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Aula 01 - parte 2

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LEI Nº 9.784/99 EM EXERCÍCIOS (CESPE) 
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AULA 01 (1ª parte) 
ASSUNTO: 
Lei nº 9.784/99 (parte 1) – 120 questões 
1. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que 
delegar parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de 
delegação. 
Comentários: 
ERRADO. Acerca da delegação, o art. 12 da Lei nº 9.784/99 estabelece 
que um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver 
impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou 
titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, 
quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole Técnica, Social, 
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). Essas regras se aplicam à 
delegação de competência dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. 
Em decorrência do princípio da publicidade, o ato de delegação e sua 
revogação deverão ser publicados no meio oficial. O referido ato deverá 
especificar com clareza o que foi transferido, os limites da atuação do delegado, 
a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível. Ademais, será 
revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
Percebam que o ato de delegação não será um “cheque em branco” 
entregue ao delegado. Com efeito, as decisões adotadas por delegação devem 
mencionar explicitamente esta qualidade, ou seja, o delegado deve registrar 
que praticou o ato em função de determinada competência que lhe foi 
transferida. Além disso, tais decisões serão consideradas editadas pelo 
delegado (e não pelo delegante). 
 
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IMPORTANTE: 
• A delegação só será admitida se não houver impedimento 
legal. 
• O delegante só poderá transferir parte de suas competências. 
• A delegação independe de subordinação hierárquica. 
• A delegação de competência é ato discricionário (conveniência 
e oportunidade). 
• A delegação ocorrerá em razões de índole Técnica, Social, 
Econômica, Territorial ou Jurídica (TSE + TJ). 
• O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados 
no meio oficial. 
• O ato de delegação deverá especificar o objeto, os limites, a 
duração e os objetivos da delegação, bem como o recurso cabível. 
• A delegação é revogável a qualquer tempo. 
• As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade. Essas decisões serão consideradas editadas 
pelo delegado (e não pelo delegante). 
De acordo com o art. 13 da Lei, não pode ser objeto de delegação: 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
2. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da 
estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de 
personalidade jurídica. 
 
Comentários: 
ERRADO. De acordo com o art.1º, §2º, da Lei nº 9.784/99: 
• Órgão é a unidade de atuação integrante da estrutura da 
Administração direta e da estrutura da Administração indireta. Cabe destacar 
 
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que os órgãos não possuem personalidade jurídica. São exemplos: Ministérios, 
Secretarias, Gabinetes etc. 
• Entidade é a unidade de atuação dotada de personalidade 
jurídica. São exemplos: autarquias, fundações públicas, sociedades de 
economia mista e empresas públicas. 
• Autoridade é o servidor ou agente público dotado de poder de 
decisão. São exemplos: Ministros de Estado, Secretários-Executivos etc. 
3. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Os processos administrativos de que 
resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, 
quando surgirem fatos novos; entretanto, dessa revisão não poderá resultar 
agravamento da sanção. 
Comentários: 
CERTO. Há revisão quando, a qualquer tempo, a pedido do 
interessado ou de ofício pela Administração, se proceda, nos processos 
concluídos de que resultem sanções, a correta adequação da sanção imposta, 
em razão de fatos novos ou circunstâncias relevantes a justificá-la. Da 
revisão do processo não poderá resultar agravamento da sanção. 
LEI Nº 9.784/99, ART. 65: 
Os processos administrativos de que resultem sanções poderão ser 
revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem 
fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada. 
Parágrafo único. Da revisão do processo não poderá resultar 
agravamento da sanção. 
4. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se o recorrente de decisão administrativa 
alegar que a decisão contraria enunciado de súmula vinculante, caberá à 
autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, 
antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da 
inaplicabilidade da súmula. 
 
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Comentários: 
CERTO. Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria 
enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável pela 
decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o 
recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou 
inaplicabilidade da súmula (art. 56, §3º). 
5. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado 
para apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça 
ao processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem 
ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do 
processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas 
ou recorrer da decisão proferida. 
Comentários: 
ERRADO. O órgão competente perante o qual tramita o processo 
administrativo determinará a intimação do interessado para ciência de decisão 
ou a efetivação de diligências (art. 26). 
Todos os atos do processo que resultem para o interessado em 
imposição de deveres, ônus, sanções ou restrição ao exercício de direitos e 
atividades, bem como os demais atos de seu interesse, devem ser objeto de 
intimação (art. 28). Essa intimação observará a antecedência mínima de 
três dias úteis quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º). 
A intimação deverá conter (art. 26, §1º): 
• Identificação do intimado e nome do órgão ou entidade 
administrativa; 
• Finalidade da intimação; 
• Data, hora e local em que deve comparecer; 
• Se o intimado deve comparecer pessoalmente, ou fazer-se 
representar; 
• Informação da continuidade do processo independentemente do 
seu comparecimento; 
• Indicação dos fatos e fundamentos legais pertinentes. 
 
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Nesse momento vocês devem estar pensando: como será feita essa 
intimação? A resposta está no art. 26, §3º da Lei. De acordo com o referido 
dispositivo, a intimação pode ser efetuada por: 
• Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do 
processo); 
• Via postal com aviso de recebimento (AR); 
• Telegrama; ou 
• Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p. 
ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo). 
• Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos, 
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º). (Interessados 
“DIDI” = Publicação oficial) 
As intimações serão nulas quando feitas sem observância das 
prescriçõeslegais. Porém, é importante destacar que o comparecimento do 
administrado supre sua falta ou irregularidade (art. 26, §5º). Isso significa 
que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, se o administrado 
comparecer ao local indicado, não há que se falar em nulidade. 
Ressalto que a expressão popular “quem cala consente” não tem 
aplicação no processo administrativo. Pois, o desatendimento da intimação 
não importa o reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a 
direito pelo administrado (art. 27). 
Por fim, em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla 
defesa, nos processos administrativos serão observados os critérios de garantia 
dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio. 
6. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo 
administrativo de que seja parte, interpuser recurso perante órgão 
incompetente para o processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá 
ser indicada a esse servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o 
prazo para recurso. 
 
