécie mineral. Numericamente , a dureza consiste em um valor adimensional e relativo, baseado na escala de Mohs que é apenas um referencial.
A dureza se mede por comparação de dificuldade em que um mineral é riscado pelo outro, no qual é riscado por qualquer mineral mais duro que ele e nunca pelo contrário.. Os minerais de dureza abaixo de 2,5 são riscados pela unha humana sendo considerados de dureza baixa. Os de entre 3,4 e 5 são riscados pelo estilete de aço sendo considerados de dureza média, exemplo é a cianita, de dureza 5. E os minerais de dureza acima de 5,5, riscam o vidro( com menor ou maior intensidade). E assim, apresentam dureza alta. Para separar os minerais com esses tipos de dureza, utiliza-se placas de vidro, que sempre é riscada pelos minerais de dureza maior do que elas.
Tenacidade: é a resistência que um mineral oferece ao ser partido, moido, dobrado ou desagregado ou seja, mede sua coesão.Baseado nesta propriedade um mineral pode ser definido como:
Quebradiço ou friável: mineral que se quebra faciltem quando submetido a pressão( quartzo, diamante, caulinita);
 Maleavel : mineral que resulta em folhas finas por meio de pancadas (ouro nativo, prata nativa);
Séctil : mineral que pode ser cortado facilmente por facas (gipsita, talco);
Dúctil : mineral que pode ser estirado até formar um fio (cobre nativo);
Plástico : mineral que pode ser dobrado, porem não volta a forma original ( talco, vermiculita);
Elastico: mineral que tem a capacidade de deformar e voltar a forma original (mineral do grupo das micas);
Clivagem: é a propriedade que determinados minerais apresentam de se partirem segundo direções, ou planos paralelos, que são sempre os mesmos para minerais das mesma espécie. Quando um mineral é submetido a uma força externa, produz-se um esforço tensional que o induz a uma deformação. A resistência e mais essa deformação resultantes desse esforço se relacionam , diretamente, com os mecanismos de ligações interatômicas e pela presença ou não de defeitos estruturais, Uma vez que a deformação ultrapasse certo valor, excedendo sua resistência, o mineral se rompe.
Na clivagem o rompimento se dá segundo planos e direçoes bem definidas, que correspondemaos planos atômicos com densidad mínimas de ligações. A clivagem de um mineral sempre concorda com a sua simetria , portanto, quando se desenvolve uma direção octaédrica, necessariamente, deverão existir outras três direções semelhantes. Também é importante dar-se a orientação, através dos índices de Miller, expressa pela direção na qual a clivagem é paralela, como, por exemplo a cúbica da galena, octaédrica do diamante, prismática da cassiterita , entre outros. Ao descrever uma clivagem, deve-se definir sua qualidade, através dos termos: perfeita (boa), tais como a da galena, micas e calcita e imperfeita( indistinta), como da marcassita.
Fratura: ocorre com o rompimento do mineral sem obedecer nenhum critério direcional. Geralmente, ocorre em direções diferentes aos planos de clivagem, onde as ligações químicas são mais coesas. Existem tipos de fratura, e são classificados de acordo com a forma e o aspecto da superfície gerada: 
conchoidal (concoidal) - quando os planos de fratura apresentam superfícies lisas e côncavas (quartzo, berilo e liddicoatita); 
planar - quando as superfícies de fratura forem planas, concordando com os plano, concordando com os planos de clivagem perfeita (calcita, rodocrosita e siderita); 
irregular - quando os planos de fratura apresentam superfícies irregulares, como o serrilhado de um corte de serrote (ferro nativo e enargita); 
terrosa - quando a superfície de fratura deixar um aspecto pulvurolento, típico dos argilominerais (caulinita).
Cor: propriedade que depende da absorção seletiva de determinados comprimentos de onda da luz branca, que incidem sobre o mineral, refletindo o restante. O olho humano visualiza as chamadas cores espectrais: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta, cada qual dentro do seu comprimento de onda. 
