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Capítulo 1 A Evolução do Concreto Estrutural Geraldo Cechella Isaia Universidade Federal de Santa Maria •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia I t d ãIntrodução • É um material milenar (pelo menos 2.500 anos); • Foi redescoberto na 2ª metade do século XIX;• Foi redescoberto na 2 metade do século XIX; • Matérias primas em abundância; • Vantagens e propriedades adequadas; • É o carro-chefe da construção no mundo atual; • É um material que mais se adapta ao conceito atual de sustentabilidade • Razões: materiais de baixo custo e efeito da escala de consumo •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t Ci ili ã GConcreto na Civilização Grega •Figura 1 – (a) Cisterna de concreto em Kamiros, na ilha de Rodes, Grécia, vista de jusante para montante. (PITT, 2010); •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •(b) Curva da composição granulométrica dos agregados utilizados na cisterna (KOUI e FTIKOS, 1998, p. 624-625). O t Ci ili ã RO concreto na Civilização Romana • Livro II de Vitruvius De Architectura: argila ou pedrasg p vulcânicas calcinadas (carbunculus) e areia vulcânica reativa natural (harena fossicia) = para uso em edificações a seco; • A pozolana (de Pozzuolli) era utilizada somente em t t t á t f d õconcreto em contato com a água, pontes, fundações, aquedutos; D i t (f did i d )• Denominaram concretus (fundido, misturado); • Opus caementicium = obra cimentícia ou aglomerada, i íd d ú l d d d blconstituída de núcleo de concreto entre paredes de blocos de pedra, tijolos ou placas de turfa, que serviam de fôrma. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (a) (b) Figura 2 – (a) Vista interna de parede preenchida com opus cementicium; (b) concreto de fundação anelar do Templo C em Roma com placas de turfa como formas •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (b) concreto de fundação anelar do Templo C em Roma, com placas de turfa como formas (YEGUL, 2011). Ti d ti iTipos de opus caementicium •a) •b) •c) •Figura 3 – •(a) opus incertum; •(b) opus reticulatum;•(b) opus reticulatum; •(c) opus testaceum; •(d) opus mixtum •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •d) •(SCHRAM & PASSCHIER, 2011). P t ã d RPanteão de Roma • Construído por Agripa em 27 a.C. e reconstruído por Adriano em 120 d.C. • Paredes com 6 m de espessura com núcleo em concreto e abóboda com 43 3 m de diâmetro em concreto leveabóboda com 43,3 m de diâmetro, em concreto leve. Quadro 1 – Dados comparativos do Panteão com outros monumentos (NABATAE.NET, 2011) Monumento Diâmetro daCúpula (m) Data (d.C.) Tempo (anos) Material Cúpula (m) (d.C.) (anos) Panteão (Roma) S. Sofia (Istambul) S Pedro (Roma) 43,30 32,60 42 00 118 - 125 532 - 567 1400 1564 7 5 50 Concreto Concreto PedraS. Pedro (Roma) Catedral Florença S. Paulo (Londres) 42,00 42,20 30,80 1400 - 1564 1420 - 1434 1675 - 1710 50 14 35 Pedra Pedra Pedra •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Panteão (Paris) 21,00 1755 - 1792 37 Pedra •Panteão de Roma•Panteão de Roma ) b) •Figura 4 – (a) Vista interna do altar e parte da cúpula com os baixos relevos (http://www voyagesphotosmanu com/histoire pantheon rome html); •a) •b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (http://www.voyagesphotosmanu.com/histoire_pantheon_rome.html); (b) Vista externa aérea (http://historiadaarte.pbworks.com/w/page/18413911/Panteão). C li d R (A fit t Flá i )Coliseu de Roma (Anfiteatro Flávio) •Construído por Vespasiano entre 69 e 79 d.C. Capacidade para 50 mil espectadores •Fundação em radier c/24.000 m³ de concreto-massa. Estrutura em Opus Caementicium •Figura 5 – (a) Vista parcial do modelo do Coliseu (ROMAN COLOSSEUM, 2011); •a) •b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 5 (a) Vista parcial do modelo do Coliseu (ROMAN COLOSSEUM, 2011); (b) Seção transversal do anfiteatro (WIKIPÉDIA, 2011b). O t b EOutras obras romanas na Europa Figura 6 – (a) Ponte sobre o rio Tejo, em Alcantara, Espanha (ALCANTARA BRIDGE, 2011); (b) Ponte/aqueduto sobre o rio Gard, Nimes, França (WIKIPÉDIA, 2011c). