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CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS FATORES DE RISCO, DOCUMENTAÇÃO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA 
DOUTORADO EM CIÊNCIAS DA SAÚDE 
 
 
 
 
CARINA CARVALHO SILVESTRE 
 
 
 
 
CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS: FATORES DE RISCO, DOCUMENTAÇÃO 
DA PRÁTICA E DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU 
2018
 
 
CARINA CARVALHO SILVESTRE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS: FATORES DE RISCO, DOCUMENTAÇÃO 
DA PRÁTICA E DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO 
 
 
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde da 
Universidade Federal de Sergipe como 
requisito parcial à obtenção do grau de Doutora 
em Ciências da Saúde. 
 
 
 
Orientador: Prof. Dr. Divaldo Pereira de Lyra Júnior 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARACAJU 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA BISAU 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE 
 
 
 
S587c 
 
Silvestre, Carina Carvalho. 
 Conciliação de medicamentos: fatores de risco, 
documentação da prática e desenvolvimento de instrumento 
de avaliação / Carina Carvalho Silvestre; Orientador Divaldo 
Pereira de Lyra Júnior. – Aracaju, 2018. 
149 f. 
 
Tese (doutorado em Ciências da Saúde) – Universidade 
Federal de Sergipe, 2018. 
 
 1. Segurança do paciente. 2. Conciliação de 
medicamentos. 3. Comunicação em saúde. 4. Hospitais. I. 
Lyra Júnior, Divaldo Pereira de, orient. II. Título. 
 
CDU 61 
 
 
 
CARINA CARVALHO SILVESTRE 
 
 
CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS: FATORES DE RISCO, DOCUMENTAÇÃO 
DA PRÁTICA E DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO 
 
Tese apresentada ao Programa de Pós-
Graduação em Ciências da Saúde da 
Universidade Federal de Sergipe como 
requisito parcial à obtenção do grau de Doutora 
em Ciências da Saúde. 
 
Aprovado em: 23/02/2018 
 
_______________________________________________ 
Orientador: Prof. Dr. Divaldo Pereira de Lyra Júnior 
_______________________________________________ 
1ª Examinadora: Profª. Drª. Joseilze Santos de Andrade 
______________________________________________________ 
2ª Examinadora: Profª. Drª. Jullyana de Souza Siqueira Quintans 
_____________________________________________ 
3º Examinador: Prof. Dr. Daniel Tenório da Silva 
_________________________________________ 
4º Examinador: Prof. Dr. Mario Borges Rosa 
 
 
PARECER 
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho aos meus pais, 
Maria Célia e Nilson, por me ensinarem 
todos os dias que educação é o 
tesouro que se acumula em vida. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A escritora Ursula Le Guin escreveu “é bom ter um fim para a jornada; mas é a 
jornada que importa no final” e eu não poderia concordar mais. Tomo a liberdade 
poética de acrescentar a essa citação que são as pessoas que caminham ao nosso 
lado que fazem a jornada valer a pena. São para essas pessoas que humildemente 
escrevo estes agradecimentos: 
 
Agradeço aos meus pais, Maria Célia e Nilson, por serem apoio incondicional em 
todos os momentos. À minha irmã Camila por ser minha fonte de inspiração e 
motivação a querer ser alguém melhor. Ainda, agradeço a meus familiares, por todo 
o incentivo e auxílio nas horas de necessidade. 
 
Agradeço aos meus amigos campoformosenses, longas distâncias são meros 
detalhes frente a força da amizade. Aninha, Eudes, Fernanda, Jhone, Luana e 
Tácito, obrigada por todos os momentos de apoio e estímulo. 
 
Agradeço às minhas “Helenas”, Andréa, Flávia, Jennifer, Luiza, Paulinha e Tainara, 
por toda convivência e compreensão nessas terras aracajuanas. 
 
Agradeço aos meus amigos do curso de Farmácia, Adriano, Alessandra, Ana 
Patrícia, Dalmare, Daniela, Fábio, Loíde, Mariana, Naiane e Sarah. Obrigada por 
serem minha família em Aracaju, por serem colo e conforto nos momentos mais 
necessários. 
 
Agradeço aos meus amigos do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia 
Social, obrigada por serem exemplo de equipe, por todas as valorosas discussões - 
com temas que vão de educação ao feminismo passando pela alimentação 
saudável. Vocês foram (e são) essenciais. Obrigada por ensinar na prática que 
unidos alcançamos vôos mais altos. Meu agradecimento especial a Alessandra, 
Aline Dósea, Aline Santana, Bárbara, Carla, Daniel, Gabriela, Kérilin, Patrícia, 
Sabrina, Tâmara, Tatiane, Vanessa Alves e Vanessa Lima. Ainda, agradeço aos 
meus companheiros de Serviço de Cuidado Farmacêutico, vulgo “Mudinhos”, Dyego, 
Francisco, Genival Júnior, Luiza, Rafaella e Thaciana. Obrigada pela amizade, por 
 
 
todos os momentos de alento e por serem essenciais no desenvolvimento deste 
trabalho. Cada palavra de conselho, motivação e sabedoria compartilhadas foram a 
força-motriz para continuar seguindo em frente. 
 
Agradeço a Elisdete, Genival Júnior e Thelma, meus companheiros e “co-autores” 
desse Doutorado. Obrigada por me permitirem dividir cada dificuldade, angústia e 
dúvida, por darem as mãos nos momentos que eu mais precisava me reeguer e 
seguir essa jornada. Vocês foram (são e serão) essenciais. 
 
Agradeço a Luana e Lincoln, meus parceiros, companheiros de dias de luta e dias 
de glória. Sem vocês essa tese não existiria. Obrigada por acreditarem em mim, por 
me ensinarem tanto e por se deixarem contagiar por minha pesquisa. A minha 
gratidão a vocês é imensurável. 
 
Agradeço ao Professor Alfredo, meu (des)orientador, pela profícua parceria na 
elaboração desse trabalho. Sua sapiência e intelectualidade aliadas a humildade 
ímpar são espelhos para construção de um modus operandi de vida. Excelsior! 
 
Agradeço ao Professor Divaldo, meu orientador e pai científico. Faço uso do clichê 
“palavras não são suficientes para descrever o tamanho da minha gratidão”. 
Obrigada por sua fé sem medida no meu potencial e por me ensinar tanto por meio 
do exemplo de pesquisador e ser humano. 
 
Agradeço às minhas companheiras do Curso de Segurança do Paciente, em 
especial a Carla, Michelle, Nadia e Suzinara. Obrigada por toda ajuda e aprendizado 
compartilhado. 
 
Agradeço às minhas companheiras de Práticas de Ensino Farmacêutico na 
Comunidade, Chiara e Giselle. Obrigada por toda a compreensão e por me 
mostrarem a professora que quero ser no futuro. 
 
Agradeço a todos aqueles que me permitiram utilizar a denominação “meus alunos”. 
Nas palavras de Cora Coralina, feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o 
que ensina e como eu fui feliz aprendendo com cada um de vocês. 
 
 
Agradeço a todos os profissionais do Hospital Universitário da Universidade Federal 
de Sergipe, em especial a Equipe do Serviço Farmacêutico Hospitalar e do setor de 
Revisão de Prontuários. Sem a colaboração de vocês esse trabalho não seria 
possível. Obrigada pela paciência e disponibilidade. 
 
Agradeço as professoras Deborah Pimentel e Sabrina Neves pela parceria e 
colaboração. Obrigada pelos conselhos e orientações. 
 
Agradeço aos Farmacêuticos da Alegria, integrantes e colaboradores, pelo altruísmo 
e abnegação em prol do cuidado do outro. “Quem disse que açúcar e afero não 
podem curar” está tatuado na minha alma. 
 
Agradeço aos profissionais enfermeiros, farmacêuticos e médicos que doaram seu 
tempo e conhecimento em prol da construção do instrumento desenvolvido nessa 
tese. 
 
Agradeço a todos os pacientes, usuários do Sistema Único de Saúde, do Nordeste 
deste Brasil, com os quais pude conviver direta ou indiretamente. Obrigada por, 
mesmo involuntariamente, serem os melhores professores da escola da vida.Agradeço, por fim, a maior de todas as inspirações, Àquele que é Caminho, Verdade 
e Vida, que colocou todas as pessoas citadas acima na minha jornada e que me 
mostra todas os dias que não existem coincidências. 
 
Gratidão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Você não pode esperar construir um mundo 
melhor sem melhorar os indivíduos. Para esse 
fim, cada um de nós deve trabalhar para a sua 
própria melhoria e, ao mesmo tempo, 
compartilhar uma responsabilidade geral para 
toda a humanidade. 
(Marie-Curie, 1867-1934) 
 
“Verba volant, scripta manent” (palavras ditas 
voam longe, palavras escritas permanecem) 
Provérbio latim 
 
 
RESUMO 
 
CONCILIAÇÃO DE MEDICAMENTOS: FATORES DE RISCO, DOCUMENTAÇÃO 
DA PRÁTICA E DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO. Carina 
Carvalho Silvestre, 2018. 
 
Introdução. A conciliação de medicamentos é um processo delineado para 
promover a comunicação da equipe de saúde, visando prevenir erros de medicação 
nos pontos de transição de cuidados. No Brasil, estudos sobre este tema, bem como 
sobre a importância da comunicação escrita para sua completa execução ainda são 
incipientes. Objetivo. Analisar a conciliação de medicamentos sob aspectos 
relacionados a fatores de risco para discrepâncias não intencionais, documentação 
da prática e desenvolvimento de instrumento para avaliação da conciliação de 
medicamentos. Metodologia. O estudo foi realizado em três etapas. A primeira 
correspondeu a um estudo prospectivo, do tipo caso-controle para identificar fatores 
de risco potenciais para discrepâncias não intencionais da farmacoterapia (DNIF) na 
admissão hospitalar. Adicionalmente outro trabalho foi realizado trazendo reflexões 
sobre a qualidade da documentação do histórico de uso de medicamentos nos 
hospitais e a necessidade de melhoras neste processo. A segunda etapa consistiu 
em um estudo transversal realizado nos prontuários dos pacientes admitidos em um 
hospital ensino entre dezembro de 2016 e fevereiro de 2017. As evoluções de 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos foram avaliadas para caracterizar o registro 
de informações sobre o uso de medicamentos em todos os prontuários. A última 
etapa correspondeu a um estudo de desenvolvimento metodológico para elaborar e 
validar o conteúdo de um questionário para survey sobre a realização da conciliação 
de medicamentos em hospitais do Brasil. Resultados. Os achados da primeira 
etapa evidenciaram que pacientes submetidos a processos de admissão após as 
transferências entre hospitais tiveram três vezes mais chances de ter uma DNIF em 
comparação a pacientes que foram admitidos diretamente de casa. Na segunda 
etapa ficou evidenciada que a comunicação ineficiente entre as equipes de cuidado 
pode ter sido a causa primária dos achados da primeira etapa. Quanto à avaliação 
da comunicação escrita, foram identificadas 1.588 alterações nas prescrições 
durante a coleta de dados eapenas 390 (24,5%) destas alterações foram 
justificadas. Ainda, foi possível identificar 485 falhas de comunicação sobre 
medicamentos em 65,3% (n=132) das evoluções avaliadas. Em relação ao 
desenvolvimento do questionário, três versões preliminares foram elaboradas. A 
terceira versão foi submetida ao processo de validação de conteúdo por meio do 
Delphi resultando na versão final do questionário com 17 questões. Conclusão. A 
comunicação ineficiente, especialmente sobre medicamentos, entre os vários atores 
da equipe de cuidados pode influenciar sobremaneira a realização da conciliação de 
medicamentos e, por conseguinte, a segurança de pacientes na transição de 
cuidados. 
Descritores: segurança do paciente, conciliação de medicamentos, comunicação 
em saúde, hospital. 
 
 
ABSTRACT 
MEDICATION RECONCILIATION: RISK FACTORS, DOCUMENTATION OF 
PRACTICE AND EVALUATION INSTRUMENT DEVELOPMENT. Carina Carvalho 
Silvestre, 2018. 
Introduction. Medication reconciliation is a process designed to promote 
communication and teamwork to prevent medication errors at transition of care 
points. In Brazil studies on the medication reconciliation are still incipient. Aim. To 
analyze the medication reconciliation under aspects related to risk factors for 
unintentional discrepancies, documentation of the practice and development of 
instrument to evaluate the medication reconciliation. Methods. The study was 
conducted in three stages. The first one was a prospective, case-control study with 
the aim of identifying the potential risk factors for unintentional medication 
discrepancies (UMD) at hospital admission. In addition, another study was carried 
out bringing reflections on the quality of documentation of the history of use of 
medicines in hospitals and the need for improvements in this process. The second 
step consisted of a cross-sectional study conducted in a teaching hospital. The 
clinical notes of nurses, pharmacists and physicians were evaluated to characterize 
the records on medication use, additionally analysis of communication failures was 
carried out in all medical records. The last step corresponded to a methodological 
development study to elaborate and validate the content of a survey questionnaire on 
the accomplishment of the medication reconciliation in Brazilian hospitals. Results. 
The findings of the first stage showed that patients submitted to admission 
procedures after transfers between hospitals were three times more likely to have an 
UMD compared to patients who were admitted directly from home. In the second 
stage, it was evidenced that the inefficient communication among the care teams 
may have been the primary cause of the findings of the previous study. Regarding 
the evaluation of written documentation, there were no reports of allergies and 
adverse drug reactions in 44 (21.9%) of nurses, 8 (22.9%) of pharmacists and 54 
(26.8%) of physician’s clinical notes. In addition, 1,588 changes in prescriptions were 
identified in the data collection period, where only 390 (24.5%) of these changes 
were justified. Furthermore, it was possible to identify 485 communication failures on 
medications in 65.3% (n = 132) of the evolutions evaluated. In relation to the 
development of the questionnaire, three preliminary versions were elaborated. The 
third version was submitted to the content validation process through Delphi resulting 
in the final version of the questionnaire with 17 questions. Conclusion. Inefficient 
communication, especially on medication, among the various actors in the care team 
can greatly influence the achievement of drug reconciliation and hence patient safety 
in the care transition. 
Keywords: patient safety, medication reconciliation, health communication, hospital. 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO............................................................................. 13 
2. REVISÃO DA LITERATURA....................................................... 19 
2.1 Cuidado em saúde e a segurança do paciente no uso de 
medicamentos.............................................................................. 
 
20 
2.2 Erros de medicação e falhas na comunicação nas transições 
de cuidado em saúde................................................................... 
 
21 
2.3 Conciliação de medicamentos: estratégia-chave para a 
segurança do paciente................................................................. 
 
25 
2.4 Desafios para a implantação e consolidação da conciliação de 
medicamentos em hospitais........................................................ 
 
30 
2.5 As pesquisas sobre conciliação de medicamentos no Brasil – 
presente e perspectivas............................................................... 
 
33 
2.6 Histórico da tese.......................................................................... 35 
3. OBJETIVOS................................................................................ 38 
3.1 Objetivo geral...............................................................................39 
3.2 Objetivos específicos................................................................... 39 
4. RESULTADOS............................................................................ 40 
4.1 CAPÍTULO I - Risk factors for unintentional medication 
discrepancies at hospital admission: A matched case-control 
study………………………………………………………………….. 
 
 
41 
4.2 CAPÍTULO II - ‘What is not written does not exist’: the 
importance of proper documentation of medication use history 
 
44 
4.3 CAPÍTULO III - Comunicação escrita relacionada a 
medicamentos por enfermeiros, farmacêuticos e médicos na 
admissão, internamento e alta em hospital de 
ensino.......................................................................................... 
 
 
 
51 
4.4 CAPÍTULO IV - Desenvolvimento e validação de conteúdo por 
Delphi de questionário sobre conciliação de medicamentos...... 
 
84 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................ 121 
5.1 Considerações Finais.................................................................. 122 
6. REFERÊNCIAS........................................................................... 123 
7. ANEXOS...................................................................................... 134 
7.1 ANEXO A: Normas para publicação na revista “British Medical 135 
 
 
Journal Quality & Safety”............................................................. 
7.2 ANEXO B: Normas para publicação na revista 
“Pharmacoepidemiology and Drug Safety” 
145 
 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
O uso de medicamentos é considerado a intervenção de saúde mais comum 
na prática clínica para a prevenção, diagnóstico, tratamento e controle de doenças 
(GYLLENSTEN, 2012; MORROW, 2015). Entretanto, seu uso não é isento de riscos 
e, portanto, problemas relacionados ao uso de medicamentos têm sido amplamente 
relatados na literatura (ERNST, GRIZZLE, 2001; MATETI et al., 2015). Entre 2000 e 
2012, a taxa de erros de medicação nos Estados Unidos aumentou 69,8%, os quais, 
por definição, são considerados preveníveis na prática clínica (BATES, 2007; 
BROPHY et al., 2014). No Brasil, Souza e colaboradores (2014), em uma revisão 
sistemática de 45 estudos observacionais, reportaram que a prevalência decorrente 
da morbimortalidade relacionada farmacoterapia é superior a países como os 
Estados Unidos e Alemanha. 
Diversas estratégias têm sido reportadas para melhorar a qualidade e a 
segurança dos cuidados em saúde dos pacientes, com destaque para a conciliação 
de medicamentos (AL-RASHOUD et al., 2017; GALVIN et al., 2013; MAZHAR et al., 
2017; WHITE et al., 2011). Este é um processo delineado para promover a 
comunicação e o trabalho em equipe com o objetivo de prevenir erros de medicação 
(neste caso, discrepâncias não intencionais da farmacoterapia) nos pontos de 
transição de cuidados. Exemplos de transição de cuidados são: admissão hospitalar, 
transferência entre duas unidades clínicas, alta hospitalar ou encaminhamento da 
atenção primária para a atenção secundária (INSTITUTE FOR HEALTHCARE 
IMPROVEMENT, 2017; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007). Segundo a 
literatura, nesses pontos há mais possibilidades de haver riscos à segurança dos 
pacientes (BELDA-RUSTARAZO et al., 2015; MAGALHAES et al., 2014; PERSELL 
et al., 2010). 
Nesse contexto, desde 2004 a conciliação de medicamentos tem sido 
recomendada como estratégia de segurança ao paciente pelas principais 
organizações de segurança do paciente no mundo (AMERICAN SOCIETY OF 
HEALTH-SYSTEM PHARMACISTS, 2013; INSTITUTE FOR HEALTHCARE 
IMPROVEMENT, 2008; JOINT COMMISSION, 2013). Corroborando com estas 
iniciativas, em 2017, a Organização Mundial de Saúde lançou o Terceiro Desafio 
Global para a Segurança do Paciente, cujo objetivo principal será reduzir o nível de 
danos severos e evitáveis relacionados a medicamentos em 50% ao longo de cinco 
15 
 
anos, por meio de estratégias que incluem o processo da conciliação de 
medicamentos (DONALDSON et al., 2017). 
Segundo a literatura, a conciliação de medicamentos mostra muitos 
benefícios sobre diversos desfechos em saúde. Revisões sistemáticas com 
metanálise realizadas recentemente destacam que a conciliação de medicamentos é 
eficaz na redução das visitas ao setor de emergência (RR 0,72; 95% CI: 0,57-0,92) e 
na readmissão hospitalar (RR 0,81; 95% CI: 0,70-0,95). Ademais, relatam também 
redução significativa de 66% no número de discrepâncias (RR 0,34; 95% CI: 0,23-
0,50) no grupo que recebeu a conciliação de medicamentos pelo farmacêutico, em 
comparação ao grupo controle (MEKONNEN; MCLACHLAN; BRIEN, 2016; 
MEKONNEN; MCLACHLAN; JO-ANNE, 2016). No Brasil, estudos também têm 
apontado impactos positivos desta prática (MAGALHÃES et al., 2014; MENDES et 
al., 2016). 
Apesar de suas vantagens comprovadas, a conciliação de medicamentos 
ainda não é um serviço consolidado nos sistemas de saúde, incluindo o brasileiro 
(LEOTSAKOS et al., 2014) e é de difícil execução na prática clínica (PEVNICK, 
SHANE, SCHNIPPER, 2016). Ademais, a conciliação de medicamentos requer 
atuação integrada e colaborativa entre a equipe de saúde, especialmente 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos, e participação efetiva de pacientes, famílias e 
cuidadores (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014; ROSE, FISHER, PAASCHE-
ORLOW, 2017). Deste modo, é imperativo que esse serviço seja investigado sob 
diversos aspectos a fim de auxiliar na manutenção da qualidade do cuidado 
prestado e da segurança dos pacientes. 
 
