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Formação Economica

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ
Mateus Monteiro Piedade Lyrio
A Transição do Século 
ILHÉUS – BAHIA
2015
Mateus Monteiro Piedade Lyrio
A Transição do Século 
Trabalho apresentado à Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC para obtenção de crédito na Disciplina de Formação Econômica do Brasil, sob orientação da Profª Maria Bernadete Pereira Bezerra
ILHÉUS – BAHIA
2015
Apresentação 
Este trabalho foi feito com base em cinco capítulos do livro Formação Econômica do Brasil, de Celso Furtado. São eles: Nível de renda e ritmo de crescimento na segunda metade do século xix, O fluxo de renda na economia de trabalho assalariado, A tendência ao desequilíbrio externo, A defesa do nível de emprego e a concentração da renda, A descentralização republicana e formação de novos grupos de pressão. No livro, Celso aborda o desenvolvimento do Brasil e a transição do Século XVIII para o Século XIX, neste trabalho busca-se apresentar um conjunto de pesquisas para explicar o porquê do Brasil atual, tentando explicar, por exemplo, a segregação regional que o Brasil sofre que exerce claramente poder sobre determinados assuntos políticos do país e as mudanças que a transição do século XVIII para o século XIX trouxe.
Sumario 
Apresentação..................................................3
Transição do século XVIII para o século XIX....5
Regiões Brasileiras.........................................6
Resultado do Crescimento..............................10
Democratização..............................................12
Conclusão.......................................................13
Bibliografia......................................................14 
Transição do século XVIII para o século XIX
Em um período onde houve um crescimento econômico, a transição para o século XIX foi marcado pela divisão regional da economia.
Tendo como base do crescimento econômico o mercado exterior, o Brasil passa ter uma diversidade produtiva, a região nordeste com a produção da cana de açúcar e algodão, a região sudeste com a produção do café e a região sul com a pecuária e agricultura de subsistência. Mas, embora a consolidação da diversidade produtiva é notável a discrepância, em relação ao crescimento, das regiões quando colocadas em comparação. Essa discrepância não é resultado de apenas eventos econômicos dentro de determinada região, então, além da consolidação da diversidade produtiva do país, temos uma consolidação de um mercado interno solido, onde há uma interação entre as regiões, o sul passa a ter participação direta ou indireta com o mercado da região nordeste, e vice versa. 
Assim, podem-se ser colocados alguns pontos importantes em evidencia:
Como a diversidade produtiva se consolidou?
Por que tamanha discrepância entre as regiões?
Como é ocorre tal interação entre as regiões.
Qual o resultado de tal crescimento?
Estes, por sua vez, serão primordiais para que se possa compreender o porquê e como chegamos aos dias atuais com um mercado de grande potencial de desenvolvimento. 
Regiões Brasileiras 
Para explicar a diversidade produtiva do Brasil e como ocorreu a sua consolidação, há a necessidade de fazer uma divisão regional para que se possa compreender as mudanças sofridas e os resultados alcançados. 
A primeira região a ser retratada será o nordeste, cuja a população correspondia a um terço da população nacional. Quando se fala em nordeste, fala-se apenas em 8 estados, do Sergipe ao Maranhão, exclui-se a Bahia desse conjunto por outros fatores econômicos que serão retratados mais a frente. 
O nordeste, por ter o solo argiloso, que facilitava a adaptação da cana-de-açúcar passou a ser o polo açucareiro do Brasil, e tinha a seu favor a proximidade com os mercados consumidores da Europa e África ocidental. Embora tenha um alto índice populacional, cerca de um terço da população nacional da época, não utilizou da plenitude de seus recursos, os oito estados, de certa forma, acabaram dependentes da produção da cana de açúcar e algodão, já que tinha como base o setor exportador, e embora tenha conseguido ser o maior exportador da cana de açúcar, no século XVIII quando surge à concorrência de mercado e a produção nas ilhas do Caribe e nas Antilhas cresce o Brasil acaba perdendo posições no ranking da produção mundial. O Haiti passou a ser o maior produtor mundial, mas o Brasil ainda se manteve entre os cinco maiores produtores. A região não conseguiu encontrar uma saída para ter controle econômico, já que com o declínio do sistema exportador parte de sua população passa para o sistema de subsistência, que não houvera força para manter a renda per capita da região estável.
A Bahia é abordada de forma isolada da região nordeste pela produção do cacau, que foi implantada no século XIX com o intuito da exportação. A produção do cacau não influenciou apenas na economia do estado mais também na cultura local, vale ressaltar que a cacauicultura hoje está imortalizada em obras de Jorge Amado por exemplo. A Bahia passou a ser o maior produtor do pais, mas, sofreu com o declínio na produção do cacau pela proliferação da vassoura-de-bruxa, praga causada pelo fungo Fitopatogênico Crinipellis Perniciosa. O estado também era produtor de fumo, no começo destinado ao mercado africano, mas a partir do século XVIII passou a encontrar um mercado crescente na Europa. Diante de uma serie de fatores, pode-se afirmar que na Bahia “o desenvolvimento foi entorpecido pela ação profunda de fatores similares aos que atuaram no Nordeste. A melhora da situação de algumas regiões terá ocorrido simultaneamente com o empobrecimento de outras.”
