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sumário
História e conceituação da biblioteca universitária......................................................... 1
Serviço de referência: conceituação .............................................................................. 4
Usuários. Principais categorias de usuários................................................................... 6
Coleção e referência ...................................................................................................... 14
Diferentes tipos de documentos ..................................................................................... 23
Serviços prestados aos usuários.................................................................................... 26
Arranjos dos livros nas estantes..................................................................................... 33
Serviços cooperativas .................................................................................................... 37
Serviço de tratamento de coleção: atividades básicas. Aquisição tombamento ............ 45
Classificação /catalogação. Catálogos coletivos ............................................................ 51
Regras para arquivamento e alfabetação ...................................................................... 57
Noções básicas de normalização (abnt nbr 6023 e estilo vancouver) ........................... 67
Noções básicas de tutoria no ensino à distância ........................................................... 89
Tipologia de bases de dados eletrônicas ....................................................................... 96
Bibliotecas virtuais .......................................................................................................... 105
Marketing e relacionamento em mídias sociais.............................................................. 114
Software de gerenciamento de biblioteca ...................................................................... 122
5s da organização .......................................................................................................... 130
Questões ........................................................................................................................ 132
Gabarito .......................................................................................................................... 138
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UNESP Bauru
Conhecimentos Específicos
O conteúdo deste livro eletrônico é licenciado para LIVIA FERREIRA SOARES MESSIAS - 311.995.018-16, vedada, por quaisquer meios e a
qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
1
História e conceituação da Biblioteca Universitária
— História do livro1
O que conhecemos como livro chegou ao seu aspecto atual após intensas e constantes modificações, que 
alteraram, inclusive, o seu significado. Hoje o vemos como algo corriqueiro, mas no passado foi um símbolo de 
poder e status, acessível apenas a uma pequena parcela da população. Seu papel como veículo de conheci-
mento e informação, contudo, permanece o mesmo, ainda que esse processo também tenha assumido diferen-
tes formas, de acordo com a época e o local.
As primeiras representações gráficas que conhecemos são as chamadas pinturas rupestres – existentes há 
aproximadamente 32.000 anos – e os petroglifos, desenhos gravados em pedra.
No Egito antigo, os “escribas” ou escrivães eram pessoas responsáveis pela leitura e produção dos textos 
nos papiros, espécies de plantas usadas desde 2500 a.C., as quais, por sua vez, constituíam um grande rolo 
de folhas pregadas umas às outras. Assim surgiram os pergaminhos, suportes de peles de animais (carneiro, 
cabra, ovelha, etc.), muito utilizados pelos “monges copistas” da Idade Média. Na Idade Média os livros eram 
considerados objetos de imenso valor e por isso, acessível somente para uma pequena parte da população 
(nobreza e o clero).
Além disso, muitos livros eram considerados impróprios pela Igreja Católica, que dominava o cenário do 
medievo. Essas obras foram reunidas num livro denominado “Index Librorum Prohibitorum” ou “Índice dos Li-
vros Proibidos”.
A maioria dos livros eram de religião, enquanto outros de história, astronomia, literatura e filosofia, ficavam 
restrito a um número menor ainda.
Nesse contexto, importante destacar que a maioria das pessoas, não sabiam ler ou escrever, o que dificul-
tava ainda mais a disseminação desse conhecimento, guardado nas bibliotecas a “sete chaves”.
Um fato muito importante que ocorreu em fins da Idade Média, ou ainda, da passagem da Idade Média para 
a Idade Moderna, foi o surgimento da Imprensa, em meados do século XV.
Na Europa, fatores como o declínio do sistema feudal, o surgimento da burguesia, a Reforma Protestante, 
foram afastando as imposições da Igreja e abrindo um leque de possibilidades para as pessoas, que ao mesmo 
tempo, se sentiam impossibilitadas de expressarem suas opiniões.
Esses acontecimentos impulsionaram a elaboração de métodos de impressão tal qual a prensa móvel, (já 
descoberta na China por Pi Sheng) pelo alemão Johannes Gutenberg (1398-1468).
A partir de sua técnica, aperfeiçoada dos asiáticos, Gutenberg produziu o primeiro “livro” na Europa deno-
minado “Bíblia de Gutemberg”, (entre 1400 e 1456), com tiragem de 180 exemplares.
Esse sistema de impressão, jamais antes visto pela população europeia, foi o fulcro necessário para permitir 
o acesso aos livros ao restante da população.
A partir daí, a popularização do livro ganhou força no mundo inteiro, considerado atualmente um dos obje-
tos mais importantes de acesso ao conhecimento. Com o tempo, foram surgindo livros de didáticos, livros de 
estórias infantis, livros de poesias, dentre outros.
O livro, um produto intelectual, surgiu da necessidade dos povos de guardar o conhecimento e passa-los de 
geração em geração. Ele é visto como um objeto de enorme valor cultural e histórico, muito importante para a 
disseminação do conhecimento no mundo.
1 Disponível em https://www.todamateria.com.br/historia-do-livro Acesso em 04.01.2022
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
2
— História das bibliotecas
Definição do Dicionário de Biblioteconomia e Arquivologia (CUNHA e CAVALCANTI. Briquet de Lemos, 
2008): “Coleção de material impresso ou manuscrito, ordenado e organizado com o propósito de estudo e pes-
quisa ou de leitura geral ou ambos. Muitas bibliotecas também incluem coleções de filmes, microfilmes, discos, 
vídeos e semelhantes que escapam à expressão “material manuscrito ou impresso”.
Biblioteca significa algo como “Caixa de livros”, da junção dos radicais Biblio (Livro) e Thek (caixa). A Bi-
blioteca atual pode ser chamada de Unidade de Informação, Centro de Informação, Centro de Documentação, 
entre outras denominações.
Hoje, o termo não contempla mais de forma fidedigna as atividades e o espaço de trabalho do profissional, 
uma vez que a proliferação de suportes para o registro do conhecimento extrapola a noção de livros organiza-
dos em espaços fechados. Atualmente esses espaços recebem diversas denominações: centro de documen-
tação, arquivos, centros de informação, bibliotecas, bibliotecas virtuais, bibliotecas eletrônica ou digital, etc. 
Essas denominações estão reunidas sob o termo genérico “unidades de informação”.
— Um pouco da história
A história das bibliotecas no mundo acompanha a própria história da escrita e das formas de registro do 
conhecimento humano e antecede a própria história do livro.
• A escrita mais antiga é a ideográfica (representação gráfica de ideias), inscrita em pedras (6000 AC), ossos 
(1500 AC), placas de madeira encerada, barroà responsabilização civil e criminal.
23
A mediação eficaz ocorre quando:
 ▪ O bibliotecário compreende o contexto da pergunta
 ▪ Identifica a melhor fonte com agilidade
 ▪ Ensina o usuário a utilizar essa fonte por conta própria no futuro
 ▪ Promove o pensamento crítico e a leitura reflexiva da informação
 ▸ Ferramentas e estratégias de atuação
Para desempenhar bem seu papel, o bibliotecário de referência pode (e deve) utilizar recursos como:
 ▪ Tutoriais em vídeo sobre como usar bases de dados
 ▪ Guias de pesquisa organizados por temas
 ▪ Serviços via WhatsApp, e-mail ou chat integrado ao site da biblioteca
 ▪ Programas de formação de usuários, com calendário regular
 ▪ Grupos de apoio à pesquisa acadêmica
 ▪ Redes sociais como canal de divulgação de fontes confiáveis
Essas estratégias ajudam a tornar o serviço mais visível, acessível e eficaz.
O bibliotecário de referência é, antes de tudo, um profissional a serviço do usuário e do acesso qualificado 
à informação. Sua atuação é essencial para transformar a biblioteca em um espaço vivo de aprendizagem, 
inclusão e cidadania.
Ao dominar as técnicas, respeitar a ética profissional e manter-se atualizado, o bibliotecário assegura que a 
informação cumpra seu papel social e educativo de forma plena.
Diferentes tipos de documentos
É importante termos em mente os conceitos claros de documento e documentação:
• Documento6 é o livro, a revista, o jornal; é a peça de arquivo, a estampa, a fotografia, a medalha, a mú-
sica; é, também, atualmente, o filme, o disco e toda a parte documental que precede ou sucede a emissão 
radiofônica.
· Funcionalmente: o documento conserva dados (aspecto estático) e ao mesmo tempo informa; e
· Estruturalmente: o documento é container e difusor, assim como é forma e substância.
• Documentação é constituída por uma série de operações distribuídas, hoje, entre pessoas e organismos 
diferentes. O autor, o copista, o impressor, o editor, o livreiro, o bibliotecário, o documentador, o bibliógrafo, 
o crítico, o analista, o compilador, o leitor, o pesquisador, o trabalhador intelectual. Acompanha o documento 
desde o instante em que ele surge da pena do autor até o momento em que impressiona o cérebro do leitor.
A Documentação voltou-se ao desenvolvimento de técnicas e princípios preocupados com a organização 
e recuperação informacional, voltada ao tratamento documental. Essas ações engendram-se independente-
mente do tipo de documental ou de suporte, permitindo enxergar o documento em seu contexto de aplicação 
(ORTEGA, 2008).
— Tipos de documentos7
01) Apresentação sonora/cênica/ entrevista/depoimento: Documentação referente a apresentações sonoras 
e cênicas de qualquer natureza (inclui rádio, TV, teatro, cinema, apresentações musicais, outros ambientes e/
ou mídias, participação em debates, mesas redondas, colóquios e similares).
6 http://www.conexaorio.com/biti/otlet/
7 https://www.esalq.usp.br/biblioteca/sobre/normas-usp/tabela-abrang%C3%AAncia
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02) Artigo de jornal
– Artigo de jornal depoimento/entrevista
– Artigo de periódico - depoimento/entrevista 
– Artigo de periódico – divulgação
Artigos publicados em jornais e revistas em papel ou meio eletrônico de circulação ampla. Abrange também 
entrevistas, depoimentos, debates e mesas redondas publicados, considerados até então sob os cabeçalhos: 
artigo de jornal e artigo de periódico.
03) Artigos de periódicos especializados e publicados no país e no exterior: Artigos originais, de revisão e 
estudos de caso, publicados em periódicos especializados, em papel ou meio eletrônico.
04) Artigo de periódico - apresentação/ introdução.
– Artigo de periódico - carta ao editor/editorial
Cartas/comentários/respostas e editoriais de conteúdo substancial, envolvendo discussão de temas de na-
tureza técnico-científica com característica de “pequenos artigos” em periódicos especializados, em papel ou 
meio eletrônico.
05) Artigo de periódico - resenha/ recensão
– Artigo de jornal - resenha/recensão
Resenhas de livros publicados em jornais e periódicos, em papel ou meio eletrônico.
06) Artigo de periódico - tradução
– Monografia/Livro – tradução
– Parte de monografia – tradução
– Artigo de jornal – tradução
Traduções de livros, publicados por editoras na íntegra ou em parte (capítulos) e de artigos de periódicos 
especializados ou revistas de ampla divulgação e jornais, em papel ou meio eletrônico.
07) Bibliografias: Bibliografias organizadas, compiladas e publicadas sobre assuntos específicos, em papel 
ou meio eletrônico.
08) Curadoria: Documentação referente à responsabilidade pela organização/coordenação de eventos cien-
tíficos, artísticos e culturais. Inclui coordenação de grupos de trabalhos em eventos.
09) Editor de periódico: Abrange trabalhos de responsabilidade de editores e organizadores que reúnem e 
organizam publicações periódicas, em papel ou meio eletrônico. Inclui conselho científico e consultivo, comis-
são editorial.
10) Folhetos/Opúsculos: Publicações não periódicas impressas contendo de 5 a 48 páginas, desde que 
aprovadas por órgãos colegiados. Inclui aula inaugural e discursos proferidos.
11) Laudos e pareceres técnicos, consultoria e projetos: Trabalhos periciais, pareceres e estudos de es-
pecialistas ou técnicos envolvendo documentos de caráter conclusivo (laudos) e opiniões fundamentadas em 
notório saber (pareceres técnicos). Inclui consultoria pedagógica, relatórios técnicos de consultoria prestada e 
projetos desenvolvidos.
12) Maquetes/Protótipos/Projetos: Documentos referentes a projetos arquitetônicos ou de engenharia, mo-
delos originais, maquetes e protótipos.
13) Material cartográfico: Mapas, cartas geográficas, atlas, globo etc.
14) Material didático
– Parte de material didático
Apostilas, manuais de apoio exclusivo a cursos; partes de apostilas ou de manuais, capítulos, aprovados 
pelos Conselhos Editoriais das Unidades, em papel ou meio eletrônico.
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15) Monografia/Livro
– Parte de monografia/livro (autor e colaboradores)
Livros publicados por editoras, na íntegra; partes (capítulos) de livros publicados por editoras, em papel ou 
meio eletrônico.
16) Parte de monografia/livro - apresentação, prefácio e posfácio: Apresentação, introdução, prefácio, pos-
fácio de livros, desde que assinados.
17) Monografia/Livro - editor/ organizador: Apresentação, introdução, prefácio, posfácio de livros, desde que 
assinados.
18) Monografia/Livro - revisão técnica: Revisão técnica/científica de livros, assinada, feita por especialista 
na área, em papel ou meio eletrônico.
19) Patentes: Memorial descritivo e registro de patentes.
20) Produção artística e materiais áudio-visuais8
– Parte de produção artística
Produção artística abrangendo trabalhos especiais de diferentes suportes: partituras musicais, documentá-
rios, roteiros de rádio, cinema e TV publicados; produção e coordenação de vídeo, vídeo-texto, fitas gravadas, 
discos, filmes; documentação referente a história em quadrinhos, ilustrações e desenhos publicados; exposi-
ções coletivas, cartazes (quadros, gravuras, fotografias, etc.). Inclui materiais tridimensionais, tais como: escul-
turas, objetos de arte, etc.
21) Programas de computador: Documentação relativa a programas de computador.
22) Relatórios técnicos ou científicos: Relatórios técnicos ou científicos produzidos nas Unidades, publica-
dos em papel ou meio eletrônico. Geralmente pertencentes a séries específicas e de acesso ao usuário.23) Revisão de tradução: Revisão de traduções, assinada. Publicados em papel ou meio eletrônico.
24) Textos na Web: Textos livres produzidos e divulgados em sites.
25) Trabalhos apresentados em Eventos e publicados no país e no exterior.
– Trabalho de evento - anais - periódico 
– Trabalho de evento - resumo - periódico
– Trabalho de evento - anais
– Trabalho de evento - resumo
Trabalhos completos e resumos apresentados em reuniões científicas e publicados em Anais, Proceedings, 
Posters e Papers, em papel ou meio eletrônico. Abrange também palestras proferidas e publicadas.
26) Trabalhos de especialização – MBA: Trabalho de conclusão de curso de pós-Graduação “latu sensu”, 
em nível de Especialização, feito por docente ou funcionário de uma Unidade.
27) Website: Elaboração de Websites (coleção de páginas Web referentes a um assunto, instituição, pessoa 
etc.).
28) Outros: Documentação referente a outras categorias não especificadas e de pouca ocorrência, que 
se caracterizem como produção bibliográfica do corpo docente, em consonância com a resolução n.4221, de 
17.11.1995, depositada na biblioteca.
8 Para materiais tridimensionais, como não farão parte do acervo da Biblioteca, é necessário haver documentação para confirmar as informa-
ções do registro bibliográfico.
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Serviços prestados aos usuários
Acesso e circulação do acervo
A organização e a oferta de serviços de acesso e circulação do acervo são pilares fundamentais do trabalho 
do bibliotecário. Esses serviços envolvem uma série de procedimentos e políticas que têm como objetivo ga-
rantir que os materiais informacionais – físicos ou digitais – estejam disponíveis de forma equitativa, eficiente e 
segura para todos os usuários.
Compreender esses mecanismos é essencial para quem presta atendimento em bibliotecas públicas, esco-
lares, universitárias ou especializadas.
 ▸ Políticas de acesso ao acervo
As bibliotecas, de acordo com sua missão institucional, definem políticas de acesso que podem variar de 
livre acesso a acervos restritos. A política de acesso é o conjunto de diretrizes que define quem pode consultar, 
retirar ou visualizar os materiais da biblioteca. Ela inclui:
 ▪ Definição dos perfis de usuários (alunos, servidores, comunidade externa etc)
 ▪ Tipos de materiais acessíveis (livros, periódicos, DVDs, bases digitais)
 ▪ Regras para o uso local e domiciliar do acervo
 ▪ Procedimentos para a requisição de materiais em outras unidades (empréstimo entre bibliotecas)
O acesso pode ser aberto (o próprio usuário circula entre as estantes) ou fechado (os funcionários retiram 
os itens mediante solicitação). Cada modelo exige diferentes estratégias de organização, controle e segurança.
 ▸ Serviços de empréstimo
O empréstimo é o serviço que permite ao usuário retirar materiais do acervo para uso fora do ambiente da 
biblioteca. Existem diferentes modalidades:
 ▪ Empréstimo domiciliar: o mais comum, com prazos e limites definidos
 ▪ Empréstimo especial: para casos como férias, TCC, pesquisas específicas
 ▪ Empréstimo entre bibliotecas (EEB): quando o material solicitado não se encontra na unidade do usuário
Todos esses serviços são mediadores entre o acesso e a conservação do acervo. O bibliotecário precisa 
controlar prazos, renovações, reservas, e lidar com casos de atrasos e perdas.
 ▸ Renovação e reserva de materiais
A renovação permite que o usuário prorrogue o prazo do empréstimo, caso o item não esteja reservado por 
outro usuário. Já a reserva garante ao interessado a prioridade de acesso assim que o item for devolvido. Esses 
serviços podem ser realizados presencialmente ou por meio dos sistemas informatizados da biblioteca.
É importante que o profissional saiba administrar essas solicitações com clareza, garantindo equidade de 
acesso e o cumprimento das regras. Ferramentas como o SIGA (Sistema Integrado de Gestão Acadêmica) ou 
softwares como Pergamum e Sophia auxiliam nesse controle.
 ▸ Devolução e controle de atrasos
O processo de devolução deve ser rápido e eficiente, com atualização imediata do sistema. No caso de 
atrasos, as bibliotecas costumam aplicar penalidades, que podem incluir:
 ▪ Suspensão temporária do direito ao empréstimo
 ▪ Multas por dia de atraso (prática comum em algumas instituições)
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É fundamental que o bibliotecário tenha uma postura orientadora, explicando ao usuário a importância do 
cumprimento dos prazos para garantir o bom funcionamento da circulação do acervo.
 ▸ Controle e conservação do acervo
Para garantir a longevidade dos materiais e o acesso igualitário, a biblioteca realiza ações de controle, 
como:
 ▪ Inventário periódico do acervo
 ▪ Monitoramento de itens mais ou menos circulados
 ▪ Avaliação de danos e necessidade de restauração ou descarte
Esses procedimentos garantem não apenas a eficiência da circulação, mas também a manutenção de um 
acervo útil, atualizado e em bom estado.
 ▸ Tecnologias aplicadas à circulação
Hoje, a maioria das bibliotecas utiliza sistemas informatizados que automatizam e facilitam os serviços de 
acesso e circulação. Com isso, os usuários podem:
 ▪ Consultar a disponibilidade de itens online
 ▪ Realizar reservas e renovações pela internet
 ▪ Acompanhar seu histórico de empréstimos
 ▪ Receber notificações de prazos por e-mail
Além disso, tecnologias como RFID (Identificação por Rádio Frequência) estão sendo adotadas para agilizar 
o empréstimo e devolução sem contato direto com o funcionário.
O serviço de acesso e circulação do acervo não se limita ao simples ato de emprestar livros. Ele envolve um 
conjunto de decisões técnicas e políticas que refletem diretamente na experiência do usuário e no papel social 
da biblioteca.
O bibliotecário, como mediador desse processo, precisa estar atento às necessidades dos usuários, ao 
mesmo tempo em que preserva o patrimônio informacional da instituição.
Referência e orientação ao usuário
O serviço de referência e orientação ao usuário é uma das atividades mais nobres e estratégicas da biblio-
teca. Ele vai além do simples fornecimento de informações: trata-se de um atendimento técnico, personalizado 
e mediado, que busca entender a real necessidade do usuário, orientá-lo na busca e uso da informação e pro-
mover a autonomia informacional.
Esse serviço exige sensibilidade, conhecimento técnico, domínio das fontes de informação e habilidades de 
comunicação por parte do bibliotecário.
 ▸ O que é o serviço de referência
O serviço de referência consiste em um conjunto de atividades destinadas a ajudar o usuário a localizar e 
utilizar a informação necessária para resolver uma dúvida, desenvolver um trabalho acadêmico, profissional ou 
pessoal. Ele se caracteriza por:
 ▪ Atendimento direto ao usuário, com escuta ativa
 ▪ Intermediação no uso de fontes informacionais (catálogos, bases de dados, bibliografias)
 ▪ Auxílio na formulação de estratégias de busca
 ▪ Educação do usuário para uso eficiente da informação
É uma função essencialmente orientadora e educativa, que amplia o impacto da biblioteca como espaço 
formador de cidadãos críticos e informados.
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 ▸ Tipos de orientação oferecidos
A orientação ao usuário pode acontecer de diferentes formas, a dependerdo perfil do público, dos recursos 
da biblioteca e da complexidade das demandas. Os tipos mais comuns são:
 ▪ Orientação presencial: atendimento direto no balcão de referência ou nas salas de estudo
 ▪ Orientação remota: via e-mail, chat, formulário ou videoconferência
 ▪ Visitas guiadas e treinamentos: para apresentar o acervo, os serviços e as fontes de informação
 ▪ Apoio à normalização de trabalhos acadêmicos: orientação sobre ABNT, APA, Vancouver etc
 ▪ Auxílio em pesquisas especializadas: levantamento bibliográfico, revisão sistemática, análise documen-
tal
Esses atendimentos podem ser pontuais ou planejados em forma de programas contínuos de formação de 
usuários.
 ▸ Fontes e recursos utilizados no atendimento
Para realizar o serviço de referência com qualidade, o bibliotecário precisa dominar uma série de fontes 
informacionais. Entre elas:
 ▪ Catálogo da biblioteca (físico e digital)
 ▪ Bibliografias temáticas
 ▪ Bases de dados acadêmicas (Scielo, Portal CAPES, EBSCO, JSTOR)
 ▪ Repositórios institucionais e de acesso aberto
 ▪ Enciclopédias, dicionários, anuários e diretórios
 ▪ Fontes governamentais e institucionais confiáveis
O profissional precisa conhecer a natureza e a utilidade de cada fonte, além de ser capaz de explicar sua 
relevância para diferentes perfis e necessidades.
 ▸ Mediação da informação e formação do usuário
A mediação da informação é um conceito central no serviço de referência. O bibliotecário não apenas en-
trega a informação, mas ajuda o usuário a compreendê-la, avaliá-la e aplicá-la em seu contexto. Para isso, são 
necessárias habilidades como:
 ▪ Leitura crítica das necessidades informacionais
 ▪ Didática na explicação de processos de busca
 ▪ Estímulo à autonomia do usuário no uso de fontes
 ▪ Clareza na apresentação das respostas
Ao promover essa mediação, a biblioteca também contribui para o desenvolvimento do letramento informa-
cional – ou seja, a capacidade de localizar, interpretar e utilizar a informação de forma crítica e ética.
 ▸ Desafios e estratégias no atendimento
O atendimento de referência pode enfrentar diversos desafios:
 ▪ Usuários com dificuldade de expressar suas dúvidas
 ▪ Falta de familiaridade com recursos digitais
 ▪ Excesso de informações disponíveis (infoxicação)
 ▪ Restrições de tempo e equipe
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Para superar esses obstáculos, o bibliotecário pode adotar estratégias como:
 ▪ Utilizar perguntas abertas e acolhedoras
 ▪ Mapear os perfis de usuários e suas recorrências
 ▪ Criar tutoriais e materiais de apoio (manuais, vídeos)
 ▪ Implementar sistemas de tickets ou agendamento para atendimentos mais complexos
 ▸ O papel ético do bibliotecário na referência
Durante o atendimento de referência, o profissional deve manter um compromisso com a ética da informa-
ção. Isso envolve:
 ▪ Respeitar a privacidade e a confidencialidade das dúvidas do usuário
 ▪ Indicar fontes confiáveis, atualizadas e adequadas
 ▪ Não fornecer respostas prontas em casos de avaliações escolares ou acadêmicas
 ▪ Estimular o pensamento crítico e o uso responsável da informação
O serviço de referência e orientação ao usuário representa a essência do trabalho bibliotecário: conectar 
pessoas ao conhecimento de forma significativa e transformadora.
É nesse espaço que o bibliotecário atua como educador, mediador e facilitador do acesso à informação, 
contribuindo diretamente para a formação de cidadãos mais autônomos, críticos e preparados para os desafios 
da sociedade da informação.
Ações culturais, educativas e de extensão
As bibliotecas contemporâneas ampliaram seu papel tradicional de guardiãs do conhecimento para se tor-
narem verdadeiros centros de cultura, educação e cidadania. Nesse contexto, as ações culturais, educativas e 
de extensão constituem serviços fundamentais prestados aos usuários, fortalecendo o vínculo entre a biblioteca 
e a comunidade.
Esses serviços não apenas promovem o acesso à informação, mas também estimulam a criatividade, a 
leitura, o pensamento crítico e a participação social.
 ▸ Conceito e importância das ações culturais na biblioteca
Ações culturais são atividades planejadas com o objetivo de valorizar manifestações artísticas, culturais e 
sociais no espaço da biblioteca. Elas contribuem para:
Democratizar o acesso à cultura
 ▪ Estimular o hábito da leitura e da escrita
 ▪ Promover a diversidade cultural
 ▪ Tornar a biblioteca um espaço vivo e atrativo
Essas ações variam de acordo com o perfil do público e com os recursos disponíveis, podendo ser pontuais 
ou contínuas, e abrangem diferentes formas de expressão artística e literária.
 ▸ Exemplos de atividades culturais
As bibliotecas podem realizar uma ampla gama de atividades culturais, tais como:
 ▪ Clubes de leitura: encontros regulares para discussão de obras literárias
 ▪ Contação de histórias: voltada especialmente para o público infantil
 ▪ Oficinas criativas: de escrita, ilustração, poesia, zine, entre outros
 ▪ Exposições temáticas: de livros, artesanato, fotografia ou história local
 ▪ Lançamento de livros e saraus: com autores convidados
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 ▪ Cinema comentado e rodas de conversa: com debates sobre temas sociais
Essas atividades fortalecem o papel da biblioteca como um centro de convivência e formação cultural.
 ▸ Ações educativas como extensão do ensino e da pesquisa
As ações educativas têm como foco a formação continuada dos usuários, alinhando-se aos objetivos educa-
cionais da instituição à qual a biblioteca está vinculada (como escolas, universidades ou órgãos públicos). Entre 
os principais exemplos, estão:
 ▪ Palestras e minicursos: sobre temas acadêmicos, técnicos ou de interesse geral
 ▪ Oficinas de capacitação em pesquisa e uso da informação
 ▪ Treinamentos em bases de dados e normalização de trabalhos
 ▪ Educação para o uso ético da informação e combate à desinformação
Essas ações visam desenvolver habilidades informacionais e promover o letramento digital, acadêmico e 
científico.
 ▸ Programas e projetos de extensão comunitária
Na perspectiva da extensão, a biblioteca se posiciona como agente de transformação social. Isso ocorre por 
meio de programas que extrapolam o espaço físico da biblioteca, alcançando grupos externos e promovendo o 
diálogo com a comunidade. Exemplos:
 ▪ Biblioteca itinerante: levando livros a regiões de difícil acesso
 ▪ Parcerias com escolas, ONGs, centros comunitários e hospitais
 ▪ Projetos de alfabetização e incentivo à leitura
 ▪ Campanhas de doação de livros e incentivo à preservação da memória local
Essas ações permitem que a biblioteca atue como ferramenta de inclusão e desenvolvimento social, sobre-
tudo em contextos de vulnerabilidade.
 ▸ Planejamento e execução das ações
Para que essas iniciativas sejam efetivas, é necessário um bom planejamento, que inclua:
 ▪ Diagnóstico do público-alvo
 ▪ Definição de objetivos claros e mensuráveis
 ▪ Cronograma e recursos materiais e humanos
 ▪ Divulgação estratégica (cartazes, redes sociais, parcerias)
 ▪ Avaliação dos resultados (questionários, número de participantes, impacto)
O bibliotecário desempenha um papel de liderança nesse processo, articulando equipes, buscando apoio 
institucional e adaptando as atividades às necessidades reais da comunidade.
 ▸ Bibliotecas como espaços de resistência e protagonismo cultural
Em contextos sociais marcados por desigualdades, as ações culturais e educativas da biblioteca ganham 
uma dimensão política: transformam o espaço informacionalem espaço de escuta, expressão e construção de 
identidades. A biblioteca deixa de ser apenas um local de estudo e passa a ser:
 ▪ Um ambiente de acolhimento e pertencimento
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 ▪ Um espaço de debate e pluralidade de ideias
 ▪ Um ponto de resistência contra o apagamento cultural
Essa visão amplia a responsabilidade do bibliotecário, que passa a atuar também como mediador cultural 
e agente de cidadania.
As ações culturais, educativas e de extensão consolidam a biblioteca como um espaço dinâmico, formador 
e transformador. Por meio delas, o bibliotecário contribui para o desenvolvimento intelectual, social e cultural da 
comunidade, promovendo o acesso à informação de forma criativa, participativa e democrática.
Essa dimensão do serviço bibliotecário é essencial para o fortalecimento do papel da biblioteca como insti-
tuição viva, atualizada e indispensável à sociedade contemporânea.
Inclusão digital e mediação tecnológica
A inclusão digital e a mediação tecnológica são dimensões cada vez mais presentes no trabalho do biblio-
tecário, principalmente no contexto da sociedade da informação e do avanço acelerado das tecnologias de 
comunicação.
A biblioteca, enquanto espaço de acesso à informação e ao conhecimento, tem papel central na superação 
das desigualdades tecnológicas, ajudando os usuários a acessarem, compreenderem e utilizarem os recursos 
digitais de forma autônoma, crítica e segura.
 ▸ Conceito de inclusão digital na biblioteca
A inclusão digital é o processo de garantir que todas as pessoas tenham acesso aos meios tecnológicos e 
às habilidades necessárias para utilizar a informação disponível em plataformas digitais. Isso inclui:
 ▪ Acesso físico a equipamentos como computadores, tablets e internet
 ▪ Desenvolvimento de habilidades digitais básicas e avançadas
 ▪ Autonomia para navegação, pesquisa, comunicação e produção de conteúdo digital
 ▪ Capacidade crítica para avaliar fontes e proteger dados pessoais
Na biblioteca, a inclusão digital vai além da simples oferta de computadores. Trata-se de um serviço ativo, 
voltado para a formação e o empoderamento dos usuários.
 ▸ Espaço físico e infraestrutura digital
A primeira etapa da inclusão digital é garantir que a biblioteca ofereça os meios físicos para o acesso:
 ▪ Terminais de computadores com conexão à internet
 ▪ Wi-fi gratuito e de qualidade
 ▪ Impressoras, scanners e outros periféricos
 ▪ Ambientes acessíveis e adaptados para pessoas com deficiência
A infraestrutura precisa ser pensada para atender a diferentes perfis de usuários, desde estudantes até 
idosos ou pessoas com pouca familiaridade com a tecnologia. O ambiente também deve ser acolhedor e contar 
com sinalização clara.
 ▸ Mediação tecnológica pelo bibliotecário
A mediação tecnológica é o processo pelo qual o bibliotecário atua como facilitador no uso das tecnologias. 
Isso envolve:
 ▪ Orientar usuários na navegação em sites, portais e bases de dados
 ▪ Ajudar no uso de plataformas de governo eletrônico (como agendamentos, emissão de documentos, ins-
crição em concursos)
 ▪ Apoiar no uso de e-books, repositórios digitais e bibliotecas virtuais
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 ▪ Ensinar o uso básico de ferramentas como e-mail, editores de texto, navegadores e aplicativos
Essa mediação exige paciência, didática e constante atualização por parte do profissional. É um serviço 
cada vez mais demandado, especialmente por usuários que não têm acesso ou formação tecnológica em casa 
ou no trabalho.
 ▸ Capacitações e oficinas de letramento digital
As bibliotecas também podem organizar ações formativas voltadas ao desenvolvimento de competências 
digitais, como:
 ▪ Oficinas de informática básica
 ▪ Cursos de cidadania digital e segurança na internet
 ▪ Treinamentos sobre uso de bases acadêmicas e ferramentas de pesquisa
 ▪ Sessões de orientação sobre currículos digitais, aplicativos e plataformas de estudo
Essas atividades devem ser planejadas com base nas reais necessidades do público atendido, e podem ser 
ofertadas de forma presencial ou online, de modo contínuo ou pontual.
 ▸ Bibliotecas como pontos de apoio a políticas públicas de inclusão digital
Muitas bibliotecas públicas e universitárias têm sido parceiras de políticas públicas de acesso à internet, 
como o programa Wi-Fi Brasil, os Pontos de Cultura Digital e iniciativas locais. Nessas parcerias, o papel do 
bibliotecário inclui:
 ▪ Receber e orientar os usuários que buscam os serviços digitais do governo
 ▪ Manter os equipamentos funcionando e acessíveis
 ▪ Desenvolver relatórios e indicadores de uso
 ▪ Propor novos projetos e buscar parcerias com escolas, universidades e ONGs
Esse trabalho fortalece a posição da biblioteca como espaço estratégico de desenvolvimento social e digital.
 ▸ Desafios e soluções para a inclusão digital
Alguns dos principais desafios enfrentados pelas bibliotecas nessa área incluem:
 ▪ Falta de recursos para aquisição e manutenção de equipamentos
 ▪ Carência de capacitação técnica da equipe
 ▪ Resistência de parte dos usuários ao uso das tecnologias
 ▪ Infraestrutura precária de rede em áreas remotas
Para enfrentar esses problemas, podem ser adotadas estratégias como:
 ▪ Buscar financiamento por meio de editais públicos e privados
 ▪ Realizar parcerias com instituições de ensino e empresas de tecnologia
 ▪ Formar grupos de voluntariado para apoio técnico e capacitação
 ▪ Criar tutoriais e materiais de autoajuda para os usuários
Com criatividade e articulação, é possível manter a biblioteca como um centro de referência em acesso 
digital.
A inclusão digital e a mediação tecnológica são pilares do serviço bibliotecário contemporâneo. Garantir o 
acesso à informação hoje significa também garantir o acesso às ferramentas que viabilizam essa informação.
Ao assumir essa responsabilidade, o bibliotecário amplia seu papel social, contribuindo para a construção 
de uma sociedade mais equitativa, participativa e informada. A biblioteca se reafirma, assim, como um espaço 
de transformação, inovação e inclusão.
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Arranjos dos livros nas estantes
— Armazenagem da documentação
Os livros são guardados nas estantes de acordo com sua classificação, no que se chama de ordem relativa. 
Ou seja, a ordem do livro é relativa ao seu assunto. É preciso atentar para a correta ordem de arquivamento do 
sistema decimal utilizado pela biblioteca. 
Além da ordem relativa, existe a ordem fixa, ou sistema de localização fixa. Se diz fixa pois cada livro 
tem o seu lugar garantido e preservado na estante. Tipo – Corredor X, Estante 3, Prateleira 4, Posição 7 (por 
exemplo). Quando o livro é retirado do seu local, é colocado um objeto para guardar o seu lugar. Esse objeto 
é chamado de “fantasma”. Outro ponto importante sobre localização fixa é que, em geral, as bibliotecas que a 
utilizam trabalham com os acervos fechados ao público. Apenas os funcionários é que tem acesso ao acervo. 
Faz sentido pois para um usuário interessado em um assunto específico é muito mais difícil achar livros daquele 
assunto, pois os livros estão agrupados pelo acaso e não pelo assunto.
— Organização
Seus setores ou seções se dividem da seguinte forma:
Administração – é responsável pela administração geral.Ou seja, recursos humanos, segurança, finanças, 
planejamento, controle, correspondências, etc.
Desenvolvimento de coleções – setor responsável pelo acervo da biblioteca ou desenvolvimento da coleção 
de documentos da biblioteca. É dividido em dois (em geral):
1- Seleção, que se responsabiliza por selecionar os livros e documentos que a biblioteca precisa e deseja 
para melhorar sua coleção, tanto qualitativamente quanto quantitativamente. Incorporando (seleção positiva) 
ou descartando/retirando (seleção negativa) livros e documentos a sua coleção.
2 – Aquisição, que irá implementar as decisões da seleção, ou seja, irá efetivamente adquirir os documentos 
selecionados pelo setor de seleção. A aquisição pode ser de 3 formas: compra (por assinatura para periódicos 
e por licitação no caso de órgãos públicos); permuta (troca de materiais entre instituições) e doação (quando 
a biblioteca recebe os documentos gratuitamente) e neste caso, é preciso avaliar criteriosamente se os livros 
doados realmente servem para o uso da biblioteca.
Registro – setor responsável por tornar os livros e documentos patrimônio da biblioteca. Cada livro/docu-
mento irá receber o seu número de tombo e vários carimbos para assegurar a propriedade do exemplar.
PT (Processos técnicos) - setor que irá tratar o documento, aplicando técnicas da biblioteconomia para classifi-
car, indexar e catalogar.
Preservação, conservação e restauração – setor responsável por periodicamente avaliar o estado físico das 
obras e retirar da circulação os exemplares danificados, a fim de restaurá-los ou encaderná-los.
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Referência – setor responsável por atender o usuário. É o cartão de visitas da biblioteca. É o primeiro con-
tato do usuário com o a biblioteca.
Circulação – setor responsável pela circulação do acervo, ou seja, empréstimo e devolução dos livros. Normal-
mente, está ligado ao setor de referência pois faz parte do atendimento ao usuário. Além do empréstimo, que é a 
retirada do livro pelo usuário, e da devolução, este setor realiza também a cobrança dos livros em atraso (por carta, 
telefone ou mesmo e-mail), reserva dos livros que estão emprestados e a renovação do empréstimo, ou seja, um 
novo prazo para ficar com o livro.
— O espaço da biblioteca
O primeiro passo a ser definido na organização de uma biblioteca é a sua localização. Para tanto, deve-se 
levar em consideração os seguintes pontos:
• facilidade de acesso;
• boa iluminação, porém que não seja diretamente exposta a raios solares durante grande parte do dia. O 
sol direto é altamente prejudicial aos livros e torna o ambiente muito quente, pouco acolhedor. A radiação UV 
máxima recomendada tanto para a área destinada ao acervo quanto para aquela onde as pessoas permanece-
rão (usuários e funcionários) é de 75 UV (m w/lumem);
• entrada independente de forma a permitir seu funcionamento, mesmo fora das horas e períodos normais 
de aula;
• possibilidade de ampliações futuras;
• distância de locais de muito barulho;
• localização térrea pois, os livros colocam uma sobrecarga na estrutura da edificação de cerca de 800 kg/m 
de estante.
• Acessibilidade com especial atenção aos usuários portadores de deficiências físicas, assim é preciso pro-
videnciar rampas de acesso para facilitar a locomoção desses usuários.
• Sanitários exclusivos para os funcionários, a fim de evitar ausências prolongadas que possam prejudicar o 
atendimento ao público.
— Organização do espaço
As áreas destinadas à biblioteca deverão estar naturalmente relacionadas com o tamanho da instituição, 
com o número de usuários e serviços a serem prestados. Para que uma biblioteca cumpra suas finalidades 
mínimas, é preciso pensar em:
• espaço para funcionários;
• espaço para acervo;
• espaço para usuários.
Atenção: O espaço mínimo indicado para a biblioteca é de, aproximadamente, 50 m2, o que corresponde ao 
tamanho de uma sala de aula.