1.1. Estrutura da tese 
Esta tese de doutorado foi estruturada conforme Instrução Normativa nº 02 
do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde da Universidade Federal de 
Sergipe, que discorre sobre as formas de apresentação das Dissertações e Teses. 
Desta forma, é apresentada da seguinte maneira: 
 
i) REVISÃO DA LITERATURA: organizada como capítulo de livro, esta 
apresenta os principais referenciais teóricos em relação à temática que envolve 
a conciliação de medicamentos. Está estruturada em tópicos que contemplam: 
16 
 
a conjuntura do cuidado em saúde e sua relação com a segurança do paciente 
no uso de medicamentos; os erros de medicação e falhas na comunicação nas 
transições de cuidado; conceitos e etapas que compõe a conciliação de 
medicamentos; desafios para a implantação e consolidação da conciliação de 
medicamentos e o panorama das pesquisas sobre a conciliação de 
medicamentos no Brasil. Por fim, o percurso histórico da tese é relatado ao 
final desta revisão. 
ii) CAPÍTULO 1: estruturado na forma de artigo intitulado: “Risk factors for 
unintentional medication discrepancies at hospital admission: A matched case-
control study”, publicado no periódico científico European Journal of Internal 
Medicine. Neste capítulo, por meio de um estudo com delineamento de caso-
controle, identificaram-se fatores de risco para discrepâncias não intencionais 
da farmacoterapia na admissão hospitalar de um hospital de ensino. 
iii) CAPÍTULO 2: elaborado na forma de manuscrito cujo título é: “‘What is not 
written does not exist’: the importance of proper documentation of medication 
use history” publicado no periódico científico International Journal of Clinical 
Pharmacy. Este capítulo discorreu sobre a importância da avaliação e 
documentação adequada da história de uso de medicamentos dos pacientes 
quando estes estão submetidos aos cuidados da equipe de saúde. 
iv) CAPÍTULO 3: organizado no formato de manuscrito intitulado 
“Comunicação escrita relacionada a medicamentos por enfermeiros, 
farmacêuticos e médicos na admissão, internamento e alta em hospital de 
ensino”, a ser submetido para publicação no periódico científico British Medical 
Journal – Quality and Safety. Neste capítulo foi caracterizada a comunicação 
sobre uso de medicamentos por enfermeiros, farmacêuticose médicos durante 
a admissão, internamento e alta de pacientes em um hospital de ensino. 
v) CAPÍTULO 4: escrito na forma de manuscrito intitulado “Desenvolvimento e 
validação inicial de questionário para survey sobre conciliação de 
medicamentos: um estudo Delphi”, a ser submetido para publicação no 
periódico científico Pharmacoepidemiology and Drug Safety - Special Issue on 
Validation Studies. Neste capítulo foi desenvolvido e validado, por meio do 
método Delphi, um questionário a ser utilizado em pesquisas do tipo survey. 
17 
 
Este questionário visa caracterizar a realização da conciliação de 
medicamentos em hospitais do Brasil. 
 
Esta tese de doutorado também proveu como resultados preliminares a 
apresentação de trabalhos científicos. Tais trabalhos foram apresentados em 
renomados eventos, nacionais e internacionais, da área farmacêutica, sob forma de 
pôster ou palestras e publicados em anais de congressos, conforme abaixo: 
 Resumos expandidos publicados em anais de congressos 
1. SANTOS, L. M. C.; SILVESTRE, C. C. ; SILVA, R. O. S. ; ALCANTARA, T. 
S. ; SANTOS JUNIOR, G. A. ; MARQUES, T. C. ; OLIVEIRA-FILHO, A. D. ; 
LYRA JUNIOR, D. P. . Unintentional Medication Discrepancies of Patients 
Hospitalized in a Teaching Hospital. In: 8º Congresso RIOPHARMA de 
Ciências Farmacêuticas, 2015, Rio de Janeiro. Revista Brasileira de 
Farmácia, 2015. v. 97. p. 1512-1512. 
 
 Resumos publicados em anais de congresso 
1. SILVESTRE, C. C.; JESUS-JÚNIOR, F.C. ; SANTOS, L. M. C.; MARQUES, 
T.C.; DORIA, G.A.A.; LYRA JUNIOR, D. P. ANÁLISE DA 
DOCUMENTAÇÃO RELACIONADA AO USO DE MEDICAMENTOS EM 
HOSPITAL DE ENSINO. In: XI Congresso Brasileiro de Farmácia 
Hospitalar, 2017, Brasília. Anais do XI Congresso Brasileiro de Farmácia 
Hospitalar, 2017. 
2. SILVESTRE, C. C.; LYRA JUNIOR, D. P. ; SANTOS, L. M. C.; SILVA, 
R.O.S. ; SANTOS-JÚNIOR, GA ; NEVES, S.J.F ; OLIVEIRA FILHO, A. D. ; 
Lobo, I.M.F. . Identifying potential risk factors for medication dicrepancies in 
a teaching hospital: a step towards implementation of medication 
reconciliation processes. In: 76th International Congress of FIP, 2016, 
Buenos Aires. Annals of 76th International Congress of FIP, 2016. 
3. LYRA JÚNIOR, D.P ; SILVESTRE, C. C. ; SANTOS-JÚNIOR, GA ; 
SANTOS, L. M. C.; NEVES, S.J.F ; OLIVEIRA-FILHO, A.D. ; LOBO, I.M.F. ; 
MARQUES, T.C. . Admissão hospitalar como fator de risco para 
discrepâncias não intencionais da farmacoterapia. In: X Congresso 
18 
 
Brasileiro de Farmácia Hospitalar, 2015, Curitiba. Anais do X Congresso 
Brasileiro de Farmácia Hospitalar, 2015. 
4. SILVESTRE, C. C.; BRITO, G.C. ; ONOZATO, T. ; SANTOS-JÚNIOR, GA ; 
LOBO, I.M.F. ; LYRA JR, D.P. . Avaliação da história da farmacoterapia de 
pacientes durante a admissão hospitalar: um alerta a segurança dos 
pacientes. In: V Congresso Brasileiro sobre Uso Racional de 
Medicamentos, 2014, São Paulo. Avaliação da história da farmacoterapia 
de pacientes durante a admissão hospitalar: um alerta a segurança dos 
pacientes, 2014. 
 
 Apresentação de trabalhos 
1. Silvestre, CC. Conciliação de Medicamentos. 2017. (Apresentação de 
Trabalho/Conferência ou palestra). 
2. Silvestre, CC. O trabalho em equipe para segurança do paciente. 2017. 
(Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra). 
3. Silvestre, CC. Como reduzir os riscos no uso de medicamentos - uma 
abordagem multiprofissional. 2017. (Apresentação de Trabalho/Conferência 
ou palestra). 
4. Silvestre, CC. Segurança do paciente: erros de medicação. 2015. 
(Apresentação de Trabalho/Conferência ou palestra). 
19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
REVISÃO DE 
LITERATURA 
20 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA 
2.1. Cuidado em saúde e a segurança do paciente no uso de medicamentos 
Nas últimas seis décadas, os avanços tecnológicos nas áreas clínicas 
possibilitaram a ampliação do acesso aos serviços de saúde e a difusão da 
informação em saúde na era da globalização (REIS; MARTINS; LAGUARDIA, 2013). 
Além disso, verifica-se que transformações importantes ocorreram no cenário 
moderno e competitivo dos sistemas de cuidados de saúde. Entretanto, a redução 
da morbimortalidade de diversas doenças contrasta com os riscos elevados 
inerentes a esses sistemas complexos, com demandas ascendentes e investimentos 
nem sempre suficientes. 
A segurança do paciente foi definida por Runciman (2009) como “a redução, a 
um mínimo aceitável, do risco de um dano desnecessário associado ao cuidado de 
saúde” assume um papel vital tanto como componente na excelência do 
atendimento ao paciente como um componente crítico do gerenciamento da 
qualidade dos cuidados nos diversos níveis de atenção à saúde. A execução deste 
princípio é muitas vezes percebida como uma responsabilidade individual dos 
profissionais de saúde e, geralmente, não é traduzida no processo de cuidados de 
saúde e na estrutura do sistema. 
Nesse sentido, a segurança do paciente deve ser considerada no contexto 
dos processos de prestação de cuidados de saúde e da cultura da organização, e os 
mecanismos para proteger os pacientes de danos precisam ser projetados com uma 
compreensão clara da ciência da segurança (LEOTSAKOS et al., 2014; MERCURI; 
GAFNI, 2011). Um exemplo prático desse contexto é a segurança no uso de 
medicamentos, uma vez que, dentre as intervenções prestadas no cuidado em 
saúde, aquelas relacionadas à farmacoterapia são as mais difundidas e utilizadas 
(LEHNBOM et al., 2014). 
Em relação ao impacto econômico, esse problema gerou um custo de 42 
bilhões de dólares anualmente em todo mundo, o que representa 0,7% do total das 
despesas mundiais de saúde (AITKEN; GOROKHOVICH, 2012). É válido destacar 
também que a morbimortalidade relacionada aos medicamentos causa não somente 
considerável uso de recursos, como também danos no público em geral e em todo o 
sistema de saúde. Além disso, estima-se que há uso adicional de recursos devido à 
21 
 
consequências indiretas desse problema, como a perda de produtividade das 
pessoas afetadas de pacientes e profissionais (GYLLENSTEN et al., 2012). 
Desde 1999, com a publicação do relatório do Institute of Medicine dos 
Estados Unidos intitulado “Errar é humano: construindo um sistema de saúde mais 
seguro”, que se enfatiza a magnitude do problema da segurança do paciente no 
cuidado em saúde (KOHN et al.,1999). Esta publicação é considerada atualmente 
um marco na área de segurança do paciente. Neste relatório, um grupo de 
especialistas analisou os principais componentes do sistema de saúde, capazes de 
conduzir a erros e dentre os quais, os problemas relacionados ao uso de 
medicamentos destacaram-se como frequentes e potencialmente fatais. A estimativa 
apontou que, nos Estados Unidos, aproximadamente 7.000 pacientes morriam 
devidos a erros que poderiam ser evitados. Tal dado gerou desde então uma busca 
por soluções para esta questão. 
A publicação apontou, entre outras situações, que os erros resultantes do uso 
de medicamentos não eram, na sua totalidade, consequências do problema de 
saúde do paciente e/ou a sua gravidade. Poderiam ser resultantes também do 
cuidado recebido pela equipe de saúde e, desta forma, ser prevenidos. Assim, a 
morbimortalidade relacionada a uso de medicamentos é um problema de alta 
relevância para a prática clínica. Foi descrita a prevalência de 3% a 18% de mortes 
de pacientes nos hospitais em consequência de eventos adversos relacionados a 
medicamentos – reações adversas e erros de medicação (CABELLO et al., 2016; 
JUNTTI-PATINEN; NEUVONEN, 2012; LAPATTO‐REINILUOTO et al., 2015; 
PARDO et al., 2009). Um estudo realizado por Montané e colaboradores (2017) 
encontrou que fatores de risco para as mortes relacionadas a reações adversas a 
medicamentos são sexo masculino, idosos mais jovens (média de 72 anos) e 
número elevado de medicamentos utilizados (média de oito medicamentos) 
(MONTANÉ et al., 2017).Para melhor entendimento é necessário compreender os conceitos 
empregados na área da segurança no uso de medicamentos e a relação entre eles. 
Em 2004, a Organização Mundial de Saúde (OMS) criou a Aliança Mundial pela 
Segurança do Paciente com o objetivo de, dentre outros, dirigir estratégias para a 
prevenção, detecção e correção de problemas que afetem a segurança do paciente, 
em especial aqueles relacionados a medicamentos (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2004). Outra iniciativa foi a publicação da Classificação 
22 
 
Internacional de Segurança do Paciente (International Classification for Patient 
Safety) (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2009) com o objetivo de auxiliar na 
harmonização de conceitos dentro do contexto da segurança do paciente. 
De acordo com esta publicação, evento adverso a medicamento é qualquer 
dano causado pelo uso de um ou mais medicamentos com finalidade terapêutica, 
abrangendo, portanto, reações adversas e erros de medicação. A reação adversa a 
medicamento é um dano inesperado que resulta de uma ação ou tratamento 
justificado em que o processo correto, para o contexto em que o evento ocorreu, foi 
implementado. A definição de erro será abordada no tópico a seguir. 
 
2.2. Erros de medicação e falhas na comunicação nas transições de cuidado 
em saúde 
 
De acordo com o National Coordinating Council for Medication Error Reporting 
and Prevention (2017), os erros de medicação são definidos como: 
[...] qualquer evento evitável que pode causar ou levar ao uso inadequado 
de medicamentos ou dano ao paciente, enquanto o medicamento está sob o 
controle de um profissional de saúde, paciente ou consumidor. Tais eventos 
podem estar relacionados à prática profissional, produtos de saúde, 
procedimentos e sistemas, incluindo prescrição, comunicação entre os 
profissionais, rotulagem dos produtos, embalagem e nomenclatura, 
composição, dispensação, distribuição, administração, educação, 
monitoramento e uso. (NATIONAL COORDINATING COUNCIL FOR 
MEDICATION ERROR REPORTING AND PREVENTION, 2017). 
Os erros de medicação representam uma fonte significante de desperdício 
nos gastos em cuidados de saúde. As causas dos erros de medicação são 
complexas e sistêmicas, resultantes da natureza fragmentada do sistema de 
atendimento e da incapacidade de compartilhar e usar efetivamente os dados de 
cuidados de saúde (KRIPALANI et al., 2007; THOMPSON-MOORE; LIEBL, 2012). 
No que concerne aos erros de medicação, as transições de cuidado são uma das 
principais causas desse problema (BOOCKVAR et al., 2004; FORSTER et al., 2003). 
As transições de cuidado podem ser definidas como a coordenação e a 
continuidade do cuidado em saúde quando um paciente transita em diferentes níveis 
de atenção á saúde ou entre diferentes níveis de cuidado em um mesmo local 
(COLEMAN; BOULT, 2003). Por conseguinte, um cuidado seguro nos momentos de 
transição de cuidado depende não só do conhecimento, habilidades e 
comportamentos dos profissionais de saúde, mas também da capacidade de 
23 
 
reconhecer e acomodar as variações como, a gravidade da doença, co-morbidades, 
tratamentos anteriores, tratamento atual e necessidades individuais do paciente 
(COLEMAN; BERESON, 2004). 
Desta forma, os momentos quando ocorre transição do paciente no hospital 
(por exemplo, na admissão, transferência entre unidades e alta) são reconhecidos 
como situações vulneráveis para a segurança no uso de medicamentos uma vez 
que mudanças não intencionais na farmacoterapia resultante de falhas na 
comunicação entre a equipe de saúde são comuns (MUELLER et al., 2012). Assim, 
a comunicação adequada e no tempo correto, incluindo informações sobre 
medicamentos que foram iniciados, interrompidos ou alterados, assume um papel 
importante nas transições de cuidados a fim de evitar erros de medicação que 
possam levar a novos ou piores sintomas, readmissão hospitalar ou morte 
(LEHNBOM et al., 2014). 
Problemas relacionados à comunicação sobre os medicamentos entre a 
equipe de saúde nas transições de cuidado em hospitais vêm sendo objeto de 
estudo ao longo dos anos (CORNU et al., 2012; MANIAS et al., 2016; NICKERSON 
et al. 2005; OLSON et al., 2012; TURPLE et al., 2006). O estudo de Cornish e 
colaboradores (2005), realizado na admissão hospitalar de um hospital de ensino, 
encontrou que em 54% dos pacientes (n = 151), para os quais foram prescritos no 
mínimo quatro medicamentos, tinham pelo menos uma variação não intencional 
entre os medicamentos que o paciente estava tomando em casa e a prescrição na 
admissão. Dentre essas variações, a mais comum, representando 46% do total, 
consistiu na omissão de um medicamento que o paciente utilizava antes da 
admissão. Neste estudo 39% dessas inconsistências foram julgadas como tendo 
potencial de causar desconforto moderado ou grave nos pacientes. 
Outro estudo, realizado na admissão do setor de emergência de um hospital, 
dos 60 pacientes selecionados aleatoriamente, 60% apresentaram pelo menos uma 
mudança não intencional entre as prescrições de admissão e os medicamentos que 
estavam tomando em casa (VIRA; COLQUHOUN; ETCHELLS, 2006). Em outro 
estudo, um ensaio clínico controlado randomizado, avaliou a intervenção 
multiprofissional de enfermeiros, farmacêuticos e médicos para a correção das 
discrepâncias entre os medicamentos antes da admissão e após a cirurgia. 
Realizado com 464 pacientes em um hospital de ensino de cuidados intensivos, no 
grupo intervenção, 41 (20,3%) de 202 pacientes apresentaram pelo menos uma 
24 
 
discrepância pós-operatória relacionada à farmacoterapia domiciliar, em 
comparação com 86 (40,2%) de 214 pacientes no grupo de cuidados padrão (p 
<0,001) (KWAN et al., 2007). 
 No trabalho de Unroe e colaboradores (2010), realizado na alta hospitalar 
encontrou que 196 pacientes (96% [IC 95%, 93-98]) tiveram ao menos uma 
mudança não intencional nos medicamentos utilizados em casa, totalizando 1102 
diferenças totais. Menos da metade (44% [IC 95%, 37-51]) destes pacientes foram 
explicitamente orientados na alta sobre a prescrição de novos medicamentos ou 
alterações de dose de medicamentos já utilizados. Apenas 12% (IC 95%, 7-18) 
receberam instruções escritas para interromper o uso de medicamentos utilizados 
previamente em casa. 
 Os dados apresentados nesses estudos ilustram como o problema de 
comunicação sobre a farmacoterapia ocorre nas transições de cuidado. Mudanças 
não intencionais na farmacoterapia dos pacientes quando estes transitam entre 
diferentes níveis de atenção a saúde são situações que podem levar a danos aos 
pacientes (VIRA, COLQUHOUN; ETCHELLS, 2006; CORNISH et al., 2005). Essas 
diferenças entre a farmacoterapia pregressa de um paciente e o regime terapêutico 
do novo setor de cuidado são conhecidas como discrepâncias na farmacoterapia, 
porém sua definição é variável entre os estudos (CORNISH et al., 2005; GLEASON 
et al., 2004; STEURBAUT et al., 2010;UNROE et al., 2010). 
De acordo com Steurbaut e colaboradores (2010), as discrepâncias podem 
ser categorizadas como: a omissão de um medicamento (ou seja, um medicamento 
que o paciente faz uso domiciliar, mas que não é registrado como tal), medicamento 
previamente interrompido (registro de um medicamento que foi anteriormente 
descontinuado em casa pelo paciente, sem reavaliação clínica), medicamento 
incorreto (um medicamento que nunca foi consumido pelo paciente, mas registrado 
como tal), duplicação terapêutica, dose incorreta, forma farmacêutica incorreta, 
horário de administração incorreto, frequência de administração incorreta e marca 
incorreta do medicamento. 
Manzorro e colaboradores (2011), por sua vez, descreveram que as 
discrepâncias podem ser classificadas como intencionais e não intencionais. São 
consideradas intencionais quando há: adição de novo medicamento justificada pela 
avaliação do paciente; decisão médica de não prescrever um medicamento ou 
mudar sua dose,frequência ou via de administração baseado na situação clínica do 
25 
 
paciente e na substituição de medicamento. Ainda de acordo com os mesmos 
autores, discrepâncias não intencionais são: omissão de medicamentos; início de 
tratamento sem justificativa clínica; dose, frequência ou via de administração 
diferente daquela que o paciente já faz uso; medicamento diferente de uma mesma 
classe que o paciente faz uso; duplicação terapêutica; medicamento não disponível 
no hospital. 
Recentemente, uma revisão sistemática foi realizada a fim de elucidar a 
terminologia relacionada às discrepâncias da farmacoterapia. Como resultado, foi 
encontrada elevada diversidade entre as definições de discrepâncias quando se 
compara estudos no mesmo local e mesmo ponto de transição (ALMANASREH; 
MOLES; CHEN, 2016). Destarte, três tipos de situações relacionadas às 
discrepâncias podem ocorrer nas transições de cuidado (INSTITUTE FOR SAFETY 
MEDICATION PRACTICES, 2017): 
 discrepância intencional: quando o prescritor faz uma escolha intencional 
para adicionar, alterar ou interromper um medicamento e sua escolha está 
claramente documentada. 
 discrepância intencional não documentada: aquela na qual o prescritor 
escolhe intencionalmente adicionar, alterar ou interromper o uso de um 
medicamento, mas essa escolha não está documentada. Representam falhas 
na documentação. 
 discrepância não intencional: aquela na qual o prescritor altera, sem 
justificativa clínica, a farmacoterapia de um paciente, por exemplo, 
adicionando ou omitindo um medicamento que o paciente estava fazendo uso 
antes da admissão. As discrepâncias não intencionais são consideradas erros 
de medicação. 
 A partir desta classificação é possível instrumentalizar os profissionais de 
saúde para que possam reduzir as discrepâncias na comunicação e melhorar a 
segurança do paciente. As discrepâncias não intencionais na farmacoterapia são 
consideradas erros de medicação (TAM et al., 2005; VIRA, COLQUHOUN, 
ETCHELLS 2006). Para tanto, a conciliação de medicamentos tem sido empregada 
como estratégia para solucionar problema na segurança do paciente em relação ao 
uso de medicamentos. 
 
