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3 A TI nos anos 1980 a 2021 Marcelo Vilaça de Oliveira Introdução As novas oportunidades de cargos e salários e, a criação de novos nichos de trabalho, aspectos sobre o futuro do trabalho, transformações exponenciais, inovação tecnológica, novos modelos de negócio e vantagens competitivas baseadas em plataformas tecnológicas, a transformação digital nas organizações, suas vantagens e desvantagens, a mudança de paradigmas do trabalhador até os dias atuais, são objeto deste capítulo. Objetivos Ao final deste capítulo espera-se que o(a) aluno(a) possa: • perceber os avanços tecnológicos e as invenções para as organizações; • analisar novas oportunidades de nichos tecnológicos até os dias atuais; • argumentar sobre possíveis transformações tecnológicas, identificar novos modelos de negócio e vantagens competitivas, baseadas em plataformas tecnológicas computacionais. Esquema 1.1 A TI nos anos 1980 a 2021 1.2 Do celular ao smartphone 1.3 Considerações finais 1.1 A TI nos anos 1980 a 2021 A evolução da tecnologia: Os sonhos de consumo dos anos 80, é o palco prospero de uma geração de pessoas que queriam cada vez mais os confortos e luxos que as tecnologias digitais traziam, ou, prometiam trazer. Nos anos 80, tem início uma verdadeira revolução, de aparelhos baseados nos, então, recém lançados circuitos integrados e seus “chips”, ou seja, microprocessadores, senão vamos recordar: I. O Gravador de áudio de fitas cassetes, da National/Panasonic – Um aparelho capaz de gravar o som via microfone integrado ou não, que permitia gravar aquela música que passava no rádio, ou aqueles parabéns para os familiares e até os batimentos cardíacos de uma sessão de ultrassom de mulheres gravidas, completamente portátil, contudo, pesava quase 02 quilos; II. O Telejogo da Philco – O primeiro videogame a desembarcar no Brasil, tinha jogos extremamente simples, baseado em barras que subiam e desciam pelas laterais da tela (que era ligado a um aparelho de televisão sem cores), e que deixaram uma geração loucas pelo lançamento de seu sucessor: Telejogo II; III. O amplificador de áudio da Quásar – no início de seu lançamento era rejeitado por guitarristas que acreditavam que o som desta “caixa amplificada” não seria capaz de reproduzir a melhor clareza das notas musicais, por isso passaram anos ainda usando as caixas valvuladas em depreciação as novíssimas transistorizadas, nos idos de 70; IV. O walkman da Sony, foi o lançamento de uma unidade de som portátil de uso com fitas cassetes de músicas gravadas, que usava fones de ouvidos, o que perdurou até anos 90, mesmo quando já existiam mídias digitais não mais baseadas em fitas, imenso sucesso; V. A câmera Polaroid – era uma inovação no mercado, pois permitia tirar fotos e imprimi-las imediatamente, diretamente da própria máquina de fotografias; VI. A televisão em cores da Telefunken – um verdadeiro marco no Brasil, com o advento da geração das emissoras de tv em cores, permitia mesmo com baixa qualidade comparada aos dias atuais, ver o mundo colorido pelas telinhas de tubo de raios catódicos, logo eram muito pesadas; VII. A máquina de escrever portátil da Olivetti modelo Valentini – a possibilidade de se carregar uma máquina de escrever (mecânica) era um sonho dos homens de negócios da época, permitia levar consigo trabalho à distância, mesmo durante férias na praia; VIII. O revolucionário computador Commodore da Amiga 2000 – Já eram em cores, sua tela e possuíam o fantástico mouse de dois botões, com incríveis HDs de 02 megabytes (isso mesmo); IX. O videogame mais desejado era o Atari - projetado por Jay Miner em 1977, e que no Brasil, foi fenômeno de vendas entre os anos de 1984 a 1986 e seus jogos River Raid, Enduro e Pac Man, que mudaram o mundo; X. O telefone fixo com teclas e não mais os discos rotativos (de onde vem o termo “discar”); XI. O aparelho de áudio integrado Boom Box – Com autofalantes duplos grandes, permitiam ouvir e gravar músicas via fita cassete de estações de rádio AM e FM, trazendo a cultura hip hop