• Espaço para funcionários
Levam-se em consideração os seguintes setores ou atividades internas:
— Recepção – deve estar próxima à entrada da biblioteca, para realização de empréstimos e devolução de 
documentos. Por ser um ponto de observação e apoio aos frequentadores da biblioteca, a localização da re-
cepção deve oferecer uma visão geral da biblioteca. A recepção deve contar com um balcão. Este balcão deve 
ter escaninhos para arquivar livros de empréstimos, gavetas, prateleira para livros devolvidos etc. Na recepção 
deve-se considerar também a possibilidade de disponibilizar para o usuário um terminal de consulta on-line ao 
catálogo da biblioteca.
— sala de preparação do material – sala especial para execução dos serviços técnicos. Deve ter mesas sufi 
cientes para a quantidade de profissionais que ali trabalham.
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— sala de reunião – sala para trabalhos em equipe. Sala com pelo menos nove metros quadrados, com 
mesa de seis lugares e estante para livros. Ou ainda, mesas pequenas que possam ser agrupadas.
Para acomodar um funcionário deve-se prever uma área de aproximadamente 6,5 m², considerando-se que 
o funcionário precisará de:
— mesa 1,20 X 0,75m
— cadeira 0,45 X 0,45 m
— área de circulação 0,60 X 0,45 m
A área mínima para uma pessoa em sala individual não deve ser inferior a 9,3 m². Essa área vai diminuindo 
proporcionalmente ao aumento do número pessoas que ocuparão uma sala.
• Espaço para acervo
As dimensões gerais:
Largura das seções – 1m
Profundidade – 20 a 25cm
Espessura das prateleiras – 2 a 2,5cm
Espaço entre estantes fronteiras – 0,76 a 1m
Largura dos corredores principais – 1,10m
Peso – 80Kg/m³
Área – 1m²/50 volumes
Número médio de volumes por prateleira – 30
O acervo geralmente é organizado conforme a natureza do material: revistas científicas (periódicos), livros, 
discos, vídeos etc. O acervo deve ser acomodado em estantes próprias para os diversos tipos de material. Elas 
devem ser em aço, para evitar cupim e outros parasitas.
Assim, pode-se pensar em destinar áreas para as seguintes coleções:
— referência – material bibliográfico destinado à consulta e a prestar informações, tais como enciclopédias, 
dicionários, atlas etc. As estantes podem ter de 1 a 1,10 cm de altura. Como o material de referência é mais 
volumoso, em média podem ser colocados 18 volumes por prateleira.
— setor de periódicos – um dos mais importantes setores da biblioteca. Neste local devem-se colocar mó-
veis expositores de revistas e jornais.
Fonte: Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da 
UFG
— sala de material audiovisual – sala para armazenar matérias especiais como vídeo, CD, DVD etc. Esta 
sala deverá ter os equipamentos, leitores e tomadas para testes.
— Livros – as estantes para os livros têm as seguintes especificações:
a) altura máxima: 1,80cm;
b) largura das secções: 1m;
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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c) profundidade: 0,20 a 0,25cm;
d) número de prateleiras: de 5 a 6 (reguláveis e removíveis);
e) espaço entre uma estante e outra: 0,76 a 1 m para facilitar a circulação dos usuários.
Fonte: Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG
As estantes devem ser dispostas em blocos, de forma que a movimentação de leitores pela coleção de livrosnão perturbe os que estão estudando em seus lugares. Para calcular a área das estantes e sua quantidade, 
deve-se observar o seguinte: 1 m² para 50 volumes. Este cálculo é feito prevendo o crescimento vegetativo 
da biblioteca. Dessa forma, o acervo ainda pode ocupar 2/3 da capacidade total das estantes. Conforme este 
cálculo, a biblioteca com coleção de 3.000 volumes deverá reservar, no mínimo, 60 m² para a área global das 
estantes, inclusive corredores.
• Espaço para o leitor
O espaço físico mínimo necessário para o usuário depende da categoria em que ele se insere. De um modo 
geral destina-se para (Wehplozt; Candido, Bono, 2008):
— aluno de graduação – 2,3 m²;
— aluno de pós-graduação – 3,2 m²;
— professores – 3,7 m².
— sala de leitura – espaço para acomodar 10% dos usuários, onde pode ficar localizado o ponto do controle 
de empréstimo e seção de referência.
Fonte: Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG
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Fonte: Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG
Ainda serão necessários:
• mural de cortiça para divulgar os eventos e serviços da biblioteca;
• ar condicionado;
• bebedouro;
• copiadora;
• microcomputador e impressora;
• telefone/fax.
Para definir o tipo de mobiliário para as diversas atividades do usuário, considere:
• Mesas: o tamanho mínimo de mesa individual é de 90 cm X 60 cm. Mesas muito compridas devem ser 
evitadas. O espaço que um adulto ocupa é de 80 cm, no mínimo. As mesas redondas para 6 ou 8 leitores são 
caras e ocupam muito espaço. Entre uma mesa e outra deve haver um espaço de 1,5 m mais ou menos. As 
mesas mais recomendáveis são as simples, sem ornamentação e de cantos arredondados. A altura regulará 
entre 80 e 85 cm.
• Cadeiras: devem ser resistentes, com pés protegidos por borrachas para evitar o barulho. O tamanho deve 
ser de 0,45 m X 0,45 m. (WEHRPLOTZ; CANDIDO; BONO (2008))
Serviços Cooperativas
Conceito e objetivos dos serviços cooperativos em bibliotecas
Os serviços cooperativos em bibliotecas fazem parte de uma estratégia consolidada de compartilhamento 
de recursos, conhecimentos e responsabilidades entre instituições. Em um cenário de crescentes demandas 
por informação e, muitas vezes, de limitações orçamentárias, a cooperação entre bibliotecas se apresenta 
como uma solução inteligente e eficiente. 
 ▸ Conceito de serviços cooperativos
Os serviços cooperativos em bibliotecas referem-se a ações conjuntas realizadas por duas ou mais biblio-
tecas com o objetivo de ampliar o acesso à informação, otimizar recursos e melhorar a qualidade dos serviços 
prestados ao público.
Essa colaboração pode ocorrer em diversos níveis — local, regional, nacional ou internacional — e envolve 
o desenvolvimento de atividades como empréstimo entre bibliotecas, compartilhamento de catálogos, intercâm-
bio de materiais e experiências, desenvolvimento conjunto de coleções, entre outros.
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Principais características dos serviços cooperativos:
 ▪ Compartilhamento de recursos: Inclui tanto materiais físicos (como livros e periódicos) quanto recursos 
digitais (bases de dados, acervos online, softwares).
 ▪ Planejamento conjunto: As bibliotecas envolvidas alinham suas metas e definem estratégias comuns 
para melhor atender suas comunidades.
 ▪ Padronização de procedimentos: Para que a cooperação funcione, é necessário que as instituições si-
gam padrões semelhantes de catalogação, classificação e circulação de materiais.
 ▪ Uso de tecnologias da informação: Ferramentas tecnológicas, como sistemas integrados de gestão de 
bibliotecas e redes de comunicação, são fundamentais para a efetivação da cooperação.
 ▸ Objetivos dos serviços cooperativos
A cooperação entre bibliotecas não é apenas uma escolha administrativa, mas uma resposta estratégica a 
necessidades reais. A seguir, destacamos os principais objetivos dos serviços cooperativos:
Ampliar o acesso à informação:
Uma biblioteca isoladamente não consegue oferecer todo o conteúdo necessário a seus usuários. Ao coo-
perar com outras instituições, expande-se o universo de fontes disponíveis, beneficiando especialmente estu-
dantes, pesquisadores e profissionais de áreas diversas.
Racionalizar e otimizar recursos:
Por meio da cooperação, bibliotecas evitam a duplicação de materiais e podem investir de forma mais es-
tratégica em novas aquisições, com base nas coleções das instituições parceiras. Isso é especialmente impor-
tante em tempos de restrições orçamentárias.
Favorecer a atualização e a inovação:
O trabalho conjunto estimula a troca de experiências e o desenvolvimento de boas práticas. Além disso, 
facilita a implementação de novas tecnologias e serviços, muitas vezes com custos compartilhados.
Fortalecer redes de conhecimento:
A cooperação promove a construção de redes de apoio entre bibliotecários, gestores e técnicos. Essas re-
des são fundamentais para o desenvolvimento profissional e institucional contínuo.
Descentralizar o acesso à cultura e à informação:
Em contextos sociais diversos, a cooperação entre bibliotecas públicas, escolares, universitárias e comuni-
tárias contribui para reduzir desigualdades no acesso à informação, promovendo inclusão e cidadania.
Modelos e tipos de cooperação entre bibliotecas
A cooperação entre bibliotecas pode assumir diferentes formas, dependendo dos objetivos, das capacida-
des institucionais e das necessidades informacionais das comunidades atendidas. 
 ▸ Classificação geral dos modelos de cooperação
A cooperação entre bibliotecas pode ser classificada conforme diferentes critérios. Um dos principais cri-
térios é o grau de formalidade da relação estabelecida entre as instituições. A partir disso, temos os seguintes 
modelos:
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Cooperação informal:
Neste modelo, as bibliotecas colaboram de forma espontânea, sem contratos ou convênios formais. As de-
cisões são geralmente tomadas por acordos diretos entre os profissionais envolvidos, com base na confiança 
e na boa vontade institucional.
Exemplos práticos:
 ▪ Troca de informações por telefone ou e-mail entre bibliotecários.
 ▪ Indicação de fontes informacionais ao usuário mesmo que o material pertença a outra biblioteca.
 ▪ Empréstimos pontuais de materiais, com base em relações pessoais entre profissionais.
Cooperação formal:
Envolve acordos institucionais estabelecidos por meio de convênios, termos de cooperação ou contratos. 
Esses documentos definem regras, metas, responsabilidades e recursos envolvidos no processo cooperativo.
Exemplos práticos:
 ▪ Convênios de empréstimo interbibliotecário com prazos e critérios definidos.
 ▪ Participação em redes como o COMUT (Programa de Comutação Bibliográfica).
 ▪ Desenvolvimento conjunto de coleções com metas de cobertura temática coordenada.
Cooperação integrada ou sistêmica:
Neste modelo, várias bibliotecas são integradas em um mesmo sistema ou rede, com padronização com-
pleta de procedimentos, uso de sistemas de informação compartilhados e gestão coordenada. Essa integração 
permite maior eficiência e abrangência dos serviços.
Exemplos práticos:
 ▪ Sistemas municipais ou estaduais de bibliotecas públicas.
 ▪ Bibliotecasuniversitárias que compartilham um catálogo único e políticas de circulação comuns.
 ▪ Redes de bibliotecas escolares gerenciadas por uma secretaria de educação.
 ▸ Tipos de cooperação interbibliotecária
Além dos modelos estruturais, também é possível classificar os serviços cooperativos com base nas ativida-
des desempenhadas pelas bibliotecas envolvidas. A seguir, os principais tipos de cooperação:
Empréstimo entre bibliotecas (EEB):
É um dos tipos mais comuns de cooperação. Permite que usuários de uma biblioteca tenham acesso a 
obras pertencentes ao acervo de outra. Normalmente, envolve prazos definidos, critérios de solicitação e con-
trole logístico do material.
 ▪ Aplicação comum: universidades, centros de pesquisa e bibliotecas públicas.
Compartilhamento de catálogos:
A criação de catálogos coletivos ou integrados facilita o acesso à informação, permitindo que usuários con-
sultem, em um só lugar, os acervos de várias instituições.
 ▪ Ferramentas associadas: bases como o WorldCat, redes como o Pergamum ou o SophiA, entre outros.
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Comutação bibliográfica:
Trata-se da obtenção de cópias de documentos (artigos, teses, capítulos de livros) localizados em outras 
bibliotecas, respeitando os direitos autorais.
 ▪ Exemplo no Brasil: COMUT (programa da CAPES) que permite solicitação de cópias de documentos de 
instituições participantes.
Desenvolvimento cooperativo de coleções:
Bibliotecas planejam conjuntamente suas aquisições, evitando duplicidades e otimizando recursos. Isso 
permite que, juntas, atendam a um número maior de demandas temáticas.
 ▪ Exemplo prático: uma rede de bibliotecas universitárias em diferentes áreas do conhecimento divide en-
tre si as responsabilidades por adquirir materiais em certas disciplinas.
Treinamento e capacitação conjunta:
Bibliotecas cooperam para promover a formação continuada de seus profissionais, por meio de cursos, ofi-
cinas e grupos de estudo compartilhados.
 ▪ Exemplo: eventos regionais de biblioteconomia promovidos por consórcios interbibliotecários.
Cooperação tecnológica e de sistemas:
Bibliotecas compartilham recursos tecnológicos, como servidores, softwares, ferramentas de indexação e 
sistemas de automação.
 ▪ Exemplo: consórcios para aquisição de bases de dados digitais ou plataformas de e-books.
 ▸ Importância dos tipos de cooperação para o cargo de bibliotecário
O bibliotecário precisa compreender não só a teoria, mas também saber como aplicar esses tipos de co-
operação no cotidiano de sua função. Em concursos públicos, especialmente para cargos em universidades, 
institutos federais e órgãos do poder judiciário, a cobrança de questões sobre tipos de cooperação é recorrente, 
com foco em:
 ▪ Capacidade de implementação de empréstimos entre bibliotecas.
 ▪ Participação em catálogos cooperativos.
 ▪ Gerenciamento de redes interbibliotecárias.
 ▪ Conhecimento de programas como o COMUT.
Principais redes cooperativas no Brasil e no mundo
A atuação cooperativa entre bibliotecas se concretiza por meio de redes institucionais que possibilitam o 
intercâmbio de informações, documentos, serviços e práticas. Essas redes são fundamentais para promover o 
acesso democrático ao conhecimento e a racionalização de recursos. 
 ▸ Redes cooperativas no Brasil
No contexto nacional, o Brasil desenvolveu diversas redes cooperativas voltadas ao fortalecimento do sis-
tema bibliotecário em diferentes esferas — públicas, universitárias, escolares e especializadas. A seguir, des-
tacamos as mais relevantes:
COMUT – Programa de Comutação Bibliográfica:
Coordenado pela CAPES, o COMUT é um programa de comutação bibliográfica que permite solicitar cópias 
de documentos técnico-científicos localizados em bibliotecas brasileiras e em algumas instituições do exterior.
 ▪ Permite o acesso a artigos de periódicos, teses, anais de congressos e partes de livros.
 ▪ Usuários (indivíduos ou instituições) solicitam documentos mediante pagamento por meio de créditos.
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 ▪ Amplia o acesso a materiais de difícil obtenção, sem que a biblioteca precise adquirir o título completo.
 ▪ É uma ferramenta muito usada por bibliotecas universitárias e centros de pesquisa.
BIBLIODATA (Rede Pergamum):
O sistema Pergamum é amplamente adotado por bibliotecas universitárias e permite a formação de catálo-
gos coletivos, como a rede BIBLIODATA, que agrega diversas instituições de ensino superior.
 ▪ As bibliotecas participantes compartilham seus acervos em um catálogo coletivo.
 ▪ Usuários podem localizar materiais em outras instituições e solicitar empréstimos ou cópias.
 ▪ Favorece o desenvolvimento cooperativo de coleções e facilita o acesso entre universidades.
Rede de Bibliotecas da Fiocruz:
Voltada à área da saúde, a rede de bibliotecas da Fundação Oswaldo Cruz integra instituições de pesquisa 
e unidades técnicas.
 ▪ Compartilha acervos, serviços de referência e sistemas de gestão.
 ▪ Apoia a disseminação científica em saúde pública, medicina, biomedicina e áreas correlatas.
 ▪ Participa também de redes internacionais como a BIREME.
BIBLIOSUS (Sistema de Bibliotecas do SUS):
Coordena bibliotecas vinculadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), promovendo o compartilhamento de 
acervos e a disseminação de informações em saúde.
 ▪ Foco em bibliotecas de hospitais, universidades, secretarias de saúde e centros de pesquisa.
 ▪ Trabalha com acesso à informação técnica e científica para profissionais da saúde.
SNBP – Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas:
Coordenado pelo Ministério da Cultura, o SNBP articula as bibliotecas públicas brasileiras, promovendo 
ações de capacitação, modernização tecnológica e articulação em rede.
 ▪ Atua na integração entre bibliotecas estaduais, municipais e comunitárias.
 ▪ Incentiva projetos cooperativos, formação de consórcios regionais e compartilhamento de acervos.
 ▪ É responsável pelo desenvolvimento da Base de Dados do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas.
 ▸ Redes cooperativas internacionais
No cenário mundial, redes cooperativas permitem o acesso a grandes bases de dados, acervos digitais e 
serviços de empréstimo interbibliotecário internacional. A seguir, algumas das mais importantes:
OCLC – Online Computer Library Center (EUA):
É uma das maiores e mais antigas cooperativas de bibliotecas do mundo.
 ▪ Gerencia o WorldCat, o maior catálogo coletivo do planeta, com mais de 2 bilhões de registros bibliográ-
ficos.
 ▪ Oferece serviços de catalogação cooperativa, empréstimo interbibliotecário, controle de autoridade e ca-
pacitação.
 ▪ Participam bibliotecas de mais de 100 países, incluindo algumas brasileiras.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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IFLA – International Federation of Library Associations and Institutions:
Apesar de não ser uma rede de bibliotecas no sentido técnico, a IFLA funciona como um organismo global 
que articula bibliotecas e promove práticas cooperativas.
 ▪ Desenvolve diretrizes e recomendações internacionais sobre serviços cooperativos.
 ▪ Estimula projetos de cooperação em países em desenvolvimento.
 ▪ É um importante espaço para atualização e networking na área de Biblioteconomia.
BIREME – Biblioteca Virtual em Saúde (VHL/BVS):
Organismo ligado à Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), comsede no Brasil.
 ▪ Coordena a rede de bibliotecas de saúde da América Latina e Caribe.
 ▪ Integra bases como LILACS, SciELO e outras fontes de informação científica em saúde.
 ▪ Fomenta o intercâmbio de documentos e conhecimento técnico-científico em múltiplos idiomas.
Europeana (União Europeia):
Portal que integra museus, arquivos, bibliotecas e coleções digitais de países europeus.
 ▪ Compartilha acervos digitalizados com acesso livre, promovendo o patrimônio cultural da Europa.
 ▪ Envolve bibliotecas nacionais, universitárias e especializadas.
 ▪ Estimula a interoperabilidade de dados e a padronização de metadados para uso cooperativo.
DLF – Digital Library Federation (EUA):
Coalizão de instituições dedicadas ao desenvolvimento de bibliotecas digitais.
 ▪ Foco em inovação tecnológica, acesso aberto e cooperação acadêmica.
 ▪ Estimula a integração de repositórios institucionais e bases de dados de pesquisa.
 ▪ Colabora com universidades, bibliotecas nacionais e centros de dados.
 ▸ Aplicabilidade prática para o bibliotecário
O conhecimento sobre redes cooperativas é essencial para o bibliotecário, principalmente nos seguintes 
aspectos:
 ▪ Gestão de recursos informacionais: saber em quais redes a biblioteca pode se integrar para ampliar o 
acesso ao conhecimento.
 ▪ Planejamento de acervo: utilizar redes para complementar a coleção da biblioteca de forma estratégica.
 ▪ Referência e orientação ao usuário: indicar serviços como o COMUT ou o WorldCat para obtenção de 
documentos.
 ▪ Adoção de tecnologias cooperativas: selecionar sistemas de informação compatíveis com redes nacio-
nais e internacionais.
Benefícios e desafios da cooperação interbibliotecária
A cooperação entre bibliotecas é uma prática estratégica que promove avanços significativos na prestação 
de serviços informacionais, na gestão de acervos e no fortalecimento institucional. No entanto, apesar dos 
inúmeros benefícios, o trabalho cooperativo também impõe desafios que precisam ser enfrentados com plane-
jamento, recursos adequados e compromisso das instituições envolvidas.
 ▸ Benefícios da cooperação interbibliotecária
A cooperação traz uma série de vantagens que afetam diretamente a qualidade dos serviços prestados pe-
las bibliotecas e a experiência dos usuários. A seguir, destacamos os principais benefícios:
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Ampliação do acesso à informação:
Ao integrar-se a redes cooperativas, uma biblioteca expande significativamente o universo informacional 
disponível aos seus usuários. Isso é especialmente importante para instituições que não conseguem adquirir 
todos os títulos desejados por conta de limitações orçamentárias.
 ▪ Usuários podem acessar documentos localizados em outras bibliotecas.
 ▪ Aumenta-se a variedade e a profundidade temática do acervo acessível.
 ▪ Fortalece-se o papel da biblioteca como mediadora do conhecimento.
Otimização de recursos financeiros:
Em vez de cada biblioteca adquirir o mesmo material, a cooperação permite a especialização de coleções 
e o compartilhamento de conteúdos.
 ▪ Redução de custos com aquisição de obras duplicadas.
 ▪ Possibilidade de investimento conjunto em bases de dados, sistemas e serviços digitais.
 ▪ Melhor aproveitamento dos recursos humanos e tecnológicos.
Desenvolvimento profissional e institucional:
O trabalho cooperativo facilita a troca de experiências e boas práticas entre bibliotecários, estimulando a 
capacitação contínua.
 ▪ Realização de cursos, oficinas e eventos em conjunto.
 ▪ Estímulo à padronização de serviços, como catalogação e indexação.
 ▪ Formação de redes de apoio técnico e científico.
Fortalecimento das políticas públicas de leitura e informação:
A atuação conjunta de bibliotecas públicas, escolares e comunitárias, por exemplo, contribui para a demo-
cratização da leitura e da cultura.
 ▪ Ampliação da cobertura territorial dos serviços bibliotecários.
 ▪ Maior capilaridade na oferta de materiais educativos e culturais.
 ▪ Estímulo à inclusão digital e à cidadania informacional.
Inovação e modernização tecnológica:
A cooperação muitas vezes impulsiona a adoção de soluções tecnológicas avançadas, que seriam inviáveis 
de forma isolada.
 ▪ Implantação de sistemas integrados de gestão.
 ▪ Digitalização cooperativa de acervos.
 ▪ Compartilhamento de plataformas de e-books e repositórios institucionais.
 ▸ Desafios da cooperação interbibliotecária
Apesar dos muitos benefícios, existem obstáculos que dificultam ou limitam a cooperação entre bibliotecas. 
Esses desafios podem ser de ordem técnica, administrativa, política ou cultural. Abaixo, destacamos os mais 
recorrentes:
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Falta de padronização:
A ausência de normas e critérios comuns entre as instituições dificulta a integração dos serviços.
 ▪ Diferenças em sistemas de catalogação (ex: AACR2 vs RDA).
 ▪ Incompatibilidade entre softwares de automação bibliotecária.
 ▪ Variação nos critérios de indexação e classificação.
Limitações tecnológicas e de infraestrutura:
Nem todas as bibliotecas possuem os recursos necessários para integrar-se a redes cooperativas.
 ▪ Ausência de internet de qualidade.
 ▪ Falta de equipamentos e servidores adequados.
 ▪ Sistemas desatualizados ou inexistentes.
Dificuldade de articulação institucional:
A cooperação exige envolvimento de gestores e órgãos superiores, o que nem sempre ocorre de forma 
satisfatória.
 ▪ Resistência de direções administrativas em firmar convênios.
 ▪ Falta de clareza sobre papéis e responsabilidades entre os parceiros.
 ▪ Pouca valorização das bibliotecas nas políticas institucionais.
Escassez de recursos humanos capacitados:
A cooperação requer profissionais que compreendam as exigências técnicas e organizacionais desse tipo 
de serviço.
 ▪ Falta de formação específica sobre redes cooperativas.
 ▪ Sobrecarga de trabalho, dificultando a dedicação à cooperação.
 ▪ Pouca familiaridade com plataformas e ferramentas digitais.
Questões legais e burocráticas:
Aspectos jurídicos e administrativos podem dificultar o compartilhamento de documentos e dados.
 ▪ Restrições relacionadas a direitos autorais.
 ▪ Insegurança quanto ao empréstimo de materiais raros ou valiosos.
 ▪ Dificuldades em formalizar parcerias e contratos.
 ▸ Superando os desafios: recomendações práticas
Para que a cooperação interbibliotecária se fortaleça, algumas ações estratégicas podem ser adotadas:
 ▪ Capacitação contínua dos bibliotecários, com foco em tecnologias cooperativas e gestão de redes.
 ▪ Criação de normas e procedimentos padronizados, facilitando a integração entre instituições.
 ▪ Investimento em tecnologia da informação, com foco em sistemas interoperáveis e acessíveis.
 ▪ Estabelecimento de convênios claros, com objetivos definidos, cronogramas e responsabilidades.
 ▪ Valorização das bibliotecas nas políticas públicas, garantindo recursos e apoio institucional para ações 
cooperativas.
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Serviço de Tratamento de Coleção: Atividades Básicas. Aquisição Tombamento
Atividades básicas do tratamento de coleções
O tratamento de coleções é uma das funções centrais nas atividades técnicas da biblioteca. Trata-se de um 
conjunto de procedimentos técnicos aplicados aos materiais que compõem o acervo, como objetivo de organi-
zá-los, preservá-los e torná-los acessíveis ao público. Este processo se inicia logo após a seleção e aquisição 
dos itens e envolve diversas etapas que devem ser executadas com precisão para garantir a eficiência no uso 
da coleção.
Neste contexto, vamos entender as principais atividades que compõem o tratamento básico de coleções, 
essenciais para o bom funcionamento de qualquer biblioteca.
 ▸ Seleção e avaliação do material
A primeira etapa do tratamento técnico é a seleção dos materiais que farão parte do acervo. Esta atividade 
é diretamente relacionada à política de desenvolvimento de coleções da biblioteca, que define critérios como:
 ▪ Pertinência temática (de acordo com o público-alvo);
 ▪ Qualidade do conteúdo (atualidade, confiabilidade);
 ▪ Condição física do material;
 ▪ Redundância no acervo (evita duplicação desnecessária);
 ▪ Disponibilidade orçamentária.
Após a seleção, é feita uma avaliação do material recebido, o que inclui verificação de integridade física, 
identificação bibliográfica e correspondência com o pedido realizado.
 ▸ Classificação
A classificação é o processo que define a posição do item dentro do acervo com base em um sistema de 
organização. O mais comum nas bibliotecas brasileiras é a Classificação Decimal de Dewey (CDD), embora 
outros sistemas também possam ser utilizados, como a Classificação Decimal Universal (CDU).
A finalidade da classificação é organizar o acervo de forma lógica e acessível. Por exemplo, todos os livros 
de História ficam agrupados em determinada área da estante, o que facilita tanto a guarda quanto a localização 
por parte dos usuários e bibliotecários.
Essa atividade exige domínio das regras de classificação, leitura atenta do conteúdo do material e, muitas 
vezes, consulta a ferramentas auxiliares, como tabelas de expansão e manuais.
 ▸ Catalogação
Após classificado, o item passa pela catalogação, que é a descrição técnica e informativa do material. A 
catalogação pode ser dividida em:
 ▪ Catalogação descritiva: inclui dados como autor, título, editora, ano, número de páginas etc., com base 
em normas como a AACR2 ou RDA.
 ▪ Catalogação temática ou analítica: envolve a atribuição de assuntos e palavras-chave, utilizando voca-
bulários controlados, como a Tabela de Assuntos da BIBLIOTECA NACIONAL ou o Vocabulário Controlado da 
USP.
A catalogação é responsável por alimentar o sistema informatizado da biblioteca, permitindo a recuperação 
eficiente da informação pelo usuário.
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 ▸ Indexação e atribuição de palavras-chave
A indexação é uma etapa complementar à catalogação. Aqui, são atribuídos termos representativos ao con-
teúdo do documento, com base em uma análise semântica.
As palavras-chave e descritores devem refletir com precisão o assunto tratado, permitindo que o item seja 
facilmente localizado em pesquisas. Uma boa indexação aumenta a relevância dos resultados de busca e me-
lhora significativamente a experiência do usuário com o catálogo.
Etiquetagem e carimbagem:
Depois de classificado e catalogado, o material precisa ser preparado fisicamente para integrar o acervo. 
Isso inclui:
 ▪ Etiquetagem do número de chamada;
 ▪ Carimbo de identificação da instituição;
 ▪ Colocação de etiquetas de código de barras (quando aplicável);
 ▪ Reforço da encadernação, se necessário.
Essas ações garantem a rastreabilidade e a segurança do item dentro da biblioteca, além de permitir o con-
trole do empréstimo e devolução.
 ▸ Armazenamento e disponibilização
Por fim, o material é alocado na estante de acordo com a classificação e número de chamada. O bibliote-
cário deve garantir que o ambiente físico esteja em boas condições, com controle de temperatura, umidade e 
luminosidade, protegendo os itens contra deterioração.
Além disso, é necessário manter sinalizações e manuais de orientação atualizados, facilitando o acesso dos 
usuários às obras físicas.
Essas são as atividades básicas do tratamento de coleções, que formam a espinha dorsal da organização 
técnica da biblioteca. Elas exigem precisão, conhecimento técnico e constante atualização, sendo fundamen-
tais para garantir que o acervo seja útil, preservado e acessível à comunidade.
Processo de aquisição de materiais bibliográficos
A aquisição de materiais bibliográficos é uma das etapas mais estratégicas dentro do serviço técnico de uma 
biblioteca. Trata-se do processo pelo qual a instituição incorpora novos documentos ao seu acervo, seja por 
compra, doação, permuta ou outras formas de obtenção.
O sucesso dessa atividade depende diretamente de uma boa política de desenvolvimento de coleções, que 
deve considerar as necessidades dos usuários, os objetivos da instituição e os recursos disponíveis.
 ▸ Política de desenvolvimento de coleções
Todo processo de aquisição deve estar pautado por uma política de desenvolvimento de coleções, um do-
cumento normativo que define:
 ▪ Objetivos do acervo (ex: pesquisa, ensino, extensão, leitura recreativa);
 ▪ Perfil dos usuários (ex: estudantes, pesquisadores, comunidade em geral);
 ▪ Critérios de seleção (ex: atualidade, relevância, qualidade editorial);
 ▪ Áreas de conhecimento prioritárias;
 ▪ Tipos de materiais aceitos (livros, periódicos, e-books, bases de dados etc.);
 ▪ Critérios para doações e descarte.
Essa política orienta as decisões de compra e seleção, evitando desperdícios, redundâncias e desatualiza-
ção do acervo.
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 ▸ Formas de aquisição
A biblioteca pode adquirir materiais por diferentes meios. Cada um exige cuidados técnicos e administrativos 
distintos:
 ▪ Compra: geralmente realizada via licitação pública ou compra direta, conforme a legislação vigente. Exige 
levantamento de necessidades, cotação de preços e acompanhamento do processo junto ao setor de compras.
 ▪ Doação: recebimento de materiais de pessoas físicas ou jurídicas. Deve-se aplicar critérios rigorosos de 
seleção e triagem, pois muitas doações são obsoletas ou em mau estado.
 ▪ Permuta: troca de publicações entre instituições. Bastante comum em bibliotecas universitárias e públi-
cas, especialmente com periódicos científicos e obras institucionais.
 ▪ Consórcios e assinaturas: no caso de bases digitais, e-books e revistas eletrônicas, é comum o compar-
tilhamento de custos entre instituições ou aquisição via consórcios acadêmicos.
 ▸ Seleção e recomendação
O processo de seleção envolve a identificação dos títulos que melhor atendem às necessidades da bibliote-
ca. Essa etapa pode contar com:
 ▪ Indicações de professores, usuários ou especialistas;
 ▪ Análise de catálogos de editoras;
 ▪ Consulta a bibliografias recomendadas em editais de concursos, cursos e vestibulares;
 ▪ Relatórios de uso do acervo atual (itens mais emprestados, áreas mais demandadas).
O bibliotecário desempenha um papel ativo nessa análise, especialmente ao cruzar os títulos sugeridos com 
os critérios da política da biblioteca.
 ▸ Orçamento e priorização
Com base na seleção feita, o bibliotecário precisa organizar a lista de materiais considerando os limites 
orçamentários da instituição. Aqui entram critérios de priorização, como:
 ▪ Quantidade de usuários beneficiados por cada título;
 ▪ Urgência (ex: bibliografia obrigatória de disciplinas em andamento);
 ▪ Custo-benefício;
 ▪ Disponibilidade no mercado.
É comum que nem todos os títulos desejados possam ser adquiridos imediatamente, exigindo planejamento 
e divisão em etapas ao longo do exercício fiscal.
 ▸ Processoadministrativo de aquisição
A parte administrativa da aquisição envolve uma série de etapas formais:
1. Emissão de pedido de compra (requisição interna ou sistema informatizado);
2. Cotação de preços (mínimo de três fornecedores, geralmente);
3. Análise da proposta mais vantajosa (considerando prazo, frete, forma de pagamento);
4. Autorização e empenho orçamentário (controle contábil);
5. Ordem de compra e acompanhamento da entrega.
Esses processos seguem as normas de licitação e contratos da administração pública, principalmente nos 
órgãos federais e municipais.
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 ▸ Recebimento e conferência dos materiais
Após a entrega, o bibliotecário ou a equipe técnica realiza a conferência dos materiais, verificando:
 ▪ Se os títulos, autores e edições correspondem ao pedido;
 ▪ Se os materiais estão em bom estado físico;
 ▪ Se a nota fiscal está correta.
É nessa fase que se identifica eventuais divergências ou defeitos. Somente após essa conferência os itens 
seguem para o tombamento e tratamento técnico.
O processo de aquisição de materiais bibliográficos é, portanto, um elo fundamental entre a necessidade 
informacional dos usuários e a efetiva disponibilização de recursos no acervo. Envolve planejamento, análise 
técnica, critérios claros e cumprimento de normas administrativas.
O bibliotecário precisa dominar essas etapas para garantir a construção de um acervo equilibrado, atual e 
alinhado com os objetivos institucionais.
Tombamento: registro e controle patrimonial
O tombamento é a atividade que formaliza a entrada de um item no patrimônio da biblioteca. Trata-se de 
um procedimento obrigatório em instituições públicas e recomendado em instituições privadas, pois garante a 
rastreabilidade, a segurança e o controle dos bens adquiridos ou recebidos por doação. Além disso, é um ins-
trumento de gestão patrimonial que permite auditorias, inventários e responsabilização dos responsáveis pelo 
acervo.
No contexto do tratamento de coleções, o tombamento é o ponto de transição entre a aquisição do item e 
sua integração às atividades técnicas da biblioteca, como a catalogação e a disponibilização ao público.
 ▸ Conceito de tombamento
Tombar significa registrar oficialmente um item como parte do patrimônio da instituição. No caso de biblio-
tecas, isso inclui não apenas livros, mas também periódicos, mapas, CDs, DVDs, obras raras e outros tipos de 
materiais informacionais.
O número de tombo é um identificador único, atribuído a cada item no momento em que ele é incorporado 
ao acervo. Esse número é utilizado para:
 ▪ Controlar o histórico do item (compra, empréstimo, perdas, reposições);
 ▪ Garantir a rastreabilidade patrimonial;
 ▪ Atender exigências legais e administrativas (principalmente em órgãos públicos);
 ▪ Apoiar o controle de inventário.
O tombamento é realizado com base em normas internas da instituição e, no caso de órgãos públicos, con-
forme orientações de tribunais de contas e leis orçamentárias.
 ▸ Etapas do tombamento
O processo de tombamento geralmente segue uma sequência padronizada, que pode ser adaptada confor-
me o porte da instituição:
Recebimento formal do item:
Após a conferência física e documental do material adquirido, a biblioteca registra a entrada do item no 
sistema.
Geração do número de tombo:
Cada item recebe um número sequencial único. Esse número será usado em etiquetas, sistemas informati-
zados e documentos internos.
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Registro em livros ou sistemas patrimoniais:
O número de tombo, junto com as informações básicas do item (título, autor, editora, ano, valor, origem), é 
registrado no livro de tombo ou sistema de gestão patrimonial utilizado pela instituição.
Etiqueta e carimbo de identificação:
O item recebe o carimbo da biblioteca e a etiqueta com o número de tombo. Isso facilita a verificação física 
durante os inventários e evita extravios.
Atualização do sistema de controle:
Sistemas informatizados, como o SophiA, Pergamum ou Biblivre, devem ser alimentados com as informa-
ções do tombo, possibilitando a integração com a catalogação e o controle de circulação.
 ▸ Tombamento e valor patrimonial
Em instituições públicas, o tombamento também está relacionado ao controle financeiro dos bens. Isso 
significa que cada item deve ser registrado com o seu valor de aquisição, sendo possível calcular o patrimônio 
bibliográfico da instituição.
Esse controle patrimonial é necessário para fins de:
 ▪ Prestação de contas a órgãos de controle;
 ▪ Planejamento orçamentário;
 ▪ Elaboração de relatórios de gestão;
 ▪ Proteção contra perdas, danos ou furtos.
Nos casos de doação, o valor do item pode ser estimado com base em valores de mercado, desde que 
registrado adequadamente.
 ▸ Atualização e manutenção do tombamento
Após o tombamento inicial, é necessário manter os registros atualizados. Isso envolve:
 ▪ Baixa patrimonial (ex: perda, descarte, inutilização);
 ▪ Alterações físicas ou de localização do item;
 ▪ Transferências entre setores ou entre instituições.
Essas atualizações devem ser documentadas formalmente, preferencialmente com registros administrati-
vos e justificativas, especialmente em órgãos públicos sujeitos a auditorias.
 ▸ Relação com o inventário
O tombamento está diretamente vinculado ao inventário do acervo, que é a verificação periódica da exis-
tência física e da situação dos itens registrados. Um inventário eficiente depende da consistência dos dados de 
tombo, incluindo:
 ▪ Número de identificação;
 ▪ Localização na estante;
 ▪ Condição física do item;
 ▪ Situação de empréstimo.
Assim, o tombamento é uma etapa essencial para a confiabilidade do inventário e da gestão do acervo 
como um todo.
O tombamento, embora muitas vezes visto como uma etapa burocrática, é na verdade uma ação estratégica 
e necessária para garantir o controle, a transparência e a integridade do patrimônio bibliográfico.
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Cabe ao bibliotecário dominar essa prática e integrá-la de forma eficaz aos demais processos técnicos, 
respeitando as exigências legais e operacionais da instituição em que atua.
Integração entre aquisição, tombamento e organização técnica
O tratamento técnico de coleções não é composto por etapas isoladas, mas por um processo integrado que 
envolve desde a entrada física do material na biblioteca até sua disponibilização ao usuário. A integração entre 
aquisição, tombamento e organização técnica é essencial para garantir que o acervo seja incorporado de forma 
eficiente, segura e funcional, dentro dos padrões profissionais exigidos.
 ▸ Visão geral do fluxo integrado
O ciclo técnico da incorporação de um item no acervo segue, de modo geral, esta sequência:
Aquisição:
O material é selecionado, solicitado e adquirido pela biblioteca via compra, doação, permuta ou outra forma.
Tombamento:
O item recebido é registrado oficialmente no patrimônio da instituição.
Organização técnica:
A obra é classificada, catalogada, indexada, etiquetada e disponibilizada para consulta.
Essa sequência deve ocorrer de forma contínua, com registros claros e comunicação eficiente entre as 
equipes envolvidas (aquisição, patrimônio, catalogação e circulação).
 ▸ Comunicação entre os setores
Um dos pontos mais críticos no(3000 AC), folhas de palmeira, linho e papiro (3500 AC).
• No séc. VI desenvolveram-se várias caligrafias ou estilos de letras nacionais.
• No século IV DC, o pergaminho tornou-se o suporte principal da escrita na Europa.
• Meados do séc. XVI, o papel substitui o pergaminho quase inteiramente, após a imprensa ter utilizado 
ambos como suporte da escrita.
• No séc. XIII, a indústria e comércio regular do livro começa a estruturar-se.
• A imprensa (Gutenberg) foi um avanço técnico que possibilitou a multiplicação, difusão e popularização 
dos impressos e livros.
• A invenção de máquinas de escrever no séc. XIX facilitou o trabalho de composição.
