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Português 2016 Estratégia Aula 10

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Aula 10
Português p/ Senado Federal - Todos os Cargos
Professor: Rafaela Freitas
Português p/ Senado Federal 
 Analista e Técnico Legislativo 
Teoria e Questões Comentadas 
Profª Rafaela Freitas ʹ Aula 10 
 
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AULA 10 
Ortografia e acentuação gráfica. Emprego das 
letras. 
 
 
 
Olá, prezados alunos!! Bem-vindos a mais uma aula! 
 
 
 
A aula de hoje será bem interessante. Vamos começar com o estudo do 
que vem a ser fonologia e os conteúdos vinculados a ela, como: encontros 
vocálicos, consonantais, dígrafos, divisão silábica, acento tônico e 
acentuação. Tudo isso servirá como base para o estudo daquilo que é mais 
importante para o certame: ortografia oficial da nossa língua. 
 
Vocês irão gostar! 
 
Contem comigo e confiem no potencial de vocês! Rumo ao sucesso!! 
 
 
 
 
 
 
³6HMD�FRPR�RV�SiVVDURV�TXH��DR�SRXVDUHP�XP�LQVWDQWH�VREUH�UDPRV�PXLWR�
leves, sentem-QRV�FHGHU��PDV�FDQWDP��(OHV�VDEHP�TXH�SRVVXHP�DVDV´� 
Victor Hugo 
 
 
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Teoria e Questões Comentadas 
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FONOLOGIA 
 
Fonologia é o ramo da Linguística que estuda o sistema sonoro de um 
idioma. Ao estudar a maneira como os fones (sons) se organizam dentro de 
uma língua, classifica-os em unidades capazes de distinguir significados, 
chamadas fonemas. 
 
 
 
FONEMA 
 
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (som, voz) e 
log, logia (estudo, conhecimento). Significa literalmente "estudo dos sons" ou 
"estudo dos sons da voz". O homem, ao falar, emite sons. Cada indivíduo tem 
uma maneira própria de realizar esses sons no ato da fala. Essas 
particularidades na pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética. 
Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de estabelecer 
uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a 
seguir, os fonemas que marcam a distinção entre os pares de palavras: 
amor ± ator 
morro ± corro 
vento ± cento 
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está 
em sua memória: a imagem acústica que você, como falante de português, 
guarda de cada um deles. É essa imagem acústica, esse referencial de padrão 
sonoro, que constitui o fonema. Os fonemas formam os significantes dos 
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signos linguísticos. Geralmente, aparecem representados entre barras. Assim: 
/m/, /b/, /a/, /v/ etc. 
 
Fonema e Letra 
 
1) ATENÇÃO! O fonema não deve ser confundido com a letra. Na língua 
escrita, representamos os fonemas por meio de sinais chamados letras. 
Portanto, letra é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por 
exemplo, a letra s representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a 
mesma letra s representa o fonema /z/ (lê-se zê). 
 
2) Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma 
letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que pode ser representado pelas 
letras z, s, x: 
Exemplos: zebra / casamento / exílio 
 
3) Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. 
A letra x, por exemplo, pode representar: 
- o fonema sê: texto 
- o fonema zê: exibir 
- o fonema chê: enxame 
- o grupo de sons ks: táxi 
 
4) O número de letras nem sempre coincide com o número de fonemas. 
Exemplos: 
t ó x i c o 
Número de fonemas: 7 
/t/ó/k/s/i/c/o/ 
Número de Letras: 6 
 
 
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g a l h o 
Número de fonemas: 4 
/g/a/lh/o/ 
Número de letras: 5 
 
ENCONTROS VOCÁLICOS 
 
Os encontros vocálicos são agrupamentos de vogais e semivogais, sem 
consoantes intermediárias entre elas. É importante reconhecê-los para dividir 
corretamente os vocábulos em sílabas. Existem três tipos de encontros: o 
ditongo, o tritongo e o hiato. 
 
1) Ditongo 
É o encontro de uma vogal e uma semivogal (ou vice-versa) numa mesma 
sílaba. Pode ser: 
 
a) Crescente: quando a semivogal vem antes da vogal. 
Exemplo: 
sé-rie (i = semivogal, e = vogal) 
 
b) Decrescente: quando a vogal vem antes da semivogal. 
Exemplo: 
pai (a = vogal, i = semivogal) 
 
c) Oral: quando o ar sai apenas pela boca. 
Exemplos: 
pai, série 
 
d) Nasal: quando o ar sai pela boca e pelas fossas nasais. 
Exemplo: 
mãe 
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2) Tritongo 
É a sequência formada por uma semivogal, uma vogal e uma semivogal, 
sempre nessa ordem, numa só sílaba. Pode ser oral ou nasal. 
Exemplos: 
Paraguai - Tritongo oral 
Quão - Tritongo nasal 
 
3) Hiato 
É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que pertencem a 
sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais de uma vogal numa sílaba. 
Exemplo: 
saída (sa-í-da) 
poesia (po-e-si-a) 
 
 
- Na terminação ±em, em palavras como ninguém, também, porém, e na 
terminação ±am, em palavras como amaram, falaram, ocorrem ditongos 
nasais decrescentes. 
- É tradicional considerar hiato o encontro entre uma semivogal e uma 
vogal ou entre uma vogal e uma semivogal que pertencem a sílabas 
diferentes, como em ge-lei-a, io-iô. 
 
ENCONTROS CONSONANTAIS 
 
O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vogal intermediária, 
recebe o nome de Encontro Consonantal. Existem basicamente dois tipos: 
 
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- os que resultam do contato consoante + l ou r e ocorrem numa mesma 
sílaba, como em: pe-dra, pla-no, a-tle-ta, cri-se... 
 
- os que resultam do contato de duas consoantes pertencentes a sílabas 
diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta... 
 
Há ainda grupos consonantais que surgem no início dos vocábulos; são, 
por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo, psi-có-lo-go... 
 
 
DÍGRAFOS 
 
De maneira geral, cada fonema é representado, na escrita, por apenas 
uma letra. 
Exemplo: 
Lixo - Possui quatro fonemas e quatro letras. 
 
Há, no entanto, fonemas que são representados, na escrita, por duas 
letras. 
Exemplo: 
Bicho - Possui quatro fonemas e cinco letras. 
Na palavra acima, para representar o fonema |xe| foram utilizadas duas 
letras: o c e o h. 
Assim, o dígrafo ocorre quando duas letras são usadas para representar 
um único fonema (di = dois + grafo = letra). Em nossa língua, há um número 
razoável de dígrafos que convém conhecer. Podemos agrupá-los em dois tipos: 
consonantais e vocálicos. 
 
Dígrafos Consonantais 
Letras Fonemas Exemplos 
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Lh Lhe Telhado 
nh Nhe marinheiro 
ch Xe Chave 
rr 
Re (no interior 
da palavra) 
Carro 
ss 
se (no interior 
da palavra) 
Passo 
qu 
que (seguido de 
e e i) 
queijo, 
quiabo 
gu 
gue (seguido de 
e e i) 
guerra, 
guia 
sc Se Crescer 
sç se Desço 
xc Se exceção 
 
 
Dígrafos Vocálicos: registram-se na representação das vogais nasais. 
Letras Fonemas Exemplos 
am ã tampa 
Na Canto 
em Templo 
en lenda 
im Limpo 
in Lindo 
om õ tombo 
on tonto 
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Um Chumbo 
Um Corcunda 
 
 
"Gu" e "qu" são dígrafos somente quando seguidos 
de "e" ou "i", representando os fonemas /g/ e /k/: guitarra, aquilo. Nesses 
casos, a letra "u" não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, 
no entanto, o "u" representa um fonema semivogal ou vogal (aguentar, 
linguiça, aquífero...). Sendo assim, "gu" e "qu" não são dígrafos. Também não 
há dígrafos quando são seguidos de "a" ou "o" (quase, averiguo). 
 
SÍLABA 
 
Observe a palavra casa: ca-sa 
 
A palavra casa está dividida em grupos de fonemas pronunciados 
separadamente: ca - sa. Cada um desses grupos pronunciados numa só 
emissão de voz é chamado de sílaba. 
 
 
O núcleo da sílaba é sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e 
nunca há mais do que uma vogal em cada sílaba. Dessa forma, para sabermos 
o número de sílabas de uma palavra, devemos perceber quantas vogais tem 
essa palavra. Atenção: as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) 
podem representar semivogais. 
 