Assim, se todas passarem por um cristal, este será incolor. Quando todas são absorvidas em graus diferentes, o mineral será preto ou opaco. Se a absorção ocorrer com a mesma intensidade, o mineral terá cores entre o branco e o cinza. As demais cores são composições variáveis que irão depender, espectralmente, do grau de absorção dos comprimentos de onda envolvidos e da presença dos cátions metálicos que absorvem certos comprimentos da luz branca incidente. Essa propriedade é considerada uma das caracterísiticas mais atrativas dos minerais, conferindo um indiscutível padrão estético, especialmente, no caso das gemas. Existem inúmeros íons metálicos responsáveis pela cor dos minerais: Ti2+, Fe2+, Fe3+, Co2+, Ni2+, Cu2+ e lantanídeos, entre outros. Exemplos: 
Minerais com brilho metálico (variações de vermelho, amarelo e branco): 
vermelho-cobre (cobre nativo); 
amarelo-bronze (pirrotita); 
amarelo-latão (pirita) 
amarelo-ouro (ouro nativo); 
branco-plúmbeo (galena). 
Minerais com brilho não-metálico (variações de azul, verde, vermelho e amarelo): 
azul-da-Prússia (cianita); 
verde-esmeralda (esmeralda, variedade de berilo); 
verde-maçã (garnierita, termo geral para minerais silicatados magnesianos hidratados e ricos em níquel); 
amarelo-citrino (enxofre nativo); 
vermelho-escalate (cinábrio). 
Na observação da cor, os minerais são defindos como idiocromáticos, os quais apresentam cor própria constante que depende de sua composição química, como por exemplo: malaquita (verde), cinábrio (vermelho-escarlate), enxofre nativo (amarelo-citrine), ouro nativo (amarelo-ouro) e lazulita (azul). 
São alocromáticos os que apresentam cor variável, de acordo com a composição química ou devido à presença de impurezas (geralmente cátions inclusos à estrutura). Quando puros, são ditos acróicos, isto é, incolores. Como exemplos são citados: berilo (incolor, verde, azul-esverdeado, azul, amarelo e rosa), quartzo (incolor, amarelo, rosa, verde, violeta, vermelho e cinza). 
Em alguns casos, a cor de um mineral deve-se à fenômenos óticos como a dispersão, difusão, interferência ou difração da luz, denominando-se, então, cor pseudocromática, explicado pela interseção da luz com certas características físicas do cristal, como inclusões, texturas ou estruturas particulares. O exemplo mais característico é o da opala nobre, com seus efeitos de opalescência.
Cor do traço: é a cor que um mineral deixa ao ser atritado a uma placa de porcelana. Se a dureza do mineral for maior que a da porcelana (maior que 5.5) não há cor de traço. Há materiais que possuem a dureza inferior a 5.5, deixando traços de cor branca. A cor do traço pode ser usada como ferramenta para a descoberta da espécie do mineral.ta
Magnetismo: é a propriedade que alguns materiais apresentam ao serem atraídos por uma campo magnético de um imã. Os minerais podem ser classificados como:
Fortemente magnéticos: são dos naturalmente magnéticos como a magnetita e a pirrotita;
Moderadamente magnéticos: siderita
Fracamente magnéticos: grupo das turmalinas e espinélio;
Não magnéticos: quartzo e esfalerita;
Os minerais podem ser paramagnéticos, atraídos por um eletroímã e contem ferro, níquel, cobalto, disprósio e o gadolínio em sua composição. Ou podem ser diamagnéticos, aqueles repelidos pelo eletroímã como a prata nativa, bismuto nativo, cobre nativo e calcita.
As propriedade magnéticas são uteis para a separação de minerais com diferentes graus de magnetismo, na petrografia sedimentar e em prospecção magnética para minerais ferrosos.
Eletricidade: alguns minerais são bons condutores de eletricidade, enquanto os outros são maus condutores ou até mesmo isolantes. Os minerais podem ser: Piroelétricos ( Quando as extremidades de minerais prismáticos, tais como o topázio e o quartzo, adquirem cargas elétricas de sentidos opostos). E piezoelétricos que é semelhante à piroeletricidade só que se manifesta por compressibilidade, havendo eletrização das faces laterais do prisma com mudança de sentido das cargas ao cessar o efeito compressivo, já que quando o mineral é resfriado, ocorre uma inversão dos pólos.
A importância prática das propriedades elétricas é em separações eletrostáticas de minerais que são bons condutores de eletricidade( esfalerita), daqueles maus condutores (pirita).
Radioatividade: é a propriedade que determinados minerais apresentam de emitir partículas ou radiação eletromagnética. A radioatividade transforma núcleos instáveis fazendo surgir as radiações α(alpha), β(beta) e γ(gama), como a uranita e a torianita, devido à presença de elementos radioativos ou radioisótopos em suas composições químicas. Minerais que apresentam radioisótopos podem ser utilizados na geocronologia para determinações das idades absolutas das rochas.