Atualmente, pouco se sabe sobre a existência de livros e bibliotecas na primeira metade do século XVI no 
Brasil2. Os documentos são escassos e as pesquisas são poucas. Não seria incorreto afirmar que a demanda 
de livros nesse período fosse quase insignificante e que os que estavam em solo brasileiro eram aqueles in-
dispensáveis aos padres e magistrados no exercício de suas funções. O aparecimento de livros, instituições de 
ensino e, posteriormente, as bibliotecas, só ocorrerão a partir de 1549 com a instalação do Governo Geral, em 
Salvador (Bahia). A partir dessa data começou, de fato, o sistema educacional no Brasil e são, com o estabeleci-
mento dos conventos de diversas ordens religiosas, principalmente da Companhia de Jesus - os Jesuítas - que 
serão formados os primeiros acervos no país.
A vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil parece ser um assunto já muito debatido e, portanto, 
sem novidades. A transferência da Real Biblioteca, com um acervo de 60 mil peças, entre livros, manuscritos, 
estampas, mapas, moedas e medalhas para o Brasil, representou para o país, o início de sua futura Biblioteca 
Nacional. Com a Independência do Brasil, passou-se denominar Biblioteca Nacional.
A Biblioteca Pública da Bahia foi fundada no dia 13 de maio de 1811, na administração de D. Marcos de 
Noronha e Brito, Conde dos Arcos e então Capitão-General da Província da Bahia, porém não foi dele a ini-
ciativa e sim de um rico senhor de engenho, Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco e de um grupo de homens 
inteligentes e cultos, que, às escondidas, liam em clubes maçônicos, livros franceses de ideias filosóficas e 
políticas. A biblioteca era a primeira com um caráter verdadeiramente público uma vez que as dos Conventos 
não eram públicas e a Real Biblioteca do Rio de Janeiro já existia em Lisboa e tinha sido apenas transferida de 
sede (MORAES, 1979).
A Biblioteca tem por finalidade atender às necessidades de estudo, consulta e pesquisa de professores e 
alunos universitários, atuando como verdadeiro centro documentação
2 Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, Nova Série, São Paulo, v.6, n.1, p. 50-61, jan./jun. 2010.
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A biblioteca pode estar associada à função de educar - neste caso, incluem-se as bibliotecas públicas, es-
colares, universitárias; de preservar a memória de uma sociedade – como no caso da biblioteca nacional; ou à 
função de recreação – que pode ser o caso das bibliotecas públicas, comunitárias, escolares e infantis. Porém, 
a função de disseminar a informação para todo usuário que recorra a seus serviços é comum a todas as elas, 
independentemente de sua natureza (CARVALHO, 2002).
— Tipos de bibliotecas
As bibliotecas têm suas especificidades e dinâmicas definidas em função, principalmente, do seu propósito, 
usuário ou da instituição que ela serve – fábricas, empresas, escolas etc. 
Existem basicamente 5 tipos de bibliotecas: Nacional, Pública, Especializada, Escolar e Universitária. Te-
mos ainda a Biblioteca digital.
• Biblioteca Nacional é a que tem por finalidade de preservar a memória nacional, isto é, a produção bi-
bliográfica e documental de uma nação. Para isto, elas devem receber, segundo o que dispõe a lei do “depósito 
legal”, dois exemplares de todas as publicações impressas no país.
• Biblioteca Pública tem por finalidade atender às necessidades de estudo, consulta e recreação de deter-
minada comunidade, independente de classe da entidade mantenedora, elas podem ser: federais, estaduais e 
municipais.
• Biblioteca Especializada é aquela que existe em função de um grupo restrito de usuários, reunindo e di-
vulgado documentos de um campo especifico do conhecimento. Os clientes das bibliotecas especializadas são 
geralmente pertencentes à própria instituição a qual a biblioteca encontra-se subordinada, com necessidades 
e exigências bastante complexas, daí a importância de se elaborar uma eficaz política de desenvolvimento de 
coleções. Ela deve:
– fornecer informação de forma rápida e eficaz, centrada em uma área do conhecimento, buscando atender 
as necessidades dos usuários.
– realizar um tratamento exaustivo nos documentos, ampliando os recursos de recuperação da informação;
– disseminar seletivamente a informação;
– proporcionar o acesso a bases de dados especializadas na área de interesse da coleção da biblioteca;
– permitir a recuperação aprofundada de informações sobre assuntos específicos da área.
• Biblioteca Escolar: finalidade de fornecer o material bibliográfico necessário às atividades de professores 
e alunos de uma escola. Ela deve estar intimamente relacionada com a escola para funcionar como verdadeiro 
complemento das atividades realizadas em classe. Desempenha importante papel na formação do hábito da 
leitura.
• Biblioteca Universitária: é aquela que serve aos propósitos das universidades e instituições de ensino 
superior, estando também por isso ligada ao tripé Ensino, Pesquisa e Extensão. Em universidades de grande 
porte, é comum existir a Biblioteca Central e Bibliotecas Setoriais ligadas a ela, formando assim um Sistema de 
Bibliotecas (SIBI).
• Biblioteca Digital e virtual, com o avanço tecnológico, novas estruturas foram surgindo e as formas de 
acessar a informação passaram por grandes transformações. Até que nos deparamos com coleções hoje dis-
poníveis inteiramente via internet, muitas com acesso público e gratuito. As bibliotecas digitais e as bibliotecas 
virtuais podem ser citadas como exemplo.
— Portal Domínio Público
O portal Domínio Público (www.dominiopublico.gov.br), é uma biblioteca virtual criada em 2004 e que ob-
jetiva permitir a coleta, a integração, a preservação e o compartilhamento de conhecimentos, promovendo o 
amplo acesso às obras literárias, artísticas e científicas (nos formatos de textos, sons, imagens e vídeos), já em 
domínio público ou com sua divulgação devidamente autorizada (PORTAL, 2008). Além da pesquisa básica, 
você tem a possibilidade de realizar a pesquisa por conteúdo, pesquisa teses e dissertações e pesquisa por 
nome do autor.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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— Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD)
É um projeto do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT) que, segundo o qual, “in-
tegra os sistemas de informação de teses e dissertações existentes nas instituições de ensino e pesquisa bra-
sileiras e também estimula o registro e publicação de teses e dissertações em meio eletrônico” (BDTD, 2008).
O objetivo da BDTD é “disponibilizar gradativamente para consulta ou download, a produção nacional de 
teses e dissertações e oferecer aos usuários produtos e serviços integrados capazes de proporcionar aumento 
significativo ao impacto de suas pesquisas” (BDTD, 2008).
Serviço de Referência: Conceituação
— Principais Serviços3
Seu objetivo e oferecer serviços aos usuários.processo integrado é a comunicação entre os setores administrativos e téc-
nicos. Muitas bibliotecas públicas ou universitárias possuem departamentos distintos para:
 ▪ Compras e licitação;
 ▪ Controle patrimonial;
 ▪ Tratamento técnico do acervo.
Quando essas áreas não atuam de maneira articulada, surgem problemas como:
 ▪ Atrasos na entrada do material;
 ▪ Falta de informações sobre a origem do item;
 ▪ Erros na atribuição de número de tombo;
 ▪ Itens extraviados antes de serem catalogados.
Para evitar isso, é fundamental:
 ▪ Padronizar formulários e relatórios;
 ▪ Utilizar sistemas informatizados integrados;
 ▪ Definir responsáveis por cada etapa;
 ▪ Manter canais de comunicação abertos entre as equipes.
 ▸ Sistemas de gestão integrados
O uso de softwares de gestão bibliotecária (como Pergamum, SophiA, Biblivre, entre outros) permite maior 
integração entre aquisição, tombamento e catalogação. Esses sistemas possibilitam:
 ▪ Registro unificado do processo (pedido, recebimento, tombamento e classificação);
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 ▪ Acompanhamento do status de cada item;
 ▪ Emissão de relatórios automáticos;
 ▪ Integração com módulos de circulação e estatísticas.
Além disso, sistemas compatíveis com o SIGA (Sistema Integrado de Gestão Administrativa) e o SIPAC 
(Sistema Integrado de Patrimônio, Administração e Contratos), muito usados em universidades, ajudam a co-
nectar as áreas técnicas com o setor administrativo e financeiro.
 ▸ Boas práticas na integração dos processos
Para que a integração seja eficiente, algumas práticas são recomendadas:
 ▪ Planejamento anual de aquisições com base em dados do acervo e em necessidades dos usuários;
 ▪ Criação de um cronograma técnico para o tratamento dos materiais recém-adquiridos;
 ▪ Controle por planilhas ou sistemas, registrando a situação de cada item (ex: “aguardando tombo”, “em 
processamento técnico”, “disponível”);
 ▪ Treinamento das equipes para uso adequado dos sistemas e cumprimento dos fluxos;
 ▪ Auditorias internas periódicas, comparando itens adquiridos, tombados e efetivamente disponíveis no 
acervo.
Essas ações aumentam a eficiência, reduzem riscos de perda e garantem maior transparência e controle 
sobre o processo.
Desafios da integração:
Mesmo com sistemas informatizados e normatizações, há desafios que exigem atenção do bibliotecário:
 ▪ Volumes altos de materiais em curto tempo, como no caso de aquisições por emendas parlamentares 
ou projetos especiais;
 ▪ Falta de pessoal técnico qualificado, especialmente em bibliotecas de pequeno porte;
 ▪ Problemas na cadeia de suprimentos, como atrasos de fornecedores ou divergências de entrega;
 ▪ Restrições orçamentárias, que exigem priorização e escalonamento no processamento técnico.
O bibliotecário deve atuar como gestor desses fluxos, antecipando problemas e buscando soluções criativas 
e eficazes para manter o acervo atualizado e acessível.
A integração entre aquisição, tombamento e organização técnica não é apenas uma exigência burocrática, 
mas um fator determinante para a qualidade da biblioteca. Uma biblioteca que adquire materiais, mas não os 
processa ou os disponibiliza de forma eficiente, compromete sua missão institucional.
Por isso, é essencial que o profissional bibliotecário domine cada etapa e saiba integrá-las com planejamen-
to, controle e visão sistêmica.
Classificação /Catalogação. Catálogos coletivos
Tratamento técnico, ou processo técnico, é a atividade que irá tratar o documento com as técnicas da 
biblioteconomia para representação do documento (catalogação) e do conteúdo (classificação e indexação).
A catalogação é o processo de descrição do documento para a criação de um catálogo. Cada documento 
será catalogado a partir de um código de catalogação – o código em vigor e mais utilizado no mundo inteiro é o 
AACR2 – Regras de Catalogação Anglo Americanas segunda edição, que está em edição revista e é publicado 
aqui no Brasil pela FEBAB.
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— Funções da catalogação
a) Permitir ao usuário:
1. localizar um item específico;
2. escolher entre várias manifestações de um item;
3. escolher entre vários itens semelhantes, sobre quais, inclusive, possa não ter conhecimento prévio algum;
4. expressar, organizar ou alterar sua mensagem interna.
b) Permitir a um item encontrar seu usuário.
c) Permitir a outra biblioteca:
1. localizar um item específico;
2. saber quais os itens existentes em acervos que não o seu próprio. (MEY, 1995, p.7)
A International Federation of Library Associations and Institutions (IFLA), em 2009, elencou que o catálogo 
tem como objetivo permitir aos usuários:
- Encontrar recursos bibliográficos em uma coleção;
- Avaliar um recurso bibliográfico através da seleção de informações desejadas ou distinguir recursos com 
características análogas;
- Selecionar um recurso bibliográfico que atenda às necessidades do usuário do catálogo, ou seja, escolher 
itens que satisfaçam suas necessidades referentes ao conteúdo, formato físico e outras características;
- Obter acesso a um item descrito;
- Navegar em seus registros através da organização lógica dos dados dos itens catalogados.
Classificar é atribuir uma classe (um assunto) ao livro. E isso é importante numa biblioteca, pois cada livro 
será classificado sob um único assunto, ainda que composto por vários assuntos. Para tanto, as bibliotecas 
adotam em geral dois esquemas de classificação. A Classificação Decimal de Dewey e a Classificação Decimal 
Universal. As duas tem muito em comum. A CDU, que é baseada na CDD, dá mais liberdade ao classificador. 
Mas o mais importante, como não poderia deixar de ser, são as classes. Ambas dividem o conhecimento em 
10 classes principais, por isso são chamadas de classificações decimais. E há apenas uma pequena diferença 
entre elas, nas classes 4 e 8, que na CDD continuam como sempre foram, mas na CDU a classe 4 está vaga 
enquanto que a 8 abriga além de literatura, linguística.
A indexação consiste na análise de assunto para a representação do conteúdo do documento por meio da 
atribuição de termos ou palavras-chave. Tem como objetivo a recuperação de qualquer documento ou informa-
ção no momento em que o usuário executa a busca por assunto. No processo de indexação, os conteúdos são 
extraídos através da análise de assuntos dos documentos e transcritos para termos autorizados nos instrumen-
tos de controle (vocabulário controlados, tesauros, etc.) (LANCASTER, 2004).
— Princípios da indexação
Etapas da indexação de assuntos:
1. Análise conceitual
2. Tradução
Análise conceitual decide de que trata/assunto do documento. Para Lancaster (2004, p. 15) “[...] identifica 
assuntos estudados ou representados num documento.” 
3 perguntas:
- De que trata?
-Por que foi incorporado a nosso acervo?
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- Quais de seus aspectos serão de interesse para nossos usuários?
“indexação centrada no usuário” (FIDEL, 1994 apud LANCASTER, 2004, p. 10)
- Métodos colaborativos de indexação.
- É preciso que os indexadores saibam muito mais do que os princípios da indexação. Devem, em especial, 
estar inteiramente a par dos interesses da comunidade atendida e das necessidades de informação de seus 
membros.” (LANCASTER, 2004, p. 12)
— Código AACR2Em 1967, foi publicada, em trabalho conjunto da American Library Association (ALA), Canadian Library As-
sociation e a Library Association (Inglaterra) a primeira edição das AngloAmerican Cataloguing Rules (AACR) 
que foi editado no Brasil em 1969, traduzido como Código de Catalogação Anglo-Americana, passando a ser 
adotado em quase todas as escolas de Biblioteconomia brasileiras. A partir daí, em 1978, surgiu a segunda 
edição, AACR2 e, em 1988, uma segunda edição revista, AACR2R, com várias emendas e revisões até 2005 
(MEY; SILVEIRA, 2009).
Sua aplicação visa a todas as atividades biblioteconômicas, bibliográficas e livrescas, isto é, confecção de 
fichas catalográficas, bibliografias, citações bibliográficas, listas de livros e de outros materiais para qualquer 
finalidade, incluindo catálogos coletivos. (BARBOSA, 1978, p. 40)
Estrutura da descrição no AACR2r:
Capítulos e áreas - 8 ÁREAS DE DESCRIÇÃO:
1) Área do título e indicação de responsabilidade
2) Área da edição
3) Área dos detalhes específicos do material (Ou do tipo de publicação)
4) Área da publicação, distribuição etc.
5) Área da descrição física
6) Área da série
7) Área das notas
8) Área do número normalizado e das modalidades de aquisição
9) Itens suplementares
10) Itens constituídos de vários tipos de material
11) Fac-símiles, fotocópias e outras reproduções
Níveis de descrição:
• Depende da política de catalogação estabelecida pela Biblioteca;
• A política de catalogação determina a escolha dos níveis de descrição:
•• Um único nível para todos os itens OU estabelece diretrizes para o uso de níveis diferentes dependendo 
do tipo de item a ser descrito.
Níveis de detalhamento da descrição: 1º nível
Título principal / primeira indicação de responsabilidade, se diferir do cabeçalho de entrada principal em for-
ma ou número, ou se não houver cabeçalho de entrada principal. – Indicação de edição. – Primeiro editor etc., 
data de publicação etc. – Extensão do item. – Nota(s). – Número normalizado.
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Níveis de detalhamento da descrição: 2º nível
Título principal [designação geral do material] = Título equivalente : outras informações sobre o título / pri-
meira indicação de responsabilidade ; cada uma das indicações subsequente de responsabilidade. – Indicação 
de edição / primeira indicação de responsabilidade relativa a edição. – Detalhes específicos do material (ou do 
tipo de publicação). – Primeiro lugar de publicação etc. : primeiro editor etc., data de publicação etc. – Extensão 
do item : outros detalhes físicos : dimensões. – (Título principal da série / indicação de responsabilidade relativa 
à série, ISSN da série ; numeração dentro da série. Título da subsérie, ISSN da subsérie ; numeração dentro 
da subsérie). – Nota(s). – Número normalizado.
Níveis de detalhamento da descrição: 3º nível
Todos os elementos especificados nas regras seguintes, aplicáveis ao item que está sendo descrito.
Parte II – Pontos de Acesso, Títulos Uniformes, Remissivas
Introdução - Parte II
Capítulo 21 – Escolha dos Pontos de Acesso
Capítulo 22 – Cabeçalhos para Pessoas
Capítulo 23 – Nomes Geográficos
Capítulo 24 – Cabeçalhos para Entidades
Capítulo 25 – Títulos Uniformes
Capítulo 26 – Remissivas
— Código RDA
A partir de 2003, vêm ocorrendo seguidas reuniões com especialistas da International Federation of Library 
Associations and Institutions (IFLA) com o objetivo de se criar um novo código internacional de catalogação. 
Com isso, em 2004, foi constituído o Joint Steering Comittee for the Development of AACR (Comitê Gestor 
Conjunto para o Desenvolvimento das AACR), que previa o lançamento das AACR3. Porém, tornou-se o comitê 
para o novo código de descrição e acesso aos recursos, Resource Description and Access, conhecido como 
RDA (MEY; SILVEIRA,2009).
O RDA foi criado para dar maior flexibilidade e extensibilidade necessária para acomodar novos recursos 
na representação descritiva e ser aplicado a qualquer ambiente informacional, seja ele digital ou convencional 
possibilitando as interações necessárias às buscas e explicitando de forma clara e objetiva, correspondendo 
também às necessidades dos usuários não presenciais (CORRÊA, 2008).
— Formato MARC21
Houve um tempo, em que os bibliotecários norte-americanos sentiram a necessidade de não catalogar 
novamente o que já tinha sido catalogado, ou seja, eles queriam trocar registros bibliográficos entre suas bi-
bliotecas. Porém, os sistemas existentes não eram compatíveis. A solução encontrada por eles foi se juntar a 
Library of Congress (LC) para desenvolverem um formato de intercâmbio de registros, mesmo entre sistemas 
diferentes.
No início da década de 50, um grupo de bibliotecários formado pela própria LC realizaram estudos sobre a 
possibilidade de utilizar recursos computacionais para automatizar parte de seus serviços. Na medida em que 
os resultados iam tendo êxito, a direção da biblioteca convocou um grupo de trabalho composto por bibliotecá-
rios e analistas de sistemas para encontrar uma forma de converter os dados das fichas catalográficas a fim de 
gerar o repertório bibliográfico. Desta forma, em 1966, iniciou-se um projeto piloto idealizado pela LC que pos-
sibilitava fornecer as bibliotecas dados de catalogações legíveis por máquinas, surgindo assim o Machine-Rea-
dable for Cataloging (MARC) que significa registro catalográfico legível por computador (CÔRTE et al.,1999).
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O MARC é um formato de intercâmbio formado por um conjunto de códigos e designações de conteúdos 
definido para codificar registros que são interpretados por máquina. Seu objetivo principal é possibilitar o inter-
câmbio de dados, ou seja, importar dados de diferentes instituições ou exportar dados de sua instituição para 
outros sistemas ou redes de bibliotecas através de programas de computador desenvolvidos especificamente 
para isto (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, 2010).
O padrão MARC permite o compartilhamento entre bibliotecas dos seus recursos bibliográficos promovendo 
a comunicação entre diferentes sistemas e permitindo que elas substituam seus sistemas de automação, po-
rém sem perda da compatibilização dos dados (LOPES, 2010).
O MARC utiliza números, letras e símbolos gráficos que são subdivididos em campos fixos e variáveis, sub-
campos e indicadores, utilizados para representar um item em um sistema de automação. Ele individualiza o 
documento, tornando-o único em toda biblioteca ou até mesmo em uma rede de bibliotecas interligadas.
(Fonte: Representação Descritiva - Laboratório de Práticas Integradas (LPI) - Coordenação: Ana Cristi-
na de Albuquerque)
Campos de números e códigos do MARC21 
00X: Campos de controle
01X-09X: Campos de números e códigos
1XX: Campos do pontos de acesso principal
20X-24X: Campos de título e títulos relacionados
25X-28X: Campos de edição, imprenta, etc.
3XX: Campos de descrição física
4XX: Campos de indicação de série
5XX: Campos de nota
6XX: Campos de pontos de acesso de assunto
70X-75X: Campos dos pontos de acesso secundários
76X-78X: Campos dos pontos de acesso de ligação
80X-83X: Campos dos pontos de acesso secundários de série
841-88X: Campos de itens, localização, gráficos alternativos, etc.
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Estrutura do Padrão MARC 21
(Fonte: Representação Descritiva - Laboratório de Práticas Integradas (LPI) - Coordenação: Ana Cristina 
de Albuquerque)
— Sistema de Classificação Decimal Decimal (CDD)9
A CDD organiza todo o conhecimento em dez classes principais que, excluindo a primeira (000 Computa-
dores, informação e referência geral), prosseguem do metafísico (filosofia e religião) ao mundano (história e 
geografia). A inteligência da CDD está na escolha de números decimais para suas categorias; isto permite que 
o sistema seja ao mesmo tempo puramente numérico e infinitamente hierárquico. Utiliza alguns mecanismos de 
uma classificação facetada, combinando elementos de diferentes partes da estrutura para construir um número 
representando o assunto do conteúdo (frequentemente combinando dois elementos de assuntos juntando nú-
meros que representam áreas geográficas ou épocas) e sua forma, em vez de extrair a representação de uma 
única lista contendo cada classe e seu significado.
Por exemplo, um livro de Literatura Brasileira será classificado em 869.3 na CDD e em 869(81) na CDU. 
Note que a raiz é a mesma, 869, mas o uso das tabelas é diferente para cada caso.
— Lista de cabeçalhos de assunto10
Trata-se de uma lista convencional de assuntos que são usados como pontos de acesso no catálogo de 
uma biblioteca ou de um outro serviço de documentação. É uma convenção pois os autores da lista fazem da 
sua escolha uma norma de procedimento, tal como as regras sociais não escritas são seguidas pelas pessoas 
nas suas relações sociais.
O grande objetivo é otimizar os pontos de acesso, evitando casos de falta de coerência e integridade dos 
catálogos. Uma lista deste tipo contém descrição, sinônimos dos termos que são usados na indexação e na 
recuperação por assunto de um documento.
9 https://pt.wikipedia.org/wiki/Classificação_decimal_de_Dewey
10 https://besmealhada.wordpress.com/como-se-diz/lista-de-autoridade-de-assuntos/
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Regras para arquivamento e alfabetação
Conceitos básicos de arquivamento e alfabetação
O correto arquivamento de documentos é uma atividade essencial dentro da rotina de trabalho de um biblio-
tecário. Para que a informação seja preservada e localizada de forma rápida e eficiente, é necessário compre-
ender bem os conceitos fundamentais de arquivamento e alfabetação.
 ▸ O que é arquivamento?
Arquivamento é o conjunto de procedimentos técnicos utilizados para organizar, guardar e conservar do-
cumentos, de modo que possam ser recuperados quando necessário. O objetivo principal é garantir acesso 
rápido, segurança da informação e preservação do acervo documental.
É importante destacar que o arquivamento não se restringe a papéis. Ele pode abranger documentos digi-
tais, imagens, mapas e qualquer tipo de informação registrada, exigindo técnicas específicas para cada tipo de 
suporte.
 ▸ Finalidades do arquivamento
As principais finalidades do arquivamento são:
 ▪ Facilitar a localização de documentos
 ▪ Preservar a integridade da informação
 ▪ Atender a prazos legais e administrativos
 ▪ Reduzir o volume de material acumulado
 ▪ Assegurar a confidencialidade de dados, quando necessário
Esses objetivos exigem uma organização sistemática e contínua, baseada em critérios técnicos definidos 
com clareza.
 ▸ Tipos de arquivos
Os arquivos podem ser classificados de acordo com diversos critérios, entre eles:
 ▪ Quanto à natureza: arquivos correntes, intermediários e permanentes
 ▪ Quanto à estrutura: centralizados (gerenciados por um único setor) ou descentralizados (cada setor cui-
da do seu próprio acervo)
 ▪ Quanto à titularidade: públicos (mantidos por órgãos governamentais) ou privados (mantidos por empre-
sas ou instituições particulares)
Cada tipo exige cuidados específicos quanto à organização e à conservação.
 ▸ Alfabetação e sua importância
A alfabetação é uma das formas mais comuns de organização de documentos, especialmente em arquivos 
correntes, catálogos e fichários. Trata-se da ordenação dos elementos com base na sequência alfabética, se-
guindo regras predefinidas.
Sua importância está na simplicidade e agilidade com que permite localizar um documento a partir de um 
nome, título ou assunto. No entanto, sua aplicação exige conhecimento técnico, pois há regras específicas para 
lidar com nomes compostos, abreviações, partículas, títulos e siglas.
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 ▸ Terminologias importantes
Alguns termos básicos que o bibliotecário precisa dominar:
 ▪ Documento: registro de uma informação em qualquer suporte
 ▪ Classificação: atividade de agrupar documentos por assuntos ou categorias
 ▪ Ordenação: disposição física dos documentos segundo um critério
 ▪ Indexação: atribuição de palavras-chave ou descritores para facilitar a recuperação
 ▪ Codificação: uso de símbolos ou códigos para representar informações de forma simplificada
 ▸ Diferença entre classificação e ordenação
Apesar de muitas vezes serem utilizadas como sinônimos, esses dois termos têm significados distintos:
 ▪ Classificar é agrupar documentos com características semelhantes, como por assunto, função, tipo 
ou setor.
 ▪ Ordenar é definir uma sequência para esses grupos ou documentos, podendo seguir a ordem alfabé-
tica, numérica, cronológica, geográfica, entre outras.
Por exemplo, ao arquivar correspondências, pode-se classificá-las por remetente (assunto) e, dentro de 
cada grupo, ordená-las alfabeticamente.
 ▸ Papel do bibliotecário no arquivamento
O bibliotecário exerce papel central na gestão documental, sendo responsável por implantar, revisar e mo-
nitorar os métodos de arquivamento e organização da informação. Isso inclui desde a criação de um plano de 
classificação documental até o treinamento de equipes e uso de softwares especializados.
Além disso, o bibliotecário deve conhecer as normas técnicas aplicáveis, como as do Conselho Nacional de 
Arquivos (CONARQ), que orientam sobre gestão de documentos e arquivos públicos e privados.
Principais métodos de arquivamento utilizados em bibliotecas
O ambiente de uma biblioteca exige uma organização rigorosa dos documentos e acervos, tanto físicos 
quanto digitais. Para garantir acesso rápido, controle eficiente e preservação do conteúdo, o bibliotecário recor-
re a métodos de arquivamento bem definidos. 
Esses métodos são aplicados de acordo com o tipo de material, finalidade da consulta e dinâmica do uso 
pelos usuários e funcionários.
 ▸ Arquivamento por ordem alfabética
Este é um dos métodos mais utilizados, especialmente para documentos cujo principal ponto de acesso é o 
nome de uma pessoa, instituição ou local.
Aplicações:
 ▪ Arquivos de usuários cadastrados
 ▪ Correspondências
 ▪ Pastas por nome de autor
 ▪ Fichários de títulos de livros
Vantagens:
 ▪ Fácil de aplicar
 ▪ Método direto e compreensível
 ▪ Facilita a localização quando o nome é conhecido
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Desvantagens:
 ▪ Pode gerar confusão se as regras de alfabetação não forem bem seguidas
 ▪ Dificulta a busca por assunto
 ▸ Arquivamento numérico
Nesse método, os documentos são organizados segundo uma sequência numérica. Pode ser numeração 
simples, cronológica ou baseada em códigos internos.
Aplicações:
 ▪ Prontuários de usuários com númerode registro
 ▪ Documentos administrativos
 ▪ Sistemas informatizados de controle de acervo
Vantagens:
 ▪ Grande capacidade de organização
 ▪ Facilita o sigilo (nomes não ficam expostos)
 ▪ Ideal para uso com sistemas informatizados
Desvantagens:
 ▪ Exige índice ou sistema auxiliar para localizar a informação
 ▪ Difícil acesso sem saber o número exato
 ▸ Arquivamento por assunto (ou temático)
Esse método agrupa os documentos conforme os temas ou áreas de conhecimento. É muito utilizado para 
a organização de catálogos, referências bibliográficas e arquivos técnicos.
Aplicações:
 ▪ Arquivamento de artigos por tema
 ▪ Classificação de publicações periódicas
 ▪ Estruturação de bases de dados
Vantagens:
 ▪ Excelente para pesquisa por área de interesse
 ▪ Facilita a análise temática de acervos
Desvantagens:
 ▪ Pode gerar sobreposição de temas
 ▪ Exige padronização na nomenclatura dos assuntos
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 ▸ Arquivamento cronológico
Neste caso, a organização segue a ordem de datas (dia, mês, ano). É utilizado quando o fator temporal é o 
mais relevante para a consulta.
Aplicações:
 ▪ Registros de eventos e atividades
 ▪ Correspondências recebidas ou enviadas
 ▪ Documentação contábil ou administrativa
Vantagens:
 ▪ Rápido para localizar documentos recentes
 ▪ Mantém histórico organizado
Desvantagens:
 ▪ Ineficiente para busca por nome ou assunto
 ▪ Exige atualização constante e disciplina na organização
 ▸ Arquivamento geográfico
Neste método, os documentos são organizados com base em localidades (país, estado, cidade). É mais 
comum em arquivos institucionais com atuação regional ampla.
Aplicações:
 ▪ Relatórios por região
 ▪ Dados de filiais ou sedes descentralizadas
 ▪ Materiais institucionais por área de abrangência
Vantagens:
 ▪ Organiza grandes volumes por localização
 ▪ Útil para instituições com muitos núcleos regionais
Desvantagens:
 ▪ Pode ser irrelevante em bibliotecas de pequeno porte
 ▪ Depende de boa definição de critérios geográficos
 ▸ Arquivamento por código ou sistema de classificação
Bibliotecas utilizam sistemas específicos de classificação, como a Classificação Decimal de Dewey (CDD) 
ou a Classificação Decimal Universal (CDU), para organizar livros por áreas do conhecimento. Esses sistemas 
combinam códigos numéricos com assuntos, facilitando a localização e a organização física e lógica do acervo.
Aplicações:
 ▪ Organização de estantes e prateleiras
 ▪ Catálogos e bases de dados
 ▪ Classificação temática padronizada
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Vantagens:
 ▪ Facilita a localização por área de conhecimento
 ▪ Permite expansão ilimitada do acervo
 ▪ Amplamente adotado no mundo todo
Desvantagens:
 ▪ Requer conhecimento técnico do sistema
 ▪ Pode ser confuso para usuários não familiarizados
 ▸ Critérios para escolha do método mais adequado
A escolha do método de arquivamento depende de diversos fatores, como:
 ▪ Tipo e volume de documentos
 ▪ Frequência de acesso
 ▪ Perfil dos usuários
 ▪ Recursos disponíveis (físicos e tecnológicos)
 ▪ Finalidade do arquivo (consulta rápida, preservação histórica, controle interno)
Não raro, uma biblioteca combina dois ou mais métodos, como arquivamento temático com alfabético ou 
numérico com cronológico, para atender diferentes necessidades.
Regras de alfabetação segundo normas arquivísticas
A alfabetação, ou ordenação alfabética, é um dos métodos mais utilizados na organização de documentos 
em bibliotecas, arquivos e centros de documentação. No entanto, sua aplicação exige o cumprimento de regras 
normativas específicas, definidas por instituições arquivísticas, para garantir padronização, previsibilidade e 
agilidade na localização da informação.
 ▸ Princípio da ordem alfabética literal
A ordenação alfabética literal é aquela que segue a sequência das letras, de forma direta, como aparecem 
nas palavras, desconsiderando acentos e outros sinais gráficos.
Exemplo:
 ▪ Ana
 ▪ Andressa
 ▪ Anelise
 ▪ Antônio
 ▪ Aparecida
 ▪ Observação: Apesar de “Antônio” ter acento, ele é ignorado no processo de ordenação. O mesmo ocorre 
com cedilhas e til.
 ▸ Ordem de prioridade dos elementos
Quando se ordena nomes compostos ou múltiplos elementos, deve-se seguir uma ordem de prioridade. A 
regra básica é considerar a primeira palavra significativa, mas há casos específicos:
 ▪ Nomes de pessoas: a ordenação é feita pelo prenome (primeiro nome)
 ▪ Nomes de instituições: considera-se o nome completo, sem inversões
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 ▪ Títulos de documentos: ordem literal do título, sem omitir artigos definidos ou indefinidos (o, a, os, as, 
um, uma etc.)
Exemplo:
 ▪ Carlos Alberto da Silva
 ▪ Carlos Eduardo Martins
 ▪ Carlos Henrique Oliveira
Ordem correta:
1. Carlos Alberto da Silva
2. Carlos Eduardo Martins
3. Carlos Henrique Oliveira
 ▸ Regras para nomes de pessoas
Ao ordenar nomes de pessoas, seguem-se estas orientações:
 ▪ Desconsiderar preposições e partículas (de, da, do, dos, das)
 ▪ Ordenar pelo prenome
 ▪ Considerar nomes completos em ordem literal
Exemplo:
 ▪ Maria das Dores
 ▪ Maria de Fátima
 ▪ Maria do Carmo
Ordem correta:
1. Maria das Dores
2. Maria de Fátima
3. Maria do Carmo
Obs: A ordenação leva em conta a sequência das letras imediatamente após “Maria”.
 ▸ Tratamento de abreviações e siglas
Abreviações devem ser ordenadas como se fossem palavras completas, e siglas são tratadas como pala-
vras normais na ordem alfabética literal.
Exemplo:
 ▪ ANA (Agência Nacional de Águas)
 ▪ ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações)
 ▪ ANP (Agência Nacional do Petróleo)
Ordem correta:
1. ANA
2. ANATEL
3. ANP
Abreviações como “Dr.” ou “Sr.” devem ser ignoradas no critério de ordenação.
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 ▪ Nomes com números
Quando um nome possui números (ordinais ou cardinais), a ordem segue a leitura literal, considerando o 
número como escrito por extenso.
Exemplo:
 ▪ João 2º
 ▪ João 10º
 ▪ João 3º
Ordem correta:
1. João 10º
2. João 2º
3. João 3º
(Errado). O correto seria:
1. João 2º (segundo)
2. João 3º (terceiro)
3. João 10º (décimo)
Portanto, números ordinais devem ser convertidos mentalmente para a forma por extenso.
 ▸ Títulos de documentos e obras
Em bibliotecas e arquivos, os títulos devem ser alfabetizados considerando-se a primeira palavra, incluindo 
artigos, pronomes ou preposições.
Exemplo:
 ▪ A casa das sete mulheres
 ▪ O alienista
 ▪ Um estudo em vermelho
Ordem correta:
1. A casa das sete mulheres
2. O alienista
3. Um estudo em vermelho
Mesmo que se queira ignorar os artigos, o padrão arquivístico literal inclui todos os elementos no início do 
título.
 ▸ Nomes estrangeiros
Nomes estrangeiros seguem as mesmas regras dos nomes nacionais, sendo organizados conforme a or-
dem literal do idioma original. Não se faz tradução nem adaptação.
Exemplo:
 ▪ John Smith
 ▪ Johann Strauss
 ▪ José Garcia
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Ordem correta:
1. Johann Strauss
2. John Smith
3. José Garcia
 ▸ Palavras repetidas ou idênticas
Quando nomes ou títulos iniciam com as mesmas palavras, o critério é observar a palavra seguinte.
Exemplo:
 ▪ Biblioteca Central
 ▪ Biblioteca Escolar
 ▪ Biblioteca Pública
Ordem correta:
1. Biblioteca Central
2. Biblioteca Escolar
3. Biblioteca Pública
 ▸ Regras complementares importantes
 ▪ Letras maiúsculas e minúsculas não interferem na ordem
 ▪ Palavras acentuadas são ordenadas como se estivessem sem acento
 ▪ Quando dois nomes são idênticos, observa-se o nome do meio ou sobrenome
 ▪ Siglas com pontuação (ex: U.N.E.) são ordenadas como se fossem contínuas (UNE)
 ▸ Normas técnicas de referência
As regras de alfabetação no Brasil seguem principalmente os padrões estabelecidos por:
 ▪ Arquivo Nacional
 ▪ Conselho Nacional de Arquivos (CONARQ)
 ▪ Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), especialmente nas normas de descrição documental
Essas instituições garantem a padronização dos critérios de arquivamento, facilitando o intercâmbio de in-
formações entre diferentes unidades e sistemas.
Erros comuns e boas práticas no arquivamento e na ordenação alfabética
O processo de arquivamento e ordenação alfabética exige não apenas conhecimento técnico das regras 
e métodos, mas também atenção aos detalhes e consistência na aplicação das normas. Pequenos descuidos 
podem comprometer a localização dos documentos, gerar retrabalho e até levar à perda de informações im-
portantes. 
 ▸ Erros mais comuns no arquivamento
Diversos equívocos ocorrem por falta de padronização, desconhecimento das regras ou negligência na 
conferência dos dados. Os principais erros incluem:
Erro 1: Desconsiderar as partículas nos nomes pessoais de forma errada
É comum que preposições como “de”, “da”, “do” sejam levadas em consideração ou ignoradas de maneira 
inconsistente. Isso pode alterar completamente a ordem alfabética.
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Exemplo:
 ▪ José da Silva
 ▪ José Ferreira
Ordem incorreta:
1. José da Silva
2. José Ferreira
Ordem correta:
1. José Ferreira
2. José da Silva
As partículas “da”, “de” são desconsideradas para fins de ordenação literal.
Erro 2: Ignorar acentos e sinais gráficos ao arquivar
Embora as normas arquivísticas determinem que acentos não influenciam a ordem alfabética, há quem uti-
lize programas de computador ou listas manuais que os considerem erroneamente.
Erro 3: Usar abreviações de forma inconsistente
Quando abreviações são utilizadas de formas variadas para um mesmo nome (ex: Dr., Doutor, D.), podem 
gerar múltiplas entradas para o mesmo conteúdo, desorganizando o arquivo.
Erro 4: Ordenar por sobrenome em sistemas que seguem o prenome
Arquivos pessoais devem ser organizados a partir do primeiro nome (prenome). Inverter essa lógica pode 
causar falhas de localização.
Erro 5: Não manter atualização constante dos arquivos
Arquivos que não são atualizados com frequência tendem a ficar desorganizados. Documentos fora do lugar 
comprometem todo o sistema de busca.
Erro 6: Não revisar inserções novas
Inserir documentos sem verificar a posição correta pode resultar em materiais colocados em local inadequa-
do, dificultando a recuperação.
Erro 7: Falta de padronização em nomes de instituições ou títulos
Algumas instituições têm nomes extensos e similares, e a falta de padronização na nomenclatura pode cau-
sar duplicidade ou sobreposição de registros.
 ▸ Boas práticas no arquivamento e ordenação alfabética
Para evitar erros e manter a organização dos arquivos, o bibliotecário deve adotar práticas recomendadas 
pelas normas arquivísticas e pela experiência de gestão documental. Abaixo, listamos as principais.
Prática 1: Adotar um manual de padronização interno
Crie e siga um documento com as regras de alfabetação e arquivamento aplicáveis à sua biblioteca. Inclua 
exemplos, termos padronizados e procedimentos operacionais.
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Prática 2: Utilizar índices auxiliares sempre que necessário
Arquivos numéricos ou temáticos devem estar acompanhados de um índice alfabético, digital ou físico, que 
facilite a recuperação da informação.
