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08. Psicopatologia na Infância-30

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PSICOPATOLOGIA NA INFÂNCIA
Sandra Petresco
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PRINCIPAIS QUEIXAS
Agitação
Teimosia
Mentiras
Agressividade
Dificuldades na escola
Dificuldades de relacionamento
Medos
Não quer ficar sozinho
Come pouco e/ou dorme mal
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“SINTOMAS” NORMAIS
Ansiedade de separação a partir dos 6 meses
Angústia de separação aos 8 meses
Inquietação nos primeiros 3 anos de vida
Fase da “birra” de 2 anos até cerca de 5 anos
Amigos imaginários até 5/6 anos
Diversos medos nas diferentes idades 
Sintomas compulsivos dos 8 aos 10 anos
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DIFERENTES MEDOS
No final do período pré escolar é normal certo medo do corpo ser machucado...
No período escolar é usual o medo de ser reprovado ou “zombado” pelos colegas
Conflitos ligados a independência e preocupação com a aceitação social são habituais na adolescência 
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PREVALÊNCIAS
TDAH: 5%
Transtornos de Ansiedade com prejuízo: 5 a 10%
Depressão: 2 a 40%
Transtorno de Conduta: 1,5 a 3,4 %
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DEPRESSÃO EM CRIANÇAS
Comportamento regressivo
Queixas somáticas
Muitos medos
Alterações no sono e no apetite
Anedonia = falta de prazer nas coisas
Irritabilidade / Mau humor
Piora no rendimento escolar
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TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO
Caracteriza-se por sintomas de ansiedade de variada gravidade nas situações de iminente separação, afastamento dos pais ou de outras pessoas amadas 
Freqüentemente manifesta-se por dores abdominais ou outras queixas somáticas
Comum certa relutância em ir para escola
Preocupação exagerada dos pais ferirem-se 
Dificuldade de ir dormir sem a presença dos pais
Pesadelos com temas de separação 
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TRANSTORNO DE ANSIEDADE DE SEPARAÇÃO (TAS)
33 a 40% das crianças com TAS irão desenvolver ao menos uma doença psiquiátrica na vida adulta 
 (Flakierska. Br J Psychiatry,1988)
Persistente TAS é um importante preditor de Depressão na vida adulta
 (Aschenbrand. J Am Acad Child Adolesc Psychiatry, 2003)
18 a 50% dos adultos com Transtorno de Pânico tiveram TAS na infância ou adolescência
 (Breier. Arch Gen Psychiatry,1986)
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DESATENÇÃO
Envolve desorganização,
Falta de persistência,
Apresentação depende da faixa etária: 
em pré-escolares < 3 minutos
escolares < 10 minutos
adolescentes < 30 minutos
adultos: Detalhes incompletos, esquece compromissos, falta de antecipação
Motivação melhora a atenção
 (Rutter, 2008)
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HIPERATIVIDADE
Refere-se a um excesso de movimentos
Em pré-escolares - como um “furacão”
escolares: inquietação quando espera-se calma
adolescentes: bagunceiros (metem-se em encrencas)
adultos: Sensação de inquietação
 (Rutter, 2008) 
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IMPULSIVIDADE
Agir sem reflexão – Incomoda os outros...
Pré-escolares: Não escutam, não possuem senso do perigo,
Escolares: Interrompem outras crianças, agem fora de hora, relaxado em seguir regras, intrusivos com os pares, acidentes
Adolescentes: Pobre auto-controle, despreocupado em assumir riscos
Adultos: Acidentes, toma decisões prematuras e precipitadas, impacientes 
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TDAH - PROGNÓSTICO
30 a 80% das crianças diagnosticadas como hiperativas continuam com sintomas na adolescência
até 65% persistem sintomáticas na vida adulta.
 (Barkley,1996; Weiss and Hechtman,1993) 
 
