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LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Pulmões + sistema de tubos que comunicam com o exterior Função: trocas gasosas → fornecer suprimento de oxigênio Porção condutora: • Tubos extra e intrapulmonares • Passagem do ar • Purifica, transporta, umedece e aquece o ar inspirado • Osso, cartilagem, tecido conjuntivo e músculo liso → suporte estrutural, flexibilidade e extensibilidade o Fossas nasais o Nasofaringe e orofaringe o Laringe o Traqueia o Brônquios o Bronquíolos terminais Porção respiratória: • Bronquíolos respiratórios, ductos alveolares e alvéolos • Locais de trocas gasosas o Bronquíolos respiratórios o Ductos alveolares o Sacos alveolares o Alvéolos Epitélio respiratório Porção condutora: epitélio pseudoestratificado colunar ciliado, com células caliciformes (epitélio respiratório) • Célula colunar ciliada: movimentação • Células caliciformes: secretoras de muco • Células em escova: microvilos (apical) e receptores sensoriais (parte basal com terminações nervosas aferentes) • Células basais: pequenas e arredondadas, são células tronco responsáveis pela renovação • Células granulares → neuroendócrinas: secreção de hormônios Síndrome dos cílios imóveis • Esterilidade masculina • Infecção crônica das vias respiratórias • Imobilidade ou fragilidade no batimento ciliar • Defeitos na proteína dineína Atividade de defesa • Principalmente na porção condutora Mucosa: é uma interface do meio interno com o ar inspirado e protege o organismo contra as impurezas do ar • Secreção de muco, ao qual as substâncias se aderem e, assim, não alcançam os alvéolos Barreira de linfócitos • Linfócitos dispersos, nódulos linfáticos, linfonodos • Plasmócitos e macrófagos • Células M: estão na lâmina própria e são células que captam antígenos, transferindo-os para o compartimento abaixo que contém linfócitos e macrófagos LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Histologia aplicada • Regiões com epitélio estratificado pavimentoso: aquelas que estão expostas ao fluxo de ar e à possibilidade de abrasão (orofaringe, epiglote, cordas vocais) • Tabagistas → aumento das células caliciformes e redução das ciliadas → obstruções Fossas nasais • Vestíbulo, área respiratória e área olfatória Vestíbulo • Porção mais anterior e dilatada das fossas nasais • Epitélio estratificado pavimentoso (queratinizado → não queratinizado) • Pelos + secreções das glândulas sebáceas e sudoríparas → proteção contra partículas grosseiras Área respiratória • Maior parte • Revestida por epitélio respiratório • Lâmina própria com glândulas mistas e células linfoides • Conchas nasais (cornetos): expansões ósseas → plexo venoso → aquecimento do ar o Turbulência no fluxo de ar: aumenta o contato do ar com o muco e umidificação Área olfatória • Situada na parte superior das fossas nasais • Sensibilidade olfatória Epitélio olfatório (neuroepitélio colunar pseudoestratificado) com quimiorreceptores da olfação. Possui 3 células: Células de sustentação: • Prismática e com o ápice largo • Microvilos • Pigmento acastanhado → cor amarelo- castanha da mucosa olfatória Células basais: • Células pequenas e arredondadas • Localizadas entre as células olfatórias e as de sustentação • Células tronco Células olfatórios: • Neurônios bipolares • Núcleos na posição basal • Contém quimiorreceptores excitáveis Glândulas de Bowman: são glândulas ramificadas tubuloacinosas alveolares serosas • Limpeza dos cílios da área olfatória LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Covid 19 ➔ Perda do olfato por alteração nas células de sustentação e basais ➔ O receptor ACE2 que o vírus entre em contato não é expresso nas células olfatórias, apenas nas basais e de sustentação ➔ Importância das células basais e de sustentação Seios paranasais • Cavidades nos ossos frontal, maxilar, etmoide e esfenoide • Revestidas por epitélio respiratório • Lâmina própria com apenas glândulas pequenas • Comunicam-se com as fossas nasais por pequenos orifícios Nasofaringe e orofaringe • A nasofaringe é a primeira parte da faringe → epitélio respiratório o Tecido conjuntivo: glândulas mucosas + tecido linfoide • Orofaringe: porção oral da faringe → epitélio estratificado pavimentoso o Proteção do contato com os alimentos Laringe • Une a faringe à traqueia • Paredes compostas por peças cartilaginosas Epiglote: curto prolongamento laminar da laringe, que se estende em direção à faringe, possui um eixo com cartilagem elástica e é revestida por tecido conjuntivo e epitélio ➔ Evita que o alimento entre na traqueia, passando apenas para o esôfago Duas pregas da laringe: • Pregas vestibulares (falsas cordas vocais) o Lâmina própria é formada por tecido conjuntivo frouxo e contém glândulas o Epitélio respiratório • Pregas vocais (cordas vocais verdadeiras) o Eixo de tecido conjuntivo elástico o Músculo esquelético