Prática 3: Treinar toda a equipe de forma unificada
Todos os funcionários que manipulam arquivos devem receber a mesma formação e orientação para garan-
tir uniformidade no processo de arquivamento.
Prática 4: Fazer auditorias e revisões periódicas
Estabeleça uma rotina para verificar se os documentos estão corretamente organizados. A revisão periódica 
ajuda a identificar problemas antes que eles se agravem.
Prática 5: Manter registros de entrada e saída de documentos
Principalmente em arquivos ativos, registrar movimentações garante controle, segurança e rastreabilidade 
das informações.
Prática 6: Usar etiquetas legíveis e padronizadas
Em arquivos físicos, as etiquetas devem seguir um padrão visual e conter informações completas, com le-
tras legíveis e tamanho adequado.
Prática 7: Aplicar regras de alfabetação de forma literal e consistente
É essencial aplicar a mesma lógica de ordenação para todos os nomes e títulos, sem exceções. Isso inclui 
o tratamento de nomes estrangeiros, siglas, títulos com números, entre outros.
Prática 8: Fazer testes de localização periódicos
A equipe pode realizar testes aleatórios de localização de documentos, simulando uma busca real, para 
verificar se o sistema está funcionando corretamente.
 ▸ Exemplos práticos de correção
Situação A – Nomes com partículas
Errado:
 ▪ Maria de Fátima
 ▪ Maria das Dores
 ▪ Maria do Carmo
Correto:
1. Maria das Dores
2. Maria de Fátima
3. Maria do Carmo
Situação B – Títulos com artigos
Errado:
 ▪ O Pequeno Príncipe
 ▪ A Revolução dos Bichos
 ▪ Um Estudo em Vermelho
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Correto:
1. A Revolução dos Bichos
2. O Pequeno Príncipe
3. Um Estudo em Vermelho
 ▸ Uso de tecnologia a favor do arquivamento
Atualmente, muitos dos processos de arquivamento contam com sistemas informatizados. No entanto, é 
importante destacar que:
 ▪ Mesmo com software, as regras arquivísticas devem ser configuradas corretamente
 ▪ Sistemas que ordenam por sobrenome, por padrão, podem não se adequar a critérios de arquivos físicos
 ▪ É necessário verificar se o sistema respeita a ordenação literal, ignorando acentos e sinais gráficos
A tecnologia é uma aliada, mas não substitui o conhecimento técnico e a vigilância ativa do bibliotecário.
Adotar boas práticas e evitar os erros mais comuns contribui significativamente para a qualidade da organi-
zação documental. Essa atenção aos detalhes garante maior eficiência, economia de tempo e profissionalismo 
no trabalho do bibliotecário.
Noções básicas de normalização (ABNT NBR 6023 e Estilo Vancouver)
Importância da normalização na atividade bibliotecária
A normalização é um dos pilares da atuação bibliotecária, especialmente no que diz respeito à organização, 
recuperação e disseminação da informação.
Quando falamos de normalização, estamos nos referindo ao conjunto de regras, diretrizes e padrões ado-
tados para garantir que a produção, o registro e o uso da informação ocorramde maneira uniforme, compreen-
sível e eficiente.
 ▸ O que é normalização no contexto da Biblioteconomia
No universo das bibliotecas e centros de informação, a normalização diz respeito ao uso de normas técnicas 
que padronizam elementos como:
 ▪ Elaboração de referências bibliográficas
 ▪ Apresentação de trabalhos acadêmicos
 ▪ Catalogação de documentos
 ▪ Indexação e recuperação da informação
Essas normas, em geral, são elaboradas por instituições especializadas como a Associação Brasileira de 
Normas Técnicas (ABNT), a International Organization for Standardization (ISO), ou órgãos internacionais de 
publicações científicas, como o International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), responsável pelo 
estilo Vancouver.
 ▸ Por que a normalização é essencial para o bibliotecário
O bibliotecário atua como mediador entre a informação e o usuário. Para desempenhar esse papel com 
precisão e qualidade, é essencial que o profissional conheça e aplique as normas de forma correta. A seguir, 
destacam-se os principais motivos pelos quais a normalização é indispensável no cotidiano bibliotecário:
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Uniformidade e padronização:
A normalização garante que as informações sejam organizadas de forma coerente e previsível. Isso é cru-
cial tanto na organização de acervos quanto na orientação a usuários para a produção de trabalhos acadêmicos 
e científicos.
Facilidade de recuperação da informação:
Um sistema normalizado permite que a busca por documentos, autores ou assuntos seja feita de forma mais 
eficiente. A padronização de nomes, títulos e fontes facilita o trabalho dos sistemas de informação e melhora a 
experiência do usuário.
Garantia de credibilidade e qualidade na informação:
O uso adequado das normas em referências e citações contribui para a credibilidade do material científico. 
Além disso, evita o plágio e garante a rastreabilidade das fontes utilizadas em pesquisas.
Suporte à produção acadêmica e científica:
O bibliotecário é frequentemente responsável por orientar pesquisadores, professores e estudantes na ela-
boração de trabalhos acadêmicos. Ter domínio das normas como a ABNT NBR 6023 e o estilo Vancouver per-
mite oferecer um suporte técnico qualificado e atualizado.
Atuação em ambientes diversos:
Em instituições de ensino, órgãos públicos, centros de pesquisa e empresas privadas, a exigência por or-
ganização e normalização da informação é constante. O conhecimento das normas amplia a empregabilidade 
e a atuação do bibliotecário.
 ▸ Relação entre normalização e organização da informação
A normalização não atua de forma isolada. Ela está diretamente relacionada a outras práticas fundamentais 
da Biblioteconomia, como a catalogação e a indexação. Juntas, essas atividades permitem:
 ▪ Estruturar bases de dados confiáveis
 ▪ Organizar bibliotecas digitais e físicas com precisão
 ▪ Desenvolver sistemas de recuperação de informação mais eficazes
 ▪ Fornecer acesso facilitado e confiável à informação científica e técnica
 ▸ Papel do bibliotecário como agente normativo
Além de aplicar as normas, o bibliotecário também exerce um papel educativo e consultivo. Muitas vezes, 
é ele quem:
 ▪ Revisa referências e citações de trabalhos acadêmicos
 ▪ Elabora manuais de normalização para instituições
 ▪ Capacita usuários no uso correto das normas
 ▪ Atua como referência técnica dentro de comissões editoriais, comitês de ética e conselhos acadêmicos
Dominar as normas técnicas é mais do que um requisito técnico: é uma competência estratégica para o 
bibliotecário moderno. Em um cenário onde a informação é abundante, mas nem sempre bem organizada, o 
profissional da informação se destaca quando consegue garantir a confiabilidade, o rigor e a padronização dos 
conteúdos com os quais trabalha.
Por isso, o conhecimento das normas como a ABNT NBR 6023 e o estilo Vancouver é essencial para o 
exercício pleno da profissão.
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Estrutura e principais regras da ABNT NBR 6023
A ABNT NBR 6023 é a norma brasileira que trata da elaboração de referências, isto é, da descrição dos 
documentos que foram utilizados como fonte de informação em trabalhos acadêmicos, científicos, técnicos ou 
profissionais. Atualizada pela última vez em 2018, ela substituiu a versão de 2002 e trouxe mudanças importan-
tes para a normalização das referências no Brasil.
Entender sua estrutura e regras é fundamental para bibliotecários, pois essa norma é amplamente utilizada 
no ambiente acadêmico e institucional.
 ▸ Objetivo e escopo da ABNT NBR 6023
A norma tem como objetivo principal estabelecer os elementos essenciais e opcionais das referências, além 
de orientar sobre a forma de apresentação e a ordem dos dados. Ela se aplica a diversos tipos de documentos:
 ▪ Livros e capítulos de livros
 ▪ Artigos de periódicos
 ▪ Documentos eletrônicos (sites, e-books, vídeos)
 ▪ Trabalhos acadêmicos
 ▪ Patentes, legislação, mapas, entre outros
 ▸ Elementos essenciais e complementares
A ABNT NBR 6023 organiza os dados das referências em dois grupos principais:
Elementos essenciais:
São aqueles que obrigatoriamente devem constar em toda referência, de acordo com o tipo de documento. 
Exemplo: autor, título, edição, local, editora e data de publicação para livros.
Elementos complementares:
São informações adicionais que ajudam na identificação do documento, como número de páginas, tradutor, 
ilustrador, link de acesso, DOI (para documentos digitais), entre outros. A inclusão desses elementos é reco-
mendada quando agrega clareza ou precisão.
 ▸ Ordem dos elementos nas referências
Cada tipo de material possui uma estrutura própria, mas a norma segue uma lógica geral: os dados devem 
ser apresentados na seguinte ordem (com adaptações conforme o tipo do documento):
Autor(es)
 ▪ Título
 ▪ Edição (quando não for a primeira)
 ▪ Local de publicação
 ▪ Editora
 ▪ Data de publicação
 ▪ Informação complementar (número de páginas, série, notas, link, etc.)
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— Os principais elementos da referência
Os autores
Os autores são indicados por seus sobrenomes seguidos das iniciais do nome. Todas as iniciais dos autores 
são citadas.
Quando houver até três autores, todos devem ser indicados.
Quando houver quatro ou mais autores, indicar apenas o primeiro, seguido da expressão “et al.”
Atenção: A ABNT NBR 6023 de 2018 permite que todos os autores da obra sejam listados na referência. 
No entanto, para fins de padronização e simplificação no momento de elaborar as citações no texto, adotou-se 
a prática de indicar até o terceiro autor. Acima desse número, faz-se uso da expressão “et al.”. Em documentos 
de outra natureza, como projetos de pesquisa, currículos ou relatórios, a menção de todos os autores pode ser 
realizada se assim for recomendado.
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Sobrenomes com grau de parentesco:
FERREIRA FILHO, R.
CASTRO NETO, A. C.
Sobrenomes hispânicos:
ALVAREZ ALDUAN,M. A.
Sobrenomes com prefixos:
VER BOVEN, D.
DI CREDDO, R.
LA BRUYERE, R.
VAN ENDE, E.
DE MONTFORT, F.
Autoria corporativa:
ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas.
BRASIL. Ministério da Saúde.
SBPqO - Sociedade Brasileira de Pesquisa Odontológica.
O título
Letras minúsculas utilizando um dos recursos de destaque: negrito, itálico ou sublinhando.
Caso haja subtítulo
Título de revista
O título da revista ou periódico deve estar em destaque e abreviado, respeitando as abreviaturas das bases 
Medline ou LILACS. Para as revistas de abrangência internacional, utilize o NLM Catalog. Para as revistas de 
abrangência nacional/latino-americana, utilize o Portal de Revistas Científicas em Saúde.
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Edição
A edição, se constar no documento, deve ser transcrita pelas abreviaturas do numeral ordinal e da palavra 
edição, ambas no idioma do documento.
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Local
O local de publicação (cidade) deve ser indicado conforme consta no documento. Na ausência do nome da 
cidade, pode ser indicado o estado ou país, desde que esteja presente no documento.
Quando o local não está explicitado no documento, mas pode ser identificado, deve-se indicá-lo entre colchetes. 
Por exemplo: [São Paulo]:
Se não for possível identificar o local de publicação, utiliza-se a expressão “sine loco”, abreviada, entre 
colchetes [S.l.]. Por exemplo: [S. l.]:
Editora
O nome da editora, gravadora, entre outras instituições responsáveis pela publicação, deve ser indicado 
conforme aparece no documento, suprimindo-se as palavras que designam a natureza jurídica ou comercial.
A expressão “sine nomine” deve ser abreviada e colocada entre colchetes [s.l.], quando a editora não puder 
ser identificada [s.n.].
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Data/ano de publicação
O ano de publicação deve ser expresso em algarismos arábicos.
Se nenhum ano de publicação puder ser encontrado no documento, um ano deve ser indicado entre 
colchetes: [].
Paginação/descrição física
Pode-se registrar o número da última página ou folha de cada sequência, mantendo a forma encontrada 
(letras e algarismos romanos e arábicos). Se necessário, indica-se a quantidade de páginas não numeradas 
entre colchetes. Exemplo: 236 p. [58] p.
Em partes de publicação, como artigos ou capítulos de livros, deve-se indicar os números de folhas ou 
páginas inicial e final, precedidos da abreviatura “f.” ou “p.”. Por exemplo: p. 31-40.
A indicação de volumes é feita com “v.”, seguido do número do volume. Por exemplo: v. 2.
Já a indicação de fascículos utiliza a abreviatura “n.” seguida do número do fascículo. Por exemplo: n. 6.
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Mês
O mês, quando presente, deve preceder o ano e ser indicado de forma abreviada, no idioma original da 
publicação, seguindo o padrão ao lado. Intervalos de meses devem ser indicados por uma barra oblíqua. Por 
exemplo: jan./mar.
Disponibilidade e acesso
Indicar, como os últimos elementos da referência de documento em meio eletrônico online, a disponibilidade 
e a data de acesso, antecedidas de “Disponível em:” e “Acesso em:”, respectivamente.
Disponível em: http://sddinforma.fob.usp.br. Acesso em: 7 jan. 2024
Obs.: Fique atento à data de acesso não é data de publicação.
Modelos de referência
Os modelos de referência, conforme estabelecidos pela Norma Brasileira NBR 6023 da Associação Brasileira 
de Normas Técnicas (ABNT), desempenham um papel fundamental na organização e na estruturação das 
informações bibliográficas utilizadas em trabalhos acadêmicos, científicos e técnicos. Esses modelos são 
projetados para garantir a precisão, a clareza e a consistência na apresentação das referências, facilitando a 
compreensão e a localização das fontes consultadas pelos leitores.
A norma NBR 6023 define uma série de elementos essenciais que devem estar presentes em uma referência 
bibliográfica, incluindo autor(es), título, edição, local de publicação, editora e ano de publicação, entre outros. 
Esses elementos são organizados de acordo com a natureza da publicação (livro, artigo de periódico, documento 
eletrônico, entre outros) e seguem uma ordem específica, determinada pela norma.
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Livros
LIVRO EM PARTE
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Trabalhos acadêmicos
Artigos periódicos
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79
Artigo de jornal
Eventos
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80
Patentes
Bulas de remédio
Normas técnicas
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81
Referências legislativas
Documento iconográfico
Inclui pintura, gravura, ilustração, fotografia, desenho técnico, diapositivo, diafilme, material estereográfico, 
transparência, cartaz, entre outros.
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82
Vídeo
Twitter
Facebook
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83
Enciclopédia/dicionário
Wikipédia
Blog
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Podcast
E-mail
Base de dados
Página na web
Formatação das referências
A formatação das referências bibliográficas, conforme estabelecida pela Norma Brasileira NBR 6023 da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), desempenha um papel crucial na apresentação organizada 
e padronizada das fontes consultadas em trabalhos acadêmicos, científicos e técnicos.
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Seguir as diretrizes da NBR 6023 é fundamental para garantir a clareza, a precisão e a consistência na 
listagem das referências, facilitando a identificação e a localização das fontes pelos leitores.
As referências devem ser apresentadas com a seguinte formatação: 
– Alinhamento de texto à esquerda;
– Espacejamento simples entre linhas;
– Fonte tamanho 12 (Times New Roman ou Arial);
– Ordenadas alfabeticamente e não numeradas;
– Espaço de uma linha em branco entre cada referência;
– Inseridas logo após o capítulo de conclusão;
– O título da seção não possui indicativo numérico.
Referências bibliográficas:
Disponível em https://www.significados.com.br/metodologia-cientifica Acesso 14.03.2024
Disponível em https://doity.com.br/blog/metodologia-cientifica/ Acesso 14.03.2024
Disponível https://usp.br/sddarquivos/aulasmetodologia/abnt6023 Acesso 15.03.2024
Estilo Vancouver: características e aplicação
O estilo Vancouver é um dos sistemas de normalização mais utilizados em publicações científicas da área da 
saúde e ciências biomédicas. Seu uso é especialmente comum em artigos de revistas científicas, dissertações 
e teses que seguem as exigências de periódicos internacionais e nacionais vinculados ao meio acadêmico.
Criado pelo International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE), o estilo Vancouver define regras 
específicas tanto para as citações no corpo do texto quanto para a elaboração da lista de referências, com foco 
na objetividade, concisão e facilidade de leitura.
 ▸ Características gerais do estilo Vancouver
O estilo Vancouver se destaca por apresentar uma estrutura bastante diferente daquela adotada pela ABNT. 
Suas principais características incluem:
 ▪ Numeração das citações por ordem de aparecimento no texto
 ▪ Uso de números arábicos entre colchetes ou sobrescritos (dependendo da orientação do periódico)
 ▪ Organização da lista de referências de forma numérica sequencial, conforme a ordem de citação
 ▪ Abreviação padronizada de nomes de periódicos com base no Index Medicus
 ▪ Redução de pontuação e elementos não essenciais para tornar as referências mais enxutas
Forma de citação no texto:
As citações no estilo Vancouver não utilizam o nome do autor. Em vez disso, cada fonte é indicada por um 
número que corresponde à sua posição na lista de referências.
 ▪ A primeira citação recebe o número \[1], a segunda \[2], e assim por diante.
 ▪ Quando a mesma obra é citada novamente, repete-se o número já atribuído.
 ▪ O número pode aparecer entre colchetes \[1], sobrescrito¹ ou entre parênteses (1), conforme as normas 
da revista ou instituição.
Exemplos de citação no corpo do texto:
 ▪ A informação foi confirmada em estudos anteriores \[1].
 ▪ Segundo a pesquisa de Silva¹, os resultados foram consistentes.
 ▪ O método adotado segue o protocolo já descrito (2).
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 ▸ Estrutura básica da referência no estilo Vancouver
As referências são organizadas de forma direta, com uso de abreviações e sem destaque tipográfico (ne-
grito ou itálico). A estrutura varia conforme o tipo de documento, mas a ordem dos elementos é bem definida.
Artigo de periódico:
AUTOR(ES). Título do artigo. Título abreviado do periódico. Ano;volume(número)\:páginas.
Exemplo:
Santos KC, Oliveira TM. Gestão da informação em saúde pública. Rev Bras Bibliotecon. 2023;29(3):101-9.
Livro:
AUTOR(ES). Título do livro. Edição. Local de publicação: Editora; Ano.
Exemplo:
Barros DD, Lima PS. Fundamentos de biblioteconomia. 2ª ed. São Paulo: Saraiva; 2021.
Capítulo de livro:
AUTOR(ES) do capítulo. Título do capítulo. In: AUTOR(ES) do livro. Título do livro. Local: Editora; Ano. p. 
páginas do capítulo.
Exemplo:
Mendes RS. Indexação em bibliotecas digitais. In: Souza AB, organizador. Tecnologias da informação. Rio 
de Janeiro: LTC; 2020. p. 45-62.
Documento eletrônico com DOI:
AUTOR(ES). Título. Título do periódico. Ano \[citado ano mês dia];volume(número)\:páginas. DOI.
Exemplo:
Silva JB, Castro LM. Avaliação de repositórios institucionais. Inf Pesqui. 2022 \[citado 2025 jul 8];18(2):33-
47. doi:10.1590/1809-4782.2022v18n2.
 ▸ Regras para os nomes dos autores
Os nomes são abreviados: sobrenome seguido das iniciais dos prenomes, sem vírgulas entre as iniciais.
 ▪ Exemplo: Silva JR, Pereira LA.
Para até seis autores, todos são listados. Se houver mais de seis, indicam-se os seis primeiros seguidos da 
expressão et al.
 ▪ Exemplo: Oliveira AG, Souza TM, Ramos CA, Pereira R, Lima TP, Mendes JF, et al.
 ▸ Abreviação dos títulos dos periódicos
Os títulos das revistas científicas devem ser abreviados de acordo com o List of Journals Indexed for ME-
DLINE, disponível no portal da NLM (National Library of Medicine).
 ▪ Exemplo: Journal of the Medical Library Association vira J Med Libr Assoc.
Vantagens do estilo Vancouver:
 ▪ Permite citações mais curtas no corpo do texto
 ▪ Evita repetições extensas de nomes de autores e anos
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 ▪ Facilita a leitura em textos com muitas referências
 ▪ É amplamente aceito por revistas científicas internacionais
 ▸ Aplicações práticas para o bibliotecário
O bibliotecário pode ter que lidar com o estilo Vancouver em diversas situações:
 ▪ Apoio à produção científica: revisão de artigos científicos, teses, dissertações e relatórios de pesquisa 
que seguem esse modelo
 ▪ Capacitação de pesquisadores e estudantes: treinamentos sobre como aplicar corretamente o estilo 
Vancouver
 ▪ Atualização de repositórios institucionais: organização de metadados e inserção de referências com 
base nesse estilo
 ▪ Participação em periódicos e comissões editoriais: revisão de manuscritos e padronização de referên-
cias
O estilo Vancouver exige atenção aos detalhes e prática na construção das referências, especialmente pe-
las abreviações e pela ordem numérica.
Seu domínio é indispensável para bibliotecários que atuam em ambientes acadêmicos, especialmente nas 
áreas de saúde, ciências biológicas e publicações científicas em geral.
Diferenças entre ABNT NBR 6023 e Vancouver
As normas ABNT NBR 6023 e o estilo Vancouver são dois sistemas de normalização amplamente utilizados 
na produção e organização de referências bibliográficas. Apesar de terem objetivos semelhantes — garantir a 
padronização na forma de apresentar as fontes de informação —, essas normas possuem diferenças estrutu-
rais, formais e funcionais importantes.
Conhecer essas distinções é essencial para que o bibliotecário possa orientar corretamente usuários, revi-
sar documentos e aplicar os padrões exigidos em cada contexto institucional ou editorial.
 ▸ Diferenças quanto ao contexto de aplicação
Aspecto ABNT NBR 6023 Estilo Vancouver
Origem Brasil (Associação Brasileira de 
Normas Técnicas)
Internacional (International 
Committee of Medical Journal 
Editors - ICMJE)
Área de maior uso
Trabalhos acadêmicosno Brasil 
(graduação, pós, concursos, 
TCCs)
Artigos científicos nas áreas da 
saúde e ciências biomédicas
Abrangência Ampla (diversas áreas do 
conhecimento) Específica (principalmente saúde)
Adoção institucional Instituições brasileiras de ensino 
e pesquisa
Revistas científicas nacionais e 
internacionais
 ▸ Diferenças na forma de citação no texto
A forma como as fontes são indicadas no corpo do texto é uma das diferenças mais marcantes entre os dois 
sistemas.
ABNT NBR 6023:
Utiliza o sistema autor-data, com indicação entre parênteses.
 ▪ Exemplo: (SILVA, 2020)
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Vancouver:
Utiliza o sistema numérico, com inserção de um número de chamada por ordem de citação.
 ▪ Exemplo: \[1] ou ¹ (a depender da formatação exigida)
Essas diferenças impactam diretamente a leitura do texto e a forma como o leitor localiza as fontes na lista 
de referências.
 ▸ Diferenças na lista de referências
Critério ABNT NBR 6023 Estilo Vancouver
Ordem das referências Alfabética pelo sobrenome do 
autor
Numérica por ordem de citação 
no texto
Destaque de títulos Título do livro emnegrito Sem destaque (negrito ou itálico 
não usado)
Separação entre elementos Uso de pontuação completa e 
clara (ponto, dois-pontos, etc.)
Redução da pontuação para 
simplificar
Nome dos autores Sobrenome em maiúsculas 
seguido de iniciais
Sobrenome com iniciais 
abreviadas, sem vírgula
Nomes de periódicos Nome completo, sem abreviação Abreviados conforme Index 
Medicus
 ▸ Exemplo comparativo de referência (livro)
ABNT NBR 6023:
PEREIRA, M. C. Introdução à biblioteconomia. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
Vancouver:
Pereira MC. Introdução à biblioteconomia. 2ª ed. São Paulo: Atlas; 2021.
 ▸ Exemplo comparativo de citação no texto
ABNT:
Segundo Pereira (2021), a biblioteconomia é uma ciência em constante transformação.
Vancouver:
A biblioteconomia é uma ciência em constante transformação \[1].
 ▸ Outras diferenças relevantes
Flexibilidade na inclusão de elementos complementares:
 ▪ A ABNT permite e recomenda o uso de elementos adicionais que ajudam na identificação da fonte (ex: 
tradutor, nota de edição, série).
 ▪ O estilo Vancouver é mais conciso e valoriza a objetividade, utilizando apenas os elementos essenciais.
Padronização internacional:
 ▪ A ABNT é uma norma nacional, adaptada à realidade brasileira.
 ▪ O Vancouver é um padrão internacionalmente aceito, especialmente por revistas indexadas em bases 
como PubMed e SciELO.
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Organização e apresentação gráfica:
 ▪ A ABNT tende a ser mais descritiva, com formatação detalhada.
 ▪ O Vancouver valoriza a economia de espaço e a legibilidade, principalmente em publicações de alta den-
sidade informacional.
 ▸ Como o bibliotecário deve lidar com essas diferenças
Diante dessas distinções, é importante que o bibliotecário:
 ▪ Domine ambos os estilos, entendendo suas aplicações e peculiaridades;
 ▪ Verifique as exigências da instituição ou periódico, para orientar corretamente o usuário;
 ▪ Utilize softwares de referência (como Mendeley, Zotero ou EndNote) que permitem alternar entre estilos 
com facilidade;
 ▪ Capacite alunos e professores, mostrando exemplos práticos das diferenças e aplicações;
 ▪ Mantenha-se atualizado, especialmente quando houver revisões das normas ou atualizações em pa-
drões internacionais.
Entender as diferenças entre a ABNT NBR 6023 e o estilo Vancouver é uma habilidade indispensável para 
o bibliotecário. Esses dois sistemas refletem necessidades distintas e públicos específicos, mas ambos deman-
dam atenção aos detalhes, domínio técnico e senso crítico.
A escolha entre um estilo e outro não é apenas uma questão de preferência, mas sim de adequação às 
exigências formais do contexto em que o trabalho será apresentado.
Noções básicas de tutoria no ensino à distância
Conceito de tutoria no ensino a distância
A tutoria no ensino a distância (EaD) é uma das peças-chave para garantir a qualidade do processo educa-
tivo. Com o crescimento dessa modalidade, principalmente em cursos de formação continuada, graduação e 
pós-graduação, o papel do tutor ganhou relevância.
Diferentemente do ensino presencial, onde o contato direto é constante, no EaD o tutor cumpre a função de 
mediador entre o conteúdo, o aluno e a instituição, oferecendo suporte pedagógico e emocional durante todo 
o percurso formativo.
 ▸ Tutoria como mediação no processo de aprendizagem
No modelo de ensino a distância, o estudante tem mais autonomia, mas isso não significa que está sozinho. 
O tutor atua como um facilitador da aprendizagem, ajudando o aluno a construir conhecimento de forma ativa e 
crítica. Essa mediação pode se dar por meio de fóruns de discussão, chats, videoaulas, feedbacks individuali-
zados, correções de atividades e esclarecimento de dúvidas.
A tutoria é, portanto, um elo entre o conteúdo desenvolvido por especialistas e a realidade do aluno, consi-
derando suas dificuldades, seu ritmo de estudo e suas necessidades. Mais do que repassar conteúdo, o tutor 
deve orientar o aluno em sua trajetória, motivá-lo e garantir que ele avance de forma significativa.
 ▸ Modalidades de tutoria no EaD
A tutoria no ensino a distância pode ser classificada em diferentes modalidades, de acordo com a forma 
como ocorre a interação entre tutor e aluno. As principais são:
 ▪ Tutoria a distância: realizada por meio de plataformas virtuais, e-mails, videoconferências e fóruns. É a 
mais comum em ambientes totalmente online.
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 ▪ Tutoria presencial: quando há encontros presenciais periódicos, geralmente em polos de apoio. Nessas 
ocasiões, o tutor atua para esclarecer dúvidas, aplicar atividades ou realizar avaliações presenciais.
 ▪ Tutoria híbrida: mistura momentos presenciais e a distância, oferecendo uma maior flexibilidade ao aluno.
Cada uma dessas modalidades exige competências específicas dos tutores e uma estrutura bem organiza-
da para garantir o acompanhamento contínuo dos estudantes.
 ▸ A importância da tutoria no sucesso do aluno
Estudos indicam que um dos maiores fatores de evasão em cursos a distância é a sensação de isolamento. 
A presença ativa do tutor, por meio de interações regulares e da promoção de um ambiente acolhedor, contribui 
diretamente para a permanência e o sucesso do aluno.
Além disso, o tutor também ajuda o estudante a desenvolver competências como organização, responsa-
bilidade e autonomia, elementos fundamentais no EaD. Ele atua como incentivador, identificando dificuldades, 
propondo estratégias e dando retorno construtivo sobre o desempenho dos alunos.
 ▸ Tutoria e aprendizagem significativa
A base da atuação do tutor deve ser uma concepção pedagógica centrada na aprendizagem significativa. 
Isso quer dizer que o aluno precisa relacionar o novo conhecimento ao que já sabe, compreendendo o sentido 
do que está estudando. O tutor, nesse contexto, deve promover situações de aprendizagem que estimulem a 
reflexão, o pensamento crítico e a aplicação prática dos conteúdos.
Para isso, é importante que o tutor conheça bem os objetivos do curso, os materiais disponibilizados, os 
critérios de avaliação e, sobretudo, as características do público-alvo. Assim, sua atuação se torna mais estra-
tégica, personalizada e eficiente.A tutoria no ensino a distância não é apenas uma função técnica, mas sim uma prática pedagógica intencio-
nal. Requer habilidades de comunicação, empatia, organização e domínio das ferramentas digitais.
O tutor é um elemento-chave para a qualidade do EaD, e sua presença ativa pode transformar a experiência 
do aluno, promovendo o engajamento e favorecendo o processo de aprendizagem.
Atribuições e competências do tutor
O tutor no ensino a distância desempenha uma função pedagógica essencial, sendo o elo entre o aluno e o 
processo de aprendizagem. Diferente do papel tradicional do professor em sala de aula, o tutor atua de forma 
mais orientadora, promovendo a autonomia do estudante, mas garantindo que ele esteja amparado ao longo 
de sua jornada. 
 ▸ Principais atribuições do tutor no EaD
As atribuições do tutor variam de acordo com o modelo adotado pela instituição, mas, de modo geral, in-
cluem:
Acompanhamento pedagógico do aluno:
O tutor deve acompanhar o desempenho dos estudantes, monitorar a participação nas atividades, analisar 
os resultados das avaliações e identificar possíveis dificuldades individuais ou coletivas.
Esclarecimento de dúvidas:
Um dos papéis mais frequentes do tutor é responder às dúvidas dos alunos em relação aos conteúdos, 
orientações de estudo, uso da plataforma e procedimentos acadêmicos.
Mediação de fóruns e atividades colaborativas:
O tutor é responsável por estimular a participação dos alunos em fóruns, promovendo discussões significa-
tivas, propondo questões provocativas e ajudando a manter o foco nos objetivos do curso.
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Correção de atividades e avaliações:
Em muitos casos, o tutor também corrige atividades escritas, devolve feedbacks qualitativos e orienta os 
estudantes sobre como melhorar seu desempenho.
Motivação e apoio emocional:
Dada a natureza mais isolada do EaD, o tutor precisa desenvolver uma relação empática com os alunos, 
incentivando-os a seguir com os estudos, especialmente em momentos de desânimo ou sobrecarga.
Relatórios e registros acadêmicos:
O tutor muitas vezes precisa elaborar relatórios de acompanhamento, registrar dados sobre a evolução dos 
estudantes e informar a coordenação sobre casos de baixo rendimento ou evasão.
 ▸ Competências essenciais para um tutor eficiente
O exercício da tutoria exige um conjunto de competências que vão além do domínio do conteúdo. A seguir, 
destacamos as principais:
Competência pedagógica:
O tutor deve compreender os fundamentos da educação a distância, conhecer metodologias de ensino-
-aprendizagem e ser capaz de orientar o aluno na construção de seu conhecimento, respeitando sua autonomia.
Habilidade de comunicação escrita e digital:
Como grande parte da interação se dá por meio de mensagens, fóruns e vídeos, o tutor precisa se expressar 
com clareza, objetividade e cordialidade, adaptando sua linguagem ao perfil dos alunos.
Empatia e inteligência emocional:
A sensibilidade para lidar com as dificuldades dos alunos, o respeito à diversidade e a escuta ativa são 
elementos que fortalecem o vínculo entre tutor e estudante, contribuindo para um ambiente de aprendizagem 
mais acolhedor.
Gestão do tempo e organização:
Como a tutoria envolve o acompanhamento simultâneo de vários alunos, é essencial que o tutor saiba pla-
nejar suas tarefas, priorizar demandas e manter a regularidade no atendimento.
Domínio de ferramentas digitais:
O tutor precisa estar familiarizado com o ambiente virtual de aprendizagem (AVA), saber utilizar plataformas 
de videoconferência, fóruns, chats, correio eletrônico acadêmico e sistemas de gestão de atividades.
Capacidade de mediação de conflitos:
Em atividades colaborativas, divergências entre os alunos podem surgir. O tutor deve saber intervir de forma 
construtiva, mantendo a harmonia do grupo e estimulando o respeito mútuo.
 ▸ Tutor como agente de formação contínua
Vale destacar que a atuação do tutor também envolve o próprio desenvolvimento profissional. Um bom tutor 
está em constante processo de formação, atualizando-se sobre metodologias ativas, recursos tecnológicos, 
estratégias de ensino e avaliação no EaD.
Além disso, a troca de experiências com outros tutores, a participação em grupos de estudo e o envolvimen-
to em projetos pedagógicos contribuem para o aprimoramento constante de sua prática.
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 ▸ Importância do alinhamento com a equipe pedagógica
O tutor não atua de forma isolada. Sua integração com a equipe pedagógica — que inclui coordenadores, 
professores autores e técnicos — é fundamental para garantir a coerência do processo educativo. O tutor deve 
manter um canal aberto de comunicação com esses profissionais, repassando informações relevantes, suge-
rindo melhorias e colaborando na tomada de decisões.
Tecnologias e ferramentas utilizadas na tutoria
A atuação do tutor no ensino a distância é profundamente mediada pelas tecnologias. Diferente do modelo 
presencial, em que a comunicação se dá face a face, no EaD ela ocorre predominantemente por meio de fer-
ramentas digitais.
Essas tecnologias não apenas viabilizam o contato entre tutor e aluno, mas também potencializam o proces-
so de aprendizagem, tornando-o mais dinâmico, interativo e personalizado.
 ▸ Ambientes virtuais de aprendizagem (AVA)
O AVA é o espaço principal onde ocorrem as interações no EaD. É a plataforma digital que reúne todos os 
recursos pedagógicos, atividades, fóruns, avaliações e canais de comunicação entre os participantes do curso. 
Para o tutor, o domínio desse ambiente é essencial.
Principais funções do AVA para a tutoria:
 ▪ Monitoramento do progresso do aluno: o tutor pode visualizar relatórios de acesso, participação em 
fóruns, envio de atividades e notas.
 ▪ Comunicação assíncrona: através de mensagens internas e fóruns, o tutor responde dúvidas e interage 
com os alunos.
 ▪ Avaliação e feedback: a correção de atividades e o envio de devolutivas acontecem diretamente na pla-
taforma.
 ▪ Publicação de avisos e orientações: o tutor pode reforçar prazos, dar dicas de estudo e alertar sobre 
pontos importantes do conteúdo.
Exemplos de AVAs utilizados no Brasil:
 ▪ Moodle
 ▪ Google Classroom
 ▪ Canvas
 ▪ Blackboard
 ▸ Ferramentas de comunicação síncrona
Além da comunicação assíncrona (realizada em tempos diferentes), a tutoria também pode ocorrer de for-
ma síncrona, ou seja, em tempo real. Isso é comum em encontros ao vivo, plantões de dúvida e orientações 
coletivas.
Principais ferramentas utilizadas:
 ▪ Zoom: permite videoconferências com compartilhamento de tela, gravação e interação por chat.
 ▪ Google Meet: integração com a plataforma Google, ideal para encontros rápidos e com boa usabilidade.
 ▪ Microsoft Teams: utilizado por instituições que trabalham com o pacote Office 365, integra chat, videocha-
mada e compartilhamento de arquivos.
Essas ferramentas favorecem o contato mais direto com os estudantes e proporcionam uma sensação de 
proximidade, reduzindo a sensação de isolamento comum no EaD.
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 ▸ Ferramentas de colaboração e produção de conteúdo
O tutor também pode estimular o aprendizado por meio de atividades colaborativas, incentivando a constru-
ção coletiva do conhecimento. Para isso, algumas ferramentasOs serviços de referência são:
a. Consulta local ao acervo – normalmente, a consulta ao acervo é feita através do acesso ao catálogo
da biblioteca, onde se poderá consultar, por diversos campos, como autor, título, assunto, série e outros, 
a existência do material de interesse do usuário. Em geral, o usuário de bibliotecas tem acesso livre à maioria 
das coleções. 
b. Empréstimo domiciliar – é a única forma de retirada dos materiais da biblioteca. Para utilizá-lo, o usuário 
precisa estar cadastrado na biblioteca e deve possuir vínculos com a instituição (professor, aluno ou funcioná-
rio). O prazo para a devolução dos materiais é uma decisão administrativa e poderá variar de acordo com as 
categorias e com o tipo de material solicitado.
c. Reserva e renovação de materiais – esses serviços podem ser solicitados pelo usuário no balcão de aten-
dimento da biblioteca ou podem ser feitos diretamente através do sistema automatizado da biblioteca mediante 
uso de senha e login.
d. Levantamento bibliográfico e acesso às bases de dados de pesquisa – este serviço consiste em identifi-
car, pesquisar e levantar informações no acervo da biblioteca, de outras Instituições e em bases de dados de 
fontes/bibliografias (nacionais ou internacionais), sobre determinado assunto ou autor de interesse. Atualmente, 
encontram-se disponíveis inúmeras bases de dados de livre acesso (gratuitas) ou de acesso restrito. Neste últi-
mo caso, é necessário utilizar senhas ou autorizações prévias fornecidas normalmente pela biblioteca de onde 
a pesquisa está sendo realizada.
e. Treinamento de usuários – é um serviço muito importante oferecido pela biblioteca com o objetivo de 
orientar alunos, professores, funcionários sobre a melhor forma de utilização dos produtos, serviços e acervo. É 
oferecido a partir do momento em que o usuário é cadastrado no sistema, sendo realizado de forma individual 
ou em grupo, mediante agendamento com o bibliotecário responsável.
f. Divulgação de novas aquisições – esse serviço tem como objetivo divulgar, através de boletins eletrônicos 
enviados diretamente aos usuários ou impressos, informações sobre os novos materiais bibliográficos adquiri-
dos pela biblioteca e que já se encontram à disposição para serem utilizados, com a finalidade de promover o 
uso junto aos usuários. Além do boletim é importante que a biblioteca realize exposições com as novas aquisi-
ções, de preferência em local visível e próximo aos usuários.
— Práticas promotoras de acesso, uso e leitura
Manter a biblioteca ativa e dinâmica é função das mais importantes. Relacionamos aqui algumas dicas para 
ajudá-lo:
– sensibilizar o público quanto à apropriação do espaço, do bom uso das coleções, dos recursos disponíveis.
– desenvolver suas habilidades de busca, pesquisa, fontes de informação, base de dados; saber localizar 
os materiais com rapidez e precisão.
3 Curso de capacitação de auxiliares de bibliotecas para os polos de educação a distância da UFG / Suely Henrique de Aquino Gomes (org.). 
-- Goiânia :Centro Integrado de Aprendizagem em Rede, Universidade Federal de Goiás, 2009.
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– orientar o usuário para o uso autônomo das coleções.
– pesquisar a história do bairro, da cidade, conhecer a comunidade e contar com a colaboração dela na 
realização de eventos na biblioteca, tais como: poetas, escritores, artesãos, profissionais liberais.
– estimular o empréstimo domiciliar.
– convidar professores e servidores para utilizarem e colaborarem com a biblioteca.
– promover eventos como saraus de poesia, lançamento de livros, exposição de obras de arte, rodas de 
leitura.
