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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO 
FACULDADE DE ODONTOLOGIA DE BAURU 
 
 
 
 
 
 
 
 
LETICIA DE AZEVEDO LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Levantamento dos fatores de risco para o Acidente Vascular 
Cerebral em sujeitos adultos de diferentes regiões do estado de 
Rondônia, assistidos pelo projeto “FOB-USP em Rondônia” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BAURU 
2022 
LETICIA DE AZEVEDO LEITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Levantamento dos fatores de risco para o Acidente Vascular 
Cerebral em sujeitos adultos de diferentes regiões do estado de 
Rondônia, assistidos pelo projeto “FOB-USP em Rondônia” 
 
 
 
 
 
 
Dissertação apresentada à Faculdade de 
Odontologia de Bauru da Universidade de 
São Paulo para obtenção do título de 
Mestre em Ciências no Programa de 
Ciências Odontológicas Aplicada, na área 
de concentração Ortodontia e Saúde 
Coletiva. 
 
Orientador: Prof. Dr. José Roberto de 
Magalhães Bastos 
 
 
 
Versão Corrigida 
 
 
 
BAURU 
2022 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nota: A versão original desta dissertação/tese encontra-se disponível no Serviço de 
Biblioteca e Documentação da Faculdade de Odontologia de Bauru – FOB/USP. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Autorizo, exclusivamente para fins acadêmicos e científicos, a 
reprodução total ou parcial desta dissertação, por processos 
fotocopiadores e outros meios eletrônicos. 
Comitê de Ética da FOB-USP 
Protocolo nº: 43466321.7.0000.5417 
Data: 15/10/2021 
Leite, Leticia de Azevedo 
 Levantamento dos fatores de risco para o 
Acidente Vascular Cerebral em sujeitos adultos de 
diferentes regiões do estado de Rondônia, 
assistidos pelo projeto “FOB-USP em Rondônia” / 
Leticia de Azevedo Leite. -- Bauru, 2022. 
 53 p. : il. ; 31 cm. 
 
 Dissertação (mestrado) -- Faculdade de 
Odontologia de Bauru, Universidade de São Paulo, 
2022. 
 
 Orientador: Prof. Dr. José Roberto de 
Magalhães Bastos 
 
FOLHA DE APROVAÇÃO 
 
DEDICATÓRIA 
 
Dedico este trabalho ao meu avô materno, Selcino Antônio de Azevedo, 
que está em processo de reabilitação pós AVC; e a cada pessoa que tive a honra de 
conhecer, trabalhar e/ou atender durante minha participação no projeto “FOB-USP em 
Rondônia”, cada um de vocês fez parte da minha edificação. Sou porque somos. 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
A Deus pelo dom da vida, pela força enviada para seguir em frente e pela 
possibilidade de realizar meus sonhos. 
Aos meus pais, Reinaldo da Silva Leite e Eliane Cristina de Azevedo, pelo 
apoio incondicional e pelo incentivo aos estudos, sem essa base nada seria 
possível. 
A minha irmã, Beatriz de Azevedo Leite, que é minha inspiração de 
liberdade e amor. 
A todas as mulheres da minha família, que diariamente me incentivam a 
buscar a independência e o conhecimento. 
A todos os meus familiares, que nunca duvidaram do meu potencial. 
Aos meus amigos de pós-graduação, que foram meu suporte diário e não 
soltaram minha mão, mesmo com a distância imposta pelos percursos da vida. 
Ao meu querido amigo, Samir Paiva do Espírito Santo, que foi minha dupla 
dinâmica de mestrado, com quem tive a honra e felicidade de dividir a coordenação 
do projeto “FOB/USP em Rondônia” e me ensinou tanto pelo caminho. 
Ao meu orientador Prof. Dr. José Roberto de Magalhães Bastos por todos 
os ensinamentos compartilhados. 
A minha coorientadora, Profª. Drª. Magali de Lourdes Caldana, que esteve 
presente em todas as etapas não somente deste estudo, mas também de outras 
trajetórias igualmente importantes enquanto estive na pós-graduação. 
Aos membros do projeto “Casa da afasia” pelas vivências e aprendizados 
da reabilitação no processo terapêutico. 
A todos os membros da equipe expedicionária do projeto “FOB-USP em 
Rondônia” que conheci; vocês me auxiliaram e cresceram comigo a cada viagem ao 
longo dos anos em que estive envolvida nesta extensão. 
À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior 
(CAPES) pela concessão do auxílio de bolsa de estudos durante dois anos que 
estive no mestrado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“A educação é a única solução”. 
 
Malala Yousafzai 
 
RESUMO 
 
O envelhecimento populacional é uma realidade global que tem como consequência 
a incidência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis. Dentre elas destaca-se o 
Acidente Vascular Cerebral, definido pela Organização Mundial da Saúde como uma 
disfunção neurológica aguda de origem vascular, que é a segunda principal causa das 
mortes e a terceira causa das incapacidades ao redor do mundo. O Brasil teve uma 
alta na incidência dos fatores de risco modificáveis para o AVC (hipertensão arterial, 
tabagismo, etilismo, sedentarismo, diabetes mellitus e obesidade) nas últimas 
décadas, devido a transição demográfica e estilo de vida da população, com isso é 
importante ressaltar a importância da vigilância em saúde para o controle desses 
fatores de risco. Assim, o objetivo do estudo foi traçar um levantamento da ocorrência 
dos fatores de risco para o Acidente Vascular Cerebral em diferentes regiões do 
estado de Rondônia, assistidos pelo projeto “FOB-USP em Rondônia”. Foram 
utilizados dados autorreferidos dos indivíduos que realizaram atendimentos nas 
atividades do projeto de extensão universitária “FOB-USP em Rondônia”, em 
diferentes localidades do estado, sendo elas: zona urbana, zona rural e ribeirinha. Os 
dados foram descritos em tabelas e analisados estatisticamente, a fim de avaliar a 
ocorrência dos fatores de risco e sua possível correlação com as condições de saúde 
locais. Foi observado uma baixa ocorrência dos fatores de risco, que está ligada 
diretamente com o estilo de vida da população. Em contrapartida, sabe-se que não há 
suporte de saúde local, caso aconteça a procura por atendimentos decorrentes de 
AVC. Conclui-se que existe a necessidade de manter o estilo de vida saudável para 
os fatores de risco do AVC seguirem em baixa; além de criação de novas políticas 
públicas relacionadas ao AVC e a capacitação na rede de atendimentos oferecidas 
pelo Sistema Único de Saúde ao usuário, em especial na região norte do país onde 
esse acesso é mais árduo. 
 
