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Sumário 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR ........................................................................................................... 4 
DO CRIME .............................................................................................................................................. 17 
DO CONCURSO DE AGENTES ................................................................................................................... 34 
DAS PENAS PRINCIPAIS .......................................................................................................................... 35 
DAS PENAS ACESSÓRIAS ......................................................................................................................... 38 
DA AÇÃO PENAL..................................................................................................................................... 42 
DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE ............................................................................................................ 43 
DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR ............................................................... 47 
DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR E O DEVER MILITAR ............................................................... 57 
DOS CRIMES CONTRA A PESSOA .............................................................................................. 63 
DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE ........................................................................................ 68 
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR ................................................................................. 71 
DOS CRIMES CONTRA O DEVER FUNCIONAL ........................................................................... 81 
APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR ......................................................................................................... 85 
QUESTÕES DPM BATERIA – DO CRIME #AQUIÉMONSTER .................................................................... 102 
QUESTÕES DPM BATERIA 02 – DO CRIME ............................................................................................. 107 
Questões - Concurso de agentes ........................................................................................................... 108 
Questões - Concurso de agentes – Bateria 02 ........................................................................................ 112 
QUESTÕES DPM BATERIA 01 - Dos Crimes contra a Administração Militar ............................................. 120 
QUESTÕES DPM BATERIA 02 - Dos Crimes contra a Administração Militar ............................................. 122 
QUESTÕES CRIMES CONTRA AUTORIDADE E DISCIPLINA MILITAR ......................................................... 123 
QUESTÕES CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR .................................................................................. 130 
 
 
 
 
 
 
 
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EDITAL PMMG – DIREITO PENAL MILITAR 
Decreto-Lei nº 1001, de 21 de outubro de 1969 – Código Penal Militar: Parte Geral: 
Título I: da Aplicação da Lei Penal Militar. 
Título II: do Crime. 
Título IV: do Concurso de Agentes. 
Título V: das Penas: Capítulo I: das Penas Principais; Capítulo V: das Penas Acessórias. 
Título VII: da Ação Penal. 
Título VIII: da Extinção da Punibilidade. 
Parte Especial: Livro I: dos Crimes Militares em Tempo de Paz: 
Título II: dos Crimes Contra a Autoridade ou Disciplina Militar: Capítulo I: do Motim e da Revolta; Capítulo 
II: da Aliciação e do Incitamento; 
Capítulo III: da Violência Contra Superior ou Militar de Serviço; 
Capítulo IV: do Desrespeito a Superior e a Símbolo Nacional ou à Farda; 
Capítulo V: da Insubordinação; Capítulo VII: da Resistência. 
Título III: dos Crimes Contra o Serviço Militar e o Dever Militar: 
Capítulo II: Deserção; 
Capítulo III: do Abandono de Posto e de Outros Crimes em Serviço. 
Título IV: dos Crimes Contra a Pessoa: 
Capítulo I: do Homicídio; 
Capítulo III: da Lesão Corporal e da Rixa; 
Capítulo IV: da Periclitação da Vida ou da Saúde; 
Capítulo VI: dos crimes Contra a Liberdade: Seção I: dos Crimes Contra a Liberdade Individual; Seção II; dos 
Crimes Contra a Inviolabilidade do Domicílio; Seção IV: dos Crimes Contra a Inviolabilidade dos Segredos de 
Caráter Particular. 
Título VII: dos Crimes Contra a Administração Militar: 
Capítulo I: do Desacato e da Desobediência; 
Capítulo II: do Peculato; 
Capitulo III: da Concussão, Excesso de Exação e Desvio; 
Capítulo IV: da Corrupção; 
Capítulo V: da Falsidade; Capítulo VI: dos Crimes Contra o Dever Funcional. 
 
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 
Princípio de legalidade / Princípio da Reserva Legal / Princípio da Anterioridade 
Art. 1º Não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
Lei supressiva de incriminação / Abolitio criminis 
Art. 2° Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em virtude 
dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de natureza civil. 
Traduz-se no termo latim utilizado para decretar a abolição do crime, ou seja, quando nova lei penal 
descriminaliza fato que a lei anterior considerava como crime. Neste sentido, a lei passada é revogada e 
o fato típico, então, passa a constituir fato atípico. Como, por exemplo, os antigos crimes de adultério, 
rapto consensual e sedução. 
 
Retroatividade de lei mais benigna 
§ 1º A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se retroativamente, ainda 
quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. 
 
Bisonho! Este caso é bem interessante para entendermos a questão da retroatividade da lei penal. 
 
A lei não retroage para prejudicar a pessoa. Nunca. Esse é um princípio básico de democracia. 
 
Imaginemos o seguinte cenário: hoje você compra uma bicicleta. Amanhã o Congresso aprova uma lei 
dizendo que comprar bicicleta é um crime. Óbvio que seria injusto você ser punido por aquele novo 
crime, já que quando você agiu aquela ação ainda não era considerada um crime. Ou seja, a nova lei 
não retroage para prejudicar a pessoa. 
 
Outro exemplo: homicídio é apenado com uma pena máxima de 20 anos. Você mata alguém hoje. 
Amanhã o Congresso aprova uma lei aumentando a pena máxima para 40 anos. Depois de amanhã 
começa seu julgamento. Você será julgado com base na lei antiga, ou seja, você será condenado a, no 
máximo, 20 anos. A lei, novamente, não retroagirá para prejudicá-lo. 
 
Por outro lado, a lei retroage para beneficiar uma pessoa. 
 
Se o caso acima fosse inverso, Traduz-se no termo latim utilizado para decretar a abolição do crime, ou 
seja, quando nova lei penal descriminaliza fato que a lei anterior considerava como crime. Neste 
sentido, a lei passada é revogada e o fato típico, então, passa a constituir fato atípico. Como, por 
exemplo, os antigos crimes de adultério, rapto consensual e sedução. 
 
Não confunda!!! 
Retroatividade de lei mais benigna X Lei supressiva de incriminação / Abolitio 
Criminis Retroatividade de lei mais benigna - Não aboliu o CRIME APENAS tem a PENA É MAIS 
BENÉFICA. 
 
Lei supressiva de incriminação / Abolitio criminis - Aboliu o crime! 
 
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Apuração da maior benignidade 
§ 2° Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas 
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. 
Medidas de segurança 
Art. 3º As medidas de segurança regem-se pela lei vigente ao tempo da sentença, prevalecendo, entretanto, 
se diversa, a lei vigente ao tempo da execução. 
Lei excepcional ou temporária 
Art. 4º A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstânciasParágrafo único. Não é punível o excesso quando resulta de escusável surpresa ou perturbação de ânimo, 
em face da situação. 
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Excesso doloso 
Art. 46. O juiz pode atenuar a pena ainda quando punível o fato por excesso doloso. 
Elementos não constitutivos do crime 
Art. 47. Deixam de ser elementos constitutivos do crime: 
I - a qualidade de superior ou a de inferior, quando não conhecida do agente; 
II - a qualidade de superior ou a de inferior, a de oficial de dia, de serviço ou de quarto, ou a de sentinela, 
vigia, ou plantão, quando a ação é praticada em repulsa a agressão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DO CONCURSO DE AGENTES 
Co-autoria 
Art. 53. Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas. 
Condições ou circunstâncias pessoais 
§ 1º A punibilidade de qualquer dos concorrentes é independente da dos outros, determinando-se segundo a 
sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter 
pessoal, salvo quando elementares do crime. 
Agravação de pena 
§ 2° A pena é agravada em relação ao agente que: 
I - Promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes; 
II - Coage outrem à execução material do crime; 
III - instiga ou determina a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de 
condição ou qualidade pessoal; 
IV - Executa o crime, ou nele participa, mediante paga ou promessa de recompensa. 
Atenuação de pena 
§ 3º A pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no crime é de somenos importância. 
 
CUIDADO NO CÓDIGO PENAL COMUM APENA É ATENUADA EM 1/6 a 1/3 NO CPM NÃO FAZ ESSA 
MENÇÃO VEJA: 
Código Penal: Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas, na 
medida de sua culpabilidade. 
§ 1º - Se a participação for de menor importância, a pena pode ser diminuída de um sexto a um terço 
 
Cabeças 
§ 4º Na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, 
instigam ou excitam a ação. 
§ 5º Quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim 
como os inferiores que exercem função de oficial. 
Casos de impunibilidade 
Art. 54. O ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário, não são puníveis 
se o crime não chega, pelo menos, a ser tentado. 
 
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DAS PENAS PRINCIPAIS 
Penas principais 
Art. 55. As penas principais são: 
Morte; 
Reclusão; 
Impedimento; 
Detenção; 
Prisão; 
Suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função; 
Reforma 
 
Lembre-se do Macete !!! MOREI DE PRISÃO SUS REFORMA 
 Pena de morte 
Art. 56. A pena de morte é executada por fuzilamento. 
Comunicação da Pena de Morte 
Art. 57. A sentença definitiva de condenação à morte é comunicada, logo que passe em julgado, ao 
Presidente da República, e não pode ser executada senão depois de 7 dias após a comunicação. 
Parágrafo único. Se a pena é imposta em zona de operações de guerra, pode ser imediatamente executada, 
quando o exigir o interesse da ordem e da disciplina militares. 
 Mínimos e máximos genéricos 
Art. 58. O mínimo da pena de reclusão é de um 1, e o máximo de 30 anos; o mínimo da pena de detenção é 
de 30 dias, e o máximo de 10 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 PENA DE PRISÃO 
Pena até 2 anos imposta a militar 
Art. 59 - A pena de reclusão ou de detenção até 2 (dois) anos, aplicada a militar, é convertida em pena de 
prisão e cumprida, quando não cabível a suspensão condicional: 
I - Pelo oficial, em recinto de estabelecimento militar; 
Reclusão 
Mínimo: 1 Ano 
Máximo: 30 Anos 
 
Detenção 
Mínimo: 30 Dias 
Máximo: 10 Anos 
 
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II - Pela praça, em estabelecimento penal militar, onde ficará separada de presos que estejam cumprindo 
pena disciplinar ou pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos. 
 
 
Separação de praças especiais e graduadas 
Parágrafo único. Para efeito de separação, no cumprimento da pena de prisão, atender-se-á, também, à 
condição das praças especiais e à das graduadas, ou não; e, dentre as graduadas, à das que tenham 
graduação especial. 
Pena do assemelhado 
Art. 60. O assemelhado cumpre a pena conforme o posto ou graduação que lhe é correspondente. 
Pena dos não assemelhados 
Parágrafo único. Para os não assemelhados dos Ministérios Militares e órgãos sob controle dêstes, regula-se 
a correspondência pelo padrão de remuneração. 
 Pena superior a dois anos, imposta a militar 
Art. 61 - A pena privativa da liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em 
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou detento 
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá 
gozar. 
Pena privativa da liberdade imposta a civil 
 Art. 62 - O civil cumpre a pena aplicada pela Justiça Militar, em estabelecimento prisional civil, ficando ele 
sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões, também, poderá 
gozar. 
Cumprimento em penitenciária militar 
Parágrafo único - Por crime militar praticado em tempo de guerra poderá o civil ficar sujeito a cumprir a 
pena, no todo ou em parte em penitenciária militar, se, em benefício da segurança nacional, assim o 
determinar a sentença. 
 Pena de impedimento 
Art. 63. A pena de impedimento sujeita o condenado a permanecer no recinto da unidade, sem prejuízo da 
instrução militar. 
 Pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função 
Art. 64. A pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função consiste na agregação, no 
afastamento, no licenciamento ou na disponibilidade do condenado, pelo tempo fixado na sentença, sem 
prejuízo do seu comparecimento regular à sede do serviço. Não será contado como tempo de serviço, para 
qualquer efeito, o do cumprimento da pena. 
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Caso de reserva, reforma ou aposentadoria 
Parágrafo único. Se o condenado, quando proferida a sentença, já estiver na reserva, ou reformado ou 
aposentado, a pena prevista neste artigo será convertida em pena de detenção, de três meses a um ano. 
 Pena de reforma 
Art. 65. A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, não podendo perceber mais de 
um vinte e cinco avos do soldo, por ano de serviço, nem receber importância superior à do soldo. 
Superveniência de doença mental 
Art. 66. O condenado a que sobrevenha doença mental deve ser recolhido a manicômio judiciário ou, na 
falta deste, a outro estabelecimento adequado, onde lhe seja assegurada custódia e tratamento. 
Tempo computável 
Art. 67. Computam-se na pena privativa de liberdade o tempo de prisão provisória, no Brasil ou no 
estrangeiro, e o de internação em hospital ou manicômio, bem como o excesso de tempo, reconhecido em 
decisão judicial irrecorrível, no cumprimento da pena, por outro crime, desde que a decisão seja posterior ao 
crime de que se trata. 
Transferência de condenados 
Art. 68. O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona pode cumprir pena em 
estabelecimento de outra região, distrito ou zona. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DAS PENAS ACESSÓRIAS 
Penas Acessórias 
Art. 98. São penas acessórias: 
I - a perda de posto e patente; (considerado inconstitucional) 
II - a indignidade para o oficialato; (considerado inconstitucional) 
III - a incompatibilidade com o oficialato;(considerado inconstitucional) 
IV - a exclusão das forças armadas; 
V - a perda da função pública, ainda que eletiva; 
VI - a inabilitação para o exercício de função pública; 
VII - a suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela; 
VIII - a suspensão dos direitos políticos. 
Função pública equiparada 
Parágrafo único. Equipara-se à função pública a que é exercida em empresa pública, autarquia, sociedade de 
economia mista, ou sociedade de que participe a União, o Estado ou o Município como acionista majoritário. 
O art. 98, do CPM enumera as chamadas penas acessórias. As três primeiras foram, desde sempre, 
consideradas inconstitucionais. 
O posto é o grau hierárquico do oficial militar. Patente é o diploma confirmatório dos postos dos Oficiais, 
sendo conferidas aos Oficiais das Forças Armadas pelo Presidente da República e aos Oficiais das polícias e 
bombeiros militares pelos Governadores dos Estados. A emenda constitucional de 1969 já afastava a 
possibilidade de que a perda do posto e da patente constituísse uma conseqüência automática da 
condenação do Oficial a uma pena privativa de liberdade superior a dois anos (ver art. 99, do CPM). A 
Constituição Federal de 1988 trata do assunto no art. 142, VI e VII e no art. 125, parágrafo 4º. 
A Indignidade e a incompatibilidade para o Oficialato (ver arts. 100 e 101 do CPM) também não se aplicam 
como penas acessórias, dependendo ou da decisão do tribunal, de acordo com o que prevê a Constituição 
Federal, ou de decisão do Conselho de Justificação, em âmbito administrativo. 
Vejo o que diz a CF/88 ART. 142 (...) 
VI - o oficial só perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por 
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em tempo de 
guerra; 
VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa de liberdade superior a dois anos, por 
sentença transitada em julgado, será submetido ao julgamento previsto no inciso anterior; 
 
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 Perda de posto e patente 
Art. 99. A perda de posto e patente resulta da condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior 
a 2 anos, e importa a perda das condecorações. 
Não recepcionada pela Constituição Federal de 1988. Dispõe o art. 142, § 3.º, VI: “o oficial só 
perderá o posto e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por 
decisão de tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em 
tempo de guerra”. Na sequência, o inciso VII: “o oficial condenado na justiça comum ou militar a 
pena privativa de liberdade superior a dois anos, por sentença transitada em julgado, será 
submetido ao julgamento previsto no inciso anterior”. Desse modo, cabe sempre ao tribunal 
militar a decisão acerca da perda de posto ou patente. No caso de oficial das Forças Armadas é o 
Superior Tribunal Militar. Os oficiais da Polícia Militar e Bombeiros devem ser julgados pelo 
Tribunal de Justiça Militar, quanto houver, ou pelo Tribunal de Justiça do Estado. Este último 
aspecto vem consolidado pelo art. 125, § 4.º, da Constituição Federal (“cabendo ao tribunal 
competente decidir sobre a perda do posto e da patente dos oficiais e da graduação das praças”). 
Quando houver julgamento pelo Tribunal do Júri (homicídio cometido contra civil), segundo nos 
parece, ainda assim, cabe ao Tribunal de Justiça Militar (ou Tribunal de Justiça), embora o STF 
tenha decisão no sentido de competir ao próprio Júri tal mister (conforme citação feita por Célio 
Lobão, Comentários ao Código Penal Militar, p. 272) 
 
 
 Indignidade para o oficialato 
Art. 100. Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja 
a pena, nos crimes de traição, espionagem ou cobardia, ou em qualquer dos definidos nos arts. 161, 235, 
240, 242, 243, 244, 245, 251, 252, 303, 304, 311 e 312. 
 
Os demais crimes que tornam o oficial indigno são: 161 (desrespeito a símbolo nacional); 235 
(Pederastia ou outro ato de libidinagem); 240 (furto simples); 242 (roubo simples); 243 (extorsão 
simples); 244 (extorsão mediante seqüestro); 245 (chantagem); 251 (estelionato); 252 (abuso 
de pessoa); 303 (Peculato); 304 (Peculato mediante aproveitamento do erro de outrem); 311 
(Falsificação de documento); e 312 (Falsidade ideológica) 
 Incompatibilidade com o oficialato 
Art. 101. Fica sujeito à declaração de incompatibilidade com o oficialato o militar condenado nos crimes dos 
arts. 141 e 142. 
Esta norma não foi recepcionada pela Constituição Federal de 1988, nos termos em que proposta, 
vale dizer, como pena acessória. Nos crimes contra a segurança externa do Brasil (arts. 141 e 142, 
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CPM), tal declaração de incompatibilidade deve ser proferida pelo STM, no tocante aos oficiais das 
Forças Armadas; pelo Tribunal de Justiça Militar, onde houver, ou Tribunal de Justiça, aos oficiais da 
Polícia Militar e Bombeiros. 
 Exclusão das forças armadas 
Art. 102. A condenação da praça a pena privativa de liberdade, por tempo superior a 2 anos, importa sua 
exclusão das forças armadas. 
Esta pena acessória (ou efeito da condenação) continua válida para as praças das Forças Armadas. 
Não é automática, devendo ser expressamente imposta na decisão condenatória e devidamente 
fundamentada. No tocante aos militares estaduais, prevalece o disposto no art. 125, § 4.º, da CF, 
cabendo ao Tribunal de Justiça Militar, onde houver, ou ao Tribunal de Justiça impor a exclusão. 
 
 Perda da função pública 
Art. 103. Incorre na perda da função pública o assemelhado ou o civil: 
I - condenado a pena privativa de liberdade por crime cometido com abuso de poder ou violação de dever 
inerente à função pública; 
II - condenado, por outro crime, a pena privativa de liberdade por mais de dois anos. 
Parágrafo único. O disposto no artigo aplica-se ao militar da reserva, ou reformado, se estiver no exercício 
de função pública de qualquer natureza. 
Esta pena acessória (ou efeito da condenação) equivale ao previsto no art. 92, I, do Código Penal comum. 
Aplica-se ao civil, que cometa crime militar, abusando de seus deveres, quando no exercício de função 
pública em órgão militar. Neste caso, qualquer que seja o montante da pena. Aplica-se, ainda, ao civil que 
cometa outro crime militar, não envolvendo violação de dever, mas cuja pena supere dois anos. A figura 
do assemelhado, prevista neste artigo, não mais existe. O previsto no parágrafo único é inútil, pois o 
militar da reserve ou reformado é civil. A perda deve ser expressamente prevista na sentença 
condenatória e devidamente fundamentada, quando se tratar da primeira hipótese (art. 103, I). 
 
 Inabilitação para o exercício de função pública 
Art. 104. Incorre na inabilitação para o exercício de função pública, pelo prazo de dois até vinte anos, o 
condenado a reclusão por mais de quatro anos, em virtude de crime praticado com abuso de poder ou 
violação do dever militar ou inerente à função pública. 
Termo inicial 
Parágrafo único. O prazo da inabilitação para o exercício de função pública começa ao termo da execução da 
pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em substituição, ou da data em que se extingue 
a referida pena. 
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Constitui pena acessória (ou efeito da condenação), aplicável ao civil, que exerça atividade em repartição 
militar, desde que a infração cometida se relacione a abuso de poder ou violação de dever. Na realidade, 
conforme o caso, torna-se relevante aplicar a pena de perda da função, seguida da inabilitação. Justifica-se 
a gravidade do efeito da condenação imposto, tendo em vista a severidade da pena, que deve ser superior 
a quatro anos. Há quem sustente a desproporcionalidadedo tempo de inabilitação – de dois a vinte anos, 
embora assim não nos pareça. Considerando que tal efeito é aplicável a penas superiores a quatro anos – 
somente atingível por delitos realmente graves – a inabilitação é proporcional. Ademais, imaginando-se a 
fixação da pena de cinco anos, pode-se estabelecer cerca de três anos de inabilitação; aplicando-se pena 
mais elevada, pode-se aumentar proporcionalmente a inabilitação. Essa pena deve ser expressamente 
fixada na sentença e devidamente fundamentada. 
 
 
 Suspensão do pátrio poder, tutela ou curatela 
Art. 105. O condenado a pena privativa de liberdade por mais de dois anos, seja qual for o crime praticado, 
fica suspenso do exercício do pátrio poder, tutela ou curatela, enquanto dura a execução da pena, ou da medida 
de segurança imposta em substituição (art. 113). 
Suspensão provisória 
Parágrafo único. Durante o processo pode o juiz decretar a suspensão provisória do exercício do pátrio poder, 
tutela ou curatela. 
Esta pena acessória (ou efeito da condenação) guarda correspondência com a prevista no art. 92, II, 
do Código Penal comum .Entretanto, nesta legislação reserva-se tal pena acessória para delitos 
cometidos, especificamente, contra filho, tutelado ou curatelado. Em virtude disso, não se 
compreende o motivo pelo qual foi instituída no Código Penal Militar. A ilogicidade é evidente. De 
toda forma, esse efeito, se porventura for fixado, deve ser expresso na sentença condenatória e 
devidamente fundamentado. 
 Suspensão dos direitos políticos 
Art. 106. Durante a execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança imposta em 
substituição, ou enquanto perdura a inabilitação para função pública, o condenado não pode votar, nem 
ser votado. 
Acima da lei, encontra-se a previsão constitucional do art. 15, III: “é vedada a cassação de direitos 
políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: (…) III – condenação criminal transitada 
em julgado, enquanto durarem seus efeitos”. Portanto, o art. 106 deste Código encontra-se em 
harmonia com a Constituição Federal. 
 
 
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 Imposição de pena acessória 
Art. 107. Salvo os casos dos arts. 99, 103, nº II, e 106, a imposição da pena acessória deve constar 
expressamente da sentença. 
ATENÇÃO!!!! As três hipóteses de imposição de pena acessória automaticamente, sem necessidade 
do julgador explicitá-la na sentença condenatória são as seguintes: 
a) perda de posto e patente (art. 99), que não mais subsiste como pena acessória, devendo ser 
declarada por tribunal militar competente para tanto, nos termos da atual Constituição Federal; 
b) perda da função, por parte do civil, quando a pena atinge patamar superior a dois anos; 
c) suspensão dos direitos políticos, que, nos termos da CF de 1988, dá-se automaticamente, logo, 
esta norma está em harmonia com aquele texto. 
Tempo computável 
Art. 108. Computa-se no prazo das inabilitações temporárias o tempo de liberdade resultante da suspensão 
condicional da pena ou do livramento condicional, se não sobrevém revogação. 
DA AÇÃO PENAL 
Propositura da ação penal 
Art. 121. A ação penal sòmente pode ser promovida por denúncia do Ministério Público da Justiça Militar. 
Dependência de requisição 
Art. 122. Nos crimes previstos nos arts. 136 a 141, a ação penal, quando o agente for militar ou assemelhado, 
depende da requisição do Ministério Militar a que aquêle estiver subordinado; no caso do art. 141, quando o 
agente fôr civil e não houver co-autor militar, a requisição será do Ministério da Justiça. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DA EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE 
Causas extintivas 
Art. 123. Extingue-se a punibilidade: 
I - pela morte do agente; 
II - pela anistia ou indulto; 
III - pela retroatividade de lei que não mais considera o fato como criminoso; 
IV - pela prescrição; 
V - pela reabilitação; 
VI - pelo ressarcimento do dano, no peculato culposo (art. 303, § 4º). 
Parágrafo único. A extinção da punibilidade de crime, que é pressuposto, elemento constitutivo ou circunstância 
agravante de outro, não se estende a êste. Nos crimes conexos, a extinção da punibilidade de um dêles não 
impede, quanto aos outros, a agravação da pena resultante da conexão. 
 Espécies de prescrição 
Art. 124. A prescrição refere-se à ação penal ou à execução da pena. 
Prescrição da ação penal 
Art. 125. A prescrição da ação penal, salvo o disposto no § 1º dêste artigo, regula-se pelo máximo da pena 
privativa de liberdade cominada ao crime, verificando-se: 
I - em trinta anos, se a pena é de morte; 
II - em vinte anos, se o máximo da pena é superior a doze; 
III - em dezesseis anos, se o máximo da pena é superior a oito e não excede a doze; 
IV - em doze anos, se o máximo da pena é superior a quatro e não excede a oito; 
V - em oito anos, se o máximo da pena é superior a dois e não excede a quatro; 
VI - em quatro anos, se o máximo da pena é igual a um ano ou, sendo superior, não excede a dois; 
VII - em dois anos, se o máximo da pena é inferior a um ano. 
Superveniência de sentença condenatória de que sòmente o réu recorre 
§ 1º Sobrevindo sentença condenatória, de que sòmente o réu tenha recorrido, a prescrição passa a regular-
se pela pena imposta, e deve ser logo declarada, sem prejuízo do andamento do recurso se, entre a última 
causa interruptiva do curso da prescrição (§ 5°) e a sentença, já decorreu tempo suficiente. 
Termo inicial da prescrição da ação penal 
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§ 2º A prescrição da ação penal começa a correr: 
a) do dia em que o crime se consumou; 
b) no caso de tentativa, do dia em que cessou a atividade criminosa; 
c) nos crimes permanentes, do dia em que cessou a permanência; 
d) nos crimes de falsidade, da data em que o fato se tornou conhecido. 
Caso de concurso de crimes ou de crime continuado 
§ 3º No caso de concurso de crimes ou de crime continuado, a prescrição é referida, não à pena unificada, 
mas à de cada crime considerado isoladamente. 
Suspensão da prescrição 
§ 4º A prescrição da ação penal não corre: 
I - enquanto não resolvida, em outro processo, questão de que dependa o reconhecimento da existência do 
crime; 
II - enquanto o agente cumpre pena no estrangeiro. 
Interrupção da prescrição 
§ 5º O curso da prescrição da ação penal interrompe-se: 
I - pela instauração do processo; 
II - pela sentença condenatória recorrível. 
§ 6º A interrupção da prescrição produz efeito relativamente a todos os autores do crime; e nos crimes conexos, 
que sejam objeto do mesmo processo, a interrupção relativa a qualquer dêles estende-se aos demais. 
Prescrição da execução da pena ou da medida de segurança que a substitui 
Art. 126. A prescrição da execução da pena privativa de liberdade ou da medida de segurança que a substitui 
(art. 113) regula-se pelo tempo fixado na sentença e verifica-se nos mesmos prazos estabelecidos no art. 125, 
os quais se aumentam de um têrço, se o condenado é criminoso habitual ou por tendência. 
§ 1º Começa a correr a prescrição: 
a) do dia em que passa em julgado a sentença condenatória ou a que revoga a suspensão condicional da pena 
ou o livramento condicional; 
b) do dia em que se interrompe a execução, salvo quando o tempo da interrupção deva computar-se na pena. 
§ 2º No caso de evadir-se o condenado ou de revogar-se o livramento ou desinternação condicionais, a 
prescrição se regula pelo restante tempo da execução. 
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§ 3º O curso da prescrição da execução da pena suspende-se enquanto o condenado está prêso por outro 
motivo, e interrompe-se pelo início ou continuação do cumprimento da pena, ou pela reincidência. 
Prescrição no caso de reforma ou suspensão de exercício 
Art. 127. Verifica-se em quatro anos a prescrição nos crimes cuja pena cominada, no máximo, é de reforma ou 
de suspensão do exercício do pôsto, graduação, cargo ou função. 
Disposições comunsa ambas as espécies de prescrição 
Art. 128. Interrompida a prescrição, salvo o caso do § 3º, segunda parte, do art. 126, todo o prazo começa a 
correr, novamente, do dia da interrupção. 
Redução 
Art. 129. São reduzidos de metade os prazos da prescrição, quando o criminoso era, ao tempo do crime, menor 
de vinte e um anos ou maior de setenta. 
Imprescritibilidade das penas acessórias 
Art. 130. É imprescritível a execução das penas acessórias. 
Prescrição no caso de insubmissão 
Art. 131. A prescrição começa a correr, no crime de insubmissão, do dia em que o insubmisso atinge a idade 
de trinta anos. 
Prescrição no caso de deserção 
Art. 132. No crime de deserção, embora decorrido o prazo da prescrição, esta só extingue a punibilidade 
quando o desertor atinge a idade de quarenta e cinco anos, e, se oficial, a de sessenta. 
Declaração de ofício 
Art. 133. A prescrição, embora não alegada, deve ser declarada de ofício. 
Reabilitação 
Art. 134. A reabilitação alcança quaisquer penas impostas por sentença definitiva. 
§ 1º A reabilitação poderá ser requerida decorridos cinco anos do dia em que fôr extinta, de qualquer modo, a 
pena principal ou terminar a execução desta ou da medida de segurança aplicada em substituição (art. 113), 
ou do dia em que terminar o prazo da suspensão condicional da pena ou do livramento condicional, desde que 
o condenado: 
a) tenha tido domicílio no País, no prazo acima referido; 
b) tenha dado, durante êsse tempo, demonstração efetiva e constante de bom comportamento público e 
privado; 
c) tenha ressarcido o dano causado pelo crime ou demonstre absoluta impossibilidade de o fazer até o dia do 
pedido, ou exiba documento que comprove a renúncia da vítima ou novação da dívida. 
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§ 2º A reabilitação não pode ser concedida: 
a) em favor dos que foram reconhecidos perigosos, salvo prova cabal em contrário; 
b) em relação aos atingidos pelas penas acessórias do art. 98, inciso VII, se o crime fôr de natureza sexual em 
detrimento de filho, tutelado ou curatelado. 
Prazo para renovação do pedido 
§ 3º Negada a reabilitação, não pode ser novamente requerida senão após o decurso de dois anos. 
§ 4º Os prazos para o pedido de reabilitação serão contados em dôbro no caso de criminoso habitual ou por 
tendência. 
 Revogação 
§ 5º A reabilitação será revogada de ofício, ou a requerimento do Ministério Público, se a pessoa reabilitada 
fôr condenada, por decisão definitiva, ao cumprimento de pena privativa da liberdade. 
Cancelamento do registro de condenações penais 
Art. 135. Declarada a reabilitação, serão cancelados, mediante averbação, os antecedentes criminais. 
Sigilo sôbre antecedentes criminais 
Parágrafo único. Concedida a reabilitação, o registro oficial de condenações penais não pode ser comunicado 
senão à autoridade policial ou judiciária, ou ao representante do Ministério Público, para instrução de processo 
penal que venha a ser instaurado contra o reabilitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR 
 
 DO MOTIM E DA REVOLTA 
Motim 
Art. 149. Reunirem-se militares ou assemelhados: 
I - Agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a cumpri-la; 
II - Recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência; 
III – assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra 
superior; (OBS: Assentindo é sinônimo de concordar) 
IV - Ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de qualquer 
deles, hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais 
ou meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou 
em detrimento da ordem ou da disciplina militar: 
Pena - reclusão, de 4 a 8 anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
Revolta 
Parágrafo único. Se os agentes estavam armados: 
Pena - reclusão, de 8 a 20 anos, com aumento de um terço para os cabeças. 
 