26 
 
2.3. Conciliação de medicamentos: estratégia-chave para a segurança do 
paciente 
A conciliação de medicamentos foi descrita pela primeira vez em meados de 
2003 e foi introduzida como termo no Medical Subject HeadingTerms (MeSH) em 
2011. Sua origem é relacionada com o aumento da preocupação dos profissionais 
de saúde com a consequência dos erros de medicação ocasionados pelas 
transições de cuidado em saúde (ARONSON, 2017). Este processo visa garantir que 
todas as vezes que o paciente seja deslocado de um setor de cuidado a saúde para 
outro, as informações sobre seus medicamentos sejam transferidas ao mesmo 
tempo de forma acurada e completa (INSTITUTE FOR HEALTHCARE 
IIMPROVEMENT, 2017). 
A conciliação é definida como o processo formal de obtenção da lista mais 
precisa possível de todos os medicamentos que o paciente está utilizando, incluindo 
nome do medicamento, dose, frequência e via de administração, e da contínua 
avaliação desta lista. Seu objetivo principal é identificar e corrigir discrepâncias não 
intencionais da farmacoterapia. No cenário hospitalar, a conciliação pode se 
configurar como um processo a ser realizado no momento da admissão, da 
transferência entre duas unidades clínicas e da alta hospitalar (INSTITUTE FOR 
HEALTHCARE IMPROVEMENT, 2017; INSTITUTE FOR SAFETY MEDICATION 
PRACTICES, 2017; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2007). 
Recentemente no Brasil, o Conselho Federal de Farmácia publicou uma 
definição para a conciliação de medicamentos: 
[...] serviço pelo qual o farmacêutico elabora uma lista precisa de todos os 
medicamentos (nome ou formulação, concentração/dinamização, forma 
farmacêutica, dose, via de administração e frequência de uso, duração do 
tratamento) utilizados pelo paciente, conciliando as informações do 
prontuário, da prescrição, do paciente, de cuidadores, entre outras. Este 
serviço é geralmente prestado quando o paciente transita pelos diferentes 
níveis de atenção ou por distintos serviços de saúde, com o objetivo de 
diminuir as discrepâncias não intencionais.(CONSELHO FEDERAL DE 
FARMÁCIA, 2016). 
Adicionalmente, a conciliação de medicamentos traz alguns propósitos para a 
prática clínica (NICE, 2007; NATIONAL PRESCRIPTION CENTER, 2017): 
 assegurar que, nas transições de cuidado, o paciente correto obtenha o 
medicamento certo, na dose certa e no momento certo. Em outras palavras, 
garantir a continuidade do tratamento; 
27 
 
 reduzir o risco de ocorrência de erros de medicação quando o paciente 
transita de um nível de cuidado para outro; 
 promover a prestação de cuidado adequada no manejo da farmacoterapia de 
forma personalizada e contínua para cada paciente; 
 esclarecer os pacientes sobre a farmacoterapia utilizada. Importante destacar 
que nesse processo toda a equipe de saúde responsável pelo cuidado deverá 
estar informada sobre a farmacoterapia utilizada pelos pacientes; 
 incentivar a eficiência do serviço de saúde, por meio do incentivo a melhor 
organização do tempo, habilidades e fluxos de trabalho pela equipe de saúde. 
A Figura 01 traz um exemplo resumido para auxiliar o entendimento do 
processo de conciliação de medicamentos durante a admissão e a alta de uma 
unidade de saúde (KWAN et al., 2013). 
28 
 
 
 
Figura 2: Resumo da conciliação de medicamentos nas interfaces de cuidado 
(Adaptado de Kwan et al., 2013) 
Em detalhe, o processo de conciliação pode ser explicado com o auxílio do 
mnemônico “3C’s”, em que cada “C” representa uma das três etapas principais da 
conciliação: coleta, checagem e comunicação, em cada momento da transição de 
cuidado (ex. admissão, transferência e alta): 
Coleta: é a primeira etapa da conciliação de medicamentos e envolve a 
aquisição da melhor história possível do uso medicamentos (MHPM), do termo Best 
29 
 
possible medication history, em inglês. Mais abrangente do que um histórico primário 
de uso de medicamentos, geralmente realizados na rotina, o MHPM envolve duas 
ações: a coleta sistemática da história completa de todos os medicamentos 
prescritos e não prescritos por meio de uma entrevista estruturada com o 
paciente/família/cuidadores e a verificação dessa informação com pelo menos outra 
fonte confiável disponível (por exemplo, um banco de dados de outras internações, 
caixas de medicamentos, prescrições anteriores de pacientes, uma farmácia 
comunitária ou com o médico da atenção primária). 
Com a etapa de coleta, obtém-se uma lista completa e acurada de todos os 
medicamentos que o paciente faz uso. É importante frisar que a acurácia da história 
do uso de medicamentos é considerada a “pedra fundamental” da conciliação de 
medicamentos (KWAN et al., 2013). Uma revisão sistemática realizada por Mueller e 
colaboradores (2012) destaca que não se pode considerar um programa de 
conciliação de medicamentos bem sucedido, se o mesmo não incluir a história do 
uso de medicamentos o mais fidedigna possível. 
Checagem: a MHPM, obtida na etapa anterior de coleta, é comparada com 
as prescrições do momento no qual o paciente se encontra na transição do cuidado, 
por exemplo, admissão, transferência ou alta. É nesta etapa que as discrepâncias 
não intencionais da farmacoterapia devem ser identificadas e resolvidas. A 
prevenção, detecção e resolução de discrepâncias na farmacoterapia constituem 
atividades essenciais no processo de conciliação de medicamentos (ALMANASREH; 
MOLES; CHEN, 2016). 
Comunicação: nesta última etapa do processo, todas as discrepâncias não 
intencionais da farmacoterapia identificadas e resolvidas na etapa de checagem 
devem ser comunicadas a equipe de saúde responsável pelo cuidado do paciente. 
Desta forma, todas as modificações realizadas nas prescrições dos pacientes bem 
como as suas justificativasdevem estar documentadas nos prontuários clínicos dos 
pacientes. Exemplos dessas mudanças a ser comunicadas podem ocorrer: 
 quando um medicamento é suspenso e a razão para a suspensão do mesmo; 
 quando um medicamento novo é introduzido e qual a justificativa clínica para 
seu uso 
 quando a duração estimada do tratamento iniciado é alterada (por exemplo, 
para antibióticos ou hipnóticos) 
30 
 
 quando há uma alteração na dose, via ou frequência do medicamento e quais 
os motivos para tais mudanças (particularmente importante quando, por 
exemplo, um paciente está sendo transferido de uma unidade de alta 
dependência, como unidade de terapia intensiva, para uma enfermaria 
médica e a administração de medicamentos variou de parenteral para 
intravenosa ou oral). 
Desde 2005, a Joint Commission, órgão responsável pela acreditação 
hospitalar nos Estados Unidos, incluiu a conciliação de medicamentos como meta de 
segurança ao paciente. Além disso, tanto nos Estados Unidos quanto no Canadá, 
para um hospital ser acreditado (instituição certificada com padrões de qualidade) é 
necessário ter a conciliação de medicamentos implantada (JOINT COMMISSION, 
2013). Adicionalmente, em 2006, o Institute of Medicine publicou o documento 
“Preventing Medication Errors” reconhecendo que a conciliação de medicamentos é 
importante para a prevenção de erros de medicação (ASPDEN et al., 2007). 
Mais recentemente, a maioria das organizações internacionais envolvidas 
com a segurança dos pacientes, por exemplo - Joint Commission, World Health 
Organization, National Institute of Clinical Excellence and the National Patient Safety 
Agency, Institute for Healthcare Improvement - tem recomendado a conciliação de 
medicamentos como estratégia “padrão-ouro” para resolução de erros de medicação 
por meio da promoção de campanhas e incentivo a sua implantação nas instituições 
de saúde em todos os níveis de cuidado. 
Para subsidiar esta implantação, guias e protocolos sobre a conciliação de 
medicamentos vêm sendo difundidos pelos órgãos competentes em segurança do 
paciente. Um destaque dessas iniciativas é o projeto “High 5s” da Organização 
Mundial de Saúde (OMS). O projeto “High 5s”, lançado em 2007, é uma iniciativa 
global de segurança do paciente que visa facilitar o desenvolvimento, 
implementação e avaliação de procedimentos operacionais padrão para a resolução 
de problemas na área (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014). 
Essa iniciativa visou reduções mensuráveis, significativas e sustentáveis na 
incidência de problemas relacionados à segurança do paciente a nível hospitalar. O 
documento ressalta que essa padronização de processos pode melhorar a 
segurança do paciente, uma vez que a tendência de um processo para falhas é 
diminuída em relação à consistência com a qual é realizada; ou seja, o grau em que 
31 
 
está padronizado (WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014). Após alguns anos de 
avaliação de desempenho, os dados do projeto destacam que muitos hospitais se 
encontram no processo de disseminação da implementação da conciliação de 
medicamentos, com variações significativas na execução das etapas relacionadas à 
conciliação, pois estas diferiam de hospital para hospital e país para país 
(LEOTSAKOS et al., 2014). 
Recentemente, tem sido observado que a prática da conciliação ainda é 
incipiente em países desenvolvidos como a França (CURATOLO et al., 2015), em 
desenvolvimento, a exemplo do Brasil (SILVESTRE et al., 2016) e 
subdesenvolvidos, como a Etiópia (MEKONNEN et al., 2017). Apesar de várias 
evidências geradas por estudos, com destaque para estudos de alta evidência 
científica como ensaios clínicos e revisões sistemáticas com metanálise 
(MEKONNEN; MCLACHLAN; BRIEN, 2016a; MEKONNEN; MCLACHLAN; BRIEN, 
2016b), a implantação da conciliação de forma efetiva e sustentada na prática ainda 
é um desafio importante para instituições e prestadores de cuidado em saúde. 
 
2.4. Desafios para a implantação e consolidação da conciliação de 
medicamentos nos hospitais 
A conciliação de medicamentos é um processo complexo e de 
responsabilidade compartilhada entre profissionais de saúde com a participação de 
pacientes e famílias. Para tanto, requer uma atuação integrada e colaborativa da 
equipe de saúde, especialmente enfermeiros, farmacêuticos, médicos. Tal demanda, 
exige competências clínicas e habilidades específicas para os profissionais 
envolvidos (INSTITUTE FOR SAFETY MEDICATION PRACTICES, 2017). 
Os papéis e responsabilidades reais para cada participante são baseados no 
modelo ideal de prática da conciliação de medicamentos, que leva em consideração 
tanto os recursos de pessoal disponíveis quanto os fluxos de trabalho existentes. No 
entanto, estes últimos estão sujeitos a variação de hospital para hospital e, no 
mesmo hospital, de equipe em equipe. Algumas diretrizes das instituições 
relacionadas à segurança do paciente discorrem sobre a importância de pacientes e 
profissionais no processo de conciliação (INSTITUTE FOR SAFETY MEDICATION 
PRACTICES, 2017; WORLD HEALTH ORGANIZATION, 2014): 
32 
 
 Pacientes, familiares e cuidadores: os pacientes, seus familiares e 
cuidadores são agentes principais no processo de conciliação, uma vez que 
são as principais fontes de consulta e confirmação de sua história de uso de 
medicamentos. Desta forma, no processo de cuidado, é essencial que os 
pacientes e suas famílias sejam orientados em relação a informar sua 
farmacoterapia pregressa e atual a todos os profissionais de saúde que o 
estão assistindo (BAJCAR, 2006). 
 Enfermagem: a equipe de Enfermagem frequentemente é o primeiro ponto 
de contato entre um paciente, família e a equipe de saúde e fornecem uma 
conexão importante entre estes e a equipe de saúde. 
 Farmácia: o profissional farmacêutico, sempre que possível, deve assumir a 
liderança na gestão adequada da informação sobre a farmacoterapia aos 
pacientes e outros profissionais de saúde. Estudos recentes mostram que 
quando o farmacêutico atua como líder no processo de conciliação de 
medicamentos, seus resultados são mais efetivos para a prática clínica 
(MEKONNEN; MCLACHLAN; BRIEN, 2016a; MEKONNEN; MCLACHLAN; 
BRIEN, 2016b). 
 Medicina: ao médico, como principal responsável pela prescrição, cabe 
garantir que as prescrições do paciente na admissão, transferência e altas 
sejam completas e acuradas. Quaisquer alterações nos medicamentos devem 
ser documentadas nos prontuários e as discrepâncias resolvidas o mais 
rápido possível. A American Medical Association incentiva a capacitação 
destes profissionais para a realização da conciliação de medicamentos 
(AMERICAN MEDICAL ASSOCIATION, 2017). 
A equipe de saúde responsável pelo cuidado precisa estar ciente de seus 
papéis e responsabilidades para a conciliação de medicamentos ser considerada 
uma prática efetiva. Aliado a isso, a cultura da organização em relação à 
colaboração interdisciplinar e o trabalho em equipe irão influenciar significativamente 
a comunicação na conciliação de medicamentos, visto que o processo é melhor 
conduzido em um ambiente de responsabilidade compartilhada. Por outro lado, 
embora o princípio básico da comunicação sobre os medicamentos e o seu valor 
para a segurança do paciente sejam geralmente aceitos, o processo em si é muitas 
vezes considerado exaustivo e pode sofrer resistência por parte da equipe se não for 
33 
 
implementado de forma sistemática, com supervisão, recursos e envolvimento de 
todos os profissionais responsáveis pelo cuidado (WORLD HEALTH 
ORGANIZATION, 2014) 
Pevnick e colaboradores (2016) afirmam que muitos dos benefícios da 
conciliação de medicamentos são dependentes de uma abordagem abrangente que 
frequentemente envolve a comunicação de farmacêuticos com outros provedores do 
cuidado e com os pacientes. Nesse ínterim, as intervenções realizadas pela equipe 
de saúde devem ocorrer de forma sinérgica a fim de queos benefícios para os 
pacientes sejam alcançados. Por outro lado, os autores destacam que, devido à 
intensidade de carga de trabalho exigida para as intervenções da conciliação (por 
exemplo, detecção e resolução de discrepâncias antes da elaboração das 
prescrições) os resultados tangíveis da conciliação são muitas vezes de difícil 
medição e despercebidos pela equipe. 
Os esforços visando à melhora da qualidade da conciliação de medicamentos 
demandam a colaboração interprofissional concentrada em compreender os fluxos 
de trabalho existentes e propor estratégias para melhorá-los. Sem um protocolo 
padronizado que designe o papel de cada provedor na obtenção da história de uso 
de medicamentos e na documentação adequada da mesma, cada profissional corre 
o risco de cometer um dos dois erros: (1) não obter uma história de uso de 
medicamentos suficientemente abrangente, talvez com a suposição de que outro 
provedor o fez ou o fará ou (2) gastar tempo desnecessariamente com a obtenção 
da história de uso de medicamentos, mesmo que outro fornecedor tenha feito isso 
ou o fará (MUELLER et al., 2013). 
Tal dificuldade pode ocorrer por falta de consenso sobre o que constitui a 
conciliação de medicamentos para cada profissional, o que prejudica a avaliação de 
suas intervenções e efeitos (ROSE; FISHER; PAASCHE-ORLOW, 2017). A revisão 
sistemática de Almanasreh, Moles e Chen (2016) trouxe à luz da discussão os 
diferentes conceitos e terminologias empregadas para a definição da conciliação, 
suas etapas e sobre o conceito de discrepâncias. Para os autores, a falta de 
padronização de práticas e clarificação dos termos utilizados dificultam a 
mensuração e divulgação dos impactos positivos provenientes da conciliação de 
medicamentos. 
Estudos recentes corroboram esses achados, afirmando que a falta de 
clareza de papéis de enfermeiros, farmacêuticos e médicos em relação à conciliação 
34 
 
de medicamentos em conjunto com a ausência de processos importantes, como a 
documentação da MHPM, podem resultar em conciliação incompleta, ineficiência, 
duplicação de trabalho e, possivelmente, mais confusão sobre a farmacoterapia de 
um paciente (AL-ASHAR et al., 2016; LEE et al., 2015; VOLGSMEIER et al., 2013). 
Portanto, a comunicação efetiva entre a equipe de saúde está no cerne do processo 
de conciliação de medicamentos, tanto no que justificou a sua criação quanto no que 
impõe barreiras à sua implantação e sustentabilidade nos diferentes cenários de 
prática clínica. 
 
2.5. As pesquisas sobre conciliação de medicamentos no Brasil – presente e 
perspectivas 
 Mundialmente a busca por soluções para a segurança do paciente se inicia 
em meados nos anos 2000. Por outro lado, no Brasil, apenas em 2013 foi instituído 
o Programa Nacional de Segurança do Paciente, por meio da Portaria n° 529 de 
2013 do Ministério da Saúde. O objetivo geral desta foi contribuir para a qualificação 
do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do território nacional, 
bem como, fomentar a inclusão do tema segurança do paciente na pós-graduação 
na área da saúde (BRASIL, 2013a). Essa legislação, juntamente com a RDC n° 36 
da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, incentivou a busca por ações para a 
promoção deste tema e a melhora da qualidade nos serviços de saúde (BRASIL, 
2013b). 
Em consonância com a publicação destas duas legislações, no cenário 
nacional, as pesquisas sobre segurança do paciente vêm crescendo ao longo dos 
anos. No que concerne a conciliação de medicamentos, dissertações de mestrado 
desenvolvidas mostram a relevância do tema para as investigações no país. No 
Catálogo de Teses e Dissertações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal 
de Nível Superior (COORDENAÇÃO DE APERFEIÇOAMENTO DE PESSOAL DE 
NÍVEL SUPERIOR, 2017), 15 trabalhos sobre o tema foram identificados (ADRIANO, 
2016; BEZERRA, 2015; CASTILHO, 2016; FERREIRA, 2015; FIGUEIRA, 2015; GAI, 
2015; GRAÇA, 2015; LINDENMEYER, 2015; LOMBARDI, 2016; MARQUES, 2013; 
MENDES, 2016; SILVESTRE, 2014; SOARES, 2016; SPALLA, 2013; VELOSO, 
2014). 
35 
 
Como produtos de alguns destes trabalhos, publicações sobre o tema são 
encontradas na literatura. Dois trabalhos foram realizados na admissão do setor de 
cardiologia em hospitais de grande porte. Magalhães e colaboradores (2015), em 
estudo realizado na admissão de uma clínica cardiológica de um hospital, 
observaram a ocorrência de 181 discrepâncias em 50 pacientes (86%), sendo que 
32 (17.7%) delas eram não intencionais. Foram aceitas 23 (74,2%) intervenções da 
conciliação de medicamentos para a resolução destas. Por sua vez, Lombardi e 
colaboradores (2016), observaram uma alta prevalência de discrepâncias não 
intencionais (50,4%), com destaque para omissão (61,0%), dose (18,6%), frequência 
(18,6%) e via de administração (1,7%). 
Silvestre e colaboradores (2016), em um estudo transversal, observaram que 
dos 358 pacientes incluídos no estudo, 150 apresentaram uma ou mais discrepância 
não intencionais, sendo identificadas 327 discrepâncias ao total, das quais a 
omissão foi a mais frequente (n=128, 85,3%). Os autores ainda observaram que em 
117 casos (44,8%) não houve registro da farmacoterapia anterior e em 137 casos 
(52,4%), os pacientes não foram questionados sobre alergias. Outro trabalho, um 
ensaio clínico randomizado, apontou que 327 discrepâncias foram encontradas no 
grupo da conciliação em comparação ao grupo controle, destas, 172 (52,6%) não 
foram intencionais. A omissão, a dosagem, o intervalo e a via de administração, 
respectivamente, foram o tipo mais comum de discrepâncias encontradas. 
(MENDES et al., 2016). 
Uma estratégia para viabilizar/facilitar a medição dos resultados da 
conciliação é a utilização de instrumentos. No entanto, ainda é escasso o número de 
instrumentos validados para a conciliação de medicamentos. Neste sentido, o 
processo de validação é importante pois analisa se o instrumento é adequado e 
preciso, garantindo assim que seus resultados sejam fidedignos ao que se propõem 
a medir. Um mesmo instrumento pode passar/ser submetido a diversos tipos de 
validação, como a validade de critério, de construto, concorrente, preditiva, 
convergente, transcultural, de conteúdo, entre outras (SOUZA; ALEXANDRE; 
GUIRARDELLO, 2017). 
A validação de conteúdo avalia se o conteúdo de cada elemento do 
instrumento em questão reflete de forma adequada e representativa o construto a 
ser medido, ou seja, avalia se o instrumento trouxe em seu conteúdo o domínio que 
deseja ser explorado (ALEXANDRE; COLUCI, 2011; SOUZA; ALEXANDRE; 
36 
 
GUIRARDELLO, 2017). Para isso, diversas técnicas podem ser adotadas, como o 
grupo nominal e a técnica Delphi. 
A técnica Delphi é uma técnica interativa para obtenção de consenso de um 
grupo de especialistas (HASSON; KEENEY; MCKENNA, 2000; WRIGHT; 
GIOVINAZZO, 2000). Uma das vantagens desta técnica é que o grupo de 
especialistas não precisam estar reunidos fisicamente. Assim, este grupo é 
convidado a responder um questionário individualmente repetidas vezes, até que os 
atributos do instrumento sejam completamente avaliados e haja um consenso. O 
fato de os especialistas não estarem na mesma área geográfica e fornecerem 
pareceres individuais reduzem a influência de fatores psicológicos em comparação 
com técnicas onde o consenso é obtido por reunião física, como a técnica do grupo 
nominal (WRIGHT; GIOVINAZZO, 2000). 
Ante ao exposto, apesar dos recentes esforços na realização e publicação de 
alguns trabalhos, no Brasil, estudos sobre este tema ainda são incipientes. 
Paralelamente, em 2017, a OMS lançou o Terceiro Desafio Global para a Segurança 
do Paciente, cujo objetivo principal será reduzir o nível de danos severos e evitáveis 
relacionados a medicamentos em 50% ao longo de cinco anos, por meio de 
estratégias que incluem, dentre outras, a melhora da comunicação escrita e 
segurança do pacientenas transições de cuidado medicamentos (DONALDSON et 
al., 2017). Por conseguinte, a demanda de trabalhos sobre importância da 
comunicação escrita para a completa execução da conciliação ainda é imperativa. 
 
