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ATIVIDADE PRÁTICA Moacir José Avi 47385757 Engenharia de Produção Módulo AE - 267950 . 7 - Desenho Universal - D.20251.AE Atividade Prática Na disciplina Desenho Universal vimos o quanto a aplicação das normas voltadas ao tema da acessibilidade e inclusão é importante, e vimos também que a principal norma brasileira sobre esse assunto tem caráter obrigatório e é uma das normas mais completas sobre essa temática, com muitos detalhes, descrições, definições e desenhos. Vimos também que, apesar da obrigatoriedade da norma, é perceptível a não observância desta em muitos projetos, onde profissionais e executores muitas vezes deixam de lado as soluções possíveis e necessárias para tornar os lugares mais seguros e acessíveis a todas as pessoas. Neste sentido a divulgação das diretrizes da norma e discussão sobre o tema INCLUSÃO SOCIAL, trazem à tona a importância de pensar os espaços sob a premissa do Desenho Universal, e que poderá possibilitar uma transformação que tenha um impacto positivo na comunidade. O objetivo da atividade prática (AV1) é a adaptação de um projeto já existente de uma galeria comercial (os desenhos do projeto estão disponíveis na pasta 'pranchas do projeto'), para que se possa alcançar a acessibilidade desse local. DESENVOLVIMENTO 1. Introdução Explicando brevemente a importância da acessibilidade e da inclusão social, contextualizando com a análise do projeto existente. Exemplo: A acessibilidade é um direito fundamental que garante a inclusão plena das pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, idosos e demais públicos. O Desenho Universal, ao prever soluções que atendam a todas as pessoas, independentemente de suas condições físicas ou sensoriais, orienta a concepção de espaços democráticos. A ABNT NBR 9050/2020 é a principal norma reguladora deste tema no Brasil, sendo de caráter obrigatório. No entanto, muitos projetos ainda negligenciam esses critérios, comprometendo a segurança e a autonomia de diversas pessoas. 2. Análise Técnica e Propostas de Acessibilidade – Galeria Comercial GRUPO SER DU_Planta baixa 1 pav.pdf 2.1 Situação Atual Observada na Planta a) Circulações internas presentes, mas sem identificação de larguras adequadas para cadeiras de rodas. b) Acesso principal e setorização das lojas aparentemente em nível, porém sem indicação de rampas ou elevadores, o que pode limitar a acessibilidade plena. c) Vários banheiros (WC) distribuídos pelo espaço, mas nenhum identificado como adaptado. d) Ausência de sinalização tátil, rota acessível identificável ou recursos como mapas táteis. e) Ausência de vagas de estacionamento para PCD (não aparece na prancha, mas deve ser prevista se a galeria tiver estacionamento). 3. Propostas de Adequação do Projeto Com base na NBR 9050, seguem sugestões práticas para tornar a galeria acessível e inclusiva: 3.1 Acesso Principal e Circulação 1. Rampa de acesso com inclinação máxima de 8,33% e corrimãos duplos (caso existam desníveis na entrada). 2. Circulações internas com largura mínima de 1,20 m (preferencialmente 1,50 m) para permitir circulação de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida. 3. Instalação de pisos táteis direcional e de alerta, indicando rotas acessíveis e áreas de risco. 4. Inclusão de sinalização em braile e com contraste visual para pessoas com baixa visão. 3.2 Sanitários Acessíveis 🚻 Reservar ao menos um banheiro adaptado por grupo de sanitários (masculino e feminino), com: 1. Área mínima de 1,50 m de diâmetro livre para giro da cadeira de rodas; 2. Barras de apoio laterais e atrás do vaso; 3. Altura da louça sanitária entre 0,43 m e 0,45 m do piso; 4. Lavatório com espaço livre inferior e torneira de alavanca ou sensor. 3.3 Entradas das Lojas 1. Verificar se todas as lojas têm entrada no mesmo nível da circulação ou, caso haja desníveis, instalar rampas com piso antiderrapante e corrimãos. 2. Portas com vão livre mínimo de 0,80 m e sem desníveis superiores a 5 mm. 3.4 Informações e Comunicação 1. Instalar mapas táteis na entrada da galeria; 2. Inclusão de painéis informativos em altura acessível (até 1,20 m), com escrita ampliada e braille. 3.5 Estacionamento (caso exista área externa ou subterrânea) 🚗 Prever 5% das vagas para PCD, com: 1. Vaga de 2,40 m + faixa lateral de 1,20 m; 2. Sinalização vertical e horizontal (pintura e placa); 3. Localizadas próximas da entrada principal. 4. Justificativa Técnica As adaptações propostas são baseadas nos princípios do Desenho Universal e na obrigatoriedade da NBR 9050/2020. Elas garantem que a galeria comercial atenda ao maior número possível de usuários com diferentes características e limitações físicas, sensoriais e cognitivas. A adequação não só promove a inclusão, mas também agrega valor social e comercial ao empreendimento. 5. Conclusão A galeria comercial, ao ser adaptada conforme as diretrizes do Desenho Universal, promoverá maior autonomia, segurança e conforto para todos os usuários. A acessibilidade plena contribui para uma sociedade mais justa, democrática e sustentável, onde o direito de ir e vir é garantido a todos. Referências ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. NBR 9050:2020 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro: ABNT, 2020. BRASIL. Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l10098.htm BRASIL. Decreto nº 5.296, de 2 de dezembro de 2004. Regulamenta as Leis nº 10.048/2000 e nº 0.098/2000, sobre acessibilidade. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- 2006/2004/decreto/d5296.htm BRASIL. Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência) – Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015- 2018/2015/lei/l13146.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004- http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-