A próxima região é a região sul, que tinha como base a subsistência, que indiretamente, foi beneficiado pelo aumento no numero de exportações, em uma economia crescente a região achou mercado para seus excedentes de produção. E a pecuária, já que a região oferecia condições ideais para o desenvolvimento do gado, pastagem de qualidade e largas faixas de terra. 
Atividade produtiva se dividia entre o interior e o litoral, os colonos do interior tinham enfoque na agricultura de subsistência e extração de erva-mate, para se ter ideia sobre a importância da erva-mate, o estado do Paraná se emancipou da província de São Paulo graças ao desenvolvimento ocasionado pelo ciclo da erva-mate. Já os colonos do litoral tinham a como base a expansão do mercado urbano. O Rio Grande do Sul encontrou através das exportações, principalmente de charque, para o mercado interno uma forma de reintegrar a pecuária sulista ao cenário econômico do Brasil. E diante o crescimento dessa região já é possível ver a diferença entre a região sul e a região nordeste, o sul teve uma taxa de crescimento de 3%, enquanto o nordeste registrou um crescimento populacional de apenas 1,2%.
Antes de ver a próxima região, é importante se lembrar da região Amazônica, com a produção da borracha, cujas exportações tinham importância relativa na etapa final do século, porém, teve seu declínio graças as quedas na cotação internacional da borracha, graças a ampliação em demasia da oferta de látex. O fator determinante para o declínio foi à baixa diversidade da economia amazônica, já que viam os lucros da borracha como algo eterno.
A terceira região é a região sudeste, que tinha como base a cafeicultura. Essa região se destaca pela transferência de mão de obra, diferente do nordeste, o crescimento da região foi constituído através do movimento migratório dentro da própria região, de áreas de baixa produtividade para outras com alta produtividade. A cafeicultura trouxe consigo também a importância do setor assalariado, que embora ainda houvesse semelhança com o escravismo, possibilitava a divisão da renda entre os assalariados, que moviam o mercado já que a quase totalidade de seus lucros era destinada a gastos de consumo, e os proprietários que eram os donos da terra que absorviam parte da renda. 
Massetor assalariado trouxe também alguns problemas, sendo um deles a dificuldade da economia nacional se encaixar no padrão-ouro, base da economia internacional da época, que consistia na adoção de um regime cambial, onde o país se comprometeria em fixar o valor de sua moeda em relação a uma determinada quantidade de ouro, e a realizar políticas monetárias, de compra e venda de ouro, de modo a preservar tal paridade definida, que não trazia preocupação nenhuma os europeus, mas deixava o Brasil em duvida sobre o preço a ser pago para se adaptar a esse padrão, já que uma economia baseada exportações, que ainda estava se consolidando, poderia sofrer com uma serie de oscilações. A teoria monetária desde período era centralizada na economia europeia e o acumulo de ouro era uma ferramenta para a estabilidade econômica e consolidação dos mercados internos já que o principal intuito era um equilíbrio entre exportações e importações, mas com enfoque em nunca deixar o numero de importações superar o numero de exportações. Assim crescimento da renda seria alcançado então através das exportações e pelo efeito multiplicador.
 
Resultado do crescimento
Assim, fica claro que os proprietários tinham o capital, a mão de obra, e terra em abundancia. Cabia a está classe manter o pleno emprego de seus recursos, eles não sofriam pressão alguma da classe assalariada afim do aumento dos salários, o que levava o proprietário a sempre buscar aumentar sua produção, aumentar suas plantações. Mas como toda ação tem uma reação, nesse caso não seria diferente, o aumento das plantações trazia danos ao meio ambiente, quando o solo deixava de ser produtivo, não interessava mais ao proprietário, e assim ele se apropriava de outra área, e a utilizava ao máximo, e assim se formava um circulo vicioso que só seria visto ao longo prazo. 
O crescimento da cafeicultura passou a ser um vilão do meio ambiente, o café trouxe um aumento populacional e econômico à região mais foi nocivo ao meio ambiente, no século XX ruralistas temiam o avanço do café, eles passaram a exigir medidas para o controle dessa situação. 
Já eram notáveis as mudanças ambientais, a escassez de chuva, consequentemente a diminuição do volume de água dos rios, e até a morte de nascentes.