 
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Comentários: 
CERTO. Segundo a Lei nº 9.784/99, das decisões administrativas cabe 
recurso, em face de razões de legalidade e de mérito (art. 56). O recurso 
será interposto por meio de requerimento no qual o recorrente deverá expor os 
fundamentos do pedido de reexame, podendo juntar os documentos que julgar 
convenientes (art. 60). 
Em regra, é de 10 dias o prazo para interposição de recurso
administrativo, contado a partir da ciência ou divulgação oficial da decisão 
recorrida (art. 59). Tal recurso será dirigido à autoridade que proferiu a 
decisão, a qual, se não a reconsiderar no prazo de 5 dias, o encaminhará à 
autoridade superior (art. 56, §1º). Salvo exigência legal, a interposição de 
recurso administrativo independe de caução (art. 56, §2º). 
Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria enunciado 
da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável pela decisão 
impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o recurso 
à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou inaplicabilidade da 
súmula (art. 56, §3º). 
Visando à celeridade processual, o recurso administrativo, em regra, 
tramitará no máximo por 3 instâncias administrativas (art. 57) e não terá 
efeito suspensivo (art. 61). Entretanto, se houver justo receio de prejuízo de 
difícil ou incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a 
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo ao 
recurso (art. 61, parágrafo único). 
Em regra, o recurso da decisão proferida em processo administrativo 
não tem efeito suspensivo. Isso significa, salvo disposição legal em contrário, 
que a decisão proferida pela autoridade pode ser imediatamente cumprida, 
mesmo quando houver recurso pendente de julgamento da parte que teve seus 
interesses afetados. 
O recurso não será conhecido quando interposto (art. 63): 
• Fora do prazo; 
• Perante órgão incompetente. Nesse caso, será indicada ao 
recorrente a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o prazo para 
recurso (art. 63, §1º); 
• Por quem não seja legitimado; 
• Após exaurida (esgotada) a esfera administrativa. 
 
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7. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) A interposição de recurso administrativo 
por um servidor no processo de seu interesse implica, via de regra, a 
automática concessão de efeito suspensivo à efetivação da decisão que foi 
contrária ao seu interesse. 
Comentários: 
ERRADO. Salvo disposição legal em contrário, o recurso não tem 
efeito suspensivo (art. 61). Havendo justo receio de prejuízo de difícil ou 
incerta reparação decorrente da execução, a autoridade recorrida ou a 
imediatamente superior poderá, de ofício ou a pedido, dar efeito suspensivo
ao recurso (art. 61, parágrafo único). 
8. (CESPE/TRE-MG/2009) O órgão competente perante o qual tramita o 
processo administrativo deve determinar a intimação do interessado para 
ciência de decisão ou efetivação de diligência. Nesse sentido, é nula a intimação 
feita sem a observância das prescrições legais, não havendo a possibilidade de 
ser suprida sua falta ou irregularidade. 
Comentários: 
ERRADO. As intimações serão nulas quando feitas sem observância das 
prescrições legais. Porém, é importante destacar que o comparecimento do 
administrado supre sua falta ou irregularidade (art. 26, §5º). Isso 
significa que a intimação feita em desacordo com a Lei é nula. Mas, se o 
administrado comparecer ao local indicado, não há que se falar em nulidade. 
9. (CESPE/TRE-MG/2009) O interessado poderá, mediante manifestação 
escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado, ou renunciar a 
direitos disponíveis, o que não impede que a administração pública dê 
prosseguimento ao processo, se considerar que o interesse público assim o 
exige. 
Comentários: 
CERTO. Mediante manifestação escrita, o interessado poderá desistir
total ou parcialmente do pedido formulado ou, ainda, renunciar a direitos 
 
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disponíveis (art. 51). Entretanto, isso não prejudica o prosseguimento do 
processo, caso a Administração considere que o interesse público assim o exige 
(art. 51, §2º) 
10. (CESPE/TRE-MG/2009) o direito da administração pública de anular os 
atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários 
decai em dez anos, contados da data em que foram praticados. 
Comentários: 
ERRADO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de 
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do 
beneficiado (art. 54). 
11. (CESPE/TRE-MG/2009) O processo administrativo é iniciado apenas por 
meio de requerimento da parte interessada. 
Comentários: 
ERRADO. Em face do princípio da oficialidade, também chamado de 
princípio do impulso oficial do processo, o processo administrativo pode ser 
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), 
independentemente de provocação do administrado. 
12. (CESPE/TRE-MG/2009) O agravamento da sanção pode decorrer da 
revisão do processo. 
Comentários: 
ERRADO. Os processos administrativos de que resultarem sanções 
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando 
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
 
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inadequação da sanção aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão não poderá 
resultar agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único). 
Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99) 
Recursos administrativos Sim 
Revisão dos processos Não 
13. (CESPE/ANATEL/2009) Não cabe recurso das decisões administrativas 
proferidas pelos servidores das agências reguladoras, conforme preceitua a Lei 
n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da 
administração pública federal. 
Comentários: 
ERRADO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade e de mérito (art. 56). Vejam que a Lei não excetua as decisões 
proferidas por servidores das agências reguladoras. 
14. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada)As garantias previstas na referida Lei 
nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da administração 
pública federal, incluem expressamente os direitos à comunicação, à 
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de 
recursos. 
Comentários: 
CERTO. Em decorrência dos princípios do contraditório e da ampla 
defesa, nos processos administrativos serão observados os critérios de garantia 
dos direitos à comunicação, à apresentação de alegações finais, à produção de 
provas e à interposição de recursos, nos processos de que possam resultar 
sanções e nas situações de litígio. 
 