COMENTÁRIO: Quando estudamos o crime de motim ou revolta devemos ficar atento alguns pontos importantes 
primeiro devemos saber quem é o sujeito ativo desse crime ou seja quem pode cometer esse crime.No caput do 
art. 149 deixa bem claro que apenas militares ou assemelhados podem conter o crime de motim ou revolta, porém 
já vou deixando a dica pra você não mais existe a figura do assemelhado no CPM,Então toda vez que você ver a 
expressão assemelhado ignore,pois atualmente não mais se aplica no CPM a figura do assemelhado. Dito isso o 
que você tem que guardar para sua prova é que o sujeito ativo do crime são os militares (É UM CRIME 
PROPRIAMENTE MILITAR OU SEJA ALÉM DE TER PREVISÃO SOMENTE NO CPM,SOMENTE PODE SER PRATICADO 
POR MILITAR) 
 
Um outro ponto importante é que para configurar o crime de motim ou revolta teremos que ter mais de um militar 
praticando o crime. Não é de se falar em crime de motim ou revolta tem um apenas um único militar na prática do 
crime.Por isso que o verbo reunir encontra-se no plural ( REUNIREM-SE). A grande dica para que você não resolva 
errado nenhuma questão sobre motim ou revolta na prova, toda vez que você deparar com uma questão no qual 
tenha mais de um militar indo contra ordem do superior eu estou diante do crime de motim, a diferença de motim 
ou revolta é que na revolta esses militares estarão armados diferente do motim, no motim temos militares 
desarmado! Temos mais de um militar indo contra ordem superior porém desarmados, já na revolta eu tenho mais 
de um militar indo contra ordem do superior armados. 
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Figura qualificada: o parágrafo único ganha título específico – revolta – ao considerar a circunstância de estarem 
armados os militares amotinados. Embora seja comum cuidar-se de arma própria (revólver, pistola, fuzil etc.), 
também serve para caracterizar a qualificadora o emprego de arma imprópria (faca, machado, foice etc.). Eleva-se 
a faixa de aplicação da 
pena, em virtude do maior perigo acarretado ao bem jurídico. 
 
OBS¹: O delito é formal, não necessitando efetivo prejuízo ao bem jurídico tutelado, que é 
a disciplina militar. Segundo NUCCI é viável a tentativa, quando ocorre a reunião dos militares, buscando a 
desobediência superior, sem, contudo, realizar por completo o intento. 
 
OBS²: Quando houver organização de um grupo de militares para prática de violência à pessoa ou a Bens públicos 
e particulares com o uso de armamento ou material bélico estaremos diante do crime do art. 150 do Código Penal 
Militar ( Organização de grupo para a prática de violência). 
 
OBS²: Alguns doutrinadores entendem que o civil e o militar inativo podem cometer o delito na condição de 
coautores ou partícipes, mas somente se houver pelos menos dois militares da ativa envolvidos. Como a 
circunstância pessoal de ser militar da ativa é elementar do crime, ela se comunica aos partícipes e coautores, nos 
termos do art. 53, §1º do CPM. 
 
Organização de grupo para a prática de violência 
Art. 150. Reunirem-se dois ou mais militares ou assemelhados, com armamento ou material bélico, de 
propriedade militar, praticando violência à pessoa ou à coisa pública ou particular em lugar sujeito ou não 
à administração militar: 
Pena - reclusão, de quatro a oito anos. 
Omissão de lealdade militar 
Art. 151. Deixar o militar ou assemelhado de levar ao conhecimento do superior o motim ou revolta de cuja 
preparação teve notícia, ou, estando presente ao ato criminoso, não usar de todos os meios ao seu alcance 
para impedi-lo: 
Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
 
 
 
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 Conspiração 
Art. 152. Concertarem-se militares ou assemelhados para a prática do crime previsto no artigo 149 (Motim e 
revolta): 
Pena - reclusão, de três a cinco anos. 
Isenção de pena 
Parágrafo único. É isento de pena aquele que, antes da execução do crime e quandoera ainda possível 
evitar-lhe as consequências, denuncia o ajuste de que participou. 
Cumulação de penas 
Art. 153. As penas dos arts. 149 (Motim e Revolta) são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à 
violência. 
 
O sujeito ativo é o militar (inexiste a figura do assemelhado); o passivo é o Estado. Concertar significa ajustar, 
combinar. O objeto da conduta é a prática do crime de motim ou revolta. 
 
Portanto, busca-se punir a preparação do delito, fase que, como regra, não é punida pelo direito brasileiro. 
Tratando-se de situação considerada particularmente grave, houve por bem o legislador criar figura típica 
incriminadora específica. Se houver a conspiração e, na sequência, o motim, este último absorve o primeiro. Por 
outro lado, não cabe tentativa para o delito previsto neste tipo penal (art. 152), pois já é excepcional a punição da 
preparação, razão pela qual não teria sentido punir a tentativa de preparo. 
 
Aliciação para motim ou revolta 
Art. 154. Aliciar militar ou assemelhado para a prática de qualquer dos crimes previstos no capítulo anterior: 
Pena - reclusão, de 2 a 4 anos. 
Atenção! O crime de aliciação pode ser cometido por qualquer pessoa, inclusive por um Civil, Quando isso ocorre 
leva-se o nome de crime impropriamente militar,são crimes que qualquer pessoa pode cometer. Tenha muito 
cuidado nessa hora! somente pode ser cometido por Civis quando o crime for contra as forças armadas,uma vez 
que não pode ser julgado na Justiça Militar Estadual.Sendo assim,o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa; o passivo 
é o Estado. 
 
OBS: O delito é formal, bastando a conduta de aliciar, associada à prova da finalidade, para se atingir a 
consumação. 
 
 
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Incitamento 
Art. 155. Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem introduz, afixa ou distribui, em lugar sujeito à administração 
militar, impressos, manuscritos ou material mimeografado, fotocopiado ou gravado, em que se contenha 
incitamento à prática dos atos previstos no artigo. 
 
Apologia de fato criminoso ou do seu autor 
Art. 156. Fazer apologia de fato que a lei militar considera crime, ou do autor do mesmo, em lugar sujeito à 
administração militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
DA VIOLÊNCIA CONTRA SUPERIOR OU MILITAR DE SERVIÇO 
Violência contra superior 
Art. 157. Praticar violência contra superior: 
Pena - detenção, de 3 meses a 2 anos. 
Formas qualificadas 
 § 1º Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general: 
Pena - reclusão, de 3 a 9 anos. 
§ 2º Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 
§ 4º Se da violência resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 a 30 anos. 
§ 5º A pena é aumentada da sexta parte, se o crime ocorre em serviço. 
 
COMENTÁRIO: É um Crime Propriamente Militar, a violência pode ser considerada como qualquer ato 
contra pessoa superior, seja empurrão, tapa ou arremesso de um objeto, sem necessidade de ocorrência 
de lesões. 
OBS: O que é mais cobrado em provas de concurso são as formas qualificadas e então fique muito atento a 
elas. 
 
 
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Violência contra militar de serviço 
Art. 158. Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou 
plantão: 
Pena - reclusão, de três a oito anos. 
Formas qualificadas 
§ 1o Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 
§ 2o Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 
§ 3o Se da violência resulta morte: 
Pena - reclusão, de 12 a 30 anos. 
 
COMENTÁRIO: É um Crime impropriamente Militar,ou seja, qualquer pessoa pode cometer esse crime, a 
violência pode ser considerada como qualquer ato contra os militares citados no artigo,seja empurrão,tapa 
ou arremesso de um objeto,sem necessidade de ocorrência de lesões.Para a configuração do crime é 
necessário que o agente tenha consciência de que o militar ofendido esteja no exercício da função de 
sentinela ou as demais previstas no tipo penal. 
 
OBS: O que é mais cobrado no artigo 158 em provas de concurso são as formas qualificadas e então fique 
muito atento a elas. 
 
 
Ausência de dolo no resultado 
Art. 159. Quando da violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que o agente 
não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena do crime contra a pessoa é diminuída de 
metade. 
 
Desrespeito a superior 
Art. 160. Desrespeitar superior diante de outro militar: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
 
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O sujeito ativo só pode ser militar (Propriamente Militar). O passivo é o Estado; secundariamente, o militar 
desrespeitado. 
O crime de desrespeito a superior (art. 160 do Código Penal Militar) exige que o ato desrespeitoso seja praticado 
“diante de outro militar” 
 
Segundo Rodrigo Foureaux,O tipo penal não exige que seja na presença física. Portanto, a presença pode ser por 
videoconferência, qualquer forma online, ligação telefônica (conferência), dentre outras. 
 
Ex.1: militar encaminha mensagem desrespeitosa para superior hierárquico em grupo de whatsapp. No grupo há 
além dos dois militares (o que encaminhou a mensagem e o superior hierárquico) outros militares (é necessário 
que tenha pelo menos mais um militar). Nesse caso haverá o crime de desrespeito a superior, desde que se 
comprove que a mensagem foi lida por pelo menos mais um militar (diverso do superior hierárquico). Caso a 
mensagem seja lida somente pelo superior hierárquico e por um civil, momento em que o militar que enviou a 
mensagem a apaga, o fato será atípico ou poderá ser injúria, a depender do caso concreto. Caso seja lida 
somente pelo superior hierárquico e seja apagada pelo militar que enviou a mensagem, o fato poderá ser injúria 
ou atípico. 
 
Ex.2: militar, durante serviço, desrespeita superior hierárquico através da rede-rádio da viatura. Comprovando-se 
que o ato de desrespeito tenha sido ouvido por pelo menos mais um militar, além do superior hierárquico, 
haverá o crime. 
 
Ex.3: militar envia e-mail com mensagem desrespeitosa para superior hierárquico com cópia para outro militar. 
Haverá o crime de desrespeito a superior. 
 
Desrespeito a símbolo nacional 
Art. 161. Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza 
em ultraje a símbolo nacional: 
 Pena - detenção, de um a dois anos. 
Despojamento desprezível 
 Art. 162. Despojar-se de uniforme, condecoração militar, insígnia ou distintivo, por menosprêzo ou 
vilipêndio: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
Parágrafo único. A pena é aumentada da metade, se o fato é praticado diante da tropa, ou em público. 
 
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DA INSUBORDINAÇÃO 
Recusa de obediência 
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a 
dever imposto em lei, regulamento ou instrução: 
Pena - detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
O Crime de recusa de obediência é muito cobrado em provas,e quando é cobrado o examinador gosta de 
trabalhar com a diferenciação do crime de recusa de obediência com o crime de desobediência previsto no 
artigo 301 do CPM. 
O crime de recusa de obediência consiste em descumprir ordem sobre assunto ou matéria de serviço, ou 
relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução. 
O crime de desobediência consiste em descumprir ordem legal. 
Para que haja o crime de recusa de obediência o autor deve ser militar e ainda possuir relação hierárquica 
com o superior que dá a ordem; enquanto que no crime de desobediênciao autor pode ser civil ou militar e 
não necessariamente, necessita possuir um vínculo hierárquico. 
 
Segue alguns exemplos para exemplificar melhor: 
 
Ex.1: militar que é notificado a comparecer na secretaria do quartel para que tome conhecimento de processo 
administrativo que pesa em seu desfavor, mas não comparece à secretaria, deixando transcorrer o prazo 
determinado, comete o crime de recusa de obediência (Recurso em Sentido Estrito n. 7000682-
13.2018.7.00.0000 – STM); 
 
Ex.2: militar solicita ao Comandante autorização para folgar em determinado dia, o que não é autorizado, e 
mesmo assim falta ao serviço, comete o crime de recusa de obediência; 
 
Ex.3: Comandante do turno de serviço determina ao militar que lavre um Boletim de Ocorrência com a 
tipificação do crime de furto, mas o militar lavra o BO com a tipificação do crime de estelionato ou roubo. Há 
crime de recusa de obediência; 
 
Ex.4: Superior hierárquico que determina ao militar que se apresente a ele para tratar de assuntos de serviço, 
mas o militar, simplesmente, deixa de se apresentar, propositalmente. Há crime de recusa de obediência; 
 
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Ex.5: militar de serviço no quartel fala para outro não sair com o carro do quartel, pois a CNH estava vencida, 
tendo o militar descumprido a ordem (Apelação TJM/SP 7.430/17). Há crime de desobediência. Nota-se que a 
ordem não foi relacionada a matéria de serviço, às funções do militar que recebeu a ordem, nem é necessária 
que haja vinculação hierárquica; 
 
Ex.6: militar de serviço no quartel recebe ordem do Comandante para que não deixe nenhum outro militar, 
cujo nome não esteja na lista, entrar no salão da receptação dos convidados, vindo um militar a entrar no 
salão, mesmo tendo sido advertido de que o Comandante havia proibida a entrada. Há crime de 
desobediência, pois a ordem não é afeta à matéria de serviço; 
 
Ex.7: um grupo de militares se desloca à Academia de Polícia Militar para se utilizarem da pista de atletismo e 
da piscina, sendo advertidos por outro militar de que o Comando proibiu o uso naquele dia, tendo o grupo de 
militares ignorado a ordem do comando transmitida pelo militar de serviço naquele dia. Há crime de 
desobediência; 
 
Ex.8: alguns militares alojados na Academia de Polícia Militar descumprem ordem do Oficial de Dia para 
saírem do alojamento e entrarem em forma no pátio do quartel, onde deverão permanecer enquanto for 
realizada uma inspeção no alojamento. Por não se tratar de ordem relacionada a assunto de serviço, deve-se 
verificar se esse procedimento adotado pelo Oficial de Dia tem previsão em alguma norma da instituição ou 
da Academia. Caso haja previsão, haverá o crime de recusa de obediência; caso não haja nenhuma previsão e 
o Oficial de Dia tenha atuado em razão do dever genérico de fiscalização, haverá o crime de desobediência; 
 
Ex.9: Comando da Unidade expede ordem de serviço para que determinado militar controle e coordene o 
turno de serviço, devendo empenhar as viaturas em ocorrências e fiscalizar. Durante o turno de serviço, o 
Comandante da Unidade questiona ao militar coordenador do turno a situação, ocasião em que constata que 
o militar não tem controle do turno, não sabe quais viaturas estão atendendo ocorrências e onde estão. Há 
crime de descumprimento de missão (TJM/MG – n. 0000041-15.2015.9.13.0003); 
 
Ex.10: a ausência injustificada do militar nos dias em que havia sido designado para a função específica de 
comando de patrulhas configura o crime de descumprimento de missão (REsp 1301155-SP). 
 
 
 
 
 
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TIPO PENAL 
 RECUSA DE OBEDIÊNCIA DESOBEDIÊNCIA 
Art. 163. Recusar obedecer a ordem do 
superior sobre assunto ou matéria de serviço, 
ou relativamente a dever imposto em lei, 
regulamento ou instrução. 
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de 
autoridade militar. 
 
PENA Detenção, de um a 2 anos, se o fato não 
constitui crime mais grave 
Detenção, até 6 meses. 
SUJEITO ATIVO Somente o militar 
(IMPROPRIAMENTE MILITAR) 
Qualquer Pessoa 
(PROPRIAMENTE MILITAR) 
SUJEITO 
PASSIVO 
1º Instituição Militar 
2º Superior Hierárquico 
1ºAdministração Militar 
2ºAutoridade Militar 
ADMITE TENTATIVA SIM SIM 
 
 
Obs¹ Fique muito atento ao verbo Recusar obedecer, aqui nós temos uma locução verbal ou seja dois 
verbos,na desobediência eu tenho apenas um único verbo desobedecer. 
Obs² Cuidado com os sinônimos Recusar Obedecer = Negar Obedecer,se cair na prova está correto. 
 
 Oposição a ordem de sentinela 
Art. 164. Opor-se às ordens da sentinela: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
COMENTÁRIO: Monster Guerreiro,o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa; o passivo é o Estado. 
Opor-se significa refutar, resistir, objetar, enfim, não acatar. O objeto é a ordem emanada da 
sentinela (militar que ocupa função de vigia do quartel ou outra unidade militar). A autoridade da 
sentinela advém de comando superior, para que dê a guarda devida ao local onde atua. Por isso, 
militares e civis devem acatar suas ordens. Tutela-se a disciplina militar, bem como a segurança da 
unidade. 
 
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Reunião ilícita 
Art. 165. Promover a reunião de militares, ou nela tomar parte, para discussão de ato de superior ou 
assunto atinente à disciplina militar: 
Pena - detenção, de seis meses a um ano a quem promove a reunião; de dois a seis meses a quem dela 
participa, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Publicação ou crítica indevida 
Art. 166. Publicar o militar ou assemelhado, sem licença, ato ou documento oficial, ou criticar publicamente 
ato de seu superior ou assunto atinente à disciplina militar, ou a qualquer resolução do Governo: 
Pena - detenção, de dois meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
Sujeito ativo do crime apenas o Militar,que publica sem autorização ato ou documento oficial, ou criticar 
publicamente ato de seu superior ou governador incorre no crime de publicação ou crítica indevida. 
 
OBS¹: Para que ocorra a publicação ou crítica deve ser feita em relação ao seu comandante ou Governador, 
como por exemplo um Policial Militar que critica o presidente da república não responder pelo crime,pois 
não existe relação hierárquica entre eles. 
 
OBS²: A publicação ou crítica pode ser feita através da internet,inclusive pelas redes sociais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOS CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR E O DEVER MILITAR 
DA DESERÇÃO 
2.1 Deserção 
Art. 187. Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve 
permanecer, por mais de 8 dias: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos; se oficial, a pena é agravada. 
O sujeito ativo é somente o militar. Conferir: STM: “Sendo a deserção um crime propriamente militar, para 
que haja processo, condenação e execução da pena é necessário que o acusado mantenha a condição de 
militar da ativa. A falta de condição de militar da ativa nos crimes de deserção, seja qual for o motivo, traz 
prejuízo à procedibilidade ao prosseguimento da ação penal militar.” (Ap. 0000205-37.2010.7.05.0005 – PR, 
Plenário, rel. Marcos Martins Torres, 31/05/2012, v.u.). O passivo, o Estado. Ausentar-se significar retirar-
se de determinado local; o objeto da conduta é o local onde o militar deve permanecer por força da sua 
atividade e designação. O tipo estabelece um prazo para configurar a deserção, que é de oito dias, 
relativamente curto para quem pretende, de fato, deixar de vez a unidade militar. Entretanto, é mais 
adequado estabelecer um período certo do que entregar à interpretação judicial qual seria o prazo 
necessário para a concretização do delito. A deserção é não somente crime próprio, típico do militar, mas 
também de mão própria, que deve ser cometido pessoalmente pelo agente. Inexiste a possibilidade de se 
valer de interposta pessoa para tanto; podehaver, no entanto, participação, mas não coautoria. Sobre o 
tema da deserção, conferir as Súmulas do Superior Tribunal Militar: n. 3: “Não constituem excludentes de 
culpabilidade, nos crimes de deserção e insubmissão, alegações de ordem particular ou familiar 
desacompanhadas de provas”; n. 12: “A praça sem estabilidade não pode ser denunciada por deserção sem 
ter readquirido o status de militar, condição de procedibilidade para a persecutio criminis, através da 
reinclusão. Para a praça estável, a condição de procedibilidade é a reversão ao serviço ativo”. O delito não 
admite tentativa, pois é condicionado: depende do advento do prazo de oito dias para se configurar. Logo, 
consuma-se, decorridos oito dias, ou se cuida de conduta penalmente irrelevante. Após a consumação, 
verifica-se o seu prolongamento no tempo, caracterizando a permanência, o que autoriza a prisão em 
flagrante a qualquer momento. O elemento normativo do tipo sem licença liga-se à ilicitude; porém, 
inserindo-se no tipo, quando presente a autorização para a saída do militar, o fato é atípico. 
2.2 Casos assimilados 
Art. 188. Na mesma pena incorre o militar que: 
I - Não se apresenta no lugar designado, dentro de oito 8 dias, findo o prazo de trânsito ou férias; 
II - Deixa de se apresentar a autoridade competente, dentro do prazo de 8 dias, contados daquele 
em que termina ou é cassada a licença ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de 
guerra; 
III - tendo cumprido a pena, deixa de se apresentar, dentro do prazo de 8 dias; 
58 
 
 
 
 
 
IV - Consegue exclusão do serviço ativo ou situação de inatividade, criando ou simulando 
incapacidade. 
Art. 189. Nos crimes dos arts. 187 e 188, ns. I, II e III: 
2.3 atenuante especial 
I - Se o agente se apresenta voluntariamente dentro em 8 dias após a consumação do crime, a pena 
é diminuída de metade; e de um terço, se de mais de 8 dias e até 60; 
2.4 agravante especial 
II - Se a deserção ocorre em unidade estacionada em fronteira ou país estrangeiro, a pena é 
agravada de um terço. 
2.4 Deserção especial 
Art. 190. Deixar o militar de apresentar-se no momento da partida do navio ou aeronave, de que é 
tripulante, ou do deslocamento da unidade ou força em que serve: 
Pena - detenção, até três meses, se após a partida ou deslocamento se apresentar, dentro de 24 
horas, à autoridade militar do lugar, ou, na falta desta, à autoridade policial, para ser comunicada a 
apresentação ao comando militar competente. 
§ 1º Se a apresentação se der dentro de prazo superior a 24 horas e não excedente a 5 dias: 
Pena - detenção, de dois a oito meses. 
§ 2o Se superior a 5 dias e não excedente a 8 dias: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
§ 2o-A. Se superior a 8 dias: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
2.4 Aumento de pena 
§ 3o A pena é aumentada de um terço, se se tratar de sargento, subtenente ou suboficial, e de 
metade, se oficial. 
2.5 Concerto para deserção 
Art. 191. Concertarem-se militares para a prática da deserção: 
I - se a deserção não chega a consumar-se: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
2.5.1 Modalidade complexa 
59 
 
 
 
 
 
II - se consumada a deserção: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
 
 
O sujeito ativo é militar; o passivo, o Estado. Cuida-se esta figura da preparação do crime de deserção, 
pois envolve o ajuste ou a combinação de militares para a execução da ausência de unidade ou posto. 
Tratando-se da preparação de um delito, não comporta tentativa. Sob outro aspecto, o crime é 
plurissubjetivo, exigindo-se dois ou mais agentes para a sua configuração. 
 
3.1 Deserção por evasão ou fuga 
Art. 192. Evadir-se o militar do poder da escolta, ou de recinto de detenção ou de prisão, ou fugir em 
seguida à prática de crime para evitar prisão, permanecendo ausente por mais de oito dias: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 
O sujeito ativo é o militar; o passivo, o Estado. Evadir-se significa fugir, escapar, voltando-se a conduta ao 
poder da escolta (guardas destinados a acompanhar o preso, impedindo que fuja) ou do local onde se 
encontra preso. A segunda modalidade criminosa diz respeito à escapada após a execução de delito, com 
o fim de evitar a prisão em flagrante. Novamente, fixa-se o prazo de oito dias para consumar o crime. 
O crime é material e admite tentativa, afinal, qualquer preso pode buscar a fuga, frustrando-se no seu 
intento, pois impedido por terceiro. Na jurisprudência: STM: 
“Soldado que cumpre pena disciplinar evade-se da Unidade em que servia, sem o amparo de permissão 
superior, sob a pretensa justificativa de haver sofrido bullying, após ser alvo de chacotas e piadas de seus 
colegas de caserna, que o reputavam portador de doença venérea. Escusas com motivação estritamente 
particular, sem respaldo de provas, não habilitam o órgão julgador a isentar o militar de responsabilidade 
penal. Aplicação do enunciado Sumular 3 do Superior Tribunal Militar.” 
 
4.1 Favorecimento a desertor 
Art. 193. Dar asilo a desertor, ou tomá-lo a seu serviço, ou proporcionar-lhe ou facilitar-lhe transporte 
ou meio de ocultação, sabendo ou tendo razão para saber que cometeu qualquer dos crimes 
previstos neste capítulo: 
Pena - detenção, de quatro meses a um ano. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa; o passivo é o Estado. Dar asilo significa conferir proteção ou 
abrigo, tendo por objeto o desertor (militar que abandona as fileiras). As outras formas típicas preveem a 
tomada do serviço do desertor (colocá-lo para trabalhar sob seu mando) ou oferecer condição favorável 
(proporcionar ou facilitar) para que obtenha transporte (supõe-se que para uma fuga) ou outro meio de 
ocultação (esconderijo). 
4.2 Isenção de pena 
60 
 
 
 
 
 
Parágrafo único. Se o favorecedor é ascendente, descendente, cônjuge ou irmão do criminoso, fica 
isento de pena. 
5.1 Omissão de oficial 
Art. 194. Deixar o oficial de proceder contra desertor, sabendo, ou devendo saber encontrar-se 
entre os seus comandados: 
 Pena - detenção, de seis meses a um ano. 
O sujeito ativo é o militar oficial; o passivo, o Estado. Cuida-se de conduta omissiva, típica do oficial, que 
deve zelar pela disciplina dentre seus subordinados. Deixar de proceder significa não tomar providência, 
tendo por objeto o desertor – militar criminoso, que abandona a corporação. 
 
DO ABANDONO DE PÔSTO E DE OUTROS CRIMES EM SERVIÇO 
 Abandono de posto 
Art. 195. Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, 
ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Descumprimento de missão 
Art. 196. Deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
§ 1º Se é oficial o agente, a pena é aumentada de um terço. 
§ 2º Se o agente exercia função de comando, a pena é aumentada de metade. 
Modalidade culposa 
§ 3º Se a abstenção é culposa: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Retenção indevida 
Art. 197. Deixar o oficial de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é exigido, 
objeto, plano, carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado: 
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Pena - suspensão do exercício do posto, de três a seis meses, se o fato não constitui crime mais grave. 
Parágrafo único. Se o objeto, plano, carta, cifra, código, ou documento envolve ou constitui segredo 
relativo à segurança nacional: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
Omissão de eficiência da força 
Art. 198. Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência: 
Pena - suspensão do exercício do posto, de três meses a um ano. 
Omissão de providências para evitar danos 
Art. 199. Deixar o comandante de empregar todos os meios ao seu alcance para evitar perda, 
destruição ou inutilização de instalações militares, navio, aeronave ou engenhode guerra 
motomecanizado em perigo: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Modalidade culposa 
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Omissão de providências para salvar comandados 
Art. 200. Deixar o comandante, em ocasião de incêndio, naufrágio, encalhe, colisão, ou outro perigo 
semelhante, de tomar todas as providências adequadas para salvar os seus comandados e minorar 
as consequências do sinistro, não sendo o último a sair de bordo ou a deixar a aeronave ou o quartel 
ou sede militar sob seu comando: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
Modalidade culposa 
Parágrafo único. Se a abstenção é culposa: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Omissão de socorro 
Art. 201. Deixar o comandante de socorrer, sem justa causa, navio de guerra ou mercante, nacional 
ou estrangeiro, ou aeronave, em perigo, ou náufragos que hajam pedido socorro: 
Pena - suspensão do exercício do pôsto, de um a três anos ou reforma. 
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Embriaguez em serviço 
Art. 202. Embriagar-se o militar, quando em serviço, ou apresentar-se embriagado para prestá-lo: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Dormir em serviço 
Art. 203. Dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou em situação 
equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, de 
ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DOS CRIMES CONTRA A PESSOA 
CAPÍTULO I 
DO HOMICÍDIO 
 Homicídio simples 
 Art. 205. Matar alguém: 
 Pena - reclusão, de seis a vinte anos. 
 Minoração facultativa da pena 
 § 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio 
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto 
a um têrço. 
 Homicídio qualificado 
 § 2° Se o homicídio é cometido: 
 I - por motivo fútil; 
 II - mediante paga ou promessa de recompensa, por cupidez, para excitar ou saciar desejos sexuais, ou 
por outro motivo torpe; 
 III - com emprêgo de veneno, asfixia, tortura, fogo, explosivo, ou qualquer outro meio dissimulado ou cruel, 
ou de que possa resultar perigo comum; 
 IV - à traição, de emboscada, com surprêsa ou mediante outro recurso insidioso, que dificultou ou tornou 
impossível a defesa da vítima; 
 V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime; 
 VI - prevalecendo-se o agente da situação de serviço: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Perceba que é bem parecido com o código penal as únicas diferenças então em vermelho. 
 
 
 Homicídio culposo 
 Art. 206. Se o homicídio é culposo: 
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 Pena - detenção, de um a quatro anos. 
 § 1° A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte 
ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. 
Aqui todo cuidado é pouco, pois é bem diferente do direito penal comum no direito penal militar 
a pena poderá ser agravada, ou seja, temos uma possibilidade não uma obrigatoriedade. 
No Direito penal comum temos a pena inicial de detenção, de um a três anos e a pena é aumentada 
de 1/3 (um terço), se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, 
ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências 
do seu ato, ou foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada 
de 1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 
(sessenta) anos. CUIDADO BISONHO! 
 