As palavras podem ser classificadas pelo número de sílabas que possuem: 
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9 Monossílabas: possuem apenas uma sílaba - mãe, flor, lá, meu. 
9 Dissílabas: possuem duas sílabas - ca-fé, i-ra, a-í, trans-por 
9 Trissílabas: possuem três sílabas - ci-ne-ma, pró-xi-mo, pers-pi-
caz, O-da-ir 
9 Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas - a-ve-ni-da, li-te-ra-
tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta 
 
 
Divisão Silábica 
 
Algumas normas regem a divisão silábica das palavras: 
 
a) Não se separam os ditongos e tritongos. 
Exemplos: foi-ce, a-ve-ri-guou 
 
b) Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. 
Exemplos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa 
 
c) Não se separam os encontros consonantais que iniciam sílaba. 
Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co 
 
d) Separam-se as vogais dos hiatos. 
Exemplos: ca-a-tin-ga, fi-el, sa-ú-de 
 
e) Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. 
Exemplos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te 
 
f) Separam-se os encontros consonantais das sílabas internas, 
excetuando-se aqueles em que a segunda consoante é l ou r. 
Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-car 
 
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Prosódia (sílaba tônica) 
 
Trata-se da correta emissão de palavras quanto à posição da sílaba tônica, 
segundo as normas da língua culta. Existe uma série de vocábulos que, ao 
serem proferidos, acabam tendo o acento prosódico deslocado. Ao erro 
prosódico dá-se o nome de silabada. Observe os exemplos. 
 
1) São oxítonas (sílaba tónica é a última da palavra): 
condor novel ureter 
mister Nobel ruim 
 
 
2) São paroxítonas: 
austero ciclope Madagáscar recorde 
caracteres filantropo pudico rubrica 
 
3) São proparoxítonas: 
aerólito lêvedo quadrúmano 
alcíone munícipe trânsfuga 
 
Existem palavras cujo acento prosódico é incerto, mesmo na língua culta. 
Observe os exemplos a seguir, sabendo que a primeira pronúncia dada é a 
mais utilizada na língua atual. 
acrobata ± acróbata réptil - reptil 
Bálcãs ± Balcãs xerox - xérox 
projétil ± projetil zangão - zângão 
 
 
ACENTUAÇÃO GRÁFICA 
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As regras da ortografia baseiam-se na constatação de que, em nossa 
língua, as palavras mais numerosas são as paroxítonas, seguidas pelas 
oxítonas. A maioria das paroxítonas termina em -a, -e, -o, -em, podendo ou 
não ser seguidas de "s". Essas paroxítonas, por serem maioria, não são 
acentuadas graficamente. Já as proparoxítonas, por serem pouco numerosas, 
são sempre acentuadas. 
 
Proparoxítonas 
Sílaba tônica: antepenúltima 
 
As proparoxítonas são todas acentuadas graficamente. Exemplos: 
trágico, patético, árvore 
 
Paroxítonas 
Sílaba tônica: penúltima 
 
Acentuam-se as paroxítonas terminadas em: 
L fácil 
N pólen 
R cadáver 
ps bíceps 
x tórax 
us vírus 
i, is júri, lápis 
om, ons iândom, íons 
um, uns álbum, álbuns 
ã(s), ão(s) órfã, órfãs, órfão, órfãos 
ditongo oral (seguido jóquei, túneis 
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ou não de s) 
 
Observações: 
1) As paroxítonas terminadas em "n" são acentuadas (hífen), mas as que 
terminam em "ens", não. (hifens, jovens) 
2) Não são acentuados os prefixos terminados em "i" e "r". (semi, super) 
3) Acentuam-se as paroxítonas terminadas em ditongos crescentes: 
ea(s), oa(s), eo(s), ua(s), ia(s), ue(s), ie(s), uo(s), io(s). 
Exemplos: 
várzea, mágoa, óleo, régua, férias, tênue, cárie, ingênuo, início 
 
 
Oxítonas 
Sílaba tônica: última 
 
Acentuam-se as oxítonas terminadas em: 
a(s): sofá, sofás 
e(s): jacaré, vocês 
o(s): paletó, avós 
em, ens: ninguém, armazéns 
 
Monossílabos 
 
Os monossílabos, conforme a intensidade com que são proferidos, podem 
ser tônicos ou átonos. 
 
Monossílabos Tônicos 
Possuem autonomia fonética, sendo proferidos fortemente na frase onde 
aparecem. Acentuam-se os monossílabos tônicos terminados em: 
 
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a(s): lá, cá 
e(s): pé, mês 
o(s): só, pó, nós, pôs 
 
Monossílabos Átonos 
Não possuem autonomia fonética, sendo proferidos fracamente, como se 
fossem sílabas átonas do vocábulo a que se apoiam. 
 
Exemplos: 
o(s), a(s), um, uns, me, te, se, lhe nos, de, em, e, que etc. 
 
Observações: 
1) Os monossílabos átonos são palavras vazias de sentido, vindo 
representados por artigos, pronomes oblíquos,elementos de ligação 
(preposições, conjunções). 
 
2) Há monossílabos que são tônicos numa frase e átonos em outras. 
Exemplos: 
Você trouxe sua mochila para quê? (tônico) / Que tem dentro da sua 
mochila? (átono) 
Há sempre um más para questionar. (tônico) / Eu sei seu nome, mas não 
me recordo agora. (átono) 
 
 Muitos verbos, ao se combinarem 
com pronomes oblíquos, produzem formas oxítonas ou 
monossilábicas que devem ser acentuadas por acabarem 
assumindo alguma das terminações contidas nas regras. 
Exemplos: 
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beijar + a = beijá-la fez + o = fê-lo 
dar + as = dá-las fazer + o = fazê-lo 
 
 
 
Regras Especiais 
 
Além das regras fundamentais, há um conjunto de regras destinadas a pôr 
em evidência alguns detalhes sonoros das palavras. Observe: 
 
Ditongos Abertos 
Os ditongos éi, éu e ói, sempre que tiverem pronúncia aberta em 
palavras oxítonas (éi e não êi), são acentuados. Veja: 
éi (s): anéis, fiéis, papéis 
éu (s): troféu, céus 
ói (s): herói, constrói, caubóis 
 
 
Essa regra é nova! A antiga foi alterada pelo novo acordo 
ortográfico. 
 
 ‡� 1RYD� 5HJUD�� 'LWRQJRV� DEHUWRV� �HL�� RL�� QmR� VmR� PDLV� DFHntuados em 
palavras paroxítonas 
‡� 5HJUD� $QWLJD�� DVVHPEOpLD�� SODWpLD�� LGpLD�� FROPpLD�� EROpLD�� SDQDFpLD��
Coréia, hebréia, bóia, paranóia, jibóia, apóio, heróico, paranóico 
‡�&RPR�ILFRX: assembleia, plateia, ideia, colmeia, boleia, panaceia, Coreia, 
hebreia, boia, paranoia, jiboia, apoio, heroico, paranoico 
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Atenção: a palavra destróier é acentuada por ser uma paroxítona 
terminada em "r" (e não por possuir ditongo aberto "ói"). 
 
 
Hiatos 
Acentuam-se o "i" e "u" tônicos quando formam hiato com a vogal 
anterior, estando eles sozinhos na sílaba ou acompanhados apenas de "s", 
desde que não sejam seguidos por "-nh". 
Exemplos: 
sa - í ± da e - go - ís -mo sa - ú ± de 
 
Não se acentuam, portanto, hiatos como os das palavras: 
ju ± iz ra - iz ru - im ca - ir 
 
Razão: -i ou -u não estão sozinhos nem acompanhados de -s na sílaba. 
 
Observação: cabe esclarecer que existem hiatos acentuados não por 
serem hiatos, mas por outras razões. Veja os exemplos abaixo: 
po-é-ti-co: proparoxítona 
bo-ê-mio: paroxítona terminada em ditongo crescente. 
ja-ó: oxítona terminada em "o". 
 
 
Alguns acentos não existem mais, segundo o Novo Acordo 
Ortográfico. 
 
‡�1RYD�5HJUD��R hiato 'oo' não é mais acentuado 
‡�5HJUD�$QWLJD��HQM{R��Y{R��FRU{R��SHUG{o, côo, môo, abençôo, povôo 
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‡�&RPR�ILFRX: enjoo, voo, coroo, perdoo, coo, moo, abençoo, povoo 
 
‡�1RYD�5HJUD��R hiato 'ee' não é mais acentuado 
‡�5HJUD�$QWLJD��FUrHP��GrHP��OrHP� vêem, descrêem, relêem, revêem 
‡�&RPR�ficou: creem, deem, leem, veem, descreem, releem, reveem 
 
‡� 1RYD� 5HJUD�� Qão existe mais o acento diferencial em palavras 
homógrafas 
‡� 5HJUD� $QWLJD�� SiUD� �YHUER��� SpOD� �VXEVWDQWLYR� H� YHUER��� SrOR�
(substantivo), pêra (substantivo), péra (substantivo), pólo (substantivo) 
‡� &RPR� ILFRX: para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo 
(substantivo), pera (substantivo), pera (substantivo), polo (substantivo) 
 
Observação: 
9 O acento diferencial ainda permanece no verbo 'poder' (3ª pessoa 
do Pretérito Perfeito do Indicativo - 'pôde') e no verbo 'pôr' para diferenciar da 
preposição 'por' 
 
‡� 1RYD� 5HJUD�� Qão se acentua mais a letra 'u' nas formas verbais 
rizotônicas, quando precedido de 'g' ou 'q' e antes de 'e' ou 'i' (gue, que, gui, 
qui) 
‡�5HJUD�$QWLJD��DUJ~L��DSD]LJ~H��averigúe, enxagúe, enxagúemos, oblique 
‡�&RPR�ILFRX: argui, apazigue, averigue, enxague, enxaguemos, oblique 
 
