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Edson Luiz Nunes Rosa (R.A: 80884) Fernando Henrique Alves (R.A: 80926) Fernando Henrique Magrini Diogo (R.A: 75171) Rodrigo Guilhermino de Souza (R.A: 80703) Wellington Ferrari Lourenço da Silva (R.A: 81924) MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL I AGLOMERANTES MINERAIS: ASFALTO, CAL, GESSO, AGLOMERANTES ESPECIAIS. Trabalho apresentado à disciplina Materiais de Construção Civil I do Curso de Engenharia Civil do Centro Universitário de Votuporanga – UNIFEV, ministrada pelo professor Glauber Lima, como obtenção parcial de nota referente ao primeiro bimestre. Votuporanga, 01 de outubro de 2013. RESUMO Aglomerantes minerais são produtos inorgânicos, constituídos de minerais que, para sua aplicação, se apresentam geralmente sob forma pulverulenta e na presença da água forma uma pasta com propriedades aglutinantes. Os principais aglomerantes minerais utilizados em engenharia civil são o asfalto, cal, gesso, e alguns aglomerantes com propriedades especiais. Sendo: − Asfalto: Um derivado do petróleo, obtido de um processo de destilação. É um material betuminoso, possui características aglutinantes e impermeabilizantes. Mundialmente utilizado para pavimentação de estradas. − Cal: Também conhecida como óxido de cálcio, é uma das substâncias mais importantes para a indústria, sendo obtida por decomposição térmica de calcário. Também chamada de cal viva ou cal virgem, é um composto sólido branco, reage em contato com a água e endurece em contato com o ar, é utilizada principalmente na indústria da construção civil para elaboração das argamassas com que se erguem as paredes e muros e também na pintura. − Gesso: Aglomerante obtido por calcinação da gipsita, é constituído por sulfatos de cálcio, possui elevada aderência a várias superfícies, é utilizado principalmente em revestimentos, mas possui baixa resistência mecânica. − Aglomerantes especiais: Resinas epóxi, concreto polimérico, cimento sorel, cimento pozolânico, possuem características e aplicações específicas. SUMÁRIO Introdução.........................................................................................03 1. Asfalto............................................................................................04 1.1. Extração/Industrialização............................................04 1.2. Caracterização..............................................................04 1.2. Utilização…...................................................................04 2. Cal.................................................................................................05 2.2. Definição........................................................................05 2.2. Extração/Industrialização............................................05 2.3. Caracterização..............................................................06 2.4. Utilização…...................................................................06 3. Gesso.............................................................................................07 3.1. Definição........................................................................07 3.2. Extração........................................................................07 3.3. Industrialização............................................................07 3.4. Caracterização..............................................................08 3.5. Utilização.......................................................................09 4. Aglomerantes especiais...............................................................11 4.1. Resinas Epóxi................................................................11 4.2. Concreto Polimérico.....................................................11 4.3. Cimento Sorel................................................................12 4.4. Cimento Pozolânico......................................................12 2 INTRODUÇÃO Os aglomerantes, além da propriedade aglutinante, possuem características específicas como por exemplo, resistência a temperaturas altas ou baixas, ambientes úmidos, resistência mecânica, etc. Essas propriedades