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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE – UFCG CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA – CCT UNIDADE ACADÊMICA DE ENGENHARIA QUÍMICA – UAEQ FÍSICA EXPERIEMENTAL II: LEIS DE KIRCHHOFF Aluno: José Eduardo Coutinho De Mello Professor(a): Pedro Luiz Do Nascimento Turma: 0 CAMPINA GRANDE – PB 2023 1. INTRODUÇÃO Ao examinarmos os dados resultantes do experimento com os códigos de cores, é evidente que ocorreram desvios significativos. Isso indica que há uma margem de segurança substancial, o que sugere que os resultados são confiáveis. Esses erros podem ser atribuídos à imprecisão do próprio multímetro, à possibilidade de leituras incorretas e às variações na precisão dos resistores utilizados. 1.1 Primeira Lei de Kirchhoff A primeira lei de Kirchhoff, chamada de "Lei dos Nós" ou "Lei das Correntes", é um princípio fundamental na eletricidade que descreve o comportamento da corrente elétrica em um circuito. Essa lei é derivada da conservação da carga elétrica, que estabelece que a quantidade total de carga elétrica em um sistema isolado permanece constante com o tempo. Em termos simples, a primeira lei de Kirchhoff afirma que a soma das correntes elétricas que entram em um ponto de conexão (nó) em um circuito é igual à soma das correntes que saem desse nó. Isso significa que a quantidade total de carga elétrica que entra em um nó deve ser igual à quantidade total de carga que sai desse nó, uma vez que a corrente elétrica é o fluxo de carga elétrica. Essa lei é essencial para a análise e solução de circuitos elétricos complexos, pois permite calcular as correntes em diferentes partes do circuito e entender como a carga elétrica se distribui e se conserva em um sistema elétrico. Ela é uma das bases para resolver problemas em circuitos elétricos, juntamente com a segunda lei de Kirchhoff, que lida com as voltagens em um circuito, conhecida como a "Lei das Malhas". Assim temos que: Nó 𝐵: 𝐼1 + 𝐼2 = 𝐼3 ∑ 𝐼𝑘𝑁 𝑘=1 = 0 Nó F: 𝐼3 = 𝐼1 + 𝐼2 1.2 Segunda Lei de Kirchhoff A segunda lei de Kirchhoff, também conhecida como a "Lei das Malhas" ou "Lei das Tensões", é um princípio fundamental na eletricidade que se concentra nas tensões elétricas em um circuito. Enquanto a primeira lei de Kirchhoff lida com as correntes nos nós do circuito, a segunda lei trata das voltagens ao longo das trajetórias fechadas do circuito, chamadas de malhas. A segunda lei de Kirchhoff pode ser resumida da seguinte forma: A soma das diferenças de potencial elétrico (tensões) ao longo de qualquer malha fechada em um circuito elétrico é igual a zero. Em outras palavras, essa lei estabelece que quando você percorre uma trajetória fechada em um circuito e adiciona todas as variações de tensão ao longo desse percurso, o resultado deve ser zero. A segunda lei de Kirchhoff é fundamental para resolver problemas em circuitos elétricos, especialmente quando se trata de determinar as tensões em diferentes partes do circuito. Ela fornece a base para entender como as tensões se comportam em trajetórias fechadas dentro do circuito, o que é crucial na análise e no projeto de sistemas elétricos complexos. Em resumo, a segunda lei de Kirchhoff, ou Lei das Malhas, desempenha um papel essencial na análise de circuitos elétricos, permitindo a aplicação dos princípios de conservação de energia elétrica para resolver problemas e projetar sistemas elétricos. 