 Multiplicidade de vítimas 
 § 2º Se, em conseqüência de uma só ação ou omissão culposa, ocorre morte de mais de uma pessoa ou 
também lesões corporais em outras pessoas, a pena é aumentada de um sexto até metade. 
Esse aumente de pena tem previsão apenas no CPM. 
 
 Provocação direta ou auxílio a suicídio 
 Art. 207. Instigar ou induzir alguém a suicidar-se, ou prestar-lhe auxílio para que o faça, vindo o suicídio 
consumar-se: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos. 
 Agravação de pena 
 § 1º Se o crime é praticado por motivo egoístico, ou a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer 
motivo, a resistência moral, a pena é agravada. 
 Provocação indireta ao suicídio 
 § 2º Com detenção de um a três anos, será punido quem, desumana e reiteradamente, inflige maus tratos 
a alguém, sob sua autoridade ou dependência, levando-o, em razão disso, à prática de suicídio. 
 Redução de pena 
 § 3° Se o suicídio é apenas tentado, e da tentativa resulta lesão grave, a pena é reduzida de um a dois 
terços. 
 
65 
 
 
 
 
 
AQUI TEMOS MUITOS DETALHES QUE SÃO DIFERENTE DO CÓDIGO PENAL. 
Com o pacote anticrime tivemos várias mudanças no código penal comum no crime em questão. 
Por ex: No direito penal comum foi inserido como conduta criminosa induzir ou instigar a 
automutilação perceba que no CPM não há previsão de induzir ou instigar a automutilação. 
 
SEGUE AÍ O CODIGO PENAL COMUM PARA VOCÊ COMPRAR COM O CPM! 
Induzimento, instigação ou auxílio a suicídio ou a automutilação (Redação dada pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
Art. 122. Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação ou prestar-lhe auxílio 
material para que o faça: (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos. (Redação dada pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 1º Se da automutilação ou da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave ou 
gravíssima, nos termos dos §§ 1º e 2º do art. 129 deste Código: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 2º Se o suicídio se consuma ou se da automutilação resulta morte: (Incluído pela Lei nº 13.968, 
de 2019) 
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 3º A pena é duplicada: (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
I - se o crime é praticado por motivo egoístico, torpe ou fútil; (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de 
resistência. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 4º A pena é aumentada até o dobro se a conduta é realizada por meio da rede de computadores, 
de rede social ou transmitida em tempo real. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 5º Aumenta-se a pena em metade se o agente é líder ou coordenador de grupo ou de rede 
virtual. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
§ 6º Se o crime de que trata o § 1º deste artigo resulta em lesão corporal de natureza gravíssima e é 
cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou contra quem, por enfermidade ou deficiência mental, não 
tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, não pode oferecer 
resistência, responde o agente pelo crime descrito no § 2º do art. 129 deste Código. (Incluído pela Lei nº 
13.968, de 2019) 
§ 7º Se o crime de que trata o § 2º deste artigo é cometido contra menor de 14 (quatorze) anos ou 
contra quem não tem o necessário discernimento para a prática do ato, ou que, por qualquer outra causa, 
não pode oferecer resistência, responde o agente pelo crime de homicídio, nos termos do art. 121 deste 
Código. (Incluído pela Lei nº 13.968, de 2019) 
 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
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http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Lei/L13968.htm#art2
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DA LESÃO CORPORAL E DA RIXA 
 Lesão leve 
 Art. 209. Ofender a integridade corporal ou a saúde de outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Lesão grave 
 § 1° Se se produz, dolosamente, perigo de vida, debilidade permanente de membro, sentido ou função, 
ou incapacidade para as ocupações habituais, por mais de trinta dias: 
 Pena - reclusão, até cinco anos. 
 § 2º Se se produz, dolosamente, enfermidade incurável, perda ou inutilização de membro, sentido ou 
função, incapacidade permanente para o trabalho, ou deformidade duradoura: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Lesões qualificadas pelo resultado 
 § 3º Se os resultados previstos nos §§ 1º e 2º forem causados culposamente, a pena será de detenção, 
de um a quatro anos; se da lesão resultar morte e as circunstâncias evidenciarem que o agente não quis o 
resultado, nem assumiu o risco de produzi-lo, a pena será de reclusão, até oito anos. 
 Minoração facultativa da pena 
 § 4° Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor moral ou social ou sob o domínio 
de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena, de um sexto 
a um têrço. 
 § 5º No caso de lesões leves, se estas são recíprocas, não se sabendo qual dos contendores atacou 
primeiro, ou quando ocorre qualquer das hipóteses do parágrafo anterior, o juiz pode diminuir a pena de um a 
dois terços. 
 Lesão levíssima 
 § 6º No caso de lesões levíssimas, o juiz pode considerar a infração como disciplinar. 
 Lesão culposa 
 Art. 210. Se a lesão é culposa: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 § 1º A pena pode ser agravada se o crime resulta de inobservância de regra técnica de profissão, arte ou 
ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato socorro à vítima. 
 Aumento de pena 
 § 2º Se, em conseqüência de uma só ação ou omissão culposa, ocorrem lesões em várias pessoas, a 
pena é aumentada de um sexto até metade. 
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 Participação em rixa 
 Art. 211. Participar de rixa, salvo para separar os contendores: 
 Pena - detenção, até dois meses. 
 Parágrafo único. Se ocorre morte ou lesão grave, aplica-se, pelo fato de participação na rixa, a pena de 
detenção, de seis meses a dois anos. 
CAPÍTULO IV 
DA PERICLITAÇÃO DA VIDA OU DA SAÚDE 
 Abandono de pessoa 
 Art. 212. Abandonar o militar pessoa que está sob seu cuidado, guarda, vigilância ou autoridade e, por 
qualquer motivo, incapaz de defender-se dos riscos resultantes do abandono: 
 Pena - detenção, de seis meses a três anos. 
 Formas qualificadas pelo resultado 
 § 1º Se do abandono resulta lesão grave: 
 Pena - reclusão, até cinco anos. 
 § 2º Se resulta morte: 
 Pena - reclusão, de quatro a doze anos. 
 Maus tratos 
 Art. 213. Expor a perigo a vida ou saúde, em lugar sujeito à administração militar ou no exercício de 
função militar, de pessoa sob sua autoridade, guarda ou vigilância, para o fim de educação, instrução, 
tratamento ou custódia, quer privando-a de alimentação ou cuidados indispensáveis, quer sujeitando-a a 
trabalhos excessivos ou inadequados, quer abusando de meios de correção ou disciplina: 
 Pena - detenção, de dois meses a um ano. 
 Formas qualificadas pelo resultado 
 § 1º Se do fato resulta lesão grave: 
 Pena - reclusão, até quatro anos. 
 § 2º Se resulta morte: 
 Pena - reclusão, de dois a dez anos. 
 
 
 
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DOS CRIMES CONTRA A LIBERDADE 
Seção I - Dos crimes contra a liberdade 
individual 
 Constrangimento ilegal 
 Art. 222. Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por 
qualquer outro meio, a capacidade de resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer ou a tolerar que 
se faça, o que ela não manda: 
 Pena - detenção, até um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Aumento de pena 
 § 1º A pena aplica-se em dôbro, quando, para a execução do crime, se reúnem mais de três pessoas, ou 
há emprêgo de arma, ou quando o constrangimento é exercido com abuso de autoridade, para obter de alguém 
confissão de autoria de crime ou declaração como testemunha. 
 § 2º Além da pena cominada, aplica-se a correspondente à violência. 
 Exclusão de crime 
 § 3º Não constitui crime: 
 I - Salvo o caso de transplante de órgãos, a intervenção médica ou cirúrgica, sem o consentimento do 
paciente ou de seu representante legal, se justificada para conjurar iminente perigo de vida ou de grave dano 
ao corpo ou à saúde; 
 II - a coação exercida para impedir suicídio. 
 Ameaça 
 Art. 223. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio simbólico, de lhe causar 
mal injusto e grave: 
 Pena - detenção, até seis meses, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Parágrafo único. Se a ameaça é motivada por fato referente a serviço de natureza militar, a pena é 
aumentada de um têrço. 
 Desafio para duelo 
 Art. 224. Desafiar outro militar para duelo ou aceitar-lhe o desafio, embora o duelo não se realize: 
 Pena - detenção, até três meses, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Seqüestro ou cárcere privado 
 Art. 225. Privar alguém de sua liberdade, mediante seqüestro ou cárcere privado: 
 Pena - reclusão, até três anos. 
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 Aumento de pena 
 § 1º A pena é aumentada de metade: 
 I - se a vítima é ascendente, descendente ou cônjuge do agente; 
 II - se o crime é praticado mediante internação da vítima em casa de saúde ou hospital; 
 III - se a privação de liberdade dura mais de quinze dias. 
 Formas qualificadas pelo resultado 
 § 2º Se resulta à vítima, em razão de maus tratos ou da natureza da detenção, grave sofrimento físico ou 
moral: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 § 3º Se, pela razão do parágrafo anterior, resulta morte: 
 Pena - reclusão, de doze a trinta anos. 
Seção II - Do crime contra a inviolabilidade do domicílio 
 Violação de domicílio 
 Art. 226. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade expressa ou tácita 
de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências: 
 Pena - detenção, até três meses. 
 Forma qualificada 
 § 1º Se o crime é cometido durante o repouso noturno, ou com emprêgo de violência ou de arma, ou 
mediante arrombamento, ou por duas ou mais pessoas: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência. 
 Agravação de pena 
 § 2º Aumenta-se a pena de um têrço, se o fato é cometido por militarem serviço ou por funcionário público 
civil, fora dos casos legais, ou com inobservância das formalidades prescritas em lei, ou com abuso de poder. 
 Exclusão de crime 
 § 3º Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas dependências: 
 I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra diligência em 
cumprimento de lei ou regulamento militar; 
 II - a qualquer hora do dia ou da noite para acudir vítima de desastre ou quando alguma infração penal 
está sendo ali praticada ou na iminência de o ser. 
70 
 
 
 
 
 
 Compreensão do têrmo "casa" 
 § 4º O termo "casa" compreende: 
 I - qualquer compartimento habitado; 
 II - aposento ocupado de habitação coletiva; 
 III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade. 
 § 5º Não se compreende no têrmo "casa": 
 I - hotel, hospedaria, ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a restrição do nº II do 
parágrafo anterior; 
 II - taverna, boate, casa de jôgo e outras do mesmo gênero. 
Seção IV - Dos crimes contra a inviolabilidade dos segredos de caráter particular 
 Divulgação de segrêdo 
 Art. 228. Divulgar, sem justa causa, conteúdo de documento particular sigiloso ou de correspondência 
confidencial, de que é detentor ou destinatário, desde que da divulgação possa resultar dano a outrem: 
 Pena - detenção, até seis meses. 
 Violação de recato 
 Art. 229. Violar, mediante processo técnico o direito ao recato pessoal ou o direito ao resguardo das 
palavras que não forem pronunciadas públicamente: 
 Pena - detenção, até um ano. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem divulga os fatos captados. 
 Violação de segrêdo profissional 
 Art. 230. Revelar, sem justa causa, segrêdo de que tem ciência, em razão de função ou profissão, 
exercida em local sob administração militar, desde que da revelação possa resultar dano a outrem: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Natureza militar do crime 
 Art. 231. Os crimes previstos nos arts. 228 e 229 sòmente são considerados militares no caso do art. 9º, 
nº II, letra a . 
 
 
71 
 
 
 
 
 
DOS CRIMES CONTRA A ADMINISTRAÇÃO MILITAR 
DO DESACATO E DA DESOBEDIÊNCIA 
1.1 Desacato a superior 
Art. 298. Desacatar superior, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro, ou procurando deprimir-lhe a 
autoridade: 
Pena - reclusão, até quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
1.2 Agravação de pena 
Parágrafo único. A pena é agravada, se o superior é oficial general ou comandante da unidade a que 
pertence o agente. 
O sujeito ativo, conforme descrição feita no tipo, somente pode ser o militar, mesmo assim de hierarquia 
inferior. O sujeito passivo é o Estado; secundariamente, o oficial desacatado. Aliás, desacatar quer dizer 
desprezar, faltar o respeito ou humilhar. O objeto da conduta é o superior. A dignidade e o decoro 
simbolizam a honradez, o brio, a decência, em suma, a autoestima da pessoa. Deprimir significa causar 
angústia, mas também humilhar ou rebaixar, conectando-se ao termo autoridade. Essa disposição final é 
desnecessária, pois já abrangida pela conduta principal (desacatar). Tal conduta pode implicar qualquer 
tipo de palavra grosseira ou ato ofensivo contra a pessoa que exerce função pública, incluindo ameaças e 
agressões físicas. Não se concretiza o crime se houver reclamação ou crítica contra a atuação funcional 
de alguém. “Simples censura, ou desabafo, em termos queixosos, mas sem tom insólito, não pode 
constituir desacato. Nem importa que o fato não tenha tido a publicidade que o agravasse, 
especialmente. Importa, unicamente, que ele tenha dado, de modo a não deixar dúvida, com o objetivo 
de acinte e de reação indevida ao livre exercício da função pública. (...) No que toca às palavras oralmente 
pronunciadas, importam o tom acre e a inflexão dada à voz, quando as testemunhas possam, ao depor 
sobre o fato, auxiliar na prova de que a configuração do desacato é ou pode ser concluída como inegável” 
(cf. Fernando Henrique Mendes de Almeida) 
 
ATENÇÃO! Somente se pune o desacato se outro delito mais grave não se configurar, como, por 
exemplo, a lesão corporal. O mesmo não ocorre com a tentativa de lesão ou ameaça: STM: “Não 
deve prevalecer a sentença a quo que condenou o réu de forma autônoma pelos crimes de desacato, 
ameaça, tentativa de lesão corporal, violência contra militar, haja vista que, pelo princípio da 
consunção, tais condutas são absorvidas por um único crime de desacato, conforme pacífica e 
remansosa doutrina e jurisprudência.” (Ap. 0000014 – 34.2007.7.07.0007 – PE, Plenário, rel. Marcos 
Martins Torres, 06.02.2012, v.u.). 
2.1 Desacato a militar 
Art. 299. Desacatar militar no exercício de função de natureza militar ou em razão dela: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui outro crime. 
2.2 Desacato a assemelhado ou funcionário 
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Art. 300. Desacatar assemelhado ou funcionário civil no exercício de função ou em razão dela, em 
lugar sujeito à administração militar: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui outro crime. 
Neste tipo penal, o sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, desde que o passivo secundário (o 
principal é o Estado) seja militar no exercício da função ou atuando em função dela. 
3.1 Desobediência 
Art. 301. Desobedecer a ordem legal de autoridade militar: 
Pena - detenção, até seis meses. 
 
 
 
 
 
 
3.2 Ingresso clandestino 
Art. 302. Penetrar em fortaleza, quartel, estabelecimento militar, navio, aeronave, hangar ou em 
outro lugar sujeito à administração militar, por onde seja defeso ou não haja passagem regular, ou 
iludindo a vigilância da sentinela ou de vigia: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O passivo é o Estado, simbolizado pela administração militar. 
Trata-se de uma modalidade específica de desobediência, embora não se configure a conduta típica contra 
uma autoridade ou funcionário em particular; voltase a unidades militares. Noutros termos, inexiste 
pessoalidade na transgressão. Penetrar significa ingressar em algum lugar, porém com o caráter de invasão. 
Volta-se a conduta típica a unidades particularmente tuteladas pelo Estado, tais como fortalezas, quartéis, 
estabelecimento militares de toda ordem, navios, aeronaves, hangares e outros lugares sujeito à 
administração militar. Há que se buscar, em tais lugares, a vedação de ingresso. 
Na jurisprudência: STM: “Incorre no delito de ingresso clandestino o civil que, estando no portão de 
identificação da Academia da Força Aérea, ludibria a Sentinela e adentra na Unidade, danificando a cancela 
e provocando uma perseguição no local. Para a configuração do delito previsto no art. 302 do CPM basta o 
simples perfazimento do núcleo do tipo, ou seja, penetrar nos locais ali indicados, não se exigindo os 
motivos determinantes do comportamento.” 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, inclusive o militar. Nesta hipótese, torna-se indispensável verificar se a ordem 
dada tem ou não relação com a função exercida, uma vez que, se tiver e não for cumprida, pode configurar-se o delito de 
prevaricação. Se o militar, que recebe ordem legal de outro, não pertinente ao exercício das suas funções, deixa de 
obedecer, é possível se configurar a desobediência, pois, nessa hipótese, age como particular. Entretanto, se receber a 
ordem e for da sua competência realizar o ato, pode concretizar-se outro tipo penal, como o supramencionado delito de 
prevaricação. O sujeito passivo é o Estado. Não há, nesta hipótese, sujeito secundário, pois o militar desatendido não 
defende nenhum interesse próprio. Desobedecer significa não ceder à autoridade ou força de alguém, resistirque a determinaram, aplica-se ao fato praticado durante sua vigência. 
lei excepcional: é aquela promulgada para atender a condições extraordinárias ou anormais da vida de 
uma comunidade, tais como, epidemia, guerra civil, revoluções, calamidade públicas etc.” 
 
Lei temporária: vigência previamente fixada pelo legislador. Este determina que a lei terá vigência até 
certa data”. 
 
Tempo do crime (DATA) 
Art. 5º Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do 
resultado. 
A teria adotada é a teoria da ATIVIDADE e NÃO DO resultado. 
 
 
Lugar do crime (LOCAL) 
Art. 6º Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em 
parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o 
resultado. 
 
Preste ATENÇÃO BISONHO!!!!! Aqui adotamos DUAS Teorias !!!! 
 
 
Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação omitida 
 
L - (lugar do crime) 
U - (teoria da ubiquidade nos Crimes comissivos) 
A - (teoria da atividade nos Crimes omissivos) 
 
Territorialidade, Extraterritorialidade 
Art. 7º Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte no território nacional, ou fora dêle, ainda 
que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. 
 
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Lei Penal Militar – Crime Praticado no Brasil: 
Aplicação da lei penal militar brasileira ao crime cometido, no todo ou em parte, no território 
nacional. A territorialidade está vinculada à própria soberania, onde a lei penal militar brasileira é 
aplicada no Brasil, qualquer que seja o agente ou vítima (nacional ou estrangeiro). 
 
Atenção tem exceção: No caso de Convenções, tratados e regras de direito internacional. 
Exemplo: Diplomata 
 
Lei Penal Militar – Crime Praticado fora do Brasil: 
O Brasil adota essa possibilidade em face do reconhecimento do Princípio da Defesa. O Princípio 
da Defesa relaciona-se ao Princípio da Soberania. Diz que a lei penal militar brasileira deve ser 
aplicada sempre que algum bem jurídico brasileiro for violado, qualquer que seja o agente ou vítima 
do crime e qualquer que seja o lugar do crime. 
 
Aqui vai mais uma particularidade do direito penal militar. A lei penal militar brasileira é aplicada 
nesse caso, pois as tropas brasileiras podem transitar em território estrangeiro em situação de 
guerra. 
 
Território nacional por extensão 
§ 1° Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as 
aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou 
militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada. 
 
Ampliação a aeronaves ou navios estrangeiros 
§ 2º É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios 
estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime atente contra as 
instituições militares. 
 
Requisitos para Aplicação Contra aeronaves ou navios estrangeiros: 
1. Sujeito à administração militar Brasileira; 
2. Crime atente contra as instituições militares Brasileira; 
 
Conceito de navio 
§ 3º Para efeito da aplicação deste Código, considera-se navio toda embarcação sob comando 
militar. 
 
 
Pena cumprida no estrangeiro 
Art.8° A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, 
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS CRIMES MILITARES 
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Os crimes militares são classificados em crimes propriamente militares e impropriamente militares, 
onde a classificação doutrinária simplifica de forma objetiva que crime propriamente militar é aquele 
que somente o militar pode cometer (deserção, por exemplo), bem como outros tipos penais, como 
os crimes previstos no art. 163 do Código Penal Militar – CPM (Recusa de Obediência) já que ao civil 
não caberia tal enquadramento, o tipo previsto no art. 175 do CPM (Praticar violência contra inferior), 
ou o crime do art. 195 (abandono de posto), pois o civil não teria como praticar tais delitos, mas 
somente o militar da ativa. 
 
Já o crime impropriamente militar é aquele que o civil também pode cometer, quando tal conduta 
é prevista no ordenamento militar castrense (CPM), e decorrente da aplicabilidade do art. 9º do CPM, 
podendo inclusive um crime militar ser praticado por civil. 
 
Sim, um civil também pode praticar um crime militar. Quando, por exemplo, invade uma instalação 
militar e comete o delito de furto ou roubo de um armamento, fica sujeito ao processo penal na 
Justiça Militar Castrense (desde que o crime seja contra as Forças Armadas), e lá será processado e 
julgado. 
 
 
 
 
 
CRIMES MILITARES 
 
Crime Propriamente Militar 
 
 
Crime Impropriamente Militar 
 
 
Crime Impropriamente Militar por Extensão 
 
 
FIQUE LIGADOOOOOOO !! 
ANTES DE INICIAR O TÓPICO SEGUINTE!!! Primeiramente devemos deixar, BEM claro, límpido e 
transparente que, TODA VEZ QUE O CÓDIGO PENAL MILITAR SE REFERIR A “QUALQUER PESSOA” COMO 
SENDO SUJEITO ATIVO, ESTAMOS FALANDO DE CRIMES COMETIDOS CONTRA AS FORÇAS ARMADAS - 
FEDERAIS DA UNIÃO!!! (“Forças Armadas Federais da União” é um mega pleonasmo redundante, repetitivo, 
abusivo e excêntrico! Sim eu sei! Mas agora ninguém terá desculpa se errar isso na prova!!) 
O CIVIL NUNCA SERÁ SUJEITO ATIVO DE CRIME CONTRA INSTITUIÇÕES MILITARES ESTADUAIS (PM e BM), 
POIS, CONTRA INSTITUIÇÕES MILITARES ESTADUAIS APENAS, SOMENTE,EXCLUSIVAMENTE PODE SER 
SUJEITO ATIVO OS MILITARES!!! 
CIVIL NÃO PRATICA CRIME MILITAR CONTRA INSTITUIÇÔES MILITARES ESTADUAIS - FORÇA DA 
EMENDA CONSTITUCIONAL DE Nº 45/2004. 
 
Exemplo: João Folgado da Silva adentra de maneira clandestina em um quartel da PM e 
furta um notebook. Ele é preso em flagrante. Resultado: Crime comum e será julgado na 
Justiça comum. Durante as investigações descobre-se que a sentinela do quartel, Cabo PM José 
Bandido, participou diretamente do crime concedendo informações e auxiliando na entrada e na 
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fuga de João Folgado da Silva. Resultado: João folgado da Silva responderá na Justiça comum por 
crime comum e o Cb PM José Bandido responderá por crime militar na Justiça Militar. 
 
Exemplo 02 : O mesmo exemplo, porém ao invés de um quartel da PM, o fato se dá em 
um quartel da Aeronáutica. Neste caso, não há nenhuma dúvida que ambos (tanto o civil quanto o 
militar) serão processados e julgados na Justiça Militar pelo cometimento de crime militar 
 
DEFINIÇÃO DE CRIME MILITAR EM TEMPO DE PAZ 
 
Art. 9º Consideram-se crimes militares, em tempo de paz: 
I - os crimes de que trata êste Código, quando definidos de modo diverso na lei penal comum, ou nela não 
previstos, qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; ( CRIMES PROPRIAMENTE MILITARES) 
II – os crimes previstos neste Código e os previstos na legislação penal, quando praticados: (Redação dada 
pela Lei nº 13.491, de 2017) (CRIMES IMPROPRIAMENTE MILITAR) 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, contra militar na mesma situação ou assemelhado; 
b) por militar em situação de atividade ou assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, contra 
militar da reserva, ou reformado, ou assemelhado, ou civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da função, em comissão de natureza militar, ou em 
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à administração militar contra militar da reserva, ou reformado, 
ou civil; (Redação dada pela Lei nº 9.299, de 8.8.1996) 
d) por militar durante o período de manobras ou exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou 
assemelhado, ou civil; 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, contra o patrimônio sob a administração militar, ou 
a ordem administrativa militar; 
III - os crimes praticados porou infringir. É 
preciso que a ordem dada seja do conhecimento direto de quem necessita cumpri-la. Na jurisprudência: STJ: “Nos termos do 
art. 301 do Código Penal Militar, para a caracterização do crime de desobediência, faz-se necessário que a ordem legal não 
cumprida seja emanada de autoridade militar” (CC 126.903-PB, 3.ª S., rel. Marco Aurélio Belizze, 24.04.203, v.u.). 
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DO PECULATO 
4.1 Peculato 
Art. 303. Apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que 
tem a posse ou detenção, em razão do cargo ou comissão, ou desviá-lo em proveito próprio ou 
alheio: 
Pena - reclusão, de três a quinze anos. 
§ 1º A pena aumenta-se de um terço, se o objeto da apropriação ou desvio é de valor superior a 20 
vezes o salário mínimo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O sujeito ativo somente pode ser o funcionário público, militar ou civil. O sujeito passivo é o Estado; 
secundariamente, a entidade de direito público ou o particular prejudicado. 
São duas as condutas típicas previstas no caput do artigo: 
a) apropriar-se, que significa tomar como propriedade sua ou apossar-se. É o que se chama de peculato 
apropriação; 
b) desviar, que significa alterar o destino ou desencaminhar. É o que se classifica como peculato desvio. 
STM: “O crime de peculato é praticado contra a Administração Pública e não contra o patrimônio, sendo 
certo que o dano necessário e suficiente para a sua consumação é aquele inerente à violação do dever de 
fidelidade para com ela. O peculato-desvio caracteriza-se quando o funcionário, muito embora sem ânimo 
de apossamento definitivo, emprega o objeto material em fim diverso de sua destinação, em proveito 
próprio ou alheio. A expressão posse descrita no tipo penal deve ser tomada em sentido amplo, não 
importando se direta ou indireta, incluindo-se, pois, a detenção” 
Assim como o furto, não se configura crime quando o funcionário público utiliza um bem qualquer 
infungível, em seu benefício ou de outrem, mas com a nítida intenção de devolver, isto é, sem que exista a 
vontade de se apossar do que não lhe pertence, mas está sob sua guarda. A vontade de se apropriar 
demonstra que a intenção precisa estar voltada à conquista definitiva do bem móvel. Portanto, inexiste 
crime quando o agente utiliza um veículo que lhe foi confiado para o serviço público em seu próprio 
benefício, isto é, para assuntos particulares. Configura-se, nessa hipótese, mero ilícito administrativo, 
mesmo de caráter disciplinar. Não se pode, ainda, falar em peculato de uso quando versar sobre dinheiro, 
ou seja, coisa fungível. Se o funcionário usar dinheiro que tem sob sua guarda para seu próprio benefício, 
pratica o delito de peculato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4.2 Peculato-furto 
§ 2º Aplica-se a mesma pena a quem, embora não tendo a posse ou detenção do dinheiro, valor ou 
bem, o subtrai, ou contribui para que seja subtraído, em proveito próprio ou alheio, valendo-se da 
facilidade que lhe proporciona a qualidade de militar ou de funcionário. 
ATENÇÃO!!! Não basta que haja a subtração, sendo indispensável que ela se concretize em razão da 
facilidade encontrada pelo funcionário para tanto. Se o agente, ainda que funcionário, não se vale do 
cargo, nem de qualquer facilidade por ele proporcionada, para subtrair bem da Administração 
Pública, comete furto, e não peculato. 
4.3 Peculato culposo 
§ 3º Se o funcionário ou o militar contribui culposamente para que outrem subtraia ou desvie o 
dinheiro, valor ou bem, ou dele se aproprie: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
Exemplificando: se um vigia de prédio público desvia-se de sua função de guarda, por negligência, 
permitindo, pois, que terceiros invadam o lugar e de lá subtraiam bens, responde por peculato culposo. O 
funcionário, neste caso, infringe o dever de cuidado objetivo, inerente aos crimes culposos, deixando de 
vigiar, como deveria, os bens da Administração que estão sob sua tutela. Vale ressaltar, ainda, que esta 
modalidade de peculato é sempre plurissubjetiva, isto é, necessita da concorrência de pelo menos duas 
pessoas: o funcionário (garante) e terceiro que comete o crime para o qual o primeiro concorre 
culposamente. É impossível que um só indivíduo seja autor de peculato culposo 
4.4 Extinção ou minoração da pena 
§ 4º No caso do parágrafo anterior, a reparação do dano, se precede a sentença irrecorrível, extingue 
a punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
4.5 Peculato mediante aproveitamento do erro de outrem 
Art. 304. Apropriar-se de dinheiro ou qualquer utilidade que, no exercício do cargo ou comissão, 
recebeu por erro de outrem: 
Pena - reclusão, de dois a sete anos. 
 
 
 
 
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DA CONCUSSÃO, EXCESSO DE EXAÇÃO E DESVIO 
4.6 Concussão 
Art. 305. Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes 
de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
O sujeito ativo é somente o funcionário público, militar ou civil. O sujeito passivo é o Estado; 
secundariamente, a entidade de direito público ou a pessoa diretamente prejudicada. Exigir significa 
ordenar ou demandar, havendo aspectos nitidamente impositivos e intimidativos na conduta, que não 
precisa ser, necessariamente, violenta. Não deixa de ser uma forma de extorsão, embora colocada em 
prática por funcionário público. 
 