o Músculos intrínsecos da laringe → produção de sons o Epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Dois conjuntos de músculos: • Músculos extrínsecos: uma inserção na laringe e outra em estruturas externas o Eleva ou abaixa a laringe durante ou após a deglutição • Músculos intrínsecos: localizam-se apenas na laringe e têm como função modificar a abertura das cordas vocais Traqueia • Tubo que se continua com a laringe e termina ramificando-se nos dois brônquios extrapulmonares Mucosa (revestimento interno): epitélio respiratório e TC frouxo (lâmina própria), fibras colágenas e elásticas Submucosa: TC denso e glândulas seromucosas (mistas) • Epitélio respiratório • Lâmina própria com TC frouxo e fibras elásticas, com muitas glândulas seromucosas Cartilagem hialina em formato de C, não sendo completamente fechado na porção dorsal • Importante para a distensão do esôfago • Musculo liso nas extremidades das cartilagens • Ligamentos fibroelásticos e feixes de músculo liso • Esse músculo traqueal faz parte do reflexo da tosse Camada adventícia: reveste a traqueia externamente, constituída por tecido conjuntivo frouxo Árvore brônquica • Traqueia → brônquios primários → hilo → pulmões = Raiz do pulmão • Os brônquios primários ramificam-se em secundários ( 3 no direito e 2 esquerdo) → suprem os lobos pulmonares (brônquios lobares) • Cada bronquíolo terminal e suas ramificações constitui um lóbulo pulmonar • Bronquíolo terminal → bronquíolos respiratórios → porção respiratória (ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos) Brônquios • Ramos maiores → mucosa semelhante à da traqueia (TC frouxo com fibras elásticas e tecido linfoide), revestida por epitélio respiratório • Ramos menores → epitélio cilíndrico simples ciliado • Circundado por feixes musculares lisos em espiral LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • Glândulas seromucosas na submucosa • Peças cartilaginosas descontínuas situadas externamente à camada muscular e são envolvidas por TC rico em fibras elásticas → camada adventícia • BALT = tecido linfático associado à mucosa brônquica Bronquíolos propriamente ditos • Segmentos intralobulares • Mucosa: epitélio respiratório a simples cilíndrico (com ou sem cílios) • Luz pregueada • Ausência de cartilagem e glândulas → submucosa ausente Corpos neuroepiteliais: constituídos por células que contêm grânulos de secreção e recebem terminações nervosas colinérgicas → Quimiorreceptores • Lâmina própria delgada e rica em fibras elásticas • Músculo liso circundando toda a estrutura Histologia aplicada • Crisesasmáticas → contração da musculatura bronquiolar e brônquica • Simpático = aumenta o diâmetro • Nervo vago = diminui o diâmetro Bronquíolos terminais • Última parte da porção condutora • Mucosa: epitélio simples cilíndrico → simples cúbico • Musculatura lisa LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • Células em clava: células bronquiolares secretoras não ciliadas, com superfície apical saliente e grânulos secretores o Múltiplas funções o Células-tronco o Proteção, por secreção de proteases, citocinas o Secreção de mucinas o Destoxificação de substâncias do ar o Produção de surfactante Porção respiratória Bronquíolos respiratórios e ductos alveolares Os bronquíolos terminais se subdividem em bronquíolos respiratórios → eles contêm várias descontinuidades na parede que permite a comunicação direta com os alvéolos • Mucosa: epitélio simples cúbico a pavimentoso, com fibras elásticas • Camada delgada de músculo liso • Sem células caliciformes, mas pode ter células em clava • Parede interrompida por alvéolos Quando a parede dos bronquíolos respiratórios passa a ser constituída quase só de saídas de alvéolos, o tubo passa a ser considerado um ducto alveolar • Parede constituída por botões de epitélio e músculo liso Uma matriz com fibras elásticas e reticulares constitui o suporte para os ductos alvéolos • Fibras elásticas = papel nos movimentos respiratórios • Fibras reticulares = impedem a distensão excessiva das estruturas LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Sacos alveolares e alvéolos • Saco alveolar: local onde vários alvéolos se abrem • Mucosa: epitélio simples pavimentoso • Sem coxins de músculo liso • Constituem as últimas porções da árvore brônquica e ocupam a maior parte do volume dos pulmões, sendo responsáveis pela estrutura esponjosa típica Os alvéolos são a unidade morfofuncional do sistema respiratório A parede de um alvéolo quase sempre é comum ao de outro → parede alveolar ou septo interalveolar • Esse septo interalveolar é formado por duas camadas de células epiteliais separadas por uma lâmina de TC com fibras elásticas e reticulares Septos interalveolares • Pneumócito tipo I e tipo II Pneumócito tipo I • Célula pavimentosa epitelial, citoplasma delgado e núcleo achatado • Saliência para o interior do alvéolo • Aderem