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (b) o te/aqueduto sob e o o Ga d, es, a ça ( , 0 c) Concreto na Idade Moderna (1450 – 1789) PPrecursores • Leonardo da Vinci • Michelangelo – Basílica de São Pedro • Galileo Galilei teoria das vigas em balanço• Galileo Galilei – teoria das vigas em balanço • Robert Hooke – hipótese sobre as seções planas das vigas após a deformação •Figura 8 – (a) Ilustração de Hooke sobre a permanência de seções planas antes e após a deformação; (b) Teoria das deformações sob aplicação de cargas e transmissão de esforços •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia deformação; (b) Teoria das deformações sob aplicação de cargas e transmissão de esforços em um arco (COLLINS, 2001). Precursores da Idade Moderna ( ti ã )(continuação) • Robert Hooke: construção Monumento ao Grandeç Incêndio de Londres, em 1677. Projetou também a Catedral de São Paulo, em 1710 utilizando os princípios d d f õ t i õ d fdas deformações e transmissões de esforços em arcos; • Isaac Newton: desenvolveu as Leis do Movimento para ã d l i f d t icompreensão das leis fundamentais que governam as estruturas. Com Leibniz publicou o Teorema Fundamental do Cálculo;do Cálculo; • John Smeaton; construtor do terceiro farol de Eddystone no sul da Inglaterra utilizou argamassa de cal hidráulicano sul da Inglaterra, utilizou argamassa de cal hidráulica com argila, areia e escória de alto forno moída, interligando os blocos de granito. É considerado o Pai da •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g g Engenharia Civil. C t Id d C t âConcreto na Idade Contemporânea • Produção de ferro fundido, em 1740, por Benjaminç , , p j Huntsman e do aço forjado por Bessemer em 1855; • Ponte Firth of Forth projetada por Benjamin Baker emp j p j 1890, até hoje a primeira grande estrutura em aço e a segunda maior ponte em balanço do mundo. •Figura 9 – (a) Ponte Firth of Forth, no leste da Escócia, projetada em balanço e construída com tubos de aço forjado; (b) demonstração da época do princípio •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia construída com tubos de aço forjado; (b) demonstração da época do princípio funcional de ponte em balanço (SCOTLAND’S FIRTH OF FORTH, 2011). P t ã d P iPanteão de Paris • Projetado por Sougglot, em 1756, concluído por Rondelet,j p gg , , p , em 1790, em pedra armada. Foram aplicados os modernos conceitos de Engenharia Estrutural. Figura 10 – (a) Esquema do Panteão de Paris; (b) Armaduras das alvenarias de d f f did i ti f d t ã / ã d •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia pedra em ferro fundido, para resistir aos esforços de tração/compressão dos elementos estruturais (BLASI & COÏSSON, 2006). Descoberta e evolução do cimento Portland PPrecursores • James Parker: patente de cimento hidráulico natural emp 1796. Conhecido como cimento Parker ou Romano; • Louis Vicat: primeiros estudos sobre cimento artificialp com mistura de cal, gesso e argilas de diferentes tipos; • Joseph Aspdin: inventor formal do cimento Portland, emp p , 1824 pela