‡�1RYD�5HJUD��não se acentua mais 'i' e 'u' tônicos em paroxítonas quando 
precedidos de ditongo 
‡�5HJUD�$QWLJD��EDL~FD��ERL~QD��FKeiínho, saiínha, feiúra, feiúme 
‡� &RPR� ILFRX: baiuca, boiuna, cheiinho, saiinha, feiura, feiume 
 
 
 
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Verbos Ter e Vir 
Acentua-se com circunflexo a 3ª pessoa do plural do presente do 
indicativo dos verbos ter e vir, bem como nos seus compostos (deter, conter, 
reter, advir, convir, intervir etc.). Veja: 
Ele tem Eles têm 
Ela vem Elas vêm 
Ele retém Eles retêm 
Ele intervém Eles intervêm 
 
Obs.: nos verbos compostos de ter e vir, o acento ocorre 
obrigatoriamente, mesmo no singular. Distingue-se o plural do singular 
mudando o acento de agudo para circunflexo: 
ele detém - eles detêm 
ele advém - eles advêm 
 
ORTOGRAFIA OFICIAL 
 
Novo Acordo Ortográfico 
 
A partir de 1º de janeiro de 2009 passou a vigorar no Brasil e em todos os 
países da CLP (Comunidade de países de Língua Portuguesa) o período de 
transição para as novas regras ortográficas que se finaliza em 31 de dezembro 
de 2015. Sendo assim, ainda este ano, os concursos podem cobrar as regras 
antigas e as regras novas (o mais recorrente, porém, tem sido cobrar a 
ortografia já no novo acordo). Nesta aula, apresentarei a ortografia e 
acentuação já adaptadas ao novo acordo e ressaltarei as mudanças que 
aconteceram! 
O Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa foi assinado em Lisboa, em 16 
de dezembro de 1990, por Portugal, Brasil, Angola, São Tomé e Príncipe, Cabo 
Verde, Guiné-Bissau, Moçambique e, posteriormente, por Timor Leste. No 
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Brasil, o Acordo foi aprovado pelo Decreto Legislativo no 54, de 18 de abril de 
1995. Esse Acordo é meramente ortográfico; portanto, restringe-se à língua 
escrita, não afetando nenhum aspecto da língua falada. Ele não elimina todas 
as diferenças ortográficas observadas nos países que têm a língua portuguesa 
como idioma oficial, mas é um passo em direção à pretendida unificação 
ortográfica desses países. 
 
 
 
 
Unificar a ortografia do nosso idioma não é uma preocupação atual! No 
quadro a seguir tem-se, resumidamente, as principais tentativas de unificação 
ortográfica já ocorridas entre os países lusófonos. No Brasil, note que já houve 
duas reformas ortográficas: em 1943 e 1971. Assim, um brasileiro com mais 
de 65 anos está prestes a passar pela terceira reforma. Em Portugal, a última 
reforma aconteceu em 1945. 
 
 
Cronologia das Reformas Ortográficas na Língua Portuguesa 
Séc XVI até ao séc. XX - Em Portugal e no Brasil a escrita praticada 
era de caráter etimológico (procurava-se a raiz latina ou grega para 
escrever as palavras). 
1907 - A Academia Brasileira de Letras começa a simplificar a escrita 
nas suas publicações.1910 - Implantação da República em Portugal ± foi nomeada uma 
Comissão para estabelecer uma ortografia simplificada e uniforme para ser 
usada nas publicações oficiais e no ensino. 
1911 - Primeira Reforma Ortográfica ± tentativa de uniformizar e 
simplificar a escrita de algumas formas gráficas, mas que não foi extensiva 
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ao Brasil. 
1915 - A Academia Brasileira de Letras resolve harmonizar a 
ortografia com a portuguesa. 
1919 - A Academia Brasileira de Letras revoga a sua resolução de 
1915. 
1924 - A Academia de Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de 
Letras começam a procurar uma grafia comum. 
1929 - A Academia Brasileira de Letras lança um novo sistema 
gráfico. 
1931 - Foi aprovado o primeiro Acordo Ortográfico entre o Brasil e 
Portugal, que visava suprimir as diferenças, unificar e simplificar a língua 
portuguesa, contudo não foi posto em prática. 
1938 - Foram sanadas as dúvidas quanto à acentuação de palavras. 
1943 - Foi redigido, na primeira Convenção ortográfica entre Brasil e 
Portugal, o Formulário Ortográfico de 1943. 
1945 - O acordo ortográfico tornou-se lei em Portugal, mas no Brasil 
não foi ratificado pelo Governo. Os brasileiros continuaram a regular-se 
pela ortografia anterior, do Vocabulário de 1943. 
1971 - Foram promulgadas alterações no Brasil, reduzindo as 
divergências ortográficas com Portugal. 
1973 - Foram promulgadas alterações em Portugal, reduzindo as 
divergências ortográficas com o Brasil. 
1975 - A Academia das Ciências de Lisboa e a Academia Brasileira de 
Letras elaboram novo projeto de acordo, que não foi aprovado 
oficialmente. 
1986 - O presidente brasileiro José Sarney promoveu um encontro 
dos sete países de língua portuguesa - Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-
Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe - no Rio de Janeiro. 
Foi apresentado o Memorando Sobre o Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa. 
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1990 - A Academia das Ciências de Lisboa convocou novo encontro 
juntando uma Nota Explicativa do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa 
± as duas academias elaboram a base do Acordo Ortográfico da Língua 
Portuguesa. O documento entraria em vigor (de acordo com o 3º artigo do 
mesmo) no dia 1º de Janeiro de 1994, após depositados todos os 
instrumentos de ratificação de todos os Estados junto do Governo 
português. 
1996 - O último acordo foi apenas ratificado por Portugal, Brasil e 
Cabo Verde. 
2004 - Os ministros da Educação da CPLP reuniram-se em Fortaleza 
(Brasil) para propor a entrada em vigor do Acordo Ortográfico, mesmo 
sem a ratificação de todos os membros. 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
A ortografia, fruto de uma convenção (acordos ortográficos), caracteriza-
se por estabelecer padrões para a forma escrita das palavras. Essa escrita está 
relacionada tanto a critérios etimológicos (ligados à origem das palavras) 
quanto fonológicos (ligados aos fonemas representados). A melhor maneira de 
treinar a ortografia é ler, escrever e consultar o dicionário sempre que houver 
dúvida. 
 
O Alfabeto 
O alfabeto da língua portuguesa é formado por 26 letras (antes do novo 
acordo ortográfico eram 23, acrescentou-se agora o K, W e Y). 
 
ANTES DO NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO: 
Emprego das letras K, W e Y 
 
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Utilizam-se nos seguintes casos: 
a) Em antropônimos originários de outras línguas e seus derivados. 
Exemplos: Kant, kantismo; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. 
b) Em topônimos originários de outras línguas e seus derivados. 
Exemplos: Kuwait, kuwaitiano. 
c) Em siglas, símbolos, e mesmo em palavras adotadas como unidades de 
medida de curso internacional. 
Exemplos: K (Potássio), W (West), kg (quilograma), km (quilômetro), 
Watt. 
 
Tais casos continuam em uso, mas as letras fazem parte do alfabeto. 
 
Emprego de X e Ch 
 
Emprega-se o X: 
1) Após um ditongo. 
Exemplos: caixa, frouxo, peixe 
Exceção: recauchutar e seus derivados 
 
2) Após a sílaba inicial "en". 
Exemplos: enxame, enxada, enxaqueca 
Exceção: palavras iniciadas por "ch" que recebem o prefixo "en-" 
Exemplos: encharcar (de charco), enchiqueirar (de chiqueiro), encher e 
seus derivados (enchente, enchimento, preencher...) 
3) Após a sílaba inicial "me-". 
Exemplos: mexer, mexerica, mexicano, mexilhão 
Exceção: mecha 
 
4) Em vocábulos de origem indígena ou africana e nas palavras inglesas 
aportuguesadas. 
Exemplos: abacaxi, xavante, orixá, xará, xerife, xampu 
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5) Nas seguintes palavras: bexiga, bruxa, coaxar, faxina, graxa, 
lagartixa, lixa, lixo, puxar, rixa, oxalá, praxe, roxo, vexame, xadrez, xarope, 
xaxim, xícara, xale, xingar etc. 
 
Emprega-se o dígrafo Ch: 
 
1) Nos seguintes vocábulos: bochecha, bucha, cachimbo, chalé, 
charque, chimarrão, chuchu, chute, cochilo, debochar, fachada, fantoche, 
ficha, flecha, mochila, pechincha, salsicha, tchau etc. 
 
Emprego de G e J 
 
Para representar o fonema /j/ na forma escrita, a grafia considerada 
correta é aquela que ocorre de acordo com a origem da palavra. Veja os 
exemplos: 
Gesso: Origina-se do grego gypsos 
Jipe: Origina-se do inglês jeep. 
 