 
 
Palavras-chave: Acidente Vascular Cerebral. Fatores de risco. Saúde Pública. 
ABSTRACT 
 
Survey of risk factors for stroke in adult subjects from different regions of the 
state of Rondônia, assisted by the project “FOB-USP in Rondônia” 
 
Population aging is a global reality that results in the incidence of Chronic 
Noncommunicable Diseases. Among them, the Stroke, defined by the World Health 
Organization as an acute neurological dysfunction of vascular origin, which is the 
second leading cause of death and the third leading cause of disability around the 
world. In the recent decades, Brazil has had a high incidence of modifiable risk factors 
for stroke (high blood pressure, smoking, alcoholism, sedentary lifestyle, diabetes 
mellitus and obesity), due to the demographic transition and lifestyle of the population, 
so we find high need of health surveillance to control these risk factors. Thus, the 
objective of the study was to trace a survey of the occurrence of risk factors for stroke 
in different regions of the state of Rondônia, assisted by the project “FOB-USP in 
Rondônia”. Self-reported data from individuals who attended the activities of the 
university extension project "FOB-USP in Rondônia" were used in different locations 
in the state: urban, rural and river communities areas. Data were described in tables 
and statistically analyzed in order to assess the occurrence of risk factors and their 
possible correlation with local health conditions. A low occurrence of risk factors was 
observed, which is directly linked to the population's lifestyle. On the other hand, it is 
known that there is no local health support if there is a demand for care resulting from 
a stroke. It concludes that there is a need to keep a healthy lifestyle tostroke risk 
factors remain low; besides to the creation of new public policies related to stroke and 
training in the care network offered by the Unified Health System to the user, especially 
in the northern region of the country where this access is more difficult. 
 
Keywords: Stroke. Risk Factors. Public Health. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1 - Alojamento da USP na cidade de Monte Negro/RO. 21 
Figura 2 - Dormitório do barco, onde os alunos se organizam em 
barracas, durante os dias de trabalho em Calama/RO. 
22 
Figura 3 - Expedicionários almoçando no barco, em Calama/RO, antes de 
retornar à clínica. 
22 
Figura 4 - Fachada do Instituto de Ciências Biomédicas – 5, em Monte 
Negro/RO. 
24 
Figura 5 - Expedicionários a caminho da linha, para realização de 
atendimentos. 
25 
Figura 6 - Atendimento odontológico acontecendo na linha “Élcio 
Machado”, em Monte Negro/RO. 
26 
Figura 7 - Barco utilizado no acesso a Calama/RO, que também é o local 
de moradia do grupo expedicionário. 
27 
Figura 8 - UBS semiestruturada, local de atendimentos em Calama/RO. 28 
Figura 9 - Paciente durante atendimento em Calama/RO; avaliação 
audiológica. 
29 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1 - Relação de respostas da amostra geral acerca da ocorrência de 
fatores de risco para AVC. 
33 
Tabela 2 - Comparação das regiões em relação à ocorrência de fatores de 
risco para AVC. 
34 
Tabela 3 - Comparação das regiões em relação à faixa etária e ao sexo. 35 
Tabela 4 - Ocorrência de Diabetes, Hipertensão e Obesidade de acordo 
com a região (incluindo respostas “Não sabe”). 
36 
LISTA DE ABREVIATURA E SIGLAS 
 
ACS Agente Comunitário de Saúde 
APS Atenção Primária a Saúde 
ARES Acervo de Recursos Educacionais em Saúde 
AVC Acidente Vascular Cerebral 
CFO Conselho Federal de Odontologia 
CFFa Conselho Federal de Fonoaudiologia 
DCNT Doenças Crônicas Não Transmissíveis 
FOB Faculdade de Odontologia de Bauru 
HA Hipertensão Arterial 
ICB-5 Instituto de Ciências Biomédicas - 5 
MN Monte Negro 
NASF Núcleo de Atenção à Saúde da Família 
OMS Organização Mundial de Saúde 
PNS Pesquisa Nacional de Saúde 
RO Rondônia 
SUS Sistema Único de Saúde 
TCLE Termo de Consentimento Livre e Esclarecido 
UNA-SUS Sistema Universidade Aberta do SUS 
UBS Unidade Básica de Saúde 
USP Universidade de São Paulo 
VIGITEL Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por 
Inquérito Telefônico 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO ........................................................................ 13 
2 REVISÃO DE LITERATURA................................................... 14 
2.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL ................................. 14 
2.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL ..................................... 14 
2.3 EPIDEMIOLOGIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL . 14 
2.4 
FATORES DE RISCO PARA O ACIDENTE VASCULAR 
CEREBRAL ............................................................................ 15 
2.5 ACESSO À SAÚDE NO BRASIL ............................................ 16 
3 PROPOSIÇÃO ........................................................................ 18 
4 MÉTODOS .............................................................................. 19 
4.1 TIPO DE ESTUDO ................................................................. 19 
4.2 ASPECTOS ÉTICOS .............................................................. 19 
4.3 LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO ................................................ 19 
4.3.1 CIDADE DE MONTE NEGRO/RO .......................................... 23 
4.3.1.1 Instituto de Ciências Biomédicas – 5 ...................................... 23 
4.3.1.2 Linhas rurais ........................................................................... 24 
4.3.2 Comunidade ribeirinha Calama .............................................. 26 
4.3.3 Comunidades ribeirinhas próximas a Calama ........................ 28 
4.4 POPULAÇÃO DO ESTUDO ................................................... 29 
4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO ........................... 29 
4.5.1 Critérios gerais de inclusão .................................................... 30 
4.5.2 Critérios gerais de exclusão ................................................... 30 
4.6 INSTRUMENTOS ................................................................... 30 
4.7 ANÁLISE DE DADOS ............................................................. 31 
5 RESULTADOS ........................................................................ 33 
6 DISCUSSÃO ........................................................................... 37 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................... 41 
 REFERÊNCIAS ....................................................................... 42 
 ANEXOS ................................................................................. 48 
13 
Introdução 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) relata que em escalas mundiais o 
Acidente Vascular Cerebral (AVC) é a segunda principal causa de mortalidade e a 
terceira principal em casos de incapacidade, ocorrendo predominantemente em 
adultos de meia idade e idosos. Este acontecimento é definido como uma síndrome 
neurológica de origem vascular e se dá pelo entupimento do vaso sanguíneo ou pelo 
rompimento das paredes do mesmo, causando um extravasamento de sangue na 
região cerebral (OMS, 2006). 
São muitos os fatores que podem levar ao AVC, podendo ser divididos em 
dois principais grupo: fatores de risco não modificáveis e fatores de risco modificáveis. 
Os fatores que estão ligados ao estilo de vida (modificáveis) sofrem um aumento nas 
últimas décadas no Brasil (OMS, 2006; KATAN; LUFT 2018), tornando-se importante 
objeto em ações de promoção de saúde e prevenção de doenças (BRASIL, 2013). 
O processo de tratamento após o AVC é necessário em diversos casos e 
demanda o envolvimento de uma equipe multiprofissional (GONZAGA; SANTOS, 
2018; BRASIL, 2013), entretanto este se dá de forma descontinuada nos serviços 
oferecidos em todo país, principalmente na região norte do Brasil (LIMA et al, 2012). 
Espera-se que este estudo possa colaborar com a discussão em torno dos 
fatores de risco causais ao AVC, bem como contribuir para as futuras políticas públicas 
de saúde, relacionadas ao tema, a serem desenvolvidas no estado de Rondônia.
14 
Revisão de Literatura 
2 REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1 ENVELHECIMENTO POPULACIONAL 
 
O envelhecimento populacional é uma realidade global. Está relacionado 
ao aumento da expectativa de vida e declínio na taxa de fertilidade. Nos países em 
desenvolvimento, como o Brasil, essa transição demográfica acontecerá de forma 
acelerada nas próximas décadas, exigindo então que a assistência médica e 
hospitalar seja reorganizada em todos os níveis de cuidado de forma que melhor 
assista essa população, representando novos desafios para a saúde pública (BRITO 
et al, 2013; MIRANDA; MENDES; SILVA, 2016; SAAD, 2016). 
A incidência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) está ligada 
a este envelhecimento populacional, pois apresentam-se majoritariamente em sujeitos 
idosos (BRISCHILIAN, 2014; DA SILVA et al, 2015). Dentre as DCNT ligadas ao 
aparelho circulatório, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) acarreta 25,5% dos 
pacientes uma limitação intensa/muito intensa (MALTA, 2015). 
 