calcinação de calcário e argila finamente moídos e queimados a altas temperaturas; • Isaac Johnson, em 1845, obteve clinquer com queima em elevada temperatura. Considerado o verdadeiro inventor d i P l ddo cimento Portland; • Le Chatelier, em 1887 publicou tese sobre a hidratação d i i i i d li •Livro Concreto:Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia do cimento e os quatro principais compostos do clinquer. P d ã di l d i tProdução mundial do cimento Quadro 2 – Produção mundial de cimento e consumo per capita entre 1910 e 2010* (Previsão) (http://www.cemnet.com/cement-history/portland- cement.aspx.)cement.aspx.) Ano Produção de cimento População mundial Produção per capitaAno cimento 106 ton. mundial 109 habitantes capita kg/habitante 1910 1925 30 150 1,5 2 0 20 751925 1940 1955 1974 150 400 600 1 000 2,0 2,2 2,7 4 0 75 180 220 2501974 2000 2010* 1.000 1.650 3.000* 4,0 6,0 6,9* 250 275 435* •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia P i ó di d E t t d C tPrimórdios das Estruturas de Concreto •Figura 11 – Barco de Lambot (1845) exposto no Museu de Brignole, França (htt // b i l i / •Figura 12 – Ponte de concreto armado projetada e construída por Monier no Castelo de Chazelet, em 1875, França. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (http://www.museebrignolais.com/ hom.htm http://en.structurae.de/photos/index.cfm?JS=30019). P d C t E t t lPrecursores do Concreto Estrutural • Em 1884, duas empresas alemãs compraram a patente de, p p p Monier, vendendo após os direitos para Gustav Wayss. • Este, fundou a Wayss & Freitag contratando Matthias, y g Koenen para demonstrar a eficiência aço/concreto. Expandiu-se pela Europa e América e até hoje atua no d d t ãmercado da construção; • François Coignet também desenvolveu seu sistema l d 1853 d C E ô iestrutural patenteado em 1853 de Concreto Econômico; • François Hennebique foi o primeiro a apresentar sistema / i il h j h id l daço/concreto similar ao hoje conhecido, pelo uso de peças estruturais compostas de vigas e pilares tornando-as, assim hiperestáticas •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia assim, hiperestáticas. Si t H biSistema Hennebique b)•b) •Figura 13 – (a) Sistema aporticado de Hennebique com nós hiperestáticos (IL SISTEMA HENNEBIQUE, 2010); •(b) Detalhe das vigas com estribos com barras em U (APPLETON 2011) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (APPLETON, 2011). •a) Si t H bi (II)Sistema Hennebique (II) •b) •Figura 14 – (a) Edifício de Hennebique na rue Danton, nº 1, em Paris, concluído em 1900 (STRUCTURAE, 2011); (b) Detalhe em cerâmica na fachada entre janelas do primeiro piso com a •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia fachada entre janelas do primeiro piso com a inscrição “Système Hennebique” (PARIS 1900, 2011). •a) P d C t E t t l EUAPrecursores do Concreto Estrutural nos EUA Figura 15 – Primeiras obras de Ernest Ransome nos EUA •a) g (a) Alvord Lake Bridge no Golden Gate Park, em São Francisco, construída em 1889, primeira obra dos EUA em concreto armado (http://en.wikipedia.org/wiki/Alvord_Lake_Bridge); (b) Edifí i I ll i i h é d EUA 16 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (b) Edifício Ingalls, o primeiro arranha-céu dos EUA com 16 pavimentos, (AMERICAN CONCRETE INSTITUTE, 2003). •b) Desenvolvimento das teorias e sistemas t ti t t t lconstrutivos em concreto estrutural • Emil Mörsch, a partir de 1902 aprimorou os estudos de, p p Koenen, publicou o primeiro livro científico sobre concreto armado, tornando-se referência mundial. O modelo de t li lá i