2.6. Histórico da tese 
O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social da Universidade 
Federal de Sergipe – Brasil (LEPFS/UFS) é uma iniciativa acadêmica, estabelecida 
em 2007, com o intuito de desenvolver atividades relacionadas ao ensino, pesquisa 
e extensão e formar profissionais capacitados para a execução de estudos na área 
da Farmácia Social. O LEPFS/UFS tem como missão inovar e formar para o cuidado 
ao paciente e para promoção do uso racional de medicamentos. 
Desde a sua criação o LEPFS se configura como referência nacional no 
ensino e no desenvolvimento de pesquisas e extensão na área farmacêutica. São 
temas desenvolvidos: educação farmacêutica; farmácia social; comunicação 
farmacêutica; desenvolvimento, tradução, adaptação transcultural e validação de 
37 
 
instrumentos; implantação e desenvolvimento de serviços clínicos farmacêuticos 
(SCF); avaliação do impacto dos SCF nos resultados em saúde; políticas e sistemas 
de saúde; avaliação do processo de trabalho dos farmacêuticos; saúde baseada em 
evidências; farmácia clínica e segurança do paciente; gerontologia; avaliação de 
competências clínicas; capacitação e formação de recursos humanos; e, uso 
racional de medicamentos. Importante destacar que estes trabalhos foram 
desenvolvidos nos diferentes cenários do sistema de saúde brasileiro, como 
farmácia comunitárias, farmácias especializadas, hospitais, ambulatórios, instituições 
de longa permanência para idosos, dentre outros. 
Em relação às pesquisas sobre segurança do paciente, em 2010 foi realizada 
a primeira Defesa de Mestrado no LEPFS, da então aluna de mestrado, Jullyana de 
Souza Siqueira Quintans. A pesquisa abordou a temática dos erros de medicação, 
em especial, de prescrição em uma clínica cardiológica de um hospital privado do 
Nordeste do Brasil (QUINTANS, 2010). Após esse trabalho, o Hospital Universitário 
da Universidade Federal de Sergipe passou a ser um cenário para as pesquisas do 
grupo. No ano seguinte foi dada continuidade por meio de trabalhos que envolveram 
a atuação do farmacêutico em serviços clínicos em colaboração com a equipe de 
saúde em prol da segurança do pacientes, dentre outros desfechos. Deste então, 
foram realizados três mestrados, o de Carina Carvalho Silvestre, Genival Araújo de 
Santos Júnior e Rafaella Oliveira Santos Silva, e um doutorado, de Tatiane Cristina 
Marques, neste cenário (MARQUES, 2015; SANTOS-JÚNIOR, 2013; SILVA, 2017; 
SILVESTRE, 2014). 
Em 2014, a farmacêutica Carina Carvalho Silvestre defendeu a dissertação de 
mestrado intitulada “Necessidade da conciliação de medicamentos: avaliação da 
história da farmacoterapia de pacientes admitidos em um hospital universitário”, 
constituindo o primeiro trabalho do grupo sobre conciliação de medicamentos. Após 
finalizar o Mestrado, foi selecionada como tutora para atuar no Curso Internacional 
de Qualidade em Saúde e Segurança do Paciente, organizado em parceria pela 
Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio 
Arouca (ENSP), Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP) da Universidade Nova 
de Lisboa (UNL) e Ministério da Saúde. Este curso foi ofertado como uma das ações 
estratégicas do Programa Nacional de Segurança do Paciente, lançado em abril de 
2013, a qual teve como meta ofertar 1000 vagas para profissionais indicados por 
hospitais vinculados ao Sistema Único de Saúde (SUS). Em 2016, a então 
38 
 
doutoranda foi selecionada novamente para a segunda edição do curso, ofertado 
desta vez para profissionais das Redes de Urgência e Emergência. 
Em relação à experiência docente, a doutoranda, foi professora substituta por 
um ano do curso de Farmácia Universidade Federal de Sergipe Campus Lagarto, 
ministrando a disciplina de Práticas em Ensino Farmacêutico na Comunidade III. 
Nesta disciplina, ofertada integralmente no cenário hospitalar, foram ministrados 
conteúdos referentes à segurança do paciente, segurança no uso de medicamentos 
e conciliação de medicamentos. 
No que concernem às pesquisas atuais do LEPFS sobre conciliação de 
medicamentos, a Msc. Thaciana dos Santos Alcântara está desenvolvendo o seu 
projeto de doutorado no Hospital de Urgências de Sergipe intitulado “Impacto da 
Conciliação de Medicamentos no setor de pediatria de um hospital público de alta 
complexidade”, constituindo a segunda investigação do grupo sobre conciliação de 
medicamentos. Portanto, o referido campo de estudo ainda apresenta grande 
potencial de exploração de pesquisa pelo grupo. 
38 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
3. OBJETIVOS 
3.1. Objetivo geral 
Analisar a conciliação de medicamentos sob aspectos relacionados a 
fatores de risco para discrepâncias não intencionais, documentação da prática 
e desenvolvimento de instrumento. 
3.2. Objetivos específicos 
 Analisar potenciais fatores de risco para discrepâncias não intencionais 
da farmacoterapia identificadas na admissão hospitalar; 
 Caracterizar a comunicação escrita sobre o uso de medicamentos por 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos na admissão, internamento e alta 
hospitalar em prontuários clínicos; 
 Validar o conteúdo de um questionário desenvolvido para survey sobre 
a conciliação de medicamentos em hospitais do Brasil. 
 
40 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESULTADOS 
41 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
4.1. CAPÍTULO I: Risk factors for unintentional medication discrepancies at 
hospital admission: A matched case-control study 
O texto completo referente ao Capítulo 1, que no texto integral da Tese defendida 
ocupa o intervalo de páginas 42 e 43, foi suprimido por tratar-se de artigo publicado 
em revista cujo acesso não está disponível gratuitamente. O mesmo foi publicado na 
Revista European Journal of Internal Medicine, na edição do mês de maio de 2017, 
volume 40. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
45 
 
4.2 CAPÍTULO II: ‘What is not written does not exist’: the importance of proper 
documentation of medication use history 
 
O texto completo referente ao Capítulo 2, que no texto integral da Tese defendida 
ocupa o intervalo de páginas compreendido entre as páginas 44 a 50, foi suprimido 
por tratar-se de artigo publicado em revista cujo acesso não está disponível 
gratuitamente. O mesmo foi publicado na Revista International Journal of Clinical 
Pharmacy, na edição do mês de outubro de 2017, volume 39, número 5. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
52 
 
 
4.3. CAPÍTULO 3: Comunicação escrita relacionada a medicamentos por 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos na admissão, internamento e alta em 
hospital de ensino 
Carina Carvalho Silvestre 
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de 
Farmácia, São Cristóvão, SE, Brasil 
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa 
Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil 
E-mail: farm.carina@gmail.com / lepfs.ufs@gmail.com 
Lincoln Marques Cavalcante Santos 
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de 
Farmácia, São Cristóvão, SE, Brasil 
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa 
Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil 
E-mail: marques.lincoln@hotmail.com / lepfs.ufs@gmail.com 
Luana Andrade Macêdo 
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de 
Farmácia, São Cristóvão, SE, Brasil 
Endereço: Cidade Universitária “Prof. JoséAloísio Campos”, Jardim Rosa 
Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil 
E-mail: luaamacedo@gmail.com / lepfs.ufs@gmail.com 
Francisco Carlos de Jesus Júnior 
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de 
Farmácia, São Cristóvão, SE, Brasil 
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa 
Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil 
53 
 
E-mail: jr_farmaceutico@hotmail.com/ lepfs.ufs@gmail.com 
Débora Mônica Machado Pimentel 
Departamento de Medicina, Hospital Universitário da Universidade Federal de 
Sergipe, Aracaju, SE, Brasil 
Endereço: Rua Cláudio Batista, s/n, Bairro Cidade Nova, Aracaju, SE, CEP: 
49060-108, Brasil 
E-mail: deborahpimentel@icloud.com 
Divaldo Pereira de Lyra Júnior 
Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Departamento de 
Farmácia, São Cristóvão, SE, Brasil 
Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim Rosa 
Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil 
E-mail: lyra_jr@hotmail.com / lepfs.ufs@gmail.com 
Telefone: +55 79 2105-6319 
Autor correspondente: DP Lyra Jr. Laboratório de Ensino e Pesquisa em Farmácia 
Social (LEPFS), Endereço: Cidade Universitária “Prof. José Aloísio Campos”, Jardim 
Rosa Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil. Telefone/Fax: +55 79 2105-6319. 
E-mail: lepfs.ufs@gmail.com. 
54 
 
RESUMO 
Introdução. A comunicação efetiva sobre o uso medicamentos em ambiente 
hospitalar é um processo que contribui para a promoção da segurança do paciente. 
Apesar de sua importância, especialmente para a conciliação de medicamentos, a 
comunicação escrita sobre o uso de medicamentos nos prontuários de pacientes 
ainda é pouco investigada na literatura. Assim, o presente estudo visou descrever a 
documentação em prontuários clínicos sobre medicamentos por enfermeiros, 
farmacêuticos e médicos na admissão, internamento e alta hospitalar. 
Métodos. Um estudo transversal foi realizado nos prontuários dos pacientes 
admitidos em um hospital universitário no nordeste do Brasil entre dezembro de 
2016 e fevereiro de 2017. As evoluções de enfermeiros, farmacêuticos e médicos 
foram avaliadas para caracterizar o registro de informações sobre o uso de 
medicamentos. Além disso, uma análise de falhas de comunicação foi conduzida em 
todos os registros. 
Resultados. Neste estudo foram incluídos 202 pacientes com idade média de 51,48 
± 16,42 (19-97) anos. Não houve registro sobre reações alérgicas e reações 
adversas a medicamentos em 44 (21,9%) evoluções dos enfermeiros, 8 (22,9%) dos 
farmacêuticos e 54 (26,8%) dos médicos. Além disso, foram identificadas 1.588 
alterações nas prescrições durante a coleta de dados, sendo que apenas 390 
(24,5%) destas alterações foram justificadas. Ainda, foi possível identificar 485 
falhas de comunicação sobre medicamentos em 65,3% (n=132) das evoluções dos 
três profissionais avaliados. 
Conclusões. Os resultados revelaram que a documentação sobre o uso de 
medicamentos nos prontuários clínicos é incompleta e inconsistente nas evoluções 
das três profissões investigadas. Portanto, mais estudos devem investigar a 
qualidade do registro de informações sobre medicamentos, aprimorando a 
comunicação dos profissionais de saúde e a segurança do paciente nos pontos de 
transição de cuidados. 
 
Palavras-chave – documentação, comunicação em saúde, segurança do paciente, 
hospital de ensino. 
55 
 
INTRODUÇÃO 
A comunicação efetiva sobre o uso medicamentos em ambiente hospitalar é 
um processo dinâmico e complexo que contribui para a garantia da segurança do 
paciente.[1] Segundo Manias et al. (2016)[2], quando há completude das 
informações na comunicação entre a equipe de saúde é possível assegurar a 
continuidade do cuidado principalmente nos pontos de transição. 
Falhas na comunicação sobre o uso de medicamentos nos serviços de 
saúde têm sido amplamente relatadas.[3-6] Evidências recentes sugerem que 
deficiências na transferência de informações entre os profissionais de saúde podem 
causar erros de medicação, como discrepâncias não intencionais na 
farmacoterapia.[7] Estas podem ocorrer quando há alteração da farmacoterapia sem 
justificativa clínica durante as transições de cuidado ou quando a intencionalidade da 
alteração não é documentada.[8-9]. Assim, a conciliação de medicamentos surge 
como a estratégia mais efetiva para a resolução dessa problemática.[10-12] 
A literatura aponta desafios relacionados a implantação e consolidação da 
conciliação de medicamentos, sendo a qualidade e a confiabilidade da 
documentação sobre os medicamentos descritos como desafios ainda não 
superados.[13-16] Idealmente, todos os medicamentos que o paciente faz uso antes, 
durante e após a internação hospitalar devem estar registrados bem como quaisquer 
mudanças e as justificativas para tais alterações, melhorando a comunicação entre a 
equipe de saúde [17,18] A documentação completa garante que as informações 
relevantes para a tomada de decisões relacionada aos cuidados de saúde estejam 
disponíveis, contribuindo para o acompanhamento e avaliação do tratamento, 
reduzindo episódios de, por exemplo, omissões e duplicidade terapêutica [19,20] 
Nesse contexto, o prontuário deveria ser o principal documento que reflete a 
56 
 
história do paciente, desde a admissão até a alta hospitalar, permitindo a 
continuidade do cuidado.[5,18] Apesar da importância da documentação do uso de 
medicamentos durante as transições do cuidado, estudos que abordam esta 
temática ainda são incipientes.[6].[2,17,21-23] Assim, o presente estudo visou 
descrever a documentação em prontuários clínicos sobre medicamentos por 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos na admissão, internamento e alta hospitalar. 
 
METODOLOGIA 
Delineamento do estudo 
Foi realizado um estudo transversal, de análise documental, com base nos dados 
obtidos de prontuários dos pacientes. 
 
Local do estudo 
O estudo foi realizado por meio do levantamento dos dados obtidos nos 
prontuários dos pacientes internados em um Hospital Universitário do Nordeste. 
 
População do estudo 
Neste estudo, a população foi constituída dos prontuários de pacientes adultos 
de ambos os gêneros, internados nas Clínicas Cirúrgicas (I e II), Médicas (I e II) e 
Unidade de Terapia Intensiva em um Hospital Universitário do Nordeste. Foram 
incluídos os pacientes que atenderam aos seguintes critérios de elegibilidade: 1) 
possuir mais de 18 anos de idade e 2) estar internado por, no mínimo, 48 horas. 
 
 
 
57 
 
Coleta de Dados 
A coleta de dados foi realizada de abril a agosto de 2017, por meio da 
investigação dos prontuários de pacientes internados no hospital do estudo de 
dezembro de 2016 a fevereiro de 2017. Antes de iniciar a coleta de dados, dois 
coordenadores (L.M.C.S. e C.C.S.) e cinco assistentes de pesquisa (A.S.D., 
G.A.C.C., L.A.M., R.O.S.S. e T.S.A.) foram nomeados. Os prontuários foram lidos de 
forma independente e individual pelos assistentes de pesquisa. Em caso de 
divergências, estas foram resolvidos por consenso entre os mesmos. 
Todos as assistentes eram farmacêuticas-pesquisadoras e membros do 
mesmo grupo de pesquisa. As assistentes vivenciaram treinamentos que 
objetivaram a familiarização com o instrumento de coleta de dados e o 
esclarecimento de dúvidas que poderiam surgir durante o preenchimento do 
instrumento. 
Estrutura dos prontuários 
Os dados dos pacientes internados no hospital do estudo são registrados em 
prontuários de papel, que exibem informações do paciente desde a admissão 
hospitalar até a contabilização das despesas na instituição, e em sua estrutura 
possuem: dados sociodemográficos do paciente, incluindo a descrição dos 
procedimentos solicitados; motivo do internamento, comorbidades e prováveis 
diagnósticos do paciente; informações sobre alergias, tratamentos anteriores e os 
realizados na instituição. Além disso, no prontuário estãocontidas as prescrições 
realizadas durante o internamento e as evoluções clínicas dos profissionais de 
saúde responsáveis pelo cuidado do paciente. Por fim, estão incluídas as 
orientações pós-alta hospitalares e contrarreferência para encaminhamento do 
58 
 
paciente. 
Para atender aos objetivos deste estudo foram analisados os dados 
presentes nos prontuários registrados pelos três profissionais diretamente 
envolvidos no processo de uso de medicamentos: enfermeira(o), farmacêutica(o) e 
médica(o). Os dados foram coletados a partir das fichas de admissão hospitalar ou, 
quando estas não estavam presentes, da primeira evolução médica no prontuário do 
paciente. Os registros presentes na assistência de Enfermagem e nas evoluções 
farmacêuticas no primeiro dia de internação hospitalar também foram considerados 
como fonte de informações nesta etapa. Na internação hospitalar, os dados foram 
extraídos das prescrições de medicamentos, avaliações pré-anestésicas, fichas de 
solicitação de parecer de outras especialidades e evoluções multiprofissionais da 
Enfermagem, Farmácia e Medicina. Na alta hospitalar foram extraídas as 
informações presentes apenas nos relatórios de alta hospitalar ou, quando estes não 
estavam presentes, da última evolução da Enfermagem, Farmácia e Medicina. 
 
Variáveis analisadas 
A coleta de dados foi realizada por meio de um formulário desenvolvido e 
estruturado pelos pesquisadores possuindo 32 questões divididas em quatro partes: 
1) informações gerais do paciente (idade, sexo, natureza da internação, clínica de 
internação, quantidade de dias de internação e motivo de internamento; 2) evolução 
da Medicina; 3) evolução da Enfermagem; 4) evolução da Farmácia. O formulário 
completo se encontra no Apêndice desse artigo. 
Nas evoluções na admissão foram verificados os registros de: alergias e 
reações adversas a medicamentos; medicamentos utilizados antes da admissão 
hospitalar incluindo a dose, frequência e duração do tratamento; alterações no uso 
59 
 
dos medicamentos utilizados antes da admissão, sendo classificadas quanto ao tipo 
de alteração (modificação ou suspensão), assim como se esta alteração foi 
justificada e qual a justificativa; momento no qual tais informações foram registradas 
(ex. admissão, internamento ou alta). 
Nas evoluções durante o internamento foram verificados os registros de: 
transferências para outras clínicas na mesma instituição durante a internação 
hospitalar; alterações nas prescrições dos medicamentos, tais como mudanças na 
dose, frequência, via de administração, adições, substituições e suspensões de 
medicamentos e a justificativa para tais alterações; alterações nas prescrições como 
consequência da intervenção de outro profissional, bem como se tal sugestão foi 
aceita; intercorrências relacionadas aos medicamentos e referências a outros 
profissionais que sugerissem intervenções na farmacoterapia. 
Nas evoluções durante a alta, foram verificados os registros de: alterações 
entre os medicamentos que o paciente utilizava antes da admissão hospitalar e os 
que foram prescritos na alta, sendo classificadas quanto ao tipo de alteração 
(modificação ou suspensão), assim como se esta alteração foi justificada e qual a 
justificativa; alterações nas prescrições de alta como consequência da intervenção 
de outro profissional, bem como se tal sugestão foi aceita; contrarreferência para 
encaminhamento do paciente após alta hospitalar. 
 
Análise das falhas de comunicação 
As evoluções da Enfermagem, Farmácia e Medicina foram analisadas a fim 
de identificar falhas de comunicação escrita sobre medicamentos. Essa análise foi 
realizada utilizando como referência os estudos de Lingard et al. (2004)[24] e Manias 
et al. (2016)[2]. A partir dessa abordagem, os registros referentes às intercorrências 
60 
 
relacionadas ao uso de medicamentos na instituição foram transcritos, analisados e 
classificados. Para a classificação das falhas, a tipologia presente no Quadro 1 foi 
adotada. 
 
Quadro 1. Tipologia adotada para a classificação das falhas de comunicação. Sergipe, Brasil, 2017. 
Falhas Definição 
Ocasião (“quando?”) 
Uma falha de ocasião significa que houve problemas durante o 
tempo em que a comunicação ocorreu 
Audiência (“quem?”) 
Uma falha de audiência acontece quando houver lacunas na 
equipe envolvida na comunicação 
Propósito (“por quê?”) 
Uma falha de propósito significa que o propósito ou objetivo da 
comunicação não foi claro, não foi alcançado ou foi inapropriado 
Conteúdo (“o quê?”) 
Uma falha de conteúdo ocorre quando uma informação sobre 
medicamentos está ausente ou incompleta ou quando há conflito 
de informações 
Fonte: adaptado de Lingard et al. (2004)[24] e Manias et al. (2016)[2]. 
 
Calibração do instrumento de coleta de dados 
Na fase de planejamento deste estudo foi elaborado um formulário de coleta de 
dados utilizando variáveis da admissão, internação e alta hospitalar extraídas de 
estudos semelhantes encontrados na literatura.[24-27] Posteriormente, o formulário 
foi submetido a um estudo-piloto, a partir da análise por conveniência de 92 
prontuários de pacientes admitidos no segundo trimestre de 2016, seguindo os 
mesmos critérios de elegibilidade e no mesmo cenário de prática. Os dados foram 
analisados por dois observadores independentes (L.M.C.S. e F.C.J.J.) sob 
supervisão de um terceiro pesquisador (C.C.S.). 
 
Aspectos éticos 
O estudo foi autorizado pela Diretoria do Hospital e possui aprovação no 
61 
 
Comitê de Ética em Pesquisa Local mediante parecer de nº CAAE 
08125912.5.0000.0058. 
 
Análise estatística 
Os formulários de coleta, após levantamento dos dados, foram submetidos à 
uma verificação e análise do preenchimento por meio do armazenamento em banco 
de dados, na qual foram verificadas as possíveis incoerências, as duplicidades e as 
inconsistências utilizando o software Microsoft® Excel for Mac Version 15.19.1 
(160212). Com o auxílio deste software, as variáveis categóricas e contínuas serão 
representadas, respectivamente, por frequência e estatística descritiva (média, 
desvio padrão, valores mínimos, máximo e intervalo de confiança). 
 
