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Direito Municipal e Urbanístico

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- O que é direito urbanístico?
O urbanismo é um conjunto de normas estatais para garantir a organização e o bem estar comum regendo os espaços habitáveis. Então o Direito Urbanístico pode ser conceituado como “o conjunto de normas jurídicas reguladoras da atividade do Poder Público destinada a ordenar os espaços habitáveis, o que equivale dizer: conjunto de normas jurídicas reguladoras da atividade urbanística” ¹
- O que é a função social da propriedade?
Mesmo havendo o instituto jurídico que garante o direito à propriedade, esta deve estar de acordo à função social, ou seja, deve estar limitado ao interesse de coletividade. Então: você tem o direito de possuir determinada propriedade, mas tem o dever de arcar com o ônus dos impostos, bem como cuidá-la de acordo à normatização municipal, deve respeitar os limites da boa vizinhança, etc.
- Município: pessoa jurídica de direito interno.
-Bens: 
Uso Comum (inalienável)
Uso Especial (inalienável)
Dominical – Estrutura de bem privado, porém é bem público.
Usucapião – Bens particulares
Federação
A CF adotou como forma de Estado o Federalismo, que é uma “aliança ou união de Estados” (Dalmo de Abreu Dallari), baseada em uma Constituição, e onde os “Estados que ingressam na federação perdem sua soberania no momento mesmo do ingresso, preservando, contudo, uma autonomia política limitada” (Dallari)
Diferença de Estado unitário: rigorosamente centralizado.
Diferença de Confederação: união de Estados soberanos.
O mínimo necessário para a caracterização da federação exige, inicialmente, por meio da edição da constituição. Esta decisão está no Art. 1º de 18, CF. Além disso:
Os cidadãos devem possuir nacionalidade única;
Repartição de competências entre os entes federados;
Necessidade de que cada ente federado possua uma esfera de competência tributária que lhe garante renda própria;
Poder de auto organização;
Possibilidade excepcional e taxativa de intervenção federal, para manutenção de equilíbrio federativo;
Art. 60 §4º, I
Princípio da insolubilidade do vínculo federativo
Finalidades: Unidade nacional, necessidade de descentralização.
Princípios
A CF/88 consagrou o município como entidade indispensável ao nosso sistema federativo, integrando-o na organização política-administrativa e garantiu-lhe autonomia.
A autonomia municipal, da mesma forma que os Estados, configuram tríplice* capacidade de auto organização. *política, administrativa, financeira
Dessa forma, o município auto organiza-se através da lei orgânica municipal.
Lei Orgânica Municipal
A constituição de 1988, ampliando a autonomia municipal e incluindo o município como peça essencial na federação, deu-lhe o poder de editar sua própria lei orgânica “votada em 2 turnos com interstício mínimo de 10 dias, e aprovada por 2/3 dos membros da câmara municipal, que a promulgou, atendidos os princípios estabelecidos nesta constituição” (Art. 28 CF)
A lei orgânica é também denominada Carta Própria equivalente à Constituição Municipal.
As Cartas Próprias que anteriormente eram simplesmente regulando as disposições constitucionais e das normas estaduais, agora são autônomos, criando direitos e concedendo poderes, dentro das prerrogativas que lhes foram conferidos pela Constituição Federal.
História dos Municípios nas Constituições
	CONSTITUIÇÃO DE 1824
	MUNICÍPIOS
	- “Constituição Imperial”
-Outorgada
-Centralismo administrativo e político
-Poder moderados
	As Municipalidades não passaram de uma divisão territorial, sem influências na gestão de interesses. Não havia prefeitos, cargo que foi criado pela província de São Paulo, lei 18/1835, com caráter de delegado do Executivo.
	CONSTITUIÇÃO DE 1891
	MUNICÍPIOS
	-1º constituição da Rep. Federativa do Brasil.
-Promulgada
-Presidencialista
-Federalismo
-Poder Moderados extinto
	Apesar de ter na CF e na CEstadual possibilidade de autonomia dos municípios, o hábito de centralismo, a opressão do coronelismo e a incultura do povo transformaram os municípios em feudos de políticos que mandavam nos “seus” distritos de influência.
	CONSTITUIÇÃO DE 1934
	MUNICÍPIOS
	-Curta duração
-Mantidos: República, federação, tripartição dos poderes
-Inclusão de direitos sociais
	Teve um sentido de renascimento para o municipalismo. Percebeu que não vive só do governo próprio, mas que precisa de rendas próprias. A breve vigência não permitiu uma aplicação segura dos resultados.
	CONSTITUIÇÃO DE 1937
	MUNICÍPIOS
	-Outorgada
-Ditadura
-Federalismo
	-Concentração de poder no executivo; Cassou-se a eletividade do prefeito, manteve-se a dos vereadores; Os prefeitos eram nomeados pelos governadores; As municipalidades foram menos autônomas que sob centralismo imperial.
	CONSTITUIÇÃO DE 1946
	MUNICÍPIOS
	-Promulgada
-Redemocratização
	O municipalismo ganhou corpo de direito e de fato sob o aspecto político, administrativo e financeiro.