4.7 Excesso de exação 
Art. 306. Exigir imposto, taxa ou emolumento que sabe indevido, ou, quando devido, empregar na 
cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
4.7.1 Desvio 
Art. 307. Desviar, em proveito próprio ou de outrem, o que recebeu indevidamente, em razão do 
cargo ou função, para recolher aos cofres públicos: 
Pena - reclusão, de dois a doze anos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o funcionário desviar (alterar o destino original) para si ou para outrem o que recebeu indevidamente (aceitar em 
pagamento sem previsão legal), pratica a figura qualificada do delito previsto neste artigo. O recolhimento, apesar de 
indevido, destina-se, sempre, aos cofres públicos, uma vez que se trata de exação (cobrança de impostos). 
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DA CORRUPÇÃO 
Corrupção passiva 
Art. 308. Receber, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função, ou 
antes de assumi-la, mas em razão dela vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: 
Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
Aumento de pena 
§ 1º A pena é aumentada de um terço, se, em consequência da vantagem ou promessa, o agente 
retarda ou deixa de praticar qualquer ato de ofício ou o pratica infringindo dever funcional. 
Diminuição de pena 
§ 2º Se o agente pratica, deixa de praticar ou retarda o ato de ofício com infração de dever 
funcional, cedendo a pedido ou influência de outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano. 
ATENÇÃO !! O sujeito ativo é somente o funcionário público, militar ou civil. O sujeito passivo é o 
Estado; secundariamente, a entidade de direito público ou a pessoa prejudicada. 
Corrupção ativa 
Art. 309. Dar, oferecer ou prometer dinheiro ou vantagem indevida para a prática, omissão ou 
retardamento de ato funcional: 
Pena - reclusão, até oito anos. 
Aumento de pena 
Parágrafo único. A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem, dádiva ou promessa, 
é retardado ou omitido o ato, ou praticado com infração de dever funcional. 
Atenção !! O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado. 
 Participação ilícita 
Art. 310. Participar, de modo ostensivo ou simulado, diretamente ou por interposta pessoa, em 
contrato, fornecimento, ou concessão de qualquer serviço concernente à administração militar, 
sobre que deva informar ou exercer fiscalização em razão do ofício: 
Pena - reclusão, de dois a quatro anos. 
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Parágrafo único. Na mesma penaincorre quem adquire para si, direta ou indiretamente, ou por ato 
simulado, no todo ou em parte, bens ou efeitos em cuja administração, depósito, guarda, fiscalização 
ou exame, deve intervir em razão de seu emprego ou função, ou entra em especulação de lucro ou 
interesse, relativamente a esses bens ou efeitos. 
O sujeito ativo deve ser funcionário público, militar ou civil, conforme o caso concreto. Participar (tomar 
parte de algo, associar-se) é a conduta nuclear, cujo objeto é o contrato, o fornecimento de serviço ou a 
concessão de serviço no tocante à administração militar. Busca-se assegurar a lisura dos atos 
administrativos, pois quem fiscaliza ou informa sobre o evento torna-se parcial nesse mister quando se 
insere no processo. O tipo penal especifica as várias possibilidades de execução, procurando abranger 
todas as situações viáveis: a) de modo ostensivo (aparente, visível, às claras) ou simulado (camuflado, 
fingido); de maneira direta (pessoal) ou indireta (por interposta pessoa). Igualmente, quem adquire 
(obtém algo, com ou sem custo monetário) bens ou efeitos gerados em razão da administração, depósito, 
guarda, fiscalização ou exame sobre o qual deve exercer alguma atividade em virtude de seu emprego ou 
função. O mesmo se dá caso especule (informar-se em detalhes, negociar, tratar) lucro ou interesse no 
tocante a tais bens ou efeitos. As formas de execução são as mesmas já definidas, vale dizer, de maneira 
ampla e abrangente. Em suma, o funcionário – militar ou civil – encarregado de informar ou fiscalizar atos 
administrativos tem o dever de se abster da participação em qualquer negócio. O tipo é alternativo, 
evidenciando condutas geradoras de resultado naturalístico (adquirir bens, por exemplo) e outras, 
meramente formais, implicando simples atividade (participar ou especular). A tentativa é possível em 
qualquer situação, embora o momento consumativo seja variável, dependendo da forma material ou 
formal do delito. 
 
 DA FALSIDADE 
 Falsificação de documento 
 Art. 311. Falsificar, no todo ou em parte, documento público ou particular, ou alterar documento 
verdadeiro, desde que o fato atente contra a administração ou o serviço militar: 
Pena - sendo documento público, reclusão, de dois a seis anos; sendo documento particular, 
reclusão, até cinco anos. 
Agravação da pena 
§ 1º A pena é agravada se o agente é oficial ou exerce função em repartição militar. 
Documento por equiparação 
§ 2º Equipara-se a documento, para os efeitos penais, o disco fonográfico ou a fita ou fio de aparelho 
eletromagnético a que se incorpore declaração destinada à prova de fato juridicamente relevante. 
 
 
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Sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O sujeito passivo é o Estado, em primeiro plano. Secundariamente, 
pode ser a pessoa prejudicada pela falsificação. Falsificar quer dizer reproduzir, imitando, ou contrafazer; 
alterar significa modificar ou adulterar. A diferença fundamental entre falsificar e alterar é que no primeiro 
caso o documento inexiste, sendo criado pelo agente, enquanto na segunda hipótese há um documento 
verdadeiro, atuando o agente para modificar-lhe o aspecto original. 
Este tipo penal preocupa-se com a forma do documento, por isso cuida da falsidade material. Não há 
necessidade de resultado naturalístico, nem de posterior uso do documento falsificado. A falsidade 
grosseira não é suficiente para a concretizar o delito, pois se exige a potencialidade lesiva do documento 
falsificado ou alterado; a contrafação ou modificação grosseira, não apta a ludibriar a atenção de terceiros, 
é inócua para esse fim. Eventualmente, pode se tratar de estelionato, quando, a despeito de grosseiramente 
falso, tiver trazido vantagem indevida, em prejuízo de outra pessoa, para o agente. Conferir: STM: 
“Demonstrada a grosseira falsificação, torna-se impossível a consumação do falsum, por absoluta ineficácia 
do meio. A evidente imprestabilidade do meio empregado leva ao afastamento de um dos elementos 
necessários para caracterização do crime, qual seja, a tipicidade. Ausente um dos elementos necessários 
para a configuração do crime, cabe a rejeição da Denúncia com espeque no art. 78, inciso II, do CPPM.” (RSE 
0000241-41.2011.7.01.0301 – RJ, Plenário, rel. Raymundo Nonato de Cerqueira Filho, 24.05.2012, v.u.). STJ: 
“A adulteração reconhecida como grosseira não configura, por si, o falsum (ou o crime de uso do falsum), 
podendo, isto sim, ser meio ou instrumento para a prática de outro crime” (HC 24.853-BA, 5.ª T., rel. Felix 
Fischer, 16.12.2003, v.u., DJ 09.02.2004, p. 194). 
 
Documento público é o escrito, revestido de certa forma, destinado a comprovar um fato, desde que 
emanado de funcionário público, com competência para tanto. Pode provir de autoridade nacional ou 
estrangeira (neste caso, desde que respeitada a forma legal prevista no Brasil), abrangendo certidões, 
atestados, traslados, cópias autenticadas e telegramas emitidos por funcionários públicos, atendendo ao 
interesse público. Caso o agente construa um documento novo, pratica a primeira conduta. Caso modifique, 
de qualquer modo, um documento verdadeiro, comete a segunda conduta. Ressalte-se que somente pode 
ser objeto do crime o documento válido, pois o que for considerado nulo está fora da proteção do tipo 
penal. 
 
Documento particular é todo escrito, produzido por alguém determinado, revestido de certa forma, 
destinado a comprovar um fato, ainda que seja a manifestação de uma vontade. O documento particular, 
por exclusão, é aquele que não se enquadra na definição de público, isto é, não emanado de funcionário 
público ou, ainda que o seja, sem preencher as formalidades legais. Assim, o documento público, emitido 
por funcionário sem competência a tanto, por exemplo, pode equiparar-se ao particular. As fotocópias sem 
autenticação não podem ser consideradas documentos públicos para os efeitos deste artigo. 
 
 
 
 
 
 
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Falsidade ideológica 
Art. 312. Omitir, em documento público ou particular, declaração que dele devia constar, ou nele 
inserir ou fazer inserir declaração falsa ou diversa da que devia ser escrita, com o fim de prejudicar 
direito, criar obrigação ou alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, desde que o fato 
atente contra a administração ou o serviço militar: 
Pena - reclusão, até cinco anos, se o documento é público; reclusão, até três anos, se o documento é 
particular. 
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa. O passivo é o Estado; secundariamente, a pessoa prejudicada 
pela falsificação. Omitir (deixar de inserir ou não mencionar); inserir (colocar ou introduzir); fazer inserir 
(proporcionar que se introduza). Os objetos das condutas devem ser declarações relevantes a constar em 
documentos públicos e particulares. A diferença fundamental entre inserir e fazer inserir é o modo pelo 
qual o agente consegue a introdução de declaração indevida no documento: no primeiro caso, age 
diretamente; no segundo, proporciona meios para que terceiro o faça. Na falsidade ideológica, como 
ensina Sylvio do Amaral, “não há rasura, emenda, acréscimo ou subtração de letra ou algarismo. Há, 
apenas, uma mentira reduzida a escrito, através de documento que, sob o aspecto material, é de todo 
verdadeiro, isto é, realmente escrito por quem seu teor indica” (Falsidade documental, p. 53). 
STM: “Comete o crime de falsidade ideológica o Militar, responsável pelo recebimento de gênero em sua 
Organização Militar, que atesta a entrega total de bens adquiridos por meio de licitação, cuja entrega foi 
feita de forma parcelada e posteriormente ao atesto 2. A não ocorrência de prejuízo ao Erário não 
descaracteriza a conduta típica da falsidade ideológica” 
Cheque sem fundos 
Art. 313. Emitir cheque sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado, se a emissão é feita 
de militar em favor de militar, ou se o fato atento contra a administração militar:Pena - reclusão, até cinco anos. 
Circunstância irrelevante 
§ 1º Salvo o caso do art. 245, é irrelevante ter sido o cheque emitido para servir como título ou 
garantia de dívida. 
Atenuação de pena 
§ 2º Ao crime previsto no artigo aplica-se o disposto nos §§ 1º e 2º do art. 240. 
 
O sujeito ativo deve ser militar, na primeira forma; pode, ainda, ser o civil, quando emitido em favor da 
administração militar. O passivo é o Estado; secundariamente, quem recebe o cheque. Emitir (colocar em 
circulação) é a conduta nuclear do tipo, cujo objeto é o cheque (título de crédito consistente em ordem de 
pagamento à vista), sem provisão de fundos em poder do sacado. A forma similar, prevista no art. 171, § 
2.º, VI, do Código Penal comum, constitui uma modalidade de estelionato, crime contra o patrimônio. 
Neste tipo penal, menciona-se, no seu título, a fraude, razão pela qual o delito é material, consumando-se 
quando o cheque não for pago pelo estabelecimento bancário. Na legislação penal militar, diversamente, 
o foco é diverso, voltando-se à credibilidade do título, bem como à moralidade administrativa. Pretende-
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se punir o militar, que coloca em circulação o cheque sem fundos, independentemente de prejuízo efetivo 
à vítima (outro militar). Aliás, o tipo menciona, ainda, a possibilidade do cheque ser colocado em 
circulação em favor da administração militar. De todo modo, o crime é formal, consumando-se com a 
simples emissão. 
Nos negócios em geral, costuma-se utilizar o cheque para garantir determinada dívida, o que se dá 
quando é pré-datado. Na legislação penal comum, a emissão de cheque dado em garantia, mesmo 
quando sem fundos, descaracteriza o delito de estelionato; afinal, quem o recebe sabe que o título não 
possui lastro bancário, não podendo ser considerado uma ordem de pagamento à vista. A 
descaracterização do título permite a atipicidade do fato. No cenário do art.313 do CPM tal situação não 
ocorre, pois, a emissão do cheque, sem provisão de fundos em poder do banco, é punida em função da 
atividade e não do resultado naturalístico. O objeto jurídico é a moralidade administrativa e não o 
patrimônio. Diante disso, menciona-se, com clareza, ser irrelevante, para a concretização do crime, a 
dação do título como garantia de dívida. Excepciona-se, entretanto, se o título for usado para caracterizar 
a extorsão indireta (art. 246, CPM). Parece-nos ter havido erro na redação deste artigo, referindo-se ao 
art. 245 (chantagem), quando, na realidade, o uso do título é instrumento da prática de extorsão indireta. 
Certidão ou atestado ideologicamente falso 
Art. 314. Atestar ou certificar falsamente, em razão de função, ou profissão, fato ou circunstância 
que habilite alguém a obter cargo, posto ou função, ou isenção de ônus ou de serviço, ou qualquer 
outra vantagem, desde que o fato atente contra a administração ou serviço militar: 
Pena - detenção, até dois anos. 
Agravação de pena 
Parágrafo único. A pena é agravada se o crime é praticado com o fim de lucro ou em prejuízo de 
terceiro. 
 
 
 
 
 
Uso de documento falso 
Art. 315. Fazer uso de qualquer dos documentos falsificados ou alterados por outrem, a que se 
referem os artigos anteriores: 
Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
Supressão de documento 
O sujeito ativo só pode ser o funcionário público, com atribuição para expedir o atestado ou a certidão. O sujeito 
passivo é o Estado. Atestar (afirmar ou demonstrar algo por escrito); certificar (afirmar a certeza de algo). Certificar é 
mais forte que atestar, pois representa a afirmação de algo que encontra respaldo em documento arquivado em alguma 
repartição do Estado e é, efetivamente, verdadeiro, estando na esfera de atribuição do funcionário público, enquanto o 
atestar representa uma afirmação passível de questionamento. Assim, atesta-se a idoneidade de alguém e certifica-se 
que a pessoa foi demitida do serviço público. Atestar provém do latim testis, ou seja, testemunhar, por isso é documento 
que contém o testemunho do signatário a respeito de um fato (Sylvio do Amaral, Falsidade documental, p. 126-127). 
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Art. 316. Destruir, suprimir ou ocultar, em benefício próprio ou de outrem, ou em prejuízo alheio, 
documento verdadeiro, de que não podia dispor, desde que o fato atente contra a administração ou 
o serviço militar: 
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o documento é público; reclusão, até cinco anos, se o 
documento é particular. 
Uso de documento pessoal alheio 
Art. 317. Usar, como próprio, documento de identidade alheia, ou de qualquer licença ou privilégio 
em favor de outrem, ou ceder a outrem documento próprio da mesma natureza, para que dele se 
utilize, desde que o fato atente contra a administração ou o serviço militar: 
Pena - detenção, até seis meses, se o fato não constitui elemento de crime mais grave. 
Falsa identidade 
Art. 318. Atribuir-se, ou a terceiro, perante a administração militar, falsa identidade, para obter 
vantagem em proveito próprio ou alheio, ou para causar dano a outrem: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
DOS CRIMES CONTRA O DEVER FUNCIONAL 
 Prevaricação 
 Art. 319. Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra expressa 
disposição de lei, para satisfazer interêsse ou sentimento pessoal: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 Violação do dever funcional com o fim de lucro 
 Art. 320. Violar, em qualquer negócio de que tenha sido incumbido pela administração militar, seu dever 
funcional para obter especulativamente vantagem pessoal, para si ou para outrem: 
 Pena - reclusão, de dois a oito anos. 
 Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento 
 Art. 321. Extraviar livro oficial, ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo, sonegá-
lo ou inutilizá-lo, total ou parcialmente: 
 Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Condescendência criminosa 
 Art. 322. Deixar de responsabilizar subordinado que comete infração no exercício do cargo, ou, quando 
lhe falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: 
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 Pena - se o fato foi praticado por indulgência, detenção até seis meses; se por negligência, detenção até 
três meses. 
 Não inclusão de nome em lista 
 Art. 323. Deixar, no exercício de função, de incluir, por negligência, qualquer nome em relação ou lista 
para o efeito de alistamento ou de convocação militar: 
 Pena - detenção, até seis meses. 
 Inobservância de lei, regulamento ou instrução 
 Art. 324. Deixar, no exercício de função, de observar lei, regulamento ou instrução, dando causa direta à 
prática de ato prejudicial à administração militar: 
 Pena - se o fato foi praticado por tolerância, detenção até seis meses; se por negligência, suspensão do 
exercício do pôsto, graduação, cargo ou função, de três meses a um ano. 
 Violação ou divulgação indevida de correspondência ou comunicação 
 Art. 325. Devassar indevidamente o conteúdo de correspondência dirigida à administração militar, ou por 
esta expedida: 
 Pena - detenção, de dois a seis meses, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem, ainda que não seja funcionário, mas desde que o fato 
atente contra a administração militar: 
 I - indevidamente se se apossa de correspondência, embora não fechada, e no todo ou em parte a sonega 
ou destrói; 
 II - indevidamente divulga, transmite a outrem, ou abusivamente utiliza comunicação de interêsse militar; 
 III - impede a comunicação referida no número anterior. 
 Violação de sigilo funcional 
 Art. 326. Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo ou função e que devapermanecer em 
segrêdo, ou facilitar-lhe a revelação, em prejuízo da administração militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Violação de sigilo de proposta de concorrência 
 Art. 327. Devassar o sigilo de proposta de concorrência de interêsse da administração militar ou 
proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 Obstáculo à hasta pública, concorrência ou tomada de preços 
 Art. 328. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de hasta pública, concorrência ou tomada de preços, 
de interêsse da administração militar: 
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 Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
 Exercício funcional ilegal 
 Art. 329. Entrar no exercício de pôsto ou função militar, ou de cargo ou função em repartição militar, antes 
de satisfeitas as exigências legais, ou continuar o exercício, sem autorização, depois de saber que foi 
exonerado, ou afastado, legal e definitivamente, qualquer que seja o ato determinante do afastamento: 
 Pena - detenção, até quatro meses, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Abandono de cargo 
 Art. 330. Abandonar cargo público, em repartição ou estabelecimento militar: 
 Pena - detenção, até dois meses. 
 Formas qualificadas 
 § 1º Se do fato resulta prejuízo à administração militar: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 § 2º Se o fato ocorre em lugar compreendido na faixa de fronteira: 
 Pena - detenção, de um a três anos. 
 Aplicação ilegal de verba ou dinheiro 
 Art. 331. Dar às verbas ou ao dinheiro público aplicação diversa da estabelecida em lei: 
 Pena - detenção, até seis meses. 
 Abuso de confiança ou boa-fé 
 Art. 332. Abusar da confiança ou boa-fé de militar, assemelhado ou funcionário, em serviço ou em razão 
dêste, apresentando-lhe ou remetendo-lhe, para aprovação, recebimento, anuência ou aposição de visto, 
relação, nota, empenho de despesa, ordem ou fôlha de pagamento, comunicação, ofício ou qualquer outro 
documento, que sabe, ou deve saber, serem inexatos ou irregulares, desde que o fato atente contra a 
administração ou o serviço militar: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 Forma qualificada 
 § 1º A pena é agravada, se do fato decorre prejuízo material ou processo penal militar para a pessoa de 
cuja confiança ou boa-fé se abusou. 
 Modalidade culposa 
 § 2º Se a apresentação ou remessa decorre de culpa: 
 Pena - detenção, até seis meses. 
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 Violência arbitrária 
 Art. 333. Praticar violência, em repartição ou estabelecimento militar, no exercício de função ou a pretexto 
de exercê-la: 
 Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da correspondente à violência. 
 Patrocínio indébito 
 Art. 334. Patrocinar, direta ou indiretamente, interêsse privado perante a administração militar, valendo-
se da qualidade de funcionário ou de militar: 
 Pena - detenção, até três meses. 
 Parágrafo único. Se o interêsse é ilegítimo: 
 Pena - detenção, de três meses a um ano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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APLICAÇÃO DA LEI PENAL MILITAR 
01 Ano: 2016 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: Soldado da Polícia Militar 
Sobre a aplicação da lei penal militar, é CORRETO afirmar que 
a) as leis penais militares devem retroagir em benefício do acusado, mas uma lei posterior, que 
reduza a pena de um crime, não se aplica a casos de condenações já transitadas em julgado, regra 
que não foi alterada pela Constituição de 1988. 
b) o Código Penal Militar já proibia a chamada “combinação de leis”, vedada pelo Supremo Tribunal 
Federal, ao determinar que a aferição da lei mais favorável deve ser feita pelo confronto do 
conjunto de dispositivos de cada lei. 
c) a aplicação da lei penal militar no espaço é regida tanto pelo critério da territorialidade quanto 
pelo da extraterritorialidade, de modo que o militar brasileiro, em ação no exterior, deve ser 
julgado no país onde foi praticado o crime em tese. 
d) o militar que, submetido à jurisdição estrangeira, tenha sido condenado, por crime militar, a uma 
pena não privativa de liberdade, não tem direito a qualquer redução da pena prisional que 
eventualmente receba no Brasil pelo mesmo fato. 
 
02 Ano: 2015 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Soldado da Polícia Militar 
Considerando os dispositivos contidos no Código Penal Militar, marque “V" para verdadeira e “F" 
para falsa nas alternativas a seguir. 
 
( ) O militar da reserva não remunerada possui as responsabilidades e prerrogativas do posto e da 
graduação, para efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é praticado 
crime militar, por estar desobrigado de forma permanente do serviço ativo. 
( ) Um militar de folga que se opõe à determinação de uma ordem da sentinela do quartel, comete o 
crime do art. 162 (despojamento desprezível). 
( ) Equipara-se a Comandante, para efeito de aplicação do Código Penal Militar, toda a autoridade 
com função de direção. 
( ) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em 
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, salvo quanto aos efeitos de 
natureza civil. 
Marque a alternativa que contém a sequência CORRETA de respostas: 
a) F, F, V, F. 
b) F, V, F, V. 
c) F, F, V, V 
d) V, V, V, F. 
 
03 Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: CBM-AC Prova: Soldado do Corpo de Bombeiro 
Segundo a aplicação da lei penal militar, pode-se afirmar: 
a) Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o 
do resultado. 
b) A lei posterior que, de qualquer outro modo, favorece o agente, aplica-se 
retroativamente, exceto quando já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. 
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c) Para se reconhecer qual a mais favorável, a lei posterior e a anterior devem ser 
consideradas conjuntamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. 
d) A pena cumprida no estrangeiro não atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime militar. 
e) Não há crime sem lei ou resolução anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação legal. 
 
04 Ano: 2015 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Em relação ao Decreto-lei n. 1.001/69 (Código Penal Militar), analise as assertivas abaixo: 
I – O Código Penal Militar adota a teoria da atividade ou da ação em relação à definição de lugar de 
crime. 
II – O furto de uso definido no art. 241, exige que o infrator não tenha por objetivo ter a posse de 
forma definitiva e o objeto seja restituído imediatamente após o uso, ou reposto no lugar onde se 
achava. 
III – Nos termos da Lei Penal Militar, o militar que exerce função, a qual exerça autoridade sobre 
outro de igual posto ou graduação, é considerado superior. 
IV – Configura o delito do sono, o militar que, sendo negligente no plantão, deixa-se vencer pelo 
sono, vindo a cochilar durante o serviço. 
São INCORRETAS as assertivas: 
a) I, III e IV, apenas. 
b) I e III, apenas. 
c) I e IV, apenas. 
d) Todas estão incorretas. 
 
05 Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Primeiro Tenente 
 
Considere as seguintes afirmativas sobre o Código Penal Militar: 
I. 0 defeito do ato de incorporação exclui a aplicação da lei penal militar. 
II. 0 militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou 
graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando prática ou contra ele é praticado 
crime militar. 
III. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do começo. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): 
a) I. 
b) II. 
c) I e II. 
d) II e III. 
 
06 Ano: 2015 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova:Primeiro Tenente 
Em relação ao crime militar e o lugar do crime, considera-se praticado o fato: 
a) Onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
b) No lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa. 
c) No lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou em parte, bem como onde se 
produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
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d) No momento da ação ou omissão, no lugar em que se desenvolveu a ação criminosa, 
independentemente de onde deveria produzir-se o resultado. 
 
07 Ano: 2015 Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: Aspirante da Polícia Militar 
A lei penal militar, disposta no Código Penal Militar, Decreto-Lei nº 1.001/69, utiliza-se de alguns 
princípios como o da legalidade e da retroatividade da lei mais benigna. Dentre os conceitos da 
aplicação desta Lei, é incorreto afirmar: 
a) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou 
em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria 
realizar-se a ação omitida. 
b) Para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as 
aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou 
militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de 
aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração militar, e o crime 
atente contra as instituições militares. 
c) É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, em tempo de 
paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em pôsto, graduação, ou 
sujeição à disciplina militar. Equipara-se ao subcomandante, para o efeito da aplicação da lei penal 
militar, toda autoridade com função de direção. O militar que, em virtude da função, exerce 
autoridade sobre outro de igual pôsto ou graduação, considera- se em função de direção e 
equipara-se ao subcomandante, para efeito da aplicação da lei penal militar. 
d) Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as pessoas 
enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. Para os efeitos da lei penal militar, são 
considerados estrangeiros os apátridas e os brasileiros que perderam a nacionalidade. Quando este 
Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da sua aplicação, os juízes, os 
representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares da Justiça Militar. 
 
08 Ano: 2014 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: PM-PE Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Sobre a aplicação da Lei Penal Militar, analise os itens a seguir: 
I. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do 
resultado. 
II. Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou 
em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. 
III. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar onde deveria realizar-se a ação 
omitida. 
IV. No cômputo dos prazos, exclui-se o dia do começo e inclui-se o último dia. 
Está CORRETO o que se afirma em 
a) I e IV, apenas. 
b) II, III e IV, apenas. 
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c) I, II e III, apenas. 
d) II e III, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
09 Ano: 2014 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Oficial do Quadro Complementar 
Analise as afirmativas abaixo, sobre o positivado no Código Penal Militar (CPM) em vigor, colocando 
entre parênteses a letra V, quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se tratar 
de afirmativa falsa. A seguir, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
 
( ) Os dispositivos do CPM que se referem ao tempo de guerra possuem natureza de lei temporária 
e, por isso, aplicam-se mesmo após encerrado o tempo de guerra. 
 
( ) Se um militar brasileiro pratica um crime em missão no Haiti, ainda que segundo o CPM o crime 
seja considerado crime militar, o CPM não é aplicável em razão da limitação imposta pelo Princípio 
da Territorialidade. 
 
( ) Segundo positivado no CPM, deve-se considerar como navio uma pequena lancha da Marinha do 
Brasil com três Fuzileiros Navais, comandada por um Capitão-Tenente da mesma Força Armada. 
a) V – V – V 
b) V – F – V 
c) F – V – V 
d) F – F – V 
e) F – F – F 
 
10 
Ano: 2014 Banca: PM-RO Órgão: PM-RO Prova: Sargento da Polícia Militar 
 
Segundo o Direito Penal Militar, julgue os itens subsequentes. 
È correto afirmar que para efeito da aplicação da Lei Penal Militar, que no caso de sentença 
condenatória irrecorrível, uma lei posterior que favoreça o agente não retroagirá. 
 Certo/ Errado 
11 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Tecnólogo de Administração 
Com relação ao salário mínimo, é correto afirmar que o Código Penal Militar 
a) não trata deste assunto. 
b) diz que, para efeitos penais, salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo da 
sentença. 
c) diz que, para efeitos penais, salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo do crime. 
d) diz que, para efeitos penais, salário mínimo é o menor mensal vigente no país, ao tempo do 
crime. 
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e) diz que, para efeitos administrativos, salário mínimo é o maior mensal vigente no país, ao tempo 
da indenização. 
12 
Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Tecnólogo de Administração 
Assinale a alternativa correta com relação ao militar da reserva ou reformado quando pratica ou 
contra ele é praticado crime militar 
a) Não conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para efeito da 
aplicação da lei penal militar. 
b) Não é considerado militar para efeitos da aplicação da lei penal militar. 
c) Equipara-se ao militar em situação de atividade, para efeito da aplicação da lei penal militar 
d) Aplicase a legislação penal comum, considerandoo um civil 
e) Conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou graduação, para o efeito da aplicação 
da lei penal militar. 
 
13 Ano: 2014 Banca: UESPI Órgão: PM-PI Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Com relação à Lei Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) O defeito do ato de incorporação exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou 
conhecido antes da prática do crime. 
b) O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do posto ou 
graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, apenas quando pratica crime militar. 
c) Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei 
penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais. 
d) A pena privativa da liberdade por mais de quatro anos, aplicada a militar, é cumprida em 
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou 
detento sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões 
também poderá gozar. 
e) A pena privativa da liberdade por mais de três anos, aplicada a militar, é cumprida em 
penitenciária militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil, ficando o recluso ou 
detento sujeito ao regime conforme a legislação penal comum, de cujos benefícios e concessões 
também poderá gozar. 
14 Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-MT Prova: Soldado da Polícia Militar 
De acordo com o Código Penal Militar, a lei posterior ao fato criminoso que, de qualquer outro 
modo, favorece o agente: 
a) aplica-se apenas aos fatos ocorridos a partir de sua publicação. 
b) aplica-se retroativamente, exceto se já tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. 
c) provoca a nulidade absoluta do processo criminalvalor do dano em curso. 
d) aplica-se retroativamente, mesmo quando já tenha sobrevindo sentença condenatória 
irrecorrível. 
e) provoca a anulação de todos os atos formais do processo criminal em curso. 
 
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Ano: 2013 Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
No que se refere à aplicação da lei penal militar, assinale a alternativa correta. 
90 
 
 
 
 
 
a) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou 
em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria 
realizar-se a ação omitida. 
b) A pena dos crimes militares pode ser cominada por lei formal ou por regulamento disciplinar da 
corporação. 
c) Aos crimes praticados em tempo de guerra aplicam-se, em regra, as mesmas penas cominadas 
para o tempo de paz. 
d) Considera-se praticado o crime no momento da produção do resultado. 
e) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em 
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, inclusive quanto aos efeitos 
de natureza civil. 
 
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Ano: 2013 Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
Um soldado da polícia militar fazia patrulhamento em via pública quando se deparou com pessoa 
que parecia portar drogas. Ao aproximar-se para efetuar busca pessoal, o abordado correu para 
evitar a prisão, momento em que o soldado efetuou disparos com a arma de fogo da corporação 
para impedir a fuga, com isso provocando a morte do civil. 
Com base na situação descrita e considerando que o Código Penal Militar prevê que a conduta de 
matar alguém corresponde ao crime de homicídio simples, assinale a alternativa correta. 
a) O soldado praticou crime militar, motivo pelo qual será julgado pela Justiça Militar do Distrito 
Federal. 
b) Apesar de o ato praticado pelo soldado não ser crime militar, o julgamento será realizado 
perante a Justiça Militar. 
c) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu em exercício regular de direito. 
d) Por se tratar de crime doloso praticado contra a vida de civil, a conduta do soldado não 
caracteriza crime militar, razão pela qual o julgamento ocorrerá na Justiça Comum. 
e) A conduta praticada pelo soldado não é crime, uma vez que agiu no estrito cumprimento do 
dever legal. 
 
