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20
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CIÊNCIAS DA SAÚDE DE ALAGOAS – UNCISAL
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM
ESMAEL ALMEIDA TEIXEIRA
AS CONTRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA EM ADOLESCENTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
MACEIÓ
2024
ESMAEL ALMEIDA TEIXEIRA
AS CONTRIBUIÇÕES DA FAMÍLIA NO TRATAMENTO DA DEPENDÊNCIA QUÍMICA EM ADOLESCENTES: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Relatório final do Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para a obtenção do grau de bacharel no curso de graduação em Enfermagem pela Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (UNCISAL).
Orientadora: Profa. Msc. Thyara Maia Brandão
MACEIÓ
2024
Autorizo a reprodução e divulgação parcial deste trabalho, por qualquer meio convencional ou eletrônico, para fins de estudo e pesquisa, desde que citada a fonte.
FOLHA DE APROVAÇÃO
Autor (a): Esmael Almeida Teixeira
Título: As contribuições da família no tratamento da dependência química em adolescentes: uma revisão integrativa
Natureza: Trabalho de Conclusão de Curso (TCC)
Instituição: Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
BANCA EXAMINADORA
____________________________________
Orientador (a)
____________________________________
Examinador (a)
____________________________________
Examinador (a)
Aprovado em: 07/11/2024
Este exemplar corresponde à versão final do TCC aprovado.
Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL
Dedico este trabalho à minha família, meu porto seguro e maior inspiração. A vocês, que me apoiam em cada passo, ofereço com carinho e gratidão todo o esforço e dedicação deste projeto.
AGRADECIMENTOS
Agradeço primeiramente a Deus pela vida que me concedeu para que pudesse fazer esse curso, e me ajudou a superar todos os obstáculos para que chegasse nessa etapa final que hoje celebro.
À minha mãe, Raimunda, minha fonte inesgotável de amor, paciência e inspiração, que me ensinou diariamente a importância da dedicação e o valor dos estudos. Obrigado por cada sacrifício, por cada conselho e por ser sempre a primeira a acreditar em mim, mesmo quando eu tinha dúvidas. Tudo o que conquisto tem uma parte de você, e este trabalho não seria uma exceção.
Ao meu pai, Edivaldo, pelo apoio constante, pelas conversas mesmo que curtas valiam muito para mim e o apoio silencioso que sempre esteve presente foi um grande alicerce em minha jornada para não desistir.
À minha avó, Maria Almeida, agradeço imensamente pelo carinho e pela fé que sempre depositou em mim. Seu jeito cuidadoso de me apoiar, que com um simples sorriso ilumina qualquer ambiente e torna os momentos difíceis mais leves, dedico minha eterna gratidão.
À minha irmã, Edmilla, que, com sua amizade e companheirismo, esteve ao meu lado em cada etapa, dividindo comigo os momentos bons e os desafios. Você é uma parte essencial da minha trajetória, ter você como irmã é um presente que me fortalece e me enche de orgulho, sempre foi uma das minhas fontes de inspiração e que sempre me motivou nesta jornada.
À minha namorada, Lara Sophia, agradeço pela compreensão, pelo incentivo e por todo carinho em momentos de dificuldade. Sua presença foi um suporte inestimável, e seu amor e paciência me deram forças para seguir em frente, mesmo nos dias mais difíceis sempre esteve comigo como um dos meus alicerces.
Sou grato também a minha orientadora, em especial, Thyara, pela orientação, paciência e pela sabedoria compartilhada ao longo desta jornada. Seus ensinamentos foram determinantes para o desenvolvimento deste trabalho e para minha formação.
Não poderia deixar de mencionar meus amigos, em especial Andreny, Evelim e Anderson, que estiveram ao meu lado, dividindo o cansaço, as dúvidas e as vitórias. A amizade de vocês foi porto seguro, que tornou essa trajetória mais leve e especial.
A cada um de vocês, deixo o meu mais sincero e profundo agradecimento. Este trabalho é, em parte, fruto do apoio e da confiança que sempre depositaram em mim.
 “A família é o porto onde o barco sabe que pode sempre ancorar em segurança”.
Autor desconhecido
RESUMO
Introdução: a dependência química é caracterizada pelo consumo compulsivo de substâncias, causando danos à saúde física, mental e social, especialmente na adolescência, fase de descobertas e vulnerabilidade ao uso de drogas. Esse uso afeta não só o usuário, mas também a família, que tem um papel crucial no desenvolvimento e nas escolhas do adolescente, funcionando como um sistema interligado, onde mudanças em um membro impactam todos. Objetivo: realizar um levantamento da literatura acerca das contribuições da família no tratamento da dependência química em adolescentes. Metodologia: trata-se de uma pesquisa exploratória do tipo revisão de literatura integrativa com abordagem qualitativa, tendo como fonte Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline), tendo como filtros trabalhos publicados entre 2013 e 2023. Resultados: a participação da família no tratamento da dependência química em adolescentes é fundamental, oferecendo suporte emocional, supervisão e exemplos de comportamentos positivos, tornando a inclusão dos familiares em programas de apoio junto a profissionais especializados fortalece a adesão ao tratamento, reduz o risco de abandono e promove um ambiente estruturado, que contribui para a recuperação e estabilidade do adolescente. Considerações Finais: conclui-se que dependência química em adolescentes é um problema complexo que requer abordagens multidimensionais e integradas com profissionais. As intervenções que envolvem a família no processo terapêutico não só aumentam as chances de sucesso a curto prazo, mas também promovem mudanças estruturais e comportamentais que sustentam a recuperação a longo prazo.