Em 1934, o estado de São Paulo já possuía 67% do seu território desmatado, o que ocasionou o nascimento do primeiro Código Florestal. Que embora tenha uma alta importância, não foi cumprido. Mas, trouxe alguns pontos validos até hoje, como a preservação permanente de determinadas áreas e a proteção de 25% da vegetação nativa nas áreas rurais.
O processo de degradação do meio ambiente continuou, e a intervenção do estado nem sempre era eficaz, já que a disputa politica, exercia poder direto sobre este assunto. 
O ápice da busca da preservação ocorreu quando o congresso aprovou a lei 7.511, de 1986, que ampliava as áreas de preservação e a lei 780, de 1989, que passava a denominar o percentual de vegetação nativa como reserva legal.
Em 2007 e 2008, foram tomadas meditas para assegurar a proteção da terra e para que infratores não se beneficiassem. Com base na lei de crimes ambientais foram estabelecidas punições que não eram apenas aplicadas aos infratores mais também aos demais envolvidos, sejam eles receptadores ou investidores.
Democratização.
 Com o crescimento nacional e com a proclamação da republica em 1889 trouxe a mobilização em prol das politicas econômicas, porém, encontravam-se problemas na transição politica, já que outrora o Brasil governado pela coroa tinha como base uma política monetária traumatizada pela miragem da "conversibilidade", seguia uma via onde a um grande aumento da dívida externa e mantivera o sistema econômico em regime de permanente falta de meios de pagamento. “Entre 1880 e 1889, a quantidade de papel-moeda em circulação diminuiu de 216 para 197 mil contos, enquanto o valor do comércio exterior (importações + exportações) cresceu de 411 para 477 mil contos.” Lembrando que no período citado o sistema da escravidão foi substituído pelo do assalariado e que aproximadamente 200 mil imigrantes entraram no Brasil, “compreende-se facilmente a enorme adstringência de meios de pagamento que prevaleceu então. O sistema monetário de que dispunha o país demonstrava ser totalmente inadequado para uma economia baseada no trabalho assalariado.”.
Junto com o crescimento das regiões veio à urbanização, a população urbana cresceu bastante com o setor assalariado, vivendo a base do consumo de grandes quantidades de artigos importados, inclusive alimentos, o salário real dessas populações era particularmente afetado pelas modificações da taxa cambial. A redução do valor em ouro da receita governamental se tornava mais grave quando o governo tinha importantes compromissos a saldar em ouro. Ao depreciar o câmbio, o governo tinha a obrigação de se dedicar uma parte muito maior de sua receita em moeda nacional ao serviço da dívida externa. E, em consequência, para manter os serviços públicos mais indispensáveis, via-se obrigado a emitir moeda-papel.
Conclusão
Assim, pode-se concluir que a segregação regional que parte da população finge não existir é resultado da diversidade produtiva do país, e das diferentes influencias sofridas por cada região. Sabe-se que o entorpecimento da região nordeste foi simplesmente resultado de uma falta de organização, já que a região sofrera por não conseguir utilizar da plenitude de seus recursos, o que levou a região a ser um grande exportador de mão de obra, ouve um êxodo da região para outras regiões que apresentavam maior crescimento, diferente da região sudeste, os nordestinos migraram para fora da sua região.
O lucro, ou a procura do lucro sempre foi uma mão de duas vias, na região sudeste a busca pelo aumento da produção provocou mudanças drásticas ao meio ambiente, e espera-se até hoje soluções eficazes, seja por lei ou fiscalização. 
Quando se fala em crescimento, é importante lembrar as mudanças que isso trouxe também, o crescimento da região sul e da cafeicultura, influenciou diretamente a politica da época, a “elite” sempre em busca de privilégios, o que só aumentava a desigualdade social. 
Através desta pesquisa pode-se que o Brasil que se vê hoje, tanto no seu âmbito politico, tanto quando seu âmbito social não mudou muito, embora se tenha avançado em relação ao desenvolvimento do nordeste nos últimos anos, ainda tem muita coisa a ser feita. O Brasil tem um grande potencial, e é considerado uma potencia econômica, mais quando sua historia é estudada comprova-se que nunca houvera democracia se não houver um só objetivo. Enquanto houver a segregação regional, e a divisão regional não for nada mais do que apenas traços em um mapa, nunca haverá avanço. 
 
Bibliografia 
Este trabalho foi feito com base no livro Formação Econômica do Brasil de Celso Furtado e com pesquisas complementares nos seguintes sites: 
http://www.revistacafeicultura.com.br/index.php/envia_materia.php?mat=42486
http://www.goethe.de/ins/br/sab/ver/kao/pan/ptindex.htm
http://www.visiteabahia.com.br/visite/historiadabahia/detalhes.php?id=9
http://www.brasiliana.com.br/obras/economia-e-sociedade-do-rio-grande-do-sul-seculo-xviii/pagina/60/texto
http://nousorbewy.blogspot.com.br/2013/02/ciclos-economicos-do-brasil.html

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