	CONSTITUIÇÃO DE 1967/EC1/1969
	MUNICÍPIOS
	-Outorgada
-Ditadura
-Na lei: federação; Na prática: unitário
	-Asseguraram a autonomia dos municípios em sentido menos restrito;
-Ampliou os casos de intervenção do Estado nos municípios;
-Fiscalização financeira;
-Modificação do sistema tributário teve o mérito de distribuir melhor a renda publica entre as 3 entidades estatais.
COMPETÊNCIAS
Conceito: Faculdade jurídica atribuída a uma entidade, órgão ou agente de poder Público para emitir decisão. Competências são as diversas modalidades de poder que se servem os órgãos ou entidades para realizar suas funções (José Afonso da Silva)
A CF estabelece a matéria
Princípios básicos para distribuição de competências – predominância do interesse.
	ENTE FEDERADO
	INTERESSE
	União
	Geral
	Estados
	Regional
	Município
	Local
	DF
	Regional + Local
4 pontos básicos no regramento constitucional para a divisão de competências administrativas e legislativas.
Reserva de campos específicos de competências administrativas e legislativas.
-União – Poderes enumerados (art. 21 e 22, CF)
-Estados – Poderes Remanescentes (art. 25, §1º, CF)
-Municípios – Poderes Enumerados (art. 30, CF)
- D.F. – Estados + Municípios (art. 32 §1º, CF)
Possibilidade de delegação (art. 22, §ú, CF) – Lei complementar poderá autorizar os Estados.
Áreas comuns de atuação administrativa paralela (art. 23, CF)
Áreas de atuação legislativa concorrente (art. 24)
Repartição de competência em matéria administrativa
COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA
Repartição em matéria legislativa
COMPETÊNCIA LESGISLATIVA
DF = Ed. da Lei Orgânica, competência...
Interesse local: refere-se àqueles interesses que disserem respeito mais diretamente às necessidades imediatas do município, mesmo que acabem gerando reflexos no interesse regional (Estados) ou geral (União).
Ex.: Fiscalização de higiene, transporte coletivo, coleta de lixo...
Criação, desmembramento, anexação, incorporação, emancipação de municípios (art. 18, §4º, CF)
DESMEMBRAMENTO: É a separação de parte de um município para se integrar em outro ou constituir um novo.
ANEXAÇÃO: É a junção de parte desmembrada de um território a um município já existente que continua com a sua personalidade anterior.
INCOSPORAÇÃO: É a reunião de um município a outro, perdendo um deles a personalidade que se integra na território incorporador.
EMANCIPAÇÃO DE MUNICÍPIOS> Distrito que se separa tornando-se um município.
FUSÃO: É a união de dois ou mais municípios que perdem, todos ele, sua primitiva personalidade, surgindo um novo município.
Fases de criação (trab. p/ 2 semanas)
Representação à Assembleia Administrativa
Determinação da Assembleia para que se realize o plebiscito
Realização do plebiscito pela Justiça Eleitoral
Promulgação da lei criadora do município
O Poder Legislativo: A Câmara Municipal
O Poder Legislativo Municipal é exercido pela Câmara Municipal. Compõe-se de vereadores eleitos pelos municípios para uma legislatura de 4 anos.
	Como órgão colegiado, a Câmara deliberapelo Plenário, administra-se pela Mesa e representa-se pelo Presidente.
Função
Função legislativa (principal): votação de atos normativos de competência do município (art. 30, CF), lei orgânica (art. 29,CF)
Função de controle e fiscalização (art. 29, XI, CF) – Um dos preceitos obrigatórios a serem observados na elaboração da lei orgânica.
Tem caráter político-administrativo, alcança os agentes políticos e não os servidores, sujeitos ao controle hierárquico do Executivo.
Função de assessoramento – são indicações, sugestões aprovadas pelo plenário. É ato de colaboração.
Função administrativa – É restrita a sua organização interna, ou seja, composição de mesa, regulamentação de seu funcionamento, estrutura e direção de serviços e auxiliares.
Prerrogativas
Compor a mesa diretiva
Elaborar o seu regimento
Organizar os seus serviços
Deliberar livremente sobre os assuntos de sua economia interna
Não estão sujeitas ao controle do Poder Judiciário os atos “interna corporus”:
Composição da Câmara – Art. 29, IV
Vereadores
São agentes políticos investidos de mandato legislativo local, para uma legislatura de 4 anos.
-Mandato: inicia-se com a posse
-Prerrogativas: além das regimentais
Inviolabilidade pela opiniões, palavras e votos no exercício do mandato e prisão especial (art. 29, VIII, CF)
Mesa da Câmara
É o órgão diretivo da Câmara, geralmente constituído por presidente, vice-presidente, um ou mais secretários, tesoureiro eleitos entre os vereadores em exercício. A mesa não legisla, quem legisla é o Plenário.
Presidente
O Presidente da Mesa também é o da Câmara, e, como tal, desempenha funções de legislação, de administração e de representação.
