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Profª esp. Wellem Dias Pereira – CRBM 08344
HISTOLOGIA
TECIDO CONJUNTIVO
• O tecido conjuntivo caracteriza-se pela
grande variedade de células e pela
abundância de matriz extracelular;
• O tecido conjuntivo foi assim denominado
porque une tecidos, servindo para conexão,
sustentação e preenchimento
• A composição diferenciada da sua matriz extracelular faz com que absorva impactos, resista à
tração ou tenha elasticidade.
• Pode ser especializado em armazenar gordura, que é utilizada na produção de energia ou calor,
ou em armazenar íons, como o Ca2+
• importante em vários processos metabólicos.
• Ele é ainda responsável pela defesa do organismo, pela coagulação sanguínea, pela cicatrização
e pelo transporte de gases, nutrientes e catabólitos
FUNÇÕES DO TECIDO CONJUTIVO
• o tecido conjuntivo é composto por células e por matriz extracelular;
• As células do tecido conjuntivo propriamente dito são: as células mesenquimais, os
fibroblastos, os plasmócitos, os macrófagos, os mastócitos, as células adiposas e os
leucócitos;
• Há outras células nos tecidos conjuntivos especiais, como condroblastos e
condrócitos; células osteoprogenitoras, osteoblastos, osteócitos e osteoclastos;
células hematopoéticas, e células sanguíneas;
• A matriz extracelular varia na sua composição conforme as células presentes no
tecido conjuntivo:
CÉLULAS DO TECIDO CONJUNTIVO
• PROTEÍNAS FIBROSAS
• SUBSTANCIA FUNDAMENTAL
O colágeno é uma glicoproteína da matriz extracelular,
composta de três cadeias polipeptídicas (denominadas cadeias
∞) enroladas em uma configuração helicoidal. A variação na
sequência de aminoácidos dessas cadeias levou à descrição de
28 moléculas de colágeno, as quais se apresentam como
moléculas individuais ou associadas em redes, fibrilas ou até
fibras
• As fibras colágenas foram assim denominadas porque da sua cocção foi obtida uma gelatina usada
como cola (do grego kolla, cola; gennaein, gerar). São constituídas pelo primeiro colágeno
identificado: o colágeno do tipo I;
• A molécula de colágeno mede cerca de 300nm de comprimento e 1,5nm de diâmetro, e ela se
associa lateralmente a outra molécula com um deslocamento de 67nm, quase ¼ da molécula;
• A associação das moléculas de colágeno em fibrilas é estabilizada por ligações covalentes entre os
resíduos de lisina e Hidroxilisina, após a desaminação oxidativa pela lisiloxidase;
As fibras reticulares derivam da polimerização do
colágeno do tipo III. Cada fibrila tem cerca de 20nm de
diâmetro e exibe o padrão de organização em bandas
semelhante ao da fibrila de colágeno do tipo I.92 As
fibras reticulares têm 0,5 a 2nm de diâmetro.93 Estão
dispostas em rede, o que justifica o seu nome (reticulum
é diminutivo do latim rete, rede)
• Essas fibras são secretadas pelos fibroblastos, pelos adipócitos, pelas células de Schwann (no
sistema nervoso periférico) e pelas células musculares. Como os fibroblastos no tecido linfoide e
na medula óssea possuem uma morfologia diferenciada, estrelada e ramificada, devido aos
longos prolongamentos, foram chamados células reticulares;
• Elas circundam a fibra com seu citoplasma, isolando-a de outros componentes teciduais;
• As fibras reticulares constituem o arcabouço dos órgãos hematopoéticos e linfoides, como a
medula óssea, o baço e os linfonodos. Compõem a lâmina reticular da membrana basal e
formam uma delicada rede em torno das células adiposas, dos vasos sanguíneos, das fibras
nervosas e das células musculares
As fibras elásticas são constituídas pela
proteína elastina e pelas microfibrilas, cujo
principal componente é a glicoproteína
fibrilina. As microfibrilas (10 a 12nm de
diâmetro) são formadas por primeiro, e a
elastina é depositada sobre elas, de modo que,
nas fibras maduras, as microfibrilas ficam
localizadas no interior e na periferia;
• As fibras elásticas são produzidas pelos fibroblastos e pelas células musculares lisas da parede
dos vasos. A síntese de elastina e de colágeno pode ser simultânea na célula;
• As fibras elásticas possuem 0,2 a 1,0nm de diâmetro, sendo mais finas que as fibras colágenas.
Conferem elasticidade ao tecido. Elas são, pelo menos, cinco vezes mais distensíveis do que um
elástico de borracha com a mesma área. Estão presentes no mesentério, na derme, nos
ligamentos elásticos, nas artérias, na cartilagem elástica, nos pulmões e na bexiga.