17 Ano: 2013 Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
No que se refere à aplicação da lei penal militar, assinale a alternativa correta. 
a) Considera-se praticado o fato, no lugar em que se desenvolveu a atividade criminosa, no todo ou 
em parte, e ainda que sob forma de participação, bem como onde se produziu ou deveria produzir-
se o resultado. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria 
realizar-se a ação omitida. 
b) A pena dos crimes militares pode ser cominada por lei formal ou por regulamento disciplinar da 
corporação. 
c) Aos crimes praticados em tempo de guerra aplicam-se, em regra, as mesmas penas cominadas 
para o tempo de paz. 
d) Considera-se praticado o crime no momento da produção do resultado. 
91 
 
 
 
 
 
e) Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando, em 
virtude dela, a própria vigência de sentença condenatória irrecorrível, inclusive quanto aos efeitos 
de natureza civil. 
 
18 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
No que se refere à aplicação do princípio da insignificância no direito penal militar, assinale a opção 
correta. 
a) O princípio da insignificância somente pode ser aplicado nos crimes materiais ou de resultado. 
b) O juízo positivo de tipicidade dispensa a análise da ofensa ao bem jurídico tutelado. 
c) A excludente de tipicidade pela aplicação do princípio da bagatela é aceita por analogia, ou 
interpretação integrativa, inclusive contra a lei. 
d) O princípio da insignificância não é um princípio constitucional implícito. 
e) A exposição de motivos do CPM admite a aplicação do princípio da insignificância. 
 
19 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
Assinale a opção correta a respeito da aplicação da lei penal militar no tempo e das leis penais 
excepcionais e temporárias. 
a) As normas do CPM relativas aos crimes militares praticados em tempo de guerra não constituem 
exemplo de lei penal temporária. 
b) Aos condenados por crimes praticados em tempo de guerra serão aplicadas as penas mais 
severas estabelecidas, ainda que a sentença condenatória seja proferida depois da cessação do 
estado de guerra. 
c) Ao contrário do que ocorre no direito penal comum, no direito penal militar, a lei posterior que 
deixa de considerar determinado fato como crime estende-se aos efeitos de natureza civil. 
d) De acordo com o CPM, para se reconhecer qual a lei mais favorável, a lei posterior e a anterior 
devem ser combinadas, extraindo-se de cada uma delas o dispositivo que mais beneficie o réu. 
e) O princípio da retroatividade benigna não é aplicável às medidas de segurança. 
 
20 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
A respeito da lei penal militar no espaço, do lugar do crime e da pena cumprida no estrangeiro, 
assinale a opção correta. 
a) O CPM pune o infrator aos seus preceitos, qualquer que seja sua nacionalidade ou o lugar onde 
tenha delinquido, dentro ou fora do território nacional, processado ou julgado por justiça 
estrangeira. 
b) Os prédios das embaixadas não são considerados, para o direito penal militar, como extensão do 
território nacional, visto que pertencem aos Estados que representam. 
c) Para a verificação do lugar do crime, o CPM adotou, apenas, a teoria da atividade, considerando 
praticado o fato no lugar em que se tiver desenvolvido a atividade criminosa. 
d) A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime, quando 
diversas, ou nesta é computada, quando idênticas. Assim, se for mais severa, a pena cumprida no 
estrangeiro funcionará, por não ser idêntica, apenas como uma atenuante, não podendo ser 
computada na pena aqui imposta. 
92 
 
 
 
 
 
e) Da mesma forma que o CP, o CPM adota, como regra, o princípio da territorialidade e, como 
exceção, o princípio da extraterritorialidade. 
21 Ano: 2013Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Segundo o Código Penal Militar, em relação ao tempo do crime foi adotada a teoria 
a) do resultado 
b) da ubiquidade 
c) da atividade 
d) mista 
 
22 Ano: 2013Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Aspirante da Polícia Militar 
No que diz respeito à aplicação da lei penal, segundo o Código Penal Militar, tem-se que 
a) o militar da reserva ou reformado, mesmo não empregado na administração militar, equipara-se 
ao militar em situação de atividade. 
b) o Código Penal Militar trabalha apenas com o conceito de superior hierárquico, para fins de 
aplicação da lei militar. 
c) é considerado superior toda autoridade que exerce função de direção. 
d) os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas forças armadas, ficam sujeitos à lei 
penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou convenções internacionais. 
 
23 Ano: 2013 Banca: CRS – PMMG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
No Brasil, atualmente, além dos militares, o civil ainda é submetido, excepcionalmente, à lei penal 
militar. O conceito de crime militar em tempo de paz é bastante controvertido e, por vezes, 
determina debates acalorados no âmbito de nossas cortes superiores, especialmente, no que tange 
a posicionamentos do Superior Tribunal Militar em linha divergente com o Supremo Tribunal 
Federal. Partindo do princípio de que vivemos em um Estado Democrático de Direito, considere as 
afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA. 
 
a) Os militares da ativa, reserva e reformados que praticaram crimes em tempo de paz, em lugar 
sujeito à administração militar,somente poderão ser processados e julgados por tribunais militares. 
b) Como o Código Penal Militar proíbe a crítica indevida de ato de superior ou de assunto atinente à 
disciplina militar, impede a liberdade de expressão e livre manifestação do pensamento dos 
militares. 
c) Os crimes propriamente militares, assim como os impropriamente militares, somente autorizam 
a prisão do militar em caso de flagrante delito ou por ordem judicial. 
d) Mediante a análise comparativa dos conceitos doutrinários, infere-se que a definição clássica 
romana de crime militar próprio continua sendo o fato praticado pelo militar, infringindo deveres 
militares resultantes de sua função ou profissão. 
 
24 Ano: 2013 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Tecnólogo de Administração 
Para o fim da aplicação da lei penal militar, nos termos do artigo 9.º do Código Penal Militar, a 
expressão “militar em situação de atividade” refere­se a 
a) militar atuando em razão da função. 
b) militar em serviço. 
c) militar da ativa. 
d) militar da reserva. 
93 
 
 
 
 
 
e) militar reformado. 
 
25 Ano: 2012Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Primeiro Tenente 
Sobre o Código Penal Militar,analise as afirmativas abaixo. 
I. Nos crimes omissivos, o fato considera-se praticado no lugar em que deveria realizar-se a ação 
omitida. 
II. Aplica-se a lei penal militar, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito 
internacional, ao crime cometido, no todo ou em parte, no território nacional ou fora dele, ainda 
que, neste caso, o agente esteja sendo processado ou tenha sido julgado pela justiça estrangeira. 
Ill. Não é aplicável a lei penal militar ao crime praticado a bordo de aeronaves ou navios 
estrangeiros, mesmo que em lugares sujeitos à administração militar e o crime atente contra as 
instituições militares. 
 
Estão corretas as afirmativas 
a) I, Il e Ill. 
b) I e ll, apenas. 
c) I e lll, apenas. 
d) Il e Ill, apenas. 
 
26 Ano: 2012Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Primeiro Tenente - Direito 
De acordo com o entendimento de Cláudio Amin Miguel e Ione de Souza Cruz na obra Elementos de 
Direito Penal Militar: parte geral, a teoria adotada pelo Código Penal Militar, no que se refere ao 
"estado de necessidade", foi a: 
a) unitária. 
b) da equidade. 
c) diferenciadora. 
d) mista. 
e) da duplicidade. 
 
27 Ano: 2011Banca: FUMARC Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
O artigo 9º do Código Penal Militar trata das hipóteses de incidência da Lei Penal Militar em tempo 
de paz. Analise os fatos abaixo: 
“Num final de semana, um Coronel da Ativa Y viaja de férias para Poços de Caldas/MG e encontra o 
Tenente da Reserva PMMG X, que fora seu subordinado e desafeto. Inesperadamente, o Tenente X 
agride o Coronel Y na saída do hotel em que estavam hospedados.” 
Assinale a alternativa CORRETA: 
 
a) A atitude do Tenente X configura crime militar, mas por se tratar de oficial da reserva o autor, o 
processo tramitará na Justiça Comum. 
b) A atitude do Tenente X configura crime militar, por se tratar de crime de militar para militar e o 
processo tramitará na Justiça Militar 
c) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas o processo tramitará na Justiça Militar 
por se tratar de crime de militar para militar. 
d) A atitude do Tenente X não configura crime militar, mas sim crime comum, e o processo 
tramitará na Justiça Comum. 
94 
 
 
 
 
 
 
28 Ano: 2011 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Sargento da Polícia Militar 
A Lei Federal n.º 9.299, promulgada em 08 de outubro de 1996, alterou dispositivos dos Decretos-
leis n.º 1.001 e 1.002, de 21 de outubro de 1969, Códigos Penal e de Processo Penal Militar, 
respectivamente, passando a vigorar com as alterações. 
Sobre tais alterações, é correto afirmar que: 
a) os crimes, quando dolosos contra a vida e cometidos por militar em serviço contra civil, serão de 
competência da Justiça Militar. 
b) os crimes, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, serão da competência da 
Justiça Comum. 
c) quando da prática de crimes dolosos contra a vida, praticados contra civil, a justiça comum 
sempre encaminhará os autos de inquérito policial à justiça castrense. 
d) os crimes dolosos contra a vida, na esfera penal militar, quando qualificados, são considerados 
como crime hediondo, nos termos da Lei Federal n.º 8.072/1990. 
 
29 Ano: 2011 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Oficial do Quadro Complementar 
Quanto à aplicação da lei penal militar, assinale a resposta correta. 
a) A lei excepcional é ultrativa, ou seja, aplica-se a fatos posteriores à sua vigência. 
b) Os crimes militares previstos para o tempo de paz são considerados crimes militares em tempo 
de guerra, em qualquer hipótese. 
c) O defeito de incorporação conhecido antes da prática do crime militar exclui a aplicação da lei 
penal respectiva. 
d) A ocorrência de uma lei supressiva de incriminação faz cessar todos os efeitos da sentença penal 
condenatória irrecorrível, inclusive, os de natureza civil. 
e) Não se aplica a lei penal militar brasileira ao crime cometido por militar brasileiro, em serviço, 
fora do território nacional, ainda que tratado internacional firmado pelo Brasil disponha nesse 
sentido. 
 
30 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Julgue o item seguinte, relativo à aplicação da lei militar. 
Lei posterior, supressiva de incriminação, impede a punição de uma pessoa por fato que deixou de 
considerar crime, cessando, em virtude dela, a própria vigência de sentença penal condenatória. 
 
Certo Errado 
 
31 Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: PM-GO Prova: Soldado da Polícia Militar 
Sobre a aplicação da lei penal militar, nos moldes do Decreto-Lei n° 1.001/1969, é correto afirmar 
que: 
a) a lei posterior, que de qualquer forma favorecer o agente, não retroagirá se já tiver sobrevindo 
sentença condenatória irrecorrível. 
b) considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja o do 
resultado 
c) a lei excepcional ou temporária, quando decorrido o tempo de sua duração, não se aplica ao fato 
praticado durante a sua vigência 
95 
 
 
 
 
 
d) somente se considera local do crime aquele onde se produziu o resultado, sendo irrelevante o 
local da ação ou omissão. 
e) a pena cumprida no estrangeiro não atenua nem é computada da pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime. 
 
32 Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: PM-GO Prova: Soldado da Polícia Militar 
De acordo com as regras previstas no Código Penal Militar, pode-se afirmar que: 
a) o militar da reserva ou reformado não se equipara ao militar em situação de atividade para o 
efeito de aplicação da lei penal militar. 
b) o defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo se alegado ou 
conhecido antes da prática do crime. 
c) no cômputo dos prazos da lei penal militar, não se inclui o dia de começo 
d) para os crimes praticados em tempo de guerra, aplicam- se as penas cominadas para o tempo de 
paz, sem a incidência de causa de aumento de pena. 
e) os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituiçõesmilitares, definidos 
noCódigo PenalMilitar, não excluem os da mesma natureza definidos em outras leis. 
 
33 Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: PM-GO Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Acerca da aplicação da lei penal militar, é correto afirmar que: 
 
a) a lei excepcional ou temporária, depois de decorrido o período de sua duração ou cessadas as 
circunstâncias que a determinaram, não se aplica ao fato praticado durante sua vigência. 
b) para os efeitos da lei penal militar consideram-se como extensão do território nacional as 
aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, sob comando militar ou 
militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada 
c) os crimes dolosos contra a vida praticados por militar contra civil são da competência da Justiça 
Militar 
d) considera-se praticado o crime no momento do resultado,ainda que outro seja o da ação ou 
omissão. 
e) aos crimes praticados em tempo de guerra, nunca se aplica nas penas cominadas para o tempo 
de paz. 
 
34 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
As leis excepcionais e temporárias, mesmo depois de revogadas, continuam sendo aplicadas aos 
fatos praticados durante sua vigência, o que não se contrapõe às regras constitucionais que 
norteiam o direito penal militar, a exemplo da irretroatividade da lei penal. 
Certo Errado 
 
35 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
96 
 
 
 
 
 
O CPM adotou para o local e o tempo do crime, entre outras correntes teóricas, a teoria da 
ubiquidade, que considera como local e tempo do crime tanto aqueles em que foi desenvolvida a 
ação ou omissão, como aqueles nos quais foi produzido o resultado. 
Certo Errado 
 
36 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
Em eventual conflito aparente de normas, tanto o CPM quanto a lei ordinária que estabeleça tipos 
penais militares devem prevalecer sobre a legislação comum, em decorrência do princípio da 
especialidade. 
Certo Errado 
 
37 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
As leis excepcionais e temporárias, mesmo depois de revogadas, continuam sendo aplicadas aos 
fatos praticados durante sua vigência, o que não se contrapõe às regras constitucionais que 
norteiam o direito penal militar, a exemplo da irretroatividade da lei penal. 
Certo Errado 
 
38 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
O CPM adotou para o local e o tempo do crime, entre outras correntes teóricas, a teoria da 
ubiquidade, que considera como local e tempo do crime tanto aqueles em que foi desenvolvida a 
ação ou omissão, como aqueles nos quais foi produzido o resultado. 
Certo Errado 
 
39 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
Em eventual conflito aparente de normas, tanto o CPM quanto a lei ordinária que estabeleça tipos 
penais militares devem prevalecer sobre a legislação comum, em decorrência do princípio da 
especialidade. 
Certo Errado 
 
40 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
As leis excepcionais e temporárias, mesmo depois de revogadas, continuam sendo aplicadas aos 
fatos praticados durante sua vigência, o que não se contrapõe às regras constitucionais que 
norteiam o direito penal militar, a exemplo da irretroatividade da lei penal. 
Certo Errado 
 
97 
 
 
 
 
 
41 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
As leis excepcionais e temporárias, mesmo depois de revogadas, continuam sendo aplicadas aos 
fatos praticados durante sua vigência, o que não se contrapõe às regras constitucionais que 
norteiam o direito penal militar, a exemplo da irretroatividade da lei penal. 
Certo Errado 
 
42 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
O CPM adotou para o local e o tempo do crime, entre outras correntes teóricas, a teoria da 
ubiquidade, que considera como local e tempo do crime tanto aqueles em que foi desenvolvida a 
ação ou omissão, como aqueles nos quais foi produzido o resultado. 
Certo Errado 
 
43 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
No que concerne à aplicação da lei penal militar, ao crime e à imputabilidade penal, julgue o item a 
seguir. 
Em eventual conflito aparente de normas, tanto o CPM quanto a lei ordinária que estabeleça tipos 
penais militares devem prevalecer sobre a legislação comum, em decorrência do princípio da 
especialidade. 
Certo Errado 
 
44 Ano: 2009Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
Julgue os itens subsequentes, de acordo com a doutrina e a jurisprudência dominantes no âmbito 
do direito penal militar. 
 
Considere que um oficial da PMDF, utilizando-se de arma de fogo da corporação e em serviço de 
guarda na guarita de entrada do batalhão, tenha efetuado um disparo contra um desafeto, civil, 
que transitava em frente ao quartel, ceifando-lhe a vida. Nessa situação, mesmo que praticado em 
lugar sujeito à administração militar e com arma da corporação, exclui-se a competência da justiça 
militar para o processo e o julgamento da conduta, visto que o delito é doloso contra a vida e 
cometido contra civil. 
Certo Errado 
 
45 Ano: 2009Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
Julgue os itens subsequentes, de acordo com a doutrina e a jurisprudência dominantes no âmbito 
do direito penal militar. 
 
Considere que um policial militar, no exercício de suas funções e com emprego de violência, tenha 
submetido um cidadão civil, o qual se encontrava sob a sua guarda em destacamento militar, a 
intenso sofrimento físico, como forma de aplicar-lhe castigo pessoal, provocando-lhe lesões 
corporais graves que evoluíram para o óbito. Nessa situação, considerando que o policial se 
encontrava em serviço, que o fato ocorreu em área de administração militar e que a custódia do 
98 
 
 
 
 
 
cidadão era de responsabilidade militar, o policial responde por crime militar, ficando excluída a 
aplicação da Lei de Tortura. 
 
Certo Errado 
 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 
13: 14: 15: 16: 17: 18: 19: 20: 
 
Respostas 21: 22: 23: 24: 25: 26: 27: 28: 29: 30: 31: 32: 3
3: 34: 35: 36: 37: 38: 39: 40: 
 
Respostas 41: 42: 43: 44: 45: 
 
 
01 Ano: 2013Banca: FUMARC Órgão: TJM-MG Prova: Oficial Judiciário - Oficial de Justiça 
O Direito Penal Militar consagra, no Código Penal Militar, o Princípio da Reserva Legal como um dos 
direitos individuais fundamentais. São princípios decorrentes deste: 
a) o princípio da legalidade, o princípio da ultra-atividade da lei penal e o princípio da 
territorialidade. 
b) o princípio da irretroatividade da lei penal, o princípio da legalidade e o princípio da 
extraterritorialidade. 
c) o princípio da anterioridade da lei penal, o princípio da irretroatividade da lei penal e o princípio 
da retroatividade da lei mais benéfica ao réu. 
d) o princípio da retroatividade da lei penal, o princípio da aplicação da lei excepcional e o princípio 
da legalidade. 
 
 
 
02 Ano: 2011Banca: MPE-PB Órgão: MPE-PB Prova: Promotor de Justiça 
Para efeitos da lei penal militar, considera(m)-se: 
I - território nacional por extensão, as aeronaves brasileiras onde quer que estejam, desde que 
sejam de propriedade das Forças Armadas do Brasil. 
II - praticado o delito militar no momento da conduta ou do resultado, diferentemente do que 
estabelece o Código Penal. 
III - navio, toda embarcação sob comando militar. 
IV - todos os crimes praticados contra a segurança externa do país, procedíveis mediante ação 
penal pública incondicionada. 
a) Apenas I e III estão erradas. 
b) Apenas I está correta. 
c) Apenas I, II e IV estão erradas. 
d) Apenas IV está correta. 
e) (Abstenção de resposta - Seção VIII, item 11, do Edital do Concurso). 
 
03 Ano:2011Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
Com relação ao direito penal militar, julgue os itens de 06 a 10 à luz do Código Penal Militar (CPM). 
99 
 
 
 
 
 
 
Se, no distrito da culpa de militar condenado, por crime militar, ao cumprimento de pena privativa 
de liberdade de oito anos de reclusão, não houver penitenciária militar, a execução da pena deverá 
ocorrer em estabelecimento civil comum, ficando a sua execução a cargo do juízo de execuções 
penais, sob a égide da legislação penal comum. 
Certo Errado 
 
04 Ano: 2011Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
Considere que um militar em atividade se ausente de sua unidade por período superior a quinze 
dias, sem a devida autorização, sendo que, no decorrer de sua ausência, lei nova, mais severa e 
redefinindo o crime de deserção, entre em vigor. Nessa situação, será aplicada a lei referente ao 
momento da conduta de se ausentar sem autorização, porquanto o CPM determina o tempo do 
crime de acordo com a teoria da atividade. 
Certo Errado 
 
05 Ano: 2011Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
Julgue os itens a seguir, acerca das condutas definidas como crimes 
militares e dos seus efeitos. 
 
A prescrição da ação penal militar, de regra, regula-se pelo máximo da pena privativa de liberdade 
cominada ao crime, possuindo natureza jurídica de causa extintiva da punibilidade. Entretanto, no 
crime de deserção, o sistema do CPM configura duas hipóteses para a questão da prescrição, ora 
aplicando a norma geral, ora estabelecendo norma especial, previstas igualmente no estatuto 
castrense. 
Certo Errado 
 
 
 
06 Julgue os itens a seguir, relativos ao direito penal militar. 
 
No Código Penal Militar, para efeitos de incidência da norma penal castrense, consideram-se como 
extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros, onde quer que se encontrem, 
sob comando militar ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade 
competente, ainda que de propriedade privada. É também aplicável a lei penal militar ao crime 
praticado a bordo de aeronaves ou navios estrangeiros, desde que em lugar sujeito à administração 
militar, e o crime atente contra as instituições militares. 
Certo Errado 
 
07 Ano: 2011Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Execução de Mandados 
A lei penal militar excepcional ou temporária possui disciplinamento diverso do contido no Código 
Penal (CP) comum, uma vez que preconiza, de forma expressa, a ultratividade da norma e impõe a 
incidência da retroatividade da lei penal mais benigna. 
Certo Errado 
 
 
100 
 
 
 
 
 
08 Ano: 2011Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Execução de Mandados 
Em relação ao tempo do crime, o Código Penal Militar adotou a teoria da atividade. 
Certo Errado 
 
09 Ano: 2010Banca: VUNESP Órgão: APMBB Prova: Tecnólogo de Administração 
Sobre a aplicação da lei penal militar, assinale a alternativa correta. 
a) Não são extensão do território nacional as aeronaves e os navios brasileiros sob comando militar 
ou militarmente utilizados, se de propriedade privada. 
b) Os crimes militares, em tempo de guerra, quando dolosos contra a vida e cometidos contra civil, 
serão da competência da justiça comum. 
c) Considera-se como crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de 
efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. 
d) O militar que, em razão da função, exerce autoridade sobre outro de posto ou graduação 
superior, é considerado comandante. 
e) O Código Penal Militar também tipifica as infrações disciplinares dos militares das Forças 
Armadas. 
 
10 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: MPE-ES Prova: Promotor de Justiça 
Assinale a opção correta com base no direito penal militar. 
a) Os crimes contra a administração militar são crimes militares próprios, ou seja, não são 
perpetrados por civis. 
b) No tocante ao lugar do crime, o CPM aplica a teoria da ubiquidade para os crimes comissivos e 
omissivos, do mesmo modo que o CP. 
c) O CPM admite retroatividade de lei mais benigna e dispõe que a norma penal posterior que 
favorecer, de qualquer outro modo, o agente deve ser aplicada retroativamente, ainda quando já 
tenha sobrevindo sentença condenatória irrecorrível. O referido código determina também que, 
para se reconhecer qual norma é mais benigna, a lei posterior e a anterior devem ser consideradas 
separadamente, cada qual no conjunto de suas normas aplicáveis ao fato. 
d) No sistema penal castrense, a ação penal é, em qualquer hipótese, pública e incondicionada, por 
expressa disposição do CPM. 
e) Nas infrações penais conexas, especificamente em relação aos crimes militares próprios, a 
declaração de extinção da punibilidade de um dos delitos impede que este agrave a pena resultante 
dos demais delitos da conexão. 
 
11Q60791 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: MPE-ES Prova: Promotor de Justiça 
Com relação à aplicação da lei penal e processual penal militar, assinale a opção correta. 
a) No direito penal militar, o consentimento do ofendido está entre as causas expressas 
excludentes de ilicitude e apresenta como peculiaridade, nesse sistema penal, a possibilidade de 
ocorrer antes ou após a prática da infração penal. 
b) Nos casos de crimes militares, a pena de multa somente poderá ser imposta aos autores de 
delitos militares impróprios, por expressa disposição contida no CPM. 
c) Para a caracterização do crime contra a autoridade ou disciplina militar, é irrelevante o fato de o 
agente ter ou não conhecimento da condição de superior do outro militar atingido e consciência de 
que está infringindo as regras de disciplina e a hierarquia militar. 
101 
 
 
 
 
 
d) O excesso culposo, nas descriminantes legais, tem idêntico disciplinamento no direito penal 
militar e no direito penal comum, sendo o excesso intensivo, em qualquer caso, excludente de 
culpabilidade do agente. 
e) No sistema penal castrense, o agente poderá ter atenuada a pena quando, iniciada a conduta 
conforme o direito, por exemplo, em estrito cumprimento do dever legal, ultrapassar os limites da 
atuação legal e cometer excesso doloso. 
 
12 Ano: 2010 Banca: MS CONCURSOS Órgão: SEDS-PE Prova: Sargento da Polícia Militar 
Em relação às transgressões disciplinares militares, assinale a alternativa INCORRETA: 
a) Transgressão disciplinar militar é toda ação ou omissão praticada por militar estadual que viole 
os preceitos da ética e os valores militares, ou que contrarie os deveres e obrigações a que 
o mesmo está submetido, constituindo-­se em manifestações elementares e simples que não 
possam ser tipificadas como crime ou contravenção. 
b) As transgressões disciplinares militares são as previstas na Parte Especial do Código Penal 
Militar, sem prejuízo de outras definidas em lei ou regulamento, devendo sua aplicação, 
necessariamente motivada, considerar sempre a natureza e a gravidade da infração. 
c) Considera-­se praticada a transgressão disciplinar militar no momento da ação, ainda que 
outro seja o momento do resultado. 
d) A transgressão disciplinar militar pode ser consumada ou tentada, sendo salvo dispositivo 
em contrário a tentativa punida com a pena mínima prevista para a transgressão consumada ou 
com uma pena alternativa. 
e) Ficam sujeitos ao regime disciplinar do Código Penal Militar os militares estaduais agregados, nas 
condições estabelecidas pelo Estatuto dos Militares de Pernambuco, assim como os que estiverem 
à disposição de órgãos públicos civis, exercendo cargos ou funções considerados como de 
natureza ou interesse militar, na forma da legislação específica ou peculiar. 
 
13 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público 
No que concerne ao direito penal militar e a seus critérios de aplicação, julgue os itens a seguir. 
 
Considere que um militar, no exercício da função e dentro de unidademilitar, tenha praticado 
crime de abuso de autoridade, em detrimento de um civil. Nessa situação, classifica-se a sua 
conduta como crime propriamente militar, porquanto constitui violação de dever funcional havida 
em recinto sob administração militar. 
Certo Errado 
 
14 Ano: 2010Banca: CESPEÓrgão: DPUProva: Defensor Público 
Diversamente do direito penal comum, o direito penal militar consagrou a teoria da ubiquidade, ao 
considerar como tempo do crime tanto o momento da ação ou omissão do agente quanto o 
momento em que se produziu o resultado. 
Certo Errado 
 
15 Ano: 2010Banca: CESPEÓrgão: DPUProva: Defensor Público 
Considere que, em conluio, um servidor público civil lotado nas forças armadas e um militar em 
serviço tenham-se recusado a obedecer a ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço. 
102 
 
 
 
 
 
Nessa situação, somente o militar é sujeito ativo do delito de insubordinação, que é considerado 
crime propriamente militar, o que exclui o civil, mesmo na qualidade de coautor. 
Certo Errado 
 
16 Ano: 2004Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
Julgue os itens a seguir, relativos à aplicação da lei penal militar 
e a crime militar. 
 
De acordo com a legislação penal militar, os crimes culposos contra a vida, em tempo de paz, 
praticados por militar em serviço são considerados crimes militares. 
Certo Errado 
 
17 Ano: 2004Banca: CESPEÓrgão: STMProva: Analista Judiciário - Área Judiciária 
De acordo com a legislação penal militar, em tempo de paz, são considerados crimes comuns e são 
julgados pelo tribunal do júri os crimes dolosos contra a vida cometidos por militar contra civil. 
Certo Errado 
 
18 Ano: 2004Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
O civil que pratica o crime de furto de quantia em dinheiro pertencente a instituição militar 
comete, de acordo com a legislação penal militar, crime militar. 
Certo Errado 
 
 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 
13: 14: 15: 16: 17: 18: 
 
 
 
QUESTÕES DPM BATERIA – DO CRIME #AQUIÉMONSTER 
 
01 Ano: 2016 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Em relação aos crimes preterdolosos previstos no Código Penal Militar (CPM), Decreto-Lei n. 1.001, de 
21/10/1969, marque a alternativa CORRETA. 
a) Os crimes de violência contra o superior (artigo 157 do CPM) e violência contra militar de serviço (artigo 
158 do CPM) podem ocorrer na modalidade preterdolosa, se da violência resulta morte ou lesão corporal e 
as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo. 
b) É possível afirmar que existe tentativa para todos os crimes preterdolosos previstos no CPM, quando da 
violência resulta morte ou lesão corporal e as circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado 
nem assumiu o risco de produzi-lo, sendo que, a pena do crime contra a pessoa é sempre diminuída de um 
terço e a da tentativa sempre diminuída da metade, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, 
aplicar a pena do crime consumado. 
103 
 
 
 
 
 
c) Os crimes de desrespeito a superior (artigo 160 do CPM) e ofensa aviltante a inferior (artigo 176 do CPM) 
podem ocorrer na modalidade preterdolosa, se da violência resulta morte ou lesão corporal e as 
circunstâncias evidenciam que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo. 
d) Os crimes de rigor excessivo (artigo 174 do CPM) e violência contra o inferior (artigo 175 do CPM) podem 
ocorrer na modalidade preterdolosa, se da violência resulta lesão corporal ou morte, atendendo-se, neste 
caso, as circunstâncias que evidenciam que o agente não quis o resultado nem assumiu o risco de produzi-lo. 
 