Descritores: adolescentes; dependência química; família
ABSTRACT
Introduction: Chemical dependency is characterized by the compulsive use of substances, causing harm to physical, mental, and social health, especially during adolescence—a phase of discovery and vulnerability to drug use. This use affects not only the user but also the family, which plays a crucial role in the adolescent's development and choices, functioning as an interconnected system where changes in one member impact everyone. Objective: To conduct a literature review on the contributions of the family in the treatment of chemical dependency in adolescents. Methodology: This is an exploratory research in the form of an integrative literature review with a qualitative approach, using Nursing Database (BDENF), Latin American and Caribbean Health Sciences Literature (LILACS), and the Medical Literature Analysis and Retrieval System Online (Medline) as sources, with filters for works published between 2013 and 2023. Results: Family involvement in the treatment of chemical dependency in adolescents is essential, offering emotional support, supervision, and examples of positive behaviors. Including family members in support programs with specialized professionals strengthens treatment adherence, reduces the risk of abandonment, and promotes a structured environment that aids in the adolescent's recovery and stability. Conclusion: It is concluded that chemical dependency in adolescents is a complex problem that requires multidimensional and integrated approaches with professionals. Interventions involving the family in the therapeutic process not only increase the chances of short-term success but also promote structural and behavioral changes that support long-term recovery.
Descriptors: adolescents; chemical dependency; family
SUMÁRIO 
	1 INTRODUÇÃO
	7
	2 METODOLOGIA 
	10
	3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
	12
	3.1 Caracterização dos artigos
3.2 Estruturação das categorias com base nos achados
3.2.1 Monitoramento e supervisão do adolescente pela família
3.2.2 Assistência emocionalda família no tratamento
3.2.3 Modelagem de comportamentos no âmbito familiar
3.2.4 Participação da família em terapias e programas de tratamento
4 CONCLUSÃO
	12
17
18
19
21
22
24
	REFERÊNCIAS
	26
1 INTRODUÇÃO 
A dependência química se caracteriza pelo padrão de consumo compulsivo e descontrolado de substâncias psicoativas, englobando álcool e drogas ilícitas resultando em prejuízos substanciais para a saúde física, mental e social dos indivíduos, muitas vezes definida como uma condição complexa frequentemente caracterizada como uma doença crônica, se expressa por uma interação multifatorial características biológicas, psicológicas e sociais (Medeiros; Tófoli, 2018).
Segundo estudos de Zanelatto e Laranjeira (2018), a dependência química vai além de um mero hábito, envolta por alterações neurológicas que afetam o sistema de recompensa do cérebro, resultando em respostas intensificadas às substâncias e dificultando o controle sobre seu uso, mesmo diante de consequências negativas evidentes. Diversas mudanças frequentemente se manifestam por meio de comportamentos inadequados que não eram evidentes anteriormente, principalmente com o uso contínuo ao longo do tempo, existe a possibilidade de que as capacidades que anteriormente eram realizadas com facilidade possam ser prejudicadas. 
A Dependência Química é reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma condição crônica e recorrente. De acordo com a Classificação Internacional de Doenças (CID-11) (2022), essa condição é descrita pela manifestação de sintomas cognitivos, comportamentais e fisiológicos agrupados, indicando a persistência do uso de uma substância apesar dos problemas significativos relacionados a ela.
A CID-11 (2022) estabelece critérios específicos, incluindo a presença de sintomas como a tolerância aumentada, a síndrome de abstinência e o desejo incontrolável de consumir a substância, além de tentativas frustradas de reduzir ou interromper o uso. Neste sentido, esses critérios tornam-se fundamentais para categorizar e entender as diferentes abordagens terapêuticas e os desafios enfrentados nas comunidades terapêuticas e centros de atendimento, que lidam com aspectos psicossociais e o impacto sistêmico dessa condição nas famílias e na sociedade (Galhardi; Matsukura, 2018).
A adolescência é um período singular para cada ser humano. É caracterizada por alterações biopsicossociais e notórias adaptações que o indivíduo experimenta no processo de mudança para a vida adulta (Gonçalves et al., 2019). 
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (2008), compreende-se que o período que a criança passa a ser adolescente é entre 12 e 18 anos, a mesma é marcada pelo despertar de novas aptidões e habilidades pessoais e interpessoais, descobertas, vivências, busca por uma identidade e escolhas que podem ser decisivas e permanentes em sua vida. Essa transição é considerada crítica, pois, aliada a outros fatores, sobretudo os ambientais, podem induzir ao uso/abuso de drogas (Moura; Monteiro; Freitas, 2016). 
Segundo relatório do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), (2020), no ano de 2018 cerca de 269 milhões de pessoas no mundo consumiram drogas por pelo menos uma vez. Demonstrou-se, portanto, um aumento de 30% em comparação ao ano de 2009. As estáticas do ano de 2018 revelaram que mais de 35 milhões de pessoas no mundo possuem algum transtorno associado ao consumo de drogas, inclusive a dependência pelo uso das substâncias.
No Brasil, cerca de 5% dos adolescentes são afetados pela dependência química, o que representa aproximadamente 1 milhão de jovens. As substâncias mais frequentemente consumidas incluem álcool, maconha, crack e cocaína. O início do uso ocorre geralmente entre os 12 e 16 anos, uma fase de alta vulnerabilidade para o desenvolvimento da dependência, devido a fatores como impulsividade e pressão social​ (Brasil, 2022).
No processo de adolescência, a dependência química pode influenciar no abandono escolar, intensificar dificuldades de relacionamento familiar e profissional, acarretando em grande impacto social (Capistrano et al., 2013). Nesse contexto, ressalta-se a importância de compreender as singularidades da adolescência, os quadros de dependência química, funcionamento psicodinâmico, as relações interpessoais e apoio da família como influenciadores de comportamento, vínculo profissional para/com o usuário, motivação pessoal para a mudança de comportamento, sendo estes fatores que contribuem para melhor adesão ao plano terapêutico (Ferreira et al., 2015).
A partir da compreensão desses diversos fatores e a relação estabelecida entre eles, é possível vislumbrar possibilidades de assistência e articular a abordagem, garantindo a efetividade das ações, uma vez que os adolescentes são citados na literatura como grupo que manifesta hostilidade, desconfiança e outras formas de resistência, além de baixa motivação para adesão ao tratamento (Gonçalves et al., 2019). 