Os sintomas de desatenção tendem a persistir mais do que os de hiperatividade e impulsividade
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TRANSTORNO DE CONDUTA
30 a 50% das crianças e adolescentes referidas para clínicas psiquiátricas 
1,5 a 3,4% das crianças e adolescentes da população geral
Relação meninOs – MeninAs: entre 3,2:1 e 5:1 
TC é mais comum em áreas urbanas do que rurais
Incidência aumenta durante a adolescência
Pico de início no final da infância e início da adolescência, mas ocorre desde a pré-escola até o final da adolescência 
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CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE TRANSTORNO DE CONDUTA, SEGUNDO O DSM-IV
 A- Padrão repetitivo e persistente de comportamento no qual são violados os direitos individuais dos outros ou normas ou regras sociais. Presença de três ou mais dos seguintes critérios nos últimos 12 meses, ao menos um deles nos último 6 meses: 
Agressão a pessoas e animais
Destruição de patrimônio
Defraudação ou furto
Sérias violações de regras
 B-Prejuízo social, acadêmico ou profissional
 C-Se o indivíduo tem 18 ou mais, não são satisfeitos os critérios para Transtorno de Personalidade Anti-Social
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TRANSTORNO DE CONDUTA
Pouca empatia ou preocupação com os sentimentos, desejos e bem-estar alheios
Em situações ambíguas, costumam interpretar mal as intenções dos outros – mais hostis...
Podem ser grosseiros e destituídos de sentimentos de culpa e remorso
Freqüentemente culpam outros por seus atos
Baixa auto-estima
Baixa tolerância a frustração
Irritabilidade e acessos de raiva
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RETARDO MENTAL – DEFINIÇÃO:
Déficit geral no funcionamento cognitivo, 
O qual emerge durante a infância
Prejuízo no comportamento adaptativo
 RM Leve + ambiente protegido
Não há consenso em quanto de prejuízo adaptativo pela AAMR 
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RETARDO MENTAL
Prevalência de 1 a 3% da população geral (em países ricos)
RM severo: 3 - 4: 1000 em países desenvolvidos
RM leve: 25 – 80: 1000 
Dobro em países pobres??? 
11:2 vezes mais comum em homens do que em mulheres
89% dos retardados possuem RM Leve
7% possuem RM moderado
4% possuem RM severo e profundo
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ICF – INTERNATIONAL CLASSIFICATION OF FUNCTIONING, DISABILITY AND HEALTH 
Aprendizado e aplicação do conhecimento
Tarefas gerais e exigências
Comunicação
Movimento
Auto-cuidado
Vida doméstica
Interação interpessoal
Participação na educação 
Emprego
Comunidade
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ABAIXO DA MÉDIA DA INTELIGÊNCIA NA POPULAÇÃO
Costumam ter RM leve e pequena evidência de transtorno cerebral,
 Alta correlação entre o funcionamento intelectual da criança e dos pais,
 A hereditariedade de RM neste grupo é cerca de 0,5. Influência genética poligênica,
 Fertilidade normal, Saúde geral preservada 
 Grande associação com classe sócio-econômica baixa. 
 Funcionamento adaptativo, capacidade de trabalhar e viver independentemente são relativamente pouco prejudicados
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RM SECUNDÁRIO A IDENTIFICÁVEIS OU APARENTES TRANSTORNOS CEREBRAIS
Origem genética ou ambiental
 RM tipicamente mais severo
 Comorbidades neurológicas mais frequentes, como Epilepsia, Déficit sensório ou motor.
 Não há correlação entre nível intelectual da criança e dos parentes
Comportamentos estereotipados, incluindo auto-mutilação e sintomas autísticos são comuns
 Não existe relação com a classe sócio-econômica
 Fertilidade e expectativa de vida reduzidas 
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RETARDO MENTAL CARACTERÍSTICAS COMUNS
Hiperatividade
Baixa tolerância a frustração
Agressividade
Instabilidade Afetiva
Comportamentos motores estereotipados
Comportamentos auto-destrutivos
Estilo rígido de solucionar problemas 
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AUTISMO
 Tríade Diagnóstica
Prejuízo nas interações sociais
Comunicação verbal e não verbal
Repertório de Interesses
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TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO (TID)
Afetam múltiplas áreas do desenvolvimento
Comprometem as habilidades sociais
O desenvolvimento da linguagem
O repertório comportamental e de interesses
Manifestam-se precocemente
Causam disfunção persistente
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TID
Não compreendem o princípio da reciprocidade e o partilhar interesses numa amizade
Falta a noção prática de como, quando e onde fazer o quê socialmente 
Não possuem EMPATIA
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TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO - SUBTIPOS
Autismo
Transtorno de Rett
Transtorno Desintegrativo da Infância
Transtorno de Asperger
Transtorno
Invasivo do Desenvolvimento não especificado
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TID – QUADRO CLÍNICO
Extremo isolamento
Falha no uso da linguagem para fins comunicativos,
Tendência a repetir as mesmas ações de forma ritualizada
Maneirismos motores estereotipados
Resistência à mudanças
Insistência na monotonia
Inversão dos pronomes, Ecolalia
 
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TID – QUADRO CLÍNICO
Não se relacionam com os pares
Não compartilham experiências
Brincam com partes do objeto
Não brincam de faz de conta
4 a 32% apresentam convulsões de grande mal em algum ponto da vida
70 a 86% possuem retardo mental (Burack, 1992)
Cerca de 40% possuem RM moderado, severo ou profundo. 
20 a 30 % nunca falam
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TRANSTORNOS INVASIVOS DO DESENVOLVIMENTO
Não apresentam fenômeno de antecipação quando bebês 
Não desenvolvem a “reação a estranhos” 
Contato ausente ou inadequado e invasivo
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Rutter’s Child and Adolescent Psychiatry, 5th edition, 2008.
Lewinsohn et al. Separation Anxiety Disorder in Childhood as a Risk Factor for Future Mental Ilness. JAACAP 47:5, may 2008
Ami klim. Autismo e Síndrome de Asperger: uma visão geral. Rev Bras Psiquiatria 28 (S1), 2006.
Francisco B assumpção Jr, Ana Cristina M Pimentel. Autismo Infantil. Rev Bras Psiquiatria 22 (S2), 2000. 
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