Emprega-se o G: 
 
1) Nos substantivos terminados em -agem, -igem, -ugem 
Exemplos: barragem, miragem, viagem, origem, ferrugem 
Exceção: pajem 
 
2) Nas palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio 
Exemplos: estágio, privilégio, prestígio, relógio, refúgio 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que se grafam com g 
Exemplos: engessar (de gesso), massagista (de massagem), vertiginoso 
(de vertigem) 
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4) Nos seguintes vocábulos: algema, auge, bege, estrangeiro, geada, 
gengiva, gibi, gilete, hegemonia, herege, megera, monge, rabugento, vagem. 
 
Emprega-se o J: 
 
1) Nas formas dos verbos terminados em -jar ou -jear 
Exemplos: 
Arranjar: arranjo, arranje, arranjem 
Despejar: despejo, despeje, despejem 
Gorjear: gorjeie, gorjeiam, gorjeando 
Enferrujar: enferruje, enferrujem 
Viajar: viajo, viaje, viajem 
 
2) Nas palavras de origem tupi, africana, árabe ou exótica 
Exemplos: biju, jiboia, canjica, pajé, jerico, manjericão, Moji 
 
3) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam j 
Exemplos: 
Laranja ± Laranjeira 
Loja ± Lojista 
Lisonja ± lisonjeado 
Nojo ± nojeira 
Jeito ± ajeitar 
Cereja ± cerejeira 
Varejo ± varejista 
Rijo - enrijecer4) Nos seguintes vocábulos: berinjela, cafajeste, jeca, jegue, majestade, 
jeito, jejum, laje, traje, pegajento 
 
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Emprego de S e Z 
 
Emprega-se o S: 
 
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam s no radical 
Exemplos: 
Análise ± analisar 
Catálise ± catalisador 
Casa ± casinha, casebre 
Liso - alisar 
 
2) Nos sufixos -ês e -esa, ao indicarem nacionalidade, título ou origem 
Exemplos: 
burguês- burguesa inglês- inglesa 
chinês- chinesa milanês- milanesa 
 
3) Nos sufixos formadores de adjetivos -ense, -oso e -osa 
Exemplos: 
Gostoso ± gostosa 
Amoroso ± amorosa 
Teimoso ± teimosa 
Catarinense 
Palmeirense 
 
4) Nos sufixos gregos -ese, -isa, -osa 
Exemplos: catequese, diocese, poetisa, profetisa, sacerdotisa, glicose, 
metamorfose, virose 
 
5) Após ditongos 
Exemplos: coisa, pouso, lousa, náusea 
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6) Nas formas dos verbos pôr e querer, bem como em seus derivados 
Exemplos: pus, pôs, pusemos, puseram, pusera, pusesse, puséssemos, 
quis, quisemos, quiseram, quiser, quisera, quiséssemos, repus, repusera, 
repusesse, repuséssemos 
 
7) Nos seguintes nomes próprios personativos: Baltasar, Heloísa, Inês, 
Isabel, Luís, Luísa, Resende, Sousa, Teresa, Teresinha, Tomás 
 
8) Nos seguintes vocábulos: abuso, asilo, através, aviso, besouro, brasa, 
cortesia, decisão, despesa, empresa, freguesia, fusível, maisena, mesada, 
paisagem, paraíso, pêsames, presépio, presídio, querosene, raposa, surpresa, 
tesoura, usura, vaso, vigésimo, visita etc. 
 
Emprega-se o Z: 
 
1) Nas palavras derivadas de outras que já apresentam z no radical 
Exemplos: 
Deslize ± deslizar 
Razão ± razoável 
Vazio ± esvaziar 
Raiz ± enraizar 
Cruz ± cruzeiro 
 
2) Nos sufixos -ez, -eza, ao formarem substantivos abstratos a partir de 
adjetivos 
Exemplos: 
Inválido ± invalidez 
Limpo ± limpeza 
Macio ± maciez 
Rígido ± rigidez 
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Frio ± frieza 
Nobre ± nobreza 
Pobre ± pobreza 
Surdo - surdez 
 
3) Nos sufixos -izar, ao formar verbos e -ização, ao formar substantivos 
Exemplos: 
 
civilizar- civilização hospitalizar- hospitalização 
colonizar- colonização realizar- realização 
 
4) Nos derivados em -zal, -zeiro, -zinho, -zinha, -zito, -zita 
Exemplos: cafezal, cafezeiro, cafezinho, arvorezinha, cãozito, avezita 
 
5) Nos seguintes vocábulos: azar, azeite, azedo, amizade, buzina, bazar, 
catequizar, chafariz, cicatriz, coalizão, cuscuz, proeza, vizinho, xadrez, verniz 
etc. 
 
6) Nos vocábulos homófonos, estabelecendo distinção no contraste entre 
o S e o Z 
Exemplos: 
Cozer (cozinhar) e coser (costurar) 
Prezar (ter em consideração) e presar (prender) 
Traz (forma do verbo trazer) e trás (parte posterior) 
 
 
Em muitas palavras, a letra X soa como Z. Veja os exemplos: 
Exame Exato Exausto Exemplo Existir Exótico Inexorável 
 
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Emprego de S, Ç, X e dos dígrafos Sc, Sç, Ss, Xc, Xs 
Existem diversas formas para a representação do fonema /S/. Observe: 
 
Emprega-se o S: 
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "-andir", 
"-ender", "-verter" e "-pelir". 
 
Exemplos: 
 
Emprega-se Ç: 
Nos substantivos derivados dos verbos "ter" e "torcer" 
Exemplos: 
ater- atenção torcer- torção 
deter- detenção distorcer-distorção 
manter- manutenção contorcer- contorção 
 
Emprega-se o X: 
Em alguns casos, a letra X soa como Ss 
Exemplos: auxílio, expectativa, experto, extroversão, sexta, sintaxe, 
texto, trouxe 
 
Emprega-se Sc: 
Nos termos eruditos 
expandir- 
expansão 
pretender- 
pretensão 
verter- 
versão 
expelir- 
expulsão 
estender- -
extensão 
suspender- 
suspensão 
converter- 
conversão 
repelir- 
repulsão 
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Exemplos: acréscimo, ascensorista, consciência, descender, discente, 
fascículo, fascínio, imprescindível, miscigenação, miscível, plebiscito, 
rescisão, seiscentos, transcender etc. 
 
Emprega-se Sç: 
Na conjugação de alguns verbos 
Exemplos: 
Nascer- nasço, nasça 
Crescer- cresço, cresça 
Descer- desço, desça 
 
Emprega-se Ss: 
Nos substantivos derivados de verbos terminados em "-gredir", "-mitir", 
"-ceder" e "-cutir" 
 
Exemplos: 
agredir- 
agressão 
demitir- 
demissão 
ceder- 
cessão 
discutir- 
discussão 
progredir-
progressão 
transmitir- 
transmissão 
exceder- 
excesso 
repercutir- 
repercussão 
 
Emprega-se o Xc e o Xs: 
Em dígrafos que soam como Ss 
 
Exemplos: 
exceção, excêntrico, excedente, excepcional, exsudar 
 
Observações sobre o uso da letra X 
 
1) O X pode representar os seguintes fonemas: 
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/ch/ - xarope, vexame 
/cs/ - axila, nexo 
/z/ - exame, exílio 
/ss/ - máximo, próximo 
/s/ - texto, extenso 
 
2) Não soa nos grupos internos -xce- e -xci- 
Exemplos: excelente, excitar 
 
Emprego das letras E e I 
Na língua falada, a distinção entre as vogais átonas /e/ e /i / pode não ser 
nítida. Observe: 
 
Emprega-se o E: 
1) Em sílabas finais dos verbos terminados em -oar, -uar 
Exemplos: 
Magoar - magoe, magoes 
Continuar- continue, continues 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo ante- (antes, anterior) 
Exemplos: antebraço, antecipar 
 
3) Nos seguintes vocábulos: 
Cadeado, confete, disenteria, empecilho, irrequieto, mexerico, orquídea 
 
Emprega-se o I: 
 
1) Nas sílabas finais dos verbos terminados em -air, -oer, -uir 
Exemplos: 
Cair- cai 
Doer- dói 
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Influir- influi 
 
2) Em palavras formadas com o prefixo anti- (contra) 
Exemplos: 
Anticristo, antitetânico 
 
3) Nos seguintes vocábulos: aborígine, artimanha, chefiar, digladiar, 
penicilina, privilégio 
 
Emprego das letras O e U: 
A oposição o/u é responsável pela diferença de significado de algumas 
palavras. 
Veja osexemplos: 
Comprimento (extensão) e cumprimento (saudação, realização) 
Soar (emitir som) e suar (transpirar) 
Grafam-se com a letra O: bolacha, bússola, costume, moleque 
Grafam-se com a letra U: camundongo, jabuti, Manuel, tábua 
 
Emprego da letra H 
Esta letra, em início ou fim de palavras, não tem valor fonético. 
Conservou-se apenas como símbolo, por força da etimologia e da tradição 
escrita. A palavra hoje, por exemplo, grafa-se desta forma devido a sua 
origem na forma latina hodie. 
 