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15. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) Quando o interessado declarar que 
fatos e dados estão registrados em documentos existentes em outro órgão 
administrativo, caberá ao próprio interessado trazer os referidos documentos 
aos autos. 
Comentários: 
ERRADO. Quando o interessado declarar que fatos e dados estão 
registrados em documentos existentes na própria Administração responsável 
pelo processo ou em outro órgão administrativo, o órgão competente para a 
instrução (e não o interessado) proverá, de ofício, à obtenção dos documentos 
ou das respectivas cópias (art. 37) 
16. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) A alegação, pelo interessado, de 
violação de enunciado de súmula vinculante não tem influência nos processos 
administrativos, visto que as súmulas vinculantes destinam-se a uniformizar a 
jurisprudência dos tribunais, e não as decisões em processos administrativos. 
Comentários: 
ERRADO. Se o recorrente alegar que a decisão administrativa contraria 
enunciado da súmula vinculante, caberá à autoridade responsável pela 
decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, antes de encaminhar o 
recurso à autoridade superior, as razões da aplicabilidade ou 
inaplicabilidade da súmula (art. 56, §3º). 
17. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) Órgão é a unidade de atuação dotada 
de personalidade jurídica. 
Comentários: 
ERRADO. Órgão não tem personalidade jurídica (art. 1º, §2º). 
 
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18. (CESPE/IBAMA/2009) Os processos administrativos devem ser guiados 
por critérios que observem as formalidades essenciais à garantia dos direitos 
dos administrados, adotadas de formas simples e desburocratizadas, suficientes 
para garantir grau de certeza, segurança e respeito a esses direitos. 
Comentários: 
CERTO. Tais critérios decorrem dos princípios do informalismo e da 
segurança jurídica. 
 
19. (CESPE/IBAMA/2009) O direito do administrado de ter ciência da 
tramitação dos processos administrativos em que figure na qualidade de 
interessado e de neles atuar peticionando, juntando documentos, fazendo 
requerimentos e recursos, não ilide o fato de que a administração deve, por si 
mesma, dar impulso, de ofício, ao processo administrativo. 
Comentários: 
CERTO. Em face do princípio da oficialidade, o processo administrativo 
pode ser instaurado de ofício (pela própria Administração), 
independentemente de provocação do administrado. 
20. (CESPE/IBAMA/2009) A elaboração de modelos ou formulários 
padronizados que atinjam pretensões equivalentes no tratamento de um 
mesmo assunto no âmbito da administração pública é medida burocratizante, 
que deve ser evitada, porque, com isso, desconsidera-se a peculiaridade de 
cada situação. 
Comentários: 
ERRADO. A fim de facilitar o acesso do administrado a seus direitos, o 
art. 7º da Lei nº 9.784/99 dispõe que os órgãos e entidades administrativas 
deverão elaborar modelos ou formulários padronizados para assuntos que 
importem pretensões equivalentes. 
 
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21. (CESPE/IBAMA/2009) A delegação de competência em razão de 
circunstâncias de índole técnica apenas pode ocorrer dentro do próprio órgão 
administrativo, sendo incabível delegação para este fim mediante transferência 
de competência a outros órgãos ou titulares, que não estejam na mesma linha 
de hierarquia e subordinação. 
Comentários: 
ERRADO. A delegação independe de subordinação hierárquica (art. 
12). 
22. (CESPE/STF/2008) Os princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade estão previstos de forma expressa na CF. 
Comentários: 
ERRADO. Os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade não estão 
expressos no texto da Constituição Federal. Segundo o STF, esses valores 
decorrem do princípio do devido processo legal (CF, art. 5º, LIV: ninguém 
será privado da liberdade ou dos seus bens sem o devido processo legal). Por 
isso, são chamados de princípios implícitos. 
23. (CESPE/STF/2008) Nos processos administrativos, em decorrência do 
princípio da verdade material, existe a possibilidade de ocorrer a reformatio in 
pejus. 
Comentários: 
CERTO. Quanto ao tratamento dado pelo legislador à chamada 
reformatio in pejus, ressalta-se a seguinte distinção: apesar de ser aceita nos 
recursos administrativos, não é admitida na revisão dos processos. 
Assim, quando da apreciação do recurso administrativo, a autoridade 
competente possui amplos poderes para alterar a decisão recorrida. Poderá, 
inclusive, reformar a decisão em prejuízo do recorrente (reformatio in pejus), 
 
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que deverá, nesse caso, ser cientificado para que formule suas alegações antes 
da decisão. 
Por outro lado, os processos administrativos de que resultarem 
sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, 
quando surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de 
justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão 
não poderá resultar agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único). 
Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99) 
Recursos administrativos Sim 
Revisão dos processos Não 
24. (CESPE/STF/2008) Servidor que esteja litigando administrativamente 
com o interessado em um processo administrativo não está necessariamente 
impedido de atuar nesse processo, pois não existe litígio judicial. 
Comentários: 
ERRADO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em 
processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria. 
• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, 
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) 
• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado ou 
respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) 
25. (CESPE/INSS/2008) É vedado à administração recusar, de forma 
imotivada, o recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o 
interessado quanto ao cumprimento de eventuais falhas. 
Comentários: 
 
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CERTO. Conforme disposição contida no parágrafo único do art. 6º, a 
Administração deve orientar o interessado quanto ao suprimento de eventuais 
falhas no pedido. Isso significa que o servidor deve prestar informações ao 
requerente sobre modo de solucionar problemas relativos à falta de elementos 
essenciais ao pedido. Ademais, é vedada à Administração simples recusa 
imotivada de receber o requerimento ou outros documentos. 
26. (CESPE/MPE-AM/2008)Como regra geral, são considerados capazes, 
para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos. 
Comentários: 
CERTO. Ressalvada previsão especial em ato normativo próprio, para fins 
de processo administrativo, são considerados capazes os maiores de 18 
anos. Isso significa que, em regra, o menor de 18 não pode atuar no processo, 
a não ser que assistido ou representado por responsável. 
27. (CESPE/MPE-AM/2008) Considere que um servidor que responde a um 
processo administrativo tenha sido intimado em uma quinta-feira para a oitiva 
de testemunhas que se realizaria na segunda-feira próxima. Nesse caso, a 
intimação deve ser considerada como válida, já que atendeu ao prazo de 3 dias 
estabelecido na lei. 
Comentários: 
ERRADO. Pois, a intimação observará a antecedência mínima de três 
dias úteis quanto à data de comparecimento (art. 26, §2º). 
28. (CESPE/DFTRANS/2008) Segundo o princípio da motivação, os atos da 
administração pública devem receber a indicação dos pressupostos de fato e de 
direito que determinaram a decisão. 
Comentários: 
 