𝑉1 + 𝑉2 + 𝑉3 = 𝑉 𝑉1 = 𝑉𝑅1 = 𝑅1𝐼 𝑉2 = 𝑉𝑅2 = 𝑅2𝐼 → 𝐼 = 𝑉 (𝑅1+𝑅2+𝑅3) 𝑉3 = 𝑉𝑅3 = 𝑅3𝐼 2. OBJETIVO O propósito deste experimento é confirmar a validade das duas leis de Kirchhoff. Vamos explorar os conceitos de corrente elétrica e circuitos elétricos através de configurações iniciais de circuitos e conduziremos medições de características elétricas. 3. MATERIAL UTILIZADO Painel com conexão de circuitos; Multímetro digital; Amperímetro de 100mA; Cabos; Potenciômetro; Resistores de 820Ω, 1,8KΩ e 2,2KΩ; Pilhas; 4. METODOLOGIA 4.1 Medindo a tensão Primeiramente, foram selecionados três resistores com valores de R1=820 Ω, R2=1,8k Ω e R3=2,2k Ω, além de um amperímetro com capacidade de 100 mA e um multímetro digital configurado como voltímetro. O circuito foi montado conforme ilustrado na figura 9-15 do material de estudo. A chave seletora do voltímetro foi posicionada inicialmente no calibre máximo, e, caso o deslocamento do ponteiro fosse insuficiente, foi ajustada para um calibre menor até obter uma leitura adequada. Em seguida, foi calculado o valor teórico da tensão e a medição da tensão foi realizada em cada resistor, com os dados registrados na Tabela-I. 4.2 Medindo a corrente Foi utilizada a montagem anterior, com a diferença de que a chave seletora do amperímetro foi ajustada para o maior calibre disponível. Se o deslocamento do ponteiro fosse insuficiente, foi reduzido para um calibre menor até que se obtivesse uma leitura adequada. Em seguida, calculou-se a corrente prevista e realizou-se a medição da corrente no circuito, calculando-se também o desvio percentual e registrando esses dados na Tabela-II. Posteriormente, o circuito foi montado conforme ilustrado na figura 9-16 do material de estudo. É importante lembrar que o voltímetro foi conectado em paralelo com o resistor. A diferença de potencial foi medida em cada resistor com o amperímetro conectado em série para medir a corrente que passava por cada um deles. Os dados obtidos foram registrados na Tabela-III. 5. RESULTADOS E DICUSSÃO 5.1 Medindo a tensão R1 R2 R3 V teórico (Vt) 1,72 3,78 4,68 V medido (Vm) 1,70 3,79 4,56 δ % 4,3% 3,7% 1,0% Tabela – I Os valores teóricos foram determinados usando a equação V=R*I, na qual o valor de I foi calculado conforme descrito na Tabela-II. Ao comparar os valores teóricos com os valores medidos, é possível observar uma diferença considerável entre eles. 5.2 Medindo a corrente Corrente teórica Ic (mA) 2,1 mA Corrente media Im(mA) 2,9 mA Desvio percentual δ % 1,4% Tabela-II Tabela-III VR1 VR2 VR3 VR4 I1 I2 I3 I4 Vteorico 7,2 2,81 1,40 1,40 3,27 1,56 1,72 1,72 Vmedido 7,14 2,82 1,41 1,41 3,25 1,55 1,72 1,72 δ % 0,7% 0,35% 0,71% 0,71% 0,61% 0,64% 0% 0% 6. CONCLUSÃO Experimentalmente, as Leis de Kirchhoff, incluindo a Lei das Malhas e a Lei dos Nós, foram confirmadas para os circuitos nos experimentos, que incluíram tanto circuitos com uma única malha quanto com três malhas. Os resultados experimentais demonstraram pequenas discrepâncias, ou seja, os valores teóricos obtidos com a aplicação das Leis de Kirchhoff estiveram próximos dos valores medidos experimentalmente. 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Halliday, David; Resnick, Robert; Walker Jearl; trad. de Biasi, Ronaldo Sérgio. Fundamentos de Física. vol.4. Rio de Janeiro: LTC, 2003. NASCIMENTO, Pedro Luiz do. Apostila auxiliar do Laboratório de Eletricidade e Magnetismo da Universidade Federal de Campina Grande, 2014.