RESULTADOS 
Ao longo do desenvolvimento deste estudo, 424 pacientes foram admitidos 
no hospital nas cinco alas estudadas. Destes, apenas 202 (47,6%) pacientes 
atenderam os critérios de inclusão e tiveram, dessa forma, seus prontuários 
analisados. Foram excluídos 222 pacientes pelas seguintes razões: tiveram alta em 
menos de 48 horas (n=208; 49,0%), não foi possível encontrar o prontuário (n=8; 
1,9%) ou tinham idade inferior a 18 anos (n=6; 1,4%) (Figura 1). 
 
Caracterização dos pacientes estudados 
Dos 202 prontuários analisados, 121 (59,9%) eram de pacientes do sexo 
feminino e possuíam média de idade de 51,48 ± 16.42 (19–97) anos. A Tabela 1 traz 
a caracterização completa dos pacientes estudados. 
 
62 
 
Tabela 1. Características dos pacientes do estudo. Sergipe, Brasil, 2017. 
Variáveis N (%) 
Gênero 
Feminino 121 (59,9%) 
Masculino 81 (40,1%) 
Idade 
18 – 29 anos 21 (10,4%) 
30 – 39 anos 30 (14,9%) 
40 – 49 anos 41 (20,3%) 
50 – 59 anos 47 (23,3%) 
60 – 69 anos 38 (18,8%) 
Mais de 70 anos 25 (12,3%) 
Origem do internamento 
Ambulatorial 192 (95,0%) 
Hospital 10 (5,0%) 
Clínica de Internamento 
Clínica Cirúrgica 124 (61,4%) 
Clínica Médica I 40 (19,8%) 
Clínica Médica II 37 (18,3%) 
Unidade de Terapia Intensiva 1 (0,5%) 
Tempo de Internação 
1 – 4 dias 103 (51,0%) 
5 – 9 dias 40 (19,8%) 
10 – 14 dias 25 (12,4%) 
15 – 19 dias 9 (4,4%) 
20 – 24 dias 11 (5,4%) 
25 – 29 dias 7 (3,5%) 
Mais de 30 dias 7 (3,5%) 
Transferências durante o internamento 
Intrahospitalar 15 (7,4%) 
Interhospitalar 1 (0,5%) 
N = número de pacientes 
A razão para internamento mais prevalente foi cirurgia para colelitíase ou 
obstrução da via biliar (com ou sem colecistite) (n=20; 9,9%), seguido de neoplasia 
maligna de mama (n=9;4,4%), neoplasia benigna da glândula tireoide (n=8; 3,9%) e 
doença pulmonar obstrutiva crônica (n=8; 3,9%). 
Documentação nas evoluções dos profissionais de Enfermagem, Farmácia 
e Medicina 
 
Admissão hospitalar 
No estudo, todos os 202 prontuários incluídos possuíam evoluções da 
Medicina na admissão hospitalar. Destes, 201 (99,5%) prontuários possuíam 
evolução de admissão da Enfermagem. Em relação aos registros da Farmácia, 
63 
 
foram encontrados somente 35 (17,3%) evoluções no momento da admissão. 
Em relação ao momento do registro, o farmacêutico foi o profissional que 
menos registrou a farmacoterapia pregressa no momento da admissão, com média 
de 2,6 ± 4,5 (0–22) dias para documentar o uso prévio de medicamentos no 
prontuário. A Tabela 2 traz a descrição das informações referentes a farmacoterapia 
na admissão presentes nas evoluções da Enfermagem, Farmácia e Medicina. 
 
Tabela 2. Registros das informações sobre a farmacoterapia na admissão nas evoluções da 
Enfermagem, Farmácia e Medicina no Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe 
(n= 202). Sergipe, Brasil, 2017. 
Variáveis analisadas 
Evolução da 
Enfermagem 
Evolução da 
Farmácia 
Evolução da 
Medicina 
n/ntotal (%) n/ntotal (%) n/ntotal (%) 
Registro por escrito de alergias e/ou 
reações adversas a medicamentos 
 
Presente 157/201 (78,1%) 27/35 (77,1%) 148/202 (73,2%) 
Momento do registro 
Admissão 151/157 (96,2%) 12/27 (44,4%) 144/148 (97,3%) 
Internamento 6/157 (3,8%) 15/27 (55,6%) 4/148 (2,7%) 
Registro por escrito sobre o uso de 
medicamentos antes da admissão 
 
Presente 56/201 (27,8%) 28/35 (80,0%) 167/202 (82,6%) 
Nega o uso de medicamentos antes da 
admissão 
12/56 (21,4%) 5/28 (17,8%) 37/167 (22,1%) 
Dose 8/44 (18,1%) 16/23 (69,5%) 102/130 (78,4%) 
Frequência 6/44 (13,6%) 15/23 (65,2%) 90/130 (69,2%) 
Duração do tratamento 1/44 (2,2%) 1/23 (4,3%) 13/130 (10,0%) 
Momento do registro 
Admissão 55/56 (98,2%) 10/28 (35,7%) 166/167 (99,4%) 
Internamento 1/56 (1,8%) 18/28 (64,3%) 1/167 (0,6%) 
 
No que se refere ao registro da farmacoterapia pregressa, 167 (82,7%) 
prontuários possuíam essa informação e 73 (43,7%) destes apresentaram 86 
64 
 
alterações nos medicamentos utilizados antes da admissão. Estas alterações foram 
classificadas como: suspensão no uso desses medicamentos (n=64, 74,4%); e 
substituição na dose, frequência ou via de administração dos mesmos (n=22, 
25,6%). Ademais, apenas 8 (9,3%) modificações possuíam justificativas 
documentadas nos prontuários dos pacientes. 
Internamento hospitalar 
Quanto às prescrições de medicamentos, os prontuários de 168 (83,1%) 
pacientes apresentaram algum tipo de alteração nas prescrições durante a 
internação hospitalar. Foram identificadas 1.588 alterações nas prescrições no 
período de coleta de dados, levando a uma média de 9,45 (I.C. 95%; 7,71–11,19) 
alterações por paciente. Ainda, apenas 390 (24,5%) das mudanças encontradas 
foram justificadas, sendo estas classificadas de acordo com a Figura 2. Destas 390 
mudanças justificadas, 29 foram relacionadas a intervenções de médicos, duas 
foram relacionadas aos registros dos enfermeiros e uma de farmacêutico. As 
recomendações destes profissionais foram aceitas em todos os 32 casos. 
Em 48 (23,7%) dos 202 prontuários foram registradas 116 intercorrências 
relacionadas a farmacoterapia nas evoluções da Enfermagem. Ademais, foram 
observadas 59 referências diretas a outros profissionais. Os médicos foram os mais 
citados (n=39; 66,1%), seguido dos enfermeiros (n=19; 32,2%) e nutricionistas (n=1; 
1,7%). Das referências descritas foram verificadas que 26 (44,0%) indicavam 
intervenções na farmacoterapia do paciente. Dentre as ações sugeridas estavam a 
suspensão da administração dos medicamentos, dada a condição clínica do 
paciente, e a alteração no horário de administração destes medicamentos por ordem 
do médico. 
Neste estudo foi verificado que apenas 11 prontuários continham a 
65 
 
documentação de intercorrências relacionada ao uso de medicamentos realizada por 
farmacêuticos. Nos prontuários foi identificado o registro de 17 intercorrências sobre 
medicamentos, das quais quatro (25,0%) estavam relacionadas ao risco de 
interações medicamentosas, três (18,7%) à identificação de discrepâncias na 
farmacoterapia e duas (12,5%) às reações alérgicas apresentadas após 
administração dos fármacos. Além disso, o farmacêutico documentou a conduta 
efetuada para a resolubilidade de oito (50%) destas intercorrências. No registro das 
condutas, a comunicação com o médico foi diretamente citada em apenas três 
casos. 
 
Alta hospitalar 
Na análise dos relatórios de alta hospitalar, dos 202 pacientes, 93 (46,0%) 
possuíram prescrições de medicamentos para a alta. Em 71 (76,3%) destes, foram 
identificadas 219 alterações entre os medicamentos que o mesmo fazia uso antes 
da admissão hospitalar e os que foram prescritos na alta. Destas mudanças, apenas 
77 (35,1%) foram justificadas, sendo estas classificadas de acordo com a Figura 3. 
No estudo foi verificado que, em 13 (18,3%) prescrições de alta, as 
mudanças entre a farmacoterapia pregressa e os medicamentos que o paciente faria 
uso após o internamento sucederam da intervenção de outras especialidades 
médicas. Destas mudanças, apenas nove faziam referência direta aos médicos que 
as sugeriram, sendo estas recomendações aceitas em todos os casos. 
De forma semelhante, foram analisados os relatos de uso de medicamentos 
após a internação e foi constatado que apenas uma (0,4%) evolução da 
Enfermagem continha esse registro. Este relato estava associado à continuação do 
tratamento com medicamentos antirretrovirais. Não foram encontrados registros 
66 
 
sobre o uso de medicamentos após a alta nas evoluções da Farmácia. Ainda, foi 
observada a presença de contra referência para encaminhamento do paciente após 
alta hospitalar em uma (0,4%) evolução da Enfermagem, seguido de 161 (79,7%) 
nas evoluções da Medicina e nenhuma documentação da Farmácia na alta 
hospitalar. 
 
Análise das falhas de comunicação 
No presente estudo foi possível identificar 485 falhas de comunicação escrita 
sobre medicamentos em 65,3% (n=132) das evoluções da Enfermagem, Farmácia e 
Medicina. Destas, a maioria (n=301; 62,0%) estava presente nas evoluções da 
Medicina, seguido de 160 (33,0%) falhas de comunicação encontradas na evolução 
da Enfermagem e 24 (5,0%) na evolução da Farmácia. Após análise, as falhas 
observadas foram classificadas e estão dispostas na Figura 4. 
A Tabela 3 define cada tipologia de falha de comunicação e apresenta 
exemplos extraídos dos prontuários ilustrando as classificações adotadas neste 
estudo. 
67 
 
Tabela 3. Definição dos tipos de falhas de comunicação com exemplos extraídos dos prontuários dos 
pacientes internados nas Clínicas Médicas, Cirúrgicas e Unidade de Terapia Intensiva do Hospital 
Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Sergipe, Brasil, 2017. 
Falhas n Contextualização e registro transcrito (em itálico) 
Ocasião 
(“quando?”) 
8 O farmacêutico registrou orientação sobre o uso do tramadol quando o 
paciente já não estava mais utilizando. O tramadol foi suspenso no 3º dia de 
internação hospitalar, mas o profissional fez o registro da orientação apenas 
no 4º dia. 
"Alerto que o tramadol pode intensificar esse quadro de constipação" 
Audiência 
(“quem?”) 
66 O enfermeiro relatou que o losartana não foi administrado pois o paciente 
afirmou que o mesmo foi suspenso pelo médico, embora o referido 
medicamento estivesse presente na prescrição do dia. 
"O paciente recusou a medicação losartana 50mg pois refere que o médico 
a teria suspendido" (Observação: este relato foi classificado como contendo 
falhas de audiência e propósito) 
Propósito 
(“por quê?”) 
98 Em relato do enfermeiro, não foi possível encontrar clareza no desfecho da 
não administração da pregabalina, visto que omedicamento deixou de ser 
utilizado diversas vezes durante o internamento hospitalar por motivo de falta. 
"Paciente recusou a pregabalina, digo, acompanhante recusou" 
Conteúdo 
(“o quê?”) 
313 1) Paciente relata fazer uso de nove medicamentos em casa. No primeiro dia 
de internamento, o médico prescreve oito medicamentos mesmo 
documentando que a farmacoterapia pregressa seria mantida. 
"Prescrevo medicamentos que usava em casa" 
2) Paciente relata apresentar alergia à metoclopramida, mas o médico 
prescreve este medicamento para uso quando necessário. 
 
DISCUSSÃO 
As evoluções da Medicina e da Enfermagem estavam presentes em quase 
todos os prontuários analisados no presente estudo. Apesar disto, baixa prevalência 
da documentação do farmacêutico foi observada. Similarmente, o estudo de 
Pullinger e Franklin (2010)[28] revelou que 74% dos farmacêuticos em um hospital 
universitário da Inglaterra não registravam suas intervenções no prontuário. Nesse 
sentido, deficiências na formação, a falta de envolvimento do farmacêutico na equipe 
de saúde e clareza dos papéis que cada profissional possui no cuidado ao paciente 
68 
 
são fatores que podem influenciar na falta do registro em prontuário por este 
profissional. A literatura internacional destaca a importância da documentação do 
farmacêutico sobre o manejo de medicamentos nos pontos de transição de cuidado 
a fim de melhorar a completude e acurácia das informações.[2,29-38] 
A maior parte das evoluções dos três profissionais avaliados não apresentou 
o registro de informações sobre o uso de medicamentos na admissão e alta 
hospitalar, com destaque para a ausência de duração dos tratamentos. A deficiência 
na documentação em prontuário pode omitir informações relevantes sobre o uso de 
medicamentos, podendo ocasionar aumento nos dias de internação e consequente 
comprometimento da segurança do paciente.[39-42]. A literatura também aponta que 
omissões ocorrem com frequência e que estes acontecem não só pela ausência do 
questionamento sobre o uso de medicamentos na admissão e alta, como também 
pela não documentação no prontuário das informações obtidas durante a entrevista 
clínica. Ademais, estas falhas podem levar a interrupções de tratamentos ou levar à 
indicação de medicamentos inapropriados durante o internamento hospitalar.[23,43-
48] Assim, o registro completo de todas as informações relacionadas ao uso de 
medicamentos pelos profissionais de saúde deve ser incentivado. 
Um elevado número de alterações no uso de medicamentos antes e durante 
o internamento hospitalar foi observado neste estudo. Este achado é similar ao que 
tem sido relatado pela literatura. [18,49-52]. No entanto, o presente estudo verificou 
que uma pequena parcela dessas mudanças possuía justificativas documentadas no 
prontuário. Associações internacionais têm utilizado a documentação das 
justificativas de mudança nas prescrições como indicador de qualidade para o uso 
de medicamentos em hospitais.[53] Nesse contexto, a ausência de tais informações 
documentadas no prontuário prejudica a realização da conciliação de 
69 
 
medicamentos, uma vez que sem a presença de justificativas, a análise da 
intencionalidade das discrepâncias é comprometida. 
Os resultados obtidos sobre as evoluções de alta dos três profissionais 
analisados se assemelham aos de outros estudos, nos quais a maior parte dos 
prontuários não apresentou registro sobre o uso de medicamentos após o 
internamento hospitalar.[54-58] Estudos mostram a necessidade de fomentar a 
documentação dos profissionais de saúde na alta hospitalar, uma vez que a falta 
desta pode comprometer a continuidade do cuidado, especialmente quando o 
paciente é encaminhado a outro nível de atenção à saúde.[59-61] A conciliação de 
medicamentos preconiza que seja fornecido ao paciente a lista mais completa e 
acurada sobre a sua farmacoterapia durante as transições de cuidado. Assim, na 
alta, prover esta informação de forma escrita ao paciente pode conferir ao mesmo o 
protagonismo no processo de avaliação e cuidado. 
Mais da metade dos prontuários analisados apresentou algum tipo de 
deficiência na comunicação escrita entre os profissionais avaliados. A revisão de 
Vermeir et al. (2015)[62] destaca que, embora a comunicação face a face entre os 
profissionais de saúde seja essencial, na prática clínica, a comunicação escrita 
permanece o meio mais comum de interação entre os profissionais de saúde. 
Manias et al. (2016)[2] associaram as falhas na comunicação com desafios na 
instituição e relacionamentos interprofissionais. Assim, a classificação descritiva das 
falhas de comunicação utilizada no presente estudo sugere aspectos da equipe de 
saúde que podem conduzir iniciativas de treinamento para melhorar a competência 
comunicativa da mesma.[24] Dessa forma, futuros estudos devem ser direcionados 
para a análise das dimensões da comunicação e como estas interagem para 
promover a transferência de informações sobre o uso de medicamentos em 
70 
 
ambiente hospitalar. 
No intuito de resolver alguns problemas relacionados a documentação, o uso 
de prontuários eletrônicos, softwares e outras ferramentas para auxiliar a 
comunicação escrita tem sido incentivado. Em 2009, nos Estados Unidos, o decreto 
HITECH (Health Information Technology for Economic and Clinical Health) foi criado 
a fim de estimular a adoção de prontuários eletrônicos e impulsionar a utilização de 
ferramentas de tecnologia em saúde nos hospitais americanos.[63,64] Nesse 
sentido, o número de pesquisas que avaliam a qualidade da documentação sobre o 
uso de medicamentos em prontuários eletrônicos tem crescido.[65-67] 
Apesar destes prontuários eletrônicos apresentarem progresso na 
estruturação do registro do cuidado, estudos ainda mostram a ausência de melhoras 
significativas na qualidade do registro de informações sobre medicamentos nos 
prontuários eletrônicos em comparação com os prontuários manuais.[65-69] Porém, 
a probabilidade do paciente apresentar erros de medicação diminui quando este tipo 
de ferramenta é utilizada.[70-72] No Brasil, o registro de informações em saúde 
ainda é feito, em sua maioria, em papel como no hospital estudado.[73] Assim, mais 
pesquisas são necessárias para elucidar a qualidade do relato sobre o uso de 
medicamentos e possibilitar o uso do prontuário como instrumento de comunicação 
nos pontos de transição de cuidados. 
O presente estudo possui forças e limitações. A não realização da análise 
proporcional o quantitativo de profissionais da instituição também é uma limitação 
que pode ser destacada. O presente estudo não investigou a relevância clínica da 
completude das informações sobre o uso de medicamentos antes, durante e após o 
internamento hospitalar, o que poderia ser útil para a avaliação dos danos aos 
pacientes frente à ausência destas informações no prontuário. 
71 
 
Este estudo possui alguns pontos fortes. Para nosso conhecimento, este é o 
primeiro estudo que caracterizou a documentação da comunicação escrita de 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos quanto ao uso de medicamentos. Além disso, 
a investigação da completude das informações sobre medicamentos nas transições 
de cuidado é outro fator importante que merece ser enfatizado. Destaca-se também 
a análise das falhas de comunicação nas evoluções dos três profissionais envolvidos 
diretamente com o uso de medicamentos, a qual permitiu melhor investigação dos 
processos de comunicação no referido hospital. 
 
CONCLUSÃO 
Os resultados revelaram que a documentação sobre o uso de medicamentos 
nos prontuários clínicos é incompleta e inconsistente nas evoluções das três 
profissões investigadas. O número significante de alterações nas prescrições sem 
justificativa, a falta de registro na alta hospitalar e as falhas de comunicação 
encontradas podem comprometer a assistência do cuidado ao paciente. Mais 
estudos devem investigara qualidade do registro de informações sobre 
medicamentos, aprimorando a comunicação dos profissionais de saúde e a 
segurança do paciente nos pontos de transição de cuidados. 
 
72 
 
FIGURAS 
 
Figura 1. Fluxograma descrevendo a seleção dos pacientes internados nos meses de dezembro 
de 2016 a fevereiro de 2017 nas Clínicas Cirúrgicas (I e II), Médicas (I e II) e Unidade de Terapia 
Intensiva do HU/EBSERH/UFS. A amostra final foi composta pelos pacientes que: 1) possuíam 
idade superior a 18 anos e 2) esteve internado por, no mínimo, 48 horas. Sergipe, Brasil, 2017. 
 
Figura 2. Classificação das justificativas das alterações nas prescrições de medicamentos dos 
pacientes dos pacientes internados nas Clínicas Médicas, Cirúrgicas e Unidade de Terapia 
Intensiva do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. Sergipe, Brasil, 2017. 
73 
 
 
Figura 3. Classificação das justificativas de mudança entre a farmacoterapia pregressa e os 
medicamentos prescritos na alta hospitalar dos pacientes internados nas Clínicas Médicas, 
Cirúrgicas e Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário da Universidade Federal de 
Sergipe. Sergipe, Brasil, 2017. 
 
Figura 4. Classificação das falhas de comunicação escrita encontradas nas evoluções de 
Enfermagem, Farmácia e Medicina dos pacientes internados nas Clínicas Médicas, Cirúrgicas e 
Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário da Universidade Federal de Sergipe. 
Sergipe, Brasil, 2017. 
74 
 
AGRADECIMENTOS 
Nós gostaríamos de agradecer a toda equipe do HU/EBSERH/UFS pela 
providência dos prontuários. Nós agradecemos também a Aline Santana Dosea, 
Francisco Carlos de Jesus Júnior, Gabriela Andrade Conrado Carvalho, Rafaella 
Oliveira Santos e Thaciana dos Santos Alcântara por toda sua dedicação e ajuda na 
coleta de dados. 
 
CONFLITO DE INTERESSE 
Os autores declaram que não há potenciais conflitos de interesses no que 
diz respeito à pesquisa, a autoria e/ou publicação deste artigo. 
 
APOIO FINANCEIRO 
L.M.C.S., C.C.S. e L. A. M. receberam apoio financeiro (bolsa de estudo) da 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). 
 
75 
 
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82 
 
APÊNDICE 
 
O texto completo deste Apêndice, que no texto integral da Tese defendida ocupa o 
intervalo compreendido entre as páginas 82 e 83 foi suprimido por, de acordo com a 
Lei nº 9610/1998 de direitos autorais, por se tratar de um instrumento inédito cujo 
registro será realizado posteriormente. 
 