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CERTO. Em decorrência do princípio da motivação, nos processos 
administrativos, serão observados, entre outros, os critérios de indicação dos 
pressupostos de fato e de direito que determinarem a decisão (art. 2º, 
parágrafo único, VII). 
29. (CESPE/TCU/2007) Pedidos de vários interessados com conteúdo e 
fundamentos idênticos devem ser formulados em requerimentos separados, 
com vistas à maior agilidade dos processos administrativos e à diminuição dos 
seus volumes. 
Comentários: 
ERRADO. Os pedidos de diversos interessados tiverem conteúdo e 
fundamentos idênticos, poderão ser formulados em um único 
requerimento, exceto se houver previsão legal em contrário (art. 8º). 
30. (CESPE/TCU/2007) Os atos do processo administrativo devem ser 
produzidos por escrito, com a assinatura da autoridade que os pratica. Essa 
assinatura deve ser submetida ao reconhecimento de firma, afastando-se 
qualquer dúvida sobre a sua autenticidade. 
Comentários: 
ERRADO. Nos termos da Lei nº 9.784/99, o processo administrativo deve 
observar as formalidades essenciais à garantia dos direitos dos administrados, 
bem como adotar formas simples, suficientes para propiciar adequado grau de 
certeza, segurança e respeito aos direitos dos administrados. Assim: 
• Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo (em 
português), com a data e o local de sua realização e a assinatura da 
autoridade responsável. 
• Em regra, o reconhecimento de firma somente será exigido quando 
houver dúvida de autenticidade. A lei, porém, poderá estabelecer outras 
situações em que o reconhecimento de firma será necessário. 
• A autenticação de documentos exigidos em cópia poderá ser feita pelo 
órgão administrativo. 
 
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• O processo deverá ter suas páginas numeradas seqüencialmente e 
rubricadas. 
31. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) O processo administrativo pode 
iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
Comentários: 
CERTO. Em face do princípio da oficialidade, também chamado de 
princípio do impulso oficial do processo, o processo administrativo pode ser 
instaurado (iniciado, estabelecido) de ofício (pela própria Administração), 
independentemente de provocação do administrado. 
32. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) O servidor ou autoridade que esteja 
litigando judicial ou administrativamente em determinado processo 
administrativo com o interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está 
impedido de atuar no processo administrativo. 
Comentários: 
CERTO. De acordo com o art. 18 da Lei, é impedido de atuar em 
processo administrativo o servidor ou autoridade que: 
• Tenha interesse direto ou indireto na matéria. 
• Tenha participado ou venha a participar como perito, testemunha ou 
representante, ou se tais situações ocorrem quanto ao Cônjuge, 
Companheiro ou Parente e Afins até o 3º grau. (CCPA3) 
• Esteja litigando judicial ou administrativamente com o interessado 
ou respectivo Cônjuge ou Companheiro. (CC) 
Percebam que a aferição da ocorrência do impedimento é objetiva, 
direta, isto é, sua caracterização independe de juízo do valor. Por isso, diz-
se que o impedimento gera uma presunção absoluta de incapacidade para 
atuar no processo. 
Assim, a autoridade ou servidor que incorrer em impedimento deve 
comunicar o fato à autoridade competente, abstendo-se de atuar. 
 
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Consequentemente, a omissão do dever de comunicar o impedimento constitui 
falta grave, para efeitos disciplinares. 
Já o art. 20, ao tratar da suspeição estabelece que pode ser argüida a 
suspeição de autoridade ou servidor que tenha amizade íntima ou 
inimizade notória com algum dos interessados ou com os respectivos 
Cônjuges, Companheiros, Parentes e Afins até o 3º grau (CCPA3). 
Em suma, os casos de suspeição são caracterizados, basicamente, pela 
existência de amizade íntima (vai além do mero coleguismo do ambiente de 
trabalho) ou inimizade notória (vai além da antipatia, do não gostar; o 
convívio é impossível) entre a autoridade ou o servidor e algum dos 
interessados no processo. 
Assim, diferentemente do impedimento, a aferição da suspeição é 
subjetiva, indireta, isto é, sua caracterização depende do juízo de valor. 
Por isso, a suspeição gera uma presunção relativa de incapacidade para atuar 
no processo. 
Com efeito, na suspeição há uma mera faculdade (“pode ser argüida...”) 
de atuação da parte interessada que se sinta prejudicada. O indeferimento de 
alegação de suspeição poderá ser objeto de recurso, sem efeito suspensivo (ou 
seja, o processo não é paralisado). 
IMPORTANTE: 
IMPEDIMENTO: 
• Interesse direto ou indireto. 
• Perito, testemunha ou representante (CCPA3). 
• Litígio administrativo ou judicial (CC). 
• Presunção absoluta de incapacidade. 
• Deve ser comunicado. Se não, falta grave. 
SUSPEIÇÃO: 
• Amizade íntima ou inimizade notória (CCPA3). 
• Presunção relativa de incapacidade 
• Pode ser argüida 
• Se indeferida, cabe recurso (sem efeito suspensivo) 
 
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33. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) O direito da administração de anular 
os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em três anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
Comentários: 
ERRADO. Convalidação tácita: o direito da Administração de anular os 
atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em 5 anos, contados da data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé do beneficiado (art. 54). Essa modalidade de 
convalidação chama-se tácita porque decorre da inércia da Administração. 
Transcorrido o prazo de 5 anos, sem que ocorra manifestação da 
Administração, o ato será tacitamente convalidado. 
34. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) Toda decisão administrativa admite 
recurso, em face de razões de legalidade ou de mérito. 
Comentários: 
CERTO. Das decisões administrativas cabe recurso, em face de razões 
de legalidade e de mérito (art. 56). Têm legitimidade para interpor recurso 
administrativo (art. 58): 
• os titulares de direitos e interesses que forem parte no processo; 
• aqueles cujos direitos ou interesses foremindiretamente afetados pela 
decisão recorrida; 
• as organizações e associações representativas, no tocante a direitos 
e interesses coletivos; 
• os cidadãos ou associações, quanto a direitos ou interesses difusos. 
 