Visto que a dependência de substâncias psicoativas sofre influência de fatores psicológicos, sociológicos, culturais e espirituais e os mesmos desempenham um importante papel na causa, curso e resultados do transtorno. Os efeitos prejudiciais das drogas criam uma ligação simbiótica que impacta não só o indivíduo que luta contra a dependência, mas também aqueles que têm qualquer forma de relacionamento com eles, seja direto ou indireto. 
As consequências do abuso de drogas vão além do próprio dependente, afetando toda a sociedade. Destarte, é possível afirmar que a dependência química repercute não só no usuário de substâncias, mas também nos familiares que convivem com ele (Medeiros et al., 2013).
Autores descrevem a família como um sistema em que cada membro está interligado de forma que a mudança em uma das partes provoca reverberação em toda a estrutura e cada um, por sua vez, é agente participante desse fenômeno, indicando que o indivíduo deve ser compreendido não só no contexto da sua individualidade, mas também familiar (Paz; Colossi, 2013).
As famílias dos toxicodependentes, em particular, suportam um fardo pesado à medida que vivenciam as repercussões físicas, mentais e sociais da dependência do seu ente querido. Isto deve-se à forte ligação emocional dentro da unidade familiar e ao seu papel percebido na formação da educação e do bem-estar dos seus filhos, o que influencia diretamente o seu crescimento e desenvolvimento global (Medeiros et al., 2013). 
Tendo em vista, que a fase da adolescência para os jovens é o momento de descobertas e de ter novas experiências, o uso de drogas nesta fase é muito comum e pode acarretar em inúmeros prejuízos à vida do sujeito, como alterações físicas, psicológicas e comportamentais. Nesse sentido, a família tem um papel fundamental no desenvolvimento e formação do adolescente, exercendo ampla influência sobre as decisões do adolescente com dependência, assim, o estudo levanta a seguinte questão norteadora: Quais as contribuições da família no tratamento da dependência química em adolescentes?
Deste modo, essa pesquisa tem como objetivo geral realizar um levantamento da literatura acerca das contribuições da família no tratamento da dependência química em adolescentes.
2 METODOLOGIA
Trata-se de uma pesquisa exploratória do tipo revisão de literatura integrativa com abordagem qualitativa. Tem base em uma metodologia específica de pesquisa em saúde que sintetiza um tema ou referencial teórico para proporcionar melhor compreensão e entendimento de um determinado conteúdo, permitindo uma ampla análise da literatura (Botelho; Cunha; Macedo, 2011).
As revisões integrativas são o modelo de revisão de pesquisa com maior amplitude, permitindo a integração de estudos experimentais e não experimentais com o objetivo de compreender o fenômeno da preocupação. Nessa revisão podem ser combinados dados da literatura teórica e empírica. Além do mais, as revisões integrativas englobam várias finalidades: definir conceitos, revisar teorias e evidências, e examinar a metodologiade um determinado tópico (Mendes; Silveira; Galvão, 2008). 
A pergunta da pesquisa foi formulada considerando o formato acrônimo PICO. Cada letra remete a um elemento da estratégia para formular a pergunta da revisão: “P” se refere a paciente, população ou problema, o “I” é definido como intervenção, exposição ou tópico de interesse, “C” para comparação ou controle e “O” refere ao desfecho ou resultado (Galvão et al, 2019).
Esta revisão tem como pergunta de pesquisa: quais as contribuições da família no tratamento de dependência química em adolescentes? Descrevendo a estratégia PICO utilizada para tal: “P” se refere aos adolescentes e familiares; o “I” ao tratamento; “C” não se aplica para este estudo; “O” são as informações da literatura acerca das contribuições dos familiares de adolescentes passando pelo tratamento de dependência química. 
É necessário estabelecer critérios para inclusão e exclusão de artigos na busca nas bases de dados. Desse modo, foram definidos como critérios de inclusão as publicações nas áreas de ciências da saúde e ciências humanas, estudos primários, tendo como filtros trabalhos publicados entre 2013 e 2023 com foco nas publicações completas, brasileiras e no idioma português.
Foram desconsideradas as publicações de revisões, duplicatas e em outros idiomas, além de artigos que não fazem correlação com o tema proposto nesta revisão de literatura.
A pesquisa iniciou-se de forma online, por buscas de artigos científicos por intermédio da Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a base de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline). Nas bases de dados foram utilizados três descritores, sendo eles: adolescentes, dependência química e família, consultados no Descritores em Ciência da Saúde (DeCS\MeSH). Para a busca na base de dados, foi selecionado um operador booleano, sendo ele: AND.
Na plataforma do Portal Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) tendo como fonte Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS) e a base de dados Medical Literature Analysis and Retrievel System Online (Medline), foram utilizados os três descritores junto a um operador booleano.
Desse modo, foram utilizados os seguintes descritores e uma estratégia na busca dos artigos: (Adolescentes) AND (Dependência química) AND (Família). Foi utilizada a referida estratégia, considerando as especificidades e busca para cada base de dados acessada.
Ao realizar as estratégias de busca nas bases de dados, os artigos foram avaliados conforme o fluxo de recomendação PRISMA (Principais Itens para Relatar Revisões Sistemáticas e Meta-análises). A recomendação PRISMA fornece um checklist de itens essenciais que os autores devem incluir ao relatar revisões sistemáticas e meta-análises. Esses itens abrangem aspectos relacionados ao planejamento do estudo, seleção e avaliação de estudos, coleta e análise de dados, apresentação de resultados e interpretação das conclusões (Galvão; Pansani; Harrad, 2015).
Ao empregar a proposta de Braun e Clarke (2006) de análise temática, pensando nos resultados mais abordados na amostra da pesquisa, serão analisados os padrões emergentes, bem como as categorias mais recorrentes, a fim de identificar as tendências principais e as relações entre os dados. Assim, compreender as implicações mais relevantes e os fatores que contribuíram para o desenvolvimento dos temas centrais. Além disso, serão descritos os artigos quanto à porcentagem de publicações por ano, tipo de estudo realizado e o local de publicação das revistas.