nos Estados Unidos para o Brasil e a dança no formato street dance ; XII. O Relógio digital com calculadora – talvez seja o que mais inspirou o homem em começar a realizar tecnologias diversas em um único produto; XIII. O videocassete no padrão de gravação VHS – naquele tempo já se podia gravar os programas de televisão ou assistir filmes de uma locadora de fitas, um modelo de negócio que foi sepultado nesta nossa década com a chegada da IPTV e NETFLIX; XIV. A câmera de vídeo portátil – um aparelho portátil digital que permitia fazer pequenas gravações de vídeo e áudio ao mesmo tempo; XV. O Page - presente na vida de 800 mil brasileiros em 1996, é o antecessor do SMS, que permitia o envio de mensagens curtas de uma central, e desta, para outros usuários. XVI. O Telefone Celular – permitindo o deslocamento do usuário entre as torres de recepção e transmissão (que juntas formavam as células), e permitia gravar uma agenda telefônica de até 256 nomes (incrível para a época); XVII. O lançamento dos Smartphones – Aparelhos de transmissão de voz e dados, que permitem uma infinidade de aplicações (os aplicativos). No mesmo sentido que tais tecnologias traziam um gosto futurístico aos Brasileiros, impulsionados pela expansão dos transistores e suas inúmeras utilidades que embasaram o mundo da eletrônica, ainda deve ser ressaltado aparelhos que literalmente desapareceram, ou estão agonizando, nesta última década: I. O telefone fixo – o sonho de comunicação da família brasileira e o responsável por impulsionar os negócios em todos os setores do comércio e indústria, agora agoniza ao sucessor celular, que na última edição do Censo Demográfico do IBGE, listavam os aparelhos convencionais o importe de 38,3 milhões de assinaturas, contra o uso de celulares na casa de 229,2 milhões; II. A Secretária eletrônica com FAX – capaz de liberar os milhares de profissionais liberais de atenderem as chamadas telefônicas, como ainda o cidadão que, não estando em casa, permitia receber mensagens de voz e retornar as ligações, quando acessadas e ainda enviar imagens de páginas de papel (monocromática), para quem dispusesse de outro aparelho na outra ponta; III. A Câmera digital – que foi aniquilada pelos potentes Smartphones; IV. Os aparelhos de GPS – permitiam acessar mapas em tempo real para navegação náutica e rodoviária, que também sucumbiu aos aplicativos de Smartphones: Google Maps e Waze; V. DVD / Blu-Ray Player – verdadeiras vedetes dos cinéfilos, traziam a melhor qualidade de imagens dos filmes para dentro dos lares brasileiros, que desapareceram com a chegada de serviços como Netflix, Amazon Prime Vídeo e outros... Logo, fácil perceber as imensas transformações advindas destas recentes épocas e suas amplas virtudes que foram consumidas pelas demandas crescentes de novos usuários da informática, hoje claramente notada pelo uso de smartphones e computadores. 1.2 Do celular ao smartphone A história do homem e sua evolução no sentido das telecomunicações após 1947, trouxeram transformações que revolucionaram a sociedade e seus negócios. Vejamos uma citação no celebrado sítio da internet: Wikipedia.org, em uma destas publicações: Os precursores dos celulares são os rádios comunicadores usados em aviões e barcos. Os primeiros protótipos de telefones móveis foram criados no Bell Labs em 1947, e a Ericsson chegou a desenvolver um modelo em 1956. Na União Soviética, o primeiro celular foi desenvolvido em 1955 por Leonid Kupriyanovich. Ele pesava 1,2 quilogramas e tinha alcance de 1,5 quilômetro. Kupriyanovich aprimorou esse modelo em 1961, com um dispositivo ainda menor, pesando 70 gramas, que cabia na palma da mão, e tinha um alcance de mais de 30 quilômetros. Em 1958, foi desenvolvido, na União Soviética,o serviço Altay, que era usado em carros e chegou a estar presente em até 30 cidades do país. Em 1965, a empresa búlgara Radioelektronika também apresentou um sistema de base que podia usar até 15 telefones. Em 3 de abril de 1973, liderado por Martin Cooper, a Motorola apresentou e fez a primeira ligação de um telefone