84 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
85 
 
4.4. CAPÍTULO 4: Desenvolvimento e validação de questionário para survey 
sobre conciliação de medicamentos: um estudo Delphi 
Desenvolvimento e validação de questionário para survey sobre conciliação de 
medicamentos: um estudo Delphi 
Short running title: Questionnaire on medication reconciliation 
Carina Carvalho Silvestre, Lincoln Marques Cavalcante Santos, Elisdete Maria 
Santos de Jesus, Kérilin Stancine Santos Rocha, Divaldo Pereira de Lyra Jr. 
Laboratory of Teaching and Research in Social Pharmacy (LEPFS), Department of 
Pharmacy, Federal University of Sergipe, Cidade Universitária "Prof. José Aloísio 
Campos", Jardim Rosa Elze, São Cristóvão, Sergipe, CEP: 49100-000, Brazil. 
 
Corresponding author: Divaldo Pereira de Lyra Jr. Laboratório de Ensino e 
Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), Endereço: Cidade Universitária “Prof. José 
Aloísio Campos”, Jardim Rosa Elze, São Cristóvão, CEP: 49100-000, Brasil. E-mail: 
lepfs.ufs@gmail.com. 
 
Pontos-chave 
 A conciliação de medicamentos é um processo considerado efetivo na 
prevenção e resolução de erros de medicação em hospitais, porém sua 
complexidade de implantação é um desafio aos prestadores de cuidado. 
 O questionário desenvolvido nesse estudo possibilita o conhecimento das 
percepções dos profissionais envolvidos no processo da conciliação, assim 
como permite clarificar as etapas necessárias e os responsáveis pelas 
atividades relacionadas a esse processo. 
 A validação de conteúdo foi realizada por meio do método Delphi, que reuniu 
um amplo painel de especialistas composto por enfermeiros, farmacêuticos e 
médicos. 
 
 
86 
 
RESUMO 
Propósito. Este estudo visou desenvolver e validar o conteúdo de um questionário 
para survey research sobre a realização da conciliação de medicamentos em 
hospitais do Brasil. Métodos. O questionário foi desenvolvido a partir de uma análise 
temática que extraiu temas e sub-temas de estudos sobre a conciliação de 
medicamentos em hospitais. Em seguida, foi realizada a validação de conteúdo do 
questionário por meio da técnica Delphi. Assim, 27 profissionais da Enfermagem, 
Farmácia e Medicina que atenderam a critérios pré-estabelecidos foram convidados 
a compor o painel de especialistas. O painel foi instruído a julgar o questionário, de 
acordo com as etapas realizadas. A fim de medir o grau de concordância dos 
especialistas sobre os critérios avaliados de cada item do questionário, foi utilizado o 
índice de validação de conteúdo (IVC). Os itens foram considerados validados se o 
IVC fosse maior ou igual a 0,80. Aliado a isso, os comentários fornecidos pelos 
membros do painel para a construção das questões foram analisados. Resultados. 
Este estudo desenvolveu o questionário, que teve três versões preliminares. A 
terceira versão foi submetida ao processo de validação de conteúdo. Na primeira 
rodada do Delphi, o painel avaliou um total de 17 questões. Assim, 130 comentários 
e sugestões foram feitos. Na segunda rodada, as 17 questões foram novamente 
avaliadas e 93 comentários e sugestões foram propostos. Por fim, na terceira 
rodada, cinco questões foram reavaliadas, 12 mudanças foram propostas, 
resultando na versão final do questionário, com 17 questões. Conclusões. Para o 
nosso conhecimento, este é o primeiro questionário desenvolvido e validado pelo 
método Delphi que visa avaliar a percepção de profissionais de saúde sobre a 
realização da conciliação de medicamentos. Este instrumento pode ser uma 
estratégia complementar na avaliação da conciliação de medicamentos nos serviços 
de saúde hospitalares. 
Palavras-chave: conciliação de medicamentos, hospital, inquéritos e questionários, 
técnica Delphi. 
87 
 
Introdução 
A conciliação de medicamentos é definida como o processo formal de 
obtenção da lista mais precisa possível de todos os medicamentos que o paciente 
está utilizando, incluindo nome do medicamento, dose, frequência e via de 
administração e da contínua avaliação desta lista. Ademais, visa garantir que toda 
vez que o paciente seja deslocado de um setor de cuidado à saúde para outro, as 
informações sobre seus medicamentos sejam transferidas ao mesmo tempo, de 
forma acurada e completa. No cenário hospitalar, a conciliação pode se configurar 
como um processo a ser realizado no momento da admissão, da transferência entre 
duas unidades clínicas e da alta.1-3 
 Diversas revisões sistemáticas ressaltam que a conciliação tem sido efetiva 
na prevenção de eventos adversos relacionados a medicamentos. Porém, estas 
apontam algumas limitações, tais como a heterogeneidade dos trabalhos em relação 
à disparidade da avaliação de seus desfechos, uma vez que muitos estudos não 
possuem concordância entre termos e metodologias empregadas para a realização 
da conciliação de medicamentos e subsequente avaliação do seu impacto.4-9 Em 
consonância com estes achados, atualmente, os desafios relacionados à conciliação 
se concentram nas dificuldades de implementação das etapas necessárias à sua 
realização. Para tanto, são necessárias ações integradas direcionadas para a 
melhora da qualidade com as equipes interprofissionais do cuidado, bem como a 
compreensão dos processos atuais relacionados com esse serviço.10,11 
Em relação a essas ações integradas, destaca-se o envolvimento de 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos com o propósito de que todas as etapas da 
conciliação sejam executadas efetivamente.12 Todavia, Vogelsmeier e 
colaboradores13 afirmam que para tornar a conciliação de medicamentos uma 
prática efetiva é preciso conhecer as percepções dos profissionais envolvidos 
quanto às funções independentes, conjuntas e sobrepostas no manejo de 
medicamentos. Os mesmos autores ainda ressaltam que é também é preciso 
considerar as limitações deste processo, possibilitando o planejamento de 
intervenções clínicas capazes de gerar resultados positivos e generalizáveis. 
Nesse contexto, Portela e colaboradores14 enfatizam a necessidade de se 
avaliar as intervenções de cuidado à saúde, a fim de se compreender a 
88 
 
aplicabilidade e reprodutibilidade na prática utilizando para tanto mais de uma 
abordagem metodológica. Uma das abordagens de avaliação dessas intervenções é 
a pesquisa do tipo survey, definida como uma estratégia útil e legítima para a 
pesquisa que tem benefícios claros em ajudar a descrever e explorar variáveis e 
conceitos de interesse.15 
Vale destacar que, ao nosso conhecimento, não há um estudo preliminar que 
tenha proposto um instrumentopara a realização de uma survey a fim de avaliar a 
percepção de profissionais de saúde (enfermeiros, farmacêuticos e médicos) sobre a 
realização da conciliação de medicamentos em hospitais utilizando o método Delphi. 
Ante ao exposto, este trabalho visa atender dois propósitos: (i) desenvolver um 
questionário para uma survey research sobre a realização da conciliação de 
medicamentos em hospitais do Brasil (ii) validar o conteúdo do questionário com 
especialistas das três profissões utilizando o método Delphi. 
 
Métodos 
As recomendações de boas práticas no relato e condução de survey research 
foram utilizadas para a elaboração deste questionário.16,17 As etapas estão descritas 
a seguir: 
Desenvolvimento do questionário – planejamento do conteúdo do instrumento 
Uma busca preliminar na literatura foi realizada a fim de identificar estudos ou 
instrumentos que avaliem a realização da conciliação de medicamentos em 
hospitais. As bases de dados Pubmed, Scopus, Web of Science e Lilacs foram 
utilizadas na busca. Os termos medication reconciliation, implementation, survey, 
questionnaire e hospital foram utilizados. A busca não teve restrições de tempo, tipo 
de estudo ou metodologia empregada, mas apenas trabalhos em inglês, espanhol 
ou português foram analisados. Os materiais resultantes das buscas foram 
considerados a fim de se consultar as definições e etapas recomendadas para a 
realização do processo de conciliação. Também foram extraídas informações 
referentes a dificuldades e limitações descritas na realização da conciliação de 
medicamentos em hospitais. 
89 
 
O processo de análise e revisão foi conduzido por dois pesquisadores (C.C.S. 
e L.M.C.S.) de maneira independente e as divergências foram resolvidas por 
consenso. Por meio da análise temática, utilizando uma abordagem semelhante a 
Ahmed e colaboradores18, temas e sub-temas foram extraídos dos artigos, divididos 
em seções e uma versão preliminar do questionário foi gerada com objetivo de 
caracterizar a realização da conciliação de medicamentos sob o ponto de vista de 
enfermeiros, farmacêuticos e médicos que atuam em um mesmo hospital. 
Pré-Delphi – construção do layout do questionário 
Uma análise prévia da versão rascunho do questionário foi realizada por um 
painel de avaliação composto por 17 pesquisadores farmacêuticos do Laboratório de 
Ensino e Pesquisa em Farmácia Social (LEPFS), um centro de pesquisa referência 
na área da Farmácia Social no Brasil. Estes pesquisadores foram selecionados por 
conveniência e, de maneira voluntária e independente, avaliaram de forma 
dicotômica - sim ou não - a clareza de cada questão formulada e, respectivamente, 
da escala de resposta para cada questão. Os pesquisadores possuíam média de 
idade de 27,82 ± 5,34 (21-40) anos e tempo médio de experiência profissional de 
6,47 ± 4,35 (1-15) anos. No caso de uma resposta negativa, um espaço para 
sugestões foi fornecido ao avaliador para que o mesmo justificasse a sua resposta e 
pudesse contribuir com melhorias para o instrumento. 
Após essa etapa, foi realizada uma reunião de brainstorming19 na qual, 
pesquisadores e participantes do pré-Delphi puderam discutir as melhorias 
sugeridas para o questionário. Assim, foram sugeridas a reorganização da ordem 
das questões, modificações ortográficas e gramaticais, resultando no questionário 
versão 1. Importante frisar que os participantes do pré-delphi não foram os mesmos 
que participaram da validação de conteúdo. 
Validação de conteúdo do questionário – método Delphi 
O Delphi é em um método de obtenção de consenso e seu uso tem sido 
descrito na literatura como uma maneira efetiva de tomada de decisão no cuidado 
em saúde. Por meio do Delphi, diferentes opiniões de especialistas foram avaliadas 
de maneira sistemática e por etapas, a fim de se obter um consenso. Este método 
permitiu a avaliação independente, bem como não necessitou que os especialistas 
90 
 
estivessem na mesma área geográfica20. O método Delphi foi utilizado de maneira 
virtual para a avaliação do conteúdo do questionário (versão 1) seguindo as 
recomendações do Recommendations for the Conducting and REporting of DElphi 
Studies - CREDES 21: 
Recrutamento do painel de especialistas 
O painel de especialistas para o Delphi foi formado por especialistas das três 
profissões: Enfermagem, Farmácia e Medicina. Os profissionais foram recrutados 
com base nas suas experiências profissionais e expertise em relação à segurança 
do paciente e conciliação de medicamentos. Tais informações foram levantadas com 
base nos currículos disponíveis online e nas referências de trabalhos científicos 
nacionais. Foram convidados, por conveniência, profissionais das cinco regiões do 
país, que atuavam em hospital e/ou exerciam atividades acadêmicas de ensino e 
pesquisa. 
Ao final, 27 participantes - nove de cada profissão - foram convidados via 
email a participar deste painel. Além de fornecer o convite para o estudo, o email 
descrevia os objetivos do trabalho e garantia a confidencialidade da pesquisa e do 
participante. O número de convidados a participar do Delphi foi abordado visando 
reduzir vieses de interpretação e permitir maior generalização.22 O tempo entre o 
primeiro contato por email e a finalização do questionário foi de janeiro a junho de 
2017. 
Primeira rodada do Delphi 
O questionário versão 1 foi enviado ao painel de especialistas no formato 
online via Google Form (Google Inc, Mountain View, CA, USA). Ao acessar a 
plataforma, o avaliador foi informado sobre o objetivo da pesquisa, as instruções 
para o preenchimento, assim como assinava um termo de consentimento livre e 
esclarecido (TCLE). Só era possível a continuidade do processo de avaliação se o 
termo fosse assinado, garantindo-se a confidencialidade de ambas as partes. 
Quanto ao avaliador foram coletados somente dados de caracterização sócio-
demográfica, no entanto os pesquisadores não tiveram acesso à identificação do 
respondente em nenhuma das questões do instrumento. Isto permitiu a análise do 
mesmo de forma individual e anônima. A seguir, cada avaliador revisou o conteúdo 
91 
 
de cada item - composto pela questão e sua respectiva escala de resposta - do 
questionário versão 1 de maneira dicotômica (sim ou não) por meio dos seguintes 
atributos adaptados do estudo de Vituri e Matsuda23: 
 comportamental (a questão permite ação de avaliação clara e precisa) 
 objetividade (a questão permite resposta pontual) 
 simplicidade (a questão expressa uma única ideia) 
 clareza (a questão está explícita de forma clara, simples e inequívoca) 
 pertinência (a questão não insinua atributo divergente do definido) 
 precisão (cada item de avaliação é distinto dos demais, ou seja, não se 
confundem) 
 variedade (os termos utilizados, embora parecidos, não se repetem) 
 credibilidade (a questão está descrita de maneira que não pareça 
despropositada). 
 
 Se o avaliador marcasse “não” em alguma dos atributos avaliados era 
solicitado que o mesmo explicasse o motivo de tal escolha. Para tanto, um espaço 
para comentários era fornecido no formulário online. Este espaço também estava 
aberto para quaisquer críticas, comentários ou sugestões de melhora no 
instrumento. Para cada resposta fornecida pelo avaliador, o Índice de Validade de 
Conteúdo (IVC) foi calculado a fim de obter o nível de concordância entre os 
mesmos. Neste caso, o IVC mediu a porcentagem de avaliadores que estavam em 
concordância sobre os atributos avaliados de cada item do questionário.24,25 Um IVC 
de 0,80 foi adotado para indicar o consenso entre os especialistas, ou seja, itens que 
tiveram uma concordância maior ou igual a 80% foram mantidos e aqueles que 
falharam em atingir esse valor foram modificados ou excluídos. 
 Com base nos comentários fornecidos pelos avaliadores do painel, as 
questões foram modificadas ou excluídas. Estes comentários foram minuciosamenteavaliados por dois pesquisadores (C.C.S) e (L.M.C.S.) e quando necessário um 
terceiro avaliador (E.M.S.J.) julgou e resolveu as divergências. Essa avaliação 
também foi realizada para as sugestões feitas para os itens que tiveram um IVC 
maior que 0,80, considerando a pertinência das mesmas para o estudo. Nesta 
primeira rodada, cada avaliador teve o prazo de 30 dias prorrogáveis por mais oito 
92 
 
para responder a pesquisa. Os pesquisadores tiveram igual tempo para a correção 
das questões e preparo do material para a rodada seguinte. 
Segunda rodada do Delphi 
Após a análise da primeira rodada, o questionário versão 2 foi construído e 
enviado aos avaliadores para a segunda rodada do Delphi. O envio foi realizado 
conforme descrito rodada anterior. Para cada item que sofreu modificações foi 
disponibilizado para os avaliadores: a versão anterior, a versão modificada, as 
estatísticas descritivas do IVC, os comentários anônimos fornecidos e uma resposta 
explicativa dos pesquisadores sobre a modificação. Assim, cada avaliador pode 
julgar se a sua opinião foi contemplada ou não, bem como o motivo para tal. De 
acordo com uma escala Likert de cinco pontos, na qual 1 corresponde a discordo 
totalmente, 2 discordo parcialmente, 3 indiferente, 4 concordo parcialmente e 5 
concordo totalmente, cada item do questionário versão 2 foi novamente julgado pelo 
painel. 
 Nessa segunda rodada, o IVC foi utilizado para mensurar o grau de 
concordância dos avaliadores em relação aos itens do questionário que foram 
reformulados após a primeira rodada. Logo, foi calculado a partir das respostas 
marcadas como 4 e 5. Assim como na primeira rodada, um IVC de 0,80 foi adotado 
para a manutenção, modificação ou exclusão de cada questão do questionário e foi 
novamente disponibilizado um espaço para justificativas e sugestões. Os 
pesquisadores também avaliaram, de maneira independente, cada comentário 
fornecido pelo painel e, em caso de divergência, um terceiro pesquisador foi 
novamente consultado. Cada avaliador teve um prazo de 15 dias prorrogáveis por 
mais oito para responder a esta segunda rodada do Delphi. Os pesquisadores 
tiveram um tempo igual para a correção das questões e preparo do material para a 
rodada seguinte. Após essa análise, o questionário versão 3 foi preparado e enviado 
para a terceira rodada do painel de especialistas. 
Terceira rodada do Delphi 
Nesta terceira rodada, o questionário versão 3 foi enviado para o painel 
conforme descrito na rodada anterior. Porém, somente os itens que não atingiram 
80% de concordância entre os avaliadores foram passíveis de avaliação pelos 
93 
 
juízes. O julgamento pelos especialistas e a análise dos resultados pelos 
pesquisadores ocorreu de acordo com a descrição fornecida acima nas duas 
rodadas anteriores. Assim como na segunda rodada, os avaliadores também tiveram 
15 dias prorrogáveis por mais oito para responder o questionário. A versão final do 
questionário foi elaborada e posteriormente será submetida ao teste piloto de 
aplicabilidade. 
Análise estatística 
Os dados das rodadas do Delphi e os valores de IVC foram analisados de 
maneira descritiva e estão representados por números absolutos e porcentagens. 
Aspectos éticos 
O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital 
Universitário da Universidade Federal de Sergipe sob o número CAAE 
08125912.5.0000.0058. Ademais, cada voluntário concedeu o seu aceite por escrito 
para a participação no estudo. 
 
Resultados 
Desenvolvimento do questionário 
Após a realização das buscas, 16 trabalhos10,13,26-39 foram selecionados. 
Estes nortearam a análise temática e apontaram os seguintes temas: clarificação 
dos papéis de enfermeiros, farmacêuticos e médicos na conciliação; descrição 
detalhada de cada etapa da conciliação nas transições de cuidado; percepção de 
cada profissional sobre a implantação da conciliação e a correlação entre a 
conciliação e a segurança do paciente. 
No intuito de atender o objetivo da survey, a versão rascunho do questionário 
foi então estruturada em cinco seções: 1) relação atribuída pelo respondente entre a 
conciliação de medicamentos e a segurança do paciente 2) realização da 
conciliação de medicamentos na admissão, transferência e alta do hospital 
estudado, com as respostas variando de “não é realizado” a “é realizado 
completamente”; e 3) realização da conciliação de medicamentos no hospital 
94 
 
avaliado dividida por atividade relacionada à conciliação e em cada etapa da 
transição do cuidado: admissão, transferência interna e alta hospitalar. Nesta seção, 
o respondente avaliará se cada atividade é realizada no seu hospital, se for 
realizada, por qual profissional e, na opinião do mesmo, quem deveria realizá-la; 4) 
caracterização do hospital avaliado em relação ao porte, financiamento, 
cumprimento da legislação de segurança do paciente do Brasil e caracterização 
quanto à porta de entrada e 5) caracterização do profissional em relação à profissão, 
anos de formação, tempo de atuação total e tempo de atuação no hospital avaliado. 
Esta versão rascunho foi então submetida a uma análise prévia chamada de pré-
Delphi. 
 Pré-Delphi 
Nesta etapa, os avaliadores avaliaram a versão rascunho do questionário e 
consideraram que 47 itens não estavam claros. Tais itens foram discutidos à 
exaustão na reunião de brainstorming. Foram sugeridas e realizadas 35 
substituições de palavras ou termos no texto que compunha os itens no intuito de 
tornar o texto mais compreensível. Ademais, foram realizadas 12 modificações no 
layout das questões, seja por alteração do formato da questão ou na sua ordenação. 
Após essas mudanças, o questionário versão 1 foi estruturado e submetido à etapa 
de validação de conteúdo. Vale ressaltar que as duas últimas seções, por se 
referirem à caracterização do profissional respondente e do hospital, não foram 
submetidas à validação de conteúdo pelo Delphi. 
Validação de conteúdo – método Delphi 
Painel de especialistas 
Dos 27 profissionais convidados a participar deste estudo, 18 aceitaram o 
convite, o que corresponde a uma taxa de retorno de 66,67%. A caracterização dos 
panelistas está descrita na Tabela 1. Do total, 15 (83,3%) atuavam no setor público, 
sendo que seis atuavam em hospitais de grande porte, seis realizavam 
exclusivamente atividades de ensino, quatro trabalhavam em hospitais de médio 
porte e dois em hospitais de porte especial. Ademais, quatro profissionais atuavam 
em hospital e, concomitantemente, realizavam atividades de ensino. O tempo médio 
de experiência profissional foi de 17,05 ± 9,78 (5-35) anos. 
95 
 