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35. (CESPE/TCU/2007) A intimação do interessado para ciência de decisão 
ou a efetivação de diligências podem ser efetuadas por qualquer meio que 
assegure a certeza da ciência do interessado. 
Comentários: 
CERTO. A intimação pode ser efetuada por (art. 26, §3º): 
• Ciência no processo (assinatura do interessado nos autos do 
processo); 
• Via postal com aviso de recebimento (AR); 
• Telegrama; ou 
• Outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado (p. 
ex: um servidor vai à casa do interessado para intimá-lo). 
• Publicação oficial, no caso de interessados Desconhecidos, 
Indeterminados ou com Domicílio Indefinido (art. 26, §4º). (Interessados 
“DIDI” = Publicação oficial) 
36. (CESPE/TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir 
sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, 
delegar essa competência ao respectivo presidente. 
Comentários: 
ERRADO. A decisão de recursos administrativos é indelegável. 
IMPORTANTE: 
De acordo com o art. 13 da Lei, não podem ser objeto de delegação: 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
 
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37. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O ato de delegação especificará as 
matérias e os poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a 
duração e os objetivos da delegação, sendo aplicável, inclusive, no que tange às 
decisões dos recursos administrativos. 
Comentários: 
ERRADO. A decisão de recursos administrativos é indelegável. 
38. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) A interpretação da norma 
administrativa deve garantir o melhor atendimento do fim público a que se 
dirige, sendo possível, em razão do princípio da auto tutela, a aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
Comentários: 
ERRADO. Pois, o princípio da segurança jurídica veda a aplicação 
retroativa de nova interpretação 
IMPORTANTE: 
De acordo com o princípio da segurança jurídica (ou princípio da 
estabilidade das relações jurídicas), é vedada à Administração a 
aplicação retroativa de uma nova interpretação de determinada norma legal. 
39. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) Os atos administrativos deverão ser 
motivados, indicando os fatos e os fundamentos jurídicos, exceto quando 
decorrerem de reexame de ofício. 
Comentários: 
ERRADO. A revogação e a anulação imprescindem de motivação. Pois, os 
atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos 
fundamentos jurídicos, quando (art. 50): 
• neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
 
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• imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
• decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
• dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
• decidam recursos administrativos; 
• decorram de reexame de ofício; 
• deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem 
de pareceres, laudos, propostas e relatórios oficiais; 
• importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato 
administrativo. 
40. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O direito da administração de anular 
os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data da percepção do primeiro 
pagamento, caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos. 
Comentários: 
CERTO. O direito da Administração de anular os atos administrativos de 
que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em 5 anos, 
contados da data em que foram praticados, salvo comprovada má-fé do 
beneficiado (art. 54). 
No caso de efeitos patrimoniais contínuos, o prazo de decadência será 
contado da percepção do primeiro pagamento (art. 54, §2º). Por exemplo: 
imagine que um servidor, mensalmente, receba uma determinada quantia a 
que não faça jus. Considerando que não haja má-fé deste servidor, o prazo de 
5 anos será contado a partir do recebimento do primeiro pagamento. 
41. (Inédita) Mesmo quando surgirem fatos novos suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada, os processos administrativos de que resultem 
sanções não poderão ser revistos. 
Comentários: 
 
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ERRADO. Os processos administrativos de que resultem sanções 
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando 
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de 
justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65). 
42. (Inédita) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido 
de interessado. 
Comentários: 
CERTO. O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido de 
interessado (art. 5º). 
43. (Inédita) O desatendimento da intimação importa o reconhecimento da 
verdade dos fatos e do direito pelo administrado. 
Comentários: 
ERRADO. O desatendimento da intimação não importa o 
reconhecimento da verdade dos fatos, nem a renúncia a direito pelo 
administrado (art. 27). 
44. (Inédita) A competência é renunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de 
delegação e avocação previstos em lei. 
Comentários: 
 ERRADO. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de 
delegação e avocação legalmente admitidos (art. 11). 
 
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45. (Inédita) Salvo disposição legal específica, o prazo para interposição de 
recurso administrativo é de dez dias, contado a partir da ciência ou divulgação 
oficial da decisão recorrida. 
Comentários: 
CERTO. Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para 
interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou 
divulgação oficial da decisão recorrida (art. 59). 
46. (Inédita) Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
Comentários: 
 CERTO. Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir (art. 22). 
47. (Inédita) Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, 
mesmo que o adiamento não prejudique o curso regular do procedimento ou 
cause dano ao interessado ou à Administração. 
Comentários: 
ERRADO. Os atos processuais serão realizados nos dias úteis, no 
horário normal de funcionamento da repartição em que tramitar (art. 23). 
Serão concluídos depois desse horário os atos já iniciados, cujo 
adiamento prejudique o curso regular do procedimento ou cause dano ao 
interessado ou à Administração (art. 23, parágrafo único). 
48. (Inédita) O reconhecimento de firma somente será exigido quando houver 
dúvida de autenticidade, salvo imposição legal. 
 
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Comentários: 
CERTO. Salvo imposição legal, o reconhecimento de firma somente 
será exigido quando houver dúvida de autenticidade (art. 22, §2º). 
49. (Inédita) As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. 
Comentários: 
CERTO. As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo 
delegado (art. 14, §3º). 
50. (Inédita) Dentre outros, não pode ser objeto de delegação a edição de 
atos de caráter normativo. 
Comentários: 
CERTO. Não podem ser objeto de delegação (art. 13): 
• A edição de atos de caráter normativo; 
• A decisão de recursos administrativos; 
• As matérias de competência exclusiva. 
51. (Inédita) Inexistindo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau 
hierárquico para decidir. 
Comentários: 
CERTO. Inexistindo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau 
hierárquico para decidir (art. 17). 
 