As informações e os dados foram extraídos dos estudos que obedeceram aos critérios de inclusão já mencionados. Essas informações foram analisadas e interpretadas em uma planilha no Excel, contendo: autor, título, nome do periódico, ano da publicação, objetivo, metodologia e resultados.
3 RESULTADOS E DISCUSSÃO
3.1 Caracterização dos artigos
Ao utilizar a estratégia de busca nas bases de dados, os artigos foram avaliados de acordo com o fluxo de recomendação PRISMA. Foram encontrados 2620 artigos, dos quais 60 foram na BDENF, 228 da LILACS e 2332 da MEDLINE. Após adicionar os critérios de inclusão ficaram 74, sendo 24 da BDENF, 39 da LILACS e 11 da MEDLINE. Por fim, sobraram 11 artigos após a leitura na íntegra e avaliação da elegibilidade, sendo, 5 da BDENF, 4 da LILACS e 2 da MEDLINE, os quais compõem a amostra final.
Figura 1: Fluxograma demonstrativo de acordo com o protocolo do PRISMA.
Fonte: PRISMA (2015), dados do autor (2023).
Após a estratégia de busca utilizada, foram analisados os 11 artigos presentes na amostra, identificando a predominância de publicações nos anos de 2015, 2018 e 2021, com três publicações em cada (27,3%), além dos anos 2016 e 2019, com apenas uma publicação em cada (9,1%). Nos tipos de estudos puderam ser encontrados apenas três tipos, sendo eles, qualitativo descritivo com oito publicações (72,7%), quantitativo exploratório com uma publicação (9,1%) e descritivo transversal com duas publicações (18,2%). Todos os artigos apresentados na amostra da pesquisa foram publicados no território brasileiro, tendo a predominância nos locais de São Paulo com cinco publicações (45,5%) e Pernambuco com três publicações (27,3%), as demais publicações foram nos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná, com apenas uma publicação em cada um deles (9,1%). Abaixo encontra-se o quadro descritivo dos artigos selecionados.
Quadro 1: descrição dos artigos segundo numeração, título, objetivo, método, resultados, periódico, ano de publicação e autores, Maceió-AL, 2023. 
	Número do artigo
	Título do artigo
	Objetivo e Método
	Resultados
	Periódico e ano
	Autor
	1
	Motivações de dependentes químicos para o tratamento: percepção de familiares
	Objetivo: identificar os motivos que familiares atribuem à busca por tratamento pelo dependente químico. Método: estudo qualitativo descritivo, desenvolvido em 2012 e 2013, em uma unidade de reabilitação para dependentes químicos localizada no Paraná. Foram realizadas 19 entrevistas semiestruturadas com familiares de dependentes químicos em tratamento.
	A busca por tratamento pelos dependentes químicos ocorreu: no estágio de pré-contemplação por influências externas; no estágio de contemplação pela ambivalência; no estágio de ação por conscientização da dependência química;
e no estágio de manutenção pela não conservação das mudanças comportamentais.
	Revista Brasileira de Enfermagem / 2015
	Ferreira et al.
	2
	Convívio com adolescentes usuários de cocaína/crack: sentimentos e apreensões de familiares
	Objetivo: identificar os sentimentos e apreensões de familiares de adolescentes usuários de cocaína/crack acerca do convívio familiar. Método: estudo qualitativo, realizado com familiares de adolescentes usuários de cocaína/crack atendidos em uma comunidade terapêutica de Fortaleza/CE. Os dados foram produzidos mediante entrevista semiestruturada, analisados por meio do Discurso do Sujeito Coletivo.
	Os participantes relataram a dependência química do adolescente como fator desencadeante para o aparecimento de conflitos familiares. O uso da cocaína/crack surgiu como potencializador do rompimento do vínculo familiar. Os familiares desejam que o dependente químico deixe de causar problemas e que tenha uma expectativa positiva de futuro.
	Revista de Enfermagem UFPE On Line / 2015
	Branco et al.
	3
	Contexto familiar e uso de drogas entre adolescentes em tratamento
	Objetivo: descrever as características do contexto familiar de adolescentes em tratamento no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas de Cuiabá, MT. Métodos: Estudo transversal retrospectivo documental, com análise de 74 prontuários de usuários em tratamento.
	O predomínio do sexo masculino, baixa escolaridade e alta proporção do uso de maconha. A maioria tinha convivência familiar satisfatória, não se relacionava bem com a figura paterna e convivia com familiar usuário de drogas.
	Smad. Revista EletrônicaSaúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português) / 2015
	Marcon; Sene; Oliveira
	4
	Necessidades de cuidados de adolescentes usuários de drogas segundo seus familiares
	Objetivos: compreender a necessidade de cuidado expressa por familiares do adolescente usuário de álcool e substâncias psicoativas. Método: pesquisa descritiva de abordagem qualitativa realizada com seis familiares de adolescentes usuários de drogas, no noroeste do estado do Paraná. A coleta de dados foi realizada no período de março a junho de 2009, por meio de entrevistas abertas, submetidas à análise de conteúdo.
	Mostram que o sofrimento é intenso e exige acompanhamento de conflitos familiares. Os familiares percebem descuido dos profissionais com os adolescentes, pela ausência de apoio no tratamento, falta de incentivo e de informações necessárias para que os familiares possam compreender e saibam lidar melhor com as situações.
	Revista Enfermagem UERJ / 2016
	Brischiliari; Rocha-Brischiliari; Marcon
	5
	Percepção da família de adolescentes sobre o cuidado no contexto do consumo de drogas
	Objetivo: compreender como o cuidado relacionado ao consumo de drogas é percebido pelos familiares de estudantes do ensino médio, à luz do pensamento de Maurice Merleau-Ponty. Método: Realizado no primeiro semestre de 2015, no domicílio de 14 familiares de estudantes de escola pública no interior da Bahia, por meio de entrevista.