 
2.2 ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 
 
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define o Acidente Vascular 
Cerebral (AVC) como uma disfunção neurológica aguda, de origem vascular, onde os 
sinais e sintomas sequenciais são de forma súbita ou rápida relacionadas ao 
comprometimento de áreas focais no cérebro. A fisiopatologia do AVC pode se dar 
pelo entupimento dos vasos sanguíneos no cérebro, devido a formação de um trombo, 
sendo classificado como assim um AVC isquêmico ou pelo rompimento do vaso 
sanguíneo que geraum sangramento no cérebro, classificando o AVC como 
hemorrágico (OMS, 2006). 
 
 
2.3 EPIDEMIOLOGIA DO ACIDENTE VASCULAR CEREBRAL 
 
A incidência deste acometimento por ano no mundo chega ao número de 
13,7 milhões de novos casos, independentemente do tipo (TIMMIS et al, 2017); sendo 
15 
Revisão de Literatura 
de aproximadamente 25% o risco global, entre homens e mulheres, de ter um AVC a 
partir dos 25 anos (GBD, 2016). 
Segundo boletim temático da OMS sobre o AVC, este acometimento é a 
segunda principal causa de morte ao redor do mundo e a terceira principal causa de 
incapacidade (WHO, 2016). 
No Brasil ainda há poucos dados referentes à ocorrência do AVC na 
população, entretanto um levantamento realizado em 2013 pela Pesquisa Nacional de 
Saúde (PNS) informou que a maior concentração de AVC está na população 
masculina, menos escolarizada, mais velha e residente em áreas urbanas 
(BENSENOR et al. 2015). Sendo que este pode ocorrer em 108 de cada 100 mil 
habitantes (BRASIL, 2013). 
 
 
2.4 FATORES DE RISCO PARA O ACIDENTE VACULAR CEREBRAL 
 
Os fatores de risco para o AVC dividem-se em dois principais grupos: 
fatores de risco não modificáveis e fatores de risco modificáveis. Dentre os fatores de 
risco não modificáveis encontramos: idade, sexo, raça, hereditariedade e história 
prévia de outros AVCs. Já no grupo de fatores de risco modificáveis inclui: hipertensão 
arterial, tabagismo, etilismo, sedentarismo, diabetes mellitus e obesidade. 
(RODRIGUES, SANTANA, GALVÃO; 2017; OMS, 2006). 
A hipertensão arterial (HA) está presente em cerca de 24,1% da população 
brasileira, sendo mais comum entre pessoas acima dos 60 anos de idade. Dentre as 
macrorregiões do Brasil os residentes da região Norte apresentam a menor 
prevalência de HA, sendo de 14,5% (ANDRADE et al, 2015). Esta está ainda 
comumente associada a outros fatores de risco segundo estudos (BATISTA, 2014). 
As medidas governamentais de combate ao tabagismo no Brasil colocaram 
o país em destaque nos últimos anos pela eficiência. Algumas destas ações são a 
delimitação da disponibilidade, limitação do consumo em locais públicos e de trabalho, 
controle do marketing e atividades educativas. Estas medidas têm colaborado para 
que a porcentagem de tabagismo sofresse redução para aproximadamente 14% da 
população. Entretanto, o tabagismo ainda é uma questão de saúde pública no país 
(MALTA et al, 2017; SILVA et al, 2014), pois cerca de 4,9 milhões de brasileiros 
referem dependência elevada ou muito elevada da nicotina (BASTOS et al, 2017). 
16 
Revisão de Literatura 
Já o consumo excessivo de álcool equivale a 13,7% da população 
brasileira, com uma prevalência maior entre homens e fumantes. Esse tema tem 
preferência relativamente baixa dentre os abordados pelas políticas públicas, apesar 
do impacto que a diminuição do consumo provocaria na vida da população, como 
redução de doenças, acidentes e violência (GARCIA; FREITAS, 2015). 
Além disso, a obesidade se apresenta em aumento progressivo no Brasil, 
pois 55% da população adulta está com excesso de peso e 19% está obesa, segundo 
levantamento realizado em 2018 pela VIGITEL; necessitando também que este tema 
seja abrangido pelas políticas públicas direcionadas a prevenção da obesidade e 
campanhas educativas que modifiquem o olhar da população (SOUZA, 2017; BRASIL, 
2019; RECH et al, 2017). 
A diabetes mellitus está presente em cerca de 9% dos brasileiros, sendo 
mais recorrente em mulheres, segundo pesquisa laboratorial desenvolvida também 
pela PNS entre 2014 e 2015 (MALTA et al, 2019). As complicações associadas a 
diabetes mellitus tem relação com a duração da doença, uma vez que pacientes com 
diagnóstico a mais tempo tendem a ter mais complicações (CORTEZ et al, 2015). 
Países como o Brasil, de renda média, tiveram alta na incidência dos 
fatores de risco modificáveis nas últimas décadas, bem como o envelhecimento da 
população (KATAN; LUFT 2018) o que também é um fator de risco para o 
acometimento cerebral (BOTELHO et al, 2016). 
Diante deste cenário é necessário alertar sobre a importância da vigilância 
em saúde, no sentido de prevenção e promoção; com propósito de melhorar e 
controlar os fatores de risco presentes na população. Para isso a capacitação dos 
profissionais de saúde que atuam na atenção básica é primordial (VAZ et al, 2020; 
BRASIL, 2013). 
 