Fluorescência: é a propriedade que determinados minerais apresentam de emitir um espectro de luz de curta duração, quando expostos à radiação ultravioleta. Exemplo clássico de mineral fluorescente é a fluorita.
Fosforescência: é muito semelhante à fluorescência, diferindo pela maior duração ad emissão luminosa. Divide-se em quatro tipos :
Fosforescência natural - É a propriedade apresentada por alguns minerais quando submetidos à ação direta da luz solar, como o diamante.
Fosforescência induzida - É a propriedade apresentada por determinados minerais quando submetidos à luz ultravioleta, aos raiox X, aos raios catódicos ou ao infravermelho, como a esfalerita e o diamante.
Termoluminescência - É a propriedade que determinados minerais apresentam , quando aquecidos, de emitirem luz visível abaixo do vermelho, surgindo em temperaturas entre 50-100°C, cessando em temperaturas superiores a 475°C. Apresentam esta propriedade a fluorita, a calcita, as apatitas e a lepidolita.
Triboluminescência- É a propriedade que alguns minerais possuem de se tornarem luminosos ao serem atritados, tais como a fluorita, a esfalerita, a pactolita, a ambligonita e a calcita.
5. Silício (Si)
5.1. Minerais-fonte do Silício
Faz parte do Grupo 14 d aTabela Atômica dos Elementos e é um elemento com abundância de 27,72% na crosta terrestre. Na forma de silício metálico apresenta aplicações em chips para eletrônica, células solares e ferramentasespeciais. É o principal componente de cerâmica,borrachas de silicone, vidro, cimento e concreto. Os principais minerais-fonte são o quartzo, tridimita, cristobalita e opala. As maiores reservas mundiais desses minerais encontram-se na República Popular da China, Estados Unidos da América, Cazaquistão, Noruega e Rússia.
5.2. Aplicações do Silício
Utilizado para a produção de ligas metálicas, na preparação de silicones, na indústria cerâmica e, por ser um material semicondutor muito abundante, tem um interesse muito especial na indústria eletrônica e microeletrônica, como material básico para a produção de transistores para chips, células solares e em diversas variedades de circuitos eletrônicos. Por esta razão é conhecida como Vale do silício a região da Califórnia (Estados Unidos) onde estão concentrados numerosas empresas do setor de eletrônica e informática.
O silício é um elemento vital em numerosas indústrias. O dióxido de silício, areia e argila são importantes constituintes do concreto armado e azulejos (ladrilhos), sendo empregadas na produção do cimento Portland.
Outros importantes usos do silício são: 
* Como carga em materiais de revestimento e compósitos de cimento, como cerâmicas. 
* Como elemento de liga em fundições. 
* Fabricação de vidro e cristais para janelas e isolantes, entre outros usos. 
* O carboneto de silício é um dos abrasivos mais importantes. 
* Usa-se em lasers para a obtenção de luz com um comprimento de onda de 456 nm. 
* O silício é um dos componentes do polímero silicone. 
* Na fabricação dos diodos e diversos componentes eletrônicos.
* Na fabricação de produtos para restaurações odontológicas (silicatos).
* Utilizado como elemento de ligação entre restaurações em porcelana e cerômero e os adesivos (silano). 
5.2.1. Piezeletricidade
Os cristais de quartzo também possuem uma propriedade especial chamada de piezeletricidade. Essa característica consiste em transformar energia mecânica diretamente em energia elétrica, e vice-versa.
Suas aplicações variam desde alto-falantes piezelétricos, agulha para toca-discos e cristais osciladores para circuitos eletrônicos que trabalham com freqüências. 
5.2.2. Módulos fotovoltaicos
O uso de silício nos módulos fotovoltaicos (painéis solares) tem aumentado muito no século XXI devido a preocupação mundial com o aquecimento global. O uso de células fotovoltaicas para a obtenção de eletricidade aproveita um recurso inesgotável, que é a energia solar. Os módulos são constituídos por células fotovoltaicas, que consistem de uma lâmina de silício na qual é formada uma junção P-N (díodo de junção), capaz de gerar energia elétrica utilizável a partir de fontes de luz como a luz solar.
A primeira geração de células constitui a tecnologia dominante em termos de produção comercial, representando mais de 80% do mercado mundial. O efeito fotovoltaico foi descoberto pela primeira vez em 1839 por Edmond Becquerel. Entretanto, só após 1883 que as primeiras células fotovoltaicas foram construídas, por Charles Fritts, que cobriu o selênio semicondutor com uma camada extremamente fina de ouro de modo a formar junções.