	Revelam a necessidade de a família e a escola participarem do cuidado relacionado ao uso de drogas, com vistas à construção coletiva de projetos de vida mais saudáveis. Ao mesmo tempo, os 
dados apontam a importância de fortalecer a política de redução de danos.
	Revista Eletrônica de Enfermagem / 2018
	Sena et al. 
	6
	As relações familiares com adolescentes usuários de substâncias psicoativas: percepção dos pais
	Objetivo: discutir a experiência das famílias que cuidam de adolescentes consumidores de substâncias psicoativas. Método: Estudo qualitativo, descritivo, tendo como participantes da pesquisa os genitores de adolescentes usuários de drogas, de um Centro de Atenção Psicossocial-Álcool e Drogas do interior paulista. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas e os dados foram analisados pela técnica de análise de conteúdo, categorial temática.
	Apontam que os genitores mostram dificuldade de estabelecer diálogo assertivo com seus filhos, em desenvolver seu papel e de estabelecer limites. Tais situações geram sentimentos ambivalentes e emoções negativas que os mobilizam a buscar apoio no âmbito familiar, informacional, religioso e instrumental.
	Revista Eletrônica de Enfermagem / 2018
	Zerbetto et al.
	7
	Mudanças percebidas por usuários de centros de atenção psicossocial em álcool e outras drogas
	Objetivo: avaliar se os usuários dos Centros de Atenção Psicossocial em Álcool e Outras Drogas percebem mudanças com o tratamento recebido e quais as variáveis associadas a tais mudanças. Método: estudo quantitativo, avaliativo, transversal, descritivo e exploratório com amostra de 263 usuários. Utilizou-se um instrumento adaptado construído com base na Portaria n.° 336/2002 do Ministério da Saúde.
	Os usuários referiram boas mudanças em relação à confiança em si próprios, humor, problemas pessoais, interesse pela vida, capacidade de suportar situações difíceis e qualidade do sono. Pequenas mudanças foram percebidas na convivência com amigos, estabilidade emocional, convivência com a família e com outras pessoas.
	Revista de Enfermagem UFPE On Line / 2018
	Boska 
et al.
	8
	Adesão ao tratamento: percepção de adolescentes dependentes químicos
	Objetivo: descrever a percepção de adolescentes sobre a adesão ao tratamento da dependência química. Métodos: estudo descritivo, exploratório, com abordagem qualitativa. Participaram onze adolescentes atendidos no Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS ad), no interior de Minas Gerais. Os dados foram coletados por meio de entrevistas, utilizando um instrumento semiestruturado, e após analisados através da técnica de análise de conteúdo.
	Constatou-se que os vínculos estabelecidos, as atividades desenvolvidas e o apoio familiar facilitam a adesão ao tratamento, e a ordem judicial auxilia a frequência no serviço. A identificação e a compreensão dos fatores que interferem no processo de adesão ao tratamento possibilitam a elaboração de programas e abordagens 
terapêuticas adequadas e eficazes.
	Smad Revista Eletrônica Saúde Mental Álcool e Drogas (Edição em Português) / 2019
	Gonçalves et al. 
	9
	Adolescente usuário de substâncias psicoativas: concepção de profissionais sobre a rede de cuidado
	Objetivo: conhecer a concepção de profissionais que atuam no Conselho Tutelar e no Judiciário acerca da rede de cuida do ao adolescente usuário de substâncias psicoativas. Método: Trata-se de uma pesquisa qualitativa, em que foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 13 profissionais que atuavam na assistência e/ou no Judiciário em um município do interior do Rio Grande do Sul.
	A importância de ações de prevenção envolvendo a família e a escola, bem como dificuldades vivenciadas pelos profissionais na rede, como a alta demanda de adolescentes, falta de recursos humanos, problemas na comunicação entre os serviços que compõem a rede, infraestrutura precária e alta rotatividade dos profissionais nos serviços.
	Fractal: Revista de Psicologia / 2021
	Porta et al.
	10
	Porta giratória no acolhimento de crianças e adolescentes usuários de drogas: desafios e manejos
	Objetivo: descrever características relacionadas ao fenômeno da porta giratória em uma Unidade de Acolhimento infantojuveni. Método: estudo de caso qualitativo com análise de: entrevistas semiestruturadas; observação participante com registro em caderno de campo; documentos e grupo focal.
	Foram construídos três temas: Vínculos rompidos: “Se a família não se cuidar a gente não consegue”; Subfinanciamento: “Eles fazem milagre com os recursos que têm”; Políticas públicas: “Esse problema não é meu”.
	Psicologia & Sociedade / 2021
	Gomes; Silva; Corradi-Webster
	11
	Associação entre a dinâmica familiar e consumo de álcool, tabaco e outras drogas por adolescentes
	Objetivo: analisar, à luz do pensamento sistêmico, a associação entre a dinâmica familiar e o consumo de álcool, tabaco e outras drogas na vida por adolescentes. Método: estudo descritivo transversal realizado em nove escolas públicas do Recife. Participaram 364 adolescentes com idade entre 14 a 19 anos. Foram utilizados três questionários.
	Houve associação entre pais/ responsáveis desconhecerem o que o filho considera importante para ele e o consumo de álcool e tabaco por adolescentes; também se verificou associação entre ocorrência de relações conflituosas e o consumo de drogas ilícitas por adolescentes.
	Revista Brasileira de Enfermagem / 2021
	Silva et al.
3.2 Estruturação das categorias com base nos achados
A dependência química em adolescentes é um problema complexo que afeta não apenas o indivíduo, mas também seu contexto familiar e social. Após a leitura dos artigos selecionados na literatura identificou-se quatro elementos principais que sintetizam as contribuições da família: o monitoramento e supervisão do adolescente, a assistência emocional, a modelagem de comportamentos no ambiente doméstico e a participação em terapias e programas de tratamento.