específicas, conseguidas por processos de industrialização adequados (calcinação, destilação, etc), são provenientes dos minerais extraídos da natureza que constituem o aglomerante e pelas reações químicas iniciadas pelo contato do pó aglomerante com água (hidratação), e sua exposição ao ar. Para efeito de comparação por exemplo, podemos de maneira fácil observar a resistência do cimento (utilizado em praticamente todas a obras de engenharia civil) em relação ao gesso, utilizado principalmente em revestimentos. Esse trabalho trata dos principais aglomerantes minerais utilizados em engenharia civil, que são o asfalto, cal, gesso e também alguns aglomerantes especiais com aplicações específicas. São apontadas também, as características principais desses aglomerantes, as maneiras com as quais elas são medidas, sua caracterização e principais aplicações. Sendo assim concluímos que, durante a elaboração de um projeto, é de fundamental importância o conhecimento dos materiais que serão aplicados, desde de sua composição até as propriedades resultantes de suas reações químicas em contato com o ambiente da construção. E portanto, cabe aos responsáveis pelo projeto o correto estudo do local e desses materiais, para assim minimizar os custos e maximizar os bons resultados. 3 1 – ASFALTO 1.1 . Extração/Industrialização: A partir de 1909 iniciou-se o emprego de asfalto derivado do petróleo, o qual, pelas suas características de economia e pureza, em relação aos asfaltos naturais, constitui a principal fonte de abastecimento de asfalto. O asfalto moderno é um constituinte natural do petróleo, sendo obtido submetendo-se o petróleo a um processo de destilação no qual as frações leves (gasolina, querosene e diesel), são separadas do asfalto por vaporização e condensação em torres de fracionamento com arraste de vapor, sendo que o estágio final é a destilação a vácuo. O resíduo obtido, após a remoção dos demais destilados de petróleo é o cimento asfáltico de petróleo (CAP). O asfalto é também um material betuminoso, contem betume, que é um hidrocarboneto, solúvel no bissulfeto de carbono (CS2), sendo ele o responsável pela característica aglutinante do asfalto. O alcatrão que se obtém da destilação destrutiva do carvão mineral ou vegetal, assim como o asfalto, resíduo obtido pela destilação de petróleo são considerados um materiais betuminosos. 1.2 . Caracterização: As características mais importantes do asfalto na pavimentação são: - Aglutinadora: Consiste em proporcionar uma íntima ligação entre agregados, capaz de resistir às forças mecânicas de desagregação produzidas pelo tráfego. - Impermeabilizante: Garantir ao pavimento vedação eficaz contra penetração da água superficial. Os pavimentos asfálticos também devem apresentar superfície lisa, resistência à derrapagem, desgaste, distorção e deterioração e aos produtos químicos descongelantes, principalmente nos países de clima temperado. Nenhum outro material garante melhor do que o asfalto a realização econômica e simultânea dessas funções, além de proporcionar ao pavimento características de flexibilidade que permitem sua acomodação, sem fissuramento e eventuais recalques diferenciais das camadas subjacentes do pavimento. As características do asfalto conferem flexibilidade controlável às misturas com agregados minerais, possibilitando o aumento da resistência à ação de ácidos, álcalis e sais. Mesmo sendo sólido ou semi-sólido à temperatura atmosférica, pode ser liquefeito se aquecido, ou ainda dissolvido em solventes de petróleo. 1.3 . Utilização: Mundialmente o asfalto é utilizado com a finalidade de pavimentação (estradas, aeroportos, etc) para se ter uma ordem de grandeza, entre tanto consome-se uma quantidade significativa na indústria de materiais de impermeabilização e em numerosos e variados produtos. O asfalto de pavimentação é àprova de água e não é afetado pela maioria dos ácidos, álcalis e sais, e é dito material termoplástico porque amolece ao ser aquecido e endurece ao ser resfriado. Sendo que os pavimentos de asfalto são chamados de flexíveis, pelo fato de ser um material viscoso e termoplástico. 