 
2.5 ACESSO À SAÚDE NO BRASIL 
 
Visto que o AVC pode acarretar alterações funcionais na vida do paciente, 
faz-se necessário que este entre em processo de reabilitação, a depender da 
gravidade de cada caso. A atenção integral ao paciente demanda uma equipe 
multiprofissional, que pode abranger fonoaudiólogo, psicólogo, fisioterapeuta, 
enfermeiro, terapeuta ocupacional, nutricionista e assistente social; além da 
17 
Revisão de Literatura 
cooperação entre os membros da família. A capacitação desta rede favorece o 
alcance de resultados importantes ao longo do processo de reabilitação (GONZAGA; 
SANTOS, 2018; BRASIL, 2013; DOS SANTOS; DA COSTA NETO, 2012). 
No ano de 2012, o Ministério da Saúde aprovou a “Linha de cuidados em 
AVC”, que tem por objetivo oferecer assistência no diagnóstico, tratamento e 
acompanhamento do paciente acometido pelo AVC e reduzir a morbimortalidade 
desencadeada pelo mesmo, envolvendo diferentes setores da saúde (BRASIL, 2012). 
Os Núcleos de Atenção à Saúde da Família (NASF), inseridos na Atenção 
Primária a Saúde (APS) oferecem assistência aos pacientes com equipes que podem 
ser compostas por profissionais de diversas áreas, entretanto a distribuição das 
NASFs pelo país se dá de forma desigual, sendo menor na região norte (BRASIL, 
2010). 
Levantamento realizado pela Rede Brasil AVC informa que em todo 
território nacional há 199 hospitais e/ou centros de reabilitação pós AVC, sendo que 
50 se encontram na região sul do país, 114 na região sudeste, 9 na região centro-
oeste, 20 no nordeste e 6 na região norte. 
Todavia o processo de tratamento se dá de forma descontinuada nos 
serviços oferecidos, por inúmeras causas (NASCIMENTO, 2010; GADELHA, 2016; 
HAUSBERGER, 2014). O tratamento efetivado em regiões próximas a moradia do 
paciente reduz essas dificuldades encontradas de acesso à saúde por fatores 
socioeconômicos, assegurando a continuidade do processo de reabilitação (RIBEIRO 
et al, 2013). Há ainda a necessidade de capacitação dos profissionais, sobretudo os 
da APS, com ações de educação permanente (ANDRADE, ROCKENBACH E 
GOULART, 2019). 
O acesso a saúde no norte do Brasil é ainda mais árduo por questões 
específicas da região, como o baixo número de profissionais da saúde, tecnologias 
limitadas, diversidade socioespacial do território, longas distâncias entre as unidades 
de saúde e redes de transporte precárias (LIMA et al, 2012). 
Os estudos têm demonstrado a alta incidência do AVC, para tanto, se faz 
necessário o desenvolvimento de políticas públicas que abordam a promoção de 
saúde e prevenção de doenças em populações carentes de diferentes estados do 
país.
18 
Proposição 
3 PROPOSIÇÃO 
 
• Objetivo geral 
Descrever a prevalência dos fatores de risco para o Acidente Vascular 
Cerebral em sujeitos adultos de diferentes regiões do estado de Rondônia, onde atua 
o projeto de extensão universitária “FOB-USP em Rondônia”. 
 
 
• Objetivo específico 
Comparar as regiões em relação à ocorrência de fatores de risco para AVC 
e em relação à faixa etária e sexo. 
19 
Métodos 
 
4 MÉTODOS 
 
4.1 TIPO DO ESTUDO 
 
Trata-se de um estudo observacional retrospectivo de investigação 
transversal quantitativo. 
 
 
4.2 ASPECTOS ÉTICOS 
 
O projeto foi encaminhado ao Comitê de Ética em Pesquisa em Seres 
Humanos da Faculdade de Odontologia de Bauru - Universidade de São Paulo e 
aprovado sob número CAAE 43466321.7.0000.5417 (Anexo A). 
 
 
4.3 LOCALIZAÇÃO DO ESTUDO 
 
O estudo foi realizado junto ao “Projeto FOB-USP em Rondônia”,tendo 
como participantes os indivíduos que foram atendidos durante as atividades 
desenvolvidas no estado de Rondônia durante o período de julho/2018 a 
janeiro/2020. 
O projeto “FOB-USP em Rondônia” trata-se de uma extensão universitária 
da Faculdade de Odontologia de Bauru (FOB), da Universidade de São Paulo (USP), 
que surgiu no ano de 2002, com o objetivo de desenvolver ações preventivas, 
educativas e reabilitadoras para a população do estado de Rondônia. 
As viagens expedicionárias acontecem duas vezes por ano, nas férias 
acadêmicas e são direcionadas aos alunos que estiverem matriculados nos dois 
últimos períodos do curso (4º ano). 
Os expedicionários, após participarem de uma seleção, são matriculados 
em duas disciplinas optativas. O objetivo das disciplinas está ligado ao 
aperfeiçoamento e inserção dos alunos em uma cultura social distinta, conhecendo 
sua realidade e suas necessidades bem como almejando o aprimoramento das 
atividades assistenciais, preventivas e educativas dos três cursos envolvidos: 
Odontologia, Fonoaudiologia e Medicina (que iniciou recentemente sua participação). 
20 
Métodos 
 
Antecipadamente à viagem é realizada uma organização logística de seis 
meses envolvendo diversas áreas da comunidade FOB-USP, como alunos de 
graduação, alunos de pós-graduação, professores e funcionários técnico 
administrativos da FOB-USP. 
Transporte, moradia e alimentação são fornecidos pela expedição a toda 
equipe envolvida na viagem, desde a saída de Bauru. 
O percurso de aproximadamente 2.700 km é feito em dois ônibus USP, que 
leva toda a equipe expedicionária, em viagem que acontece em torno de 48 horas 
atravessando os estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e 
Rondônia. Além disso, todo o material utilizado nos atendimentos também é 
transportado pelo trecho Bauru-Rondônia de caminhão, por um funcionário da 
unidade. 
O projeto atende fixamente duas localidades. Uma delas é a cidade de 
Monte Negro e a outra é a comunidade ribeirinha Calama. Os atendimentos nas duas 
localidades não são concomitantes, e sim um seguido do outro; sendo possível 
alcançar indivíduos das zonas urbanas, rurais e ribeirinhas. 
A estadia na cidade de Monte Negro é feita no alojamento USP que se 
encontra na cidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
Métodos 
 
Figura 1 – alojamento da USP na cidade de Monte Negro/RO. 
 
Durante os atendimentos ribeirinhos toda a equipe se concentra no barco 
para as atividades não acadêmicas, como alimentação, banho e até mesmo o 
descanso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
Métodos 
 
Figura 2 – dormitório do barco, onde os alunos se organizam em barracas, durante os dias de 
trabalho em Calama/RO. 
 
 
 
Figura 3 – expedicionários almoçando no barco, em Calama/RO, antes de retornar à clínica. 
 
23 
Métodos 
 
4.3.1 CIDADE DE MONTE NEGRO/RO 
 
A cidade de Monte Negro fica localizada há 251 km da capital do estado, 
Porto Velho. Sua população está em torno de quatorze mil habitantes, segundo o 
último censo (2010) e o acesso se dá por meio de rodovias. 
Durante a estadia na cidade, os atendimentos aconteceram paralelamente 
em duas localidades, sendo elas: no Instituto de Ciências Biomédicas – 5 (ICB-5) e 
nas chamadas “linhas”. 
É importante ressaltar que a Unidade Básica de Saúde (UBS) do setor 4 
também é assistida pelo projeto durante a estadia em Monte Negro, entretanto na 
viagem em que a pesquisa foi aplicada os atendimentos na UBS não foram realizados, 
pois o prédio se encontrava em obras. 
 
 
4.3.1.1 INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOMÉDICAS - 5 
 
O Instituto de Ciências Biomédicas - 5 (ICB-5) é um centro de pesquisa 
vinculado à Universidade de São Paulo e localizado no centro da cidade de Monte 
Negro, que está em funcionamento desde 1997. O laboratório tem como objetivo 
principal a realização de pesquisas acerca da região amazônica. 
Por estar situado na área urbana, com maior acessibilidade, o ICB-5 é o 
ponto que concentra o maior número de atendimentos das expedições. O local conta 
com uma boa estrutura física, com salas, consultórios odontológicos e depósito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
Métodos 
 
Figura 4 – fachada do Instituto de Ciências Biomédicas – 5, em Monte Negro/RO. 
 