Os achados de Boska et al. (2018) e Gonçalves et al. (2019) evidenciam o impacto do monitoramento e supervisão familiares na identificação precoce de comportamentos de risco e na garantia da adesão às diretrizes terapêuticas. Essas práticas criam um ambiente mais estável, reduzindo as chances de recaída e fortalecendo a relação entre o adolescente e seus familiares.
No que diz respeito à assistência emocional, os estudos de Gonçalves et al. (2019) e Ferreira et al. (2015) destacam a relevância do acolhimento e do apoio familiar, que oferecem ao adolescente um senso de pertencimento e segurança, fatores essenciais para a adesão e continuidade no tratamento.
A modelagem de comportamentosno ambiente doméstico também foi amplamente discutida. Marcon, Sene e Oliveira (2015) enfatizam como os exemplos vivenciados na dinâmica familiar impactam diretamente a formação de padrões saudáveis, influenciando positivamente a adoção de estratégias adaptativas por parte do adolescente.
Por fim, a análise dos estudos de Ferreira et al. (2015) e Boska et al. (2018) ressalta a importância da participação da família em terapias e programas de tratamento. Esse envolvimento não só fortalece os vínculos afetivos, mas também promove uma compreensão mais aprofundada da dependência química, criando um ambiente doméstico mais propício à recuperação.
3.2 Monitoramento e supervisão do adolescente pela família
No que diz a respeito ao acompanhamento e à supervisão dos adolescentes em tratamento, a literatura aponta a relevância dessas ações como elementos fundamentais no processo de recuperação. Tais práticas são amplamente reconhecidas como fatores de proteção cruciais, uma vez que contribuem para a prevenção de recaídas e asseguram que o jovem se mantenha em um contexto favorável ao seu restabelecimento. A supervisão contínua, somada ao monitoramento adequado, cria um ambiente estruturado que favorece a adesão ao tratamento e promove o desenvolvimento de comportamentos saudáveis (Silva, 2021).
Telles e Sotte (2020) apontam que uma parte significativa dos adolescentes que desenvolvem dependência química provêm de lares desestruturados, onde os papéis parentais estão comprometidos por disfunções como a violência doméstica ou o próprio uso de substâncias pelos familiares. Nessas situações, muitas vezes, os pais recorrem ao conselho tutelar e às autoridades públicas para ajudar a impor limites ao adolescente, o que revela a ausência de uma supervisão parental efetiva.
De acordo com os estudos de Malta et al. (2012), mostram a importância do monitoramento sobre o que os filhos fazem no tempo livre. Os autores afirmam ainda que os adolescentes que não se sentem acolhidos pela família, buscam acolhimento com os amigos, o que por vezes, o levam ao caminho das substâncias psicoativas.
Famílias nas quais os adolescentes não se sentem acolhidos podem levá-los ao envolvimento com grupos de outros jovens que fazem uso de substâncias, muitas vezes na tentativa de compensar o vazio deixado pela família. Estudos mostram que adolescentes de ambos os sexos dependentes de álcool vêm de famílias mais distanciadas, as quais não se envolvem em atividades conjuntas (Malta et al, 2012, p.175).
Desta forma, é fundamental compreender que o monitoramento eficaz não implica uma vigilância constante e opressiva, mas sim um acompanhamento equilibrado das atividades do jovem, incluindo seu círculo de amizades, suas rotinas escolares e o tempo livre, sempre dentro de um contexto de confiança mútua. O monitoramento saudável envolve a criação de limites claros e consistentes, ao mesmo tempo em que promove a autonomia e a responsabilidade do adolescente. 
Morato et al. (2024) ressaltam que, em lares onde há falhas na supervisão parental, os adolescentes com dependência ficam mais expostos a situações de risco, o que aumenta a probabilidade de recaídas e de envolvimento em comportamentos de risco. Além disso, o monitoramento parental eficaz também está diretamente associado à prevenção de recaídas durante e após o tratamento. 
A supervisão contínua, aliada ao fortalecimento das capacidades parentais de monitoramento, é um componente essencial no tratamento de adolescentes, especialmente em famílias que enfrentam disfunções internas. A literatura destaca que o ambiente familiar desempenha um papel crítico na prevenção de recaídas, sendo necessário que os pais estejam equipados para criar uma estrutura adequada de suporte e vigilância, que favoreça a recuperação do adolescente (Silva, 2021).
Quando as famílias apresentam problemas internos, o fortalecimento dessas capacidades se torna ainda mais relevante, já que a supervisão parental é um fator de proteção essencial. Isso garante que o adolescente permaneça em um ambiente propício à sua reabilitação, reduzindo significativamente as chances de recaída e promovendo o desenvolvimento de habilidades saudáveis para lidar com situações de risco (Morato et al., 2024). Desta forma, a criação de um ambiente seguro e supervisionado, seja no âmbito familiar ou institucional, é fundamental para o sucesso do tratamento, reforçando a importância de intervenções personalizadas que envolvam não apenas o adolescente, mas também seus responsáveis.
3.3 Assistência emocional da família no tratamento
O apoio emocional fornecido pela família exerce um papel vital na estruturação do ambiente necessário para que o adolescente possa enfrentar e superar a dependência química. Pensando nisso, esse apoio não apenas proporciona a segurança afetiva necessária para que o jovem se sinta compreendido e acolhido, mas também ajuda a estabelecer um contexto familiar estável, que é crucial para o desenvolvimento de mecanismos internos de enfrentamento e resiliência (Medeiros et al., 2013).
Estudos como o de Gonçalves et al. (2019) revelam que intervenções em que a família participa ativamente do processo terapêutico apresentaram uma redução significativa no uso de substâncias, o que demonstra a importância desse apoio no contexto da reabilitação. O adolescente, ao encontrar em seus familiares um porto seguro emocional, em que pode se expressar sem medo de ser julgado ou reprimido, sente-se mais motivado a aderir ao tratamento e a seguir as orientações dos profissionais de saúde.