INSERIR TABELA 1 
Rodadas do Delphi 
Na primeira rodada, os avaliadores julgaram cada item das três seções do 
questionário. A Tabela 2 traz os valores de IVC da primeira rodada para cada 
atributo avaliado dos itens do questionário. As Tabelas 3 e 4 mostram os valores de 
IVC das rodadas subsequentes, sendo que apenas as questões que não atingiram o 
consenso na rodada anterior foram submetidas à etapa posterior do Delphi. 
INSERIR TABELAS 2 e 3 
Por fim, a Figura 1 traz o percurso das mudanças e sugestões fornecidas pelo 
painel de especialistas nas três rodadas do Delphi que findaram na versão final do 
instrumento, contendo uma questão na primeira seção, três questões na segunda 
seção e 13 na terceira seção. O questionário completo validado pelo Delphi 
encontra-se no Apêndice desse artigo. 
INSERIR FIGURA 1 
Discussão 
Este estudo propôs e validou o conteúdo de um questionário para 
caracterização da atividade de conciliação de medicamentos em âmbito hospitalar. 
É conhecido que a escolha de um instrumento adequado depende de uma série de 
fatores, tais como o uso proposto do instrumento, o constructo a ser mensurado, a 
legibilidade das questões, os custos associados ao uso do instrumento entre outros. 
Por conseguinte, o desenvolvimento desse questionáriocontemplou etapas 
consideradas necessárias para esse tipo de investigação, produzindo resultados da 
investigação que possam ser considerados verossímeis.16,40 
Embora outros trabalhos com surveys sobre conciliação tenham sido 
realizados26,27,35,36,41, poucos descrevem o processo de desenvolvimento das 
questões. Neste sentido, este estudo apresenta um diferencial importante, pois sua 
concepção foi resultado de uma busca sistemática da literatura, aliada à análise 
temática de artigos e instrumentos existentes que utilizaram o método Delphi para 
validação de conteúdo. Todo processo metodológico da validação deste instrumento 
é passível de replicação em estudos posteriores. 
96 
 
Em relação à validação de conteúdo proposta neste trabalho, Jesus e 
colaboradores42 afirmam que a cobertura adequada das dimensões fundamentais do 
constructo de interesse é considerada essencial para sua realização. A etapa 
chamada nesta pesquisa de pré-Delphi, permitiu que os itens do questionário 
fossem previamente analisados, a fim de se eliminar problemas linguísticos que 
pudessem prejudicar a compreensão do questionário pelos avaliadores do painel. É 
interessante ressaltar que a validade de conteúdo pode ser considerada uma das 
fontes mais importantes da análise psicométrica. Paradoxalmente, ainda são 
escassos estudos de validação com evidências adequadas da realização de 
validade de conteúdo.43 
Este estudo utilizou um painel nacional, que devido às dimensões geográficas 
de proporções continentais do Brasil, constitui-se em uma força em termos 
metodológicos. Principalmente, quando associado à abordagem metodológica 
Delphi, que é recomendado para estudos que investigam questões novas e 
emergentes no setor de saúde.44 Estudos recentes18,22,43,45 corroboram esta escolha, 
pois o Delphi é indicado para atingir consenso sobre os mais variados temas da área 
da saúde. Ademais, esses mesmos estudos utilizaram um painel multiprofissional de 
especialistas, alguns com participantes de diferentes países, porém de forma 
semelhante à abordagem adotada nesse trabalho. A perspectiva de cada panelista 
considerando sua área de atuação, experiência e formação acadêmica oferecendo 
visões únicas sobre o tema da conciliação de medicamentos. 
Na primeira rodada, uma lista de critérios específicos para a avaliação de 
cada item do questionário foi utilizada o que pode ter facilitado a discussão dos 
avaliadores, uma vez que diferentes características do instrumento a ser validado 
foram avaliadas. Como preconiza o método, fornecer feedback de rodadas 
anteriores oferece a vantagem de um processo de construção coletiva do trabalho e 
experiência de todo o painel.21 Tal abordagem é importante quando se levanta 
questões para as quais há evidências empíricas e situações ainda não exploradas, 
pois estudos no Brasil sobre a temática da conciliação de medicamentos são 
recentes e ainda não foi investigada a realização da conciliação de medicamentos 
nos hospitais.46-49 
97 
 
Nas rodadas seguintes, as sugestões dos avaliadores visaram contemplar as 
diversas etapas da realização da conciliação nos momentos de transferência de 
cuidado dentro do hospital. Estudos que analisaram a perspectiva de médicos e 
farmacêuticos sobre a conciliação de medicamentos, em países como a Malásia e a 
Jordânia, destacam que a conciliação é uma atividade abrangente e complexa, mas 
necessária para a segurança do paciente na prevenção de erros relacionados a 
medicamentos.50,51 Outro estudo, realizado nos Estados Unidos, avaliou a 
percepção de enfermeiros e equipe de enfermagem sobre o processo de conciliação 
e apontou que sistemas de atuação colaborativos entre enfermeiros, farmacêuticos e 
médicos devem existir para garantir que os potenciais danos decorrentes da 
utilização de medicamentos sejam identificados e corrigidos.52 Desta forma, para 
que sua implementação seja adequada é necessário que haja investimento de 
recursos e reorganização de processos de atendimento, a fim de que sua integração 
seja sustentada na prática rotineira.53 
A validação deste instrumento pode auxiliar na implementação da conciliação 
de medicamentos, pois visou clarificar as etapas necessárias e os responsáveis 
pelas atividades relacionadas a esse processo. Tal resultado pode ser comparado 
com outros estudos de desenvolvimento e validação dos questionários sobre a 
segurança do paciente que vêm sendo utilizados como referência para a mudança 
de prática profissional.54-56 É importante destacar que ao longo dos anos, estes 
instrumentos foram submetidos a traduções, adaptações transculturais e outras 
análises psicométricas utilizadas em diversos contextos, que confirmaram a validade 
e confiabilidade dos mesmos.57-59 
Na ausência dessas análises se concentram as limitações desse estudo. Por 
ser um estudo de desenvolvimento no qual apenas a validade inicial, a de conteúdo, 
foi contemplada, há a necessidade de outras análises psicométricas, como a 
validade de constructo e análises de confiabilidade.60,61 Apesar do painel 
heterogêneo contemplado neste estudo é preciso que análises de aplicabilidade 
também sejam conduzidas a fim de confirmar se o instrumento mensura o constructo 
necessário e a reprodutibilidade dos resultados obtidos de forma consistente. 
Por outro lado, esse estudo também apresenta forças e implicações práticas 
para futuras investigações. O instrumento permite que as respostas dos profissionais 
98 
 
das três categorias – Enfermagem, Farmácia e Medicina – sejam comparadas e 
posteriormente avaliadas em relação à concordância dos mesmos sobre a 
realização da conciliação de medicamentos. Ademais, o instrumento propõe que o 
profissional aponte quem, em sua opinião, deve ser responsável por cada tarefa 
relacionada à conciliação de medicamentos. Tais respostas podem ser úteis nas 
etapas que antecedem a implantação de processos complexos como a conciliação, 
bem como permitem o seu acompanhamento e avaliação. Portanto, estudos futuros 
devem ser realizados não somente para atender as demandas da validação, mas 
também para explorar os potenciais da sua aplicabilidade em hospitais. 
 Este estudo desenvolveu e validou o conteúdo por meio do método Delphi de 
um questionário para uma pesquisa survey sobre a realização da conciliação de 
medicamentos em hospitais sob a perspectiva de profissionais da Enfermagem, 
Farmácia e Medicina. No Delphi, especialistas das três profissões puderam contribuir 
na construção de um instrumento que pode ser uma estratégia complementar na 
avaliação de um processo complexo como a conciliação de medicamentos. 
 Declaração de Ética 
 Todos os aspectos éticos foram adotados. Os participantes do painel 
forneceram o seu consentimento por meio da assinatura do Termo de 
Consentimento Livre e Esclarecido. 
Agradecimentos 
Nós agradecemos a todos os participantes do Delphi pelo tempo 
disponibilizado para a execução dessa pesquisa. Este trabalho foi apoiado pela 
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES). 
Conflito de interesse 
Os autores declaram não haver conflito de interesses no presente estudo. 
99 
 
 
Figura 1. Fluxograma com o percurso das sugestões e mudanças das três rodadas de Delphi. 
100 
 
 
Tabela 1. Características dos participantes do Delphi. Brasil, 2017. 
Variáveis N (%) 
Gênero 
Feminino 
Masculino 
 
11 (61,11%) 
7 (38,9%) 
Idade 
22 – 31 anos 
32 – 41 anos 
42 – 51 anos 
52 – 61 anos 
 
3(16,7%) 
8 (44,4%) 
4 (22,2%) 
3 (16,7%) 
Formação 
Farmácia 9 (50%) 
Enfermagem 5 (27,8%) 
Medicina 4 (22,2%) 
Região do Brasil 
Nordeste 7 (38,9%) 
Sudeste 5 (27,8%) 
Sul 5 (27,8%) 
Centro-Oeste 1 (5,5%) 
Norte 0 (0,0%) 
N = número de especialistas do Delphi
101 
 
Tabela 2. Valores de IVC obtidos na primeira rodada do Delphi para cada uma das dimensões analisadas. 
 Comportamental Simplicidade Objetividade Clareza Pertinência PrecisãoVariedade Credibilidade 
Seção 1 0,944 1 0,944 0,944 1 1 1 1 
Seção 2 
IA 0,833 1 1 0,833 1 0,888 0,944 0,944 
IB 0,833 1 1 0,833 1 0,888 0,944 0,944 
IC 0,833 1 1 0,833 1 0,888 0,944 0,944 
Seção 3 
IA 0,777 0,777 0,944 0,722 0,888 0,777 1 0,944 
IB 0,777 0,833 0,888 0,722 0,888 0,777 1 0,888 
IC 0,611 0,777 0,888 0,666 0,888 0,777 1 0,833 
ID 0,777 0,888 0,888 0,722 0,944 0,722 1 0,944 
IE 0,722 0,833 0,888 0,666 0,833 0,722 0,833 0,777 
IF 0,722 0,833 0,777 0,666 0,777 0,722 0,833 0,833 
IG 0,833 0,833 0,888 0,722 0,888 0,833 1 0,888 
IH 0,777 0,888 0,888 0,777 0,888 0,833 0,944 0,888 
II 0,611 0,833 0,833 0,722 0,722 0,666 0,888 0,777 
IJ 0,777 0,888 0,833 0,722 0,888 0,722 0,944 0,888 
IK 0,833 0,833 0,833 0,666 0,944 0,888 1 0,944 
IL 0,722 0,833 0,833 0,611 0,888 0,833 0,944 0,888 
IM 0,833 0,888 0,888 0,722 0,944 0,833 1 1 
IVC: Índice de Validade de Conteúdo. Valores em vermelho: IVC menor que 0,8, indicando que o item não está validado. Valores em preto: IVC maior ou 
igual a 0,8, indicando concordância sobre o item em questão. IA a IM: itens do questionário em sua respectiva seção. 
 
102 
 
Tabela 3. Valores de IVC obtidos na segunda e terceira rodadas do Delphi para cada uma das dimensões analisadas. 
 Seção 1 
Seção 
2(IA) 
Seção 3 IA IB IC ID IE IF IG IH II IJ IK IL IM 
Segunda rodada 
IVC 1 0,823 0,705 0,705 0,823 0,882 0,764 0,705 0,882 0,882 0,470 0,647 0,705 0,705 0,823 
Terceira rodada 
IVC – – 0,857 – – – 0,80 – – – 0,80 0,928 – 0,928 – 
IVC: Índice de Validade de Conteúdo. Valores em vermelho: IVC menor que 0,8, indicando que o item não está validado. Valores em preto: IVC maior ou 
igual a 0,8, indicando concordância sobre o item em questão. 
 
 
 
103 
 
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110 
 
APÊNDICE 
 
O texto completo deste Apêndice, que no texto integral da Tese defendida ocupa o 
intervalo compreendido entre as páginas 110 e 119 foi suprimido por, de acordo com 
a Lei nº 9610/1998 de direitos autorais, por se tratar de um instrumento inédito cujo 
registro será realizado posteriormente. 
 
 
 
 
 
 
 
121 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CONSIDERAÇÕES 
FINAIS 
122 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 Os dados obtidos nesta Tese permitiram a compreensão de alguns 
aspectos relacionados à conciliação de medicamentos em um hospital de 
ensino. As conclusões dos artigos apresentados, bem como as perspectivas 
para futuras investigações dessa temática estão descritas a seguir: 
 
 Dentre os potenciais fatores de risco analisados, a transferência 
interhospitalar pode ser considerada causa da presença de 
discrepâncias não intencionais da farmacoterapia durante a admissão 
hospitalar frenteaos pacientes que foram admitidos diretamente de 
casa. Este dado aponta ainda que a má qualidade da comunicação 
entre as equipes de saúde pode ser um fator contribuinte para esse 
achado. Assim, este tipo de admissão deve ser especialmente 
observado na implantação da conciliação de medicamentos. 
 A documentação de todos os processos relacionados ao uso de 
medicamentos deve ser adequadamente realizada. Tal prática é 
fundamental para a execução de processos como a conciliação de 
medicamentos e para a melhora da segurança do paciente, 
especialmente nas transições de cuidado. 
 A documentação de informações sobre medicamentos em prontuários 
clínicos, realizada por profissionais da Enfermagem, Farmácia e 
Medicina em um Hospital Universitário do Nordeste brasileiro, foi 
incompleta e inconsistente. Estes achados reforçam que a comunicação 
escrita exerce influência nas relações entre os profissionais de saúde e 
o cuidado aos pacientes e deve, portanto, ser continuamente 
aprimorada. 
 O instrumento desenvolvido e validado nesta tese poderá ser utilizado 
como ferramenta para investigar a realização da conciliação de 
medicamentos em hospitais, sob a perspectiva da equipe de saúde, em 
especial profissionais da Enfermagem, Farmácia e Medicina. Estudos 
de caráter multicêntrico poderiam corroborar para a elucidação de 
fatores relacionados a esta prática nos hospitais brasileiros, assim como 
123 
 
podem auxiliar no envolvimento da gestão e recursos humanos 
responsáveis pela tomada de decisão. 
 A conciliação de medicamentos é um serviço cuja implantação na 
prática clínica é complexa uma vez que depende de profissionais 
capacitados, bem como com tempo hábil para a realização desta 
atividade. Por outro lado, a literatura é imperativa no destaque de seus 
benefícios frente a melhora da qualidade do cuidado e segurança do 
paciente, o que justifica a aplicação de esforços para a sua efetivação 
na prática clínica. 
 
 
123 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ROSE, A.J.; FISCHER, S.H.; PAASCHE-ORLOW, M.K. Beyond medication 
reconciliation: the correct medication list. Journal of the American Medical 
Association, v. 317, n. 20, p. 2057-2058, 2017. 
RUNCIMAN, W. et al. Towards an International Classification for Patient Safety: key 
concepts and terms. International Journal For Quality In Health Care, v. 21, n. 1, 
p.18-26, fev. 2009. 
SANTOS-JÚNIOR, G.A. Indicadores de estrutura e de processo em Serviços de 
Revisão da Farmacoterapia. 2013. 180 f. Dissertação (Mestrado em Ciências 
Farmacêuticas) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2013. 
SILVA, R.O.S. Identificação e desenvolvimento de indicadores de qualidade 
para serviços de Revisão da Farmacoterapia. 2017. 209 f. Dissertação (Mestrado 
em Ciências Farmacêuticas) – Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 
2017. 
SILVESTRE, C.C. et al. Medication use history in patients admitted to a teaching 
hospital: A cross-sectional study. African Journal of Pharmacy and 
Pharmacology, v. 10, p. 508-511, 2016. 
SILVESTRE, C.C. Necessidade da conciliação de medicamentos: avaliação da 
história da farmacoterapia de pacientes admitidos em um hospital 
universitário. 2014. 120 f. Dissertação (Mestrado em Ciências Farmacêuticas) – 
Universidade Federal de Sergipe, São Cristóvão, 2014. 
SOARES, A.S. Inconsistências medicamentosas em hospital no sul do Brasil: a 
importância da reconciliação medicamentosa na segurança do paciente. 2016. 
73 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade do Sul de Santa 
Catarina, Tubarão, 2016. 
SOUZA, A.C.; ALEXANDRE, N.M.C.; GUIRARDELLO, E.B. Propriedades 
psicométricas na avaliação de instrumentos: avaliação da confiabilidade e da 
validade. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 26, n. 3, p. 649-659, 2017. 
SOUZA, T.T. et al. Morbidade e mortalidade relacionadas a medicamentos no Brasil: 
revisão sistemática de estudos observacionais. Revista de Ciências 
Farmacêuticas Básica e Aplicada, v. 35, p. 519-532, 2014. 
SPALLA, L.R. Reconciliação de medicamentos: um relato de caso. 2013. 84 f. 
Dissertação (Mestrado em Ciências Aplicadas a Produtos para Saúde) –
Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2013. 
132 
 
STEURBAUT, S. et al. Medication history reconciliation by clinical pharmacists in 
elderly inpatients admitted from home or a nursing home. Annals of 
Pharmacotherapy, v. 44, n. 10, p. 1596-1603, 2010. 
Tam VC, Knowles SR, Cornish PL, Fine N, Marchesano R, Etchells EE. Frequency, 
type and clinical importance of medication history errors at admission to hospital: a 
systematic review. CMAJ. 2005 Aug 30; 173(5):510-5. 
THOMPSON-MOORE, N.; LIEBL, M.G. Health care system vulnerabilities: 
understanding the root causes of patient harm. American Journal of Health-
System Pharmacy, v. 69, n. 5, p. 431-436, 2012. 
TURPLE, J.; MACKINNON, N.J.; DAVIS, B. Frequency and type of medication 
discrepancies in one tertiary care hospital. Healthcare Quarterly, v. 9, p. 119-123, 
2006. 
UNROE, K. T. et al. Inpatient medication reconciliation at admission and discharge: A 
retrospective cohort study of age and other risk factors for medication 
discrepancies. The American Journal of Geriatric Pharmacotherapy, v. 8, n. 2, p. 
115-126, 2010. 
VELOSO, R.R. Análise da articulação entre a reconciliação medicamentosa e a 
seleção de medicamentos para contribuição da qualidade da assistência 
terapêutica em um hospital oncológico. 2014. 62 f. Dissertação (Mestrado 
Profissional em Administração e Gestão da Assistência Farmacêutica) – 
Universidade Federal Fluminense, Niterói, 2014. 
VIRA, T.; COLQUHOUN, M.; ETCHELLS, E. Reconcilable differences: correcting 
medication errors at hospital admission and discharge. Quality and Safety in Health 
Care, v. 15, n. 2, p. 122-126, 2006. 
VOGELSMEIER, A. Identifying medication order discrepancies during medication 
reconciliation: perceptions of nursing home leaders and staff. Journal of Nursing 
Management, v. 22, n. 3, p. 362-372, 2014. 
WHITE, C.M. et al. Utilising improvement science methods to optimise medication 
reconciliation. British Medical Journal Quality and Safety, v. 20, p. 372–380, 2011. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Action on Patient Safety (High5s) - 
Medication Reconciliation SOP Version 3. 2014. Disponível em: < 
www.who.int/patientsafety/implementation/.../high5s/h5s-sop.pdf>. Acesso em 20 
set. 2017. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. Assuring Medication Accuracy at Transitions in 
Care. Commission Journal on Quality and Patient Safety, v. 33, p. 450-453, 
2007. 
133 
 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Alliance for Patient Safety. 2004. 
Disponível em: <http://www.who.int/patientsafety/worldalliance/en/>. Acesso em 01 
nov. 2017. 
WORLD HEALTH ORGANIZATION. World Alliance for Patient Safety. The 
conceptual framework for the international classification for patient safety: final 
technical report. 2009. Disponível em < 
http://www.who.int/patientsafety/taxonomy/icps_full_report.pdf>. Acesso em 01 nov. 
2017. 
WRIGHT, J.T.C.; GIOVINAZZO, R.A. Delphi – Uma ferramenta de apoio ao 
planejamento prospectivo. Caderno de Pesquisas em Administração, v. 01, n. 12, 
p. 54-65, 2000. 
 
134ANEXOS 
135 
 
7. ANEXOS 
7.1. ANEXO A: Normas para publicação na revista “British Medical Journal 
Quality & Safety” 
 
INSTRUÇÕES PARA AUTORES 
Each journal has a very different approach to how they publish research, so we 
advise you to read the journal-specific instructions for authors by browsing the titles on our 
Journals website. 
If you are looking to submit to The BMJ, please visit this section. 
Please note: Submission to one of our journals implies that the work described has 
not been accepted for publication elsewhere, that it is not under consideration for publication 
elsewhere and does not duplicate material already published. 
 
TRIPLE BLIND REVIEW 
Please read this section carefully before submitting your paper. 
BMJ Quality & Safety operates triple-blind peer review which requires authors to 
submit an anonymous version of their manuscript file. 
The manuscript file should be anonymous and should NOT include: 
 Any author names (including file path in the document footer) 
 Author institution details 
 Author contact details 
 Acknowledgements 
 Competing interests (if declared) 
 Ethics approval statements that refer to your institution 
Please ensure that tracked changes are switched off if previously used. The file will 
automatically be converted to PDF once uploaded through the submission system and will be 
available to the reviewers. 
If the file is not completely anonymised, your manuscript may be returned to you. If 
you have any questions about triple blind review please do not hesitate to contact the 
info.bmjqs@bmj.com. 
136 
 
Please do NOT remove, redact or in any way anonymise references in the 
manuscript, including to citations your own previous work. We realize that an astute reviewer 
will be able to figure out who you are if you refer to your previous work, but reviewers often 
need to see citations supporting statements in your manuscript, especially ones that relate to 
the methods or help interpret your findings. 
 