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52. (Inédita) Ato de delegação é irrevogável, exceto quando se tratar de 
decisão de recursos administrativos. 
Comentários: 
ERRADO. O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela 
autoridade delegante (art. 24, §2º). Ademais, a decisão de recursos 
administrativos não pode ser objeto de delegação (art. 13, II). 
53. (Inédita) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a 
órgão hierarquicamente inferior. 
Comentários: 
CERTO. Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, será permitida a avocação temporária de competência 
atribuída a órgão hierarquicamente inferior (art. 15). 
Dito de forma mais simples, a avocação é a medida excepcional, 
temporária e justificada, mediante a qual o “superior” “pega para si” a 
competência originariamente atribuída ao “inferior”. Assim, a avocação de 
procedimentos administrativos decorre do poder hierárquico. 
54. (Inédita) Interposto o recurso, os interessados deverão ser citados para, 
no prazo de quinze dias, simultaneamente apresentarem as suas defesas 
prévias. 
Comentários: 
ERRADO. Interposto o recurso, o órgão competente para dele 
conhecer deverá intimar os demais interessados para que, no prazo de 5 dias 
úteis, apresentem alegações (art. 62). 
 
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55. (Inédita) Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula 
vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da 
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
Comentários: 
CERTO. Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula 
vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da 
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso (art. 64-A). 
56. (Inédita) É de cinco dias o prazo para interposição de revisão ou recurso 
administrativo, contados da ciência pelo interessado ou terceiro, do ato 
impugnado. 
Comentários: 
ERRADO. Salvo disposição legal específica, é de 10 dias o prazo para 
interposição de recurso administrativo, contado a partir da ciência ou 
divulgação oficial da decisão recorrida (art. 59). Ademais, os processos 
administrativos de que resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer 
tempo, a pedido ou de ofício, quando surgirem fatos novos ou circunstâncias 
relevantes suscetíveis de justificar a inadequação da sanção aplicada (art. 65). 
57. (Inédita) Da revisão ou improvimento do recurso e havendo motivos 
relevantes, poderá resultar agravamento da sanção. 
Comentários: 
ERRADO. O órgão competente para decidir o recurso poderá 
confirmar, modificar, anular ou revogar, total ou parcialmente, a decisão 
recorrida, se a matéria for de sua competência (art. 64). 
Em respeito aos princípios do contraditório e da ampla defesa, se 
dessa decisão puder decorrer gravame à situação do recorrente, este deverá 
ser cientificado para que formule suas alegações antes da decisão (art. 64, 
parágrafo único). 
 
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Portanto, quando da apreciação do recurso administrativo, a 
autoridade competente possui amplos poderes para alterar a decisão recorrida. 
Poderá, inclusive, reformar a decisão em prejuízo do recorrente (reformatio in 
pejus), que deverá, nesse caso, ser cientificado para que formule suas 
alegações antes da decisão. 
Quanto ao tratamento dado pelo legislador à chamada reformatio in 
pejus, ressalta-se a seguinte distinção: apesar de ser aceita nos recursos 
administrativos, não é admitida na revisão dos processos. 
Ou seja, os processos administrativos de que resultarem sanções 
poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, quando 
surgirem fatos novos ou circunstâncias relevantes suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada (art. 65). Contudo, dessa revisão não poderá 
resultar agravamento da sanção (art. 65, parágrafo único). 
Reformatio in pejus (na Lei nº 9.784/99) 
Recursos administrativos Sim 
Revisão dos processos Não 
58. (Inédita) O não conhecimento do recurso impede a Administração de 
rever de ofício o ato ilegal, ainda que não ocorrida preclusão administrativa. 
Comentários: 
ERRADO. O não conhecimento do recurso não impede a Administração 
de rever de ofício o ato ilegal, desde que não ocorrida preclusão administrativa 
(art. 63, §2º). 
59. (Inédita) Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da 
relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo. 
Comentários: 
 
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 CERTO. Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da 
relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo (art. 32). 
60. (Inédita) Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá 
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação 
do interessado. 
Comentários: 
CERTO. Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá 
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia 
manifestação do interessado (art. 45). 
Amigos(as), 
A segunda parte desta aula será disponibilizada na sexta-feira, dia 
06/08. Até lá! 
 
Bons estudos, 
Anderson Luiz (anderson@pontodosconcursos.com.br) 
 
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LISTA DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA 
1. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Titular de órgão administrativo que 
delegar parte de sua competência a outro órgão não poderá revogar o ato de 
delegação. 
2. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Órgão é unidade de atuação integrante da 
estrutura da administração direta e indireta; entidade é unidade não dotada de 
personalidade jurídica. 
 
3. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Os processos administrativos de que 
resultem sanções poderão ser revistos, a qualquer tempo, a pedido ou de ofício, 
quando surgirem fatos novos; entretanto, dessa revisão não poderá resultar 
agravamento da sanção. 
4. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009)Se o recorrente de decisão administrativa 
alegar que a decisão contraria enunciado de súmula vinculante, caberá à 
autoridade prolatora da decisão impugnada, se não a reconsiderar, explicitar, 
antes de encaminhar o recurso à autoridade superior, as razões da 
inaplicabilidade da súmula. 
5. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) No processo administrativo instaurado 
para apurar fato praticado por determinado servidor, caso este não compareça 
ao processo quando regularmente intimado para apresentar defesa, não devem 
ser considerados verdadeiros os fatos a ele imputados. No prosseguimento do 
processo, contudo, não pode o servidor apresentar alegações, produzir provas 
ou recorrer da decisão proferida. 
6. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) Se um servidor, em processo 
administrativo de que seja parte, interpuser recurso perante órgão 
incompetente para o processamento e o julgamento de sua pretensão, deverá 
ser indicada a esse servidor a autoridade competente, sendo-lhe devolvido o 
prazo para recurso. 
 