celular, com o DynaTAC 8000, que só chegou a ser comercializado em 1983. Este celular marcou a primeira geração. Em 1991, houve a primeira transmissão do novo formato digital de sinal digital de celular, o 2G. Além de conversas, o novo padrão também possibilitava troca de mensagens através do serviço SMS. Em 1993, foi lançado o IBM Simon, que reunia recursos de celulares e PDAs com tela sensível ao toque, e que é considerado o primeiro smartphone. O novo padrão variado do 2G (chamado de 2.5G) adicionou o acesso à internet por telefone celular pelo padrão GPRS. Em 1998, foram disponibilizados os primeiros conteúdos disponíveis para download na Finlândia e, em 1999, o primeiro serviço completo de acesso à internet no Japão. Devido à alta demanda por serviços de internet, foi lançada em maio de 2001 no Japão, a primeira rede 3G. O primeiro aparelho foi lançado em outubro do mesmo ano. A primeira década do século XXI viu um rápido crescimento da popularização dos celulares. No ano de 2007, a Apple lança o iPhone, o seu primeiro smartphone, em um formato que mudou a aparência da maioria dos telefones celulares, sendo o primeiro aparelho a apresentar tela multitoque. Tinha, como principal característica, a ausência de teclados numéricos físicos, deixando- os para serem gerados por software. No ano de 2008, a Google apresenta o Android, seu sistema operacional para smartphone, que logo se popularizou e é, até o momento, o mais utilizado. (TELEFONE CELULAR, 2021, p. 1). Como também na mesma página eletrônica, versando sobre as transformações dos sinais de comunicações: Telefone celular (português brasileiro) ou telemóvel (português europeu) é um aparelho de comunicação por ondas eletromagnéticas que permite a transmissão bidirecional de voz e dados utilizáveis em uma área geográfica que se encontra dividida em células (de onde provém a nomenclatura celular), cada uma delas servida por um transmissor/receptor. A invenção do telefone celular ocorreu em 1947 pelo laboratório Bell, nos Estados Unidos. Há diferentes tecnologias para a difusão das ondas eletromagnéticas nos telefones móveis, baseadas na compressão das informações ou na sua distribuição: na primeira geração (1G) (a analógica, desenvolvida no início da década de 1980), com os sistemas NMT e AMPS; na segunda geração (2G) (digital, desenvolvida no final da década de 1980 e início da década de 1990): GSM, CDMA e TDMA; na segunda geração e meia (2,5G) (uma evolução à 2G, com melhorias significativas em capacidade de transmissão de dados e na adoção da tecnologia de pacotes e não mais comutação de circuitos), presente nas tecnologias GPRS, EDGE, HSCSD e 1xRTT; na terceira geração (3G) (digital, com mais recursos, em desenvolvimento desde o final dos anos 1990), como UMTS e EVDO; na terceira geração e meia (3,5G), como HSDPA, HSPA e HSUPA. Depois da implementação do 4G (quarta geração), está em desenvolvimento o 5G. (TELEFONE CELULAR, 2021, p. 1). Como podemos refletir a cerca destas duas citações, neste site amplamente acessado pelos usuários da grande rede Internet, a história do telefone móvel é, por certo, um elemento impulsionador da informática, vez que sem esta tecnologia, não poderíamos movimentar os dados informáticos e consequentemente o mercado de trabalho do profissional de TI, seria pífio, dada a necessidade de mobilidade demandada atualmente para computadores e celulares. Ainda merece destacar nestas citações os sinais de comutatividade de voz e dados e as larguras de banda e compressão de dados nas diversas gerações de transmissões celular, até a chegada do comemorado 5G neste 2021, o que popularmente chamamos de velocidade de internet. Geralmente, ao se usar uma conexão com fio para acessar a Internet, pode ter uma largura de banda maior, ainda que os usuários estejam fazendo uso uma conexão telefônica (ADSL). Podemos medir a largura de banda em bits por segundo (bps), ou seja, ao dizer que a conexão é de “500 megas", trata-se de uma conexão de 500 Mbps (500 megabits por segundo) o que nos remete à possibilidade de mover 500 milhões de