02 Ano: 2016 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Considerando o estabelecido no Código Penal Militar (CPM), Decreto-Lei n. 1.001, de 21/10/1969, acerca do 
iter criminis (caminho do crime), analise as assertivas abaixo e, ao final, responda o que se pede. 
I. Cogitação é a fase que se passa na mente do agente, de modo a definir qual será a infração penal a ser 
praticada; idealizando, imaginando, prevendo, planejando e antecipando mentalmente o resultado o qual se 
busca a alcançar. 
II. Preparação é a fase em que o agente, uma vez já selecionada a infração penal a ser cometida, começa a se 
preparar, praticar atos imprescindíveis à execução, cria condições adequadas para a consecução com êxito 
da empreitada criminosa. 
III. Execução é fase na qual o agente consegue efetivamente praticar a infração penal pretendida, violando o 
bem jurídico protegido, após reunir todos os elementos de sua definição legal, atingindo desta forma o seu 
intento inicial. 
IV. Consumação é a fase na qual o agente evidencia o início do ataque, a agressão, ao bem jurídico 
protegido, utilizando os meios traçados no plano criminoso. 
Marque a alternativa CORRETA. 
a) As assertivas II e IV estão corretas. 
b) As assertivas I, e III estão corretas. 
c) As assertivas II e III estão corretas. 
d) As assertivas I e II estão corretas. 
 
03 Ano: 2016Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Oficial conhecido por seus métodos abusivos nos treinamentos da Academia de Polícia Militar é informado 
de que um recruta não está suportando a pressão e dá sinais de desequilíbrio emocional. Ao saber disso, o 
oficial aumenta o rigor do treinamento e passa a provocar pessoalmente o recruta, que acaba por atentar 
contra a própria vida. Nesse caso, é correto afirmar que 
a) o oficial pode responder por crime de provocação indireta ao suicídio, pois o excesso de rigor contra 
pessoa mentalmente instável sugere dolo eventual em relação ao resultado morte. 
b) o oficial pode responder por homicídio culposo, com pena agravada pela inobservância de regras próprias 
de seu dever funcional, haja vista que sua conduta expressa imprudência e produziu o resultado. 
c) a conduta do oficial é atípica, porque não existe auxílio ao suicídio por omissão e o recruta era pessoa 
dotada de discernimento. 
d) se o recruta efetuar disparo contra a própria cabeça, não conseguindo acertar pela intervenção de 
terceiros, o oficial responderá por tentativa de provocação ao suicídio. 
 
 
04 Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: PM-AC Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Segundo o art. 30 do Código Penal Militar (Decreto-Lei n° 1.001/1969), pune-se a tentativa com a pena 
correspondente ao crime, diminuída de: 
104 
 
 
 
 
 
a) um sexto, não podendo o juiz aplicar redução ou ampliação de tal cominação. 
b) um a dois terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. 
c) um quarto, não podendo o juiz aplicar redução ou ampliação de tal cominação. 
d) metade, não podendo o juiz aplicar a pena do crime consumado. 
e) um sexto a um quinto, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime 
consumado. 
 
05 Ano: 2015 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Segundo as prescrições do Código Penal Militar (Decreto-lei n. 1.001/69), marque a alternativa que 
corresponde a um crime que admite tentativa: 
a) Criar ou simular incapacidade (art. 188, inciso IV: “consegue exclusão do serviço ativo ou situação de 
inatividade, criando ou simulando incapacidade”). 
b) Descumprimento da missão (art. 196: “deixar o militar de desempenhar a missão que lhe foi confiada”) 
c) Abandono de posto (art. 195: “abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha 
sido designado, ou o serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo”). 
d) Dormir em serviço (art. 203: “dormir o militar, quando em serviço, como oficial de quarto ou de ronda, ou 
em situação equivalente, ou, não sendo oficial, em serviço de sentinela, vigia, plantão às máquinas, ao leme, 
de ronda ou em qualquer serviço de natureza semelhante”).militar da reserva, ou reformado, ou por civil, contra as instituições militares, 
considerando-se como tais não só os compreendidos no inciso I, como os do inciso II, nos seguintes casos: 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou contra a ordem administrativa militar; 
b) em lugar sujeito à administração militar contra militar em situação de atividade ou assemelhado, ou 
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; 
c) contra militar em formatura, ou durante o período de prontidão, vigilância, observação, exploração, 
exercício, acampamento, acantonamento ou manobras; 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração militar, contra militar em função de natureza militar, ou 
no desempenho de serviço de vigilância, garantia e preservação da ordem pública, administrativa ou 
judiciária, quando legalmente requisitado para aquele fim, ou em obediência a determinação legal superior. 
§ 1o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por militares contra civil, 
serão da competência do Tribunal do Júri. (Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) 
9 
 
 
 
 
 
§ 2o Os crimes de que trata este artigo, quando dolosos contra a vida e cometidos por 
militares das Forças Armadas contra civil, serão da competência da Justiça Militar da União, se 
praticados no contexto: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
I – do cumprimento de atribuições que lhes forem estabelecidas pelo Presidente da República ou pelo 
Ministro de Estado da Defesa; (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
II – de ação que envolva a segurança de instituição militar ou de missão militar, mesmo que não beligerante; 
ou (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
III – de atividade de natureza militar, de operação de paz, de garantia da lei e da ordem ou de atribuição 
subsidiária, realizadas em conformidade com o disposto no art. 142 da Constituição Federal e na forma dos 
seguintes diplomas legais: (Incluído pela Lei nº 13.491, de 2017) 
a) Lei no 7.565, de 19 de dezembro de 1986 - Código Brasileiro de Aeronáutica; (Incluída pela Lei nº 
13.491, de 2017) 
b) Lei Complementar no 97, de 9 de junho de 1999; (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) 
c) Decreto-Lei no 1.002, de 21 de outubro de 1969 - Código de Processo Penal Militar; e (Incluída pela Lei 
nº 13.491, de 2017) 
d) Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965 - Código Eleitoral. (Incluída pela Lei nº 13.491, de 2017) 
O BIZU É O SEGUINTE BISONHO, COM ALTERAÇÃO DO CÓDIGO PENAL MILITAR EM 2017, SE O 
MILITAR EM REGRA, COMETER UM CRIME DOLOSO CONTRA VIDA DE UM CIVIL, RESPONDERÁ 
PERANTE O TRIBUNAL DO JÚRI (JUSTIÇA COMUM), ISSO É O QUE PREVÊ O PARÁGRAFO 1º DO ART.9º. 
 
PORÉM, SE CRIME DOLOSO CONTRA VIDA DE UM CIVIL FOR PRATICADO POR UM MILITAR DAS 
FORÇAS ARMADAS (ATENÇÃO ESSA REGRA NÃO SE APLICA AOS MILITARES ESTADUAIS APENAS 
MILITARES FEDERAIS) NO CONTEXTO DE OPERAÇÃO MILITAR PREVISTA NO PARÁGRAFO 2º DO 
ART.9º, O MILITAR DAS FORÇAS ARMADAS RESPONDERÁ PERANTE A JUSTIÇA MILITAR DA UNIÃO. 
 
MILITAR ESTADUAL QUE COMETER CRIME CONTRA VIDA DE CIVIL SEMPRE RESPONDERÁ NO 
TRIBUNAL DO JURI (JUSTIÇA COMUM)! 
 
10 
 
 
 
 
 
 
CRIMES EM TEMPO DE PAZ 
I- Os crimes de que trata este Código, quando 
definidos de modo diverso na lei penal 
comum, ou nela não previstos, qualquer que 
seja o agente, salvo disposição especial; 
 
Qualquer que seja o agente, salvo disposição especial; 
 
 
 
 
 
 
II – Os crimes previstos neste 
Código e os previstos na legislação penal, 
Quando praticados: 
(Redação dada pela Lei nº 13.491, de 2017) 
a) por militar em situação de atividade ou assemelhado, 
contra militar na mesma situação ou assemelhado; 
 
b) por militar em situação de atividade ou 
assemelhado, em lugar sujeito à administração militar, 
contra militar da reserva, ou reformado, ou 
assemelhado, ou civil; 
c) por militar em serviço ou atuando em razão da 
função, em comissão de natureza militar, ou em 
formatura, ainda que fora do lugar sujeito à 
administração militar contra militar da reserva, ou 
reformado, ou civil; 
 
d) por militar durante o período de manobras ou 
exercício, contra militar da reserva, ou reformado, ou 
assemelhado, ou civil; 
 
e) por militar em situação de atividade, ou assemelhado, 
contra o patrimônio sob a administração militar, ou a 
ordem administrativa militar; 
 
 
 
 
 
 
 
III - Os crimes praticados por militar da 
reserva, ou reformado, ou por civil, contra as 
instituições militares: 
a) contra o patrimônio sob a administração militar, ou 
contra a ordem administrativa militar; 
 
b) em lugar sujeito à administração militar contra 
militar em situação de atividade ou assemelhado, ou 
contra funcionário de Ministério militar ou da Justiça 
Militar, no exercício de função inerente ao seu cargo; 
 
c) contra militar em formatura, ou durante o período 
de 
prontidão, vigilância, observação, exploração, 
exercício, 
acampamento, acantonamento ou manobras; 
 
d) ainda que fora do lugar sujeito à administração 
militar, contra militar em função de natureza militar, ou 
no desempenho de serviço de vigilância, garantia e 
preservação da ordem pública, administrativa ou 
judiciária, quando legalmente requisitado para aquele 
fim, ou em obediência a determinação legal superior. 
11 
 
 
 
 
 
Crimes militares em tempo de guerra 
Comentário: O Código Penal Militar divide os crimes em Crimes em tempo de paz e Crimes em tempo de 
Guerra previsto nos artigos 355 ao 385. 
 
Exemplo de Crime em Tempo de Guerra: 
Traição 
Art. 355. Tomar o nacional armas contra o Brasil ou Estado aliado, ou prestar serviço nas fôrças 
armadas de nação em guerra contra o Brasil: 
 
 
Como é Declarado o Tempo de Guerra? 
Art. 15. O tempo de guerra, para os efeitos da aplicação da lei penal militar, começa com a 
declaração ou o reconhecimento do estado de guerra, ou com o decreto de mobilização 
se nele estiver compreendido aquele reconhecimento; e termina quando ordenada a 
cessação das hostilidades. 
 
 
Fique Ligado! Tempo de Guerra é de competência privativa do Presidente da República, 
com autorização do Congresso Nacional, ou referendado por ele, declarar guerra. 
 
 
CRIMES EM TEMPO DE GUERRA 
Art. 10. Consideram-se crimes militares, em tempo de guerra: 
 
I - os especialmente previstos neste Código para o tempo de guerra; 
 
II - os crimes militares previstos para o tempo de paz; 
 
 
Comentário: Bisonho, Quando O Militar está em guerra, além de respeitar os crimes previstos para o 
tempo de Paz devesse respeitar os Crimes previstos para o tempo de Guerra. 
 
 
III - os crimes previstos neste Código, embora também o sejam com igual definição na lei penal 
comum ou especial, quando praticados, qualquer que seja o agente: 
 
a) em território nacional, ou estrangeiro, militarmente ocupado; 
 
b) em qualquer lugar, se comprometem ou podem comprometer a preparação, a eficiência ou as 
operações militares ou, de qualquer outra forma, atentam contra a segurança externa do País ou 
podem expô-la a perigo; 
 
IV - os crimes definidos na lei penal comum ou especial, embora não previstos neste 
Código, quando praticados em zona de efetivas operações militares ou em território 
estrangeiro, militarmente ocupado. 
12 
 
 
 
 
 
 
Comentário: Bisonho! Quando estamos em tempo de guerra qualquer crime que você cometer seja ele 
previsto somente na legislação comum ou com dupla previsão (lei comum e CPM) é considerado crime 
militar. Claro, para que seja considerado crime militar, o crime tem que ser praticado em território 
militarmente ocupado ou em zona de efetivas operações militares. 
 
Crimes praticados em tempo de guerra 
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, aplicam-se 
as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de 1/3. 
 
 
Militares estrangeiros 
 
Art. 11. Os militares estrangeiros, quando em comissão ou estágio nas fôrças06 Ano: 2015Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Marque a alternativa CORRETA. À luz do Código Penal Militar (Decreto-lei n. 1.001/69), pode-se afirmar que 
crime tentado ocorre quando: 
a) O crime é falho, ou seja, quando o agente termina todo o processo executório e o resultado pretendido 
não é alcançado por circunstâncias alheias a sua vontade. 
b) Nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal. 
c) Iniciada a execução, não se consuma por culpa do agente. 
d) Iniciada a execução de um crime preterdoloso, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
ofendido. 
 
07 Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Primeiro Tenente - Direito 
Com relação ao crime de insubmissão e seu processo, assinale a opção correta. 
a) Pratica o crime de insubmissão o militar que deixa de se apresentar no momento da partida do navio ou 
da aeronave . 
b) Somente o militar estável pode praticar o crime de insubmissão. 
c) Pratica o crime de insubmissão o convocado que não se apresenta no lugar designado, dentro de oito dias, 
findo o prazo de trânsito ou férias. 
d) O insubmisso que se apresentar e, ao ser submetido à inspeção de saúde, for considerado incapaz ficará 
isento do processo e da inclusão. 
e) O insubmisso que não for julgado no prazo de noventa dias, a contar do dia de sua apresentação 
voluntária ou captura, será posto em liberdade. 
 
08 Ano: 2015Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Primeiro Tenente 
Considere as seguintes afirmativas sobre a teoria do crime no Código Penal Militar: 
I. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois terços, podendo o juiz, 
no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. 
105 
 
 
 
 
 
II. 0 agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
não responde por crime algum. 
III. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando 
de crime que atente contra o dever militar, supõe licito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, 
se escusaveis. 
Está(ão) correta(s) apenas a(s) afirmativa(s): 
a) I. 
b) I e II. 
c) I e III. 
d) II e III. 
 
09 Ano: 2014 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Oficial do Quadro Complementar 
Analise as afirmativas sobre os crimes militares em tempo de paz, colocando entre parênteses a letra V, 
quando se tratar de afirmativa verdadeira, ou a letra F, quando se tratar de afirmativa falsa. A seguir, 
assinale a alternativa que apresenta a sequência correta. 
( ) O Código Penal Militar tem o Princípio da Insignificância positivado em seu texto, previsto para crimes 
como furto, roubo e peculato, ao contrário do Código Penal comum onde a aplicação de tal princípio se dá 
de forma supralegal. 
( ) O Código Penal Militar prevê o tipo penal de furto de uso que não possui previsão no CP comum. 
( ) O tratamento dispensado ao concurso de pessoas no CPM é idêntico ao dado pelo Código Penal comum. 
( ) Segundo positivado no Código Penal Militar, a lesão corporal levíssima pode ser considerada infração 
disciplinar. 
a) V – V – V – V 
b) V – F – V – V 
c) F – V – F – V 
d) F – F – V – F 
e) V – V – F – V 
 
10 Ano: 2014 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Prova: Oficial de Apoio 
O Código Penal Militar considera praticado o crime no momento 
a) do resultado 
b) de sua consumação. 
c) tanto da ação ou omissão, quanto do resultado 
d) da ação ou omissão, ainda que outro seja o do resultado. 
 
11 Ano: 2013Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Primeiro Tenente - Direito 
De acordo com as disposições do Código Penal Militar acerca "Do Crime", é correto afirmar que: 
a) a superveniência de causa relativamente independente não exclui a imputação ainda que, por si só, tenha 
produzido o resultado. 
b) nos "Crimes contra a autoridade ou disciplina militar", pune-se sempre a tentativa com a pena 
correspondente à pena do crime consumado. 
c) o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
responde pelo crime que queria praticar, com pena reduzida. 
106 
 
 
 
 
 
d) tem a pena reduzida pela metade quem, ao praticar o crime, supõe, por erro plenamente escusável, a 
inexistência de circunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação 
legítima. 
e) a pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se tratando 
de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou erro de interpretação da lei, 
se escusáveis. 
 
12 Ano: 2013Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Oficial do Quadro Complementar 
Nos termos do positivado no CPM e no CP comum, marque a alternativa correta. 
a) Ao contrário do CP comum, e por sua natureza militar, o CPM adota a obediência hierárquica como causa 
de exclusão de culpa, sem que se questione se a ordem era legal ou não legal, vez que ao subordinado não é 
dado apreciar a ordem do superior. 
b) Segundo positivado no CPM a obediência hierárquica, se caracterizada, excluí a ilicitude. 
c) Segundo positivado no CPM, os crimes culposos são os praticados por imprudência, imperícia ou 
negligência. 
d) A definição de crime culposo positivada no CPM não define o crime culposo com base em imprudência, 
imperícia ou negligência. 
e) Se uma conduta é praticada em obediência hierárquica, e é manifestamente criminosa, o autor da ordem 
não responde pelo crime, mas apenas os que a executaram, sabendo-se tratar de crime. 
13 Ano: 2013Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
Quanto ao crime e ao concurso de agentes no Código Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) A participação de somenos importância é causa de diminuição da pena de um sexto a um terço. 
b) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
não será punido sequer pelos atos já praticados. 
c) Não há crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou 
grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, 
para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
d) O agente que executa o crime, ou dele participa, mediante paga ou promessa de recompensa, não tem a 
sua pena agravada no âmbito do Direito Penal Militar. 
e) O soldado da polícia militar não é culpado se comete crime em estrita obediência à ordem direta de 
superior hierárquico em matéria de serviços, ainda que manifestamente criminosa. 
 
14 Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Soldado da Polícia Militar 
Em relação ao crime, verifica-se o seguinte: 
a) salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como crime, desde que não 
haja dolo evidente. 
b) quando, por eficácia do meio empregado ou por impropriedade do objeto, não se consuma o crime, diz 
ser um crime impossível. 
c) o agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
só responde pelos atos já praticados. 
d) a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu causa; e considera-se causa a ação ou omissão, 
sem a qual o resultado teria ocorrido. 
15 Ano: 2012Banca: Marinh aÓrgão: Quadro Técnico Prova: Primeiro Tenente - Direito 
107 
 
 
 
 
 
De acordo com o entendimento de Cláudio Amin Miguel e Ione de Souza Cruz na obra Elementos de Direito 
Penal Militar: parte geral, a teoria adotada pelo Código Penal Militar, no que se refere ao "estado de 
necessidade", foi a: 
a) unitária. 
b) da equidade. 
c) diferenciadora. 
d) mista. 
e) da duplicidade. 
 
16 Ano: 2010 Banca: FUNCAB Órgão: PM-GO Prova: Soldado da Polícia Militar 
A respeito das disposições legais sobre o crime no Código Penal Militar, assinale a alternativa correta:a) Diz-se o crime tentado quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade 
do agente 
b) Há desistência voluntária quando o agente, por circunstâncias alheias a sua vontade, deixa de prosseguir 
na execução do crime. 
c) Para a aplicação do instituto do arrependimento eficaz, é irrelevante se o resultado do crime foi 
efetivamente evitado pelo agente ou não. 
d) Há crime impossível quando, pela ineficácia relativa do meio empregado, não se consuma o crime 
pretendido pelo agente. 
e) Em regra, todos os crimes admitem a modalidade culposa, devendo constar expressamente da lei a 
vedação ao 
tipo culposo. 
 
 
QUESTÕES DPM BATERIA 02 – DO CRIME 
 
01 Ano: 2013Banca: FUMARC Órgão: TJM-MG Prova: Técnico Judiciário 
Em relação aos crimes tentados no Direito Penal Militar, é CORRETO afirmar: 
a) Em se tratando do denominado crime falho, o agente não precisa necessariamente ingressar nos atos 
executórios 
b) O Código Penal Militar não adota a teoria objetiva para os crimes tentados, sendo esta exclusiva do 
Código Penal Comum 
c) Excepcionalmente, por adotar também a teoria subjetiva, pode o Conselho Especial de Justiça aplicar a 
pena máxima cominada ao crime, devido à gravidade da conduta. 
d) Nos crimes propriamente militares, sempre se admite a tentativa, eis que, somente o militar, na condição 
de autor, é que pode praticá-lo, além de coibir condutas especiais, voltadas para aquele que enverga uma 
farda. 
02 Ano: 2013Banca: MPE-SC Órgão: MPE-SC Prova: Promotor de Justiça 
ANALISE O ENUNCIADO DA QUESTÃO 
ABAIXO E ASSINALE 
"CERTO" (C) OU "ERRADO" (E) 
Para fins do Código Penal Militar, considera-se criminoso por tendência aquele que comete homicídio, 
tentativa de homicídio ou lesão corporal grave, e, pelos motivos determinantes e meios ou modo de 
execução, revela extraordinária torpeza, perversão ou malvadez. 
108 
 
 
 
 
 
Certo Errado 
03 Ano: 2010 Banca: MPE-PB Órgão: MPE-PB Prova: Promotor de Justiça 
Sobre o Direito Penal Militar, analise as assertivas abaixo, assinalando, em seguida, a alternativa que sobre 
elas contenha o devido julgamento: 
I - Consideram-se crimes militares em tempo de paz os crimes previstos no Código Penal Militar, quando 
definidos de modo diverso na lei penal comum ou nela não previstos, qualquer que seja o agente, salvo 
disposição especial. 
II - Se dois militares em serviço ativo juntamente com um militar inativo, ainda que não empregado 
regularmente na Administração Militar, ocuparem um quartel contrariamente à ordem superior, os três, em 
tese, estarão na prática do motim. 
III - O Código Penal Militar prevê o delito de dano culposo. 
IV - Consideram-se como extensão do território nacional aeronaves e navios brasileiros, sob comando militar 
ou militarmente utilizados ou ocupados por ordem legal de autoridade competente, ainda que de 
propriedade privada, desde que se encontrem em mar territorial nacional ou no espaço aéreo 
correspondente. 
a) Apenas a assertiva IV é falsa. 
b) Todas as assertivas são falsas. 
c) Não há assertiva falsa. 
d) Apenas as assertivas I e III são falsas. 
e) Apenas as assertivas II e III são falsas. 
04 Ano: 2007Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público 
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes militares em tempo 
de paz. 
O CPM, assim como o CP, não tipifica o crime de dano culposo. 
Certo Errado 
05 Ano: 2004Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
Julgue os itens a seguir, relativos à aplicação da lei penal militar e a crime militar. 
O Código Penal Militar (CPM), ao estabelecer a relação de causalidade no crime, adotou o princípio da 
equivalência dos antecedentes causais, ou da conditio sine qua non, o qual se contrapõe à teoria monista 
adotada pelo mesmo código quanto ao concurso de pessoas. 
Certo Errado 
06 Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
A legislação penal militar admite o uso, em situação especial, de meios violentos por parte do comandante 
para compelir os subalternos a executar serviços e manobras urgentes, para evitar o desânimo, a desordem 
ou o saque. Certo Errado 
 
 
 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15
: 16: 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 
 
Questões - Concurso de agentes 
 
109 
 
 
 
 
 
01 Ano: 2016 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Considerando as regras que autorizam a aplicação de penas no Código Penal Militar, à luz da Constituição de 
1988, é correto afirmar que 
a) as regras alusivas ao concurso de agentes, no Código Penal Militar, impedem que um civil responda por 
crime propriamente militar. 
b) a condenação a uma pena privativa de liberdade superior a dois anos implica a perda do posto e da 
patente, como pena acessória. 
c) restrita à situação de guerra declarada e à prática de crimes militares próprios, é vedada a execução de 
pena de morte contra civis. 
d) a figura do criminoso por tendência exprime o chamado “direito penal do autor” e, como tal, pode ser 
considerada inconstitucional. 
 
02 Ano: 2014 Banca: CRS – PMMG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Marque a alternativa CORRETA. À luz do Código Penal Militar, podemos dizer em relação aos crimes 
cometidos em coautoria que: 
a) A punibilidade de qualquer dos concorrentes é dependente da dos outros, determinando-se segundo a 
sua própria culpabilidade. Não se comunicam, outrossim, as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, 
salvo quando elementares do crime. 
b) A pena é diminuída em relação ao agente que promove ou organiza a cooperação no crime ou dirige a 
atividade dos demais agentes. 
c) Reputam-se cabeças os agentes que na pratica de qualquer crime cometido por subordinados provocam, 
instigam ou excitam a ação. 
d) Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este cominadas. 
 
03 Ano: 2013 Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
Quanto ao crime e ao concurso de agentes no Código Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) A participação de somenos importância é causa de diminuição da pena de um sexto a um terço. 
b) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
não será punido sequer pelos atos já praticados. 
c) Não há crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou 
grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, 
para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
d) O agente que executa o crime, ou dele participa, mediante paga ou promessa de recompensa, não tem a 
sua pena agravada no âmbito do Direito Penal Militar. 
e) O soldado da polícia militar não é culpado se comete crime em estrita obediência à ordem direta de 
superior hierárquico em matéria de serviços, ainda que manifestamente criminosa. 
 
04 Ano: 2013Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
Quanto ao crime e ao concurso de agentes no Código Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) A participação de somenos importância é causa de diminuição da pena de um sexto a um terço. 
b) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
não será punido sequer pelos atos já praticados. 
c) Não há crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou 
grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, 
para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
110 
 
 
 
 
 
d) O agente que executa o crime, ou dele participa, mediante paga oupromessa de recompensa, não tem a 
sua pena agravada no âmbito do Direito Penal Militar. 
e) O soldado da polícia militar não é culpado se comete crime em estrita obediência à ordem direta de 
superior hierárquico em matéria de serviços, ainda que manifestamente criminosa. 
05 Ano: 2013Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Soldado da Polícia Militar 
Em relação ao concurso de agentes, tem-se o seguinte: 
a) na prática de crime de autoria coletiva necessária, reputam-se cabeças os que dirigem, provocam, 
instigam, excitam ou impedem a ação 
b) o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio, salvo disposição em contrário, são puníveis se o crime 
não chega, pelo menos, a ser tentado. 
c) a pena pode ser atenuada em relação ao agente que executa o crime, ou nele participa, se o crime for 
cometido mediante paga ou promessa de recompensa. 
d) quando o crime é cometido por inferiores e um ou mais oficiais, são estes considerados cabeças, assim 
como os inferiores que exercem função de oficial. 
 
06 Ano: 2013Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
Em relação ao concurso de agentes e de crimes no direito penal militar, assinale a opção correta. 
a) No tocante ao concurso de agentes, o CPM adota a teoria pluralista, distinguindo de forma expressa as 
categorias de autor, coautor e partícipe. 
b) De acordo com a doutrina majoritária, o civil poderá ser coautor em crime militar próprio, pois, também 
de acordo com a mesma doutrina, a circunstância de caráter pessoal (ser militar e superior da vítima) pode 
comunicar-se ao coautor. 
c) No que tange ao concurso de crimes, o CPM adota idêntico sistema do CP, prevendo a punição do agente 
com a exasperação da pena no concurso homogêneo. 
d) Em relação ao crime continuado, há no CPM disposição diversa daquela prevista no CP, vedando-se de 
forma expressa o reconhecimento da continuidade delitiva nos crimes contra a pessoa, ainda que estes 
sejam perpetrados contra a mesma vítima. 
e) Tratando-se de concurso de agentes, as circunstâncias e as condições de natureza pessoal são elementos 
essenciais à infração penal, uma vez que definem o liame entre as pessoas e a qualidade e quantidade da 
pena a ser imposta a cada agente. 
 
07 Ano: 2013Banca: CESPEÓrgão: STM Prova: Juiz de direito 
A respeito da imputabilidade penal e do concurso de agentes, assinale a opção correta. 
a) Com relação ao concurso de agentes, o CPM adotou, como regra, a teoria dualista. 
b) A participação não é possível nos crimes de autoria coletiva necessária, como, por exemplo, o crime de 
rixa. 
c) Adotou o CPM, nos moldes do CP, o chamado sistema biopsicológico ou misto, que sincretiza os sistemas 
biológico e psicológico. 
d) De acordo com o CPM, a embriaguez completa, ainda que proveniente de caso fortuito ou força maior, 
não isenta o réu de pena, mas pode atenuá-la. 
e) Para o direito penal militar, o indivíduo com menos de dezoito anos de idade será inimputável, salvo se, já 
tendo completado dezesseis anos, revelar suficiente desenvolvimento psíquico para entender o caráter 
ilícito do fato e determinar-se de acordo com esse entendimento. 
 
08 Ano: 2013Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
111 
 
 
 
 
 
Quanto ao crime e ao concurso de agentes no Código Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) A participação de somenos importância é causa de diminuição da pena de um sexto a um terço. 
b) O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o resultado se produza, 
não será punido sequer pelos atos já praticados. 
c) Não há crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, na iminência de perigo ou 
grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar serviços e manobras urgentes, 
para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, a rendição, a revolta ou o saque. 
d) O agente que executa o crime, ou dele participa, mediante paga ou promessa de recompensa, não tem a 
sua pena agravada no âmbito do Direito Penal Militar. 
e) O soldado da polícia militar não é culpado se comete crime em estrita obediência à ordem direta de 
superior hierárquico em matéria de serviços, ainda que manifestamente criminosa. 
09 Ano: 2012Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Primeiro Tenente - Direito 
Considere as assertivas abaixo, acerca do "concurso de agentes" no Direito Penal Militar. 
I - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é agra­vada em relação ao agente que promove ou organiza 
a cooperação no crime ou dirige a atividade dos demais agentes. 
II - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é atenuada em relação ao agente que instiga ou determina 
a cometer o crime alguém sujeito à sua autoridade, ou não punível em virtude de condição ou qualidade 
especial. 
III - De acordo com o Código Penal Militar, a pena é atenuada com relação ao agente, cuja participação no 
crime é de somenos importância. 
IV - De acordo com o Código Penal Militar, na prática de crime de autoria coletiva necessária, somente os 
oficiais podem ser considerados cabeças. 
V - De acordo com o Código Penal Militar, o ajuste, a determinação ou instigação e o auxílio sempre são 
puníveis, ainda que o crime não chegue, pelo menos, a ser tentado. 
Assinale a opção correta. 
a) Apenas as assertivas I, III e IV são verdadeiras. 
b) Apenas as assertivas II e III são verdadeiras. 
c) Apenas as assertivas III, IV e V são Verdadeiras. 
d) Apenas a assertivas I é verdadeira. 
e) Apenas as assertivas I e III são verdadeiras. 
 