— Orientação à pesquisa escolar4
A biblioteca escolar, além de disponibilizar as informações contidas nas fontes de pesquisa (jornais, revistas, 
enciclopédias, almanaques, dicionários, índices e outros), deve oportunizar aos educandos contato com o acer-
vo, fazendo-os capazes de conhecer suas peculiaridades (apresentação, forma de acesso, abrangência), tão 
importantes à formação e ao hábito de estudo. Portanto, capacitar o aluno para que este passe a reconhecer e 
manusear as fontes de pesquisa, e conscientizá-lo sobre a importância da leitura para a compreensão e síntese 
das informações ali contidas, é papel da escola e da Biblioteca escolar.
Perini (apud BAGNO, 1998, p. 9), entende que educação é mais do que a simples transmissão de conheci-
mento. É papel da escola e, por consequência, do educador, criar situações para que o educando seja levado 
a procurar conhecimento, a fim de desenvolver habilidades. Neste sentido, entende-se que, para a realização 
de trabalhos escolares, os alunos devam ser orientados a desenvolverem as habilidades de procurar, selecio-
nar, comparar, escolher e criticar. Quando há ausência desses elementos os alunos deixam de fazer pesquisa, 
realizam apenas “trabalhos-cópia”.
É de suma importância promover o desenvolvimento das habilidades citadas por Perini, visto que se deve 
junto a escola e o setor da Biblioteca promover ações que levem a propagação desse conhecimento. Por exem-
plo, podemos citar a promoção de Feiras do Livro, Campanhas de Pesquisa escolar etc com a finalidade de 
propagar de forma correta o uso da pesquisa escolar.
— Programas de Incentivo à Leitura
São programas5 voltados fundamentalmente para a criação de novos leitores, ampliação do conhecimento 
e do aprendizado com base na literatura e nas mais variadas fontes de informação, intensificando principalmen-
te nas crianças e jovens o processo de autodescoberta e a conquista de bens culturais, a partir das experiên-
cias narradas/vivenciadas pelos personagens.
As atividades são oferecidas gratuitamente ou a um custo baixíssimo para seus participantes, afim de cum-
prir o objeto da Biblioteca de democratizar.
Seu objetivo principal do Programa é a ampliação das oportunidades de encontro entre o texto literário e o 
leitor, imprescindível para a formação do leitor de qualquer idade.
Muito programas são desenvolvidos nas escolas, principalmente nas escolas de ensino fundamental, afim 
de desenvolver o hábito da leitura desde de cedo. Outra forma de propagação de incentivo a leitura são as 
Semanas de incentivo à leitura. 
Destacamos aqui uma reportagem que aborda o Incentivo à leitura:
Escola de Aracruz, ES, recebe prêmio nacional por incentivo à leitura
“Comecei a ver a professora Kezia lendo as histórias e passei a gostar de ler”, conta a estudante Ana Lívia. 
Ela estuda na escola Profª Maria Inês Della Valentina, que fica em Jacupemba, i Aracruz, no Norte do Espírito 
Santo. A instituição de ensino fundamental foi 1º lugar no Prêmio PVE, do Instituto Votorantim, por incentivar 
alunos à leitura. A premiação nacional foi realizada em São Paulo.
Ao todo, foram 1.130 escolas que se inscreveram para participar do prêmio. A escola de Aracruz foi a melhor 
avaliada quanto ao nível de aprendizado dos estudantes.
4 https://revista.acbsc.org.br/racb/article/view/467/589
5 https://barcadoslivros.org/barca-dos-livros/programa-de-incentivo-a-leitura/
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A professora Kezia Roni, citada pela aluna Ana Lívia, explica que foi preciso trabalhar duro com os alunos 
nos últimos anos para conseguir o resultado.
“Quase que diariamente a gente ia lendo, fazendo questionamentos e eles foram demonstrando essa vonta-
de de querer mais, de ter mais curiosidade com os vários tipos de gêneros textuais que utilizamos. Na medida 
que os projetosdigitais são bastante úteis:
 ▪ Padlet: quadro virtual colaborativo, onde alunos e tutores podem postar textos, imagens, vídeos e links 
em tempo real.
 ▪ Google Docs e Google Slides: permitem a produção conjunta de textos, apresentações e projetos, com 
edição simultânea e comentários.
 ▪ Jamboard: lousa digital interativa, ideal para dinâmicas de grupo e esquemas visuais.
Essas ferramentas possibilitam uma aprendizagem mais participativa e favorecem o desenvolvimento de 
competências como cooperação e pensamento crítico.
 ▸ Aplicativos de mensagens e redes sociais acadêmicas
Embora nem sempre façam parte oficialmente do curso, muitos tutores utilizam aplicativos de mensagens 
(como WhatsApp e Telegram) para criar grupos de apoio, reforçar lembretes e manter um contato mais ágil com 
os alunos.
Além disso, algumas instituições adotam plataformas como:
 ▪ Edmodo: rede social com foco educacional, permite criar grupos de estudos, aplicar quizzes e trocar 
mensagens.
 ▪ ClassDojo: mais comum no ensino básico, mas também adaptável para a educação superior, promove o 
engajamento e a gamificação do aprendizado.
Esses recursos, quando bem utilizados, ampliam os canais de comunicação e fortalecem o vínculo entre 
tutor e aluno. No entanto, é importante que o uso desses meios respeite a política institucional e os limites de 
disponibilidade do tutor.
 ▸ Ferramentas de avaliação e acompanhamento
O acompanhamento do desempenho dos alunos é parte central da tutoria. As plataformas geralmente ofe-
recem recursos de análise que ajudam o tutor a identificar quem está com dificuldades e onde é necessário 
intervir.
Exemplos de funcionalidades úteis:
 ▪ Relatórios de desempenho: mostram quem acessou os conteúdos, quantas vezes, por quanto tempo e 
se realizou as atividades propostas.
 ▪ Sistemas de rubricas: utilizados para tornar a correção mais objetiva e criteriosa, facilitando o feedback.
 ▪ Sistemas de alertas: notificações automáticas sobre prazos, atrasos ou baixa participação.
Essas ferramentas apoiam o tutor na tomada de decisões pedagógicas e permitem um acompanhamento 
mais estratégico e individualizado.
 ▸ Importância da formação digital do tutor
O domínio das tecnologias não pode ser visto apenas como um diferencial, mas como uma competência 
essencial. O tutor precisa estar preparado para lidar com diferentes plataformas, solucionar dúvidas técnicas 
básicas dos alunos e explorar os recursos pedagógicos que cada ferramenta oferece.
Além disso, é fundamental manter-se atualizado, já que novas ferramentas surgem constantemente e po-
dem enriquecer a experiência de aprendizagem no EaD.
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Relação entre tutor, aluno e equipe pedagógica
No ensino a distância, a qualidade do processo de aprendizagem depende não apenas dos conteúdos e das 
tecnologias, mas também da articulação entre os diferentes agentes envolvidos. A relação entre tutor, aluno e 
equipe pedagógica é um dos pilares do EaD, pois garante a coerência do percurso formativo, a personalização 
do atendimento e o suporte necessário para que o estudante avance com autonomia e segurança.
 ▸ O aluno como protagonista da aprendizagem
No modelo EaD, o aluno é visto como protagonista do seu próprio processo de aprendizagem. Isso significa 
que ele precisa desenvolver autonomia, disciplina e autorregulação para cumprir as atividades, assistir às au-
las, interagir com os colegas e buscar ajuda quando necessário. Contudo, essa autonomia não se constrói de 
forma solitária — ela precisa de mediação e suporte contínuo.
É aí que entra o papel do tutor: ajudar o aluno a desenvolver essas competências, oferecendo apoio peda-
gógico, motivacional e até mesmo emocional. O tutor observa a trajetória do estudante, identifica suas dificul-
dades, sugere caminhos e o encoraja a manter-se ativo no curso.
 ▸ A comunicação entre tutor e aluno
A relação entre tutor e aluno deve ser baseada na escuta, no respeito e na presença constante, mesmo que 
virtual. Uma boa comunicação é aquela que:
 ▪ Utiliza linguagem clara, objetiva e acolhedora
 ▪ Responde dúvidas com agilidade e qualidade
 ▪ Estimula a reflexão e o pensamento crítico
 ▪ Dá feedbacks construtivos, apontando caminhos para o aprimoramento
 ▪ Reconhece os avanços do aluno, fortalecendo sua autoestima
É essencial que o tutor mantenha uma postura proativa, antecipando dificuldades e se colocando à disposi-
ção para apoiar o estudante em suas demandas acadêmicas. Essa proximidade, mesmo que a distância, é um 
fator decisivo para a permanência e o sucesso do aluno no EaD.
 ▸ O tutor como elo entre aluno e equipe pedagógica
O tutor não atua isoladamente. Ele é parte de uma engrenagem maior, que inclui professores conteudistas, 
coordenadores pedagógicos, designers instrucionais, técnicos de suporte e gestores educacionais. A função do 
tutor é, muitas vezes, ser o primeiro ponto de contato entre o aluno e essa equipe.
Funções de mediação do tutor:
 ▪ Reportar dificuldades recorrentes: Se muitos alunos apresentam problemas com um conteúdo ou ativi-
dade, o tutor informa à equipe para que ajustes possam ser feitos.
 ▪ Propor melhorias: Com base na sua vivência prática, o tutor pode sugerir mudanças na abordagem, na 
linguagem dos materiais ou na dinâmica das atividades.
 ▪ Alinhar orientações: Quando surgem dúvidas institucionais (sobre prazos, certificados, políticas do cur-
so), o tutor deve buscar a resposta correta com a equipe pedagógica para repassá-la com clareza ao aluno.
Essa atuação como “ponte” exige do tutor uma comunicação clara e profissional com os demais membros 
da equipe, bem como comprometimento com os objetivos educacionais do curso.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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 ▸ Colaboração com professores e coordenadores
Em muitos cursos, o conteúdo é elaborado por professores especialistas, que nem sempre participam dire-
tamente do contato com os alunos. Nesse cenário, o tutor funciona como o representante do curso no cotidiano 
dos estudantes. Por isso, deve conhecer bem:
 ▪ Os objetivos de aprendizagem de cada módulo
 ▪ As estratégias didáticas planejadas
 ▪ Os critérios de avaliação
 ▪ As metas e prazos definidos pela coordenação
Uma relação próxima com a coordenação permite ao tutor ajustar sua atuação às diretrizes do curso, evi-
tando contradições e garantindo a coerência pedagógica.
 ▸ Gestão de conflitos e encaminhamentos
Em algumas situações, o tutor também precisa lidar com conflitos — seja entre alunos, entre aluno e con-
teúdo, ou entre aluno e instituição. Nessas horas, seu papel é acolher, escutar e encaminhar adequadamente.
Exemplos de atuação:
 ▪ Um aluno questiona uma nota: o tutor pode revisar a correção, explicar os critérios e, se necessário, en-
caminhar à coordenação.
 ▪ Alunos entram em conflito em um fórum: o tutor deve intervir com imparcialidade, reforçando as regras de 
convivência e buscando o diálogo.
 ▪ Um estudante manifesta dificuldades emocionais: o tutor pode acolher a queixa e orientar sobre os canais 
de apoio disponíveis.
Ter equilíbrio, empatia e conhecimento das normas institucionais é fundamental para lidar com essas situa-
ções de maneira adequada e ética.
 ▸ Parceria para o sucesso do estudante
A relação entre tutor, aluno e equipe pedagógica não é hierárquica, mas colaborativa. Cada um tem um 
papel a cumprir, e o sucesso do processo formativo depende da articulação entre esses papéis.
Veja uma síntese da função de cada ator:
Agente Função principal
Aluno Protagonista da aprendizagem, responsávelpor 
seu percurso
Tutor Mediador pedagógico, apoio constante ao aluno
Professor conteudista Elaborador dos materiais e atividades do curso
Coordenação pedagógica Responsável pelo planejamento e qualidade do 
curso
Quando essa parceria funciona bem, o aluno se sente acolhido, compreendido e guiado em sua trajetória. O 
tutor, por sua vez, torna-se um verdadeiro facilitador da aprendizagem, promovendo um ambiente virtual mais 
humano, produtivo e motivador.
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Tipologia de bases de dados eletrônicas
Conceito de bases de dados eletrônicas
As bases de dados eletrônicas são um dos pilares fundamentais da organização, recuperação e dissemi-
nação da informação no ambiente digital. Para o bibliotecário, entender esse conceito é essencial para gerir 
recursos informacionais com eficiência, promover o acesso ao conhecimento e atender às demandas informa-
cionais de usuários diversos.
 ▸ O que são bases de dados eletrônicas
De maneira geral, uma base de dados eletrônica é um conjunto estruturado de informações armazenadas 
em formato digital, acessível por meio de sistemas computacionais. Essas informações podem incluir textos, 
imagens, vídeos, tabelas, gráficos e outros formatos, organizados de modo que permitam sua recuperação 
rápida e eficiente através de mecanismos de busca.
Diferentemente de um simples arquivo de textos, uma base de dados é planejada com critérios técnicos de 
organização e estruturação de dados, o que permite uma navegação lógica e a execução de consultas comple-
xas, com filtros e operadores diversos.
Principais características das bases de dados eletrônicas:
Estrutura organizada: as informações são armazenadas de forma sistemática, com uso de campos, regis-
tros, metadados e indexação.
 ▪ Recuperação da informação: permite buscas refinadas e combinações de critérios, facilitando o acesso 
a dados específicos.
 ▪ Armazenamento digital: os dados são acessíveis por meio de dispositivos eletrônicos, como computado-
res, tablets e celulares, geralmente via internet.
 ▪ Atualização constante: muitas bases são atualizadas em tempo real ou periodicamente, garantindo a 
atualidade da informação.
 ▪ Interoperabilidade: podem se integrar a sistemas de informação e softwares de gestão de bibliotecas, 
como o Pergamum ou o SophiA.
 ▸ Bases de dados x sistemas de informação
É importante diferenciar bases de dados de sistemas de informação. Enquanto a base de dados é o reposi-
tório onde os dados estão organizados e armazenados, o sistema de informação é o conjunto de ferramentas 
e processos que permite o gerenciamento e o uso desses dados.
Por exemplo, uma biblioteca universitária pode ter uma base de dados com todos os seus periódicos cien-
tíficos, e um sistema como o SophiA para acessar, catalogar e emprestar esses materiais.
 ▸ Função das bases de dados no contexto biblioteconômico
No trabalho do bibliotecário, as bases de dados eletrônicas têm diversas aplicações:
 ▪ Suporte à pesquisa acadêmica e científica
 ▪ Organização de acervos digitais
 ▪ Auxílio na tomada de decisão em serviços de referência
 ▪ Apoio a usuários na recuperação de documentos relevantes
 ▪ Conservação da memória institucional, quando usadas para armazenar teses, dissertações e outros do-
cumentos internos
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Vantagens em relação às bases de dados físicas:
 ▪ Acesso remoto e simultâneo por múltiplos usuários
 ▪ Maior agilidade na atualização e manutenção dos dados
 ▪ Economia de espaço físico
 ▪ Possibilidade de busca automatizada e personalizada
 ▪ Integração com sistemas de bibliotecas, catálogos online e repositórios digitais
Terminologias relacionadas:
 ▪ Base referencial: contém apenas as referências bibliográficas dos documentos (autor, título, fonte, etc.).
 ▪ Base de texto completo: inclui o conteúdo integral dos documentos, como artigos e livros.
 ▪ Base multidisciplinar: abrange diversas áreas do conhecimento.
 ▪ Base especializada: foca em uma área temática específica.
Exemplos práticos de uso:
 ▪ Um bibliotecário em uma instituição de ensino utiliza bases como Scopus e Web of Science para auxiliar 
pesquisadores na construção de revisões bibliográficas.
 ▪ Em bibliotecas públicas, o uso de bases como o Portal de Periódicos da CAPES amplia o acesso à infor-
mação científica para a comunidade.
 ▪ Bibliotecas jurídicas acessam bases como JusBrasil e LexML para fornecer apoio técnico e jurídico.
As bases de dados eletrônicas são ferramentas essenciais no trabalho biblioteconômico atual. Elas repre-
sentam muito mais do que um repositório de informações: são instrumentos sofisticados de gestão, recupera-
ção e disseminação do conhecimento.
Entender seu conceito e funcionamento é o primeiro passo para explorá-las com eficácia, otimizando os 
serviços oferecidos pelas bibliotecas e centros de informação.
Classificação das bases de dados quanto ao conteúdo
Compreender a classificação das bases de dados eletrônicas quanto ao seu conteúdo é fundamental para 
o bibliotecário realizar uma mediação da informação precisa e eficaz. Essa categorização permite identificar 
rapidamente qual tipo de base é mais adequado para atender a uma necessidade informacional específica, seja 
de um estudante, pesquisador, profissional ou cidadão comum.
 ▸ Bases referenciais
As bases referenciais são aquelas que contêm exclusivamente os dados descritivos de um documento, 
como autor, título, data de publicação, periódico, volume, número e páginas. Não disponibilizam o conteúdo in-
tegral da obra, mas direcionam o usuário até a fonte original ou ao local onde o documento pode ser consultado.
Características principais:
 ▪ Não oferecem acesso ao texto completo
 ▪ São úteis para levantamento bibliográfico
 ▪ Permitem identificar fontes e referências em determinada área
 ▪ Podem indicar localização ou número de chamada em bibliotecas físicas
Exemplos:
 ▪ LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde)
 ▪ PubMed (embora contenha alguns textos completos, é majoritariamente referencial)
 ▪ Bibliografia Brasileira de Biblioteconomia
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 ▸ Bases de texto completo
São bases que disponibilizam o conteúdo integral dos documentos, como artigos, livros, dissertações, teses 
e legislações. O acesso pode ser gratuito ou restrito a assinantes, dependendo da política de acesso de cada 
base.
Características principais:
 ▪ Permitem leitura e download dos documentos
 ▪ Ampliam o acesso à informação científica, técnica ou literária
 ▪ Facilitam a realização de pesquisas mais aprofundadas
 ▪ Algumas oferecem ferramentas de citação automática, compartilhamento e marcação de favoritos
Exemplos:
 ▪ SciELO (Scientific Electronic Library Online)
 ▪ JSTOR
 ▪ DOAJ (Directory of Open Access Journals)
 ▪ BDTD (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações)
 ▸ Bases estatísticas ou numéricas
São bases que concentram dados quantitativos, como indicadoreseconômicos, sociais, de saúde e am-
bientais. São muito utilizadas por pesquisadores das áreas de ciências sociais aplicadas e ciências da saúde.
Características principais:
 ▪ Fornecem séries históricas e dados atualizados
 ▪ Permitem cruzamento de variáveis e exportação de dados
 ▪ Podem incluir gráficos, mapas e ferramentas de análise estatística
Exemplos:
 ▪ IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
 ▪ DATASUS (Departamento de Informática do SUS)
 ▪ IPEAData
 ▪ ONU Data
 ▸ Bases multimídia
Essas bases armazenam e organizam documentos em formatos variados que vão além do texto: vídeos, 
imagens, áudios, mapas interativos e modelos 3D. São fundamentais para instituições culturais, educacionais 
e de pesquisa visual.
Características principais:
 ▪ Ampliam o acesso a materiais audiovisuais
 ▪ Facilitam o ensino-aprendizagem com recursos visuais
 ▪ Podem exigir infraestrutura tecnológica específica para uso
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Exemplos:
 ▪ Europeana (base multimídia cultural europeia)
 ▪ Internet Archive (com livros, vídeos, áudios e softwares)
 ▪ Biblioteca Nacional Digital do Brasil (com acervo iconográfico e audiovisual)
 ▪ ARCA - Repositório da Fiocruz (com vídeos e imagens científicas)
 ▸ Bases normativas e legais
Destinadas a armazenar legislações, normas técnicas, decisões judiciais, pareceres jurídicos e outros docu-
mentos normativos. São especialmente relevantes para bibliotecas jurídicas, técnicas e institucionais.
Características principais:
 ▪ Atualização constante conforme mudanças legais
 ▪ Permitido acesso por filtros como número da norma, data, órgão emissor
 ▪ Muitas são mantidas por órgãos oficiais ou entidades normativas
Exemplos:
 ▪ LexML Brasil (rede de informações legislativas e jurídicas)
 ▪ JusBrasil
 ▪ Normas da ABNT (via associação ou assinatura)
 ▪ Portal da Legislação do Planalto
 ▸ Bases híbridas ou multidocumentais
Essas bases reúnem diferentes tipos de conteúdos num mesmo ambiente: referencial, texto completo, ima-
gens, dados estatísticos, etc. São ideais para atender usuários com múltiplas necessidades informacionais em 
um único local.
Características principais:
 ▪ Alta diversidade de materiais
 ▪ Navegação por diferentes tipos de documentos
 ▪ Integração entre conteúdos e áreas temáticas
Exemplos:
 ▪ Portal de Periódicos da CAPES
 ▪ Biblioteca Digital Mundial (UNESCO)
 ▪ Repositórios institucionais universitários
Tipos de acesso e características técnicas das bases
Entender os tipos de acesso e as características técnicas das bases de dados eletrônicas é uma etapa 
essencial para o bibliotecário que atua na mediação e gestão da informação. Essa compreensão permite não 
apenas selecionar as bases adequadas para diferentes perfis de usuários, como também resolver problemas 
técnicos e orientar sobre o uso eficiente dessas plataformas. 
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 ▸ Tipos de acesso às bases de dados
As bases de dados eletrônicas podem ser classificadas de acordo com a forma como o conteúdo é dis-
ponibilizado ao usuário. Essa classificação influencia diretamente no planejamento das bibliotecas quanto ao 
orçamento, à política de acesso e aos serviços oferecidos.
Acesso aberto (open access):
São bases que disponibilizam gratuitamente seu conteúdo para leitura, download e uso, respeitando os 
direitos autorais e as licenças de uso estabelecidas pelos autores ou instituições.
Características principais:
 ▪ Acesso livre sem necessidade de autenticação
 ▪ Conteúdo geralmente licenciado em Creative Commons
 ▪ Promovem a democratização da informação
 ▪ Exigem avaliação quanto à qualidade e procedência
Exemplos:
 ▪ DOAJ (Directory of Open Access Journals)
 ▪ SciELO
 ▪ Repositórios institucionais (como o da USP, UFRJ, etc.)
 ▸ Acesso restrito ou por assinatura
São bases cujo conteúdo é disponibilizado apenas mediante pagamento, assinatura institucional ou auten-
ticação via login e senha.
Características principais:
 ▪ Exigem contrato de licença com editoras ou provedores
 ▪ Podem ser acessadas por IP institucional ou via VPN
 ▪ Geralmente oferecem conteúdo mais atualizado e especializado
 ▪ Exigem controle de uso e gerenciamento de acessos
Exemplos:
 ▪ Scopus
 ▪ Web of Science
 ▪ EBSCOhost
 ▪ Biblioteca Virtual da Pearson
Acesso misto ou freemium
São bases que disponibilizam parte do conteúdo gratuitamente, mas exigem pagamento para acesso com-
pleto ou para funcionalidades adicionais.
Características principais:
 ▪ Parte do acervo é de livre acesso
 ▪ Recurso estratégico para atrair usuários e ampliar assinaturas
 ▪ Pode permitir leitura gratuita e restringir download ou exportação
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Exemplos:
 ▪ JSTOR (possui artigos de acesso aberto e outros restritos)
 ▪ Academia.edu
 ▪ ResearchGate
 ▸ Características técnicas das bases de dados
Além dos tipos de acesso, as bases possuem uma série de características técnicas que afetam diretamente 
a experiência do usuário e a integração com sistemas de bibliotecas. A seguir, destacamos os principais ele-
mentos técnicos a serem considerados.
Interface de busca e usabilidade:
A forma como a base permite a navegação e a busca pelos conteúdos é crucial. Interfaces intuitivas favore-
cem o uso autônomo pelos usuários e reduzem a necessidade de treinamento.
 ▪ Sistema de busca simples (por palavra-chave)
 ▪ Busca avançada (por autor, título, assunto, data, etc.)
 ▪ Suporte a operadores booleanos (AND, OR, NOT)
 ▪ Filtros por idioma, tipo de documento, área do conhecimento
 ▸ Compatibilidade e integração com sistemas
Bases modernas devem ser compatíveis com outros sistemas de informação, como catálogos de bibliotecas 
(OPACs), repositórios e gestores de referência.
 ▪ Exportação de referências para softwares como Mendeley, Zotero e EndNote
 ▪ Padrões de interoperabilidade (OAI-PMH, Dublin Core, MARC)
 ▪ Integração com sistemas de gestão de bibliotecas (ex: Pergamum, SophiA)
Formatos de documentos disponíveis:
As bases podem disponibilizar documentos em diferentes formatos, o que afeta sua acessibilidade e possi-
bilidades de uso:
 ▪ PDF (mais comum para artigos e capítulos)
 ▪ HTML (facilita leitura em dispositivos móveis)
 ▪ EPUB (usado para livros e leitura digital fluida)
 ▪ MP4, MP3, JPEG, TIFF (bases multimídia)
Ferramentas e recursos adicionais:
Muitas bases de dados oferecem recursos que aumentam a eficiência da pesquisa e a organização pessoal 
do usuário:
 ▪ Histórico de buscas salvas
 ▪ Alertas por e-mail ou RSS sobre novos conteúdos
 ▪ Marcadores e criação de bibliotecas pessoais
 ▪ Tradução automática de resumos ou textos
 ▪ Métricas de impacto e citação (Altmetrics, CiteScore, H-index)
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Autenticação e segurança:
Bases de dados por assinatura geralmente requerem algum tipo de autenticação para garantir segurança e 
controle de acesso:
 ▪ Autenticação por IP institucional
 ▪ Login com senha (usuário institucional)
 ▪ Acesso remoto via proxy ou VPN
 ▪ Autenticação federada (CAFe, Shibboleth)
Acessibilidade e inclusão:
A preocupação com acessibilidade é cada vez maior nas bases de dados, que precisam se adaptar a usu-
ários com deficiências.
 ▪ Compatibilidade com leitores de tela
 ▪ Navegação por teclado
 ▪ Fontes ajustáveis e modos de alto contraste
 ▪ Legendas em vídeos e descrição de imagens
 ▸ Tabela comparativa dos tipos de acesso
Tipo de acesso Custo Exemplos Benefícios principais
Aberto Gratuito SciELO, DOAJ Livre acesso, 
disseminação ampla
Restrito Pago ou licenciado Scopus, EBSCOhost Conteúdo especializado 
e atualizado
Misto (freemium) Parcialmente pago JSTOR, ResearchGate Acesso inicial gratuito, 
expansão paga
 ▸ Importância da análise técnica para o bibliotecário
O domínio das características técnicas das bases de dados permite ao bibliotecário:
 ▪ Selecionar as bases mais adequadas para o perfil de sua comunidade
 ▪ Garantir a acessibilidade e a usabilidade das plataformas
 ▪ Negociar contratos com editoras com base em critérios técnicos e não apenas comerciais
 ▪ Capacitar os usuários para uma utilização mais autônoma e crítica dos recursos digitais
Conhecer os tipos de acesso e os aspectos técnicos das bases de dados é um diferencial na atuação do bi-
bliotecário. A análise criteriosa desses elementos garante que as bibliotecas ofereçam serviços mais eficientes, 
inclusivos e alinhados às necessidades da sociedade da informação.
Exemplos de bases de dados relevantes para bibliotecários
Para o exercício da profissão bibliotecária, é essencial conhecer e dominar o uso das bases de dados mais 
relevantes disponíveis nacional e internacionalmente. Estas bases são fontes primárias de informação cien-
tífica, técnica, normativa, estatística, cultural e multidisciplinar, utilizadas para apoiar atividades de pesquisa, 
ensino, extensão, atendimento ao público e desenvolvimento de coleções. 
 ▸ Bases de dados científicas e acadêmicas
Essas bases concentram artigos científicos, teses, dissertações, e literatura técnica voltada à produção 
acadêmica. São fundamentais para bibliotecas universitárias e centros de pesquisa.
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SciELO (Scientific Electronic Library Online):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: multidisciplinar, com foco em produção científica da América Latina e Caribe
 ▪ Utilidade: consulta a artigos revisados por pares, ideal para apoio à pesquisa científica
Scopus (Elsevier):
 ▪ Acesso: restrito (por assinatura institucional)
 ▪ Abrangência: multidisciplinar, com dados bibliográficos e métricas de citação
 ▪ Utilidade: análise de produtividade científica, identificação de autores e revistas mais citados
Web of Science (Clarivate Analytics):
 ▪ Acesso: restrito
 ▪ Abrangência: multidisciplinar, com foco em publicações de alto fator de impacto
 ▪ Utilidade: rastreamento de citações, construção de revisões sistemáticas
BDTD (Biblioteca Digital de Teses e Dissertações):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: produção acadêmica de pós-graduação brasileira
 ▪ Utilidade: acesso a teses e dissertações defendidas nas principais universidades do país
 ▸ Bases específicas da área de Biblioteconomia e Ciência da Informação
Estas bases são voltadas diretamente para a formação e atuação dos profissionais da informação.
BRAPCI (Base de Dados em Ciência da Informação):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: artigos, eventos e periódicos da área de Ciência da Informação
 ▪ Utilidade: acompanhamento da produção científica brasileira na área
Library and Information Science Abstracts (LISA):
 ▪ Acesso: restrito
 ▪ Abrangência: internacional, voltada para temas como gestão da informação, bibliotecas digitais e servi-
ços de referência
 ▪ Utilidade: suporte teórico e prático à atuação profissional
LISTA (Library, Information Science & Technology Abstracts):
 ▪ Acesso: restrito (algumas instituições oferecem acesso via EBSCO)
 ▪ Abrangência: periódicos e literatura cinzenta em biblioteconomia e TI aplicada
 ▪ Utilidade: ferramenta de atualização e formação continuada
 ▸ Bases normativas, jurídicas e legislativas
Importantes para bibliotecas públicas, jurídicas, técnicas e escolares que lidam com legislação e normas 
aplicadas.
LexML Brasil:
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: legislação, jurisprudência, projetos de lei e documentos normativos
 ▪ Utilidade: apoio à pesquisa jurídica, acesso rápido à legislação atualizada
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ABNT Coleção Digital:
 ▪ Acesso: restrito (via assinatura institucional ou compra avulsa)
 ▪ Abrangência: normas técnicas da ABNT
 ▪ Utilidade: consulta às normas para normalização de trabalhos, documentos técnicos e institucionais
JusBrasil:
 ▪ Acesso: parcialmente aberto (parte do conteúdo é pago)
 ▪ Abrangência: jurisprudência, legislação, processos judiciais e notícias jurídicas
 ▪ Utilidade: pesquisa jurídica básica, acompanhamento de processos, apoio a bibliotecas jurídicas
 ▸ Bases estatísticas e de dados públicos
Essas bases fornecem dados estruturados para análises e produção de conhecimento baseado em evidên-
cias.
IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: dados socioeconômicos, demográficos, geográficos e ambientais
 ▪ Utilidade: construção de estudos de usuários, planejamento de serviços, apoio à pesquisa
DATASUS (Departamento de Informática do SUS):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: dados de saúde pública e indicadores epidemiológicos
 ▪ Utilidade: levantamento de dados para pesquisas na área da saúde e políticas públicas
IPEAData:
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: indicadores econômicos, sociais e de políticas públicas
 ▪ Utilidade: suporte à análise de políticas sociais e econômicas
 ▸ Repositórios e bases de acesso cultural e multimídia
Fontes de valor patrimonial e cultural, úteis para ações educativas, preservação digital e promoção do aces-
so à cultura.
Europeana
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: documentos digitais de acervos culturais europeus (imagens, áudios, textos, vídeos)
 ▪ Utilidade: recursos educativos, exposições virtuais, apoio à mediação cultural
Internet Archive:
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: milhões de arquivos digitais, incluindo livros, vídeos, músicas e sites arquivados
 ▪ Utilidade: preservação digital, pesquisa histórica, materiais raros e de domínio público
Biblioteca Nacional Digital do Brasil (BNDigital):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: obras do acervo da Biblioteca Nacional em formato digital
 ▪ Utilidade: apoio à pesquisa histórica, cultural e bibliográfica, acesso a obras raras
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 ▸ Portais integradores e serviços de acesso a múltiplas bases
Plataformas que reúnem várias bases em um mesmo ambiente de busca integrada.
Portal de Periódicos da CAPES:
 ▪ Acesso: restrito (via instituições participantes)
 ▪ Abrangência: mais de 40 mil títulos de periódicos científicos, livros e bases referenciais
 ▪ Utilidade: apoio à pós-graduação e pesquisa, abrangência internacional,interface unificada
Google Scholar (Google Acadêmico):
 ▪ Acesso: aberto
 ▪ Abrangência: ampla, multidisciplinar, inclui artigos, livros e citações
 ▪ Utilidade: busca rápida por literatura acadêmica, identificação de versões abertas dos documentos
O conhecimento sobre essas bases é indispensável para o bibliotecário moderno, que precisa atuar como 
curador e mediador da informação em um cenário cada vez mais digital e diversificado. 
Saber quais bases utilizar para cada tipo de demanda é uma habilidade técnica valiosa, tanto para o atendi-
mento direto ao usuário quanto para a gestão estratégica de acervos e serviços informacionais.
Bibliotecas virtuais
Conceito e evolução das bibliotecas virtuais
As bibliotecas virtuais representam uma das maiores transformações ocorridas no campo da Bibliotecono-
mia nas últimas décadas. A migração do acervo físico para o digital, o acesso remoto à informação e a integra-
ção com tecnologias emergentes colocam as bibliotecas em um novo patamar de atuação. 
 ▸ O que é uma biblioteca virtual
A biblioteca virtual pode ser definida como uma estrutura digital organizada que disponibiliza acervos infor-
macionais em formato eletrônico, acessíveis remotamente por meio de redes de computadores, principalmente 
a internet.
Diferentemente da biblioteca digital (cujo acervo é composto exclusivamente por documentos em formato 
digital), a biblioteca virtual pode agregar tanto documentos digitais quanto referências a documentos físicos 
localizados em outras instituições.
Principais características:
 ▪ Acesso remoto via internet;
 ▪ Acervo predominantemente digital (mas não necessariamente exclusivo);
 ▪ Utilização de sistemas informatizados para organização, indexação e recuperação da informação;
 ▪ Interface digital para interação com o usuário (plataformas, repositórios, catálogos online);
 ▪ Suporte a serviços bibliotecários em ambiente virtual (empréstimo digital, referência online, comutação 
bibliográfica, etc.).
 ▸ Distinção entre biblioteca virtual, biblioteca digital e biblioteca eletrônica
É comum que esses termos apareçam de forma intercambiável, mas há diferenças conceituais importantes:
 ▪ Biblioteca digital: acervo composto por objetos digitais, como e-books, artigos, vídeos e imagens digita-
lizadas. É um subconjunto das bibliotecas virtuais.
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 ▪ Biblioteca eletrônica: refere-se à infraestrutura tecnológica que possibilita o armazenamento e recupera-
ção da informação. O foco está mais na tecnologia do que no acervo em si.
 ▪ Biblioteca virtual: conceito mais amplo, que engloba o acervo digital e os serviços ofertados remotamen-
te, buscando simular a experiência da biblioteca física no ambiente online.
 ▸ A origem e os primeiros modelos de biblioteca virtual
O conceito de biblioteca virtual surgiu junto ao desenvolvimento da internet e das tecnologias de digitaliza-
ção nos anos 1990. A popularização do formato PDF, os avanços nos sistemas de gerenciamento de bases de 
dados e a necessidade crescente de acesso remoto à informação científica impulsionaram esse modelo.
Alguns marcos importantes:
 ▪ Projeto Gutenberg (1971): considerado o primeiro projeto de biblioteca digital, com o objetivo de disponi-
bilizar livros em domínio público no formato eletrônico.
 ▪ Biblioteca do Congresso dos EUA (década de 1990): início da digitalização de coleções raras e dispo-
nibilização online.
 ▪ Portais de periódicos científicos: como JSTOR e ScienceDirect, que deram origem ao conceito de bi-
blioteca virtual especializada.
No Brasil, iniciativas como o Portal de Periódicos da CAPES e a Biblioteca Digital Brasileira de Teses e 
Dissertações (BDTD) foram fundamentais para consolidar o acesso remoto à produção científica e acadêmica 
nacional.
 ▸ A evolução das bibliotecas virtuais com a tecnologia
Com o tempo, as bibliotecas virtuais passaram a integrar ferramentas mais avançadas:
 ▪ Metadados padronizados: para facilitar a indexação e interoperabilidade entre bases de dados;
 ▪ Sistemas de busca avançada: como os motores de descoberta (discovery services), que unificam o 
acesso a múltiplas fontes de informação;
 ▪ Integração com plataformas de e-learning: ampliando o uso da biblioteca em ambientes de educação 
a distância;
 ▪ Uso de inteligência artificial: para recomendação de conteúdos, atendimento automatizado (chatbots), 
análise de comportamento do usuário e curadoria digital.
Esse processo acompanha o conceito de biblioteca 4.0, inserido no contexto da transformação digital e da 
quarta revolução industrial, em que as bibliotecas devem ser integradas, interativas e centradas no usuário.
 ▸ Impacto na atuação do bibliotecário
A biblioteca virtual demanda do bibliotecário novas competências e uma mudança de postura. O profissio-
nal deixa de atuar apenas no espaço físico e passa a interagir com plataformas digitais, gerenciar metadados, 
desenvolver estratégias de visibilidade do acervo digital e atender usuários em ambientes virtuais.
Entre as novas competências destacam-se:
 ▪ Alfabetização digital e informacional;
 ▪ Conhecimento de bases de dados e softwares bibliográficos;
 ▪ Capacidade de curadoria de conteúdo digital;
 ▪ Atuação em ambientes colaborativos e interinstitucionais.
A biblioteca virtual é fruto da convergência entre informação, tecnologia e mediação bibliotecária. Sua evo-
lução está diretamente ligada ao desenvolvimento da internet, da digitalização e das necessidades informacio-
nais da sociedade contemporânea.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Ao compreender esse conceito e sua trajetória, o bibliotecário se posiciona melhor frente aos desafios e 
possibilidades do ambiente digital.
Estrutura, recursos e funcionalidades das bibliotecas virtuais
Após compreender o conceito e a evolução das bibliotecas virtuais, é fundamental entender como elas 
funcionam na prática. Uma biblioteca virtual precisa de uma estrutura técnica sólida e de recursos que permi-
tam não apenas o armazenamento e o acesso à informação, mas também a mediação e a usabilidade para o 
usuário.
 ▸ Elementos essenciais da estrutura de uma biblioteca virtual
A estrutura de uma biblioteca virtual é composta por diversos sistemas integrados que trabalham de forma 
conjunta para garantir a organização, preservação e disseminação da informação. Entre os principais elemen-
tos, destacam-se:
Infraestrutura tecnológica:
Inclui servidores, sistemas de segurança, plataformas digitais e conectividade de rede. É a base que sus-
tenta todos os demais serviços da biblioteca virtual.
Sistema de Gerenciamento de Bibliotecas (SIGB ou ILS – Integrated Library System):
É o software que realiza o controle do acervo, cadastro de usuários, circulação, catalogação, aquisição e 
geração de relatórios. Em bibliotecas virtuais, o sistema precisa ser compatível com arquivos digitais e permitir 
integração com plataformas externas.
Repositórios digitais:
São plataformas específicas para armazenamento e recuperação de documentos digitais, como teses, dis-
sertações, e-books e artigos. Podem ser institucionais ou temáticos (ex: DSpace, Eprints, Omeka).
Catálogo online (OPAC – Online Public Access Catalog):
Permite a pesquisa e acesso ao acervo digital (e, eventualmente, físico). Deve oferecer interface amigável, 
filtros avançados e integração com bases externas.
Interface do usuário:
Refere-se ao design da biblioteca virtual, usabilidade da navegação, acessibilidade e compatibilidade com 
dispositivos móveis. A experiência do usuário influenciadiretamente no sucesso da biblioteca virtual.