bits em um segundo, banda que permite assistir um filme via internet, no padrão HD ou FHD (Full HD), ou seja, HD possui 720p, com qualidade bem superior aos 480p convencionais das TVs de “tubo”, o Full HD tem 1080p. E ainda vale falar sobre o 4K e o Ultra HD, sendo duas resoluções de tela em celulares e televisores inteligentes, consideradas iguais, mas na realidade são diferentes, uma vez que as telas 4K têm medições de pixels de 4096 x 2160, enquanto a tela Ultra HD tem 3.840 x 2160 pixels. Igualmente merece destaque a tecnologia conhecida como Bluetooth. O Bluetooth surge em 94 pelos esforços da empresa L. M. Ericson que desejava conectar seus telefones móveis e outros dispositivos sem fio. Então um consórcio de empresas foi formado com tal finalidade, chamado de SIG (Special Interest Group) e formado pelas empresas IBM, Intel, Nokia, Toshiba e L. M. Ericson. O objetivo era ligar dois aparelhos moveis, utilizando rádios sem fio, de curto alcance, baixa potência e baixo custo, hoje já possível utilizar em sua versão 4.0. Para alcançarmos esta tecnologia atual, devemos olhar para o passado, sobretudo nos idos de 80. É imperativo falar da história dos celulares, ainda que muito recente, dos primeiros aos mais modernos smartphones, que encontramos hoje no mercado, que permitiram um imenso nicho de negócios para os profissionais de TI (Tecnologia da Informação), então vejamos cronologicamente tais principais aparelhos e seus fabricantes: ✓ 1983: Motorola DynaTAC 8000X ✓ 1989: Motorola MicroTAC 9800X ✓ 1992: Motorola International 3200 ✓ 1993: IBM Simon Personal Communicator ✓ 1994: Nokia 1011 ✓ 1996: Motorola StarTAC ✓ 1996: Nokia 8110 ✓ 1998: Nokia 9110I ✓ 1998: Nokia 5110 ✓ 1999: Nokia 8210 ✓ 1999: Nokia 7110 ✓ 2000: Ericsson R380 ✓ 2000: Nokia 3310 ✓ 2001: Siemens S45 ✓ 2002: Nokia 3510(I) ✓ 2003: Nokia 1100 ✓ 2003: Nokia 6600 ✓ 2004: Motorola Razr V3 ✓ 2005: Nokia 1110 ✓ 2007: iPhone ✓ 2007: Motorola Razr2 V9 ✓ 2008: iPhone 3G ✓ 2008: Samsung Gravity ✓ 2010: iPhone 4 ✓ 2010: Samsung Galaxy S ✓ 2011: iPhone 4S ✓ 2011: Samsung Galaxy S II ✓ 2012: iPhone 5 ✓ 2013: Samsung Galaxy S4 ✓ 2014: iPhone 6 ✓ 2016: iPhone 7 e iPhone 7 Plus ✓ 2016: Samsung Galaxy S7 e Samsung Galaxy S7 Edge ✓ 2017: iPhone 8 e iPhone 8 Plus ✓ 2017: Samsung Galaxy S8 e Samsung Galaxy S8+ ✓ 2018: iPhone XR, iPhone XS e iPhone XS Max ✓ 2018: Samsung Galaxy S9 e Samsung Galaxy S9+ ✓ 2019: iPhone 11, iPhone Pro e iPhone Pro Max ✓ 2019: Samsung Galaxy S10 e Samsung Galaxy S10+ ✓ 2020: Xiaomi Redmi Note 9 ✓ 2020: Samsung Galaxy S20 e Samsung Galaxy S20+ ✓ 2020: Samsung Galaxy Note 20 e Samsung Galaxy Note 20 Ultra “Em 1983, o mundo ganhou o primeiro telefone móvel portátil, o Motorola DynaTAC 8000X. O aparelho custava US$ 4.000,00 (quatro mil dólares)” (COSTA, 2020, p. 1), o que não permitia uma expansão nas vendas dos aparelhos, tinham o compromisso de deixar mais livre o usuário, que agora desconectado de fios, já podia andar por onde houvesse antenas para a tecnologia celular, à época muito escassa. “A Global System for Mobile Communications (GMS ou “Sistema Global para Comunicações Móveis”), é até hoje a tecnologia móvel para telefones celulares mais utilizada no planeta, lançadas nos anos 90.” (COSTA, 2020, p. 1). Em 95, os primeiros celulares com telas coloridas e novas funções que abrilhantavam e traziam status ao seu usuário, contudo ainda não era possível tocar a tela. Mas foram os anos 2000 que trouxeram em suadécada os telefones inteligentes e suas inúmeras possibilidades, com o primeiro celular GPRS da Siemens com 360kb de memória interna – alta, considerada na época. Em “2003, a implementação da tecnologia 3G levou velocidades de download até 2 MB/s para os usuários de celulares no Reino Unido.” (COSTA, 2020, p. 1). Em “2007, o LG Prada se tornou o primeiro celular com funcionalidade touchscreen. [Mas foi o] lançamento do iPhone da Apple que o uso de telas de toque começou a se popularizar.” (COSTA, 2020, p. 1). Já em 2008, o iPhone 3G e o advento dos aplicativos que puderam ser adquiridos para ele na AppStore, com