10 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item de 
subsequente. 
Se três indivíduos, todos imputáveis, buscando um resultado comum, praticarem crime de concurso 
eventual, cada um dos concorrentes deverá responder por um delito próprio, com elemento subjetivo 
próprio e produção de resultado próprio. Nesse caso, configura-se a pluralidade de agentes e de crimes. 
Certo Errado 
 
11 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item de 
subsequente. 
Se três indivíduos, todos imputáveis, buscando um resultado comum, praticarem crime de concurso 
eventual, cada um dos concorrentes deverá responder por um delito próprio, com elemento subjetivo 
próprio e produção de resultado próprio. Nesse caso, configura-se a pluralidade de agentes e de crimes. 
112 
 
 
 
 
 
Certo Errado 
 
12 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item subsequente. 
Se três indivíduos, todos imputáveis, buscando um resultado comum, praticarem crime de concurso 
eventual, cada um dos concorrentes deverá responder por um delito próprio, com elemento subjetivo 
próprio e produção de resultado próprio. Nesse caso, configura-se a pluralidade de agentes e de crimes. 
Certo Errado 
 
13 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item subsequente. 
A ação penal militar, no caso de o MP não oferecer a denúncia no prazo legal, poderá ser intentada 
mediante queixa do particular ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
Certo Errado 
 
14 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item subsequente. 
No que se refere aos prazos prescricionais, o CPM estabeleceu, para cada crime, os limites temporais da 
prescrição punitiva tendo como referência principal o máximo da pena prevista em abstrato, com lastro na 
expectativa de apenamento máximo para toda e qualquer hipótese infracional nele tipificada. Certo/ Errado 
 
Questões - Concurso de agentes – Bateria02 
 
01 Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: Juiz de direito 
Acerca do concurso de agentes, assinale a opção correta à luz do CPM. 
a) No cálculo da pena de crimes militares em que haja concurso de pessoas, as condições ou as 
circunstâncias de caráter pessoal dos coautores serão consideradas apenas nos casos em que os agentes 
tenham consciência dessas condições ou circunstâncias. 
b) O CPM tipifica como causa de aumento da pena o fato de um agente dirigir as atividades dos demais 
agentes envolvidos no evento delituoso. 
c) Se o crime for praticado com o concurso de dois ou mais oficiais, a pena desses oficiais deverá ser aplicada 
em dobro. 
d) Agente cuja participação no crime seja de menor importância deve ser apenado na mesma proporção que 
os demais agentes envolvidos no delito. 
e) Se o crime for cometido por inferiores juntamente com um ou mais oficiais, estes, assim como os demais 
inferiores que estiverem exercendo função de oficial, serão considerados cabeças da ação delituosa. 
 
02 Ano: 2015 Banca: CESPE Órgão: TJ-DFT Prova: Juiz de direito 
Francisco, Pedro e Fábio, todos policiais militares, estavam de serviço em uma mesma guarnição comandada 
por Pedro, até as seis horas da manhã, quando, por volta das quatro horas da manhã, em via pública, se 
depararam com Abel, de vinte e três anos de idade, capaz, caminhando. Todos os policiais militares 
desceram da viatura, momento em que Francisco, já com um cassetete na mão, passou a perguntar a Abel o 
que ele estava fazendo na rua naquele horário, enquanto lhe golpeava os braços com o cassetete. Abel, que 
estava desarmado e não esboçou nenhuma reação, após a agressão, foi para casa ferido. A ação de Francisco 
113 
 
 
 
 
 
foi presenciada por Pedro e Fábio, que nada fizeram para impedi-lo e não comunicaram o fato ao oficial de 
dia. Em decorrência das lesões sofridas, Abel ficou quarenta e cinco dias afastado de suas ocupações 
habituais, conforme laudo pericial juntado aos autos da ação penal ajuizada. 
A respeito dessa situação hipotética, assinale a opção correta. 
a) Pedro, Fábio e Francisco devem responder por lesões corporais graves na forma comissiva, uma vez que 
todas as circunstâncias do crime, nesse caso, se comunicam. 
b) As lesões corporais sofridas por Abel não são de natureza grave, uma vez que não resultaram em 
incapacidade permanente para o trabalho. 
c) Francisco cometeu crime de lesões corporais graves tipificado no CPM, mas Pedro e Fábio não devem 
responder por referido crime, uma vez que não participaram das agressões. 
d) Não se trata de crime militar, uma vez que Abel é civil e não se encontrava em ambiente militar. 
e) Pedro e Fábio devem responder por lesões corporais graves por omissão em concurso de agentes com 
Francisco, que responderá na forma comissiva. 
 
03 Ano: 2013 Banca: MPM Órgão: MPM Prova: Promotor de Justiça Militar 
ACERCA DO CONCURSO DE AGENTES (CONCURSO DE PESSOAS) E DO CRIME CONTINUADO, CONSIDERE AS 
PROPOSIÇÕES ABAIXO E ASSINALE A RESPOSTA CORRETA. 
I – O legislador, tanto do Código Penal como do Código Penal Militar, adotando o princípio do nullum crimen 
sine culpa como parâmetro de toda a reforma penal, previu a participação de crime menos grave – também 
chamada de cooperação dolosamente distinta, segundo a qual, “se algum dos concorrentes quis participar 
de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será aumentada até a metade, na hipótese 
de ter sido previsível o resultado menos grave”. 
II – Em termos de concurso de agentes, o Código Penal Militar de 1969 adotou uma teoria monista 
temperada ou mitigada, permitindo a distinção entre os concorrentes. 
III – Antenor agride Carlos, deixando-o prostrado no chão e vai embora. Benício vem e furta os objetos de 
Carlos. Ocorre autoria colateral. Antenor responde pelas lesões; e Benício responde por furto, se não houve 
ajuste. Havendo ajuste, respondem os dois por roubo. 
IV – O crime continuado é tratado de forma mais severa no CPM (art. 80) do que a prevista no Código Penal 
comum (art. 71). Assim, em que pese o caráter especial da norma penal militar, é possível aplicar o 
dispositivo do CP ao caso concreto, por analogia da norma penal mais benéfica. 
a) I, II, III e IV estão corretas. 
b) I e II estão corretas, III e IV estão erradas. 
c) I e IV estão erradas. 
d) II e III estão erradas. 
 
04 Ano: 2011 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Execução de Mandados 
Ainda com relação ao direito penal militar, julgue os seguintes itens. 
Considerando-se que, em relação ao concurso de agentes, o CPM possui disciplinamento singular, 
entendendo o “cabeça” como o líder na prática de determinados crimes, é correto afirmar que, havendo 
participação de oficiais em crime militar, ainda que de menor importância, para todos os efeitos penais, eles 
devem ser considerados como “cabeças”. 
Certo Errado 
05 Ano: 2004Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
Julgue os itens seguintes, referentes à imputabilidade penal e ao concurso de agentes no direito penal 
militar. 
114 
 
 
 
 
 
O CPM, ao estabelecer que aquele que, de qualquer modo, concorrer para o crime incidirá nas penas a este 
cominadas, adotou, em matéria de concurso de agentes, a teoria monista. 
Certo Errado 
 
06 Ano: 2004 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
O CPM estabelece que não se comunicam as condições ou circunstâncias de caráter pessoal, exceto quando 
elementares do crime, o que significa dizer que responde por crime comum a pessoa civil que, juntamente 
com um militar, cometa, por exemplo, crime de peculato tipificado no CPM. 
Certo Errado 
 
07 Ano: 2004Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Analista Judiciário - Área Judiciária 
O CPM, ao adotar o princípio da participação de menor importância, estabeleceu uma exceção à teoria 
monista do concurso de agentes. 
Certo Errado 
 
 
 
 
 
 
 
 
01 Ano: 2016 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Em relação às penas principais e acessórias, considerando o estabelecido pelo Código Penal Militar (CPM), 
Decreto-Lei n. 1.001, de 21/10/1969, marque a alternativa CORRETA. 
a) A pena de incompatibilidade com o oficialato e a pena de exclusão das forças armadas são consideradas, 
respectivamente, pena principal e acessória. 
b) A pena de impedimento e a pena de perda do posto e da patente são consideradas, respectivamente, 
pena principal e acessória. 
c) A pena de suspensão do exercício do posto, graduação, cargo ou função e pena de reforma são 
consideradas, respectivamente, pena principal e acessória. 
d) A pena de perda de posto e patente e a pena de indignidade para o oficialato são consideradas, 
respectivamente, pena principal e acessória. 
02 Ano: 2016 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Considerando as regras que autorizam a aplicação de penas no Código Penal Militar, à luz da Constituição de 
1988, é correto afirmar que 
a) as regras alusivas ao concurso de agentes, no Código Penal Militar, impedem que um civil responda por 
crime propriamente militar. 
b) a condenação a uma pena privativa de liberdade superior a dois anos implica a perda do posto e da 
patente, como pena acessória. 
 
Bateria 01 
Gabarito: 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 
Bateria 02 Gabarito: 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 
 
115 
 
 
 
 
 
c) restrita à situação de guerra declarada e à prática de crimes militares próprios, é vedada a execução de 
pena de morte contra civis. 
d) a figura do criminoso por tendência exprime o chamado “direito penal do autor” e, como tal, pode ser 
considerada inconstitucional. 
03 Ano: 2015 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Soldado da Polícia Militar 
Em relação ao disposto no Código Penal Militar, quanto às penas principaisem tempo de guerra, marque a 
alternativa CORRETA: 
a) Não haverá penas de morte, de caráter perpétuo, de trabalhos forçados, de banimento ou cruéis. 
b) O mínimo da pena de reclusão é de trinta dias. 
c) O mínimo da pena de detenção é de dez anos. 
d) A pena de morte é executada por fuzilamento. 
04 Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: PM-AC Prova: Aspirante da Polícia Militar 
A reabilitação criminal, conforme Código Penal Militar (Decreto-Lei n° 1.001/1969): 
a) caso seja negada, não pode ser novamente requerida senão após o decurso de cinco anos. 
b) poderá ser revogada se o reabilitado for condenado, por decisão definitiva , ao cumprimento de pena 
privativa da liberdade. 
c) após sua averbação, determinará impossibilidade absoluta de comunicação dos antecedentes criminais. 
d) poderá ser requerida decorridos três anos do dia em que for extinta a pena principal. 
e) não alcança penas superiores a cinco anos impostas por sentença definitiva. 
05 Ano: 2015 Banca: Marinha Órgão: Quadro Técnico Prova: Primeiro Tenente - Direito 
Segundo o Código Penal Militar, são penas acessórias a 
a) perda do posto e da patente e a morte. 
b) exclusão das Forças Armadas e a reforma. 
c) suspensão do exercício do posto e a indignidade para o oficialato. 
d) inabilitação para o exercício de função pública e a incompatibilidade com o oficialato. 
e) reforma e a suspensão dos direitos políticos. 
06 Ano: 2014 Banca: UESPI Órgão: PM-PI Prova: Aspirante da Polícia Militar 
A perda de posto e patente é uma “Pena Acessória” prevista no Código Penal Militar e resulta da 
condenação a pena privativa de liberdade por tempo superior a: 
a) dois anos, e importa a perda das condecorações. 
b) dois anos, e não importa a perda das condecorações. 
116 
 
 
 
 
 
c) quatro anos, e não importa a perda das condecorações. 
d) quatro anos, e importa a perda das condecorações. 
e) oito anos, e não importa a perda das condecorações. 
07 Ano: 2013 Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: Soldado da Polícia Militar 
O Código Penal Militar prevê as principais penas, descritas no TITULO V, a partir do artigo 55, de onde se 
extraiu a única afirmação verdadeira abaixo. Aponte-a. 
a) A pena de morte será executada por fuzilamento. 
b) O mínimo da pena de reclusão é de cinco anos, e o máximo de vinte e cinco anos, enquanto a de detenção 
mínima será de sete dias e a máxima de cinco anos. 
c) Um civil não pode cumprir nenhuma espécie de pena aplicada pela Justiça Militar. 
d) O condenado pela Justiça Militar de uma região, distrito ou zona não pode cumprir pena em 
estabelecimento de outra região, distrito ou zona. 
08 Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Segundo o Código Penal Militar, tem-se o seguinte: 
a) a perda de posto e patente e a indignidade para o oficialato são penas acessórias. 
b) o arrependimento posterior é causa obrigatória de redução da pena. 
c) não há previsão de medidas de segurança patrimoniais. 
d) a ação penal militar será condicionada à representação ou requisição da vítima. 
09 Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Soldado da Polícia Militar 
É considerada pena acessória: 
a) a inclusão nas forças armadas 
b) a reversão dos direitos políticos 
c) a indignidade para o oficialato 
d) a perda da função pública, exceto a eletiva 
10 Ano: 2013Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
No tocante às espécies de penas previstas no CPM e à sua aplicação, assinale a opção correta. 
a) Na aplicação da pena, caso haja mais de uma agravante e mais de uma atenuante, o juiz poderá limitar-se 
a uma só agravação ou uma só atenuação, mas não poderá fazê-lo no tocante às majorantes e minorantes. 
b) A suspensão condicional da pena aplica-se a todos os crimes militares — desde que a pena privativa de 
liberdade imposta não seja superior a dois anos —, podendo perdurar por dois a seis anos — desde que o 
réu não seja reincidente por crime praticado no país ou no estrangeiro e que os seus antecedentes, sua 
117 
 
 
 
 
 
personalidade e sua conduta posterior, bem como os motivos e as circunstâncias do crime, possibilitem a 
presunção de que ele não tornará a delinquir. 
c) A imposição das penas acessórias deve ser declarada de forma expressa na sentença, com indispensável 
fundamentação, admitindo-se a cominação da perda do posto e da patente pelo juízo de primeiro grau nos 
casos de condenação à pena privativa de liberdade por tempo superior a dois anos, vedada a declaração da 
pena de indignidade ou incompatibilidade para o oficialato. 
d) O magistrado, na aplicação da pena, ao reconhecer a presença de circunstâncias atenuantes, poderá 
diminuir a pena abaixo do mínimo previsto na lei penal militar, em face da existência de crimes para os quais 
não seja prevista pena mínima e da possibilidade de reconhecer o ato praticado como infração disciplinar. 
e) No trato do concurso de circunstâncias agravantes e atenuantes, deve o magistrado dar preponderância 
às de natureza subjetiva, entendidas como as que resultem dos motivos determinantes do crime, da 
personalidade do agente e da reincidência. 
11 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
No que concerne aos crimes de falsidade e às penas principais e acessórias, assinale a opção correta de 
acordo com o CPM. 
a) Para todos os crimes de falsidade, haverá a incidência de agravante se o agente perpetrar o delito com fim 
de obter lucro ou de causar prejuízo a terceiro. 
b) A ocorrência de prejuízo à administração militar ou a terceiro, ou a potencialidade da ocorrência desse 
prejuízo, constitui condição sine qua non para a consumação do crime de uso de documento falso. 
c) Na punição ao crime de falsificação de documento, a agravação da pena do agente devido à sua condição 
de oficial dependerá do seu efetivo exercício na repartição militar responsável pela confecção do documento 
falsificado. 
d) A condenação do militar pelo crime de falsidade material ou ideológica submeterá o oficial à declaração 
de indignidade para o oficialato, qualquer quer seja a pena imposta. 
e) Em relação à punição ao crime de uso de documento falso quando o agente é também autor da 
falsificação, o CPM, ao impor o concurso de crimes, estabelece forma distinta daquela prevista no CP. 
12 Ano: 2013 Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
Com relação ao conceito de crime militar e às penas no Código Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) São penas principais a reclusão, a detenção e a perda da função pública. 
b) A pena de reclusão ou de detenção de até dois anos, aplicada a militar, é convertida em pena de prisão. 
c) A pena privativa da liberdade por mais de dois anos, aplicada a militar, é cumprida em penitenciária 
militar, não se admitindo, em hipótese alguma, a sua execução em estabelecimento prisional civil. 
d) A pena de reforma sujeita o condenado à situação de inatividade, hipótese em que perceberá, no mínimo, 
quantia equivalente ao soldo. 
e) Os crimes de abuso de autoridade, previstos na Lei n.º 4.898/1965, quando praticados por militar da ativa, 
caracterizam crime militar, segundo critérios definidos no art. 9.º do Código Penal Militar. 
118 
 
 
 
 
 
13 Ano: 2013 Banca: FUNIVERSA Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
A respeito da pena de morte, assinale a alternativa correta. 
a) Poderá ser aplicada a qualquer crime militar, quando reputada adequada para a reprovação do crime pelo 
juiz auditor. 
b) A pena de morte é executada por enforcamento. 
c) A pena de morte pela prática de crime militar é considerada pena principal, mas só poderá ser aplicada 
em caso de guerra declarada. 
d) A pena de morte prescreve em vinte anos. 
e) A sentença definitiva de condenação à morte somente será comunicada ao presidente da República 
quando ela for imposta em zona de operações de guerra, pois ele poderá conceder indulto ou comutar a 
pena. Nos demais casos, como a pena é executadaimediatamente, não há utilidade na notificação do 
presidente. 
14 Ano: 2013 Banca: UEG Órgão: PM-GO Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Sobre as penas no Código Penal Militar, tem-se que 
a) a pena mínima de reclusão é de um ano, e a máxima é de trinta anos. 
b) a pena privativa de liberdade por mais de 2 (dois) anos, aplicada a militar, somente pode ser cumprida em 
penitenciária militar. 
c) a pena de morte será executada por enforcamento, podendo ser executada em qualquer tempo, depois 
de passada em julgado a condenação. 
d) a pena de prisão simples possui a mesma característica daquela prevista para as contravenções penais na 
legislação comum. 
15 Ano: 2013 Banca: CRS – PMMG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Em relação às penas principais previstas no Código Penal Militar, marque a alternativa CORRETA. 
a) O mínimo da pena de reclusão é de 02 (dois) anos, e o máximo de 30 (trinta) anos. 
b) A pena de morte é aplicada por fuzilamento em zonas de guerra e por enforcamento em tempo de paz. 
c) O condenado militar a que sobrevier doença mental permanecerá recolhido em penitenciária militar. 
d) A pena privativa de liberdade superior a 02 (dois) anos, aplicada a militar, é cumprida em penitenciária 
militar e, na falta dessa, em estabelecimento prisional civil. 
16 Ano: 2011 Banca: FUMARC Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
O CPM prevê, dentre outras, as seguintes penas acessórias, marque a alternativa CORRETA. 
a) Perda de posto e patente, Transferência Compulsória e Suspensão dos Direitos Políticos. 
b) Indignidade para o Ofcialato, Incompatibilidade com o Ofcialato e Inabilitação para o exercício de função 
pública. 
119 
 
 
 
 
 
c) Reforma Administrativa, Perda de posto e patente e Inabilitação para o exercício de função pública. 
d) Incompatibilidade para com o Ofcialato, Exação e Perda da Função Pública. 
17 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item subsequente. 
Se três indivíduos, todos imputáveis, buscando um resultado comum, praticarem crime de concurso 
eventual, cada um dos concorrentes deverá responder por um delito próprio, com elemento subjetivo 
próprio e produção de resultado próprio. Nesse caso, configura-se a pluralidade de agentes e de crimes. 
Certo Errado 
18 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item subsequente. 
A ação penal militar, no caso de o MP não oferecer a denúncia no prazo legal, poderá ser intentada 
mediante queixa do particular ofendido ou de quem tenha qualidade para representá-lo. 
Certo Errado 
19 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Auxiliar de Saúde 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item subsequente. 
No que se refere aos prazos prescricionais, o CPM estabeleceu, para cada crime, os limites temporais da 
prescrição punitiva tendo como referência principal o máximo da pena prevista em abstrato, com lastro na 
expectativa de apenamento máximo para toda e qualquer hipótese infracional nele tipificada. 
Certo Errado 
20 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
Em relação a penas, extinção da punibilidade do agente e concurso de agentes, julgue o item de 
subsequente. 
A perda de bem ou valor que constitua proveito auferido pelo agente com a prática delituosa constitui efeito 
extrapenal genérico da condenação. 
Certo Errado 
21 Julgue os itens subsequentes, de acordo com a doutrina e a jurisprudência dominantes no âmbito do 
direito penal militar. 
A perda de posto e patente e de condecorações decorre da condenação do militar à pena privativa de 
liberdade com tempo de cumprimento superior a quatro anos, o que resulta, também, na declaração de 
indignidade para o oficialato. 
 
 
 
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Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15
: 16: 17: 18: 19: 20: 21: 
 
QUESTÕES DPM BATERIA 01 - Dos Crimes contra a Administração Militar 
01 Ano: 2016 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Em certo Município, a Polícia Militar se resume a três terceiros-sargentos, sendo que um deles exerce a 
função de chefia da equipe. Este chefe determina aos outros dois que realizem patrulhamento na zona rural. 
Os dois, todavia, entendem que não lhes foram ofertadas condições de trabalho e pretendem descumprir a 
ordem. Neste caso, pode-se recusar a configuração do crime de motim com base no argumento de que 
a) o tipo penal de motim é restrito aos membros das Forças Armadas e, portanto, não se aplica aos militares 
estaduais. 
b) o crime é de conspiração, pois os policiais foram flagrados durante a reunião em que combinam 
descumprir a ordem. 
c) a mera desobediência à ordem superior não configura motim, tipo penal cuja incidência exige violência 
física. 
d) não houve descumprimento de ordem superior, já que todos são terceiros-sargentos. 
 
02 Ano: 2015 Banca: PM-MG Órgão: PM-MG Prova: Soldado da Polícia Militar 
Com base nos crimes previstos no Código Penal Militar, assinale a alternativa CORRETA: 
a) O crime de desrespeito a superior previsto no art. 160 do Código Penal Militar, somente restará 
caracterizado se ocorrer diante de outro militar. 
b) No crime de deserção, previsto no art. 187 do Código Penal Militar, a deserção consuma-se no sexto dia 
de ausência do militar no lugar onde deveria prestar serviço ou permanecer. 
c) O crime de revolta (art. 149), ocorre quando militares desarmados reúnem-se recusando obediência ao 
superior, agindo contra ordem recebida ou negando-se a cumpri-la. 
d) A utilização pelo militar, de uniforme, distintivo ou insígnia de posto ou graduação superior ao seu não é 
crime definido no Código Penal Militar. 
 
03 Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: CBM-AC Prova: Soldado do Corpo de Bombeiro 
Caso o militar se ausente, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve permanecer, por 
mais de oito dias, este incorrerá na prática do crime de: 
a) omissão de oficial. 
b) abandono de posto. 
c) omissão de socorro. 
d) deserção. 
e) descumprimento de missão. 
 
 
 
121 
 
 
 
 
 
04 Ano: 2015Banca: FUNCAB Órgão: CBM-AC Prova: Soldado do Corpo de Bombeiro 
Caso o oficial deixe de restituir, por ocasião da passagem de função, ou quando lhe é exigido, objeto, plano, 
carta, cifra, código ou documento que lhe haja sido confiado, incorrerá na prática do crime de: 
a) omissão de eficiência da força. 
b) omissão de providências para evitar danos. 
c) descumprimento de missão. 
d) omissão de oficial. 
e) retenção indevida. 
 
05 Ano: 2015Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Conforme o disposto no Código Penal Militar analise as proposições e assinale a única alternativa incorreta: 
a) Recusa de função na Justiça Militar, denunciação caluniosa e coação são crimes contra a administração da 
justiça militar. 
b) Traição, favor ao inimigo e aliciação de militar são crimes contra a administração militar e contra o dever 
funcional. 
c) Segundo a doutrina predominante, deserção e abandono de posto são crimes propriamente militares. 
d) Os crimes impropriamente militares são aqueles crimes tipificados como militares por força de lei, em 
razão de determinadas circunstâncias. Esse tipo de crime também encontra previsão na legislação penal 
comum, como o homicídio, a lesão corporal, o peculato, a concussão, entre outros. 
06 Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Tecnólogo de Administração 
É considerado crime contra a Administração Militar 
a) Motim, art. 149 do CPM. 
b) Insubmissão, art. 183 do CPM. 
c) Exercício de comércio por oficial, art. 204 do CPM. 
d) Desobediência, art. 301 do CPM. 
e) Autoacusaçãofalsa, art. 345 do CPM. 
 
07 Ano: 2014Banca: UESPI Órgão: PM-PI Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Fica sujeito à declaração de indignidade para o oficialato o militar condenado, qualquer que seja a pena, 
pelos crimes de: 
a) traição, espionagem ou recusa de obediência. 
b) traição, recusa de obediência ou covardia. 
c) recusa de obediência, espionagem ou covardia. 
d) oposição à ordem de sentinela, traição e espionagem. 
e) traição, espionagem ou covardia. 
 
08 Ano: 2012Banca: CESPE Órgão: PM-CE Prova: Soldado da Polícia Militar 
Acerca dos crimes militares, julgue o item a seguir. 
Na condescendência criminosa, o autor do delito retarda ou deixa de praticar, indevidamente, ato de ofício, 
para satisfazer interesse ou sentimento pessoal. 
Certo Errado 
 
 
122 
 
 
 
 
 
QUESTÕES DPM BATERIA 02 - Dos Crimes contra a Administração Militar 
01 Ano: 2016Banca: VUNESP Órgão: TJM-SP Prova: Juiz de direito 
No que diz respeito aos crimes contra a Administração Militar, assinale a alternativa correta. 
a) Um Tenente da Polícia Militar, da reserva, que, durante uma abordagem realizada por dois soldados da 
Polícia Militar que se encontravam em serviço, atribui falsa identidade a um colega civil que o acompanhava, 
a fim de evitar que os policiais militares o identificassem como infrator da lei, pratica o crime militar de 
“falsa identidade”. 
b) Um Tenente da Polícia Militar, da ativa, que, por negligência, abusa da confiança de outro militar, 
apresentando-lhe para recebimento qualquer documento que deve saber ser inexato, ainda que o ato 
atente contra a administração ou o serviço militar, será atípico em decorrência da excepcionalidade do crime 
culposo. 
c) Um Cabo reformado da Polícia Militar que, durante abordagem a que está sendo submetido, em repulsa à 
injusta agressão sofrida, profere palavras de baixo calão a Sargento da Polícia Militar, da ativa, responsável 
pela agressão, incorre no crime de “desacato a superior”. 
d) Deixar o militar no exercício de função, por negligência, de observar lei, regulamento ou instrução, dando 
causa direta à prática de ato prejudicial à administração militar é fato atípico no âmbito penal militar. 
e) Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo ou função e que deva permanecer em segredo, em 
prejuízo da administração militar, será considerado fato atípico no âmbito penal militar se não for cometido 
mediante o recebimento de vantagem indevida. 
 
02 Ano: 2013Banca: MPM Órgão: MPM Prova: Promotor de Justiça Militar 
ACERCA DA USURPAÇÃO E DO EXCESSO OU ABUSO DE AUTORIDADE, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. 
a) O crime de assunção ilegal de comando (art. 167, CPM) assemelha-se ao crime de usurpação de função 
pública (art. 328, CP), e pode ser cometido por qualquer pessoa, desde que em área sob administração 
militar. 
b) O delito de operação militar sem ordem superior na sua forma mais simples (art. 169, caput, CPM) 
classifica-se como de mão própria e também como subsidiário. 
c) O crime de amotinamento de presos ou internados (art. 182, CPM) é de concurso necessário, sendo que o 
oficial presente e omisso incorre nas mesmas penas. 
d) No crime de evasão de preso civil (art. 180, CPM) se ao fato sucede deserção (art. 180, § 2º, CPM), 
aplicam-se cumulativamente as penas correspondentes. 
 
03 Ano: 2010Banca: VUNESP Órgão: APMBB Prova: Tecnólogo de Administração 
Sobre o crime militar capitulado no artigo 299 do Código Penal Militar: “Desacato a Militar”, assinale a 
alternativa correta. 
a) É um delito contra a administração militar. 
b) O sujeito ativo só pode ser militar. 
c) O agente só pode ser um militar subordinado hierárquico do militar ofendido. 
d) Admite a modalidade culposa. 
e) Consuma-se no exato momento em que o militar ofendido sentir-se insultado. 
 
04 Ano: 2007Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público 
Com base no direito penal militar, julgue os seguintes itens. 
No peculato culposo, a reparação do dano, antes da sentença irrecorrível, acarreta a extinção da 
punibilidade do agente, tanto no CP como no CPM. Certo Errado 
123 
 
 
 
 
 
 
 
05 Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público 
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes militares em tempo de paz. 
O crime militar de corrupção passiva não tipifica a conduta de solicitar para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função, ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida, 
nem a conduta de aceitar promessa de tal vantagem. 
Certo Errado 
 
 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 
QUESTÕES CRIMES CONTRA AUTORIDADE E DISCIPLINA MILITAR 
01 Ano: 2016 Banca: FADESP Órgão: PM-PA Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Em certo Município, a Polícia Militar se resume a três terceiros-sargentos, sendo que um deles exerce a 
função de chefia da equipe. Este chefe determina aos outros dois que realizem patrulhamento na zona rural. 
Os dois, todavia, entendem que não lhes foram ofertadas condições de trabalho e pretendem descumprir a 
ordem. Neste caso, pode-se recusar a configuração do crime de motim com base no argumento de que 
a) o tipo penal de motim é restrito aos membros das Forças Armadas e, portanto, não se aplica aos militares 
estaduais. 
b) o crime é de conspiração, pois os policiais foram flagrados durante a reunião em que combinam 
descumprir a ordem. 
c) a mera desobediência à ordem superior não configura motim, tipo penal cuja incidência exige violência 
física. 
d) não houve descumprimento de ordem superior, já que todos são terceiros-sargentos. 
 
02 Ano: 2015Banca: PM-MG Órgão: PM-MGP rova: Soldado da Polícia Militar 
Marque a alternativa CORRETA. De acordo com o disposto no Código Penal Militar, recusar a obedecer a 
ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou relativamente a dever imposto em lei, 
regulamento ou instrução, configura: 
a) Desrespeito a superior. 
b) Descumprimento de missão. 
c) Omissão de oficial. 
d) Recusa de obediência. 
 