 
4.3.1.2 LINHAS RURAIS 
 
O território da cidade é dividido em faixas de terra, as porções que não 
estão no perímetro urbano são as chamadas “linhas”, ou seja, uma linha é uma faixa 
de terra na zona rural da cidade. Cada linha tem sua organização e representação 
frente à prefeitura. 
As linhas atendidas durante a permanência na cidade são definidas 
previamente sob a orientação da Secretaria Municipal de Saúde e a visita da equipe 
é acompanhada por Agentes Comunitários de Saúde (ACS). 
O transporte até as linhas é feito com motorista local e oferecido pela 
Prefeitura de Monte Negro, como uma contrapartida aos atendimentos oferecidos à 
população. 
 
 
 
 
 
 
25 
Métodos 
 
Figura 5 – expedicionários a caminho da linha, para realização de atendimentos. 
 
 
No dia anterior ao atendimento todo o material é separado e preparado para 
o transporte. No dia do atendimento é comum que a saída do alojamento estudantil 
seja feita com até duas horas de antecedência para que ao chegar na localidade que 
será atendida a equipe tenha tempo hábil para organizar o material no espaço físico 
disponível, para o início dos atendimentos. Cada linha oferece o espaço para o 
atendimento de acordo com a realidade do local, podendo variar entre barracões, 
igrejas, comércio, escolas e até varanda/quintal domiciliar. Os atendimentos na linha 
são das 08h00 às 16h00, ininterruptamente. Ao final do expediente a equipe desmonta 
e guarda toda a estrutura montada no início do dia e retorna para a cidade. 
Esse processo é feito diariamente, pois as linhas não se repetem no 
cronograma de atividades, para aumentar a abrangência da expedição. As linhas que 
participaram da pesquisa foram: C-25, C-35, C-40 e Massangana (onde há uma 
grande concentração de garimpo). 
 
 
 
 
 
26 
Métodos 
 
 
Figura 6 – atendimento odontológico acontecendo na linha “Élcio Machado”, em Monte Negro/RO. 
 
 
 
4.3.2 COMUNIDADE RIBEIRINHA CALAMA 
 
A segunda localidade de atendimentos é a comunidade ribeirinha de 
Calama, distrito de Porto Velho, localizada há 196 km da mesma e com o único modo 
de acesso sendo pelo Rio Madeira. Um barco é previamente locado pela equipe e a 
depender da “cheia” do rio, a viagem até Calama, saindo de Porto Velho, leva cerca 
de quinze horas. 
A comunidade fica a menos de duas horas da divisa do estado de Rondônia 
com o estado do Amazonas, tem cerca de 760 domicílios compostas por 2.782 
habitantes (ESPÍRITO SANTO, 2018). 
 
 
 
 
 
 
27 
Métodos 
 
 
Figura 7 – barco utilizado no acesso a Calama/RO, que também é o local de moradia do grupo 
expedicionário. 
 
A realização dos atendimentos é concentrada na única Unidade Básica de 
Saúde local, que é semiestruturada; e ocasionalmente, também acontecem 
atendimentos domiciliares, com acompanhamento dos ACSs locais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
28 
Métodos 
 
 
 
Figura 8 – UBS semiestruturada, local de atendimentos em Calama/RO. 
 
 
4.3.3 COMUNIDADES RIBEIRINHAS PRÓXIMAS A CALAMA 
 
Calama por ser a maior comunidade ribeirinha da região do baixo Madeira 
tem o papel de concentrar comércios, igrejas, escolas e uma UBS que outras 
comunidades ribeirinhas vizinhas de menor porte não comportam. 
Sendo assim, é comum que indivíduos de comunidades próximas 
compareçam a Calama para desenvolver diversas atividades, dentre elas a 
participação nos atendimentos oferecidos pelo projeto “FOB-USP em Rondônia”. 
Por tanto, moradores de algumas dessas comunidades também 
participaram coleta da pesquisa, destacando-se elas: Gleba de Rio Preto; Nova 
Esperança; São Carlos; Demarcação;Rio Machado e Manicoré, comunidade 
ribeirinha pertencente ao estado do Amazonas. 
 
 
29 
Métodos 
 
4.4 POPULAÇÃO DO ESTUDO 
 
Para a realização desta pesquisa foram utilizados dados de questionários 
autorreferidos respondidos pelos indivíduos que passaram por um ou mais 
atendimentos oferecidos à população assistida pelo projeto “FOB-USP em Rondônia”. 
 
Figura 9 – paciente durante atendimento em Calama/RO; avaliação audiológica. 
 
 
 
4.5 CRITÉRIOS DE INCLUSÃO E EXCLUSÃO 
 
Foi solicitado a dispensa do TCLE, pois todos os indivíduos que passam 
por atendimento e têm os dados anexados ao prontuário assinam uma Declaração de 
conformidade e autorização para diagnóstico (Anexo B) padronizada pelo projeto, que 
autoriza os alunos e professores (pesquisadores) da FOB-USP a utilizarem seus 
dados para pesquisas e aulas. Além disso, não seria possível posteriormente acessar 
os pacientes para realizar a solicitação de assinatura de um novo TCLE, porque, como 
os dados do prontuário foram coletados ao longo dos anos de atendimento 
possivelmente muitos pacientes idosos faleceram. 
30 
Métodos 
 
Vale ressaltar ainda que a dificuldade para acessar e recuperar esses 
pacientes se estende à questão do acesso à internet, que é precária para a população 
devido a localização do estudo. 
 
 
4.5.1 CRITÉRIOS GERAIS DE INCLUSÃO 
 
- Ser residente de localidades assistidas pelo projeto expedicionário; 
- Passar por um ou mais atendimentos oferecidos pelo “Projeto FOB-USP em 
Rondônia”, independente da área; 
- Sujeitos com idade igual ou superior a 18 anos; 
- Habilidades de leitura e escrita. 
 
 
4.5.2 CITÉRIOS GERAIS DE EXCLUSÃO 
 
- Sujeitos que não responderam a todos os questionários completos; 
- Sujeitos que se recusaram a responder, mesmo sendo atendido nas atividades do 
projeto. 
 
 
4.6 INSTRUMENTOS 
 
O software Epi Info, amplamente utilizado para realização de pesquisas na 
área da epidemiologia, foi instalado em iPads fornecidos pela Faculdade de 
Odontologia de Bauru, da Universidade de São Paulo, e programado com 
questionários de saúde. As questões foram elaboradas para serem de fácil 
compreensão e as respostas eram de múltipla escolha e/ou dissertativa. 
O iPad foi fornecido ao indivíduo enquanto o mesmo aguardava 
atendimento na fila de espera da localidade atendida. A leitura das questões e as 
respostas foram realizadas e preenchidas no iPad, pelo próprio usuário. 
No questionário haviam questões autorreferidas relacionadas aos aspectos 
socioeconômico; conhecimento de direitos civis; queixas fonoaudiológicas e 
31 
Métodos 
 
odontológicas; questões sobre habitação e moradia; além de dados de identificação 
geral, questões de saúde e hábitos de vida. 
Os dados selecionados para análise do presente estudo foram: idade, sexo, 
obesidade, hipertensão arterial, diabetes mellitus, tabagismo, uso de álcool e local de 
moradia. 
Os itens sexo, hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, tabagismo 
e uso de álcool foram apresentados em forma de múltipla escolha onde apenas uma 
das opções de resposta era aceita pelo aplicativo, não havendo a possibilidade de 
assinalar duas opções de respostas para uma mesma pergunta. 
As opções de resposta para a questão de sexo envolviam duas opções de 
resposta “feminino” ou “masculino”. Já a categoria idade e local de moradia tiveram o 
preenchimento livre. As questões envolvendo hipertensão arterial, diabetes mellitus e 
obesidade foram apresentadas com “sim”, “não” ou “não sei informar” como opções 
de resposta. O item tabagismo teve opções de respostas “fumante”, “não fumante” 
ou “ex-fumante”. O uso de álcool foi respondido com “sim”, “não”, “no passado” e “não 
sei informar” dentre as opções. E por último, o item AVC foi apresentado com “sim”, 
“não” ou “não sei informar” nas opções de resposta. 
Ressalta-se que um expedicionário ficou à disposição dos indivíduos 
enquanto respondiam o questionário para esclarecer possíveis dúvidas. O processo 
de resposta do questionário foi de aproximadamente quinze minutos de duração. 
 