Emprega-se o H: 
 
1) Inicial, quando etimológico 
Exemplos: hábito, hesitar, homologar, Horácio 
 
2) Medial, como integrante dos dígrafos ch, lh, nh 
Exemplos: flecha, telha, companhia 
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3) Final e inicial, em certas interjeições 
Exemplos: ah!, ih!, eh!, oh!, hem?, hum! 
 
4) Em compostos unidos por hífen, no início do segundo elemento, se 
etimológico 
Exemplos: anti-higiênico, pré-histórico, super-homem etc. 
 
 
1) No substantivo Bahia, o "h" sobrevive por tradição. Note que, nos 
substantivos derivados, como baiano, baianada ou baianinha, ele não é 
utilizado. 
2) Os vocábulos erva, Espanha e inverno não possuem a letra "h" na sua 
composição. No entanto, seus derivados eruditos sempre são grafados com h. 
Veja: herbívoro, hispânico, hibernal. 
 
Emprego das Iniciais Maiúsculas e Minúsculas 
 
1) Utiliza-se inicial maiúscula: 
 
a) No começo de um período, verso ou citação direta. 
Exemplos: 
Disse o Padre Antonio Vieira: "Estar com Cristo em qualquer lugar, ainda 
que seja no inferno, é estar no Paraíso." 
"Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, 
Estandarte que à luz do sol encerra. $V� SURPHVVDV� GLYLQDV� GD� (VSHUDQoD«� 
(Castro Alves) 
 
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- No início dos versos que não abrem período, é facultativo o uso da letra 
maiúscula. 
Por exemplo: 
"Aqui, sim, no meu cantinho, vendo rir-me o candeeiro, gozo o bem de 
estar sozinho e esquecer o mundo inteiro." 
 
- Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, usa-se letra 
minúscula. 
Por exemplo: 
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, incenso, mirra." 
(Manuel Bandeira) 
 
b) Nos antropônimos, reais ou fictícios. 
Exemplos: Pedro Silva, Cinderela, D. Quixote. 
 
c) Nos topônimos, reais ou fictícios. 
Exemplos: Rio de Janeiro, Rússia, Macondo. 
 
d) Nos nomes mitológicos. 
Exemplos: Dionísio, Netuno. 
 
e) Nos nomes de festas e festividades. 
Exemplos: Natal, Páscoa, Ramadã. 
 
f) Em siglas, símbolos ou abreviaturas internacionais. 
Exemplos: ONU, Sr., V. Ex.ª 
 
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g) Nos nomes que designam altos conceitos religiosos, políticos ou 
nacionalistas. 
Exemplos: Igreja (Católica, Apostólica, Romana), Estado, Nação, Pátria, 
União etc. 
 
Esses nomes escreve-se com inicial minúscula quando são empregados 
em sentido geral ou indeterminado. 
Exemplo: Todos amam sua pátria. 
 
Emprego FACULTATIVO de letra maiúscula: 
a) Nos nomes de logradouros públicos, templos e edifícios. 
 
Exemplos: 
Rua da Liberdade ou rua da Liberdade 
Igreja do Rosário ou igreja do Rosário 
Edifício Azevedo ou edifício Azevedo 
 
2) Utiliza-se inicial minúscula: 
a) Em todos os vocábulos da língua, nos usos correntes. 
Exemplos: carro, flor, boneca, menino, porta 
 
b) Nos nomes de meses, estações do ano e dias da semana. 
Exemplos: 
Janeiro, julho, dezembro etc. 
Segunda, sexta, domingo etc. 
Primavera, verão, outono, inverno 
 
c) Nos pontos cardeais. 
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Exemplos: 
Percorri o país de norte a sul e de leste a oeste. 
Estes são os pontos colaterais: nordeste, noroeste, sudeste, sudoeste. 
 
Quando empregados em sua forma absoluta, os pontos cardeais são 
grafados com letra maiúscula. 
Exemplos: 
Nordeste (região do Brasil) 
Ocidente (europeu) 
Oriente (asiático) 
 
 
Depois de dois pontos, não se tratando de citação direta, 
usa-se letra minúscula. 
Exemplo: 
"Chegam os magos do Oriente, com suas dádivas: ouro, 
incenso, mirra." (Manuel Bandeira) 
 
Emprego FACULTATIVO de letra minúscula: 
a) Nos vocábulos que compõem uma citação bibliográfica. 
Exemplos: 
Crime e Castigo ou Crime e castigo 
Grande Sertão: Veredas ou Grande sertão: veredas 
Em Busca do Tempo Perdido ou Em busca do tempo perdido 
 
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b) Nas formas de tratamento e reverência, bem como em nomes 
sagrados e que designam crenças religiosas. 
Exemplos: 
Governador Mário Covas ou governador Mário Covas 
Papa João Paulo II ou papa João Paulo II 
Excelentíssimo Senhor Reitor ou excelentíssimo senhor reitor 
Santa Maria ou santa Maria. 
 
c) Nos nomes que designam domínios de saber, cursos e disciplinas. 
Exemplos: 
Português ou português 
Línguas e Literaturas Modernas ou línguas e literaturas modernas 
História do Brasil ou história do Brasil 
Arquitetura ou arquitetura 
 
Emprego do Hífen 
 
O hífen é usado com vários fins em nossa ortografia, geralmente, 
sugerindo a ideia de união semântica, ou seja, união do sentido de duas ou 
mais palavras. As regras de emprego do hífen são muitas, o que faz com que 
algumas dúvidas só possam ser solucionadas com o auxílio de um bom 
dicionário. Entretanto, é possível reduzir a quantidade de dúvidas sobre o seu 
uso ao observarmos algumas orientações básicas. O uso do hífen sofreu 
alterações importantes com o novo acordo ortográfico. 
 
Conheça os casos de emprego do hífen (-): 
 
 1) Na separação de sílabas. 
Exemplos: 
Vo-vó; 
Pás-sa-ro; 
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U-ru-guai. 
 
2) Para ligar pronomes oblíquos átonos a verbos e à palavra "eis". 
Exemplos: 
Deixa-o; 
Obedecer-lhe; 
Chamar-se-á (mesóclise); 
Mostre-se-lhe (dois pronomes relacionados ao mesmo verbo); 
Ei-lo. 
 
3) Em substantivos compostos, cujos elementos conservam sua 
autonomia fonética e acentuação própria, mas perdem sua significação 
individual para construir uma unidade semântica, um conceito único. 
Exemplos: 
Amor-perfeito, arco-íris, conta-gotas, decreto-lei, guarda-chuva, 
médico-cirurgião, norte-americano etc. 
 
4) Em compostosnos quais o primeiro elemento é numeral. 
Exemplos: primeira-dama, primeiro-ministro, segundo-tenente, segunda-
feira, 
quinta-feira etc. 
 
5) Em compostos homogêneos (contendo dois adjetivos, dois verbos 
ou elementos repetidos). 
Exemplos: técnico-científico, luso-brasileiro; quebra-quebra, corre-corre, 
reco-reco, blá-blá-blá etc. 
 
6) Nos topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão, ou 
por forma verbal ou cujos elementos estejam ligados por artigos. 
Exemplos: 
Grã- Bretanha, Grão -Pará; 
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Passa-Quatro, Quebra-Costas, Traga-Mouros, Trinca-Fortes; 
Albergaria-a-Velha, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios, 
Montemor-o-Novo, Trás-os-Montes. 
 
Obs.: os outros topônimos compostos escreve-se com os elementos 
separados, sem hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc. O 
topônimo Guiné-Bissau é, contudo, uma exceção consagrada pelo uso. 
 
7) Emprega-se o hífen nas palavras compostas que designam espécies 
botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer 
outro elemento. 
 
Exemplos: couve-flor, erva-doce, feijão-verde, erva-do-chá, ervilha-de-
cheiro, bem-me-quer (planta), andorinha-grande, formiga-branca, cobra-
d'água, lesma-de-conchinha, bem-te-vi etc. 
 
Obs.: não se usa o hífen quando os compostos que designam espécies 
botânicas e zoológicas são empregados fora de seu sentido original. Observe a 
diferença de sentido: bico-de-papagaio (espécie de planta ornamental, com 
hífen) e bico de papagaio (deformação nas vértebras, sem hífen). 
 
8) Emprega-se o hífen nos compostos com os elementos além, aquém, 
recém e sem. 
Exemplos: além-mar, aquém-fronteiras, recém-nascido, sem-vergonha. 
 
9) Usa-se o hífen sempre que o prefixo terminar com a mesma letra com 
que se inicia a outra palavra. 
Exemplos: anti-inflacionário, inter-regional, sub-bibliotecário, tele-entrega 
etc. 
 
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NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
Esta regra faz parte do novo acordo. Antes dele, antiinflacionário, 
antiinflamatório, microônibus, microondas eram grafadas assim, sem hífen! 
 
10) Emprega-se hífen (e não travessão) entre elementos que formam não 
uma palavra, mas um encadeamento vocabular: 
Exemplos: 
A divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; 
A ponte Rio-Niterói; 
A ligação Angola-Moçambique; 
A relação professor-aluno. 
 