entre si por desmossomos e zonas de oclusão → impede a entrada de líquido do interstício • Barreira fina para trocas gasosas Pneumócito tipo II • Superfície alveolar, intercalado com o tipo I • Desmossomos e junções oclusivas • Células arredondadas • Grupos de 2 ou 3 células • Núcleo esférico e claro • Citoplasma vacuolizado • Microscopia eletrônica → REG desenvolvido e microvilos na sua superfície livre Corpos multilamelares: contêm fosfolipídios, proteínas e glicosaminoglicanos, que são continuamente sintetizados e liberados por exocitose através da membrana apical das células, voltada para o espaço alveolar → secreção surfactante pulmonar • Reduz a tensão superficial da parede alveolar, evitando seu colabamento LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Macrófagos alveolares e células dendríticas • Fagocitose e apresentação de antígenos • Macrófagos → sistema mononuclear fagocitário e situam-se no interior dos septos interalveolares e de alvéolos • Células de poeira O fluido alveolar é removido para a porção condutora pelos cílios → muco dos brônquios → líquido broncoalveolar • Esse líquido possibilita a remoção de partículas e substâncias prejudiciais • Possui enzimas Células endoteliais dos capilares • Componente do septo interalveolar • Paredes dos capilares sanguíneos • Células numerosas de núcleo alongado • Endotélio contínuo Histologia aplicada Síndrome do desconforto respiratório do adulto • Lesões nos pneumócitos tipo I e das células endoteliais • Edema interalveolar • Fibrose intersticial Síndrome do desconforto respiratório do recém- nascido • Deficiência de surfactante pulmonar • Mais frequente em pré-termos • O pulmão imaturo é deficiente tanto em quantidade como na composição do surfactante • Alvéolos colabados, bronquíolos e ductos distendidos e com líquido A covid penetra principalmente o pneumócito do tipo 2 → atração de monócitos para o alvéolo → citocinas pró- inflamatórias → apoptoses Barreira hematoaérea • Separa o ar do sangue • Local onde ocorre as trocas gasosas, sendo a parte mais delgada do septo interalveolar LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG • Citoplasma do pneumócito tipo I, lâmina basal do pneumócito tipo I, lâmina basal do capilar e célula endotelial do capilar • Fusão das 2 lâminas basais Poros alveolares • Comunicação entre alvéolos • Equalizam a pressão do ar nos alvéolos • Possibilitam a circulação colateral do ar Vasos sanguíneos dos pulmões • Vasos funcionais (pequena circulação) e vasos nutridores (sistêmicos) Circulação funcional • Artérias e veias pulmonares • Artérias pulmonares → elásticas • Essas artérias geram ramos arteriais que originam a rede capilar disposta em torno dos alvéolos, que é responsável pelas trocas gasosas • Desses capilares originam-se vênulas Vasos nutridores • Artérias e veias brônquicas • Nutrição do parênquima pulmonar Vasos linfáticos dos pulmões • Acompanham os brônquios e vasos pulmonares • Septos interlobulares → rede profunda • Rede superficial → vasos da pleura visceral Histologia aplicada Insuficiência cardíaca congestiva → congestão do coração com sangue, pela fraca capacidade de bombeamento do coração • Hemácias escapam para o interior dos alvéolos → fagocitose por macrófagos • Fibrose pela síntese de colágeno Pleura • Serosa que envolve o pulmão: epitélio simples pavimentoso e TC com fibras colágenas e elásticas • Folheto parietal e visceral • Folhetos formados por mesotélio e uma fina camada de conjuntivo • Os folhetos delimitam a cavidade pleura → apenas uma película de liquido que permite o deslizamento suave durante os movimentos respiratórios • Estrutura muito permeável Derrame pleural: acúmulo de líquido entre os folhetos da pleura • Causas: IC, aumento da pressão sanguínea, inflamações, pneumonia, tuberculose, câncer • Sintomas: tosse, dor aguda no peito e falta de ar Pulmão fetal • Ramificações (dicotomias) do broto pulmonar • Modificação do epitélio • Diferenciação do mesênquima LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG Estágio pseudoglandular (5 – 17° semana) • Ausência de glândulas exócrinas • Não ocorre respiração Implicação clínica Fibrose cística • Defeito no transporte de Cl- (canal CFTR) • Redução na excreção de Cl- nas vias aéreas • Aumento da reabsorção de Na+ e água → muco mais viscoso e pegajoso Tabagismo • Proliferação de células epiteliais • Cílios defeituosos • Diminuição das células caliciformes • Infiltrado inflamatório • Rompimento dos alvéolos • Espessamento do septo interalveolar • Macrófagos abundantes Enfisema: obstrução do fluxo de ar • Degradação de fibras elásticas → neutrófilos recrutados produzem elastase • Alvéolos se tornam grandes espaços aéreos Câncer de pulmão • Mais mata no mundo • 80% dos casos são causados pelo tabaco • Existem diferentes tipos de alterações morfológicas/histológicas do pulmão LORRANE BRAGA RANGEL LXIX - UFG