 
4.7 ANÁLISE DOS DADOS 
 
Os fatores de risco para AVC levantados na pesquisa foram sexo, idade, 
hipertensão arterial, diabetes mellitus, obesidade, tabagismo e uso de álcool; e foram 
considerados variáveis independentes. Além disso, também foram avaliados dados 
referentes ao local de moradia. 
Os dados foram descritos em tabelas no Excel e analisados 
estatisticamente em relação a frequência absolutas (n) e relativas (%). 
A análise estatística dos dados do estudo foi realizada usando como base a 
amostra de 247 indivíduos organizados em três grupos de acordo com a região de 
Rondônia: MN – ICB5 (n = 133), MN – Linha (n = 20) e Calama (n = 94). 
Os objetivos desta análise foram: 
32 
Métodos 
 
• Comparar as regiões em relação à ocorrência de fatores de risco para 
AVC e em relação à faixa etária e sexo. 
 
O valor de significância estatística adotado foi igual a 5% (p ≤ 0,05). 
Utilizou-se o software SPSS Statistics, versão 28.0 (IBM Corp., Armonk, NY, EUA). A 
base teórica utilizada para a análise estatística apresentada neste relatório está 
descrita de forma pormenorizada por Field (2017). 
 
 
 
33 
Resultados 
5 RESULTADOS 
 
A amostra deste estudo contou com a participação de 337 indivíduos 
distribuídos nas três áreas assistidas, entretanto deste número foram excluídos 90 
indivíduos que não contemplaram um ou mais itens de inclusão para o estudo, 
chegando ao N final da amostra de 247 indivíduos participantes. Esta amostra contou 
com 152 (61,54%) indivíduos do sexo feminino e 95 (38,46%) indivíduos do sexo 
masculino. 
Primeiramente as respostas foram divididas entre as três localidades de 
cobertura do estudo, dispondo-se em 133 respostas coletadas no ICB-5; 20 respostas 
coletadas nas linhas e 94 respostas obtidas na comunidade ribeirinha Calama. Dentro 
da divisão de localidades, os indivíduos foram subdivididos em cinco grupos 
considerando as seguintes faixas etárias: 18-29 anos, 30-39 anos, 40-49 anos, 50-59 
anos e ≥ 60 anos. 
 
Tabela 1 – Relação de respostas da amostra geral acerca da ocorrência de fatores de risco para AVC. 
Amostra geral 
Fator de risco Respostas positivas Respostas negativas 
Diabetes 9,21% (22 indivíduos) 90,79% (217 indivíduos) 
Hipertensão arterial 25,62% (62 indivíduos) 74,38% (180 indivíduos) 
Obesidade 11,02% (27 indivíduos) 88,98% (218 indivíduos) 
Uso de álcool 27,94% (69 indivíduos) 52,63% (130 indivíduos) 
19,43% (48 indivíduos) 
informou beber no passado 
Tabagismo 11,34% (28 indivíduos) 69,23% (171 indivíduos) 
com 19,43% (48 indivíduos) 
de ex-fumantes 
 
Desta forma, a variável que mais ocorreu na população estudada foi o uso 
de álcool, com 27,94% da população confirmando o uso; seguido da hipertensão 
arterial com 25,62% de respostas positivas. O fator de risco menos presente na 
população estudada foi a diabetes mellitus, com 9,21% da amostra afirmando a 
resposta. 
34 
Resultados 
Quanto a presença de cada fator de risco distribuídos entre as regiões os 
dados foram dispostos na tabela 2. Para comparar as regiões quanto à prevalência 
destes fatores, foi utilizado o teste exato de Fisher. Nas comparações envolvendo as 
variáveis “Diabetes”, “Hipertensão” e “Obesidade”, foram excluídos os indivíduos com 
respostas do tipo “Não sabe”. A análise post hoc dos resultados estatisticamente 
significantes foi feita com o teste z para comparações de proporções entre colunas 
com correção de Bonferroni para comparações múltiplas. 
 
Tabela 2 - Comparação das regiões em relação à ocorrência de fatores de risco para AVC. 
Variável Categorias Região p 
 MN – ICB5 MN - Linha CALAMA Total 
 N % n % n % n % 
Diabetes 
Sim 14 10,77 1 5,26 7 7,78 22 9,21 
0,689 
Não 116 89,23 18 94,74 83 92,22 217 90,79 
Hipertensão 
Sim 40 31,01 2 10,00 20 21,51 62 25,62 
0,077 
Não 89 68,99 18 90,00 73 78,49180 74,38 
Obesidade 
Sim 22 16,67a 1 5,26a,b 4 4,26b 27 11,02 
0,008* 
Não 110 83,33a 18 94,74a,b 90 95,74b 218 88,98 
Uso de álcool 
Não 68 51,13 11 55,00 51 54,26 130 52,63 
0,344 Só no passado 32 24,06 2 10,00 14 14,89 48 19,43 
Sim 33 24,81 7 35,00 29 30,85 69 27,94 
Fumante 
Não fumante 92 69,17a 16 80,00a 63 67,02a 171 69,23 
0,043* Ex-fumante 32 24,06a 2 10,00a 14 14,89a 48 19,43 
Fumante 9 6,77a 2 10,00a,b 17 18,09b 28 11,34 
Teste Exato de Fisher. 
Legenda: *: Valor estatisticamente significante no nível de 5% (p ≤ 0,05). 
As letras (a,b) indicam subconjuntos da variável “Região” cujas proporções das colunas não se diferem 
significativamente umas das outras no nível de significância de 5% (p ≤ 0,05). 
 
 
Os resultados da tabela 2 demonstram que houve diferença 
estatisticamente significante entre as regiões em relação à ocorrência de obesidade e 
do hábito de fumar. A análise post hoc revelou que: 
 
• Obesidade: houve diferença estatisticamente significante entre as regiões 
MN – ICB5 e Calama, com maior ocorrência de obesidade na região MN – 
ICB5. A região MN – Linha não apresentou diferenças estatisticamente 
significantes em comparação às outras duas regiões; 
35 
Resultados 
• Hábito de fumar: houve diferença estatisticamente significante entre as 
regiões MN – ICB5 e Calama, com maior ocorrência de indivíduos fumantes 
na região Calama. A região MN – Linha não apresentou diferenças 
estatisticamente significantes em comparação às outras duas regiões em 
relação à ocorrência de indivíduos fumantes. Não foram observadas 
diferenças estatisticamente significantes entre as regiões em relação à 
ocorrência de indivíduos ex-fumantes e não-fumantes. 
 