 ▸ Principais recursos oferecidos pelas bibliotecas virtuais
As bibliotecas virtuais modernas oferecem uma gama de recursos que vão além da simples disponibilização 
de documentos. Esses recursos tornam o ambiente mais dinâmico, interativo e centrado nas necessidades do 
usuário. Entre os mais comuns:
Acesso remoto a conteúdos digitais:
O usuário pode acessar e-books, periódicos, vídeos, áudios e outros materiais de qualquer lugar, a qualquer 
hora.
Serviços de referência online:
Atendimento via e-mail, chat ou formulários, em que o bibliotecário auxilia na busca de informação, orienta-
ção de pesquisa ou uso da biblioteca.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Comutação bibliográfica:
Serviços como o COMUT ou o SCAD permitem o envio de cópias de documentos de outras bibliotecas 
mediante solicitação.
Reserva e renovação online:
Quando integradas ao acervo físico, muitas bibliotecas virtuais permitem reservar livros ou renovar prazos 
via sistema.
Ferramentas de gestão da pesquisa:
Incluem exportação de referências, integração com gerenciadores bibliográficos (como Mendeley e Zotero), 
sugestões de leitura e histórico de busca.
Espaços para publicação e autoarquivamento:
Muitos repositórios permitem que autores depositem seus próprios trabalhos, promovendo a ciência aberta 
e o acesso livre à informação.
 ▸ Funcionalidades técnicas mais comuns
As funcionalidades das bibliotecas virtuais são moldadas pelas necessidades dos usuários e pelo avanço 
das ferramentas tecnológicas. A seguir, algumas das mais relevantes:
Pesquisa integrada (discovery services):
Permite buscar em múltiplas fontes ao mesmo tempo (repositórios, bases assinadas, catálogo local), com 
resultados unificados e organizados por relevância.
Metadados e interoperabilidade:
A utilização de padrões como Dublin Core, MARC21 e OAI-PMH permite que as bibliotecas virtuais se co-
muniquem com outras bases, ampliando o alcance do acervo.
Personalização do ambiente do usuário:
Muitas plataformas oferecem criação de perfil, favoritos, histórico de leituras e alertas de novos conteúdos.
Acessibilidade digital:
Recursos como leitores de tela, navegação por teclado e contraste ajustável são fundamentais para garantir 
o acesso universal.
Analytics e relatórios de uso:
Ferramentas de análise de dados permitem ao bibliotecário acompanhar o comportamento dos usuários, 
avaliar o desempenho do acervo e melhorar os serviços.
A atuação do bibliotecário na manutenção da estrutura e recursos
O bibliotecário é peça-chave na operação da biblioteca virtual. Seu papel vai além da gestão técnica e en-
volve:
 ▪ Curadoria e seleção de conteúdos digitais;
 ▪ Garantia da qualidade dos metadados e da organização da informação;
 ▪ Mediação entre o usuário e a tecnologia;
 ▪ Produção de materiais de apoio (tutoriais, guias de uso);
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 ▪ Participação em projetos de interoperabilidade e compartilhamento de acervos.
A atualização constante sobre novas ferramentas, linguagens de marcação e práticas digitais é essencial 
para que o bibliotecário mantenha a biblioteca virtual relevante e eficiente.
A biblioteca virtual é sustentada por uma estrutura tecnológica robusta e por recursos que visam facilitar o 
acesso, a pesquisa e o uso da informação digital. As funcionalidades vão desde o simples acesso remoto até a 
integração com plataformas de ciência aberta e redes de colaboração.
Entender esses componentes é fundamental para o bibliotecário moderno, que precisa dominar tanto os 
aspectos técnicos quanto a mediação informacional em ambientes digitais.
Principais plataformas e exemplos de bibliotecas virtuais no Brasil e no mundo
Após compreender a estrutura e os recursos das bibliotecas virtuais, é essencial conhecer as principais 
plataformas já em operação — tanto no Brasil quanto no cenário internacional. Essa familiarização ajuda o 
bibliotecário a entender os padrões utilizados, as possibilidades de serviço, a forma como o conteúdo é dispo-
nibilizado e quais tecnologias estão sendo adotadas. 
 ▸ Bibliotecas virtuais no Brasil
O Brasil conta com importantes iniciativas de bibliotecas virtuais, mantidas por instituições públicas, acadê-
micas e governamentais. Abaixo estão alguns exemplos de destaque:
Portal de Periódicos da CAPES:
Uma das maiores bibliotecas virtuais acadêmicas da América Latina. Oferece acesso a milhares de periódi-
cos científicos, bases de dados internacionais, livros eletrônicos, normas técnicas e patentes.
Características principais:
 ▪ Acesso remoto mediante autenticação institucional;
 ▪ Conteúdo multidisciplinar e em vários idiomas;
 ▪ Interfaces de busca por editoras, assuntos ou bases de dados.
Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações (BDTD):
Iniciativa do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (IBICT). Integra os repositórios de 
instituições de ensino superior de todo o país.
Destaques:
 ▪ Sistema de busca unificado por autor, título, palavra-chave e instituição;
 ▪ Incentiva o acesso livre à produção acadêmica nacional;
 ▪ Utiliza o protocolo OAI-PMH para interoperabilidade.
Biblioteca Digital Mundial (BDM):
Embora mantida pela UNESCO e pela Biblioteca do Congresso dos EUA, a BDM tem participação de acer-
vos brasileiros, como da Fundação Biblioteca Nacional e do Museu Paulista.
Diferenciais:
 ▪ Disponibiliza documentos raros, manuscritos, mapas e fotos históricas;
 ▪ Interface em vários idiomas, inclusive português;
 ▪ Conteúdo voltado para a diversidade cultural global.
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Biblioteca Virtual em Saúde (BVS):
Criada pela BIREME/OPAS/OMS, é uma rede de fontes de informação em saúde organizada em conjunto 
com países da América Latina e Caribe.
Pontos fortes:
 ▪ Acesso gratuito a publicações científicas da área da saúde;
 ▪ Recursos de pesquisa integrados e multilinguismo;
 ▪ Serviços como a LILACS, SciELO e DeCS.
Domínio Público:
Plataforma mantida pelo Ministério da Educação que disponibiliza obras em domínio público ou com per-
missão de uso livre.
Conteúdo:
 ▪ Literatura nacional e estrangeira, músicas, imagens, vídeos e documentos históricos;
 ▪ Acervo em formatos PDF, MP3, MP4 e EPUB;
 ▪ Utilizado em atividades escolares e culturais.
Exemplos internacionais de bibliotecas virtuais:
O cenário internacional é rico em bibliotecas virtuais que funcionam como referência em termos de acervo, 
organização e inovação. Abaixo, os principais exemplos:
Europeana:
Plataforma da União Europeia que agrega acervos digitais de mais de 3 mil instituições culturais.
Características:
 ▪ Interface em diversas línguas;
 ▪ Mais de 50 milhões de itens (imagens, textos, sons, vídeos);
 ▪ Apoio a projetos educacionais e científicos com dados abertos.
Internet Archive:
Um dos maiores projetos de preservação digital do mundo. Seu acervo inclui livros, filmes, áudios, sites e 
softwares antigos.
Destaques:
 ▪ Iniciativa sem fins lucrativos;
 ▪ Biblioteca de mais de 20 milhões de livros digitalizados;
 ▪ Projeto “Wayback Machine”, que arquiva páginas da internet.
Biblioteca do Congresso (Library of Congress - EUA):
Maior biblioteca do mundo, com acervo digital robusto disponível em sua biblioteca virtual.
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Pontos fortes:
 ▪ Acesso a manuscritos históricos, partituras, mapas e livros raros;
 ▪ Ferramentas avançadas de busca e visualização;
 ▪ Oferece exposições virtuais e recursos educacionais.
Gallica (Bibliothèque nationale de France):
Biblioteca digital da França, com milhões de documentos digitalizados.
Conteúdo:
 ▪ Livros, jornais, imagens, partituras, manuscritos;
 ▪ Interface rica e moderna, com suporte à leitura online;
 ▪ Forte integração com projetos acadêmicos e escolares.
Project Gutenberg:
Uma das bibliotecas virtuais mais antigas, fundada em 1971, com foco na disponibilização de livros de do-
mínio público.
Recursos:
 ▪ Acesso livre e gratuito a milhares de e-books;
 ▪ Obras em diversos idiomas;
 ▪ Compatível com leitores digitais (formato EPUB, Kindle, HTML).
 ▸ Comparativo geral entre bibliotecas virtuais
Biblioteca 
Virtual País/Origem Tipo de Acervo Acesso Idiomas Destaques
Portal CAPES Brasil Científico Restrito por IP Português/
Inglês
Bases de dados 
internacionais
BDTD Brasil Acadêmico Livre Português Teses e 
dissertações
Europeana União Europeia Cultural e 
histórico Livre Multilíngue
Acesso 
integrado à 
herança cultural
Internet Archive EUA Multimídia e 
digital Livre Inglês
Preservação 
de conteúdos 
históricos da 
web
Domínio 
Público Brasil Literário e 
educacional Livre Português Obras em 
domínio público
Gallica França Acadêmico e 
cultural Livre Francês
Interface 
moderna e 
curadoria de 
qualidade
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Importância para o bibliotecário:
Conhecer essas plataformas permite ao bibliotecário:
 ▪ Ampliar o repertório de fontes confiáveis para pesquisa;
 ▪ Orientar usuários na busca por informações de qualidade;
 ▪ Utilizar padrões internacionais de organização de acervo;
 ▪ Participar de redes de colaboração e compartilhamento de conteúdo;
 ▪ Fomentar o uso de acervos abertos em ambientes educacionais e científicos.
As bibliotecas virtuais no Brasil e no mundo demonstram a diversidade de formatos, objetivos e tecnologias 
disponíveis. Desde iniciativas governamentais até projetos comunitários, essas plataformas representam a 
evolução da prática bibliotecária no ambiente digital.
O profissional da informação deve dominar o uso dessas ferramentas para potencializar o acesso à informa-
ção, promover a inclusão digital e apoiar a formação de leitores e pesquisadores.
Desafios e oportunidades das bibliotecas virtuais para o bibliotecário
Com a consolidação das bibliotecas virtuais como instrumentos essenciais de acesso à informação na 
sociedade digital, o papel do bibliotecário também se transforma. Surgem novas demandas técnicas, desafios 
éticos e operacionais, ao mesmo tempo em que se abrem oportunidades para inovação, protagonismo profis-
sional e valorização das competências informacionais.
 ▸ Principais desafios enfrentados pelo bibliotecário em bibliotecas virtuais
O ambiente digital impõe ao bibliotecário uma série de mudanças que vão além da substituição do suporte 
físico pelo digital. São desafios que exigem novas competências, atualização constante e capacidade de adap-
tação.
Acompanhamento tecnológico constante:
A evolução rápida das tecnologias exige do bibliotecário atualização frequente em softwares, padrões de 
metadados, repositórios digitais, plataformas de ensino a distância, segurança da informação, entre outros. A 
formação tradicional precisa ser complementada por cursos técnicos, oficinas e capacitação prática.
Preservação digital:
Diferente da conservação de acervos físicos, a preservação digital envolve estratégias para garantir o aces-
so futuro a arquivos digitais. Isso inclui formatos sustentáveis, migração periódica, backup, controle de versões 
e documentação técnica.
Direitos autorais e acesso aberto:
Gerenciar acervos digitais exige conhecimento aprofundado sobre a legislação de direitos autorais, licen-
ciamento aberto (Creative Commons), domínio público, e uso educacional. A mediação do acesso precisa ser 
ética e legalmente embasada.
Inclusão digital e acessibilidade:
O bibliotecário precisa garantir que todos os usuários, independentemente de suas limitações físicas ou so-
ciais, possam acessar a biblioteca virtual. Isso envolve desde adaptar conteúdos a leitores de tela até promover 
ações de alfabetização digital.
Mediação da informação à distância:
O atendimento presencial dá lugar à orientação remota, exigindo novas abordagens na comunicação com o 
usuário. O bibliotecário precisa dominar recursos como e-mail, chat, videoconferência e até redes sociais para 
se manter acessível.
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Avaliação do uso e tomada de decisões com base em dados:
Ferramentas analíticas passam a ser fundamentais para entender o comportamento do usuário, medir a 
efetividade dos recursos disponíveis e planejar melhorias. A análise de dados exige novas habilidades do bi-
bliotecário.
 ▸ Oportunidades para o bibliotecário no contexto digital
Apesar dos desafios, as bibliotecas virtuais representam um campo fértil de oportunidades para o bibliote-
cário se destacar como mediador da informação, curador de conteúdo digital e agente de inovação.
Protagonismo na curadoria e organização da informação digital:
O bibliotecário pode assumir a liderança na curadoria de conteúdos digitais, organizando acervos com qua-
lidade, coerência temática e relevância para o público-alvo. Essa atuação agrega valor aos repositórios digitais 
e fortalece o papel da biblioteca como fonte confiável.
Expansão do alcance da atuação profissional:
Com a biblioteca virtual, o bibliotecário pode atender usuários em qualquer lugar do mundo, quebrando bar-
reiras geográficas. Isso amplia o impacto de seu trabalho e permite desenvolver serviços personalizados para 
públicos variados.
Participação em redes e projetos colaborativos:
O ambiente digital facilita a integração entre instituições. O bibliotecário pode atuar em projetos de ciência 
aberta, desenvolvimento de repositórios institucionais, indexação coletiva e preservação colaborativa do conhe-
cimento.
Inovação na prestação de serviços:
A biblioteca virtual permite criar novos serviços, como tutoriais interativos, podcasts de orientação informa-
cional, recomendações personalizadas, bibliografias temáticas automatizadas e até bots de atendimento. Isso 
valoriza o serviço e melhora a experiência do usuário.
Valorização das competências em gestão da informação:
A organização do conhecimento digital requer domínio de classificações, ontologias, taxonomias e lingua-
gens documentárias. O bibliotecário passa a ser reconhecido como especialista em organização da informação 
em ambientes digitais complexos.
Ensino e formação de usuários digitais:
O bibliotecário pode atuar como educador, oferecendo capacitações em busca informacional, uso ético da 
informação, avaliação de fontes digitais e produção científica. Isso reforça seu papel pedagógico no contexto 
da educação formal e informal.
 ▸ Riscos de não adaptação
É importante destacar que, diante desse novo cenário, a resistência à mudança ou a falta de atualização 
pode tornar o profissional obsoleto. A desatualização tecnológica, o desconhecimento de plataformas digitais e 
a dificuldade em trabalhar com dados e sistemas são riscos reais. Por isso, o bibliotecárioprecisa desenvolver 
uma mentalidade de aprendizado contínuo e inovação.
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Competências digitais esperadas do bibliotecário em bibliotecas virtuais:
Área de competência Habilidades esperadas
Tecnológica Uso de repositórios, metadados, interoperabilidade, 
sistemas de gestão de acervo digital
Informacional Curadoria, classificação, avaliação de fontes 
digitais
Pedagógica Ensino da competência informacional, produção de 
tutoriais, orientação a distância
Ético-legal Conhecimento de direitos autorais, acesso aberto, 
privacidade digital
Comunicacional Atendimento online, uso de redes sociais, 
linguagem acessível no ambiente virtual
As bibliotecas virtuais representam uma mudança estrutural no modo de oferecer e acessar informação, 
exigindo dos bibliotecários novas habilidades, atitudes e conhecimentos.
Ao mesmo tempo em que trazem desafios importantes — como a preservação digital, a inclusão e a media-
ção remota —, abrem oportunidades para inovação, protagonismo profissional e ampliação do impacto social 
da biblioteconomia.
Cabe ao bibliotecário reconhecer essas transformações e preparar-se para atuar com excelência nesse 
novo cenário.
Marketing e relacionamento em mídias sociais
Conceitos Fundamentais De Marketing Digital Aplicados À Biblioteconomia
O marketing digital tem se mostrado uma ferramenta essencial para a valorização da biblioteca como insti-
tuição social e cultural. Quando aplicado corretamente, ele permite que bibliotecários fortaleçam o vínculo com 
a comunidade, ampliem o acesso à informação e reforcem a importância dos serviços oferecidos. 
 ▸ O que é marketing digital?
Marketing digital é o conjunto de ações de comunicação e promoção realizadas em meios digitais, com o 
objetivo de divulgar produtos, serviços ou ideias. No contexto das bibliotecas, trata-se de usar as plataformas 
online para informar, atrair, engajar e fidelizar usuários.
Ao contrário do marketing tradicional, o marketing digital permite a interação direta com o público, ofere-
cendo resultados mensuráveis e estratégias ajustáveis. Isso é essencial para instituições públicas, como as 
bibliotecas, que precisam justificar suas ações com dados e resultados objetivos.
Aplicações práticas para bibliotecários:
No contexto bibliotecário, o marketing digital não se limita à divulgação de livros. Ele abrange todo o univer-
so de serviços informacionais:
 ▪ Promoção de eventos culturais e educacionais
 ▪ Divulgação de bases de dados e serviços online
 ▪ Compartilhamento de conteúdo educativo
 ▪ Fortalecimento da imagem institucional da biblioteca
 ▪ Engajamento da comunidade com a missão da biblioteca
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 ▸ Os 4 Ps do marketing adaptados à biblioteca
A base clássica do marketing é formada pelos 4 Ps: Produto, Preço, Praça e Promoção. Na área de biblio-
teconomia, eles são adaptados para representar os serviços e valores da instituição:
 ▪ Produto: são os serviços oferecidos, como empréstimos, acesso à internet, consulta a acervos digitais, 
treinamentos de usuários, entre outros.
 ▪ Preço: ainda que os serviços sejam gratuitos, existe um “custo” simbólico associado ao tempo, à disponi-
bilidade e à facilidade de acesso. A biblioteca deve minimizar esses custos.
 ▪ Praça (distribuição): refere-se aos canais pelos quais os serviços chegam ao usuário. As redes sociais, 
sites institucionais e aplicativos são exemplos de canais digitais de distribuição.
 ▪ Promoção: envolve todas as formas de comunicação usadas para divulgar os serviços, atrair novos usu-
ários e manter o público engajado. Aqui entram os posts em redes sociais, newsletters, vídeos informativos, 
entre outros.
 ▸ Segmentação de público e personalização do conteúdo
Outro ponto importante do marketing digital é a segmentação: entender quem são os usuários da biblioteca 
para produzir conteúdos relevantes e direcionados. Um conteúdo eficaz considera:
 ▪ Faixa etária dos usuários
 ▪ Interesses informacionais
 ▪ Nível de escolaridade
 ▪ Frequência de uso dos serviços
Com base nisso, o bibliotecário pode criar campanhas voltadas para diferentes públicos, como estudantes 
do ensino médio, pesquisadores acadêmicos, leitores infantis, entre outros. A personalização gera maior enga-
jamento e percepção de valor.
 ▸ Inbound marketing e a jornada do usuário
O inbound marketing (marketing de atração) é uma das principais estratégias digitais. Em vez de “empurrar” 
informações, ele atrai o usuário com conteúdo relevante e útil. Nas bibliotecas, essa abordagem pode ser usada 
para:
 ▪ Criar posts educativos sobre temas de interesse geral
 ▪ Oferecer guias de pesquisa ou dicas de leitura
 ▪ Produzir conteúdos que resolvam dúvidas frequentes sobre uso do acervo
Tudo isso contribui para o fortalecimento da imagem da biblioteca como um espaço de aprendizado contí-
nuo.
 ▸ Funil de marketing e engajamento do usuário
Outro conceito essencial é o do funil de marketing, que representa as etapas da jornada do usuário até seu 
engajamento:
1. Atração – a biblioteca chama atenção com conteúdos interessantes (postagens, eventos, campanhas).
2. Conversão – o usuário passa a seguir a página, participa de eventos, faz empréstimos.
3. Relacionamento – o usuário engajado interage com frequência, compartilha conteúdos, recomenda a 
biblioteca a outras pessoas.
4. Fidelização – o usuário se torna um defensor da biblioteca e contribui ativamente com sugestões e par-
ticipação.
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Exemplo prático: campanha de incentivo à leitura
Suponha que uma biblioteca pública deseje aumentar o número de empréstimos entre adolescentes. Ela 
pode aplicar o marketing digital da seguinte forma:
 ▪ Criar postagens com indicações de livros populares entre jovens
 ▪ Usar enquetes no Instagram para conhecer as preferências de leitura
 ▪ Fazer parcerias com influenciadores locais ou professores
 ▪ Oferecer desafios de leitura com recompensas simbólicas
Essa campanha envolve os princípios do inbound marketing, a segmentação do público e os 4 Ps, ao mes-
mo tempo em que utiliza os recursos das redes sociais para gerar engajamento.
Aplicar os conceitos do marketing digital na biblioteconomia não significa transformar a biblioteca em uma 
empresa, mas sim usar estratégias modernas para melhorar a comunicação, promover os serviços e fortalecer 
o papel social da instituição.
O bibliotecário, como agente de informação, precisa dominar essas ferramentas para garantir que o con-
teúdo certo chegue ao público certo, no momento certo. Essa é uma habilidade cada vez mais valorizada em 
concursos públicos e no exercício profissional.
O Papel Das Mídias Sociais Na Promoção De Bibliotecas
As mídias sociais ocupam hoje um papel central na comunicação institucional, e as bibliotecas não podem 
mais se dar ao luxo de ignorar esse espaço. Elas funcionam como vitrines digitais onde se pode mostrar, em 
tempo real, o que está sendo feito, para quem, e com qual propósito. 
 ▸ A biblioteca como agente ativo nas redes
Tradicionalmente, a biblioteca era vista como um espaço silencioso, físico e voltado à consulta. No entanto, 
a evolução do comportamento do usuário — hoje mais conectado, dinâmico e multimídia — exigiu uma atuali-
zação da presença institucional dasbibliotecas.
As mídias sociais permitem que a biblioteca:
 ▪ Quebre estereótipos sobre seu papel
 ▪ Alcance públicos que não frequentam o espaço físico
 ▪ Atualize sua imagem perante a comunidade
 ▪ Mostre relevância cultural e social com ações cotidianas
 ▸ Presença digital como extensão do espaço físico
Estar nas redes sociais significa levar os serviços da biblioteca para além dos seus muros. A presença digital 
não substitui o atendimento presencial, mas o complementa. Plataformas como Instagram, Facebook, Twitter e 
TikTok têm sido utilizadas para:
 ▪ Divulgar horários, serviços e novidades do acervo
 ▪ Promover eventos como oficinas, feiras e clubes de leitura
 ▪ Compartilhar conteúdos educativos e dicas de pesquisa
 ▪ Registrar e valorizar ações comunitárias realizadas na biblioteca
 ▪ Criar canais de atendimento e escuta ativa do público
 ▸ Escolha das plataformas de acordo com o público-alvo
Cada mídia social tem um perfil de usuários e uma linguagem própria. A escolha das plataformas deve estar 
alinhada com o tipo de público que a biblioteca deseja atingir. Veja alguns exemplos:
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Plataforma Perfil de Usuário Uso Recomendado
Instagram Jovens, estudantes, educadores Divulgação visual de eventos e 
campanhas
Facebook Público mais amplo e 
diversificado
Informações institucionais e 
comunicação comunitária
Twitter Profissionais e acadêmicos Compartilhamento de notícias e 
conteúdos rápidos
TikTok Adolescentes e jovens adultos Conteúdo criativo, desafios, dicas 
de leitura
YouTube Todos os públicos Vídeos educativos, tutoriais, 
gravações de eventos
A biblioteca deve focar na qualidade da comunicação, e não necessariamente estar em todas as redes ao 
mesmo tempo.
 ▸ Linguagem acessível e institucional
Nas mídias sociais, o tom de comunicação da biblioteca precisa equilibrar profissionalismo e acessibilidade. 
Isso significa:
 ▪ Evitar linguagem excessivamente técnica
 ▪ Usar uma identidade visual coerente com a instituição
 ▪ Responder comentários e mensagens com atenção e cordialidade
 ▪ Produzir conteúdos inclusivos, com foco na diversidade cultural
O bibliotecário deve atuar como mediador de informações e curador de conteúdos relevantes para a comu-
nidade que atende.
 ▸ Campanhas e ações que geram engajamento
As redes sociais oferecem uma grande oportunidade para estimular a participação da comunidade. Algumas 
práticas eficazes incluem:
 ▪ Campanhas temáticas: mês da leitura, dia do bibliotecário, semana da alfabetização informacional
 ▪ Séries de postagens: dicas semanais de livros, perfil de autores, curiosidades históricas
 ▪ Enquetes e quizzes: envolvem os usuários e promovem interações significativas
 ▪ Depoimentos de usuários: histórias de quem utiliza os serviços da biblioteca fortalecem a conexão com 
o público
 ▪ Conteúdos colaborativos: permitir que os próprios usuários indiquem livros, compartilhem fotos ou criem 
resenhas
Essas ações ajudam a biblioteca a se tornar um espaço vivo também no ambiente digital.
 ▸ Parcerias e visibilidade institucional
Outro ponto importante é o potencial das mídias sociais para criar parcerias e fortalecer a imagem institu-
cional da biblioteca. Ao divulgar colaborações com escolas, universidades, grupos culturais e órgãos públicos, 
a biblioteca amplia sua rede de atuação e reforça seu papel social.
Além disso, redes bem geridas podem chamar a atenção da imprensa, de patrocinadores e de agentes cul-
turais, trazendo mais recursos e reconhecimento para a instituição.
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Desafios e cuidados:
Apesar de todos os benefícios, a atuação nas redes também exige responsabilidade. Alguns desafios que 
merecem atenção:
 ▪ Manutenção regular das postagens
 ▪ Evitar informações incorretas ou sensíveis sem apuração
 ▪ Cumprimento de normas de acessibilidade digital
 ▪ Gestão ética da imagem e dos dados dos usuários
 ▪ Definição clara de quem administra as redes e qual a política de comunicação
É importante que haja um plano de comunicação alinhado com os valores e objetivos da biblioteca.
As mídias sociais são, hoje, ferramentas estratégicas para a promoção das bibliotecas. Elas aproximam o 
público, tornam os serviços mais visíveis e posicionam a instituição como um espaço dinâmico e relevante para 
a sociedade. Ao saber utilizar bem esses canais, o bibliotecário reforça seu papel como gestor da informação, 
comunicador institucional e agente cultural.
Por isso, dominar as redes sociais deixou de ser um diferencial — e passou a ser uma competência essen-
cial para quem atua na área.
Estratégias De Relacionamento Com O Público-Alvo Nas Redes Sociais
A promoção de serviços bibliotecários nas redes sociais vai além da simples divulgação. Trata-se de cons-
truir uma relação contínua, de confiança e pertencimento entre a biblioteca e seus usuários. Essa relação é 
fundamental para que a biblioteca se mantenha relevante e fortalecida no imaginário coletivo da comunidade. 
 ▸ Entendendo o público-alvo da biblioteca
O primeiro passo para um relacionamento eficaz é conhecer quem se deseja alcançar. As bibliotecas, espe-
cialmente as públicas e universitárias, atendem a perfis variados de usuários. Por isso, é necessário identificar:
 ▪ Faixas etárias predominantes
 ▪ Interesses de leitura ou pesquisa
 ▪ Frequência de uso dos serviços
 ▪ Necessidades específicas (acesso à internet, apoio acadêmico, leitura infantil, etc.)
Com essas informações, o conteúdo das redes pode ser moldado para dialogar diretamente com os interes-
ses e hábitos da comunidade atendida.
 ▸ Personas: construindo representações do público
Uma técnica muito usada no marketing digital é a criação de personas — perfis fictícios que representam os 
usuários reais da biblioteca. Cada persona tem um nome, idade, profissão, interesses e desafios. Por exemplo:
 ▪ Ana, 16 anos, estudante do ensino médio, busca livros para o vestibular e participa de clubes de leitura
 ▪ Carlos, 42 anos, professor universitário, utiliza a biblioteca para pesquisa e acesso a periódicos científicos
 ▪ Dona Maria, 67 anos, aposentada, frequenta oficinas culturais e procura por literatura regional
Criar conteúdos com base nessas personas permite uma comunicação mais direcionada e eficaz.
 ▸ Interação: escuta ativa e resposta rápida
Nas redes sociais, o relacionamento se constrói pelo diálogo. Isso exige escuta ativa e respostas consisten-
tes. O bibliotecário (ou equipe responsável) deve estar atento a:
 ▪ Comentários nas postagens
 ▪ Mensagens privadas com dúvidas ou sugestões
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 ▪ Marcação da biblioteca por usuários em publicações
 ▪ Feedbacks, elogios ou críticas
A resposta deve ser sempre cordial, clara e dentro do prazo razoável. A interação humaniza a instituição e 
mostra que a biblioteca está disponível para atender.
 ▸ Calendário de conteúdo: regularidade e coerência
O relacionamento com o público também depende da presença constante da biblioteca nas redes. Um bom 
planejamento editorial deve incluir:
 ▪ Postagens periódicas (diárias, semanais ou conforme a capacidade da equipe)
 ▪ Diversificação de formatos: textos, imagens, vídeos, stories, enquetes
 ▪ Coerência visual (cores, logos, estilo de imagem) e textual (linguagem e tomde voz)
Ter um calendário de conteúdo ajuda a manter a organização e evitar períodos de inatividade, que prejudi-
cam o engajamento.
 ▸ Campanhas de envolvimento comunitário
Algumas ações específicas ajudam a aprofundar o relacionamento com o público, como:
 ▪ Campanhas colaborativas: convidar os usuários a indicar livros, contar histórias de leitura ou participar 
de concursos culturais
 ▪ Desafios mensais: maratonas de leitura, quiz literário, bingo de autores
 ▪ Encontros virtuais: clubes de leitura online, rodas de conversa transmitidas ao vivo
 ▪ Homenagens: destacar usuários frequentes, voluntários ou projetos comunitários apoiados pela biblioteca
Essas ações criam um senso de pertencimento e envolvem emocionalmente o público com a instituição.
 ▸ Uso de linguagem afetiva e institucional ao mesmo tempo
O tom das mensagens deve combinar profissionalismo com proximidade. Alguns pontos importantes:
 ▪ Evitar jargões técnicos que afastem o público leigo
 ▪ Usar chamadas atrativas e acessíveis
 ▪ Criar empatia com o leitor (uso moderado de emojis, perguntas diretas, linguagem inclusiva)
 ▪ Valorizar o papel do leitor e da comunidade como protagonistas da biblioteca
 ▸ Ações de fidelização e construção de comunidade
Além de atrair novos usuários, é importante manter os antigos. Algumas estratégias de fidelização incluem:
 ▪ Recompensas simbólicas para quem participa de campanhas ou eventos
 ▪ Divulgação periódica de novidades no acervo, com personalização para diferentes públicos
Criação de grupos fechados em redes como Facebook ou WhatsApp para usuários mais ativos
Promoção de séries contínuas de conteúdo (ex: toda quarta-feira, dica de leitura infantil)
Com o tempo, esse tipo de ação transforma seguidores em colaboradores da causa da biblioteca.
 ▸ Monitoramento e ajustes com base no retorno do público
Toda estratégia de relacionamento precisa ser avaliada com base nos resultados. Isso envolve:
 ▪ Acompanhamento do número de seguidores e engajamentos
 ▪ Observação de quais postagens geram mais curtidas, comentários ou compartilhamentos
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 ▪ Coleta de sugestões e impressões dos usuários por meio de formulários simples
 ▪ Ajustes na linguagem, frequência ou formato de conteúdo de acordo com os dados
A gestão de redes sociais é um processo contínuo de teste, avaliação e melhoria.
Relacionar-se com o público nas redes sociais exige mais do que postar informações. Exige empatia, es-
cuta ativa, planejamento e capacidade de dialogar com diferentes perfis. Ao adotar estratégias adequadas de 
relacionamento, a biblioteca fortalece seu papel como espaço acolhedor, plural e em constante transformação.
O bibliotecário, nesse cenário, assume um papel central como mediador entre a instituição e a comunidade 
— com as redes sociais como sua principal ferramenta de aproximação e engajamento.
Métricas, Avaliação De Resultados E Boas Práticas
Gerenciar a presença de uma biblioteca nas redes sociais não se resume à produção de conteúdo. É essen-
cial acompanhar o desempenho das ações e entender quais estratégias realmente geram impacto. Para isso, o 
uso de métricas, a avaliação de resultados e a adoção de boas práticas são etapas fundamentais.
Essa abordagem permite que o bibliotecário otimize esforços, melhore o engajamento e justifique o valor 
social e informacional da biblioteca junto à comunidade e aos gestores.
 ▸ Por que medir é importante?
Em qualquer estratégia de marketing digital, inclusive no contexto institucional da biblioteca, medir resulta-
dos serve para:
 ▪ Verificar o que está funcionando e o que precisa ser ajustado
 ▪ Compreender o comportamento e as preferências do público
 ▪ Planejar novas ações com base em dados reais
 ▪ Prestar contas à gestão pública ou privada sobre o impacto das ações
 ▪ Identificar tendências e oportunidades de melhoria contínua
A mensuração não exige softwares caros. As principais redes sociais oferecem ferramentas gratuitas de 
análise, como o Instagram Insights, o Facebook Business Suite e o YouTube Analytics.
 ▸ Principais métricas para bibliotecas nas redes sociais
As métricas, ou indicadores de desempenho, podem ser divididas em grupos conforme o objetivo da comu-
nicação. Abaixo, destacamos os principais:
 ▪ Alcance: número de pessoas que visualizaram o conteúdo. Ajuda a avaliar a visibilidade das ações.
 ▪ Impressões: número total de vezes que a postagem foi exibida, incluindo repetições.
 ▪ Engajamento: soma de curtidas, comentários, compartilhamentos, cliques e reações. Indica o nível de 
interação do público com o conteúdo.
 ▪ Taxa de engajamento: percentual que relaciona o número de interações com o total de seguidores ou 
visualizações.
 ▪ Crescimento de seguidores: variação no número de pessoas que seguem o perfil ao longo do tempo.
 ▪ Cliques em links: especialmente útil quando a biblioteca compartilha links para catálogos online, eventos 
ou formulários.
 ▪ Mensagens recebidas: número de mensagens diretas ou comentários com dúvidas, elogios ou suges-
tões.
Exemplo prático de análise:
Suponha que uma biblioteca poste semanalmente dicas de leitura. Ao analisar as métricas, percebe-se que 
os vídeos curtos com resenhas têm mais alcance e comentários do que as imagens estáticas. Essa informação 
orienta a equipe a priorizar vídeos como formato principal nas próximas postagens.
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Ferramentas úteis para análise de resultados:
Além das próprias redes sociais, existem ferramentas externas que ajudam a monitorar dados e gerar rela-
tórios:
 ▪ Meta Business Suite (Facebook e Instagram): permite gerenciar páginas, agendar postagens e acessar 
estatísticas completas.
 ▪ Google Analytics: útil se a biblioteca tem um site ou blog, para rastrear origem dos acessos e comporta-
mento do usuário.
 ▪ Canva Pro / Buffer / Hootsuite: além de permitir agendamento de postagens, algumas versões oferecem 
análises básicas de engajamento.
Mesmo com poucos recursos, o bibliotecário pode usar planilhas simples para registrar dados semanais ou 
mensais e observar a evolução ao longo do tempo.
 ▸ Boas práticas na gestão de redes sociais
A eficácia da presença digital da biblioteca depende de rotinas e atitudes consistentes. Abaixo estão algu-
mas boas práticas recomendadas:
 ▪ Planejamento estratégico: definir objetivos claros (divulgação de serviços, formação de leitores, fortale-
cimento institucional) e metas mensuráveis.
 ▪ Postagens regulares e variadas: manter a frequência e explorar diferentes formatos (imagens, vídeos, 
textos, lives, stories).
 ▪ Atenção à identidade visual: uso coerente de cores, fontes e elementos gráficos reforça a imagem da 
biblioteca.
 ▪ Acessibilidade digital: uso de legendas em vídeos, descrição de imagens e linguagem inclusiva ampliam 
o acesso às informações.
 ▪ Acompanhamento constante: responder mensagens e comentários com atenção, mantendo uma pre-
sença ativa e receptiva.
 ▪ Capacitação contínua da equipe: manter-se atualizado sobre ferramentas, tendências de comunicação 
e temas de interesse do público.
Indicadores qualitativos e retorno institucional:
Nem todos os resultados podem ser medidos em números. Também é importante observar indicadores 
qualitativos, como:
 ▪ Depoimentos de usuários nas redes ou pessoalmente
 ▪ Participação espontânea em campanhas
 ▪ Aumento da procura por serviços divulgados digitalmente
 ▪ Repercussão de ações em outros canais, como imprensa ou escolas
 ▪ Reconhecimento da biblioteca como espaço inovadorque a escola já desenvolvia iam chegando, nós íamos analisando e planejando as atividades 
que seriam interessantes para que os alunos pudessem crescer nessa questão de evoluir na leitura e escrita 
com qualidade”, contou a professora.
A parceria dos pais no planejamento das atividades reforçou os estudos em casa e contribuiu para melhorar 
o ambiente escolar. A cooperação transformou a biblioteca em um lugar em que os alunos agora gostam de 
ficar.
“Eu não tinha muito tempo de ler, mas agora eu gosto de ler muito. Aqui na escola sempre gosto de pegar 
um livrinho para ler”, disse a estudante Larissa Cardoso.
A auxiliar de serviços gerais Maria da Penha, que é mãe da estudante Ana Lívia, revela que o interesse da 
filha pelos estudos melhorou na escola e que a criança passou a ter prazer com a leitura.
“Ela pega o caderno, faz o dever de casa. Sempre que tem algum trabalhinho ela vai com os colegas fazer. 
Ela gosta bastante de ler”, disse.
A estudante Sionara Nossa fala que, do início do ano letivo para cá, sentiu que vem evoluindo nos estudos. 
Ela acredita que o hábito de escrever e ler tem sido o responsável por isso.
“No começo do ano estava bom, só que depois a gente foi aprendendo, aprendendo, e ficou melhor a leitura, 
foi desenvolvendo e aí foi melhorando tudo”, concluiu a menina.
(Fonte: https://g1.globo.com/es/espirito-santo/noticia/2019/03/29/escola-de-aracruz-es-recebe-premio-
-nacional-por-incentivo-a-leitura.ghtml)
Usuários. Principais categorias de usuários
A importância da categorização dos usuários nas bibliotecas
A categorização dos usuários em uma biblioteca vai muito além de uma simples formalidade administrativa. 
Ela representa um dos pilares fundamentais para a organização, planejamento e oferta de serviços de informa-
ção adequados às necessidades de públicos distintos.
Compreender quem são os usuários e como agrupá-los de forma eficaz permite que o bibliotecário atue com 
maior precisão, promovendo o acesso à informação de maneira equitativa e eficiente.
 ▸ O papel da categorização na gestão da informação
Quando uma biblioteca conhece os perfis de seus usuários, ela consegue:
 ▪ Planejar coleções de forma mais direcionada, com conteúdos que atendam aos interesses específicos de 
cada grupo;
 ▪ Estabelecer políticas de empréstimo personalizadas, ajustando prazos e limites conforme a necessidade 
e o perfil do usuário;
 ▪ Oferecer serviços de referência e orientação mais eficazes;
 ▪ Desenvolver ações de extensão, mediação de leitura ou formação de usuários com foco em públicos es-
pecíficos;
 ▪ Avaliar a efetividade dos serviços prestados com base no perfil de uso de cada categoria.
Assim, a categorização se torna uma ferramenta estratégica para garantir que a biblioteca cumpra seu papel 
social, educativo e informativo.
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 ▸ Eficiência operacional e alocação de recursos
A categorização também contribui diretamente para a eficiência operacional. Com base nos dados sobre os 
diferentes tipos de usuários, a equipe bibliotecária pode:
Alocar recursos humanos e materiais com maior precisão;
 ▪ Determinar os melhores horários para atendimento e funcionamento;
 ▪ Antecipar demandas específicas de determinados grupos, como horários alternativos para trabalhadores 
ou adaptação de materiais para pessoas com deficiência;
 ▪ Direcionar ações de marketing e divulgação de serviços com foco em públicos específicos.