4 2 – CAL 2.1 . Definição: A cal, também conhecida como óxido de cálcio, é uma das substâncias mais importantes para a indústria, sendo obtida por decomposição térmica de calcário a 900°C. Também chamada de cal viva ou cal virgem, é um composto sólido branco. 2.2 . Extração/Industrialização: O calcário, depois de extraído, selecionado e moído, é submetido a elevadas temperaturas em fornos industriais num processo conhecido como calcinação, que dá origem ao CaO (óxido de cálcio: cal) e CO2 (gás carbônico), a equação química dessa calcinação fica assim: CaCO3 + Calor – CaO + CO2 Para essa reação ocorrer à temperatura do forno da caieira (indústria produtora de cal) deve ser de, no mínimo, 850 °C, mas a eficiência total da calcinação se dá à temperatura de 900 à 1000 °C. Essa temperatura é garantida pela queima de um combustível, que pode ser: lenha (gasogênio), óleo combustível, gás natural, gás de coqueira, carvão e material reciclado. Para a obtenção da cal hidratada é necessário promover a reação da cal virgem com H2O (água), com o seguinte desprendimento de calor: CaO + H2O – Ca(OH)2 + 63,7 kj/mol de CaO + Aumento de Volume Óxido de Cálcio 5 2.3 . Caracterização: A cal hidratada tem características aglomerantes como o cimento, sendo que, enquanto o cimento reage com água (reação de hidratação do cimento), o endurecimento da cal aérea ocorre pelo contato com o ar. Essa reação transforma a cal hidratada num carbonato tão sólido quanto o calcário que a originou. 2.4 . Utilização: Esta substância é normalmente utilizada na indústria da construção civil para elaboração das argamassas com que se erguem as paredes e muros e também na pintura. A cal também tem emprego na indústria cerâmica, siderúrgicas (obtenção do ferro) e farmacêutica como agente branqueador ou desodorizador. Na agricultura, o óxido de cálcio é usado para produzir hidróxido de cálcio, que tem por finalidade o controle da acidez dos solos e, na metalurgia extrativa, é utilizado para separar a escória (que contém impurezas, especialmente areia) do ferro. 6 3 – GESSO 3.1 . Definições: − Aglomerante inorgânico obtido por calcinação da gipsita. Constituído essencialmente por sulfatos de cálcio (Hemidrato, anidritas solúvel e insolúvel). − A NBR 13207/94 define gesso para construção como: “Material moído em forma de pó, obtido da calcinação da gipsita, constituído predominantemente de sulfatos de cálcio, podendo conter aditivos controladores de pega. 3.2 . Extração: − O gipso é um rocha sedimentar, também denominada evaporito. Em sua composição estão presentes a gipsita, anidrita e algumas impurezas, geralmente argilo-minerais, calcita, dolomita e material orgânico. Sendo a gipsita a matéria-prima que constitui o gesso. − As Principais reservas brasileiras do minério são: Pará (60%), Pernambuco (30%), Maranhão, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Tocantins. 3.3 . Industrialização: a) Preparação para Calcinação: Depois da extração a gipsita passa por alguns processos de beneficiamento para adequação ao tipo de forno onde será calcinada. Sendo essa preparação constituídas das seguintes etapas: Britagem, moagem grossa, estocagem, moagem fina. b) Calcinação: A calcinação é o processo térmico pelo qual a gipsita é desidratada. Nessa etapa a gipsita é aquecida à altas temperaturas para obtenção do Hemidrato (CaSO4 1/2H2O) e das Anidritas (CaSO4) III, II e I (Solúvel, Insolúvel, De Alta Temperatura, respectivamente). Veja: c) Seleção: O material calcinado é moído, selecionado em frações granulométricas e classificado conforme o tempo de pega, de acordo com a NBR 13207/94. 