Plenário
Órgão propriamente legislativo da Câmara. O Plenário constitui-se pela reunião dos vereadores em exercício, na forma e com o número legal para deliberar. O local é o RECINTO DA CÂMARA, a forma é a sessão, o número é o QUORUM
Quorum
-Maioria absoluta
-Maioria Simples
-Maioria Qualificada 
Regimento Interno
Regula os trabalhos internos. Que novidade.
DIA 09/09/2013
Normas de direito urbanístico ou normas urbanísticas: “São normas jurídicas de ordenação dos espaços habitáveis.” (José Afonso da Silva)
Natureza Jurídica normas de direito público.
Fundamentos constitucionais para o direito urbanístico.
-Art. 21, IX, CF
-Art. 30, VIII, CF
Obs:
O solo qualifica-se como urbano quando ordenado para cumprir destino urbanístico, especialmente a edificabilidade e o assentamento do sistema viário. Esse ordenamento é função do plano diretor, aprovado pela câmara, que pela constituição foi elevado a condição de instrumento básico da política urbana. – Art. 182, §1, CF.
A propriedade urbana fica pela constituição, submetida ao processo urbanístico, nos termos do art. 182, §2, CF, que subordinou o cumprimento de sua função social às exigências da ordenação da cidade expressas no plano diretor.
Art. 21, XX, CF
Art. 182, CF
Art. 24, I – Competência concorrente
- Competência dos Estados
Aí se encontram os fundamentos constitucionais do Estatuto da Cidade, Lei 10.257/2001, denominação conferida pelo §1º do art. 1º da referida lei. Estabelece diretrizes gerais da política urbana, que tem por objetivo ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e da propriedade em prol do bem estar dos cidadãos, bem como o equilíbrio ambiental.
Conteúdo possível das normas gerais de urbanismo.
Objetivo: evitas invasão de competências.
Conteúdo: são normas gerais urbanísticas aquelas que, expressamente mencionadas na Constituição, fixem princípios e diretrizes para o desenvolvimento urbano nacional, estabeleçam conceitos básicos, de sua atuação e indiquem os instrumentos para a sua execução.
Limites às normas gerais de urbanismo. Para Diogo de Figueiredo Moureira Neto: 1) estabelecem princípios, diretrizes, linhas mestras e regras jurídicas gerais; 2) Não podem entrar em pormenores, detalhes, nem esgotar o assunto. 3) Devem ser regras nacionais; 4) Devem ser regras uniformes para todas as situações; 5) Deve referir-se a questões fundamentais; 6) São limitadas
Normas urbanísticas complementares:
- Art. 24, §2º §3º e §4º
- Art. 30, II e 9º pq n sei escrever números romanos.
ORDENAMENTO URBANO
Disciplina da cidade e suas atividade através da regulamentação edilícia, que rege a delimitação da urbe, seu traçado, o uso e ocupação do solo, o zoneamento, o loteamento, o controle das construções, até a estética urbana.
-Regulamentação edilícia – objetivos traçado urbano e a regulamentação do uso do solo urbano e urbanizável, com consequente zoneamento, loteamento para fins urbanos, controle da construções, que tem por objetivo assegurar as condições mínimas de habitualidade e funcionalidade à edificação, principalmente à moradia, que é a razão de ser de toda a cidade.
A) Delimitação da zona urbana ou perímetro urbano.
-Deve ser feita por lei municipal (competência do município);
-Deve atender ao CTN.
B) Traçado urbano
É o desenho geral da cidade, seu levantamento topográfico, com indicação do sistema viário, marcando o arrumamento, alinhamento, nivelamento, indicação dos pontos característicos da cidade, sistema hidrográfico, áreas verdes preserváveis, espaços de recreação, redes de água e esgoto.
B1) Arruamento: é o traçado definidor das vias públicas e espaços livres da cidade; Áreas de circulação e recreação é bem de uso comum;
B2) Alinhamento: é o limite entre a propriedade privada e o domínio público.
-É ato unilateral do município, que importa uma limitação/restrição;
-Alinhamento (delimita) ≠ recuo (afastamento)
B3) Nivelamento: é o complemento do alinhamento;
-Por ato unilateral a administração fixa o nível das vias públicas
-Deve ser observada por todas as construções nos seus limites com o domínio público (alinhamento)
B4) Circulação: o poder público impõe aos particulares a obrigação de permitir a passagem aos agentes da administração
+ Permissiva (deixar transitar)
 Negativa (não transitar)
+ Não se confunde com o trânsito.
B5) Salubridade: destina-se a manter a cidade limpa e saudável, como ambiente propício ao desenvolvimento de todas as atividades humanas.
Ex.: Drenagem de terrenos, afastamento das habitações entre vizinhos.
B6) Segurança: complementa a salubridade;
-Segurança geral da cidade ≠ segurança individual das construções.
Ex.: declividade máxima, tipo de pavimentação, calçamento, sinalização em locais perigosos.
B7) Funcionalidade: correspondente às necessidades materiais e espirituais;
-Habitação, trabalho, circulação, lazer....
C) Uso e ocupação do solo
C1) Zoneamento
Normas de zoneamento (lei -> diretrizes, critérios...) ≠ função das zonas (decreto: individualização; especificação do local e uso)

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