é té h j li d t t dtreliça clássica é até hoje aplicado para comportamento de vigas submetidas à flexão e torção; E è F i t d l it d t• Eugène Freyssinet desenvolveu os conceitos de concreto protendido entre 1929 e 1933, aplicado a pontes executadas inclusive em segmentos pré-moldadosexecutadas inclusive em segmentos pré-moldados. • Robert Maillart, notável engenheiro suíço, notabilizou-se pelo projeto de pontes esbeltas A ponte Salginatobelpelo projeto de pontes esbeltas. A ponte Salginatobel, concluída em 1930, é até hoje considerada um marco histórico internacional, com formato externo representando •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia , p praticamente os dos diagramas de esforços incidentes. Ob í d F i t M ill tObras ícones de Freyssinet e Maillart Fi 16 P t d L•Figura 16 – Ponte de Luzancy, em Ile de France, França, recorde em concreto protendido pré- moldado em aduelas (XERCAVINS •Figura 17 – Ponte Salginatobel em arco tri- rotulado, no vale Schiers, Suíça, observando- se a sua beleza e esbelteza (TAPPING, 2011). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia moldado em aduelas (XERCAVINS et al., 2011). • Luigi Nervi, engenheiro italiano, notabilizou-se pelasg , g , p estruturas nervuradas em grandes vãos, como o hangar de Orvieto (1935-1940), Palácio de Esportes em Roma (1958) E tádi Olí i d R (1960) A ditó i d(1958), Estádio Olímpico de Roma (1960) e Auditório de Audiências do Papa, no Vaticano (1971). Ed d T j d h i t t l h l• Eduardo Torroja, grande engenheiro estrutural espanhol, inovou as formas estruturais como Nervi. Construiu várias obras com estruturas em casca como o Mercado deobras com estruturas em casca como o Mercado de Abastos em Algeciras (1935) e o Hipódromo de Zarzuela, no mesmo ano, em casca de revolução hiperbolóide, com, ç p , contrabalanço de 14 cm de espessura e balanço de 13m de vão e apenas 6 cm na borda. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ob í d N i T jObras ícones de Nervi e Torroja Figura 18 – Hangar para aviões em Orvieto, Itália (LEVI & CHIORINO, 2004). Figura 19 – Vista frontal da cobertura em casca de concreto do Hipódromo de Zarzuela, em Madrid, Espanha •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (ZARZUELA HIPPODROME, 2011). • Hubert Rüsch, na Alemanha também projetou coberturas, p j de grandes vãos como o Mercado de Leipzig, em 1929, o Mercado de Colônia (1936-1940). Foi professor emérito da U i id d Té i d M iUniversidade Técnica de Munique. • Fritz Leohardt, também engenheiro alemão deixou d l d t t i d b dgrande legado em pontes estaiadas por cabos de aço. Projetou também estruturas de aço e aço e concreto, com segmentos pré-moldados Realizou o projeto da Torre desegmentos pré-moldados. Realizou o projeto da Torre de Comunicações de Stuttgart, em 1956, com 156 m de altura e atuou como consultor da primeira ponte estaiadap p nos EUA, a Pasco-Kennewick, com 2503 m de comprimento, vão central de 299 m. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ob í d Rü h L h dtObras ícones de Rüsch e Leonhardt Figura 20 – Mercado de Leipzig, g p g, Alemanha, projetado por Hubert Rüsch (HUBERT RUSCH, 2011). •Figura 21 – Ponte Pasco- Kennewick, em Washington, •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Kennewick, em Washington, EUA, consultoria de F. Leonhardt (WIKIPÉDIA, 2011j). O P i d C t A d B ilO Pai do Concreto Armado no Brasil • Emilio Baumgart (1889-1943) iniciou suas atividades nag ( ) empresa Wayss & Freytag, desde 1913, depois chamada de Cia. Construtora Nacional. Ainda como estudante j t t M í i d N R ifprojetou a ponte Maurício de Nassau, em Recife. •Figura 26 – Ponte Herval sobre o rio do Peixe, em Herval D’Oeste, SC. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Foto das formas de madeira durante o processo de construção em balanços sucessivos (WIKIPÉDIA, 2011m). P i i i j t d E ili B tPrincipais projetos de Emilio Baumgart • o Edifício A Noite, em 1928, o mais alto do mundo em, , concreto armado, com 24 pavimentos e 103m de altura ; • a ponte Herval, hoje Emilio Baumgart, no rio do Peixe, SC,p , j g , ,, construída em 1930, foi a ponte mais longa do mundo em viga reta em concreto armado, em balanços sucessivos. F i d t íd h t 1983Foi destruída por enchente em 1983; • Oficinas Gerais da Escola de Aviação Militar, no Rio de J i 1930 ã d 93 10Janeiro, em 1930, com vão de 93,10m em arco, na ocasião o maior da América; P F iá i b i M i 1939• Ponte Ferroviária sobre o rio Mucuri, em 1939, com 142,60m de comprimento e 39,30m de maior vão; P j i d 300 difí i 100 80 i dú i •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia • Projetou mais de 300 edifícios, 100 pontes e 80 indústrias. A t t d t d B iliAs estruturas de concreto do Brasilia • Oscar Niemeyer escolheu o concreto para, por meio day p , p sua função estrutural, apresentar a função-forma inspiradora e criadora da beleza e plasticidade que t t i l d tsomente esse material pode apresentar. Figura 27 Palácio daFigura 27 – Palácio da Alvorada, Brasília, DF (WIKIPÉDIA, 2011n). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Edifi õ í d B iliEdificações ícones de Brasilia •Figura 28 – Palácio do Planalto, Brasília, DF (WIKIPÉDIA, 2011p). •Figura 29 – Supremo Tribunal Federal, Brasília, DF (WIKIPÉDIA, 2011q) Figura 30 – Congresso Nacional, Praça dos Três g g , ç Poderes, Brasília, DF (WIKIPÉDIA, 2011r) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t d l d B iliCatedral de Brasilia • A arquitetura da Catedral é apenas a estrutura de concretoq p ligada a vitrais. São 16 pilares que se engastam a 20 m de altura, transmitindo o empuxo de compressão. •Figura 31 – a) Vista externa da Catedral de Brasília; •a) •b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Figura 31 a) Vista externa da Catedral de Brasília; •b) Engastamento dos pilares na altura de 20 m (WIKIPÉDIA, 2011s). E t t d t l t d B ilEstruturas de concreto relevantes do Brasil •Figura 32 – Marquise da Tribuna de Sócios, Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro, RJ •Figura 33 – Edifício Martinelli, em São Paulo, SP (1925-1929) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (1926). (JOCKEY CLUB DO BRASIL, 2011). Balanço de 22,4 m São Paulo, SP (1925 1929) (BASTOS, 2006). Estrutura de concreto mais alta do mundo com 106,5m. •a) •b) •Figura 34 – a) Vista frontal da estrutura de concreto armado do Cristo Redentor (1930) (VASCONCELOS, 1985). Altura de 38 m = 12 pavimentos; b) i d tát b d 8 d lt (WIKIPÉDIA 2011t) •a) •b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia b) imagem da estátua em sua base de 8 m de altura (WIKIPÉDIA, 2011t). •Figura 35 – Ponte sobre o rio das Antas Figura 36 – Edifício do MASP, em São•Figura 35 – Ponte sobre o rio das Antas, entre Bento Gonçalves e Veranópolis, RS (DAER, 2011). Recorde mundial em 1952 de ponte em arcos paralelos, com vão de 186 m. Figura 36 Edifício do MASP, em São Paulo, SP (WIKIPÉDIA, 2011u). Recorde mundial em 1968 de viga reta protendida, simplesmente apoiada, com 70 m de vão. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 37 – Ponte Rio-Niterói, RJ (WIKIPÉDIA, 2011v). Recorde de vão central com 300m, em 1974, e concreto protendido com aduelas pré moldadas e •Figura 38 – Usina hidrelétrica de Itaipu, em Foz do Iguaçú, PR (WIKIPÉDIA, 2011w). Estrutura de gravidade aliviada, com 190 m de altura concluída em 1982 Capacidade de •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia protendido com aduelas pré-moldadas e coladas, em 7184 m. de altura, concluída em 1982. Capacidade de geração de 12.600 MW. •Figura 39 – Centro Empresarial Nações Figura 40 – Ponte Otávio Frias de Oliveira, em Figura 39 Centro Empresarial Nações Unidas, em São Paulo, SP (WIKIPÉDIA, 2011x). Torre Norte com 158 m de altura, recordem de 2000. g , São Paulo, SP (WIKIPÉDIA, 2011y). Concluída em 2008, única ponte estaiada do mundo com duas pistas curvas ligadas a um mesmo pilar em f d X •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia forma de X Características do concreto como material t t lestrutural • Disponibilidade de matéria prima de baixo custo ;p p ; • Versatilidade de formas e dimensões geométricas; • Segurança = hiperestaticidade;• Segurança = hiperestaticidade; • Facilidade de execução; • Boa durabilidade; • Relação custo/benefício elevada; • Sustentabilidade: uso de resíduos na fabricação do cimento e do concreto, baixo consumo de energia comparado ao aço, baixa emanação de gases para o efeito estufa. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia V tilid d d tVersatilidade do concreto Figura 41 Hotel Unique em São Paulo SPFigura 41 – Hotel Unique, em São Paulo, SP, projeto de Ruy Ohtake (HOTEL UNIQUE, SÃO PAULO, 2011). •Figura 42 – Museu de Arte Contemporânea de Niterói, RJ, projeto de Niemeyer É •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (WIKIPÉDIA, 2011, z). D bilid d d tDurabilidade do concreto • A falta de durabilidade do concreto é devido a baixa resistência à tração, fissuração e corrosão do aço. Ex: •Figura 43 – a) Primeiro cais Progresso, em 1940, à direita, construído com aço inox e concreto comum, e segundo cais, em 1970, à esquerda, com aço comum; b) Vista aérea dos dois cais (PIER IN PROGRESO, 2011). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Tendências atuais C t d Alt D h difí i ltConcreto de Alto Desempenho: edifícios altos •Figura 44 –Torres Gêmeas Petronas, Malasia (1998) (WIKIPÉDIA 2011A) •Figura 45 – Edifício Taipei 101, Taiwan (2004) (WIKIPÉDIA 2011B) •Figura 46 – Edifício Burj Kahlifa, Dubai (2010) (WIKIPÉDIA, 2011C). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia (WIKIPÉDIA, 2011A). 452 m, fck = 80 Mpa. (WIKIPÉDIA, 2011B). 509 m, fck = 69 MPa ( , ) 828 m, fck = 60 a 80 MPa Concreto de Alto Desempenho: Pl t f ítiPlataformas marítimas Figura 47 – Rebocamento da plataforma Troll A Condeep, 1995 (WIKIPÉDIA, 2011D). 472 m, f = 72 MPa, 245.000 m³ •Figura 48 – Rebocamento da plataforma CBGS LUN-A ao campo Sakhalin II, 2005. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia CBGS LUN A ao campo Sakhalin II, 2005. (HETLAND, 2009). F = 60 MPa, 38.000 m³ C t d Alt D h P tConcreto de Alto Desempenho: Pontes b) •a) •Figura 49 – Ponte Svinesund. a) içamento do vão central do tabuleiro pré-fabricado; •b) inauguração da ponte (JORDET & JAKOBSEN 2007) F = 70 MPa 247 3 m Maior •b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia JAKOBSEN, 2007). F = 70 MPa, 247,3 m. Maior vão do mundo para arco único autoportante. E t t é f b i d d tEstruturas pré-fabricadas de concreto •Figura 54 – a) Diagrama dos elementos pré-moldados da Ponte Confederation (1994 – 1997); •b) Guindaste flutuante Svanen colocando viga com 190 m e 7100 t (WIKIPÉDIA, 2011F). •13 km comprimento, fck = 60 MPa, vida