11) Nas formações por sufixação será empregado o hífen nos vocábulos 
terminados por sufixos de origem tupi-guarani que representam formas 
adjetivas, tais como -açu, -guaçu e -mirim, se o primeiro elemento acabar 
em vogal acentuada graficamente, ou por tônica nasal. 
Exemplos: Andá-açu, capim-açu, sabiá-guaçu, arumã-mirim, cajá-mirim 
etc. 
 
12) Usa-se hífen com o elemento mal antes de vogal, h ou l. 
Exemplos: mal-acabado, mal-estar, mal-humorado, mal-limpo. 
 
13) Nas locuções não se costuma empregar o hífen, salvo naquelas já 
consagradas pelo uso. 
Exemplos: café com leite, cão de guarda, dia a dia, fim de semana, ponto 
e vírgula, tomara que caia. 
 
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Locuções consagradas: água-de-colônia, arco-da-velha, cor-de-rosa, 
mais-que-perfeito, pé-de-meia, ao deus-dará, à queima-roupa. 
 
Prefixos e Elementos de Composição 
Usa-se o hífen com diversos prefixos e elementos de composição. Veja o 
quadro a seguir: 
Usa-se hífen com os prefixos: Quando a palavra seguinte começa por: 
Ante-, Anti-, Contra-, Entre-, 
Extra-, Infra-, Intra-, Sobre-, 
Supra-, Ultra- 
H ou VOGAL IDÊNTICA À QUE 
TERMINA O PREFIXO 
Exemplos com H: 
ante-hipófise, anti-herói, entre-hostil, 
contra-hospitalar, extra-humano, 
infra-hepático, sobre-humano, 
supra-hepático, ultra-hiperbólico. 
Exemplos com vogal idêntica: 
anti-inflamatório, contra-ataque, 
infra-axilar, sobre-estimar, 
supra-auricular, ultra-aquecido. 
Hiper-, Inter-, Super- 
H ou R 
Exemplos: 
hiper-hidrose, hiper-raivoso, 
inter-humano, inter-racial, 
super-homem, super-resistente. 
Sub- 
 
B - H - R 
Exemplos: 
sub-bloco, sub-hepático, sub-humano, 
sub-região. 
Obs.: as formas escritas sem hífen e 
sem "h", como por exemplo "subumano" 
e "subepático" também são aceitas. 
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Ab-, Ad-, Ob-, Sob- 
B, R - D (Apenas com o prefixo "Ad") 
Exemplos: ab-rogar (pôr em 
desuso), ad-rogar (adotar), ob-reptício 
(astucioso), sob-roda, ad-digital 
Ex- (no sentido de estado 
anterior), Sota-, Soto-, Vice-, Vizo- 
DIANTE DE QUALQUER PALAVRA 
Exemplos: ex-namorada, 
sota-soberania (não total), soto-mestre 
(substituto), vice-reitor, vizo-rei 
Pós-, Pré-, Pró- (tônicos e com 
significados próprios) 
DIANTE DE QUALQUER PALAVRA 
Exemplos: pós-graduação, 
pré-escolar, pró-democracia 
Obs.: se os prefixos não forem 
autônomos, não haverá hífen. Exemplos: 
predeterminado, pressupor, pospor, 
propor. 
Circum-, Pan- 
H, M, N ou VOGAL 
Exemplos: circum-meridiano, 
circum-navegação, circum-oral, 
pan-americano, pan-mágico, 
pan-negritude. 
Pseudoprefixos (diferem-se 
dos prefixos por apresentarem 
elevado grau de independência e 
possuírem uma significação mais 
ou menos delimitada, presente à 
consciência dos falantes): Aero-, 
Agro-, Arqui-, Auto-, Bio-, Eletro-, 
Geo-, Hidro-, Macro-, Maxi-, Mega-
, Micro-, Mini-, Multi-, Neo-, Pluri-, 
H ou VOGAL IDÊNTICA À QUE 
TERMINA O PREFIXO 
Exemplos com H: geo-histórico, 
mini-hospital, neo-helênico, 
proto-história, semi-hospitalar. 
Exemplos com vogal idêntica: 
arqui-inimigo, auto-observação, 
eletro-ótica, micro-ondas, micro-ônibus, 
neo-ortodoxia, semi-interno, 
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Proto-, Pseudo-, Retro-, Semi-, 
Tele- 
tele-educação. 
 
 NÃO HAVERÁ HÍFEN 
 
1) 1mR�VH�XWLOL]DUi�R�KtIHQ�HP�SDODYUDV�LQLFLDGDV�SHOR�SUHIL[R�µco-¶��(OH�LUi�
se juntar ao segundo elemento, mesmo que este se inicie por 'o' ou 'h'. Neste 
último caso, corta-se o 'h'. Se a palavra seguinte começar com 'r' ou 's', 
dobram-se essas letras. 
Exemplos: coadministrar, coautor, coexistência, cooptar, coerdeiro, 
corresponsável, cosseno 
 
2) Com os prefixos pre- e re- não se utilizará o hífen, mesmo diante de 
palavras começadas por 'e'. 
Exemplos: preeleger, preexistência, reescrever, reedição 
 
3) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal 
e o segundo elemento começar por r ou s, estas consoantes serão duplicadas 
e não se utilizaráo hífen. 
 
Exemplos: antirreligioso, antissemita, arquirrivalidade, autorretrato, 
contrarregra, contrassenso, extrasseco, infrassom, eletrossiderurgia, 
neorrealismo etc. 
 
Não confunda as grafias das palavras autorretrato e 
porta-retrato. A primeira é composta pelo prefixo auto-, o que justifica a 
ausência do hífen e a duplicação da consoante 'r'. 'Porta-retrato', por outro 
lado, não possui prefixo: o elemento 'porta' trata-se de uma forma do verbo 
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"portar". Assim, esse substantivo composto deve ser sempre grafado com 
hífen. 
 
4) Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo terminar em vogal 
e o segundo elemento começar por vogal diferente, não se utilizará o hífen. 
 
Exemplos: antiaéreo, autoajuda, autoestrada, agroindustrial, 
contraindicação, infraestrutura, intraocular, plurianual, pseudoartista, 
semiembriagado, ultraelevado etc. 
 
5) Não se utilizará o hífen nas formações com os prefixos des- e in-, nas 
quais o segundo elemento tiver perdido o "h" inicial. 
 
Exemplos: desarmonia, desumano, desumidificar, inábil, inumano etc. 
 
6) Não se utilizará o hífen com a palavra não, ao possuir função prefixal. 
Exemplos: não violência, não agressão, não comparecimento 
 
Lembre-se: 
Não se utiliza o hífen em palavras que possuem os elementos "bi", "tri", 
"tetra", "penta", "hexa" etc. 
Exemplos: bicampeão, bimensal, bimestral, bienal, tridimensional, 
trimestral, triênio, tetracampeão, tetraplégico, pentacampeão, pentágono etc. 
 
 
Observações: 
- Em relação ao prefixo "hidro-", em alguns casos pode haver duas formas 
de grafia. 
Exemplos: 
"Hidroavião" e "hidravião"; "hidroenergia" e "hidrenergia" 
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- No caso do elemento "socio-", o hífen será utilizado apenas quando 
houver função de substantivo (= de associado). 
Exemplos: sócio-gerente / socioeconômico 
 
 
 
 
Saiba Mais sobre o Uso do Hífen 
 
- Travessão e Hífen 
Não confunda o travessão com o hífen: o travessão é um sinal de 
pontuação mais longo do que o hífen. 
- Hífen e translineação 
Havendo coincidência de fim de linha com o hífen, deve-se, por clareza 
gráfica, repeti-lo no início da linha seguinte. 
Exemplos: 
ex- 
- alferes 
 
guarda- 
-chuva 
 
Por favor, diga- 
-nos logo o que aconteceu. 
 
Conheça algumas diferenças de significação que o uso (ou ausência) do 
hífen pode provocar: 
 
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Significado sem uso do hífen Significado com uso do hífen 
Meio dia = metade do dia Ao meio-dia = às 12h 
Pão duro = pão envelhecido Pão-duro = sovina 
Cara suja = rosto sujo Cara-suja = espécie de periquito 
Copo de leite = copo com leite Copo-de-leite = flor 
 
 
 
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO 
Resumindo as mudanças com o uso do hífen: 
‡� 1ova Regra: o hífen não é mais utilizado em palavras formadas de 
prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 'r' 
ou 's', sendo que essas devem ser dobradas. 
‡� 5HJUD� Antiga: ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-
rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidade, auto-regulamentação, auto-sugestão, 
contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, 
extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal, 
supra-sensível 
‡� &Rmo ficou: antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, 
antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, 
contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, 
intrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal, suprassensível 
 
Observação: 
‡�HP�SUHIL[RV�WHUPLQDGRV�SRU�
U
��SHUPDQHFH�R�KtIHQ�VH�D�SDODYUD�VHJXLQWH�IRU�
iniciada pela mesma letra: hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, 
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inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, super-
resistente etc. 
 