ARTICLE TYPES AND WORD COUNTS 
The word count excludes the title page, abstract, tables, acknowledgements and 
contributions and the references. For non-native English speakers we now offer a 
professional editing service. 
 
ORIGINAL ARTICLES 
Original Articles report research and studies relevant to quality of health care. They 
may cover any aspect, from clinical or therapeutic intervention, to promotion, to prevention. 
They should usually present evidence indicating that problems of quality of practice may 
exist, or suggest indications for changes in practice, or contribute towards defining standards 
or developing measures of outcome. Alternatively, they should contribute to developing 
approaches to measuring quality of care in routine practice. The journal is interprofessional 
and welcomes articles from anyone whose work is relevant, including health professionals, 
managers, practitioners, researchers, policy makers, or information technologists. 
 Word count: 3000-4000 words 
 Structured abstract: up to 275 words in length 
 Tables/Illustrations: up to 5 tables or illustrations 
 Appendices: Those that present additional methodological details or other relevant 
materials that may be of interest to readers can also be included with the intention of 
aiding peer reviewers or providing them as online material for interested readers. 
Research checklists should be uploaded during the submission process. Guidance 
and forms are available from EQUATOR. If these are not applicable to your research please 
state the reason in your cover letter. 
 
GENERAL GUIDELINES 
137 
 
To maximise the chances of your paper being accepted, it is a good idea to review 
and follow the instructions for authors carefully. If your paper fits the journal’s format, busy 
editors and reviewers will have a much easier job at considering your paper, and this will 
save time in the long run. Follow the guidelines below when formatting your paper: 
 
1. Keywords 
Authors can usually opt to (or are required to) choose keywords relevant to the 
content of the manuscript during the submission process. This assists in the identification of 
the most suitable reviewers for the manuscript. Keywords should also be included in the 
abstract itself. 
 
2. Manuscript format 
The manuscript must be submitted as a Word document. PDF is not accepted. 
The manuscript should be presented in the following order: 
 Title page. 
 Abstract, or a summary for case reports (Note: references should not be included in 
abstracts or summaries). 
 Main text separated under appropriate headings and subheadings using the following 
hierarchy: BOLD CAPS, bold lower case, Plain text, Italics. 
 Tables should be in Word format and placed in the main text where the table is first 
cited. 
 Tables must be cited in the main text in numerical order. 
 Acknowledgments, Competing Interests, Funding and all other required statements. 
Reference list. 
Images must be uploaded as separate files (view further details under the 
Figures/illustrations section). All images must be cited within the main text in numerical order 
and legends should be provided at the end of the manuscript. 
Appendices should be uploaded using the File Designation “Supplementary File” 
and cited in the main text. 
Please remove any hidden text headers or footers from your file before submission. 
 
138 
 
 
 
3. Style 
Abbreviations and symbols must be standard. SI units should be used throughout, 
except for blood pressure values which should be reported in mm Hg. 
Whenever possible, drugs should be given their approved generic name. Where a 
proprietary (brand) name is used, it should begin with a capital letter. 
Acronyms should be used sparingly and fully explained when first used. 
 
4. Figures/illustrations 
Images must be uploaded as separate files. All images must be cited within the 
main text in numerical order and legends must be provided (ideally at the end of the 
manuscript). 
 
4.1. Colour images and charges 
For certain journals, authors of unsolicited manuscripts that wish to publish colour 
figures in print will be charged a fee to cover the cost of printing. Refer to the specific 
journal’s instructions for authors for more information. 
Alternatively, authors are encouraged to supply colour illustrations for online 
publication and black and white versions for print publication. Colour publication online is 
offered at no charge, but the figure legend must not refer to the use of colours. 
 
4.2. File types 
Figures should be submitted in TIFF or EPS format. JPEG files are acceptable in 
some cases. A minimum resolution of 300 dpi is required, except for line art which should be 
1200 dpi. Histograms should be presented in a simple, two-dimensional format, with no 
background grid. 
For figures consisting of multiple images/parts, please ensure these are submitted 
as a single composite file for processing. We are unable to accept figures that are submitted 
as multiple files. 
139 
 
During submission, ensure that the figure files are labelled with the correct File 
Designation of “Mono Image” for black and white figures and “Colour Image” for colour 
figures. 
Figures are checked using automated quality control and if they are below the 
minimum standard you will be alerted and asked to resupply them. 
Please ensure that any specific patient/hospital details are removed or blacked out 
(e.g. X-rays, MRI scans, etc). Figures that use a black bar to obscure a patient’s identity are 
NOT accepted. 
 
5. Tables 
Tables should be in Word format and placed in the main text where the table is first 
cited. Tables must be cited in the main text in numerical order. Please note that tables 
embedded as Excel files within the manuscript are NOT accepted. Tables in Excel should be 
copied and pasted into the manuscript Word file. 
Tables shouldbe self-explanatory and the data they contain must not be duplicated 
in the text or figures. Any tables submitted that are longer/larger than 2 pages will be 
published as online only supplementary material. 
 
6. Multimedia files 
You may submit multimedia files to enhance your article. Video files are preferred in 
.WMF or .AVI formats, but can also be supplied as .FLV, .Mov, and .MP4. When submitting, 
please ensure you upload them using the File Designation “Supplementary File – Video”. 
 
7. References 
Authors are responsible for the accuracy of cited references and these should be 
checked before the manuscript is submitted. 
 
7.1. Citing in the text 
References must be numbered sequentially as they appear in the text. References 
cited in figures or tables (or in their legends and footnotes) should appear at the end of the 
reference list to avoid re-numbering if tables and figures are moved around at peer 
140 
 
review/proof stage. Reference numbers in the text should be inserted immediately after 
punctuation (with no word spacing)—for example, [6] not [6]. 
Where more than one reference is cited, these should be separated by a comma, for 
example, [1, 4, 39]. For sequences of consecutive numbers, give the first and last number of 
the sequence separated by a hyphen, for example, [22-25]. References provided in this 
format are translated during the production process to superscript type, and act as hyperlinks 
from the text to the quoted references in electronic forms of the article. 
Please note that if references are not cited in order the manuscript may be returned 
for amendment before it is passed on to the Editor for review. 
 
7.2. Preparing the reference list 
References must be numbered consecutively in the order in which they are 
mentioned in the text. 
Only papers published or in press should be included in the reference list. Personal 
communications or unpublished data must be cited in parentheses in the text with the 
name(s) of the source(s) and the year. Authors should request permission from the source to 
cite unpublished data. 
Journals from BMJ use a slightly modified version of Vancouver referencing style 
(see example below, or download here). Note that The BMJ uses a different style. 
 
7.3. BMJ reference style 
List the names and initials of all authors if there are 3 or fewer; otherwise list the first 
3 and add ‘et al.’ (The exception is the Journal of Medical Genetics, which lists all authors). 
Use one space only between words up to the year and then no spaces. The journal title 
should be in italic and abbreviated according to the style of Medline. If the journal is not listed 
in Medline then it should be written out in full. 
 
7.4. Example references 
Journal article 
13 Koziol-Mclain J, Brand D, Morgan D, et al. Measuring injury risk factors: question 
reliability in a statewide sample. Inj Prev 2000;6:148–50. 
141 
 
 
Chapter in book 
14 Nagin D. General deterrence: a review of the empirical evidence. In: Blumstein A, Cohen 
J, Nagin D, eds. Deterrence and Incapacitation: Estimating the Effects of Criminal Sanctions 
on Crime Rates. Washington, DC: National Academy of Sciences 1978:95–139. 
 
Book 
15 Howland J. Preventing Automobile Injury: New Findings From Evaluative Research. 
Dover, MA: Auburn House Publishing Company 1988:163–96. 
 
Abstract/supplement 
16 Roxburgh J, Cooke RA, Deverall P, et al. Haemodynamic function of the carbomedics 
bileaflet prosthesis [abstract]. Br Heart J 1995;73(Suppl 2):P37. 
 
Electronic citations 
Websites are referenced with their URL and access date, and as much other information as 
is available. Access date is important as websites can be updated and URLs change. The 
“date accessed” can be later than the acceptance date of the paper, and it can be just the 
month accessed. 
 
Electronic journal articles 
Morse SS. Factors in the emergency of infectious diseases. Emerg Infect Dis 1995 Jan-
Mar;1(1). www.cdc.gov/nciod/EID/vol1no1/morse.htm (accessed 5 Jun 1998). 
 
Electronic letters 
Bloggs J. Title of letter. Journal name Online [eLetter] Date of publication. url eg: 
Krishnamoorthy KM, Dash PK. Novel approach to transseptal puncture. Heart Online 
[eLetter] 18 September 2001. http://heart.bmj.com/cgi/eletters/86/5/e11#EL1 
142 
 
 
Legal material 
Toxic substances Contro Act: Hearing on S776 Before the Subcommittee of the Environment 
of the Senate Comm. on Commerce, 94th Congress 1st September (1975). 
Washington v Glucksberg 521 US 702 (1997) 
 
Law references 
The two main series of law reports, Weekly Law Reports (WLR) and All England Law 
Reports (All ER) have three volumes a year. 
For example: 
Robertson v Post Office [1974] 1 WLR 1176 
Ashcroft v Mersey Regional Health Authority [1983] 2 All ER 245 
R v Clarence [1868] 22 QBD 23 
Wimpey Construction UK Ltd v Poole (1984) Times, 3 May 
There are good historical precedents for the use of square and round brackets. Since 1891, 
round ones have referred to the date of the report, square ones to the date of publication of 
the report. Apart from not italicising the name of the case, we use the lawyers’ style; be 
careful with punctuation. Here are some more examples: 
Caparo Industries plc v Dickman and others [1990] 1 All ER 568-608. 
R v Clarence [1888] 22 QBD 23. 
Finlayson v HMAdv 1978 SLT (Notes) 60 
Block v Martin (1951) 4 DLR 121 
Official Journal of the European Communities: at the top of the page it gives the No, vol, and 
page and, at the other side of the header, the date. 
The abbreviation for the title is given in parentheses under the title. Jiggle these elements 
around to get, eg: 
143 
 
Council Directive of 14 June 1989. Offical Journal of the European Communities No L 1989 
June 28:181/44-6. (89/831/EEC. 
 
7.5. Digital Object Identifier (DOI) 
A DOI is a unique string created to identify a piece of intellectual property in an 
online environment and is particularly useful for articles that are published online before 
appearing in print (and therefore have not yet been assigned the traditional volume, issue 
and page number references). The DOI is a permanent identifier of all versions of an article, 
whether raw manuscript or edited proof, online or in print. Thus the DOI should ideally be 
included in the citation even if you want to cite a print version of an article. 
 
Find a DOI 
How to cite articles with a DOI before they have appeared in print 
Alwick K, Vronken M, de Mos T, et al. Cardiac risk factors: prospective cohort study. Ann 
Rheum DisPublished Online First: 5 February 2004. doi:10.1136/ard.2003.001234 
How to cite articles with a DOI once they have appeared in print 
Vole P, Smith H, Brown N, et al. Treatments for malaria: randomised controlled trial. Ann 
Rheum Dis2003;327:765–8 doi:10.1136/ard.2003.001234 [published Online First: 5 February 
2002]. 
PLEASE NOTE: RESPONSIBILITY FOR THE ACCURACY AND COMPLETENESS 
OF REFERENCES RESTS ENTIRELY WITH THE AUTHOR. 
 
8. Online only supplementary material 
Additional figures and tables, methodology, raw data, etc may be published online 
only as supplementary material. If your paper exceeds the word count you should consider if 
any parts of the article could be published online only. Please note that these files will not be 
copyedited or typeset and will be published as supplied, therefore PDF files are preferred. 
All supplementary files should be uploaded using the File Designation 
“Supplementary File”. Please ensure that any supplementary files are cited within the main 
text of the article. 
144 
 
Some journals also encourage authors to submit translated versions of their 
abstracts in their local language, which are published online only alongside the English 
version. These should be uploaded using the File Designation “Abstract in local language”. 
 
9. Pre-submission checklist 
In order to reduce the chanceof your manuscript being returned to you, please 
check: 
1. Author information: Have you provided details of all of your co-authors? Is the 
information that you have entered into ScholarOne the same as the information on 
the manuscript title page? 
2. Manuscript length and formatting: Have you checked that your manuscript 
doesn’t exceed the requirements for word count, number of tables and/or figures, 
and number of references? Have you provided your abstract in the correct format? 
Have you supplied any required additional information for your article type, such as 
key messages. 
3. Tables: Have you embedded any tables into the main text? Have they been cited 
in the text? Have you provided appropriate table legends? Have you uploaded any 
lengthy tables as supplementary files for online publication? 
4. Figures: Have you uploaded any figures separately from the text? Have they been 
supplied in an acceptable format and are they of sufficient quality? Are they 
suitable for black and white reproduction (unless you intend to pay any required 
fees for colour printing)? Have the files been labelled appropriately? Have the 
figures been cited in the text? Have you provided appropriate figure legends? 
5. References: Have all of the references been cited in the text? 
6. Supplementary files and appendices: Have you supplied these in an acceptable 
format? Have they been cited in the main text? 
7. Statements: Have you included the necessary statements relating to 
contributorship, competing interests, funding, data sharing and ethical approval? 
8. Research reporting checklists: Have you either provided the appropriate 
statement for your study type, or explained why a checklist isn’t required? 
9. Permissions: Have you obtained from the copyright holder to re-use any 
previously published material? Has the source been acknowledged? 
10. Reviewers: Have you provided the names of any preferred and non-preferred 
reviewers? 
 
145 
 
7.2. ANEXO B: Normas para publicação na revista “Pharmacoepidemiology and 
Drug Safety” 
INSTRUÇÕES PARA AUTORES 
Manuscripts must be submitted as a Word or rtf file and should be written in English. 
The guidelines below specify the format and layout required for submissions 
to Pharmacoepidemiology and Drug Safety. 
 
We do appreciate that authors spend a lot of time reformatting their manuscripts for 
submission and therefore, Pharmacoepidemiology and Drug Safety does not require 
authors to reformat their manuscript to the journal's layout upon initial submission. 
We ask only that you consider your reviewers by supplying your manuscript in a 
clear, generic and readable layout (including abstract), and that a reasonable 
scientific standard is adhered to. However, subsequent revised versions of the 
manuscript must conform to the requirements of the journal as specified below. 
Text File 
The text file should be presented in the following order: 
 
(i) Title page; 
a) full title 
b) a short running title of less than 50 characters; 
c) the full names of the authors; 
d) the authors' institutional affiliations at which the work was carried out, (footnote for 
authors' present address if different from where the work was carried out); 
e) name, address, and email address of corresponding author; 
f) key words; 
g) 5 ‘take home’ messages or key points; 
h) word count excluding abstract, tables, figures and references; 
i) a statement about prior postings and presentations, name(s) of any sponsor(s) of 
the research contained in the paper, along with grant number(s); 
(ii)abstract; 
 
(iii)main text; 
 
(iv) acknowledgments (including funding information); 
 
146 
 
(v) references; 
 
(vi) tables (each table complete with title and footnotes) 
 
(vii) figure legends 
 
(viii) figures provided on a separate page 
 
Appendices and supporting information should be supplied as separate files under 
supplementary material for review. 
Title 
The title should be a short informative title that contains the major key words. The 
title should not contain abbreviations. 
Authorship 
Please refer to the journal’s authorship policy in the Editorial Policies and Ethical 
Considerations section for details on eligibility for author listing. 
Acknowledgements 
Contributions from anyone who does not meet the criteria for authorship should be 
listed, with permission from the contributor, in an Acknowledgements section. 
Financial and material support should also be mentioned. Thanks to anonymous 
reviewers are not appropriate. 
Conflict of Interest Statement 
Authors are responsible for disclosing all financial and personal relationships 
between themselves and others that might appear to bias their work. To prevent 
ambiguity, authors must state explicitly in the Conflict of interest form whether 
potential conflicts do or do not exist. Authors should describe the role of the study 
sponsor(s), if any, in study design, in the collection, analysis and interpretation of 
data, in the writing of the report and in the decision to submit the report for 
publication. If the supporting source(s) had no such involvement, the authors should 
so state. 
 
Completed Conflict of Interest Disclosure Form(s). Conflict of Interest (COI) 
disclosure forms must be uploaded with your manuscript files at submission. Please 
choose the file designation ‘Conflict of Interest form’ when submitting each of your 
forms. Please note: a separate COI form must be completed by the corresponding 
author and each co-author. If you do not submit separate COI forms for each of the 
authors, your manuscript will be un-submitted back to you. If your manuscript has not 
been formatted specifically for Pharmacoepidemiology and Drug Safety, authors can 
supply the international COI form upon initial submission but must complete 
147 
 
the Pharmacoepidemiology and Drug Safety COI form if invited to provide a 
resubmission. 
Keywords 
 
Please provide 2-6 keywords and list them in alphabetical order. Keywords should be 
taken from those recommended by the US National Library of Medicine's Medical 
Subject Headings (MeSH) browser list. 
Key points 
 
Please include up to five bullet points, of around 100 words only, explaining the 
importance of the paper’s findings. These points will be published with article in a box 
entitled ‘Key Points’. 
Abstract 
 
Authors should note that structured abstracts (maximum 250 words) are required. 
The structured abstract should adopt the format: Purpose, Methods, Results, and 
Conclusions. Abstracts should not contain citations to other published work. 
 
Letters and Commentaries do not require abstracts. 
Main Text 
Where possible, the text should be divided into the following sections: Introduction, 
Methods, Results, Discussion, Acknowledgements, and References. Tables and 
Figures follow where applicable. The approximate placement of the tables and/or 
figures should be noted in the text. 
 
Letters should be formatted in one continuous section. Commentaries should be 
formatted as appropriate to content. 
References 
 
All references should be numbered consecutively in order of appearance and should 
be as complete as possible. In text citations should cite references in consecutive 
order using Arabic superscript numerals. Sample references follow: 
Journal article: 
 
1. King VM, Armstrong DM, Apps R, Trott JR. Numerical aspects of pontine, lateral 
reticular, and inferior olivary projections to two paravermal cortical zones of the cat 
cerebellum..J Comp Neurol1998;390:537-551. 
Book: 
 
148 
 
2. Voet D, Voet JG. Biochemistry. New York: John Wiley & Sons; 1990. 1223 p. 
 
Please note that journal title abbreviations should conform to the practices of 
Chemical Abstracts. 
Tables 
Tables should be self-contained and complement, but not duplicate, information 
contained in the text. They should be supplied as editable files, not pasted as 
images. Legends should be concise but comprehensive –the table, legend and 
footnotes must be understandable without reference to the text. All abbreviations 
must be defined in footnotes. Footnote symbols: †, ‡, §, ¶, should be used (in that 
order) and *, **, *** should be reserved for P-values. Statistical measures such as SD 
or SEM should be identified in the headings. 
Figure Legends 
Legends should be concise but comprehensive – the figure and its legend must be 
understandable without reference to the text. Include definitions of any symbols used 
and define/explain all abbreviations and units of measurement. 
Preparing Figures 
Although we encourage authors to send us the highest-quality figures possible, for 
peer-review purposes we are happy to accept a wide variety of formats, sizes, and 
resolutions. 
Colour Figures 
Figures submitted in colour may be reproduced in colour online free of charge. 
Please note, however, that it is preferable that line figures (e.g. graphs and charts) 
are supplied in black and white so that they are legible if printed by a reader in black 
and white. If you wish to have figures printed in colour in hard copies of the journal, a 
fee will be charged by the Publisher. 
Appendices 
Appendices will be listed before the references in the online version of the article, 
and a link to download the appendices provided. Appendices will also be listed in the 
print version of the article, but readers will need to access the online version to view 
these. For submission they should be supplied as separate files (supplementary 
material for review) but referred to in the text. 
Supporting information 
Supporting information is information that is not essential to the article but that 
provides greater depth and background. It is hosted online, and appears without 
editing or typesetting. It may include tables, figures, videos, datasets, etc. Note: if 
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data, scripts or other artefacts used to generate the analyses presented in the paper 
are available via a publicly available data repository, authors should include a 
reference to the location of the material within their paper. 
General Style Points 
The following links provide general advice on formatting and style. 
• Abbreviations: In general, terms should not be abbreviated unless they are used 
repeatedly and the abbreviation is helpful to the reader. Initially use the word in full, 
followed by the abbreviation in parentheses. Thereafter use the abbreviation only. 
 
• Units of measurement: Measurements should be given in SI or SI-derived units. 
Visit the Bureau International des Poids et Mesures (BIPM) website 
at http://www.bipm.fr for more information about SI units. 
 
• Trade names:Chemical substances should be referred to by the generic name 
only. Trade names should not be used. Drugs should be referred to by their generic 
names. If proprietary drugs have been used in the study, refer to these by their 
generic name, mentioning the proprietary name, and the name and location of the 
manufacturer, in parentheses. 
Wiley Author Resources 
Wiley has a range of resources for authors preparing manuscripts for submission 
available here. In particular, authors may benefit from referring to Wiley’s best 
practice tips on Writing for Search Engine Optimization. 
Editing, Translation and Formatting Support 
Wiley Editing Services can improve the chances of your manuscript being accepted. 
Offering expert help in English language editing, translation, manuscript formatting 
and figure preparation, Wiley Editing Services ensures that your manuscript is ready 
for submission.

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