útil de 100 anos •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Ligação Oresund: Copenhagen – Malmo Tú l b Ilh tifi i l P tTúnel submerso - Ilha artificial - Ponte ) •b) •Figura 55 – a) Segmento do túnel submerso com 175,5m rebocado para seu local definitivo (GIMSING & IVERSEN, 2001); b) Guindaste Svanen transportando elemento estrutural das f d õ d t d t (WIKIPÉDIA 2011G) •a) b) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia fundações de concreto da ponte (WIKIPÉDIA, 2011G). E t t i t d tEstruturas mistas de concreto e aço •Figura 56 – a) Visão geral Edifício Torso, mostrando o giro de 90º entre o primeiro e último cubo; •b) Detalhes da estrutura metálica e sua ancoragem nas lajes dospa imentos (SANTIAGO CALATRAVA 2011) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia lajes dos pavimentos (SANTIAGO CALATRAVA, 2011). P t d T i Milê iPonte do Terceiro Milênio •Figura 57 – Ponte do Terceiro Milênio sobre o rio Ebro, em Zaragoza, Espanha, em corda de arco e apoios duplo-A, com tabuleiro estaiado com cordalhas pos-tensionadas (fib 2010). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •fck = 75 MPa no arco e 50 MPa na tabuleiro. Ganhou o 1º primeiro da fib em 2010 para estruturas de concreto em Engenharia Civil P i i i t t i d dPrincipais pontes estaiadas no mundo • Ponte da Normandia (1995), na França, com vão central de( ) 856m, torres com 215m; • Ponte Rio Antirion (2004), golfo de Corinto, Grécia, a maior ponte t i d 2880 G h 1º P ê i d E t testaiada com 2880 m. Ganhou o 1º Prêmio de Estruturas Notáveis da fib em 2006 (Figura 58); • Viaduto de Millau (2004) o mais alto do mundo com 343m 7Viaduto de Millau (2004), o mais alto do mundo com 343m, 7 pilares de concreto, mastros de aço com 87m onde se engastam as cordoalhas de aço que suspendem o tabuleiro com 2460m de comprimento. Recebeu da fib o prêmio de Reconhecimento Excepcional, em 2006; • Ponte da baia de Hangzhou (2008) China a ponte marítima mais• Ponte da baia de Hangzhou (2008), China, a ponte marítima mais extensa, com 35,6km e vão central de 448m; • Ponte Sutong (2008),Japão, vão central de 577m, pilares de •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g ( ), p , , p 117m, tabuleiro de aço tipo caixão no vão central e de concreto nos laterais. P t Ri A ti G lf d C i t G é iPonte Rio Antiron, Golfo de Corinto, Grécia •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 58 – Ponte Rio-Antirion, no Golfo de Corinto, na Grécia, maior ponte estaiada em vãos múltiplos (WIKIPÉDIA, 2010H). P t t i d N t l RNPonte estaiada em Natal, RN •Figura 59 –Vista geral da ponte estaiada Newton Navarro em Natal, RN, •com vão central de 212 m (WIKIPÉDIA, 2011I). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ( ) Pontes de estruturas híbridas: l j d t t did t li tálilajes de concreto protendidas e treliças metálicas Figura 60 – Deck inferior da ponte Nozomi, no Japão, com cabos e cordoalhas protendidas (OGAWA et al., 2006). Fi 61 Vi t l d t •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 61 – Vista geral da ponte Seiun, no Japão (fib, 2006). S t t bilid d d tSustentabilidade do concreto • Durabilidade e segurança; • Boa resistência ao fogo;• Boa resistência ao fogo; • Maior rigidez a esforços laterais em edifícios altos; • Maior resistência contra agentes naturais em situações extremas: inundações, furacões, terremotos; • Drenagem do solo com concreto permeável; • Uso de materiais cimentícios suplementares (resíduos); • Uso de materiais reciclados: entulhos de construção e demolição (RCD) •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia •Figura 62 – a) Construção de concreto resistiu ao furacão Katrina e à inundação subsequente, em 2005, no MIssissipi, EUA, enquanto as outras vizinhas não; •b) Concreto permeável absorve 34 m³ de água em 4 minutos em um estacionamento na cidade •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia de Kansas (THE SUSTAINBLE CONCRETE GUIDE, 2010). E i d t i i ã COEconomia de custos, energia e emissão CO2 Q d 3 Dif t t f ê i di ãQuadro 3 – Diferenças entre os traços referência e com adição mineral para 40 MPa (ISAIA & GASTALDINI, 2004) Traço Cimento Custo Energia CO2 ∆ ∆ ∆ ∆Traço ∆ kg/m³ % ∆ US$/m3 % ∆ MJ/m³ % ∆ kg/m³ % 50CV 70E 52 147 19 55 - 6,87 - 4,04 -11 - 6 202 741 10 38 84 240 19 53 90ECV 222 83 , 3,48 5 1140 58 370 81 •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t d i l dConcreto com agregados reciclados Figura 63 – a) Demolição das pistas de concreto do aeroporto de Stapleton, em Denver, Colorado, EUA; b) Estoque dos agregados reciclados (THE SUSTAINABLE CONCRETE GUIDE, 2010). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t i iConcretos especiais Concreto com aditivos especiais: superplastificantes,p p p , modificadores de viscosidade, anticorrosão, retração reduzida, expansores; Concreto com fibras: de aço, poliméricas; Concreto compactado a rolo;p ; Concreto leve estrutural; Concreto branco;Concreto branco; Concreto arquitetônico e decorativo; Concreto de pós reativos. •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia C t A it tô i BConcreto Arquitetônico Branco Figura 64 – Museu de Arte deFigura 64 – Museu de Arte de Milwaukee, EUA, (MILWAUKEE ART MUSEUM, 2011). •Figura 65 – Auditório de Tenerife (2003), nas Ilhas •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia ( ), Canárias, Espanha (WIKIPÉDIA, 2011J). C t d ó tiConcreto de pós reativos •Figura 66 – a) Ponte para pedestre em Seonyu, na Coréia do Sul, executada com concreto de pós-reativos Ductal®; b) Dimensão da seção transversal em mm (A FIRST FOR DUCTAL, 2011). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia O t d f tO concreto do futuro • Estudo da estrutura da pasta cimentícia em escalap nanométrica: ressonância nuclear magnética (RNM), radiação Sincroton (entre IF e Raio-X); • Estudo da nanoestrutura do C-S-H para melhor compreensão dos produtos de hidratação; • Inclusão de nanopartículas de C-S-H como locais de nucleação para concretos com parâmetros específicos de d bilid d i bi P b ddurabilidade e meio ambiente. Por ex: nanocarbonatos de cálcio, compósitos a base de nanotubos de carbono; C d ã f i l ( i ã d• Concretos com gradação funcional (variação das propriedades ao longo de uma mesma peça). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia Centros de pesquisa avançada em t t d tnanoestrutura do concreto • NANOCEM: Rede industrial-Acadêmica de Pesquisa emq Cimento e Concreto, consórcio europeu composto de 23 instituições acadêmicas e 14 indústrias; • NESTLABORATORY: Laboratório de Ciência e Tecnologia em Engenharia em Nanoescala, na Universidade de D t Ohi EUADayton, Ohio, EUA; • NIST: Instituto Nacional de Normas e Tecnologia, através d L b ó i d P i C õ I ê dido Laboratório de Pesquisa em Construções e Incêndio – Divisão de Pesquisa em Materiais de Construção. É um consórcio de empresas dos EUA e Europa Estudos deconsórcio de empresas dos EUA e Europa. Estudos de simulação a partir de ferramentas como o VCCTL (Virtual Cement and Concrete Testing Laboratory). •Livro Concreto: Ciência e Tecnologia •Editor: Geraldo C. Isaia g y)
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