SISTEMA ELÁSTICO
OXITALÂNICA – ELAUNÍNICA – ELÁSTICA 
• No primeiro estágio, as fibras oxitalânicas consistem em feixes de microfibrilas de 10 nm de
diâmetro, compostas de diversas glicoproteínas, entre as quais uma molécula muito grande
denominada fibrilina. As fibrilinas formam o arcabouço necessário para a deposição da elastina.
Fibrilinas defeituosas resultam na formação de fibras elásticas fragmentadas. As fibras oxitalânicas
podem ser encontradas nas fibras da zônula do olho e em determinados locais da derme, onde
conectam o sistema elástico com a lâmina basal.
• No segundo estágio de desenvolvimento, ocorre deposição irregular de proteína elastina entre as
microfibrilas oxitalânicas, formando as fibras elaunínicas. Elas são encontradas ao redor das
glândulas sudoríparas e na derme.
• No terceiro estágio, a elastina continua a acumular-se gradualmente até ocupar todo o centro do
feixe de microfibrilas, as quais permanecem livres apenas na região periférica. Estas são as
fibras elásticas, o componente mais abundante do sistema elástico.
SUBSTANCIA FUNDAMENTAL
• É composta pelos glicosaminoglicanos, proteoglicanas e glicoproteínas secretados pelos fibroblastos;
• Os glicosaminoglicanos encontrados são o ácido hialurônico, o sulfato de condroitina, o sulfato de
dermatana, o sulfato de heparana, a heparina e o sulfato de queratana;
• O ácido hialurônico é o único que não é sulfatado e que não participa da formação de proteoglicanas.
Sua síntese ocorre na membrana plasmática, enquanto os demais glicosaminoglicanos são sintetizados
no aparelho de Golgi; O ácido hialurônico associa-se às proteoglicanas através de proteínas de ligação,
resultando em grandes agregados;
• As cargas negativas dos glicosaminoglicanos atraem cátions, especialmente íons Na+ , os quais atraem
água. A maior parte da água presente no tecido conjuntivo encontra-se ligada aos glicosaminoglicanos
(água de hidratação ou de solvatação), dando à substância fundamental uma consistência de gel. A
presença de água permite a difusão de oxigênio e nutrientes a partir dos capilares e impede a
deformação do tecido por forças compressivas;
TECIDO CONJUTIVO FROUXO
• O tecido conjuntivo frouxo apresenta abundância em células: células
mesenquimais, fibroblastos, macrófagos, mastócitos, plasmócitos,
leucócitos e células adiposas;
• riqueza em matriz extracelular: fibras colágenas, elásticas e reticulares e
substância fundamental.
• Não há predomínio de qualquer dos componentes ou há predomínio de
células.
• As fibras dispõem-se frouxamente, de maneira que o tecido fica flexível. É
pouco resistente às trações
• O tecido conjuntivo frouxo é encontrado subjacente ao epitélio, servindo de apoio para esse
tecido; preenche os espaços entre órgãos, tecidos e unidades secretoras de glândulas; inerva
e nutre órgãos e tecidos avascularizados, como o epitélio; armazena água e eletrólitos
atraídos pelos glicosaminoglicanos, e tem um papel na defesa, pois contém macrófagos,
mastócitos, plasmócitos e leucócitos e uma matriz extracelular viscosa, de difícil penetração
pelos organismos invasores.
• NUTRIÇÃO: O tecido conjuntivo contém vasos sanguíneos e linfáticos e pequenas fibras
nervosas;
TECIDO CONJUTIVO DENSO
• Este tecido é rico em fibras colágenas. Fibras elásticas e substância fundamental estão também
presentes, porém em quantidades menores. As células são esparsas, e o principal tipo existente é o
fibroblasto, produtor das fibras;
– Tecido conjuntivo denso modelado – As fibras colágenas
estão paralelas, organizadas assim pelos fibroblastos em
resposta à tração exercida em um determinado sentido. Ex.: em
tendões,que inserem os músculos aos ossos, e ligamentos, que
unem os ossos entre si;
– Tecido conjuntivo denso não modelado – As fibras
colágenas foram dispostas pelos fibroblastos em diferentes
direções, dando ao tecido resistência às trações exercidas em
qualquer sentido. Ex.: na derme, em cápsulas de órgãos e na
submucosa do sistema digestório
• O tecido conjuntivo denso dá resistência às forças de tração e ao estiramento;
envolve órgãos, glândulas e outros tecidos, formando cápsulas e envoltórios;
penetra o seu interior, dando sustentação e levando vasos e nervos, e é
responsável pela cicatrização;
• Enquanto o tecido conjuntivo denso não modelado é vascularizado, o tecido
conjuntivo denso modelado do tendão não possui vasos sanguíneos e recebe os
nutrientes por difusão do tecido conjuntivo denso não modelado que o penetra
e o circunda;

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