funcionalidades nunca visto antes, como ainda a playstore para android. Nos idos de 2010, iPhone trazia uma nova resolução de 960×640 pixels e uma câmera mais potente, de 5 Megapixels, compromisso de muito mais qualidade ao usuário, igualmente acompanhada pelos afetos dos smartphones android. Contudo, quase vinte anos depois a demanda é por velocidade de acesso e processamento, com smartphones com grandes capacidades de armazenamento (256 GB) e memórias RAM de 16 MB, acessando redes 4G e/ou tecnologia 5G prometendo velocidades de até 10 GB/s para os modelos no mercado brasileiro, que neste ano de 2021, listam até 10 mil reais em média, a depender dos modelos e tamanhos de suas telas. Os wearebles (dispositivos vestíveis) se popularizam à partir de 2014 e ampliaram ainda mais o universo de pagamentos. Em conjunto com uma nova tecnologia, eles ganharam espaço ao substituírem opções mais tradicionais, como os cartões de crédito, como relógios, pulseiras e próprio celular, estamos falando da tecnologia: NFC - Near Field Communication. As transações bancárias, sobretudo as transferências de valores, durante décadas no Brasil, foram feitas sob duas principais maneiras: TED (Transferência Eletrônica Disponível) e o DOC (Documento de Ordem de Crédito), onde a rede de bancos ora cobravam por tais serviços, noutras vezes não, à depender do perfil do cliente. Já no ano de 2020, uma nova maneira de transferir valores se consagrou, denominada: PIX, porque o termo lembra tecnologia, transações e pixels (os pontos luminosos de uma tela), não sendo uma sigla. Então percebam o quanto a tecnologia vem mudando o mundo e sua maneira de realizar os contratos de negócios e claro, nos legando oportunidades ao profissional de TI, que implicitamente é o maior colaborador desta mudança. Até a indústria aeroespacial sofreu mudanças absurdas em tempo recorde, vale observamos o mencionado no sítio de internet Opção Consultoria, então veja: A exploração espacial sofreu alguns impactos no século XXI, com cortes nos EUA e em outros orçamentos de programas espaciais internacionais. Mas o cenário mudou repentinamente quando o setor privado começou a entrar no jogo, o bilionário Elon Musk foi o pioneiro desbravador deste mercado dominado por governos. Fundando a Space Ex, Elon começou as suas façanhas na indústria, conseguiu diminuir os custos absurdamente e cobrar apenas 1/5 do que a sua maior rival. Ou seja, cada foguete lançado pela ULA (United Launch Alliance) por 400 milhões de dólares era lançado pela SpaceX por 80 milhões de dólares. Isso foi possível graças à solução que Elon deu ao mercado, no caso os foguetes eram muito caros, para serem construídos, era necessária uma cadeia de produção imensa, assim tendo que remunerar os lucros dos fornecedores dos fornecedores dos fornecedores... A solução encontrada foi simplesmente fabricar os próprios componentes, e assim o preço abaixou muito. É claro que ainda estamos longe de poder comprar o serviço para dar uma volta na terra, afinal a demanda não deve mudar muito só pelo fato de em vez de 400 milhões serem 80 milhões, não é? Mas há de se enxergar, qual a direção essa indústria está seguindo, não estamos falando só de passeios turísticos na lua, ou uma volta no planeta, estamos falando de colonização de Marte, mineração de asteroides, etc. Então, mesmo com as crises econômicas mundiais deste século, indivíduos e empresas do setor privado também planejam continuar mirando as estrelas e permitir que as pessoas comprem seus próprios bilhetes de exploração espacial. Alguns futuristas das décadas passadas ficariam surpresos ao ver que as viagens espaciais para todos os homens não são comuns, mas para alguns aventureiros ricos, não são mais coisas de ficção científica. Talvez as viagens deles ajudem a reduzir os custos para o resto de nós. Empresas como a Virgin Galactic, a SpaceX e até a Blue Origin da Amazon, querem tornar toda essa indústria realidade. (OPCAOCONSULTORIA, 2020, p. 1). Percebam que a mudança na forma de fabricar os componentes permitiram uma mudança na própria maneira de