Em relação aos demais fatores de risco, não foram observadas diferenças 
estatisticamente significantes entre as regiões. 
A tabela 3 apresenta a distribuição da amostra do estudo de acordo com a faixa 
etária, o sexo e a região. Para comparar as regiões quanto à distribuição segundo 
sexo, foi utilizado o teste exato de Fisher. Para comparar as regiões quanto à 
distribuição segundo faixa etária, foi utilizado o teste H de Kruskal-Wallis. 
 
Tabela 3 - Comparação das regiões em relação à faixa etária e ao sexo. 
Variável Categorias Região p 
 MN – ICB5 MN - Linha CALAMA Total 
 N % n % n % n % 
Sexo 
Masculino 55 41,35 9 45,00 31 32,98 95 38,46 
0,343a 
Feminino 78 58,65 11 55,00 63 67,02 152 61,54 
Faixa etária 
18-29 24 18,05 8 40,00 38 40,43 70 28,34 
< 
0,001*b 
30-39 39 29,32 4 20,00 24 25,53 67 27,13 
40-49 21 15,79 3 15,00 18 19,15 42 17,00 
50-59 20 15,04 1 5,00 11 11,70 32 12,96 
≥ 60 29 21,80 4 20,00 3 3,19 36 14,57 
Teste Exato de Fisher (a) e Teste H de Kruskal-Wallis (b). 
Legenda: *: Valor estatisticamente significante no nível de 5% (p ≤ 0,05). 
 
 
 Indivíduos mais idosos, dentro do grupo ≥ 60 anos, foram observados 
em maior número no ICB-5, sendo 21,80% (29 indivíduos) da amostra. Já em Calama, 
onde o menor número de indivíduos deste grupo foi observado, apresentou uma 
amostra de 3,19% (3 indivíduos). 
Os resultados da tabela 2 demonstram que houve diferença 
estatisticamente significante entre as regiões em relação à distribuição segundo faixas 
etárias. A análise post hoc, conduzida com o teste de Dunn com correção de 
36 
Resultados 
Bonferroni para múltiplas comparações, revelou que houve diferença estatisticamente 
significante entre as regiões MN – ICB5 e Calama, com maior ocorrência de faixas 
etárias mais jovens para a região Calama e faixas etárias mais idosas para a região 
MN – ICB5 (p < 0,001). Não foi observada diferença estatisticamente entre as regiões 
MN – Linha e MN – ICB5 (p = 0,319). 
Em relação ao sexo, não foram observadas diferenças estatisticamente 
significantes entre as regiões. 
A tabela 4 apresenta a distribuição da amostra do estudo de acordo com a 
presença dos fatores de risco “Diabetes”, “Hipertensão” e “Obesidade” incluindo os 
indivíduos com resposta do tipo “Não sabe”. 
 
Tabela 4 - Ocorrência de Diabetes, Hipertensão e Obesidade de acordo com a região (incluindo 
respostas “Não sabe”). 
Variável Categorias Região 
 MN – ICB5 MN - Linha CALAMA Total 
 N % n % n % n % 
Diabetes 
Sim 14 10,53 1 5,00 7 7,45 22 8,91 
Não 116 87,22 18 90,00 83 88,30 217 87,85 
Não sabe 3 2,26 1 5,00 4 4,26 8 3,24 
Hipertensão 
Sim 40 30,08 2 10,00 20 21,28 62 25,10 
Não 89 66,92 18 90,00 73 77,66 180 72,87 
Não sabe 4 3,01 0 0,00 1 1,06 5 2,02 
Obesidade 
Sim 22 16,54 1 5,00 4 4,26 27 10,93 
Não 110 82,71 18 90,00 90 95,74 218 88,26 
Não sabe 1 0,75 1 5,00 0 0,00 2 0,81 
 
 
 
 
 
 
 