Por exemplo, uma biblioteca universitária que identifica alta demanda de alunos de pós-graduação por pe-
riódicos científicos pode priorizar investimentos em bases de dados acadêmicas.
 ▸ A personalização do atendimento como valor agregado
Um dos grandes benefícios da categorização é a capacidade de personalizar o atendimento. Usuários com 
diferentes níveis de formação, objetivos de uso da biblioteca ou experiências com a leitura e a pesquisa exigem 
abordagens diferentes.
Um estudante do ensino fundamental que frequenta uma biblioteca pública, por exemplo, necessita de um 
atendimento distinto daquele oferecido a um pesquisador universitário ou a um leitor com deficiência visual.
Essa personalização promove a inclusão e o engajamento dos usuários, tornando a biblioteca um ambiente 
mais acessível, acolhedor e funcional.
 ▸ Base para políticas públicas e avaliação de desempenho
Nos contextos das bibliotecas públicas, escolares e universitárias, a categorização dos usuários também é 
fundamental para fundamentar políticas públicas. Os dados gerados pelo uso segmentado ajudam a:
 ▪ Justificar a ampliação de orçamentos e repasses;
 ▪ Medir o impacto social da biblioteca;
 ▪ Criar relatórios detalhados que auxiliam na prestação de contas e na transparência da gestão pública;
 ▪ Formular indicadores de desempenho com base em critérios mais objetivos.
Além disso, instituições públicas que mantêm bibliotecas frequentemente precisam prestar contas a órgãos 
de fiscalização, como Tribunais de Contas ou Ministérios da Educação e Cultura. A categorização ajuda a for-
necer dados confiáveis e organizados.
 ▸ Desafios na categorização dos usuários
Apesar de sua importância, a categorização dos usuários exige cuidado e atualização constante. Alguns 
desafios comuns incluem:
 ▪ Evitar classificações rígidas e excludentes que limitem o acesso;
 ▪ Atualizar as categorias de forma periódica, acompanhando mudanças sociais, culturais e tecnológicas;
 ▪ Considerar a pluralidade dos usuários e suas múltiplas identidades (um mesmo usuário pode ser estudan-
te, pesquisador e trabalhador, por exemplo);
 ▪ Trabalhar com dados sensíveis respeitando a ética e a legislação sobre privacidade.
A categorização dos usuários não é apenas uma exigência técnica da biblioteconomia, mas um instrumento 
essencial para o bom funcionamento da biblioteca. Ao identificar com clareza os diferentes públicos que atende, 
a biblioteca pode oferecer serviços mais eficazes, inclusivos e alinhados às necessidades da comunidade. 
Cabe ao bibliotecário manter esse processo atualizado, ético e centrado no acesso democrático à informa-
ção.
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Usuários. Principais Categorias de Usuários
 ▸ Classificações tradicionais de usuários
Dentro da Biblioteconomia, especialmente no contexto das bibliotecas públicas, escolares e universitárias, 
classificar os usuários de forma sistemática sempre foi uma prática essencial para a organização dos serviços. 
Essa classificação permite entender melhor os diferentes perfis de frequentadores e adaptar os serviços às 
suas necessidades.
As classificações tradicionais são baseadas em critérios como vínculo institucional, faixa etária, finalidade 
do uso da informação e frequência de acesso.
Classificação por vínculo institucional:
Essa é uma das formas mais comuns de categorização, especialmente em bibliotecas universitárias, esco-
lares e corporativas. Os usuários são classificados de acordo com seu relacionamento com a instituição man-
tenedora da biblioteca.
 ▪ Estudantes: usuários regularmente matriculados na instituição. Podem ser divididos em subgrupos, como 
ensino fundamental, médio, técnico, graduação ou pós-graduação.
 ▪ Professores: fazem uso frequente da biblioteca para ensino e pesquisa.
 ▪ Funcionários técnico-administrativos: costumam usar a biblioteca para atualização profissional ou la-
zer.
 ▪ Comunidade externa: em alguns casos, a biblioteca estende seus serviços ao público em geral, mesmo 
que ele não tenha vínculo direto com a instituição.
Classificação por faixa etária:
Muito utilizadae dinâmico
Esses elementos ajudam a construir o reconhecimento institucional, fortalecendo o papel da biblioteca junto 
à comunidade e aos gestores.
Relatórios e prestação de contas:
Organizar os dados coletados em relatórios periódicos é uma forma de profissionalizar a gestão da biblio-
teca. Um relatório pode incluir:
 ▪ Evolução do número de seguidores e alcance das postagens
 ▪ Ações realizadas no período e resultados obtidos
 ▪ Conteúdos com melhor desempenho
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 ▪ Sugestões e comentários do público
 ▪ Propostas de melhoria para o próximo período
Esses relatórios servem tanto para uso interno quanto para apresentação a órgãos gestores, patrocinadores 
ou parceiros.
Monitorar as redes sociais da biblioteca com base em métricas e indicadores é uma prática essencial para 
garantir eficácia, melhorar a comunicação e justificar os investimentos realizados. Mais do que números, tra-
ta-se de compreender o impacto da biblioteca na vida das pessoas e ajustar as estratégias para atender com 
excelência às necessidades da comunidade.
O bibliotecário, ao adotar essa abordagem analítica e reflexiva, fortalece sua atuação profissional e contribui 
para o reconhecimento e valorização da biblioteca como um espaço de transformação social.
Software de gerenciamento de biblioteca
Conceito e importância dos softwares de gerenciamento de biblioteca
Os softwares de gerenciamento de biblioteca são ferramentas tecnológicas desenvolvidas para organizar, 
automatizar e otimizar os serviços internos de uma biblioteca. Eles representam uma evolução significativa em 
relação aos métodos manuais de controle de acervo, empréstimos e catalogação, promovendo maior eficiência, 
segurança e acessibilidade às informações.
 ▸ Definição dos softwares de gerenciamento
Um software de gerenciamento de biblioteca, também conhecido como Sistema Integrado de Gestão de 
Bibliotecas (SIGB), é uma plataforma digital que permite realizar atividades como:
 ▪ Catalogação de obras seguindo padrões bibliográficos;
 ▪ Controle de empréstimos e devoluções;
 ▪ Cadastro de usuários;
 ▪ Pesquisa automatizada no acervo;
 ▪ Geração de relatórios e estatísticas de uso;
 ▪ Integração com bases de dados e outras bibliotecas.
Estes sistemas podem ser locais (instalados nos servidores da instituição) ou baseados em nuvem, o que 
permite o acesso remoto por usuários e administradores. Além disso, muitos deles oferecem módulos espe-
cíficos para diferentes áreas de atuação dentro da biblioteca, como gestão de periódicos, acervo multimídia e 
repositórios digitais.
 ▸ Por que são importantes para a gestão da biblioteca
A presença de um software adequado transforma a realidade da biblioteca em vários sentidos. Abaixo, estão 
os principais impactos positivos:
Eficiência operacional:
A automatização das rotinas reduz o tempo e o esforço necessários para executar tarefas rotineiras, como 
registrar um empréstimo ou atualizar o acervo. Isso permite que os bibliotecários direcionem mais atenção a 
ações de mediação de leitura, orientação ao usuário e curadoria do acervo.
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Redução de erros e perdas:
Sistemas automatizados diminuem as chances de erros humanos no registro de livros, prazos de devolu-
ção e catalogação. Além disso, ajudam a evitar perdas de materiais por meio de rastreamento e controle mais 
precisos.
Melhoria na experiência do usuário:
A maioria dos sistemas permite que os usuários façam consultas ao catálogo, renovem materiais e reser-
vem livros pela internet, sem precisar ir fisicamente à biblioteca. Isso amplia o acesso e torna o serviço mais 
dinâmico e moderno.
Facilidade de gestão e tomada de decisão:
Os relatórios e estatísticas gerados automaticamente permitem que o bibliotecário avalie o desempenho 
da biblioteca, identifique demandas e faça planejamentos com base em dados reais. Isso contribui para uma 
gestão mais estratégica.
Adequação a normas e padrões:
Os sistemas seguem padrões internacionais de catalogação, como MARC 21 e AACR2, o que garante inte-
roperabilidade com outras instituições e facilita o intercâmbio de informações bibliográficas.
 ▸ A importância para bibliotecas públicas e acadêmicas
Nas bibliotecas públicas, os softwares de gerenciamento têm o papel de democratizar o acesso à informa-
ção, promovendo inclusão digital e melhor atendimento à comunidade. Já nas bibliotecas acadêmicas, eles são 
fundamentais para apoiar o ensino, a pesquisa e a extensão, possibilitando o acesso rápido e confiável a obras 
científicas e técnicas.
Outro ponto importante é que muitos desses sistemas estão preparados para lidar com recursos digitais, 
como e-books e artigos eletrônicos, o que permite à biblioteca manter-se atualizada frente às mudanças tecno-
lógicas no campo da informação.
 ▸ Relação com a atuação do bibliotecário
O bibliotecário é o profissional responsável por parametrizar, alimentar e manter o sistema funcionando 
corretamente. Ele deve conhecer os padrões bibliográficos, os módulos do software e as necessidades dos 
usuários para ajustar o sistema à realidade da instituição. Além disso, precisa estar preparado para treinar a 
equipe, oferecer suporte técnico básico e intermediar a comunicação com desenvolvedores, caso necessário.
Entender o conceito e a importância dos softwares de gerenciamento de biblioteca é um passo essencial 
para quem se prepara para concursos na área.
As bancas frequentemente cobram esse conteúdo com foco tanto na teoria quanto na aplicação prática, 
por isso é fundamental compreender não só o que são esses sistemas, mas também como eles transformam a 
atuação do bibliotecário e a dinâmica da biblioteca como um todo.
Principais funcionalidades dos sistemas de gerenciamento
Os sistemas de gerenciamento de biblioteca, também conhecidos como SIGB (Sistemas Integrados de 
Gestão de Bibliotecas), são projetados para oferecer um conjunto de funcionalidades que atendem às necessi-
dades operacionais, técnicas e administrativas de uma biblioteca.
Com o avanço da tecnologia e a crescente complexidade dos serviços de informação, essas plataformas 
passaram a incluir uma série de módulos e ferramentas que auxiliam tanto o bibliotecário quanto o usuário final.
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 ▸ Catalogação
A catalogação é o processo de descrição e classificação dos materiais do acervo. Nos sistemas de geren-
ciamento, essa função é feita por meio de formulários padronizados, que seguem normas internacionais, como 
AACR2, RDA e MARC 21.
Principais recursos:
 ▪ Cadastro completo de livros, periódicos, mídias digitais, TCCs, dissertações e outros tipos de materiais;
 ▪ Atribuição de assuntos, autores, palavras-chave e localização física;
 ▪ Geração automática de fichas catalográficas;
 ▪ Importação de registros via protocolo Z39.50 (padrão usado para buscar dados em outras bibliotecas);
 ▪ Validação de campos obrigatórios e auxílio na padronização.
Essa funcionalidade garante um acervo bem organizado, facilitando a recuperação da informação pelos 
usuários.
 ▸ Circulação (empréstimo, devolução e renovação)
Esse é o módulo mais utilizado no dia a dia da biblioteca. Ele permite controlar todo o processo de emprés-
timo de materiais, desde a retirada até a devolução ou renovação,tanto presencial quanto online.
Recursos comuns:
 ▪ Controle de prazos e renovação automática ou por solicitação;
 ▪ Emissão de notificações por e-mail ou SMS (avisos de devolução, atrasos, reservas);
 ▪ Registro de históricos de empréstimos por usuário;
 ▪ Aplicação de penalidades em caso de atraso (bloqueios, multas);
 ▪ Relatórios de movimentação do acervo.
A automação da circulação reduz erros e permite um atendimento mais rápido e eficiente ao público.
 ▸ Cadastro e gerenciamento de usuários
O sistema permite registrar todos os usuários da biblioteca, com informações como nome, matrícula, tipo de 
vínculo (aluno, professor, servidor, comunidade externa), e histórico de uso.
Funcionalidades:
 ▪ Definição de perfis de acesso com permissões específicas;
 ▪ Controle de senhas para uso do sistema online;
 ▪ Consulta ao histórico de empréstimos;
 ▪ Integração com sistemas acadêmicos (por exemplo, matrícula e situação de aluno).
Esse controle permite que o bibliotecário conheça o perfil dos usuários e desenvolva políticas de atendimen-
to mais adequadas.
 ▸ OPAC – Catálogo público online
O OPAC (Online Public Access Catalog) é a interface pública de pesquisa do acervo. Por meio dele, os 
usuários podem fazer buscas, verificar a disponibilidade dos materiais e, em alguns casos, realizar reservas e 
renovações.
Características principais:
 ▪ Busca simples e avançada (por título, autor, assunto, ISBN, etc.);
 ▪ Filtros por tipo de material, data de publicação, idioma, entre outros;
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 ▪ Visualização da situação do item (disponível, emprestado, reservado);
 ▪ Sugestão de obras relacionadas;
 ▪ Links para conteúdos digitais (caso o sistema esteja integrado a repositórios).
O OPAC é essencial para tornar o acervo acessível e navegável, mesmo fora do ambiente físico da biblio-
teca.
 ▸ Relatórios e estatísticas
O SIGB também atua como ferramenta de gestão, fornecendo relatórios e dados que ajudam na avaliação 
e planejamento da biblioteca.
Relatórios mais comuns:
 ▪ Empréstimos por período, por título, por usuário;
 ▪ Obras mais e menos procuradas;
 ▪ Itens com maior tempo de permanência em circulação;
 ▪ Perfil dos usuários mais ativos;
 ▪ Relatórios financeiros (em caso de cobrança de multa);
 ▪ Estatísticas para prestação de contas e relatórios institucionais.
Esses dados orientam decisões sobre aquisição de novos materiais, descarte de obras, ampliação de ser-
viços, entre outros.
 ▸ Aquisição e desenvolvimento de coleções
Alguns sistemas mais completos oferecem módulos para auxiliar no processo de aquisição de novos títulos.
Funcionalidades:
 ▪ Registro de pedidos e sugestões de compra;
 ▪ Controle orçamentário e fornecedores;
 ▪ Integração com o módulo de catalogação após a aquisição;
 ▪ Registro de doações e trocas.
Esse recurso ajuda a manter o acervo atualizado e alinhado com as necessidades do público-alvo.
 ▸ Integração com repositórios e bases digitais
Nos sistemas modernos, há também suporte para:
 ▪ Repositórios institucionais (para TCCs, teses, artigos científicos);
 ▪ Bases de dados externas (como Scielo, CAPES, EBSCO);
 ▪ Repositórios de e-books e audiolivros.
Essa integração amplia a oferta de recursos informacionais da biblioteca, especialmente em contextos aca-
dêmicos.
As funcionalidades dos sistemas de gerenciamento de biblioteca não apenas automatizam tarefas, mas 
também ampliam a capacidade de atendimento, controle e planejamento das bibliotecas.
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Softwares mais utilizados em bibliotecas públicas e acadêmicas
No contexto da gestão de bibliotecas, escolher o software adequado é fundamental para garantir eficiência, 
organização e qualidade no atendimento ao usuário. Cada tipo de biblioteca – pública, acadêmica, especiali-
zada ou escolar – possui características e demandas específicas, e isso influencia diretamente na escolha do 
sistema.
 ▸ BIBLIVRE
O Biblivre (Biblioteca Livre) é um software gratuito, de código aberto, desenvolvido para atender especial-
mente bibliotecas públicas, escolares e comunitárias.
Principais características:
 ▪ Interface amigável e simples de operar;
 ▪ Totalmente em português;
 ▪ Módulos para cadastro de usuários, catalogação, circulação, administração e busca no acervo;
 ▪ Suporte a padrões bibliográficos como MARC 21;
 ▪ Atualizações frequentes e suporte técnico ativo por meio da comunidade e do Ministério da Cultura.
Contexto de uso:
Muito utilizado por bibliotecas públicas municipais e estaduais que precisam de um sistema gratuito, de fácil 
instalação e com funcionalidades básicas. É frequentemente citado em concursos públicos, principalmente em 
questões situacionais voltadas para a realidade de bibliotecas com poucos recursos.
 ▸ Pergamum
O Pergamum é um dos softwares mais consolidados no ambiente acadêmico brasileiro. Foi desenvolvido 
pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e é amplamente utilizado por universidades públicas 
e privadas.
Principais características:
 ▪ Suporte completo a todos os módulos de uma biblioteca universitária;
 ▪ Integração com sistemas acadêmicos e bases de dados científicas;
 ▪ Módulo de biblioteca digital para repositórios institucionais (TCCs, dissertações, artigos);
 ▪ Controle de multibibliotecas (para instituições com mais de um campus);
 ▪ Relatórios gerenciais avançados.
Contexto de uso:
É o sistema preferido de muitas universidades e institutos federais, pois permite um alto nível de persona-
lização, integração com o ambiente acadêmico e suporte a múltiplos tipos de acervo. Aparece com frequência 
em concursos para instituições federais de ensino superior.
 ▸ SophiA Biblioteca
O SophiA Biblioteca é um sistema comercial, desenvolvido pela Prima Informática, muito usado em bibliote-
cas escolares, universitárias e especializadas.
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Principais características:
 ▪ Interface amigável e suporte técnico especializado;
 ▪ Atualizações constantes com foco em usabilidade;
 ▪ Controle completo de empréstimos, reservas e renovações;
 ▪ Integração com dispositivos móveis e redes sociais;
 ▪ Módulo para bibliotecas digitais.
Contexto de uso:
Adotado por muitas escolas particulares e universidades privadas. Em concursos, pode ser mencionado 
como exemplo de sistema pago, principalmente quando a banca quer explorar diferenças entre softwares livres 
e comerciais.
 ▸ Koha
Koha é um software livre, de código aberto, criado na Nova Zelândia, que vem ganhando espaço no Brasil 
por sua robustez e flexibilidade.
Principais características:
 ▪ Interface web 100% personalizável;
 ▪ Multilinguagem, inclusive com versão em português;
 ▪ Totalmente compatível com MARC 21 e Z39.50;
 ▪ Suporte a bibliotecas digitais;
 ▪ Comunidade internacional ativa e documentação ampla.
Contexto de uso:
Utilizado por bibliotecas universitárias e especializadas que buscam autonomia tecnológica e desejam cus-
tomizar o sistema conforme suas necessidades. Seu uso tem crescido principalmente em instituições que valo-
rizam a filosofia do software livre.
 ▸ Aleph
Desenvolvido pela empresa israelense Ex Libris, o Aleph é um sistema robusto e sofisticado, utilizado por 
grandes bibliotecas universitárias, especialmente aquelas que fazem parte deconsórcios internacionais de 
pesquisa.
Principais características:
 ▪ Alto desempenho em gestão de acervos extensos;
 ▪ Suporte multilíngue e multibibliotecas;
 ▪ Integração com repositórios, bases científicas e sistemas de autenticação acadêmica;
 ▪ Alto custo de aquisição e manutenção, geralmente viável apenas para instituições com grande orçamento.
Contexto de uso:
Presente em universidades federais e em instituições de grande porte. Não é comum em bibliotecas públi-
cas devido ao custo. Em concursos, costuma ser citado em questões que envolvem comparação de sistemas 
e análise de custo-benefício.
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 ▸ PHL (Personal Home Library)
Embora menos robusto do que outros sistemas citados, o PHL é uma opção gratuita e simples, ideal para 
pequenas bibliotecas.
Principais características:
 ▪ Simples de instalar e usar;
 ▪ Indicado para bibliotecas com acervo reduzido;
 ▪ Recursos básicos de cadastro, busca e circulação;
 ▪ Interface pouco moderna, mas funcional.
Contexto de uso:
Ainda encontrado em bibliotecas escolares e comunitárias que precisam de um sistema leve e gratuito. Em 
concursos, pode ser mencionado como alternativa a sistemas mais complexos, especialmente quando a banca 
deseja explorar a realidade de bibliotecas de pequeno porte.
Comparativo geral dos sistemas:
Software Tipo Uso principal Código aberto Nível de 
complexidade
Biblivre Gratuito Bibliotecas públicas 
e escolares Sim Baixo a médio
Pergamum Comercial Universidades 
públicas e privadas Não Alto
SophiA Comercial
Escolas e 
faculdades 
privadas
Não Médio a alto
Koha Gratuito Bibliotecas 
universitárias Sim Alto
Aleph Comercial Universidades de 
grande porte Não Muito alto
PHL Gratuito Pequenas 
bibliotecas Sim Baixo
Vantagens e desafios na implementação desses sistemas
A adoção de um sistema de gerenciamento em uma biblioteca representa um avanço importante na moder-
nização dos serviços de informação. No entanto, sua implementação não é um processo imediato nem isento 
de dificuldades.
É necessário planejamento, envolvimento da equipe, análise da estrutura tecnológica disponível e definição 
clara dos objetivos institucionais.
 ▸ Principais vantagens da implementação de sistemas de gerenciamento
A modernização de bibliotecas com o uso de softwares específicos proporciona diversos ganhos que impac-
tam diretamente a qualidade do serviço prestado, a organização interna e a experiência do usuário.
Melhoria na organização do acervo:
 ▪ Permite padronização na catalogação, indexação e classificação dos materiais.
 ▪ A localização dos itens se torna mais rápida e precisa.
 ▪ Reduz a perda ou extravio de materiais devido ao controle automatizado.
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Agilidade nos processos internos:
 ▪ Empréstimos, devoluções e renovações são realizados de forma rápida, com registros precisos.
 ▪ A emissão de relatórios e estatísticas é automatizada, economizando tempo da equipe técnica.
 ▪ Facilita o trabalho do bibliotecário, permitindo foco em atividades de mediação e orientação.
Acesso facilitado para os usuários:
 ▪ Consultas ao acervo podem ser feitas online, por meio do OPAC.
 ▪ A possibilidade de renovação e reserva remota aumenta a autonomia do usuário.
 ▪ Interfaces intuitivas incentivam o uso contínuo da biblioteca.
Integração com outros sistemas:
 ▪ Sistemas acadêmicos (matrícula, notas) podem ser integrados ao software da biblioteca.
 ▪ Bases de dados científicas e repositórios digitais podem ser conectados, ampliando o acesso à informa-
ção.
Eficiência na gestão da biblioteca:
 ▪ O bibliotecário passa a contar com dados concretos sobre uso do acervo, perfil de usuários, materiais mais 
procurados, entre outros.
 ▪ A tomada de decisão se torna mais estratégica, com base em evidências.
 ▪ Apoia o planejamento de compras, descarte e ampliação de acervo.
 ▸ Desafios na implementação de sistemas de gerenciamento
Apesar das inúmeras vantagens, o processo de implantação e operação de um software de biblioteca pode 
apresentar obstáculos que, se não forem bem gerenciados, comprometem o sucesso do projeto.
Limitações orçamentárias:
 ▪ Alguns sistemas (como o Aleph ou o SophiA) possuem custo elevado de licenciamento e manutenção.
 ▪ A biblioteca pode não dispor de recursos para infraestrutura mínima (servidores, rede estável, computa-
dores modernos).
 ▪ Dificuldades em garantir suporte técnico especializado, principalmente em cidades do interior.
Resistência à mudança:
 ▪ Parte da equipe pode demonstrar resistência ao novo sistema por falta de familiaridade com tecnologia ou 
receio de perder espaço no processo.
 ▪ É comum haver insegurança quanto ao uso correto dos módulos do sistema.
 ▪ A implantação exige treinamento constante e acompanhamento de desempenho.
Qualificação da equipe técnica:
 ▪ O sucesso do sistema depende da capacitação do bibliotecário e demais colaboradores.
 ▪ A equipe deve dominar não só o funcionamento do sistema, mas também os padrões de catalogação e 
normas técnicas aplicáveis.
 ▪ Muitas instituições negligenciam essa etapa, comprometendo o uso pleno das funcionalidades.
Migração de dados:
 ▪ A transição de registros de um sistema antigo (ou de planilhas manuais) para o novo exige planejamento 
técnico detalhado.
 ▪ Erros na migração podem acarretar perda de informações bibliográficas ou duplicidade de registros.
 ▪ Em sistemas mais complexos, é necessária a ajuda de profissionais de TI com experiência específica.
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Necessidade de manutenção e atualização:
 ▪ Sistemas precisam ser atualizados regularmente para corrigir erros, implementar novas funcionalidades e 
garantir segurança da informação.
 ▪ Em soluções baseadas em software livre, essa responsabilidade muitas vezes recai sobre o bibliotecário, 
que pode não ter conhecimentos técnicos para lidar com questões de servidor ou código-fonte.
 ▸ Fatores que influenciam o sucesso da implementação
Para minimizar os desafios e potencializar os benefícios, é fundamental:
 ▪ Fazer um diagnóstico prévio da biblioteca: tamanho do acervo, perfil dos usuários, estrutura física e 
tecnológica.
 ▪ Definir critérios objetivos para escolha do sistema (custo, suporte, compatibilidade com normas técni-
cas, funcionalidades necessárias).
 ▪ Promover capacitação constante da equipe.
 ▪ Estabelecer um cronograma realista de implantação, com etapas bem definidas e acompanhamento 
dos resultados.
 ▪ Buscar apoio institucional, sensibilizando gestores sobre a importância estratégica do sistema para a 
melhoria do serviço.
A implementação de um sistema de gerenciamento é, ao mesmo tempo, um processo técnico e humano. 
Exige conhecimento de ferramentas, normas bibliográficas, gestão de pessoas e planejamento estratégico.
5S da organização
Metodologia 5s
A metodologia 5s é um método japonês de administração baseado em cinco princípios, de acordo com a 
figura abaixo:
A metodologia 5Sé um sistema de gestão originado no Japão, utilizado para promover a organização, pa-
dronização e disciplinanos ambientes de trabalho. Seu objetivo principal é criar um local mais eficiente, limpo, 
seguro e produtivo, eliminando desperdícios e facilitando a rotina.
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Ela se baseia em cinco princípios (os “5 sensos”), que orientam ações práticas dentro da organização. Veja 
a seguir:
Os 5 Sensos da Organização
1. Seiri – Senso de Utilização
Consiste em separar o necessário do desnecessário, eliminando aquilo que não tem utilidade.
Na prática:excluir documentos obsoletos, ferramentas duplicadas ou materiais vencidos.
Benefício:liberação de espaço e foco no que realmente importa.
2. Seiton – Senso de Ordenação
Significa organizar os itens restantesde forma funcional e lógica, facilitando o acesso e o uso.
Na prática:criar etiquetas, padronizar pastas, organizar arquivos físicos e digitais.
Benefício:economia de tempo e redução de erros.
3. Seisō – Senso de Limpeza
Vai além de “faxina”: trata da manutenção contínua da limpeza, identificando e corrigindo fontes de sujeira.
Na prática:manter o ambiente limpo e cuidar dos equipamentos.
Benefício:melhora a segurança, o bemestar e a imagem da organização.
4. Seiketsu – Senso de Padronização
Trata da criação de padrõespara manter os três primeiros sensos ativos.
Na prática:elaborar checklists, treinamentos e rotinas de organização.
Benefício:garante constância e evita que a bagunça volte.
5. Shitsuke – Senso de Disciplina
É o hábito de seguir e manter os padrões estabelecidos, promovendo cultura organizacional.
👉 Na prática:incentivo ao comprometimento de todos os colaboradores.
✨ Benefício:consolida o 5S como parte do dia a dia, sem precisar ser “relembrado”.
Resultados esperados em uma organização que aplica o 5S:
– Ambientes mais organizados e agradáveis;
– Melhoria na produtividade e na comunicação interna;
– Redução de perdas e retrabalhos;
– Maior senso de responsabilidade coletiva;
– Preparação para outras ferramentas de gestão e qualidade.
Aplicação da Metodologia 5S na Biblioteca Universitária
A metodologia 5S é uma ferramenta de gestão originada no Japão, voltada para a organização, padroniza-
ção e melhoria contínua dos ambientes de trabalho. Em bibliotecas universitárias, sua aplicação é essencial 
para garantir eficiência, acessibilidade da informação, preservação do acervo e bom atendimento ao público 
pois contribui para a eficiência na gestão do acervo, melhoria da experiência do usuário e otimização dos pro-
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cessos internos. Para o cargo de Assistente de Suporte Acadêmico II, conhecer e aplicar essa metodologia sig-
nifica atuar com mais organização, responsabilidade e qualidade, promovendo um ambiente acadêmico mais 
produtivo e acolhedor.
Questões
1. VUNESP - 2022 
O gestor do seu departamento fez um convite para que você apresentasse os principais objetivos da uti-
lização dos “sistemas e métodos” numa organização. Diante dessa demanda, você apresentou corretamente 
o seguinte:
(A) pode-se eliminar o trabalho inútil e supérfulo, assim como se busca reduzir os custos e otimizar os re-
cursos.
(B) trata-se de um sistema de gestão que integra a tecnologia e as pessoas em torno de objetivos comuns.
(C) promove-se o downsizing na organização, tornando-a mais eficiente, eficaz e produtiva.
(D) é uma forma simples e efetiva de se implementar a filosofia da qualidade total e dos 5S.
(E) uma nova configuração organizacional carece de uma metodologia consagrada de gestão e na qual os 
sistemas sejam integrados.
2. VUNESP - 2024 
O programa 5S foi criado no Japão a partir da aplicação de 5 sensos, que em japonês se iniciam com a letra 
“S”, com o objetivo de melhorar o ambiente de trabalho, tornando-o mais seguro, eficiente e produtivo. Frente 
ao exposto, é correto afirmar que o
(A) Seiri, ou senso de ordenação, consiste em determinar um local adequado para guardar objetos, materi-
ais, equipamentos e documentos, de forma a facilitar seu acesso e localização.
(B) Seiton, ou senso de utilização, tem como objetivo identificar e eliminar objetos e informações desnecessári-
as, de modo a promover a organização e a eficiência do trabalho.
(C) Seiso, ou senso de limpeza, refere-se a manter o ambiente de trabalho limpo e organizado e a con-
scientizar todos os funcionários da empresa sobre a importância de manter a limpeza.
(D) Seiketsu, ou senso de autodisciplina, estabelece que é preciso se comprometer com os padrões técnic-
os, éticos e com a melhoria contínua.
(E) Shitsuke, ou senso de padronização, visa estabelecer procedimentos e diretrizes claras que ajudem a 
manter o local de trabalho em um estado ideal.
3. VUNESP - 2022 
Sistema de automação de bibliotecas que objetiva gerenciar as rotinas de biblioteca, software livre de códi-
go aberto lançado na Nova Zelândia, possui uma comunidade de usuários para atender às novas demandas. 
No Brasil, o IBICT desenvolveu serviços para apoiar sua disseminação. Trata-se do
(A) Koha.
(B) Hipátia.
(C) BibLivre.
(D) GNUteca.
(E) Evergreen.
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4. VUNESP - 2025 
O principal objetivo dos sistemas de automação, como o VTLS, é 
(A) automatizar as tarefas administrativas nas bibliotecas.
(B) organizar e facilitar a recuperação eficiente de itens dos acervos.
(C) garantir segurança e controle de acesso físico à biblioteca.
(D) manter redes internas de bibliotecas.
(E) monitorar as atividades dos usuários na biblioteca.
5. VUNESP - 2024 
Assinale a alternativa correta.
(A) O padrão de metadados desenvolvido para a descrição e descoberta de recursos na Internet que apre-
senta um vocabulário padronizado em 15 elementos de dados, para descrever recursos digitais é conhecido 
com RDA – Resource: Description and Access.
(B) O arquivo eletrônico baseado em protocolo de acesso livre e dados abertos de bibliotecas digitais, dota-
do de dispositivos de autopublicação e intercâmbio de metadados para séries periódicas denomina-se ISSN 
– International Standard Serial Number. 
(C) O sistema utilizado para identificar univocamente objetos digitais na web, aos quais possam ser atribuí-
dos direitos de propriedade intelectual, bem como para o intercâmbio de informações sobre essas proprie-
dades em um ambiente da rede é denominado DOI – Digital Object Identifier.
(D) A infraestrutura técnica desenvolvida pela W3C, baseada em XML e voltada para a descrição, inter-
câmbio de metadados e interoperabilidade, importante na concepção da Web semântica denomina-se ISBN 
– International Standard Book Number.
(E) O conjunto genérico de todos os nomes de objetos digitais e endereços que identificam recursos infor-
macionais na web é conhecido como o padrão internacionalmente sistematizado de descrições de estrutura 
e conteúdo informacional SGML – Standard Generalized Markup Language.
6. VUNESP - 2023 
Assinale a alternativa que apresenta exclusivamente atividades que se referem às atribuições do biblio-
tecário de referência.
(A) Assistência aos usuários, empréstimo de materiais, consulta à tabela de classificação.
(B) Treinamento aos usuários, leitura técnica do documento, reposição de materiais nas estantes.
(C) Respostas às questões de referência, levantamento bibliográfico e normalização técnica. 
(D) Manutenção do cadastro de instituições para empréstimos, inscrição de usuário, preenchimento de da-
dos no carimbo de registro dos materiais. 
(E) Comutação bibliográfica, coleta da produção institucional para cadastro, levantamento de publicações 
disponíveis para permuta.
7. VUNESP - 2023O planejamento de uma unidade de informação pode ser categorizado pelo ponto de vista das atividades ou 
abrangência, sendo correto afirmar que, por definição, o planejamento
(A) de operações abrange os processos de produção e distribuição de produtos e serviços.
(B) de produtos abarca a combinação dos planos existentes na organização e o processo de integração do 
planejamento estratégico.
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(C) de acompanhamento provê o esboço da estrutura que permite que sejam alcançados os objetivos pre-
vistos. 
(D) de recursos se refere aos produtos e serviços que se pretende oferecer ao público.
(E) global se expressa na prática como o programa de necessidades físicas para a biblioteca.
8. VUNESP - 2023 
Em relação a instrumentos de organização e administração de bibliotecas, é correto afirmar que
(A) os manuais de serviços são definidos como documentos que regulam o uso do acervo e dos serviços 
disponibilizados. 
(B) o regimento se define por estabelecer métodos rotineiros de execução de atividades e detalha a maneira 
exata como devem ser realizadas. 
(C) o regulamento rege a organização da biblioteca, sendo o instrumento que complementa e explica o 
organograma. 
(D) os fluxogramas são definidos como o conjunto de metas, políticas, procedimentos, regras, passos e 
recursos gerenciais da biblioteca.
(E) as normas são comandos diretos e objetivos de curso de ação a seguir, como a proibição de entrar na 
sala de consulta com bolsas e sacolas.
9. VUNESP - 2023 
Unidade independente operativa dentro do planejamento de serviços de informação e bibliotecas que 
contém um conjunto de ações e atividades inter-relacionadas e coordenadas para alcançar objetivos específi-
cos, dentro de tempo e espaço determinados. Trata-se da definição de
(A) programa. 
(B) avaliação de serviço.
(C) relatório de atividades.
(D) diagnóstico organizacional.
(E) projeto.
10. VUNESP - 2021 
Função que identifica metas a serem atingidas e as atividades a serem executadas nas bibliotecas e serviços 
de informação, assim como os recursos necessários para a implementação, com base em previsões e estima-
tivas. Trata-se da definição da função de
(A) organização.
(B) planejamento.
(C) controle.
(D) direção.
(E) tomada de decisão.
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11. VUNESP - 2021 
Assinale a alternativa correta considerando que no processo de organização de bibliotecas é indispensável 
considerar o tipo de biblioteca e os respectivos serviços a serem realizados.
(A) A biblioteca depositária tem com principal função manter o controle sobre teses, dissertações, relatórios 
técnicos, trabalhos de congresso, que são de valor para o acervo das bibliotecas.
(B) A biblioteca universitária, como uma instituição básica para o processo de educação da sociedade, deve 
desenvolver o hábito de leitura, o acesso à informação e a preservação de acervos culturais.
(C) A biblioteca pública deve funcionar como um serviço de documentação, processando e conservando 
informação especializada, e difundindo esses documentos para o público em geral e para os pesquisadores.
(D) A biblioteca escolar deve colaborar no enriquecimento cultural dos alunos, na formação do hábito de 
leitura e apreciação literária, e fornecer recursos informacionais e apoio à pesquisa na escola.
(E) A biblioteca especializada deve, prioritariamente, centralizar e organizar o material fora de uso, que deve 
ser conservado para consulta ocasional.
12. VUNESP - 2022 
O planejamento para a gestão da biblioteca possibilita
(A) reduzir os custos com o foco em operações eficientes e compatíveis com as condições existentes.
(B) substituir atividades coordenadas e não fragmentadas pelo máximo esforço individual.
(C) alterar o fluxo uniforme de trabalho produtivo por um fluxo de resposta mais fluido e imprevisível. 
(D) modificar os julgamentos premeditados e preestabelecidos por atitudes e decisões mais espontâneas.
(E) monitorar as ações coletivas e enfatizar ações criativas realizadas de forma mais individualizada.
13. VUNESP - 2023 
Em relação ao preparo físico de materiais da biblioteca, é correto afirmar que
(A) as monografias devem ter uma etiqueta fixada do lado direito da capa contendo volume, número e ano 
da obra.
(B) os periódicos devem ter uma capa individual com informações de título, número de classificação e outras 
informações necessárias.
(C) a etiqueta com número de chamada deve ser fixada no dorso do livro e pode ser protegida com fita 
adesiva transparente.
(D) a etiqueta com código de barras para bibliotecas com sistema de empréstimo automatizado deve ser 
fixada na parte de baixo da lombada da obra.
(E) a etiqueta de identificação de uma monografia encadernada em espiral deve ser colada na lombada, em 
posição próxima à parte inferior.
14. VUNESP - 2022 
(D) Sobre as licenças Creative Commons, é correto afirmar que 
(A) a pessoa que realiza o uso dos direitos é quem escolhe a licença mais adequada para referenciar, com-
binando as cinco características existentes, que são flexíveis.
(B) a atribuição (BY) é a exigência de que qualquer uso da obra indique autoria, sendo a única comum a 
todas as licenças, e pode ser combinada com as outras três características. 
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(C) a condição NãoDerivados (ND) é a de quem detém os direitos para impedir usos que possam ser pri-
mariamente direcionados à vantagem comercial ou compensação monetária.
(D) a atribuição não comercial (NC) é definida quando só podem ser feitos usos da obra no original para 
qualquer fim, sem transformações, adaptações ou modificações.
(E) as características que são combinadas com mais frequência pelo autor de uma obra são NãoDerivados 
(ND) e CompartilhaIgual (AS).
15. VUNESP - 2022 
Assinale a alternativa correta.
(A) As metodologias de preservação digital adotam quatro estratégias concomitantes: a restauração do 
ambiente, a preservação das plataformas, que é mais conservadora, a recriação virtual e a manutenção da 
cadeia de custódia.
(B) A estratégia da emulação envolve um conjunto de atividades que devem ser repetidas periodicamente 
e consiste em copiar, converter ou transferir a informação digital do patamar tecnológico para outro mais 
atualizado e de uso corrente.
(C) Os equipamentos e programas são salvaguardados na estratégia de preservação da tecnologia com 
a finalidade de replicar no futuro a configuração necessária para recuperar um objeto digital em ambiente 
original e processado no ambiente nativo.
(D) O encapsulamento envolve conservar programas aplicativos originais, objetos digitais e todas as fun-
cionalidades, tornando viável substituir as plataformas de hardware obsoletas para rodar, no futuro, os 
aplicativos em máquinas virtuais. 
(E) A migração envolve criar containers de estruturas físicas e lógicas em que todos os elementos necessári-
os para a interpretação do objeto digital estão reunidos, incluindo o próprio objeto e os metadados corre-
spondentes.
16. VUNESP - 2022 
Assinale a alternativa que apresenta exclusivamente ferramentas para desenvolvimento de diretórios e re-
positórios de documentos de acesso aberto na web. 