Existem módulos fotovoltaicos de várias potências e tensões, para os mais diversos usos. Em residências rurais, algumas empresas concessionárias de distribuição usam os módulos fotovoltaicos energia em baterias. Este sistema fotovoltaico gera energia suficiente para iluminar uma residência e outros pequenos aparelhos de rádio ou televisão. 
5.2.3. Materiais de construção e cerâmica
A maior parte dos materiais de construção empregam minerais que contém silício em sua composição. A cerâmica mais valiosa que existe atualmente é a porcelana,[carece de fontes] que é uma mistura de matérias-primas que contém aproximadamente 50% de caulim, 25% de areia de sílica e 25% de feldspato. 
A areia, composta principalmente de sílica, é usada como ingrediente em materiais de argamassa e colagem, e particularmente na fabricação de concreto.
5.2.4. Aerogel
Fumaça congelada, assim apelidada pelos cientistas, é um material especial extremamente leve: sua densidade média é de apenas 1,1 mg/cm³ e podem ser derivados do dióxido de silício (SiO2), embora possam ser confeccionados em outros materiais. É um dos melhores isolantes térmicos. Um aerogel do tamanho de uma pessoa pesa menos de meio quilo e pode suportar o peso de um carro compacto. Cerca de 99,8% do volume é composto de ar comum.
O aerogel mais comum é feito de uma mistura de sílica (SiO2). Em sua fabricação é exercida uma forte pressão que elimina qualquer liquido (secagem supercrítica). Enquanto a luz com comprimento de onda curta atravessa aerogel com poucas alterações, o calor e som quase não conseguem atravessá-lo. Atualmente, sua produção é muito cara e é usado especialmente na pesquisa espacial. Entretanto, é um material com grande potencial de utilização no futuro.
6. Sódio (Na)
6.1. Minerais-fonte do Sódio
Faz parte do Grupo 1 da Tabela Atômica dos Elementos e é um elemento com abundância de 2,83% na crosta terrestre. Apresenta aplicações em síntese orgânica, iluminadores de sinalização, refrigeração em reatores atômicos, indústria do vidro, componente da soda cáustica e do sal de cozinha. Os principais minerais-fonte são a halita, nitratita, nahcolita, termonatrita, natrão, trona, thenardita, glauberita e mirabilita. As maiores reservas mundiais desses minerais encontram-se nos Estados Unidos da América, Alemanha, Polônia, Canadá, Índia, Austrália, México e República Popular da China.
6.2. Aplicações do Sódio
O sódio metálico emprega-se em síntese orgânica como agente redutor. Alguns usos: 
* Em ligas antiatrito com o chumbo para a produção de balas (projéteis). Com o chumbo também é usado para a produção de aditivos antidetonantes para as gasolinas; 
* Na fabricação de detergentes combinando-o com ácidos graxos; 
* Na purificação de metais fundidos; 
* A liga NaK é empregada como transferente de calor. O sódio também é usado como refrigerante; 
* É empregado na fabricação de células fotoelétricas; 
* Na iluminação pública, através das lâmpadas de vapor de sódio;
* Na produção de diversos reagentes químicos, como o peróxido de sódio e o cianeto de sódio;
* Na indústria de borracha sintética; 
* Na obtenção de titânio e zircônio a partir dos seus cloretos ou óxidos;
6.2.1 Consumo Industrial
A crescente necessidade e preocupação do homem, para manter alimentos em bom estado levou-o a perceber, que o uso de sal era um dos métodos que permitiam conservar os alimentos e evitar a sua degradação. A aplicação do sal na indústria também é diversa: química, salga de peixe, panificação, lacticínios, curtumes, plásticos, saboaria. Outras indústrias também o utilizam, mas em menor quantidade: tabacos, explosivos, cerâmica, gelo, tratamentos de águas, têxteis, etc.
6.2.2. Indústria química transformadora
Alguns dos produtos fabricados na indústria, que utilizam o sal como matéria-prima são o carbonato de sódio, a soda cáustica e o sulfato de sódio. O carbonato de sódio tem aplicação nas indústrias do vidro, de drogas, do sabão, do papel, de cerâmica, têxtil, metalúrgica, do petróleo, de curtumes, de corantes, etc. A soda cáustica tem aplicação no fabrico de sabões, de corantes, de papel, de drogas, de borracha e na indústria têxtil, metalúrgica e de refinação de petróleo. O sulfato de sódio aplica-se na indústria do vidro, em medicina e no fabrico de outros compostos de sódio.