7. (CESPE/TRT-17ºRegião/2009) A interposição de recurso administrativo 
por um servidor no processo de seu interesse implica, via de regra, a 
 
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automática concessão de efeito suspensivo à efetivação da decisão que foi 
contrária ao seu interesse. 
8. (CESPE/TRE-MG/2009) O órgão competente perante o qual tramita o 
processo administrativo deve determinar a intimação do interessado para 
ciência de decisão ou efetivação de diligência. Nesse sentido, é nula a intimação 
feita sem a observância das prescrições legais, não havendo a possibilidade de 
ser suprida sua falta ou irregularidade. 
9. (CESPE/TRE-MG/2009) O interessado poderá, mediante manifestação 
escrita, desistir total ou parcialmente do pedido formulado, ou renunciar a 
direitos disponíveis, o que não impede que a administração pública dê 
prosseguimento ao processo, se considerar que o interesse público assim o 
exige. 
10. (CESPE/TRE-MG/2009) o direito da administração pública de anular os 
atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários 
decai em dez anos, contados da data em que foram praticados. 
11. (CESPE/TRE-MG/2009) O processo administrativo é iniciado apenas por 
meio de requerimento da parte interessada. 
12. (CESPE/TRE-MG/2009) O agravamento da sanção pode decorrer da 
revisão do processo. 
13. (CESPE/ANATEL/2009) Não cabe recurso das decisões administrativas 
proferidas pelos servidores das agências reguladoras, conforme preceitua a Lei 
n.º 9.784/1999, que regula o processo administrativo no âmbito da 
administração pública federal. 
14. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) As garantias previstas na referida Lei 
nº 9.784/99, que regula o processo administrativo no âmbito da administração 
pública federal, incluem expressamente os direitos à comunicação, à 
apresentação de alegações finais, à produção de provas e à interposição de 
recursos. 
 
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15. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) Quando o interessado declarar que 
fatos e dados estão registrados em documentos existentes em outro órgão 
administrativo, caberá ao próprio interessado trazer os referidos documentos 
aos autos. 
16. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) A alegação, pelo interessado, de 
violação de enunciado de súmula vinculante não tem influência nos processos 
administrativos, visto que as súmulas vinculantes destinam-se a uniformizar a 
jurisprudência dos tribunais, e não as decisões em processos administrativos. 
17. (CESPE/TRE-GO/2009/Adaptada) Órgão é a unidade de atuação dotada 
de personalidade jurídica. 
18. (CESPE/IBAMA/2009) Os processos administrativos devem ser guiados 
por critérios que observem as formalidades essenciais à garantia dos direitos 
dos administrados, adotadas de formas simples e desburocratizadas, suficientes 
para garantir grau de certeza, segurança e respeito a esses direitos. 
19. (CESPE/IBAMA/2009) O direito do administrado de ter ciência da 
tramitação dos processos administrativos em que figure na qualidade de 
interessado e de neles atuar peticionando, juntando documentos, fazendo 
requerimentos e recursos, não ilide o fato de que a administração deve, por si 
mesma, dar impulso, de ofício, ao processo administrativo. 
20. (CESPE/IBAMA/2009) A elaboração de modelos ou formulários 
padronizados que atinjam pretensões equivalentes no tratamento de um 
mesmo assunto no âmbito da administração pública é medida burocratizante, 
que deve ser evitada, porque, com isso, desconsidera-se a peculiaridade de 
cada situação. 
21. (CESPE/IBAMA/2009) A delegação de competência em razão de 
circunstâncias de índole técnica apenas pode ocorrer dentro do próprio órgão 
administrativo, sendo incabível delegação para este fim mediante transferência 
de competência a outros órgãos ou titulares, que não estejam na mesma linha 
de hierarquia e subordinação. 
 
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22. (CESPE/STF/2008) Os princípios da razoabilidade e da 
proporcionalidade estão previstos de forma expressa na CF. 
23. (CESPE/STF/2008) Nos processos administrativos, em decorrência do 
princípio da verdade material, existe a possibilidade de ocorrer a reformatio in 
pejus. 
24. (CESPE/STF/2008) Servidor que esteja litigando administrativamente 
com o interessado em um processo administrativo não está necessariamente 
impedido de atuar nesse processo, pois não existe litígio judicial. 
25. (CESPE/INSS/2008) É vedado à administração recusar, de forma 
imotivada, o recebimento de documentos, devendo o servidor orientar o 
interessado quanto ao cumprimento de eventuais falhas. 
26. (CESPE/MPE-AM/2008) Como regra geral, são considerados capazes, 
para fins de processo administrativo, os maiores de dezoito anos. 
27. (CESPE/MPE-AM/2008) Considere que um servidor que responde a um 
processo administrativo tenha sido intimado em uma quinta-feira para a oitiva 
de testemunhas que se realizaria na segunda-feira próxima. Nesse caso, a 
intimação deve ser considerada como válida, já que atendeu ao prazo de 3 dias 
estabelecido na lei. 
28. (CESPE/DFTRANS/2008) Segundo o princípio da motivação, os atos da 
administração pública devem receber a indicação dos pressupostos de fato e de 
direito que determinaram a decisão. 
29. (CESPE/TCU/2007) Pedidos de vários interessados com conteúdo e 
fundamentos idênticos devem ser formulados em requerimentos separados, 
com vistas à maior agilidade dos processos administrativos e à diminuição dos 
seus volumes. 
 