industrializar as aeronaves, o que trouxe ganho financeiro muito expressivo e ainda, permitiu concorrer em um mercado antes dominado por poucos. Ainda, vale perceber que, a evolução tecnológica e seu consequente centro de custo, que inclui a mão de obra especializada de profissionais de TI, também se popularizou e permitiu tal arrancada rumo as estrelas. No mesmo sítio da rede mundial, Opção Consultoria, nos revela: Não estamos em um mundo onde existem replicadores de Star Trek em que podemos criar o que quisermos do nada. Mas a tecnologia de impressão 3D está surgindo rapidamente e as empresas já estão experimentando imprimir alimentos! A impressão 3D também está decolando em outras áreas. Desde a criação de peças de avião e veículo, juntas de substituição para quadris ou peças para um jogo de tabuleiro, ela ainda tem um enorme potencial para mudar nossas vidas nos próximos anos. Os materiais usados para imprimir também estão evoluindo e agora incluem grafeno "mais leve que o ar", mas 10 vezes mais forte que o aço. Então podemos esperar um mundo em que possamos imprimir quase qualquer coisa de casa! Como seria o supermercado por exemplo? Ao invés de comprar a carne no mercado, você irá comprar o código da empresa que vende carne, bastará executar o código na sua máquina e pronto. Muito futurista? Estamos falando de praticamente todas as indústrias do mundo passando pela disrupção causada pela indústria da impressão 3D aliada com a nanotecnologia, desde alimentos até a construção civil. (OPCAOCONSULTORIA, 2020, p. 1). O trecho em destaque nos remete aos sonhos de cinéfilos de ver uma “máquina geradora de coisas”, onde já é possível realizar estes desejos, estamos nos referindo a “impressão 3D”, quando o digital se transforma em matéria. Tal ideia, hoje viável até na construção civil, tem trazido a possibilidade de um novo nicho de negócios ao profissional de TI, onde a sua presença é obrigatória, seja na venda destes equipamentos até sua operação. A própria indústria tem feito esforços de realizar sua produção de peças com o uso deste instrumento. Então esteja preparado, pois em nosso próximo capítulo vamos viajar no tempo até o desenvolvimento da chamada Industria 4.0 e seus paradigmas a serem quebrados, na melhor oportunidade de mercado de trabalho. 1.3 Considerações finais Valoroso estudante, vimos que ao longo das décadas passadas, houveram um forte avanço tecnológico, sobretudo no desenvolvimento da indústria das telecomunicações. Tal legado da vasta contribuição da humanidade, que sem fronteiras, nos trouxeram as tecnologias que hoje são nossas ferramentas de trabalho e de todos os profissionais da TI. Agora, você tem uma melhor compreensão da importância de se trabalhar de forma multidisciplinar, sobretudo voltado para a crescente indústria da impressão 3D e outras tecnologias. Resumo Neste capítulo você pode aprender que, a maioria das tecnologias que observamos e fazemos uso nos dias atuais, vieram de esforços de muitos pensadores e desenvolvedores de parelhos de comunicação móvel. Notou que, cada uma destas tecnologias separadas e agora agrupadas, permitiram as comunicaçõesde voz e dados disponíveis agora. Tal legado é também sua ferramenta para a melhor aplicação profissional, saber escolher tais oportunidades lhe remeterá a um futuro viável e rentável. Referências COSTA, Luís Antônio. A história do celular e do smartphone: uma viagem tecnológica. São Paulo: Showmetech, 2020. Disponível em: https://www.showmetech.com.br/historia-do- celular-e-smartphone. Acesso em: out. 2021. OPCAOCONSULTORIA. Novas tecnologias e o futuro do ser humano. Niterói: Opção Consultoria, 2020. Disponível em: https://www.opcaoconsultoria.com/post/novas- tecnologias-e-o-futuro-do-ser- humano?gclid=CjwKCAjw2bmLBhBREiwAZ6ugoxTioiKtG33CMwxq10LVAcRL60vsdH_A58C LIa0DHwdL9BwlvSdvCxoC9YQQAvD_BwE. Acesso em: outubro. 2021. TELEFONE CELULAR. In: WIKIPÉDIA, a enciclopédia livre. Flórida: Wikimedia Foundation, 2021. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Telefone_celular&oldid=61148845. Acesso em: out. 2021.