6.2.3. Indústria de conservas
Os produtos geralmente utilizados em conserva são o peixe, a carne e os vegetais. O sal atua como agente de conservação e como condimento. Quanto ao peixe, a quantidade a empregar varia sensivelmente com o tipo de conserva. Em média, para a sardinha em molhos, aplica-se à razão e 130 gramas de conserva e, para o peixe em salmoura, cerca de 450 gramas por igual quantitativo. O consumo referente à conserva de carnes agrupam-se os produtos da indústria propriamente dita, a salga de suínos nas grandes casas de lavoura e em pequenas propriedades rurais paraconsumo próprio. Entre os produtos vegetais que se consomem em conserva pelo sal destaca-se a azeitona.
7. Visita ao laboratório
Na visita ao laboratório foi observado a dureza e a densidade de alguns minerais.
A primeira atividade foi observar os minerais pertencentes ao laboratório e verificá-los de acordo com o seu grau de dureza. Este é classificado de acordo com o tipo de material que o mineral pode riscar. Com isso, os cristais são divididos através da Escala de Mohs, mostrada a seguir:
Pode-se observar que o talco é o que possui o menor índice de dureza, logo ele não risca os demais. Já os minerais classificados com o grau de dureza de até 6,5 conseguem riscar a porcelana. Os que possuem um grau superior a este, tem a capacidade de riscar o vidro. Dentro de todos os minerais é o que possui o maior grau de dureza é o diamante, sendo inutilizado na indústria petrolífera para perfuração dos poços. 
No laboratório usamos quatro minerais para testar o seu grau de dureza, estes foram: talco, enxofre, hematita e o quartzo. O talco é o mineral mais frágil pois, além de não riscar outro material, é possível marca-lo com a unha. O enxofre - que possui uma cor amarelada - ao riscar a porcelana apresentou um traço esbranquiçado. Já a hematita possuiu um traço castanho-avermelhado. 
Para riscar o vidro utilizamos o quartzo, que possui o grau de dureza 7 como pode ser observado na tabela acima. 
Para calcular a densidade e olhar no microscópio ótico, foram selecionados três minerais: Albita, Onix e Ágata.
À primeira instância, pesamos os minerais em uma balança digital e em seguida utilizamos a balança de Arquimedes para pesá-los imersos em um fluido – a saber, a água de densidade igual a 1 kg/m³ - para sabermos, respectivamente, o seu peso seco e o peso submerso. Os dados obtidos estão na tabela 1:
Tabela 1: Valores das massas pela balança digital e pela balança de Arquimedes
	Minerais
	Balança Digital (g)
	Balança de Arquimedes (g)
	Albita
	40,289
	24,921
	Onix
	10,417
	6,450
	Ágata
	9,040
	5,545
De posse dos dados referentes ao peso de cada mineral, utilizamos a equação (1) para calcular o valor de suas respectivas densidades.
	
	(1)
Os dados encontrados estão na tabela 2.
Tabela 2: Valores das densidades experimental e tabelada
	Minerais
	Densidade experimental (g/cm³)
	Densidade tabelada (g/cm³)
	Albita
	2,621
	2,62
	Onix
	2,625
	2,61
	Ágata
	2,586
	2,65
O que se pode perceber é que os dados encontrados foram próximos aos tabelados e não idênticos como deveriam ser. Isso aconteceu porque para utilizar a balança de Arquimedes era necessário que os minerais ficassem submersos em água, por pelo menos duas horas, para que o liquido pudesse penetrar e preencher qualquer porosidade presente no mineral, a fim de retirar o ar ali alojado.
Ao levarmos os minerais para o microscópio ótico conseguimos observar imagens impressionantes que a olho nu não se percebe, como por exemplo, a irregularidade que elas possuem.
Então, diante das amostras dos minerais analisados, conseguimos observar o peso, a densidade e a forma estrutural de cada mineral escolhido. O método utilizado para aferir a densidade demonstrou ser bem preciso diante das circunstâncias apresentadas.
8. Referências bibliográficas 
NEVES, PAULO CESAR PEREIRA, Introdução a Mineralogia Prática; Editora da ULBRA, 2003.
http://www.infoescola.com/quimica/escala-de-mohs/

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