7 3.4. Caracterização: − Composição dos sulfatos encontrados no gesso: Sulfato Fórmula Massa Molecular (g) Composição (%) Relação CaO/SO3H2O CaO SO3 Dihidrato CaSO4 2H2O 172,17 20,99 32,57 46,5 0,7 Hemidrato CaSO4 0,5H2O 145,15 6,2 38,63 55,15 0,7 CaSO4 0,66H2O 148,02 8,03 37,88 54,08 0,7 Anidrita CaSO4 136,14 0 41,19 58,81 0,7 − Hidratação: Fenômeno químico no qual o material Anidro em pó é transformado em Dihidrato. As reações de hidratação são inversas ás de formação do produto. − Mecanismo de hidratação: No contato do pó com a água inicia-se imediatamente a dissolução dos sulfatos, com a saturação da solução a gipsita precipita-se em cristais em forma de agulha, formando os núcleos de cristalização. A medida que a hidratação evolui, à uma concentração de íons, assim como a formação de novos núcleos. A fixação progressiva da água de hidratação reduz a água disponível, aumentando o volume dos sólidos. Os cristais começam a ficar próximos, a porosidade diminui, e a resistência aumenta. O crescimento dos cristais nessa etapa vai influenciar diretamente nas propriedades mecânicas. Veja: 8 Imagem de pasta de gesso, aglomerados de cristais de dihidrato em forma de agulha intertravada, conferindo resistência mecânica. Entre esses cristais existem defeitos, os poros. − Pega: Depende de diversos fatores como temperatura, finura, quantidade de água de emassamento, presença de impurezas e aditivos. Geralmente varia com início e fim entre 10 e 45 min. O consumo de água de emassamento pela formação da gipsita hidratada aumenta a consistência da pasta dando início o pega. Os cristais formados ao redor de núcleos ficam progressivamente mais próximos e se aglomeram aumentando a viscosidade aparente da pasta. O prosseguimento da hidratação leva a formação de um sólido contínuo com porosidade progressivamente menor e resistência progressivamente maior. − Determinação do pega pela norma NBR 12128/91: A norma determina o início e o fim do pega utilizando o aparelho de Vicat, que consiste de uma agulha de ø 1,13mm presa em um peso de 300g. Veja: − Início de pega: Instante em que a agulha estaciona a 1mm da base. − Fim de pega: Instante em que a agulha não mais penetra na pasta, deixando apenas uma leve impressão. 3.5 . Utilização: A aplicação do gesso requer uma certa experiência pois devido ao curto tempo de pega, pode haver desperdício. O gesso possui elevada aderência a várias superfícies, é utilizado principalmente em 9 revestimentos, além de facilitar a aplicação, ele dispensa a aplicação de massa corrida e oferece uma superfície lisa e branca que é facilmente coberta pela pintura. Devido a hidratação rápida ele encurta o tempo entre a aplicação e a pintura, aumentando assim a velocidade da obra. Devemos citar também algumas desvantagens da aplicação do gesso que é sua elevada sensibilidade a ambientes úmidos, alta geração de resíduos após a aplicação e baixa resistência mecânica. O gesso também é utilizado em painéis gesso acartonados que são aplicados em forros e paredes divisórias de ambientes, além de possuir uma resistência alta ao fogo. 10 4 – AGLOMERANTES ESPECIAIS Existem alguns tipos de aglomerantes que foram desenvolvidos para aplicações específicas, e possuem características que diferenciam esses aglomerantes dos demais. 4.1 . Resinas Epóxi − Definição: Uma resina epóxi ou poliepóxido é um plástico termofixo que se endurece quando se mistura com um agente catalisador ou "endurecedor". As resinas epóxi mais frequentes são produtos de uma reação entre epicloridrina e bisfenol-a. Existem ainda as resinas a base de bisfenol F e resinas epóxi Novolac. As primeiras tentativas comerciais de preparo da resina através da epicloridrina aconteceram em 1927 nos Estados Unidos. O mérito da primeira síntese de uma resina baseada no bisfenol-a foi compartilhado entre o Dr. Pierre Castan da Suíça e o norte-americano Dr. S. O. Greenlee em 1936. − Utilização: Atualmente as resinas epóxis são utilizadas por uma infinidade de aplicações. Revestimentointerno de embalagens de cerveja , refrigerante, cítricos, etc, .Placas de circuito impresso, a mainboard do computador, encapsulamentos de componentes eletrônicos, bijuterias, pisos industriais e decorativos, construção civil (recuperação de estruturas), pranchas de surfe, tintas anticorrosivas, pintura em pó, adesivos estruturais. 