Nesse sentido, o ambiente familiar que proporciona uma convivência harmoniosa, baseada no diálogo, na compreensão e na interação positiva, torna-se um facilitador crucial para o sucesso do processo terapêutico. Gonçalves et al. (2019) enfatizam que, quando a família oferece apoio constante e se envolve no processo de reabilitação, a adesão ao tratamento se torna mais consistente e efetiva. O adolescente, que muitas vezes utiliza as drogas como um meio de escape emocional, pode começar a ver na família uma fonte de afeto e segurança emocional que substitui a necessidade de buscar conforto nas substâncias. Entretanto, é igualmente importante que esse apoio emocional seja equilibrado, sem que os familiares assumam uma postura paternalista ou superprotetora, o que poderia, inadvertidamente, infantilizar o adolescente ou retardar o desenvolvimento de suas capacidades de enfrentamento autônomo. 
Além disso, o ambiente familiar que proporciona esse tipo de apoio também precisa estar emocionalmente preparado para lidar com os desafios que surgem ao longo do processo de reabilitação. Famílias que frequentam grupos de apoio, como os voltados para parentes de dependentes químicos, podem obter as ferramentas necessárias para melhor oferecer esse suporte emocional, ao mesmo tempo em que cuidam de sua própria saúde mental e emocional (Zerbetto et al., 2018).
Nesse contexto, Cleverley, Grenville e Henderson (2018) relatam que a assistência emerge como um dos pilares fundamentais na reabilitação do adolescente, não se restringe ao fornecimento de conforto momentâneo, mas se estende à reestruturação dos laços afetivos, possibilitando a criação de um ambiente seguro e acolhedor, no qual o jovem se sente valorizado e compreendido. Através da oferta de suporte emocional contínuo, a família fortalece o vínculo com o adolescente, o que contribui significativamente para a sua disposição em permanecer no tratamento e enfrentar os desafios inerentes ao processo de recuperação.
O suporte emocional, ao ser ofertado de maneira contínua e compreensiva, além da ajuda profissional se revela como um componente indispensável para a criação de um sistema de apoio sólido, capaz de melhorar não apenas as perspectivas de sucesso no tratamento, mas também a qualidade de vida geral do adolescente em recuperação (Zerbetto et al., 2018). Assim, a colaboração familiar, quando permeada por um apoio emocional profundo, torna-se um recurso vital na jornada de superação da dependência, promovendouma reestruturação interna e externa do adolescente, com impactos benéficos tanto no âmbito individual quanto no contexto familiar mais amplo.
3.4 Modelagem de comportamentos no âmbito familiar
O conceito de modelagem de comportamentos no contexto familiar é particularmente relevante para o tratamento da dependência química, uma vez que os adolescentes com dependência aprendem, em grande parte, observando os exemplos de comportamento dos adultos e de outros membros da família (Garcia, 2018).
Garcia (2018) destaca que a família é o primeiro núcleo de socialização e, portanto, desempenha um papel crucial na transmissão de valores, normas sociais e comportamentos. Entretanto, quando o ambiente familiar é marcado por disfunções, como violência, conflitos ou uso de substâncias, o adolescente pode internalizar esses comportamentos negativos e replicá-los em sua própria vida.
A abordagem sistêmica, destaca que a família funciona como um sistema interdependente, onde os comportamentos de cada membro influenciam os demais. Portanto, a reabilitação de um adolescente depende não apenas de seu próprio esforço, mas também da reorganização das interações familiares. Assim, quando os pais e outros membros da família adotam comportamentos pró-sociais, como uma comunicação aberta e não violenta, o manejo adequado do estresse e a resolução saudável de conflitos, eles oferecem ao adolescente modelos a serem seguidos, o que pode impactar positivamente o processo de recuperação (Ribeiro; Sattler, 2022).
De acordo com Pinheiro-Carozzo et al. (2020) o princípio da circularidade refere-se ao manejo do terapeuta de conduzir uma investigação baseada no retorno fornecido pela família em relação aos aspectos dos relacionamentos, diferenças e transformações ocorridas no contexto familiar. Esse processo conduz o terapeuta a refletir não em termos de fatos isolados, mas sim em termos das relações que se estabelecem entre os familiares, de modo a testar e verificar as suas hipóteses.	Ademais, o princípio da formulação de hipóteses estabelece a base inicial para o processo investigativo conduzido pelo terapeuta, direcionando e estruturando suas reflexões acerca do funcionamento do sistema familiar como um todo. Esses recursos terapêuticos presentes na abordagem sistêmica são amplamente aplicáveis, sendo um trabalho que requer a participação efetiva do terapeuta para melhor conduta junto a família.
Além disso, ao fornecer uma compreensão mais ampla da dinâmica familiar e das causas subjacentes da dependência, o trabalho do terapeuta com abordagem sistêmica é capaz de ajudar os familiares a desenvolverem estratégias mais eficazes para lidar com a situação e para se recuperarem dos danos causados por esta condição, além de auxiliar no desenvolvimento de habilidades de resiliência para que assim estejam mais preparados para enfrentar os desafios impostos pela dependência química no seio familiar (Ribeiro; Sattler, 2022).
Cassel, Paini e Kirsten (2021) destacam que a dificuldade dos pais em estabelecer limites claros e consistentes para o adolescente, muitas vezes decorrente de conflitos de comunicação e falta de coesão familiar, pode levar ao agravamento da dependência química. Dessa forma, uma das metas do tratamento familiar deve ser a modificação desses padrões disfuncionais de interação, de modo a criar um ambiente mais estável e seguro, onde o adolescente possa se desenvolver e superar sua dependência com o apoio de exemplos positivos.