 
37 
Discussão 
6 DISCUSSÃO 
 
Frente ao envelhecimento populacional e, consequentemente, o aumento 
de demandas da saúde, espera-se que o indivíduo tenha possibilidade de encontrar 
um serviço de saúde próximo ao seu domicílio. Esta, infelizmente, não é uma realidade 
igualitária no Brasil, onde regiões distantes dos grandes centros, em especial a região 
Norte do país, que é composta pelos estados do Acre, Amazonas, Amapá, Pará, 
Rondônia, Roraima e Tocantins, apresenta grande dificuldade no acesso à saúde. 
Residir nestas localidades é um fator para o acesso precário de saúde no Brasil 
(DANTAS, 2020) e questões como deslocamento em grandes distâncias devido à 
extensão territorial de alguns estados, falta de transporte para esse deslocamento, 
baixa de profissionais atendendo nessas localidades e agendamento são 
constantemente reportadas (GARNELO, 2018; ARRUDA, 2018). 
Esse acesso complexo se acentua para indivíduos que residem em 
comunidades ribeirinhas, ou seja, indivíduos que vivem à margem de um rio e 
subsistem dele, tendo uma relação de dependência do rio em pontos como 
alimentação, transporte e trabalho. Onde sua principal fonte de renda costuma ser a 
pesca; as casas são de madeira construídas sobre estrutura de palafita, para se 
adequar ao sistema de cheia dos rios; o esgoto é captado por fossas sépticas ou a 
céu aberto e a agricultura é de subsistência (XAVIER et al, 2012; FRANCO et al, 
2015). 
Referente a distribuição desigual dos profissionais pelo país, segundo 
dados do Conselho Federal de Odontologia (CFO) cerca de 370 mil profissionais 
atuam no país, desses, 21 mil encontram-se distribuídos em toda região norte e 
apenas 2 mil no estado de Rondônia. O mesmo desequilíbrio é notado dentro da 
Fonoaudiologia (CFFa), onde há 48 mil profissionais atuantes no Brasil, 3 mil deles na 
região norte e 418 distribuídos em todo estado de Rondônia. Esses dados mostram 
como é dificultoso o atendimento da população e justifica o fato de os moradores da 
região procurarem os serviços oferecidos pelo projeto “FOB-USP em Rondônia”. 
Pensando então no envelhecimento e na dificuldade do acesso à saúde, 
aumenta-se a necessidade de cuidados específicos, que devem surgir de políticas 
públicas, a fim de agregar ao envelhecimento qualidade de vida (MIRANDA; 
MENDES; SILVA, 2016). Havendo ainda a necessidade de expandir o acesso à saúde 
38 
Discussão 
para comunidades ribeirinhas, assegurando a continuidade e regularidade dos 
atendimentos (FRANCO et al, 2015). 
Nota-se neste estudo que o grupo ≥ 60 anos obteve mais respostas na 
localidade do ICB-5, sendo 21,80% da amostra, isso pode ser reflexo da estrutura da 
cidade, com mais recursos nas esferas sociais, econômicas e de saúde, pois sabe-se 
que esses itens são fatores importantes para o envelhecimento populacional (SAAD, 
2016). Entretanto, a procura pelos atendimentos em ribeirinhos cai para 3,19% da 
amostra e estima-se que essas esferas sejam pontos de desenvolvimento e se 
estendam também para essas comunidades (FRANCO et al, 2015). 
Corroborando com os achados desta pesquisa, estudos indicam que 
mulheres buscam mais os serviços de saúde do que os homens (TEIXEIRA, 2016), 
isso se dá por diversos motivos, dentre eles a resistência de cuidar da saúde de forma 
preventiva, medo, fatores culturais e tambéma falta de conhecimento (VIEIRA et al, 
2020). 
Acerca dos fatores de risco modificáveis, os dados de obesidade em 
Calama foram negativos em 95,74% da amostra, isso pode ser uma consequência da 
agricultura local ser de subsistência, com a dieta baseada no consumo de produtos 
locais, onde diminui-se o uso de agrotóxicos e as carnes são de peixes pescados no 
rio mais próximo. Esse cenário favorece a saúde em diversos pontos, como baixa de 
doenças neurológicas, de perdas auditivas, de infecções agudas (GARCIA; DE LARA, 
2020) e da obesidade (WILK, 2018). O consumo de alimentos industrializados ser em 
baixa escala influencia também no não aparecimento das DCNT em geral (DE 
CASTRO, 2015). 
O indicador de diabetes, resposta com menor número de casos do estudo, 
presente em 9,21% da população também é reflexo da dieta e estrutura alimentar; no 
controle do peso; no baixo consumo de tabaco, presente em 11,34% da amostra; e 
da prática de atividade física na lida diária local (CORRÊA, 2021; BRESAN; BASTOS; 
LEITE, 2015). 
Entretanto, uma transição nutricional tem sido observada em localidades 
da região norte, isso repercute diretamente nos índices de diabetes e hipertensão 
arterial (CORRÊA, 2021) e acende um sinal de alerta. Isso pode ser observado 
também neste estudo, considerando que o ICB-5, na cidade de Monte Negro, foi a 
localidade que apresentou os índices mais altos dos fatores diabetes, hipertensão e 
obesidade. Os baixos índices de obesidade descritos neste estudo, caminham 
39 
Discussão 
paralelamente com o estilo de vida da população. Observou-se que a atividade física 
acontece por meio das atividades de vida diária, da lida no campo e na pesca, nas 
longas caminhadas, nos serviços domésticos e até no transporte de mercadorias. 
Todos os pontos se acentuam em Calama, onde o único automóvel por terra é a moto. 
Não há carros ou outros tipos de locomoção a motor. 
Colocando o sedentarismo, que está presente em cerca de 46% da 
população adulta no Brasil (MIELKE et al, 2015), em papel secundário na região, pois 
foi descrito em apenas 16,67%, 5,26% e 4,26% nas populações de Monte Negro ICB-
5, Linhas e Calama, respectivamente. Sendo o melhor índice em Calama. A baixa no 
fator sedentarismo ameniza o surgimento de determinadas patologias (ALVES et al, 
2010), ademais, sabe-se que idosos praticantes de exercício físico têm melhor 
qualidade de vida (SILVA et al, 2012). 
Estudos internacionais apontam que 80% dos casos de AVC podem ser 
prevenidos, desse modo, ações que informem a população sobre os fatores de risco 
e as consequências do AVC são de extrema importância (GORELICK; RULAND, 
2010). Países da Europa apostam suas fichas nos cuidados de saúde para a 
prevenção do AVC, sendo o médico da família o principal e mais forte elo na 
propagação desses cuidados (AFONSO, 2015). No Brasil, a capacitação dos ACSs 
estende o trabalho e multiplicam os conhecimentos dos profissionais de saúde que 
muitas vezes não são suficientes para uma determinada região. 
A linha, zona rural de Monte Negro, e a comunidade ribeirinha Calama, são 
as duas regiões deste estudo onde se observou maior dificuldade em acesso a saúde. 
Entretanto, as linhas são acompanhadas por ACSs, Enfermeiros e técnicos de 
Enfermagem, que fazem um rodízio para poder atender a demanda. Já Calama, conta 
com apoio de ACSs e Técnicas de Enfermagem. Esses profissionais podem realizar 
um trabalho de educação em saúde, onde é possível dar aos indivíduos autonomia 
para seu próprio cuidado, valorizando seus saberes e conhecimentos prévios, que 
estão fortemente ligados aos hábitos de vida da localidade onde esse indivíduo reside 
(BRASIL, 2006; FALKENBERG et al, 2014). 
Favorecendo esses profissionais, é possível lançar mão do Acervo de 
Recursos Educacionais em Saúde (ARES), que é uma plataforma digital que 
possibilita o acesso e download de diversos modelos de planos de intervenção 
desenvolvido por instituições da Rede UNA-SUS, feitos com a população brasileira 
que podem ser aplicados junto às populações de qualquer região do país, levando em 
40 
Discussão 
consideração as necessidades e especificidades locais. Lá encontram-se atividades 
de temas diversos, incluindo AVC. 
Polpar essas populações, além de segurar as demandas de saúde e 
aumentar a qualidade de vida na região, também influenciará no aspecto econômico, 
pois sabe-se que o AVC contribui na carência socioeconômica na vida dos pacientes 
e de seus familiares (CAPIÑALA; BETTENCOURT, 2020), acentuando mais ainda as 
dificuldades que essas populações enfrentam diariamente. Outro ponto a ser 
levantado é que o acesso ao diagnóstico dos itens avaliados também influencia na 
resposta da amostra (TRAVASSOS; OLIVEIRA; VIACAVA, 2006) e com a educação 
em saúde sendo ponto de trabalho na região e um aumento no número de 
profissionais assistindo a população essa questão deverá ser reduzida. Para mais, 
outras DCNT serão restringidas, já que muitos dos fatores de risco modificáveis são 
comuns entre si (BRASIL, 2005). 
A extensão universitária tem um importante papel acadêmico e social, pois 
é nela que se desenvolve o aprimoramento de técnicas para melhoria da saúde da 
população assistida. Além disso, a vivência dos alunos também colabora com o 
sistema de saúde, aliviando suas demandas (ESPÍRITO SANTO, 2018). O 
fortalecimento dos laços entre universidade-sociedade melhora a qualidade de vida 
dos cidadãos, pois trata-se de uma troca de conhecimentos (RODRIGUES et al, 
2013). Com isso, já foram realizadas 40 expedições até a cidade de Monte Negro e 9 
expedições até a comunidade ribeirinha Calama. 
Havendo a possibilidade, outros projetos deste modelo devem ser 
incentivados para a assistência chegar em lugares distintos e, muitas vezes, 
esquecidos. 
 
 
 
 
 
 
41 
Considerações finais 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Conclui-se que o uso de álcool é o fator de risco que mais aparece na 
população assistida, sendo a diabetes o fator menos recorrente. 
Os hábitos de vida mais saudáveis e a distância dos grandes centros 
urbanos influenciam e favorecem a resposta da amostra; entretanto, a melhor maneira 
de evitar o AVC é prevenindo o aparecimento dos fatores de risco. 
Isso poderá ser alcançado na população por meio da colaboração com os 
profissionais da saúde que alcançarem as localidades estudadas, assistindo-as de 
forma contínua. 
 
 
 
42 
Referências 
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Anexos 
ANEXO A – Aprovação CEP FOB-USP 
 
 
49 
Anexos 
 
50 
Anexos 
 
51 
Anexos 
 
 
 
 
 
52 
Anexos 
ANEXO B – Declaração de conformidade e autorização para diagnóstico 
 
 
 
 
53 
Anexos

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