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30. (CESPE/TCU/2007) Os atos do processo administrativo devem ser 
produzidos por escrito, com a assinatura da autoridade que os pratica. Essa 
assinatura deve ser submetida ao reconhecimento de firma, afastando-se 
qualquer dúvida sobre a sua autenticidade. 
31. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) O processo administrativo pode 
iniciar-se de ofício ou a pedido de interessado. 
32. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) O servidor ou autoridade que esteja 
litigando judicial ou administrativamente em determinado processo 
administrativo com o interessado ou com o seu cônjuge ou companheiro está 
impedido de atuar no processo administrativo. 
33. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) O direito da administração de anular 
os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em três anos, contadosda data em que foram praticados, 
salvo comprovada má-fé. 
34. (CESPE/PGE-PA/2007/Adaptada) Toda decisão administrativa admite 
recurso, em face de razões de legalidade ou de mérito. 
35. (CESPE/TCU/2007) A intimação do interessado para ciência de decisão 
ou a efetivação de diligências podem ser efetuadas por qualquer meio que 
assegure a certeza da ciência do interessado. 
36. (CESPE/TCU/2007) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir 
sobre recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, 
delegar essa competência ao respectivo presidente. 
37. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O ato de delegação especificará as 
matérias e os poderes transferidos, os limites da atuação do delegado, a 
duração e os objetivos da delegação, sendo aplicável, inclusive, no que tange às 
decisões dos recursos administrativos. 
 
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38. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) A interpretação da norma 
administrativa deve garantir o melhor atendimento do fim público a que se 
dirige, sendo possível, em razão do princípio da auto tutela, a aplicação 
retroativa de nova interpretação. 
39. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) Os atos administrativos deverão ser 
motivados, indicando os fatos e os fundamentos jurídicos, exceto quando 
decorrerem de reexame de ofício. 
40. (CESPE/TJDFT/2003/Adaptada) O direito da administração de anular 
os atos administrativos de que decorram efeitos favoráveis para os 
destinatários decai em cinco anos, contados da data da percepção do primeiro 
pagamento, caso os efeitos patrimoniais sejam contínuos. 
41. (Inédita) Mesmo quando surgirem fatos novos suscetíveis de justificar a 
inadequação da sanção aplicada, os processos administrativos de que resultem 
sanções não poderão ser revistos. 
42. (Inédita) O processo administrativo pode iniciar-se de ofício ou a pedido 
de interessado. 
43. (Inédita) O desatendimento da intimação importa o reconhecimento da 
verdade dos fatos e do direito pelo administrado. 
44. (Inédita) A competência é renunciável e se exerce pelos órgãos 
administrativos a que foi atribuída como própria, ainda que nos casos de 
delegação e avocação previstos em lei. 
45. (Inédita) Salvo disposição legal específica, o prazo para interposição de 
recurso administrativo é de dez dias, contado a partir da ciência ou divulgação 
oficial da decisão recorrida. 
46. (Inédita) Os atos do processo administrativo não dependem de forma 
determinada senão quando a lei expressamente a exigir. 
 
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47. (Inédita) Serão concluídos depois do horário normal os atos já iniciados, 
mesmo que o adiamento não prejudique o curso regular do procedimento ou 
cause dano ao interessado ou à Administração. 
48. (Inédita) O reconhecimento de firma somente será exigido quando houver 
dúvida de autenticidade, salvo imposição legal. 
49. (Inédita) As decisões adotadas por delegação devem mencionar 
explicitamente esta qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. 
50. (Inédita) Dentre outros, não pode ser objeto de delegação a edição de 
atos de caráter normativo. 
51. (Inédita) Inexistindo competência legal específica, o processo 
administrativo deverá ser iniciado perante a autoridade de menor grau 
hierárquico para decidir. 
52. (Inédita) Ato de delegação é irrevogável, exceto quando se tratar de 
decisão de recursos administrativos. 
53. (Inédita) Em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente 
justificados, será permitida a avocação temporária de competência atribuída a 
órgão hierarquicamente inferior. 
54. (Inédita) Interposto o recurso, os interessados deverão ser citados para, 
no prazo de quinze dias, simultaneamente apresentarem as suas defesas 
prévias. 
55. (Inédita) Se o recorrente alegar violação de enunciado da súmula 
vinculante, o órgão competente para decidir o recurso explicitará as razões da 
aplicabilidade ou inaplicabilidade da súmula, conforme o caso. 
 
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56. (Inédita) É de cinco dias o prazo para interposição de revisão ou recurso 
administrativo, contados da ciência pelo interessado ou terceiro, do ato 
impugnado. 
57. (Inédita) Da revisão ou improvimento do recurso e havendo motivos 
relevantes, poderá resultar agravamento da sanção. 
58. (Inédita) O não conhecimento do recurso impede a Administração de 
rever de ofício o ato ilegal, ainda que não ocorrida preclusão administrativa. 
59. (Inédita) Antes da tomada de decisão, a juízo da autoridade, diante da 
relevância da questão, poderá ser realizada audiência pública para debates 
sobre a matéria do processo. 
60. (Inédita) Em caso de risco iminente, a Administração Pública poderá 
motivadamente adotar providências acauteladoras sem a prévia manifestação 
do interessado. 
GABARITO 
1-E 2-E 3-C 4-C 5-E 6-C 7-E 8-E 9-C 10-E 
11-E 12-E 13-E 14-C 15-E 16-E 17-E 18-C 19-C 20-E 
21-E 22-E 23-C 24-E 25-C 26-C 27-E 28-C 29-E 30-E 
31-C 32-C 33-E 34-C 35-C 36-E 37-E 38-E 39-E 40-C 
21-E 42-C 43-E 44-E 45-C 46-C 47-E 48-C 49-C 50-C 
51-C 52-E 53-C 54-E 55-C 56-E 57-E 58-E 59-C 60-C 
 
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BIBLIOGRAFIA 
ALEXANDRINO, Marcelo; PAULO, Vicente. Direito Administrativo 
Descomplicado. São Paulo: Método, 2009. 
BARCHET, Gustavo. Direito Administrativo. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. Rio 
de Janeiro: Lumen Juris, 2010. 
CARVALHO FILHO, José dos Santos. Processo Administrativo Federal: 
Comentários à Lei nº 9.784 de 29/1/1999. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 
2009. 
CUNHA JÚNIOR, Dirley da. Curso de Direito Administrativo. Salvador: 2008. 
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Administrativo. São Paulo: Atlas, 
2008. 
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: 
Malheiros, 2008. 
MELLO, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo. São 
Paulo: Malheiros, 2008.

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