Moura, Monteiro e Freitas (2016) sugerem que, apesar das disfunções que possam existir dentro da família, os adolescentes tendem a perceber a influência familiar de maneira positiva quando essa influência é orientada por comportamentos de apoio e incentivo. Isso reforça a ideia de que, mesmo em contextos desafiadores, a família pode ser uma fonte poderosa de resiliência e proteção, desde que seja acompanhada de forma assertiva e integral por um profissional preparado, implementando estratégias de comunicação e interação mais saudáveis.
3.5 Participação da família em terapias e programas de tratamento
 A dependência química em adolescentes é um problema complexo que requer abordagens multidimensionais e integradas com profissionais da área, nas quais a família desempenha um papel central nesta situação (Ribeiro; Sattler, 2022). Diversos estudos apontam que a presença e o envolvimento da família desempenham um papel essencial no sucesso do tratamento e na recuperação do adolescente, sendo este um fator decisivo para promover um ambiente de suporte emocional e estabilidade (Gonçalves et al., 2019). 
Paralelamente, a participação ativa de profissionais, em conjunto com a família em grupos de apoio e terapias, torna-se igualmente fundamental para a eficácia do processo terapêutico, pois esses especialistas podem orientar e mediar as interações familiares, potencializando os resultados, favorecendo um processo de recuperação mais consistente e duradouro (Brischiliari; Brischiliari, Marcon, 2016).
A participação ativa da família em terapias e programas de tratamento é amplamente reconhecida como uma estratégia eficaz para a reabilitação de adolescentes dependentes químicos. 
Souza, Santos e Souza (2023) sublinham que a terapia familiar junto do terapeuta, ao envolver todos os membros do núcleo familiar, promove um espaço no qual cada indivíduo pode expressar suas preocupações, emoções e frustrações, contribuindo para a criação de uma rede de apoio mais ampla e funcional. Desta forma, ao reconhecer que o comportamento aditivo de um adolescente afeta toda a dinâmica familiar, a terapia busca reestabelecer padrões de comunicação mais saudáveis e identificar as causas subjacentes dos conflitos familiares que podem estar contribuindo para a dependência.
Além disso, a participação em grupos de apoio específicos para familiares de dependentes químicos tem sido identificada como uma ferramenta complementar valiosa, onde estudos destacam que esses grupos especializados oferecem aos familiares a oportunidade de compartilhar suas experiências e de receber psicoeducação sobre os aspectos biológicos, psicológicos e sociais da dependência química (Paz; Colossi, 2013). Essa troca de informações é crucial para que os pais compreendam melhor o processo de recuperação de seus filhos e aprendam a reconhecer os sinais de recaída, bem como a desenvolver habilidades para lidar com crises familiares.
Além do mais, Rifiana et al. (2022) oferecem perspectivas valiosas sobre a influência diversificada da participação da família na reabilitação do abuso de substâncias, apontando para a eficácia de um programa de treinamento de habilidades familiares incorporado à terapia cognitivo-comportamental em grupo. Desta forma, o profissional responsável faz a quantificação das mudanças obtidas, evidenciando as alterações nos estilos parentais e as percepções do comportamento familiar, demonstrando a eficácia dessa intervenção. 
Junto a isso, Vasques e Bernardino (2019) ressaltam a relevância do apoio psicológico desde o início do processo de tratamento, enfatizando a terapia conjugal e familiar como uma abordagem eficaz para mudar atitudes familiares em relação à dependência. Reforçam que ao promover a aceitação do tratamento e melhorar a motivação, a família é reconhecida como um fator determinante para a sustentabilidade da recuperação. 
A terapia familiar, conforme descrita por Campos (2020), também proporciona um espaço para que os familiares identifiquem padrões disfuncionais de comportamento que podem estar perpetuando o ciclo da dependência, permitindo que sejam desenvolvidas estratégias para modificar esses padrões. Além disso, a terapia possibilita que os familiares reconheçam suas próprias limitações e necessidades, promovendo o autocuidado e o fortalecimento emocional, além de trabalhar em conjunto com profissionais de saúde e com outros familiares, a família poderá desenvolver novas formas de se organizar e de interagir, o que irá contribuir diretamente para a melhora do adolescente em tratamento.Portanto, a participação familiar em terapias e programas de apoio beneficia o adolescente e fortalece a resiliência e as habilidades de enfrentamento da família, essenciais para a manutenção dos resultados e a prevenção de recaídas. No âmbito dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS AD), esse processo é potencializado pelo suporte de equipes multiprofissionais, que facilitam a comunicação, orientam as interações familiares e promovem o desenvolvimento de estratégias de apoio efetivas, resultando em uma recuperação mais sólida e duradoura, permitindo uma assistência integral e especializada para o êxito do tratamento e o fortalecimento dos vínculos (Vasques; Bernardino, 2019)
4 CONCLUSÃO
Por fim, é possível confirmar a importância da família no tratamento da dependência química em adolescentes, tornando-se evidente que seu envolvimento vai além do simples apoio emocional ou da imposição de limites, sendo um fator crucial para o sucesso da reabilitação, não só potencializando os resultados do tratamento individual, como também contribuindo para a construção de um ambiente familiar mais saudável e equilibrado. Desta forma, a atuação conjunta da família, em parceria com profissionais de saúde, fortalece as bases para uma recuperação sólida e sustentável, promovendo a reinserção social e o bem-estar emocional do adolescente.
Em suma, ao relacionar os aspectos discutidos com a literatura especializada, fica evidente que a contribuição da família no tratamento da dependência química em adolescentes é um fator decisivo para o sucesso do processo de reabilitação. O apoio emocional, o monitoramento e supervisão, a modelagem de comportamentos e a participação ativa em terapias e grupos de apoio oferecem ao adolescente as bases necessárias para enfrentar a dependência, ao mesmo tempo em que fortalecem o sistema familiar como um todo. As intervenções que envolvem a família no processo terapêutico não só aumentam as chances de sucesso a curto prazo, mas também promovem mudanças estruturais e comportamentais que sustentam a recuperação a longo prazo.
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