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Edivânia dos Santos Evangelista da Silva Matricula: 201402491859 Direito Civil lll Caso Concreto Aula 8: Analise a notícia adiante (Fonte: Superior Tribunal de Justiça): [Omissis]. Decidiu a Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ao julgar processo de casal de São Paulo que pretendia anular a doação de vários imóveis à filha, alegando que ela "nunca mais teve notícias de seus pais, não lhes dirigindo a palavra, ou mesmo telefonando para saber se está passando bem, tendo, inclusive, após séria doença que acometeu o seu pai (...), deixado de comparecer ao hospital para visitá-lo (até mesmo depois desta operação), em total ignorância aos seus genitores". Os pais queixaram-se de ofensa ao artigo 1.183 do Código antigo (art. 557, CC/02), afirmando que os frutos e os rendimentos dos imóveis em questão cessaram, sendo-lhes negadas indiretamente fontes de alimento. Além de demonstração de abandono material e moral, devido à falta de visitação, carinho, respeito e atenção, ferindo, com isso, seus "mais frágeis sentimentos de filiação". Pleiteavam a revogação das doações feitas, restabelecendo os imóveis na propriedade dos doadores. Com o seguimento negado na origem, o casal entrou no STJ. O relator do processo, ministro Humberto Gomes de Barros, esclareceu que a doação, conforme dispõe o artigo 1.181 do Código Civil de 1916 (art. 555, CC/02), pode ser revogada por três modos: pelos casos comuns a todos os contratos (vícios do negócio jurídico, incapacidade absoluta, ilicitude ou impossibilidade do objeto), por ingratidão do donatário e por inexecução do encargo, no caso de doação onerosa. De acordo com o relator, apesar de se tratar de um negócio jurídico proveniente da liberalidade do doador, a lei, principalmente em respeito à segurança jurídica, limita o arbítrio do doador em desfazer tal liberalidade. Assim, o ministro reconheceu a taxatividade das hipóteses previstas no artigo 1.183 do Código Civil de 1916 (Código Beviláqua), segundo o qual só se podem revogar por ingratidão nas seguintes situações: se o donatário atentou contra a vida do doador, se cometeu contra ele ofensa física, se o injuriou gravemente, ou o caluniou, ou se, podendo ministrar-lhes, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava [...] a) Identifique e defina o contrato em análise. Resposta: CONTRATO DE DOAÇÃO. É o contrato em que uma pessoa por liberalidade, transfere do seu patrimônio, bens ou vantagens para o de outra (Art. 538 - Considera-se doação o contrato em que uma pessoa, por liberalidade, transfere do seu patrimônio bens ou vantagens para o de outra). b) O STJ deveria ter anulado o contrato de doação em análise? Fundamente sua resposta. Resposta: Analisando o caso em comento pode-se vislumbrar que se chegando ao extremo de necessidade, poderia sim o STJ anular o contrato de doação com base com no artigo 557, IV (Podem ser revogadas por ingratidão as doações: IV - se, podendo ministrá-los, recusou ao doador os alimentos de que este necessitava). O abandono afetivo também pode ser considerado como ingratidão e revogar a doação (enunciado 33). Edivânia dos Santos Evangelista da Silva Matricula: 201402491859 Direito Civil lll Questão objetiva 1: Assinale a alternativa correta quanto ao tratamento dado pelo Código Civil em matéria de doação: Correta⇒ a) O doador não é obrigado a pagar juros moratórios, nem é sujeito às consequências da evicção ou do vício redibitório. b) É inválida a doação feita ao nascituro, que não poderá ser aceita pelo seu representante legal. c) Em qualquer hipótese, é inadmissível a doação verbal. d) O doador pode estipular que os bens doados se revertam em favor de terceiro se o doador sobreviver ao donatário. e) É renunciável antecipadamente o direito de revogar a doação por ingratidão do donatário. Questão objetiva 2: (TJMA - Juiz Substituto ? 2008) Assinale a alternativa correta: Correta (art. 557 e 558, CC) ⇒ a) É possível a revogação da doação quando o donatário atentar contra a vida do irmão do doador. b) Não é lícita a compra e venda entre cônjuges, ainda que em relação aos bens excluídos da comunhão. c) A doação, por ato de transferência de bens ou vantagens de uma pessoa a outra, por liberalidade, independe de aceitação do donatário. d) A doação de ascendentes a descendentes importa no adiantamento do que lhes cabe por herança, ainda que o doador expressamente designe sair de sua parte disponível.
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