4.2 . Concreto Polimérico − Definição: É um concreto formado pela combinação de Agregados Minerais e Resina Éster Vinílica de excelente resistência à corrosão em ambientes altamente agressivos. Os elementos que compõem o POLICRETE 3000 D são resistentes a diversos tipos de solventes, óleos, ácidos e sais ácidos e possuem superior resistência mecânica ao concreto produzido com cimento Portland. Possui ainda resistência a temperaturas de trabalho de até 80°C, baixa porosidade e rápida cura química que proporciona menos tempo de parada de manutenção. − Utilização: Recomendado para cubas, base de bombas e tanques, diques, reparos, pisos, canaletas pré- fabricadas, bases estruturais de equipamentos em instalações de indústrias químicas, usinas siderúrgicas, petroquímicas, fábricas de papel e celulose, estação de tratamento de efluentes, entre outras. Devido à ação da corrosão, as estruturas de concreto armado tendem a se danificar com o tempo e, com isso, necessitam de reparos, que podem serem feitos com POLICRETE 3000 D como cobertura monolítica de recuperação ou para proteção de estruturas novas. Seu uso é requerido principalmente em estruturas com espessuras menores, onde os esforços requeridos são maiores. Suas características de resistência química e mecânica permitem aplicações em construções de fundações e cobertura monolítica podendo ser usando os mesmos métodos de mistura para os usados no concreto com cimento Portland. 11 4.3 . Cimento Sorel − Definição: Descoberto em 1867 por Sorel, o cimento Sorel é formado a partir da combinação de óxido de magnésio e da solução de cloreto de magnésio. Esse tipo de cimento é também é conhecido como cimento de Magnesita e Magnésio óxido-clorídrico e possui características superiores ao cimento Portland. Contudo, existem dois tipos de cimentos magnesianos. Um é formado a partir da combinação de óxido de magnésio e solução de sulfato de magnésio. O cimento de Fosfato Magnésio é formado a partir da reação entre óxido de magnésio e um fosfato solúvel, como fosfato de amônia monobásico (NH4H2PO4). A captação do magnésio em seu ciclo termodinâmico ocorre por meio de carreamento de átomos de magnésio pela água e dióxido de carbono ou pelos dois, através da calcificação, hidratação e carbonatação. O concreto de cimento Sorel contendo óxido de magnésio, hidratado para carbonato de magnésio, é ideal para limpar CO2 do ar, pela sua absorção dentro do ambiente construído. Isso se deve ao baixo peso molecular do magnésio, quando comparado ao cálcio, presente no cimento Portland. É importante ressaltar que a brucita (hidróxido de magnésio) somente se carbonatará em Magnesita, em materiais porosos como tijolos, blocos, pavimentos, entre outros. A taxa final de fixação de CO2 é diretamente proporcional aos níveis de MgO reativo, presentes no composto original. 4.4 . Cimento Pozolânico − Definição: As primeiras utilizações conhecidas das pozolanas datam dos tempos do Império Romano, quando se descobriu que as cinzas vulcânicas da região de Pozzuoli, nas imediações do Vesúvio, quando finamente trituradas e misturadas com cal produziam uma argamassa resistente e duradoura. As primeiras explorações surgiram naquela região, mas foram-se alargando a outras zonas vulcânicas do Lácio e da Campânia e depois de toda a bacia mediterrânica, fazendo-se uso das diversas colorações do material, variáveis conforme a sua origem. O engenheiro e arquiteto romano Vitrúvio, que viveu no século I a.C, já descrevia quatro tipos de pozolana (negra, branca, cinzenta, e vermelha) e os seus usos. Os cimentos pozolânicos são uma mistura de pozolanas naturais e industriais com cimento Portland. − Utilização: Além do seu uso em obras submersas, a alta alcalinidade dos cimentos pozolânicos torna-os resistentes às causas mais comuns de corrosão, incluindo à provocada por sulfatos de origem atmosférica, em especial os resultantes das chuvas ácidas. Depois de completamente endurecido (após um período de cura em geral longo), as argamassas pozolânicas são em geral mais duras do que misturas semelhantes contendo apenas cimento Portland. Essa dureza deve-se à sua menor porosidade, o que também as torna menos propensa a absorver água por capilaridade e menos atreitas a fragmentação superficial (spalling). O cimento Portland pozolânico (conforme norma ABNT NBR 5736), em geral conhecido pela sigla CP IV, é constituído por clínquer e gesso: 45 a 85%; escórias: 0 a 5%; pozolanas: 15 a 50%; material carbonatado: 0 a 5%. 12
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