‡� 1RYD� 5HJUD�� R hífen não é mais utilizado em palavras formadas de 
prefixos (ou falsos prefixos) terminados em vogal + palavras iniciadas por 
outra vogal 
‡� 5egra Antiga: auto-afirmação, auto-ajuda, auto-aprendizagem, auto-
escola, auto-estrada, auto-instrução, contra-exemplo, contra-indicação, 
contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intra-ocular, intra-
uterino, neo-expressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semi-
automático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular, ultra-elevado 
‡� &RPR� ILFRX: autoafirmação, autoajuda, autoaprendizagem, autoescola, 
autoestrada, autoinstrução, contraexemplo, contraindicação, contraordem, 
extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, 
neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, 
semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado 
 
Observações: 
‡�HVsa nova regra vai uniformizar algumas exceções já existentes antes: 
antiaéreo, antiamericano, socioeconômico etc. 
‡�HVsa regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por 'h': anti-
herói, anti-higiênico, extra-humano, semi-herbáceo etc. 
 
‡�1RYD�5HJUD��Dgora utiliza-se hífen quando a palavra é formada por um 
prefixo (ou falso prefixo) terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma 
vogal. 
‡� 5HJUD� $QWLJD�� DQWLLEpULFR�� DQWLLQIODPDWyULR�� DQWLLQIODFLRQiULR��
antiimperialista, arquiinimigo, arquiirmandade, microondas, microônibus, 
microorgânico 
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‡� &RPR� ILFRX: anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, anti-
imperialista, arqui-inimigo, arqui-irmandade, micro-ondas, micro-ônibus, 
micro-orgânico 
 
Observações: 
‡�HVsa regra foi alterada por conta da regra anterior: prefixo termina com 
vogal + palavra inicia com vogal diferente = não tem hífen; prefixo termina 
com vogal + palavra inicia com mesma vogal = com hífen 
‡�XPD�H[FHomR�p�R�SUHIL[R�
FR
��0HVPR�que a outra palavra se inicie com a 
vogal 'o', NÃO se utliza hífen. 
 
‡�1RYD�5HJUD: Não usamos mais hífen em compostos em que, pelo uso, 
perdeu-se a noção de composição. 
‡� 5HJUD� $QWLJD�� PDQGD-chuva, pára-quedas, pára-quedista, pára-lama, 
pára-brisa, pára-choque, pára-vento 
‡� &RPR� ficou: mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, 
parabrisa, parachoque, paravento 
 
Observação: 
‡� R� XVR� GR� KtIHQ� SHUPDQHFH� HP� SDODYUDV� FRPSRVWDV� TXH� QmR� FRQWrP 
elemento de ligação e constituem unidade sintagmática e semântica, 
mantendo o acento próprio, bem como naquelas que designam espécies 
botânicase zoológicas: ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, 
guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, beija-flor, couve-flor, 
erva-doce, mal-me-quer, bem-te-vi etc. 
 
O uso do hífen permanece 
‡�(P�SDODYUDV�IRUPDGDV�SRU�SUHIL[RV�
H[-', 'vice-', 'soto-': ex-marido, 
vice-presidente, soto-mestre 
‡�(P�SDODYUDV�IRUPDGDV�SRU�SUHIL[RV�
FLUFXP-' e 'pan-' + palavras iniciadas 
em vogal, M ou N: pan-americano, circum-navegação 
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‡�(P�SDODYUDV�IRUPDGDV�FRP�os prefixos 'pré-', 'pró-' e 'pós-' + palavras 
que têm significado próprio: pré-natal, pró-desarmamento, pós-graduação 
‡� (P� palavras formadas por 'além', 'aquém', 'recém', 'sem': além-mar, 
além-fronteiras, aquém-oceano, recém-nascidos, recém-casados, sem-
número, sem-teto 
 
 
Agora muita atenção! Algumas palavras ou expressões acabam nos 
deixando loucos na hora de escrevê-las, não é? Mal com L ou com U? Abaixo 
ou a baixo? Há com H ou sem H? A fim ou Afim? E por aí vai.... Pois é! Está na 
hora de resolver este problema! 
 
9 Demais/ De mais 
 
Demais, caracterizado como advérbio de intensidade, equivale a muito, 
excessivamente. 
Nossa! A meu ver você parece egoísta demais. 
 
Como pronome indefinido corresponde a ³RV�UHVWDQWHV��RV�RXWURV´� 
Ele foi o único que se sobressaiu entre os demais. 
 
De mais caracteriza-VH�FRPR�R�RSRVWR�GR�WHUPR�³GH�PHQRV´�� 
Há alunos de mais nesta sala. 
 
9 Há/ A 
 
Há, depreendendo o sentido de impessoalidade (por isso permanece 
sempre na terceira pessoa do singular), revela o sentido de existir ou fazer. 
Nesta sala há verdadeiros talentos na área de exatas. 
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O A tanto pode indicar tempo futuro (que se conta de hoje para o futuro) 
ou apenas se revelar como uma preposição. 
Daqui a alguns meses concluiremos nossa pesquisa. 
Não entregue esta encomenda a ele. 
 
9 A cerca de/ Acerca de/ Cerca de/ Há cerca de. 
 
A cerca de ou cerca de UHWUDWD�R�VHQWLGR�GH�³DSUR[LPDGDPHQWH��PDLV�RX�
PHQRV´� 
O parque foi construído a cerca de quinhentos metros do condomínio. 
O tempo estimado pelo profissional foi cerca de três semanas para a 
conclusão das obras. 
 
Acerca de FRUUHVSRQGH�DR�VHQWLGR�GH�³D�UHVSHLWR�GH��VREUH´�� 
Durante a reunião, muito se discutiu acerca da problemática ambiental. 
 
Há cerca de relaciona-se ao sentido de tempo decorrido, haja vista que o 
verbo haver se encontra na sua forma impessoal. 
Há cerca de três anos não visito meus familiares. 
 
9 Abaixo/ A baixo 
 
Abaixo revela o sentido de lugar menos elevado, inferior. 
 
Para Marcela, era inaceitável que ocupasse uma posição abaixo de suas 
verdadeiras pretensões. 
 
A baixo VLJQLILFD�³SDUD�EDL[R´� 
Quando percebemos, lá estava o brinquedo sendo levado correnteza a 
baixo. 
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9 Acima / A cima 
 
Acima UHWUDWD�R�VHQWLGR�GH�³XP�OXJDU�PDLV�HOHYDGR��VXSHULRU´� 
Conforme pode perceber na lista de aprovados, seu nome se encontra 
acima do meu. 
 
A cima VLJQLILFD�³SDUD�FLPD´� 
Todos os convidados me olharam de baixo a cima. 
 
9 A fim / Afim 
 
A fim relaciona-VH�DR�VHQWLGR�GH�³ILQDOLGDGH��REMHWLYR�SUHWHQGLGR´�� 
A fim de evitar maiores contratempos, ele resolveu afastar-se de sua 
amiga. 
 
Afim classifica-se como um adjetivo invariável, cuja significância se 
atribui à semelhança, afinidade. 
Como na antiga grade havia matérias afins, pude adiantar bastante o meu 
curso. 
 
9 A menos de / Há menos de 
 
A menos, classifica-se como locução prepositiva e retrata o sentido de 
tempo futuro ou distância aproximada. 
Encontramo-nos a menos de dois quilômetros do destino almejado. 
A menos de um mês estaremos de férias. 
 
Há menos de VLJQLILFD� ³DSUR[LPDGDPHQWH�� PDLV� RX� PHQRV´��
conjuntamente ao verbo haver, que, estando de forma impessoal, denota 
tempo decorrido. 
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Ele saiu de casa há menos de dois anos. 
 
9 Ao encontro de / De encontro a 
 
Ao encontro de revela o sentido de a favor de. 
As propostas dos candidatos vão ao encontro do que espera a população. 
 
De encontro a significa oposição, ideia contrária. 
Suas opiniões vão de encontro às minhas. 
 
9 Ao invés de/ Em vez de 
 
Ao invés de GHQRWD�R�VHQWLGR�GH�³DR�FRQWUiULR�GH´� 
Ao invés de calar-se, continuou discutindo com seu superior. 
 
Em vez de H[SULPH�D�LGHLD�GH�VXEVWLWXLomR��³HP�OXJDU�GH¶�� 
Em vez de viajar nas férias, optou por descansar em casa. 
 
9 Mas/ Mais 
Mas integra a classe das conjunções, revelando o sentido de ideia 
contrária, oposição. 
Não pôde comparecer ao aniversário, mas enviou o presente. 
 
Mais pode ser classificado como advérbio de intensidade ou pronome 
indefinido. 
Clarice foi a menina que mais se destacou durante a apresentação. 
 
9 Mau/ Mal 
 
Mau pertence à classe dos adjetivos, podendo ser utilizado quando 
VLJQLILFDU�R�FRQWUiULR�GH�³ERP´�� 
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Ele é um mau aluno. (Poderíamos substituí-lo por bom) 
 
Mal pode adquirir os seguintes valores morfológicos: 
* advérbio de modo ± SRGHQGR�VHU�VXEVWLWXtGR�SRU�³EHP´� 
Carlos foi mal sucedido durante o tempo em que atuou nesta profissão. (O 
contrário poderia ter acontecido.) 
 