(A) SHERPA-ROMEO, BIBLIVRE, Z39.19.
(B) SPARC, EVERGREEN, OWL.
(C) BOAI, Z39.50, PERGAMUM.
(D) DOAJ, DOAR e ROAR.
(E)OAI-PMH, OPENBIBLIO, SKOS.
17. VUNESP - 2023 
Fonte de informação em banco de dados online que contém mais de 186 milhões de páginas e 287000 
títulos de documentos históricos e governamentais em formato totalmente pesquisável e baseado em imagens. 
Fornece cobertura abrangente de mais de 2800 periódicos relacionados à lei. Trata-se de 
(A) Embase. 
(B) Biblioteca Digital Mundial.
(C) HeinOnline.
(D) IusData.
(E) Public Administration Abstracts.
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18. VUNESP - 2023 
Sistema que consiste na organização e coordenação da obtenção de documentos, por duas ou mais bibli-
otecas em nível local, regional, nacional ou internacional, com a finalidade de prover, ao menos, um exemplar 
ou assinatura de cada publicação na área envolvida. Trata-se da definição de
(A) aquisição centralizada. 
(B) aquisição planificada. 
(C) política de formação de coleções.
(D) seleção de acervos.
(E) desbastamento de coleções.
19. VUNESP - 2021 
Em relação às atividades de mediação desenvolvidas pelo profissional da informação na biblioteca escolar 
e na biblioteca pública, é correto afirmar que
(A) na mediação pedagógica realizada em sintonia com os professores, a prática bibliotecária deve ser cen-
trada no acervo para que o ensino-aprendizagem em conjunto seja um processo integrado.
(B) a mediação da informação deve propiciar um clima de respeito entre educadores, alunos e bibliotecários, 
focando no uso de novas tecnologias para melhorar a relação, a comunicação e a aprendizagem.
(C) na mediação da leitura, o bibliotecário mediador deve ter por função propiciar ao leitor o envolvimento 
com o texto e, quando possível, levá-lo a compartilhar o que foi lido com outros leitores.
(D) a mediação cultural deve focar em instrumentos literários que levem à convivência com personagens 
simples ou complexos de universos reconfortantes ou conflitantes a fim de deslocar o aluno para um mundo 
imaginário.
(E) a mediação literária deve ocorrer por meio da orientação realizada pelos bibliotecários para pesquisa, 
é imprescindível para os trabalhos realizados no ambiente escolar e decisiva para os alunos na faculdade.
20. VUNESP - 2023 
Oferece um ponto de acesso único em linha que o usuário pode identificar imediatamente, ao qual ele apre-
senta uma solicitação, entregue aos cuidados de profissionais qualificados, solicitação esta que enseja uma 
resposta rápida, pertinente e de qualidade. Trata-se da definição de
(A) disseminação seletiva da informação.
(B) processo de negociação da questão.
(C) serviço de referência virtual. 
(D) treinamento para acesso a bases de dados.
(E) fornecimento eletrônico de documentos.
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Gabarito
1 A
2 C
3 A
4 B
5 C
6 C
7 A
8 E
9 E
10 B
11 D
12 A
13 C
14 B
15 C
16 D
17 C
18 B
19 C
20 C
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.em bibliotecas públicas e escolares, essa categorização considera o estágio de desenvolvi-
mento dos usuários e suas competências informacionais.
 ▪ Crianças: geralmente até os 12 anos. Necessitam de material lúdico, linguagem acessível e mediação 
constante.
 ▪ Adolescentes: entre 13 e 17 anos. Costumam usar a biblioteca tanto para lazer quanto para atividades 
escolares.
 ▪ Adultos: público mais autônomo, com objetivos variados, como estudo, trabalho ou lazer.
 ▪ Idosos: podem demandar apoio em tecnologias ou preferir suportes físicos, como livros impressos. Cos-
tumam valorizar o espaço de convivência.
Classificação por finalidade de uso:
Essa classificação considera o propósito com que o usuário busca a informação.
 ▪ Usuários acadêmicos: voltados para ensino, pesquisa e produção científica. Frequentemente utilizam 
periódicos, livros técnicos e bases de dados.
 ▪ Usuários recreativos: procuram literatura, quadrinhos, filmes, música e outras formas de entretenimento 
cultural.
 ▪ Usuários profissionais: buscam informações para uso direto no trabalho, como legislação, normas téc-
nicas, dados econômicos e relatórios.
 ▪ Usuários informativos: interessados em se atualizar sobre notícias, eventos e informações gerais.
Classificação por frequência de uso:
Essa abordagem busca diferenciar usuários com base na intensidade e constância do uso dos serviços.
 ▪ Usuários regulares: utilizam a biblioteca com frequência semanal ou mensal. Costumam estar bem fa-
miliarizados com os recursos.
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 ▪ Usuários ocasionais: visitam a biblioteca de forma esporádica, geralmente com um objetivo pontual.
 ▪ Novos usuários: estão em fase de adaptação ao ambiente e necessitam de maior orientação e acolhi-
mento.
 ▪ Usuários potenciais: fazem parte do público-alvo, mas ainda não frequentam a biblioteca. São foco de 
ações de divulgação e formação de público.
Classificação por grau de autonomia:
Outro critério útil é a autonomia do usuário na busca e uso da informação. Isso afeta diretamente o tipo de 
atendimento necessário.
 ▪ Usuários autônomos: dominam ferramentas de busca e conseguem utilizar os recursos da biblioteca 
com pouca ou nenhuma mediação.
 ▪ Usuários semiautônomos: conseguem utilizar parte dos recursos sozinhos, mas ainda recorrem ao au-
xílio do bibliotecário em determinadas situações.
 ▪ Usuários dependentes: necessitam de orientação constante, seja por desconhecimento do acervo, seja 
por limitações cognitivas, tecnológicas ou físicas.
 ▸ Importância da flexibilidade nas classificações
É importante ressaltar que nenhuma dessas classificações deve ser usada de forma engessada. Um mes-
mo usuário pode, em diferentes momentos, se encaixar em mais de uma categoria. Um idoso, por exemplo, 
pode ser um estudante universitário e utilizar a biblioteca tanto para fins acadêmicos quanto para lazer.
Portanto, as classificações devem servir como guias para planejamento, mas sempre respeitando a indivi-
dualidade e diversidade dos usuários.
As classificações tradicionais de usuários formam a base da gestão de serviços em qualquer biblioteca. 
Elas ajudam a identificar demandas específicas e permitem desenvolver um atendimento mais estratégico e 
eficiente.
No entanto, o bibliotecário deve ter sensibilidade para compreender que essas categorias não são absolu-
tas, e que o acolhimento às necessidades individuais continua sendo o principal valor da profissão.
Categorias específicas de usuários em diferentes tipos de bibliotecas
As bibliotecas não são instituições homogêneas — elas se diferenciam quanto à finalidade, público-alvo, 
acervo, localização e vínculo institucional. Por isso, as categorias de usuários variam de acordo com o tipo de 
biblioteca. Compreender essas variações é essencial para que o bibliotecário organize serviços, acervos e po-
líticas de atendimento com mais eficiência. 
 ▸ Bibliotecas públicas
As bibliotecas públicas são voltadas para toda a comunidade, sem exigência de vínculo com alguma ins-
tituição. Têm caráter universal, gratuito e inclusivo, sendo mantidas por órgãos governamentais municipais, 
estaduais ou federais. Por conta disso, seus usuários são amplamente diversos.
Principais categorias:
 ▪ Leitores recreativos: buscam romances, contos, quadrinhos, poesia, etc.
 ▪ Estudantes da rede pública ou privada: utilizam a biblioteca para estudo, pesquisa escolar e preparação 
para vestibulares ou concursos.
 ▪ Professores e educadores: procuram apoio didático e recursos para uso em sala de aula.
 ▪ Trabalhadores e concurseiros: utilizam o espaço para estudo e consulta a materiais específicos.
 ▪ Pessoas em situação de vulnerabilidade: buscam acesso à leitura, cultura, cidadania e inclusão social.
 ▪ Idosos: utilizam a biblioteca como espaço de convivência e lazer intelectual.
 ▪ Crianças acompanhadas ou não: participam de atividades lúdicas e programas de incentivo à leitura.
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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 ▸ Bibliotecas escolares
Essas bibliotecas atendem principalmente alunos, professores e funcionários de instituições de ensino bá-
sico (educação infantil, fundamental e médio). Seu foco principal é pedagógico, com ênfase no suporte ao 
currículo escolar.
Principais categorias:
 ▪ Alunos por faixa etária: atendidos com materiais adequados ao seu nível de leitura e desenvolvimento 
cognitivo.
 ▪ Professores de diferentes disciplinas: procuram materiais de apoio didático e literário.
 ▪ Coordenadores pedagógicos e diretores: utilizam a biblioteca para projetos escolares e eventos edu-
cativos.
 ▪ Pais e responsáveis: eventualmente acessam a biblioteca para acompanhar o desempenho e o incentivo 
à leitura das crianças.
 ▸ Bibliotecas universitárias
Voltadas para o ensino superior, essas bibliotecas apoiam atividades de ensino, pesquisa e extensão. Os 
serviços são mais técnicos e voltados para a produção científica.
Principais categorias:
 ▪ Estudantes de graduação: utilizam o acervo para disciplinas obrigatórias e trabalhos acadêmicos.
 ▪ Estudantes de pós-graduação: buscam periódicos, dissertações, teses e bases de dados para pesqui-
sas mais aprofundadas.
 ▪ Professores e pesquisadores: fazem uso constante de materiais especializados, normas técnicas, fon-
tes primárias e repositórios científicos.
 ▪ Técnicos administrativos: utilizam a biblioteca para atualização profissional e estudo.
 ▪ Comunidade externa (quando há acesso liberado): pode consultar acervos ou participar de eventos e 
formações.
 ▸ Bibliotecas especializadas
Estas bibliotecas atendem setores específicos da sociedade ou instituições que demandam informação 
técnica e especializada. Estão presentes em órgãos públicos, empresas, tribunais, hospitais, museus e centros 
de pesquisa.
Principais categorias:
 ▪ Técnicos e especialistas da área-fim (ex: engenheiros, juristas, médicos, arquivistas): buscam con-
teúdos diretamente aplicáveis ao trabalho.
 ▪ Pesquisadores internos e externos: utilizam fontes raras, documentos técnicos e produção científica 
especializada.
 ▪ Estagiários e trainees: em formação, utilizam o acervo para complementar o aprendizado prático.
 ▪ Executivos e gestores: procuram informações estratégicas para tomada de decisão.
 ▪ Público externo qualificado: quando há abertura parcial ao público, podem acessar documentos ou par-
ticipar de eventos.
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 ▸ Bibliotecas digitais
Com a ampliação do acesso à internet e o crescimento do ensino a distância, surgiram as bibliotecas digitais 
ou virtuais, com acesso remoto ao conteúdo. Os usuários dessas bibliotecas possuem perfis bem variados, mas 
todos dependem de recursos tecnológicos e competências digitais.
Principais categorias:
 ▪ Estudantes de EAD: utilizam a biblioteca virtual como principal fonte de conteúdo didático.
 ▪ Usuários com mobilidade reduzida ou residentes em áreas remotas: encontram na biblioteca digital 
um meio de acesso democrático à informação.
 ▪ Pesquisadores que trabalham com documentos digitalizados e bancos de dados.
 ▪ Leitores recreativos que consomem livros digitais (e-books), audiobooks e periódicos online.
 ▸ Atenção à multiplicidade dos papéis dos usuários
É importante ressaltar que, em todos os tipos de biblioteca, um mesmo indivíduo pode ocupar mais de uma 
categoria simultaneamente. Por exemplo, um professor universitário também pode ser um leitor recreativo, um 
pesquisador e um formador de novos leitores. Essa sobreposição exige do bibliotecário uma atuação sensível 
e flexível, capaz de reconhecer os múltiplos papéis dos usuários.
A segmentação dos usuários por tipo de biblioteca permite uma gestão mais eficaz dos recursos e uma 
prestação de serviços mais ajustada às reais necessidades do público. Cada biblioteca, de acordo com sua 
natureza e função social, lida com demandas específicas que exigem planejamento, capacitação da equipe e 
constante diálogo com os usuários.
Cabe ao bibliotecário adaptar as práticas tradicionais de categorização à realidade de seu ambiente, respei-
tando sempre a diversidade, a acessibilidade e a missão educacional da biblioteca.
Estratégias de atendimento e adequação dos serviços às categorias de usuários
Conhecer as categorias de usuários é apenas o primeiro passo. A etapa mais decisiva é transformar esse 
conhecimento em ação prática — ou seja, planejar e executar estratégias de atendimento que se alinhem com 
os perfis identificados.
O bibliotecário, nesse contexto, atua como mediador entre os recursos da informação e o usuário, garantin-
do que o acesso seja efetivo, significativo e inclusivo. A seguir, veremos estratégias fundamentais para oferecer 
um serviço bibliotecário adequado, personalizado e eficiente.
Diagnóstico e escuta ativa:
O primeiro elemento de qualquer estratégia é o levantamento de dados sobre os usuários. Isso pode ser 
feito por meio de:
 ▪ Formulários de cadastro completos;
 ▪ Pesquisas de satisfação;
 ▪ Observação do comportamento de uso do espaço e dos recursos;
 ▪ Conversas informais com os usuários;
 ▪ Análise de empréstimos e estatísticas de acesso.
A escuta ativa é essencial. O bibliotecário deve manter canais abertos para receber sugestões, críticas e 
demandas, o que permite ajustar o atendimento em tempo real.
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 ▸ Segmentação dos serviços e produtos informacionais
Com base nas categorias de usuários, a biblioteca pode segmentar seus serviços para atender de maneira 
mais eficaz. Veja alguns exemplos práticos:
 ▪ Para crianças: cantinho da leitura, hora do conto, acervo colorido e com letras grandes, jogos educativos, 
mediação ativa.
 ▪ Para adolescentes: clubes de leitura juvenil, eventos culturais, acesso à internet para pesquisas, acervo 
jovem atualizado.
 ▪ Para estudantes universitários: treinamento em normalização de trabalhos acadêmicos, acesso a bases 
de dados, serviços de comutação bibliográfica.
 ▪ Para pesquisadores: suporte em métricas científicas, orientação em estratégias de busca avançada, 
empréstimo entre bibliotecas.
 ▪ Para idosos: rodas de leitura, oficinas de letramento digital, atendimento humanizado e pacientes, mate-
riais com letras ampliadas.
 ▪ Para pessoas com deficiência: acessibilidade arquitetônica e digital, materiais em braille, audiolivros, 
softwares leitores de tela.
 ▸ Política de circulação adaptada
As regras de empréstimo e devolução devem ser ajustadas conforme as necessidades dos usuários. Por 
exemplo:
 ▪ Prazos maiores para professores, pesquisadores e idosos;
 ▪ Limite maior de obras para usuários regulares ou em fase de TCC;
 ▪ Empréstimo de materiais especiais sob critérios definidos (notebooks, tablets, kits de estudos).
Essa política deve ser transparente, flexível e constantemente revisada com base no uso real dos recursos.
 ▸ Ações educativas e de formação de usuários
É papel do bibliotecário capacitar o usuário para que ele se torne cada vez mais autônomo. Isso pode ser 
feito por meio de:
 ▪ Visitas guiadas para novos alunos ou usuários iniciantes;
 ▪ Oficinas sobre uso do catálogo, acesso a bases de dados e normas da ABNT;
 ▪ Campanhas sobre direitos e deveres dos usuários;
 ▪ Produção de materiais didáticos (manuais, vídeos, infográficos) explicando o funcionamento da biblioteca.
Essas ações fortalecem o vínculo com os usuários e aumentam o uso consciente dos recursos disponíveis.
 ▸ Ambiente físico e digital inclusivo
A biblioteca precisa ser um ambiente acolhedor, que respeite as necessidades físicas, cognitivas e emocio-
nais de cada grupo de usuários. Estratégias nesse sentido incluem:
 ▪ Setorização do espaço por faixa etária ou objetivo de uso (estudo em grupo, leitura silenciosa, multimídia);
 ▪ Mobiliário ergonômico e adaptado;
 ▪ Iluminação adequada e sinalização acessível;
 ▪ Espaços com wi-fi gratuito, tomadas e mesas amplas;
 ▪ Plataformas digitais responsivas, acessíveis e com linguagem clara.
O ambiente influencia diretamente na permanência e frequência dos usuários, sendo parte essencial da 
estratégia de atendimento.
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 ▸ Equipe capacitada e empática
O atendimento ao público é o coração da biblioteca. Por isso, todos os funcionários — e não apenas o bi-
bliotecário — devem ser capacitados para:
 ▪ Tratar os usuários com respeito, paciência e empatia;
 ▪ Conhecer as principais categorias e saber encaminhar demandas;
 ▪ Atualizar-se constantemente sobre os serviços oferecidos;
 ▪ Desenvolver sensibilidade para lidar com públicos diversos, como crianças, idosos, pessoas com deficiên-
cia ou em situação de vulnerabilidade.
A cultura de atendimento deve ser institucionalizada, com treinamentos periódicos e acompanhamento da 
qualidade do serviço.
 ▸ Parcerias e projetos integradores
As bibliotecas podem desenvolver projetos em parceria com escolas, universidades, secretarias de cultura, 
ONGs e empresas para expandir seu alcance e atender melhor seus públicos. Exemplos:
 ▪ Oficinas culturais com artistas locais;
 ▪ Programas de leitura em comunidades;
 ▪ Projetos de inclusão digital em bairros periféricos;
 ▪ Grupos de apoio ao estudo para concurseiros ou vestibulandos.
Esses projetos fortalecem o papel da biblioteca como agente social e ampliam seu impacto nas comunida-
des.
 ▸ Monitoramento e avaliação
Nenhuma estratégia se sustenta sem avaliação constante. É preciso monitorar indicadores como:
 ▪ Frequência por perfil de usuário;
 ▪ Taxa de empréstimo por categoria;
 ▪ Satisfação dos usuários com os serviços;
 ▪ Tempo médio de permanência;
 ▪ Participação em eventos e projetos.
A partir desses dados, o bibliotecário pode aprimorar os serviços, redistribuir recursos e realinhar suas 
ações estratégicas.A adequação dos serviços às categorias de usuários é um compromisso ético e técnico do bibliotecário. Mais 
do que conhecer perfis, é necessário agir com base neles, promovendo inclusão, acesso e desenvolvimento.
Uma biblioteca que atende bem entende seus usuários, respeita suas diferenças e transforma esse conhe-
cimento em ações práticas, flexíveis e acolhedoras.
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Coleção e Referência
Tipos E Características Das Coleções Em Bibliotecas
As coleções são o coração de qualquer biblioteca. São elas que sustentam a função social, educativa e 
cultural da instituição, oferecendo acesso à informação, ao conhecimento e à memória. A diversidade de tipos 
e características das coleções reflete os objetivos da biblioteca, o perfil dos usuários e as exigências técnicas 
de gestão da informação.
Coleção geral
A coleção geral reúne materiais que atendem às necessidades informacionais mais amplas dos usuários. É 
composta, em geral, por livros, periódicos, materiais digitais e outros documentos que cobrem diversas áreas 
do conhecimento. Em bibliotecas públicas, por exemplo, essa coleção é voltada ao público em geral e busca 
garantir acesso democrático à leitura e à informação.
Características principais:
 ▪ Abrangência temática ampla
 ▪ Disponível para empréstimo domiciliar (na maioria dos casos)
 ▪ Atualização constante para refletir as demandas dos usuários
 ▪ Normalmente organizada por sistemas de classificação como a CDD (Classificação Decimal de Dewey)
 ▸ Coleção de referência
Esta coleção é formada por obras de consulta rápida, como dicionários, enciclopédias, atlas, manuais, guias 
e índices. O objetivo não é a leitura integral, mas sim a obtenção de informações pontuais. Por essa razão, as 
obras de referência, na maioria das bibliotecas, não são emprestadas.
Características principais:
 ▪ Uso restrito ao ambiente da biblioteca
 ▪ Atualização frequente, especialmente em áreas de conhecimento dinâmicas
 ▪ Organização voltada para a facilidade e agilidade da consulta
 ▪ Complementa os serviços de referência realizados por bibliotecários
 ▸ Coleção de reserva ou de obras raras
Algumas bibliotecas mantêm coleções especiais compostas por livros esgotados, edições antigas, obras ra-
ras ou documentos de valor histórico. Em geral, essas coleções são acessadas sob critérios restritos e exigem 
condições especiais de conservação.
Características principais:
 ▪ Valor histórico, patrimonial ou bibliográfico
 ▪ Acesso restrito e sob supervisão
 ▪ Armazenamento em ambientes com controle de temperatura, umidade e luminosidade
 ▪ Digitalização crescente para preservação e ampliação do acesso
 ▸ Coleção de materiais especiais
Esse tipo de coleção inclui documentos não convencionais, como mapas, partituras, fotografias, obras au-
diovisuais, multimídia e materiais em formatos acessíveis (ex: braile, audiolivros). Sua presença varia conforme 
o perfil da biblioteca.
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Características principais:
 ▪ Suporte diferenciado do impresso tradicional
 ▪ Requer equipamentos específicos para consulta e conservação
 ▪ Atendimento a públicos com necessidades específicas
 ▪ Organização adaptada a normas técnicas como a AACR2 e RDA
 ▸ Coleção infantil e juvenil
Voltada para crianças e adolescentes, essa coleção tem como foco o incentivo à leitura e à formação de 
leitores. É composta por obras de ficção, literatura infantojuvenil, gibis, materiais educativos e conteúdos didá-
ticos, muitas vezes com ilustrações e linguagem acessível.
Características principais:
 ▪ Linguagem e conteúdo adequados à faixa etária
 ▪ Foco na formação leitora e no desenvolvimento educacional
 ▪ Estrutura atrativa e lúdica
 ▪ Pode incluir recursos como jogos educativos, livros interativos e materiais digitais
 ▸ Coleção digital ou eletrônica
Cada vez mais presentes nas bibliotecas, as coleções digitais incluem e-books, periódicos eletrônicos, 
bases de dados, conteúdos multimídia e objetos digitais de aprendizagem. Essas coleções ampliam o acesso 
remoto e permitem o uso de tecnologias na mediação da informação.
Características principais:
 ▪ Acesso online, muitas vezes por meio de plataformas institucionais
 ▪ Licenciamento de uso coletivo ou individual
 ▪ Requer infraestrutura tecnológica (acesso à internet, dispositivos, softwares)
 ▪ Atualização facilitada e dinâmica
 ▸ Coleção local ou de autores regionais
Essa coleção tem por objetivo preservar a memória local, valorizar a produção intelectual regional e dar 
visibilidade a autores e temas ligados ao território em que a biblioteca está inserida.
Características principais:
 ▪ Conteúdo ligado à cultura e à história local
 ▪ Produção de autores regionais ou sobre temas locais
 ▪ Importante para a preservação da identidade e da memória coletiva
 ▪ Costuma integrar projetos de história oral, bibliografia regional e centros de memória
Conhecer os tipos de coleções e suas características é essencial para o trabalho do bibliotecário, pois im-
pacta diretamente no desenvolvimento, organização, atendimento ao usuário e nos serviços oferecidos pela 
biblioteca.
Cada tipo de coleção exige cuidados específicos quanto à seleção, catalogação, conservação e acesso, e 
o domínio dessas especificidades é fundamental para uma atuação técnica eficaz.
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Processo De Desenvolvimento E Manutenção De Coleções
O desenvolvimento de coleções é um dos pilares da gestão bibliotecária e envolve todas as etapas de pla-
nejamento, seleção, aquisição, avaliação e descarte de materiais.
Esse processo garante que a biblioteca atenda adequadamente às necessidades informacionais de seu 
público, respeitando critérios técnicos, éticos e institucionais. A manutenção da coleção, por sua vez, assegura 
sua atualização, relevância e conservação ao longo do tempo.
 ▸ Planejamento da coleção
Antes de adquirir qualquer material, é necessário um diagnóstico do perfil da biblioteca e de seu público. 
Esse diagnóstico serve de base para um plano de desenvolvimento da coleção (PDC), documento técnico que 
orienta todas as ações relacionadas à seleção, aquisição, avaliação e descarte.
Elementos essenciais do planejamento:
 ▪ Missão da biblioteca
 ▪ Perfil dos usuários
 ▪ Áreas prioritárias do conhecimento
 ▪ Recursos financeiros e infraestrutura
 ▪ Políticas institucionais e normativas legais (como a Lei nº 12.244/2010)
 ▸ Seleção de materiais
A seleção é uma etapa crítica, pois define o que será incluído na coleção. Deve ser feita com critérios téc-
nicos bem definidos, considerando a qualidade, atualidade, relevância e adequação dos materiais às necessi-
dades do público.
Critérios comuns de seleção:
 ▪ Autoridade do autor ou da editora
 ▪ Atualização e validade da informação
 ▪ Linguagem acessível e adequada ao público
 ▪ Pertinência com as áreas temáticas definidas no plano
 ▪ Estado físico do material (no caso de doações ou aquisições em segunda mão)
Fontes de apoio para a seleção:
 ▪ Catálogos de editoras
 ▪ Resenhas em periódicos especializados
 ▪ Sugestões de usuários e docentes (em bibliotecas universitárias)
 ▪ Listas bibliográficas oficiais (como bibliografias de concursos)
 ▸ Aquisição
Após a seleção, a biblioteca parte para a aquisição dos materiais.Isso pode ocorrer por compra, doação, 
permuta ou consórcios de bibliotecas. A escolha do modo de aquisição depende dos recursos disponíveis e das 
políticas institucionais.
Formas de aquisição:
 ▪ Compras por meio de licitação ou dispensa (em instituições públicas)
 ▪ Doações de editoras, autores ou usuários
 ▪ Permutas com outras instituições
 ▪ Assinaturas de bases digitais e plataformas de e-books
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Cuidados na aquisição:
 ▪ Conferência dos itens recebidos
 ▪ Registro patrimonial
 ▪ Verificação da integridade física e intelectual do material
 ▪ Registro em sistemas informatizados de gestão (como o Biblivre, Pergamum, SophiA)
 ▸ Tombamento e catalogação
Uma vez adquiridos, os materiais devem ser registrados no acervo e organizados para consulta. Isso en-
volve a atribuição de número de tombo (registro patrimonial) e a catalogação conforme normas como AACR2, 
RDA, MARC21, entre outras.
Etapas:
 ▪ Registro do número de tombo e etiqueta de identificação
 ▪ Catalogação descritiva e temática (classificação e indexação)
 ▪ Inserção em catálogos digitais e físicos
 ▪ Armazenamento em estantes ou repositórios apropriados
 ▸ Avaliação da coleção
Periodicamente, a coleção precisa ser avaliada para verificar se continua relevante, atual e adequada às 
necessidades dos usuários. Essa avaliação é feita com base em indicadores quantitativos e qualitativos.
Indicadores de avaliação:
 ▪ Frequência de uso (empréstimos, consultas, downloads)
 ▪ Atualidade da informação
 ▪ Estado físico do material
 ▪ Cobertura temática equilibrada
 ▪ Alinhamento com os objetivos da instituição
Ferramentas de apoio:
 ▪ Relatórios de circulação
 ▪ Pesquisas de satisfação
 ▪ Checklists temáticos
 ▪ Avaliações de pares e especialistas
Desbaste (ou expurgo)
O desbaste é o processo de retirada de materiais obsoletos, danificados ou redundantes da coleção. Apesar 
de polêmico em algumas situações, é uma prática necessária para manter a qualidade e a funcionalidade do 
acervo.
Critérios para desbaste:
 ▪ Obsolescência do conteúdo
 ▪ Múltiplos exemplares pouco utilizados
 ▪ Materiais danificados e sem possibilidade de restauração
 ▪ Baixo índice de circulação
 ▪ Redundância temática
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Destino dos materiais desbastados:
 ▪ Doações a outras instituições
 ▪ Reciclagem ou descarte ambientalmente responsável
 ▪ Venda em feiras de livros (com autorização institucional)
 ▸ Conservação e preservação
Manter os materiais em boas condições físicas é essencial para a longevidade da coleção. A conservação 
preventiva e a restauração (quando necessária) devem fazer parte das rotinas técnicas da biblioteca.
Ações preventivas:
 ▪ Controle de temperatura e umidade
 ▪ Higienização periódica do acervo
 ▪ Manuseio adequado dos materiais
 ▪ Armazenamento em estantes apropriadas
 ▪ Proteção contra pragas, luz solar e umidade
 ▸ Atualização tecnológica
Com a crescente presença de acervos digitais, a manutenção da coleção também envolve cuidados com a 
obsolescência tecnológica. Isso inclui garantir o acesso contínuo a conteúdos eletrônicos, atualização de licen-
ças, migração de formatos e compatibilidade de sistemas.
 ▪ Exemplo: bases de dados que mudam de plataforma ou arquivos digitais que precisam ser convertidos 
para formatos mais modernos.
O processo de desenvolvimento e manutenção de coleções exige planejamento técnico, atualização cons-
tante e um olhar estratégico para o futuro da biblioteca. A boa gestão da coleção é o que garante a relevância 
da instituição frente às transformações da sociedade, das tecnologias e das demandas dos usuários.
Fontes E Serviços De Referência: Conceito, Tipos E Objetivos
O serviço de referência é uma das atividades mais nobres e estratégicas desenvolvidas dentro de uma bi-
blioteca. Ele tem como missão fundamental conectar o usuário à informação de forma rápida, precisa e eficaz, 
promovendo o uso consciente e qualificado das fontes disponíveis no acervo.
 ▸ Conceito de serviço de referência
De forma objetiva, o serviço de referência é o atendimento personalizado ao usuário com o objetivo de 
orientá-lo na localização, acesso e uso da informação. Ele pode ocorrer de forma presencial ou remota, sincrô-
nica ou assíncrona, sempre mediado por um bibliotecário ou profissional treinado.
Esse serviço vai muito além de responder perguntas. Ele envolve compreender a demanda do usuário, iden-
tificar a melhor fonte para sua necessidade e, se necessário, ensinar como utilizar ferramentas de pesquisa, 
interpretar resultados e avaliar a confiabilidade da informação.
 ▸ Conceito de fonte de referência
Fonte de referência é qualquer documento ou recurso informacional que ofereça respostas diretas e pon-
tuais a perguntas específicas. Essas fontes não são lidas de forma contínua, mas consultadas conforme a 
necessidade do usuário.
São recursos indispensáveis para o serviço de referência, pois permitem ao bibliotecário oferecer informa-
ções precisas e confiáveis em tempo hábil.
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 ▸ Tipos de fontes de referência
As fontes de referência podem ser classificadas de várias formas. A seguir, apresentamos as principais ca-
tegorias e seus exemplos mais comuns:
Fontes gerais:
 ▪ Dicionários (de língua, técnicos, bilíngues)
 ▪ Enciclopédias (gerais e especializadas)
 ▪ Atlas e mapas
 ▪ Almanaques
Fontes bibliográficas:
 ▪ Catálogos bibliográficos
 ▪ Bibliografias especializadas
 ▪ Repertórios de obras
 ▪ Índices de periódicos
Fontes factuais ou informativas:
 ▪ Estatísticas
 ▪ Anuários
 ▪ Legislação (constituições, códigos, leis)
 ▪ Guias e manuais técnicos
Fontes biográficas:
 ▪ Dicionários biográficos
 ▪ Enciclopédias de personalidades
 ▪ Bases de dados com perfis profissionais
Fontes digitais:
 ▪ Bases de dados online (como Scielo, Portal de Periódicos CAPES, EBSCO)
 ▪ Fontes governamentais (IBGE, INEP, Senado)
 ▪ Sites institucionais confiáveis
 ▪ Repositórios de acesso aberto (como BDTD, ArXiv)
Essas fontes são constantemente atualizadas e demandam domínio técnico por parte do bibliotecário para 
indicar a mais apropriada a cada situação.
 ▸ Tipos de serviços de referência
O serviço de referência pode se apresentar de diferentes formas, conforme o tipo de interação com o usuá-
rio. Abaixo estão os principais tipos:
Referência presencial:
 ▪ Atendimento direto no balcão ou nos espaços da biblioteca
 ▪ Requere escuta ativa e análise rápida da demanda
 ▪ Permite orientação direta no uso do catálogo e nas fontes físicas
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Referência virtual:
 ▪ Realizada por e-mail, chat, redes sociais ou formulários online
 ▪ Ganha relevância com ouso das tecnologias da informação
 ▪ Permite atender usuários a distância e fora do horário comercial
Serviço de alerta:
 ▪ Informa o usuário sobre novos materiais no acervo
 ▪ Pode ser feito por boletins, e-mails ou sistemas integrados
 ▪ Muito útil em bibliotecas universitárias e especializadas
Disseminação seletiva da informação (DSI):
 ▪ Envio proativo de informações com base no perfil e interesse do usuário
 ▪ Exige cadastro prévio e segmentação temática
 ▪ Aplicável em bibliotecas jurídicas, médicas, empresariais etc.
Orientação ao uso da informação:
 ▪ Envolve atividades educativas: treinamentos, oficinas, guias de pesquisa
 ▪ Ensina o usuário a pesquisar com autonomia e senso crítico
 ▪ Parte do conceito de competência informacional (information literacy)
Referência especializada:
 ▪ Atendimento em áreas técnicas específicas
 ▪ Exige domínio do vocabulário e das bases da área (ex: direito, saúde, engenharia)
 ▪ Apoia pesquisas acadêmicas, TCCs, artigos, teses
 ▸ Objetivos dos serviços de referência
Os serviços de referência têm como meta garantir o acesso à informação de maneira equitativa, eficaz e 
contextualizada. Os objetivos mais comuns incluem:
 ▪ Ajudar o usuário a formular perguntas claras e objetivas
 ▪ Orientar na escolha e no uso das fontes de informação adequadas
 ▪ Mediar o acesso ao acervo físico e digital
 ▪ Promover o uso racional e crítico da informação
 ▪ Estimular a autonomia informacional dos usuários
 ▪ Oferecer suporte técnico a pesquisas e estudos
 ▪ Apoiar a missão educacional, cultural ou científica da biblioteca
 ▸ Perfil do profissional de referência
Embora este ponto será aprofundado na próxima seção, vale destacar que o bibliotecário de referência deve 
reunir habilidades técnicas, comunicativas e pedagógicas. Ele precisa compreender a necessidade do usuário, 
conhecer o acervo e as fontes de informação e dominar ferramentas de busca.
Além disso, deve manter-se constantemente atualizado sobre novas fontes, tecnologias e metodologias de 
atendimento ao usuário.
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O serviço de referência representa o momento mais direto e significativo de interação entre o bibliotecário e 
o usuário. É nesse espaço que se concretiza a missão da biblioteca: oferecer acesso qualificado à informação. 
Conhecer os tipos de fontes e serviços é essencial para garantir um atendimento eficaz, que respeite a diversi-
dade de perfis e necessidades dos públicos atendidos.
O Papel Do Bibliotecário Nos Serviços De Referência
O bibliotecário, especialmente aquele que atua no serviço de referência, desempenha uma função estratégi-
ca dentro da biblioteca. Mais do que um simples intermediador entre o usuário e o acervo, ele é um profissional 
da informação responsável por promover o acesso, a mediação, a formação de usuários e a educação para o 
uso crítico da informação.
 ▸ Atribuições do bibliotecário de referência
O serviço de referência exige atuação técnica e pedagógica. O bibliotecário precisa identificar a necessida-
de informacional do usuário, selecionar as melhores fontes, orientar o uso dessas fontes e, quando necessário, 
capacitar o usuário para pesquisas futuras mais autônomas.
Principais atribuições:
 ▪ Atender o usuário de forma personalizada e atenta
 ▪ Compreender a demanda expressa e latente (o que o usuário diz e o que realmente precisa)
 ▪ Indicar fontes adequadas de informação, tanto físicas quanto digitais
 ▪ Ensinar a utilizar catálogos, bases de dados e mecanismos de busca
 ▪ Oferecer suporte à pesquisa acadêmica, técnica ou profissional
 ▪ Desenvolver produtos e serviços de referência (alertas, DSI, guias de pesquisa)
 ▪ Avaliar e atualizar constantemente as fontes de referência disponíveis
Essas atribuições variam de acordo com o tipo de biblioteca e o perfil dos usuários atendidos, mas, em es-
sência, todas exigem uma postura ativa e propositiva por parte do profissional.
 ▸ Competências necessárias
Para atuar de maneira eficiente nos serviços de referência, o bibliotecário precisa reunir um conjunto de 
competências técnicas, comunicativas e atitudinais.
Competências técnicas:
 ▪ Domínio de normas de catalogação, indexação e classificação
 ▪ Conhecimento aprofundado das principais fontes de informação (gerais e especializadas)
 ▪ Familiaridade com sistemas de gerenciamento de bibliotecas (como Pergamum, SophiA, Biblivre)
 ▪ Habilidade na busca em bases de dados, portais acadêmicos e repositórios digitais
Competências comunicativas:
 ▪ Capacidade de escuta ativa e empatia com o usuário
 ▪ Clareza na explicação de conceitos e orientações
 ▪ Adaptação da linguagem conforme o perfil do usuário (criança, acadêmico, pesquisador, público geral)
Competências pedagógicas:
 ▪ Saber ensinar o uso da informação com foco na autonomia do usuário
 ▪ Desenvolver atividades de formação de usuários (oficinas, tutoriais, guias)
 ▪ Estimular a competência informacional e o pensamento crítico
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qualquer título, a sua reprodução, cópia, divulgação ou distribuição, sujeitando-se aos infratores à responsabilização civil e criminal.
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Competências éticas:
 ▪ Garantir o sigilo da informação solicitada, especialmente em serviços sensíveis
 ▪ Promover acesso equitativo à informação
 ▪ Respeitar a diversidade cultural, educacional e informacional dos usuários
 ▸ Atuação em diferentes tipos de biblioteca
A forma como o bibliotecário de referência atua pode variar conforme o tipo de biblioteca:
Bibliotecas públicas:
 ▪ Atende um público diversificado e muitas vezes leigo
 ▪ Enfatiza o atendimento acessível, a orientação à leitura e a formação cidadã
 ▪ Desenvolve atividades culturais e educativas de apoio à comunidade
Bibliotecas escolares:
 ▪ Atua de forma integrada ao currículo escolar
 ▪ Estimula o desenvolvimento da competência leitora e informacional
 ▪ Trabalha diretamente com professores e alunos na formação de hábitos de estudo e pesquisa
Bibliotecas universitárias:
 ▪ Foco no apoio à pesquisa, ensino e extensão
 ▪ Atua no suporte à normalização de trabalhos acadêmicos e acesso a bases científicas
 ▪ Desenvolve oficinas e treinamentos para formação de pesquisadores e estudantes
Bibliotecas especializadas (jurídicas, médicas, empresariais):
 ▪ Atendimento técnico a usuários com demandas específicas
 ▪ Necessita de conhecimento aprofundado da área temática
 ▪ Atua com serviços de valor agregado, como clipping, DSI e estudos bibliográficos
 ▸ Desafios enfrentados pelo bibliotecário de referência
O contexto atual impõe desafios cada vez maiores ao bibliotecário. Entre os principais estão:
 ▪ A enorme quantidade de informação disponível (excesso informacional)
 ▪ A disseminação de conteúdos falsos ou não verificados
 ▪ A dificuldade de acesso e uso de tecnologias por parte de alguns usuários
 ▪ A necessidade de atualização constante diante das inovações tecnológicas
 ▪ O reconhecimento profissional e a valorização institucional da área
Diante disso, o bibliotecário precisa manter-se em formação contínua, buscar redes de colaboração profis-
sional e adotar práticas inovadoras no atendimento.
 ▸ A importância da mediação informacional
O papel de mediador da informação é uma das funções centrais do bibliotecário de referência. Ele não ape-
nas entrega uma resposta, mas conduz o usuário à compreensão do caminho que o levou àquela informação. 
Isso fortalece o aprendizado e estimula a autonomia.
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