* conjunção subordinativa temporal ± GHQRWD�R�VHQWLGR�GH�³DVVLP�
TXH��TXDQGR´� 
Mal chegava em casa, já começavam as discussões. 
 
* substantivo ± neste caso, sempre aparece precedido de artigo ou 
qualquer outro determinante. 
Este mal só pode ser resolvido com a chegada dele. 
 
9 A par/ Ao par 
 
A par significa estar ciente de algo, informado sobre um determinado 
assunto. 
Quando ela resolveu se abrir, seus pais já estavam a par de tudo. 
 
Ao par indica o sentido de equivalência cambial. 
O euro e o dólar já estiveram ao par por algum tempo. 
 
9 Tampouco / Tão pouco 
 
Tampouco HTXLYDOH�D�³WDPEpP�QmR´�� 
Quem não respeita a si próprio, tampouco respeita a seus semelhantes. 
 
Tão pouco equivale a muito pouco. 
Como posso me divertir se ganho tão pouco? 
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9 Onde / Aonde 
 
Onde é utilizado mediante o emprego de verbos que indicam sentido 
estático, permanente. 
Gostaria muito de saber onde ele mora. 
 
Aonde é utilizado com verbos que indicammovimento. 
Aonde vais com tamanha pressa? 
 
9 Se não / Senão 
 
Se não equivale a caso não, indicando uma probabilidade. 
Se não chover, iremos ao cinema amanhã. 
 
Senão HTXLYDOH�D�³FDVR�FRQWUiULR´�RX�³D�QmR�VHU¶� 
Espero que estejas bem preparado, senão não conseguirás obter bom 
resultado. 
 
9 Na medida em que / À medida que 
 
Na medida em que exprime relação de causa, equivalendo-se a porque, 
já que, uma vez que. 
Na medida em que os inquilinos não cumpriam com o pagamento em dia, 
iam sendo despejados. 
 
À medida que indica proporção, simultaneidade. 
À medida que o tempo passa, mais aumenta a saudade. 
 
 
 
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9 Por que / por quê / porque / porquê 
 
POR QUE (separado e sem acento) 
 
A forma por que é a sequência de uma preposição (por) e um pronome 
interrogativo (que). Equivale a "por qual razão", "por qual motivo": 
 
Exemplos: 
Desejo saber por que você voltou tão tarde para casa. 
Por que você comprou este casaco? 
 
Há casos em que por que representa a sequência preposição + 
pronome relativo, equivalendo a "pelo qual" (ou alguma de suas flexões 
(pela qual, pelos quais, pelas quais). 
 
Exemplos: 
Estes são os direitos por que estamos lutando. 
O túnel por que passamos existe há muitos anos. 
 
 
POR QUÊ (separado e com acento) 
 
Caso surja no final de uma frase, imediatamente antes de um ponto (final, 
de interrogação, de exclamação) ou de reticências, a sequência deve ser 
grafada por quê, pois, devido à posição na frase, o monossílabo "que" passa a 
ser tônico. 
 
Exemplos: 
Estudei bastante ontem à noite. Sabe por quê? 
Será deselegante se você perguntar novamente por quê! 
 
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PORQUE (junto e sem acento) 
 
A forma porque é uma conjunção, equivalendo a pois, já que, uma vez 
que, como. Costuma ser utilizado em respostas, para explicação ou causa. 
 
Exemplos: 
Vou ao supermercado porque não temos mais frutas. 
Você veio até aqui porque não conseguiu telefonar? 
 
PORQUÊ (junto e com acento) 
 
A forma porquê representa um substantivo. Significa "causa", "razão", 
"motivo" e normalmente surge acompanhada de palavra determinante (artigo, 
por exemplo). 
 
Exemplos: 
Não consigo entender o porquê de sua ausência. 
Existem muitos porquês para justificar esta atitude. 
Você não vai à festa? Diga-me ao menos um porquê. 
 
Veja abaixo o quadro-resumo: 
 
Forma Emprego Exemplos 
Por que 
Em frases interrogativas 
(diretas e indiretas) 
Em substituição à expressão 
"pelo qual" (e suas variações) 
Por que ele chorou? 
(Interrogativa direta) 
Digam-me por que ele chorou. 
(Interrogativa indireta) 
Os bairros por que passamos 
eram sujos. (Por que = pelos 
quais) 
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Por quê No final de frases 
Eles estão revoltados por quê? 
Ele não veio não sei por quê. 
Porque 
Em frases afirmativas e em 
respostas 
Não fui à festa porque choveu. 
Porquê Como substantivo 
Todos sabem o porquê de seu 
medo. 
 
 
 
 
TEXTO 1 ± QUANTO FALTA PARA O DESASTRE? 
 
Verão de 2015. As filas para pegar água se espalham por vários bairros. 
Famílias carregam baldes e aguardam a chegada dos caminhões-pipa. Nos 
canos e nas torneiras, nem uma gota. O rodízio no abastecimento força 
lugares com grandes aglomerações, como shopping centers e faculdades, a 
fechar. As chuvas abundantes da estação não vieram, as obras em andamento 
tardarão a ter efeito e o desperdício continuou alto. Por isso, São Paulo e 
várias cidades vizinhas, que formam a maior região metropolitana do país, 
entram na mais grave criVH�GH�IDOWD�G¶iJXD�GD�KLVWyULD� 
(Época, 16/06/2014) 
 
01. (TJ/RJ ± 2014 ± Técnico de Atividade Judiciária ± FGV) A 
correção na acentuação gráfica faz parte do cuidado com a norma culta na 
redação de um texto; a opção que apresenta um vocábulo do texto 1 que é 
acentuado graficamente por razão distinta das demais é: 
a) famílias; 
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b) país; 
c) rodízio; 
d) água; 
e) desperdício. 
 
Comentário: as palavras fa ± mí - lia, ro ± dí - zio, á - gua e des ± per 
± dí - cio são todas paroxítonas acentuadas por terminarem com ditongo 
crescente. A palavra pa ± í(s) é a única oxítona e acentuada por ser 
WHUPLQDGD�HP�³L�V�´, por isso pode ser considerada a resposta para a questão. 
Vale ressaltar que, quando a sílaba anterior do encontro vocálico for tônica 
(como em família��HP�TXH�R�³PL´�p�DQWHULRU�H�W{QLFD�DR�HQFRQWUR�YRFiOLFR�³LD´���
o correto é ditongo (fa ± mí ± lia), não hiato (fa ± mí ± li ± a). O Novo acordo 
NÃO alterou tal regra. 
GABARITO: B 
 
02. (AL/BA ± 2014 - Técnico de Nível Superior ± FGV) Numerosos 
vocábulos da língua portuguesa podem ter mais de uma grafia. Assinale a 
opção que mostra uma impossibilidade de dupla grafia. 
a) Bêbedo ou bêbado 
b) Taverna ou taberna 
c) Reescrever ou rescrever 
d) Espécimen ou espécime 
e) Lampeão ou lampião 
 
Comentário: apenas a alternativa E apresenta opção que NÃO admite 
dupla grafia: 
a) Bêbedo ou bêbado, tanto faz, embora bêbado seja mais utilizada. 
b) Taverna ou taberna, tanto faz. Significam bar, bodega. 
c) Reescrever ou rescrever, tanto faz também. O que acontece é que em 
rescrever��DV�GXDV�OHWUDV�³H´�GD�SDODYUD�reescrever são aglutinadas. 
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d) Espécimen ou espécime. As duas palavras são possíveis, significando 
exemplar de uma espécie. 
e) Lampeão ou lampião. Aqui temos um erro na palavra lampeão, 
JUDIDGD�FRP�³H´��7DO�SDODYUD�QmR�H[LVWH�� 
GABARITO: E 
 
03. (AL/BA ± 2014 - Técnico de Nível Superior ± FGV) Ao escreverǦse 
um texto no computador, o corretor automático sublinhou de vermelho a 
palavra ³cortesmente´��LQGLFDQGR�SRVVtYHO�HUUR��,VVR�VH�H[SOLFD�SRUTXH 
a) falta o acento circunflexo, já que o advérbio é derivado do adjetivo 
³cortês´� 
b) a forma correta do advérbiR�p�³cortesamente´��Mi�TXH�HVVHV�DGYpUELRV�
se formam a partir do feminino dos adjetivos. 
c) nos dicionários não estão presentes muitos dos advérbios em ±mente, 
R�TXH�ID]�R�FRUUHWRU�LQGLFDU�³cortesmente´�FRPR�IRUPD�HUUDGD� 
d) a grafia do advérbio está errada, já que o adjetivo se grafa com Z final 
e não com S. 
e) se trata de um neologismo, visto que nem todos os adjetivos formam 
derivados em ±mente. 
 
Comentário: sabendo que a alternativa C é a correta, vamos analisar cada 
uma: 
a) falta o acento circunflexo, já que o advérbio é derivado do adjetivo 
³cortês´��

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