03 Ano: 2015Banca: VUNESP Órgão: APMBB Prova: Oficial da Polícia Militar 
É considerado crime contra autoridade ou disciplina militar: 
a) o desacato a superior. 
b) o ingresso clandestino. 
c) a conspiração. 
d) o excesso de exação. 
e) a desobediência. 
124 
 
 
 
 
 
 
04 Ano: 2015Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Motim, no Código Penal Militar, é considerado um crime contra a autoridade ou disciplina militar. Consiste 
em reunirem- se militares ou assemelhados: agindo contra a ordem recebida de superior, ou negando-se a 
cumpri-la; recusando obediência a superior, quando estejam agindo sem ordem ou praticando violência; 
assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra superior; 
ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica ou estabelecimento militar, ou dependência de qualquer deles, 
hangar, aeródromo ou aeronave, navio ou viatura militar, ou utilizando-se de qualquer daqueles locais ou 
meios de transporte, para ação militar, ou prática de violência, em desobediência a ordem superior ou em 
detrimento da ordem ou da disciplina militar. Nas mesmas circunstâncias, se os agentes estavam armados, o 
crime é de: 
a) Organização de grupo para a prática de violência. 
b) Revolta. 
c) Omissão de lealdade militar. 
d) Conspiração. 
 
05 Ano: 2015Banca: IOBV Órgão: PM-SC Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Conforme o Código Penal Militar é crime punível com detenção, de um a dois anos: 
a) Praticar violência contra oficial de dia, de serviço, ou de quarto, ou contra sentinela, vigia ou plantão. 
b) Incitar à desobediência, à indisciplina ou à prática de crime militar. 
c) Praticar o militar diante da tropa, ou em lugar sujeito à administração militar, ato que se traduza em 
ultraje a símbolo nacional. 
d) Assumir o militar, sem ordem ou autorização,salvo se em grave emergência, qualquer comando, ou a 
direção de estabelecimento militar. 
 
 
06 Ano: 2014 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: PM-PE Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Sobre o Código Penal Militar, se um civil invade com o seu carro um quartel militar sem autorização, ele 
a) comete crime previsto no Código Penal Comum e não, no Código Penal Militar. 
b) não comete crime. 
c) não pode cometer crime previsto no código penal militar, uma vez sendo civil. 
d) comete crime de ingresso clandestino previsto no Código Penal Militar. 
e) comete crime de desacato a militar previsto no Código Penal Militar. 
 
07 Ano: 2014 Banca: UPENET/IAUPE Órgão: PM-PE Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Sobre o crime de violência contra superior previsto no Código Penal Militar: “Praticar violência contra 
superior”, analise as afirmativas a seguir: 
I. O crime se qualifica se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente. 
II. A consumação do crime exige a ocorrência de lesão corporal. 
III. Para configurar o tipo penal, o crime deve ser praticado em serviço. 
IV. Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada. 
Está CORRETO o que se afirma em 
a) I e IV, apenas. 
b) I, II e III, apenas. 
c) II e IV, apenas. 
125 
 
 
 
 
 
d) III e IV, apenas. 
e) I, II, III e IV. 
 
08 Ano: 2014Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Oficial do Quadro Complementar 
 Considerando o processo dos crimes de deserção e insubmissão, analise as alternativas seguintes e, em 
seguida, assinale a alternativa correta, segundo o positivado no Código Penal Militar, Código de Processo 
Penal Militar e Lei de Organização Judiciária Militar. 
I. O militar da ativa das forças armadas não pode ser sujeito ativo do crime de insubmissão. 
II. Capturada uma praça com ou sem estabilidade que desertara, esta deve ser submetida à inspeção de 
saúde e, se apta, reincluída. 
III. No processo de insubmissão, cada parte poderá arrolar até três testemunhas. 
IV. A partir da zero seguinte à incorporação, iniciar-se-á a contagem do prazo de oito dias para 
caracterização da insubmissão. 
V. Nos processos de deserção e insubmissão o prazo para alegações escritas é reduzido pela metade, por se 
tratarem de processos especiais. 
a) Somente I e III estão corretas. 
b) Somente II e III estão corretas. 
c) Somente II e IV estão corretas. 
d) Somente III e IV estão corretas. 
e) Somente I e II estão corretas. 
 
09 Ano: 2014 Banca: Exército Órgão: EsFCEx Prova: Oficial do Quadro Complementar 
O Soldado Ringo, do 114º BIMtz em Salvador, quartel do Exército, está sendo processado por desrespeito a 
superior na Auditoria da 6ª CJM. Após a oitiva das testemunhas, o MPM obtém e pede juntada aos autos de 
um vídeo de segurança que mostra áudio e imagem do desrespeito praticado por Ringo contra o Tenente 
John, no gabinete deste, naquela base. O pedido é deferido com anuência da defesa. No vídeo, fica claro que 
estavam na sala fechada o réu, o Tenente John e dois servidores civis Harrison e Paul. Nele, se ouve e vê a 
imagem do Tenente John dizendo calmamente que é a terceira vez que chama atenção do soldado por não 
fazer manutenção no fuzil após o tiro. Imediatamente, se vê o réu dizendo e gesticulando em amplos 
movimentos com os braços e dizendo “Ah, qual é, Tenente, fala sério". No mesmo instante, deu as costas 
para o oficial, que ainda falava calmamente, e disse, gritando “Ta bom, eu vou limpar sempre a droga desse 
fuzil. Que porre!" 
Com base no texto acima, marque a alternativa correta. 
a) O vídeo mostra que o Soldado Ringo, na verdade, praticou o crime de desacato a superior. 
b) O vídeo mostra que o Soldado Ringo, na verdade, praticou um crime de insubordinação. 
c) O vídeo confirma que o Soldado Ringo, na verdade, praticou o crime de desrespeito. 
d) O vídeo mostra que não se tipificou o crime de desacato a superior, nem um crime de insubordinação, 
nem o crime de desrespeito. 
e) O vídeo mostra que o Soldado Ringo praticou um crime de insubordinação e o de desacato a superior. 
 
10 Ano: 2014 Banca: IBFC Órgão: PM-PB Prova: Soldado da Polícia Militar 
Assinale a alternativa correta. Segundo o artigo 157 do código penal militar, quem praticar violência contra 
superior terá imposta a pena de: 
a) Reclusão, de três meses a dois anos. 
b) Detenção, de três meses a dois anos. 
126 
 
 
 
 
 
c) Reclusão, de três meses a um ano. 
d) Detenção, de três meses a um ano. 
 
11Ano: 2014 Banca: UESPI Órgão: PM-PI Prova: Aspirante da Polícia Militar 
O crime militar de “recusar obedecer à ordem do superior sobre assunto ou matéria de serviço, ou 
relativamente a dever imposto em lei, regulamento ou instrução” prevê a seguinte pena: 
a) reclusão, de dois a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
b) detenção, de um a dois anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
c) detenção, de dois a quatro anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
d) detenção, de seis meses a um ano, se o fato não constitui crime mais grave. 
e) reclusão, de dois a seis anos, se o fato não constitui crime mais grave. 
 
12 Ano: 2013 Banca: CONSULPLAN Órgão: PM-TO Prova: Aspirante da Polícia Militar 
O Código Penal Militar estabelece o crime de praticar violência contra superior. Sobre o tema, marque a 
alternativa INCORRETA. 
a) Se o crime é praticado em unidade militar, será qualificado. 
b) Se a violência é praticada com arma, a pena é aumentada de um terço. 
c) Se da violência resulta lesão corporal, aplica-se, além da pena da violência, a do crime contra a pessoa. 
d) Se o superior é comandante da unidade a que pertence o agente, ou oficial general, o crime será 
qualificado. 
 
13 Ano: 2013 Banca: CESPE Órgão: STM Prova: Juiz de direito 
No que concerne a alguns crimes contra a autoridade ou disciplina militar, assinale a opção correta. 
a) Para a tipificação dos crimes de violência contra superior e contra militar de serviço, exige-se a condição 
de militar do sujeito ativo. 
b) No que se refere ao crime de revolta — que consiste na prática dos atos que caracterizam o motim, 
acrescido do uso de armas pelos agentes —, o CPM prevê agravamento de pena para os cabeças e atribui 
essa condição de proeminência aos oficiais que participarem do movimento. 
c) Para a configuração do crime militar de motim, exige-se a reunião de mais de três militares com o objetivo 
específico de subverter a ordem, de ofender a hierarquia e a disciplina. 
d) Admite-se o civil como sujeito ativo do crime de aliciação para motim, que se consuma com o mero 
convite para a prática do crime. 
e) Para sua consumação o incitamento — que é o chamamento de militares para a prática de crimes diversos 
do motim e da revolta, não compreendendo ato de indisciplina —, são necessários o assentimento e a 
prática das infrações pelo incitado. 
 
14 Ano: 2013Banca: CRS – PMMG Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
Um grupo de militares federais, todos da ativa, desarmados, resolveram paralisar os serviços administrativos 
de uma determinada Unidade, praticando desobediência contra ordem de superiores. O mentor dessa 
empreitada criminosa, conforme ficou comprovado nos autos da investigação policial militar, foi um Cabo. 
Do grupo, ainda faziam parte 01 (um) Tenente, 06 (seis) Subtenentes e 05 (cinco) Sargentos. Considerando a 
dosimetria da pena que os juízes de direito militares devem observar em relação à participação de cada 
militar na conduta infracional, certo é que: 
a) a maior pena seria aplicada ao Tenente, por ser considerado cabeça no crime de motim, que é de autoria 
coletiva necessária. 
127 
 
 
 
 
 
b) a maior pena seria aplicada ao Cabo, por ser considerado o mentor intelectual no crime de motim, que é 
de autoria coletiva necessária. 
c) a pena seria aplicada igualmente a todos os amotinados, por ser o crime de motim considerado de autoria 
coletiva necessária. 
d) a maior pena seria aplicada ao Cabo,por ser considerado o mentor intelectual no crime de revolta, que é 
de autoria coletiva necessária. 
 
15 Ano: 2011Banca: FUMARC Órgão: PM-MG Prova: Aspirante da Polícia Militar 
O Código Penal Militar incorpora dentre as fguras típicas, alguns delitos inimagináveis na legislação comum. 
Em verdade, o rigor da hierarquia e da disciplina predispõe que o policial militar tenha comportamentos 
irrepreensíveis em relação à instituição e em relação aos seus superiores, pares e subordinados. Analise as 
afrmativas abaixo: 
I. Os crimes de Motim e Revolta se diferenciam se diferenciam em dois aspectos. No Motim os militares 
que se reúnem decididamente não portam armas, enquanto na Revolta, por serem utilizadas armas de fogo, 
a pena é aumentada em até um terço para os “cabeças” ou líderes; 
II. As penas aplicáveis aos crimes de Motim e Revolta são aumentadas em até um terço se resultarem lesão 
corpora grave e em até dois terços se resultarem morte; 
III. O disciplina militar determina que a violência praticada contra o Comandante é considerada mais grave 
do que praticada contra outro superior qualquer. 
Assinale a alternativa CORRETA. 
a) Apenas a afrmativa III está correta. 
b) Apenas a afrmativa II está correta. 
c) As afrmativas I, II e III estão incorretas. 
d) As afrmativas I, II e III estão corretas. 
 
16 Ano: 2011Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Sargento da Polícia Militar 
Pode-se afirmar que caracteriza o crime de motim, reunirem-se militares ou assemelhados: 
a) agindo em conjunto ou separadamente, em favor da ordem recebida de superior e negando a cumpri-la 
de imediato. 
b) assentindo em recusa conjunta de obediência, ou em resistência ou violência, em comum, contra 
superior. 
c) ocupando quartel, fortaleza, arsenal, fábrica, aeronave, viatura militar ou qualquer local para a prática de 
violência militar ou concertarem-se com armamento ou material bélico, a fim da prática de violência. 
d) com o intuito de patrocinar a clandestinagem de informações a países estrangeiros. 
 
17 Ano: 2011Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Sargento da Polícia Militar 
Bombeiros, Militares do Estado, armados, reúnem-se e invadem instalações militares do Corpo de 
Bombeiros, pleiteando aumento salarial por meio da prática de violência, em desobediência a ordem 
superior. 
Tal conduta 
a) caracterizará o crime de revolta. 
b) caracterizará os crimes de revolta e recusa de obediência. 
c) caracterizará o crime de insubordinação. 
d) na hipótese, muito embora criminosa, necessariamente, será anistiada pelo Congresso Nacional. 
 
128 
 
 
 
 
 
18 Ano: 2011Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: Tecnólogo de Administração 
No que tange aos crimes militares contra a autoridade ou disciplina militar, é correto afirmar que 
a) para a caracterização do crime de motim, é necessária a reunião de no mínimo três militares. 
b) para a caracterização do crime de organização de grupo para a prática de violência, é necessária a reunião 
de no mínimo três militares. 
c) caracteriza o crime de incitamento a conduta de incitar à indisciplina militar ainda que esta não se 
caracterize como crime militar. 
d) para a caracterização do crime militar de violência contra superior, não é necessário que o autor conheça 
a qualidade de superior hierárquico daquele contra quem é praticada a violência. 
e) para a caracterização do crime de desrespeito a superior, não é necessário que o ato seja praticado diante 
de outro militar diverso do superior hierárquico desrespeitado. 
 
19 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado Músico 
Considerando os preceitos legais que regem o processo penal militar e o entendimento jurisprudencial e 
doutrinário dominantes, julgue o próximo item. 
A insubmissão é o único crime militar cujo agente do delito é exclusivamente o civil, sendo que tal qualidade 
integra o tipo penal. Todavia, a incorporação do insubmisso é condição objetiva de procedibilidade da ação 
penal. 
Certo Errado 
 
20 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
Quanto aos crimes militares, cada um do próximo item apresenta uma situação hipotética, seguida de uma 
assertiva a ser julgada. 
Um militar, em dias determinados, alegando imperativo de consciência decorrente de crença religiosa, se 
recusou a obedecer ordem emanada de superior hierárquico que determinava o serviço de limpeza das 
dependências do quartel. Nessa situação, a recusa do militar caracterizou crime de insubordinação. 
Certo Errado 
 
21 Ano: 2010 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
Ainda quanto aos crimes militares, julgue o item que se segue. 
A distinção entre a conduta de desrespeito e o desacato ao superior consiste em que, na primeira situação, o 
subordinado falta com o respeito e a consideração devida ao superior — o que se resolve apenas no âmbito 
disciplinar, sem tipicidade penal —, ao passo que, na situação de desacato prevista como crime militar, o 
agente ofende moralmente o superior, com o livre propósito de diminuir a sua autoridade. 
Certo Errado 
 
22 Ano: 2010Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Administrador 
Ainda quanto aos crimes militares, julgue o item que se segue. 
Segundo a classificação doutrinária, o homossexualismo, o desafio para duelo e o ultraje incluem-se entre os 
crimes atentatórios à disciplina militar que têm somente o militar como sujeito ativo, não obstante se tratar 
de delitos impropriamente militares. 
Certo Errado 
 
23 Ano: 2009 Banca: CESPE Órgão: PM-DF Prova: Soldado da Polícia Militar 
129 
 
 
 
 
 
Julgue os itens subsequentes, de acordo com a doutrina e a jurisprudência dominantes no âmbito do direito 
penal militar. 
Considere que um funcionário civil, designado para prestar serviço em local de administração disciplinar e 
submetido a preceito militar, tenha empurrado, propositalmente, seu chefe imediato, um oficial militar, 
arrancado com violência sua cobertura e rasgado seu fardamento, sem, no entanto, ocasionar-lhe lesão de 
qualquer natureza. Nessa situação, a violência contra o chefe, um oficial, caracteriza violência contra 
superior, crime propriamente militar, respondendo o seu autor como se militar fosse. 
Certo Errado 
 
 
01 Ano: 2016 Banca: VUNESP Órgão: TJM-SP Prova: Juiz de direito 
Com relação aos crimes contra a Autoridade ou Disciplina Militar, é correto afirmar: 
a) o simples concerto de militares para a prática do crime de motim não é punível, nos termos da lei penal 
militar, se estes não iniciarem, ao menos, os atos executórios do crime de motim. 
b) militares que apenas se utilizam de viatura militar para ação militar, em detrimento da ordem ou 
disciplina militar, mas sem ocupar quartel, cometem o crime de motim. 
c) o militar que, estando presente no momento da prá- tica do crime de motim, não usar de todos os meios 
ao seu alcance para impedi-lo, será responsabilizado como partícipe deste. 
d) o militar que, antes da execução do crime de motim e quando era ainda possível evitar-lhe as 
consequências, denuncia o ajuste de que participou terá a pena diminuída pela metade com relação ao 
referido crime militar. 
e) a reunião de dois ou mais militares com armamento ou material bélico, de propriedade militar, para a prá- 
tica de violência contra coisa particular, só caracterizará o crime de organização de grupo para a prática de 
violência se a coisa se encontrar em lugar sujeito à administração militar. 
 
02 Ano: 2013 Banca: MPM Órgão: MPM Prova: Promotor de Justiça Militar 
ACERCA DOS CRIMES CONTRA A AUTORIDADE OU DISCIPLINA MILITAR, ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA. 
a) Tanto o motim como a revolta e a organização de grupo para a prática de violência têm como elemento 
objetivo do tipo a reunião ou ajuntamento. 
b) No crime de motim e de revolta, quando os agentes estiverem agindo contra ou se negando a cumprir 
ordem do superior, é juridicamente possível a tentativa. 
c) O soldado PM Temporário (cuja contratação é autorizada aos Estadospela Lei federal nº 10.029 de 
20.10.2000) que, em uma solenidade pública, rasgar seu uniforme, arrancando condecoração militar, 
insígnia ou distintivo, por menosprezo ou vilipêndio, comete o crime de despojamento desprezível. 
d) No crime de conspiração está prevista a hipótese de delação espontânea e, em decorrência dela, da figura 
da chamada escusa absolutória, que independe do arrependimento eficaz do agente. 
 
03 Ano: 2013 Banca: MPM Órgão: MPM Prova: Promotor de Justiça Militar 
ANALISE AS QUESTÕES ABAIXO E ASSINALE A ALTERNATIVA INCORRETA. 
a) O crime de desacato a superior (art. 298, CPM) é crime militar próprio, que exige do agente a 
circunstância de caráter pessoal de ser militar, mais que isso, a de ser subordinado (inferior) da vítima, ainda 
que de igual posto ou graduação. 
b) O furto é um crime patrimonial, já o peculato-furto é um crime funcional. 
QUESTÕES DPM BATERIA 02 –Dos crimes contra a autoridade ou disciplina militar 
130 
 
 
 
 
 
c) Com exceção da modalidade culposa, no crime de ingresso clandestino (CPM, art. 302), é exigido um dolo 
específico de penetração na área militar por onde seja defeso. 
d) No crime militar de excesso de exação (CPM, art. 306), caracterizado pela cobrança onde houve emprego 
de meio vexatório ou gravoso, não autorizado por lei, não há ofensa patrimonial ao contribuinte. 
 
04 Ano: 2010 Banca: VUNESP Órgão: APMBB Prova: Tecnólogo de Administração 
Uma patrulha motorizada, composta por um segundo tenente e um soldado, ao avistar, logo adiante, um 
aluno oficial fardado, em trânsito, resolve “pregar uma peça” na mencionada praça especial, mediante 
cessão, pelo oficial, de sua jaqueta, com os distintivos e insígnias privativos de seu posto, a seu soldado 
motorista, o qual vestiu tal peça do fardamento. O aluno oficial, ao avistar a patrulha, acabou por 
apresentar-se ao soldado, pensando tratar-se de superior hierárquico. No caso narrado, o soldado e o oficial 
praticaram, pelo menos em tese: 
a) o crime militar de Uso Indevido de Uniforme, Distintivo ou Insígnia, com o soldado na figura de autor e o 
oficial na figura de coautor. 
b) a transgressão disciplinar de Uso Indevido de Uniforme, Distintivo ou Insígnia, com o soldado na figura de 
autor e o oficial na figura de coautor. 
c) o crime militar de Uso Indevido de Uniforme, Distintivo ou Insígnia, com o soldado na figura de autor e o 
oficial na figura de partícipe. 
d) a transgressão disciplinar de Usurpação de Função Pública, com o soldado na figura de autor e o oficial na 
figura de coautor. 
e) o crime militar de Usurpação de Função Pública, com o soldado na figura de autor e o oficial na figura de 
partícipe. 
 
05 Ano: 2007 Banca: CESPE Órgão: DPU Prova: Defensor Público 
Julgue os itens a seguir, relativos aos crimes militares em tempo de paz. 
O crime de recusa de obediência (art. 163 do CPM) é espécie do gênero insubordinação. 
 
 
 
 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11: 12: 13: 14: 15: 16: 
 17: 18: 19: 20: 21: 22: 23: 
 
Respostas 01: 02: 03: 04: 05: 
QUESTÕES CRIMES CONTRA O SERVIÇO MILITAR 
01 Policial militar designado como oficial rondante no policiamento ostensivo aproveita-se dessa 
condição e se dirige à própria residência, fora da área geográfica que lhe fora destinada, para ajudar 
a esposa em trabalhos de reforma do imóvel. Em relação ao tipo de abandono de posto, é correto 
afirmar que esse policial 
a) não incorre no crime porque, findo o afastamento temporário, retornará à ronda na região 
correta. 
131 
 
 
 
 
 
b) não incorre no crime porque a ronda, por sua própria natureza, não possui um “posto” ou “lugar 
de serviço”. 
c) incorre no crime porque lhe cumpria o serviço de vigiar vários postos, que são cobertos por seus 
subordinados. 
d) incorre no crime, mesmo que prove situação de força maior, porque o serviço militar é 
preponderante em relação a imprevistos de natureza pessoal. 
 
02 Qual a tipificação aplicável ao crime de deserção? 
a) Deixar de apresentar-se o convocado à incorporação, dentro do prazo que lhe foi marcado, ou, 
apresentando-se, ausentar-se antes do ato oficial de incorporação. 
b) Abandonar, sem ordem superior, o posto ou lugar de serviço que lhe tenha sido designado, ou o 
serviço que lhe cumpria, antes de terminá-lo. 
c) Ausentar-se o militar, sem licença, da unidade em que serve, ou do lugar em que deve 
permanecer, por mais de 8 (oito) dias. 
d) Deixar o comandante de manter a força sob seu comando em estado de eficiência. 
03 Nos termos do Código Penal Militar, assinale a alternativa correta. 
a) O crime de motim exige sempre a prática de violência contra pessoa para sua configuração. 
b) Na hipótese de vários policiais militares de uma mesma guarnição, todos, em coautoria, 
recusarem-se a cumprir a determinação de um Sgt PM, todos poderão responder pelo crime de 
recusa de obediência. 
c) Para a configuração do crime de abandono, não se exige que tenha havido efetivo prejuízo à 
Administração Militar. 
d) O crime de deserção admite, para a sua configuração, a modalidade culposa. 
 
04 Ocorrerá o crime de deserção quando se ausentar o militar, sem licença, da unidade em que 
serve, ou do lugar em que deve permanecer, por mais de oito dias, cuja pena será de detenção de 
seis meses a dois anos e, se oficial, a pena é agravada. Além dessa hipótese, o Código Penal Militar 
traz outras formas similares à deserção. Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma 
dessas outras formas. 
a) Na mesma pena da deserção incorre o militar que deixa de se apresentar à autoridade 
competente, dentro do prazo de cinco dias, contados daquele em que termina ou é cassada a licença 
ou agregação ou em que é declarado o estado de sítio ou de guerra. 
b) Na mesma pena da deserção incorre o militar que não se apresenta no lugar designado, dentro de 
quarenta e oito horas, findo o prazo de trânsito ou férias. 
c) Na mesma pena da deserção incorre o militar que, tendo cumprido a pena, deixa de se 
apresentar, dentro do prazo de setenta e duas horas. 
d) Na mesma pena da deserção incorre o militar que consegue exclusão do serviço ativo ou situação 
de inatividade, criando ou simulando incapacidade. 
e) Na mesma pena da deserção incorre o militar que, dispensado temporariamente da incorporação, 
deixa de se apresentar, decorrido o prazo de licenciamento. 
 
132 
 
 
 
 
 
 
05 Assinale a opção que NÃO corresponde a um Crime Contra o Serviço Militar e o Dever Militar, 
previsto no Código Penal Militar. 
a) Amotinamento. 
b) Insubmissão. 
c) Deserção. 
d) Abandono de posto. 
e) Embriaguez em serviço. 
 
06 Abandono de Posto é crime propriamente militar de mera conduta, assim sendo, marque a 
alternativa CORRETA: 
a) Caracteriza-se, também, o crime de Abandono de Posto, se o militar afasta-se do lugar de serviço 
que lhe foi designado ou abandona o serviço que lhe cumpria executar. 
b) O crime de Abandono de Posto não é infração penal específica e funcional do ocupante de cargo 
militar. 
c) A substituição do militar, que deixou seu posto de serviço sem autorização da autoridade militar 
competente, por outro militar, exclui o cometimento do crime de Abandono de Posto. 
d) A infração penal militar de Abandono de Posto é um crime militar permanente, pois os seus 
efeitos se procrastinam ao longo do tempo. 
e) A consumação do crime de Abandono de Posto ocorre no momento em que o superior 
hierárquico do infrator constata a ausência do mesmo do seu posto de serviço. 
 
07 Sobre os crimes contra o serviço e o dever militar, é correto afirmar que 
a) dormir em serviço não é conduta tipificada como crime, podendo caracterizar transgressão ou 
contravenção disciplinar. 
b) o crime de insubmissão (art.183 do CPM) pode ser praticado por militar reformado. 
c) o crime de insubmissão (art.armadas, 
ficam sujeitos à lei penal militar brasileira, ressalvado o disposto em tratados ou 
convenções internacionais. 
 
 
Equiparação a militar da ativa 
Art. 12. O militar da reserva ou reformado, empregado na administração militar, equipara-se ao 
militar em situação de atividade, para o efeito da aplicação da lei penal militar. 
 
Militar da reserva ou reformado 
Art. 13. O militar da reserva, ou reformado, conserva as responsabilidades e prerrogativas do 
posto ou graduação, para o efeito da aplicação da lei penal militar, quando pratica ou contra ele é 
praticado crime militar. 
 
 
Comentário: As prerrogativas que são mantidas por força do art. 13 na maior parte estão 
relacionadas ao foro de julgamento e a outros aspectos processuais. 
 
 
Defeito de incorporação 
Art. 14. O defeito do ato de incorporação não exclui a aplicação da lei penal militar, salvo 
se alegado ou conhecido antes da prática do crime. 
 
 
Comentário: Mesmo havendo defeito no ato de incorporação, o militar que se encontra de 
fato em situação de atividade, não é excluído da aplicação da lei penal militar, salvo se o 
defeito é alegado ou conhecido antes da prática do crime. 
 
 
Contagem de prazo 
Art. 16. No cômputo dos prazos inclui-se o dia do começo. Contam-se os dias, os meses e 
os anos pelo calendário comum. 
13 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Legislação especial. Salário-mínimo 
Art. 17. As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei penal 
militar especial, se esta não dispõe de modo diverso. Para os efeitos penais, salário mínimo é o 
maior mensal vigente no país, ao tempo da sentença. 
 
Crimes praticados em prejuízo de país aliado 
Art. 18. Ficam sujeitos às disposições deste Código os crimes praticados em prejuízo de país em 
guerra contra país inimigo do Brasil: 
I - Se o crime é praticado por brasileiro; 
II - Se o crime é praticado no território nacional, ou em território estrangeiro, militarmente 
ocupado por força brasileira, qualquer que seja o agente. 
 
 
Comentário: O objetivo da norma é proteger a nação aliada, mesmo que o agente seja nacional. 
 
 
 
Infrações disciplinares 
Art. 19. Este Código não compreende as infrações dos regulamentos disciplinares. 
 
 
Infração disciplinar não é conduta penal, mas sim ilícito administrativo. É interessante 
também que você saiba que no Direito Penal Militar também não há contravenções penais. 
No Direito Penal Militar não há mais pena de multa, e também não há contravenções 
penais. 
 
 
Crimes praticados em tempo de guerra 
Art. 20. Aos crimes praticados em tempo de guerra, salvo disposição especial, aplicam-se 
as penas cominadas para o tempo de paz, com o aumento de 1/3. 
 
 
FIQUE LIGADO!!! Já vimos no art. 10 que um crime pode não ser previsto como praticado em 
tempo de guerra, mas ainda assim ser aplicada a legislação relativa a esse período especial. É 
nestes casos que se aplica o aumento de pena previsto no art. 20. Aos crimes previstos a partir 
do art. 355 do CPM, não se aplica o aumento de pena do art. 20, Blz? 
 
 
 
 
 
14 
 
 
 
 
 
Assemelhado 
Art. 21. Considera-se assemelhado o servidor, efetivo ou não, dos Ministérios da Marinha, 
do Exército ou da Aeronáutica, submetido a preceito de disciplina militar, em virtude de 
lei ou regulamento. 
 
 
Comentário: A princípio, a figura do assemelhado não mais existe no âmbito da Justiça 
Militar da União. Hoje seguem a lei 8112. Os funcionários públicos civis que prestam serviços nas 
organizações militares, a seu turno, não estão sujeitos à disciplina militar e, portanto, não podem ser 
considerados assemelhados a fim de aplicação da lei penal militar. 
 
QUESTÃO SOBRE O TEMA 
A figura do assemelhado se encontra prevista nos artigos 9° e 21 do Código Penal Militar, como o 
servidor de Ministério 
militar submetido a preceito de disciplina militar. Diante de tal previsão, é possível afirmar que 
A) devem ser considerados assemelhados os membros do Ministério Público Militar da União. 
B) devem ser considerados assemelhados os médicos, dentistas e veterinários que estejam cumprindo 
serviço militar. 
C) devem ser considerados assemelhados os civis prestadores de serviço às Forças Armadas. 
D) devem ser considerados assemelhados, em tempo de guerra, os policiais militares e os membros dos 
corpos de bombeiros. 
E) não há mais no sistema jurídico brasileiro, em tempo de paz, a figura do assemelhado. 
GAB: E 
 
 
Pessoa considerada militar 
Art. 22. É considerada militar, para efeito da aplicação deste Código, qualquer pessoa que, 
em tempo de paz ou de guerra, seja incorporada às forças armadas, para nelas servir em 
posto, graduação, ou sujeição à disciplina militar. 
 
Comentário: Os Policiais Militares e Bombeiros são considerados militares dos Estados, na 
forma definida pela Constituição no artigo 42. Mas, no tocante à competência da Justiça 
Militar da União, são considerados civis. 
 
 
Equiparação a comandante 
Art. 23. Equipara-se ao comandante, para o efeito da aplicação da lei penal militar, toda 
autoridade com função de direção. 
 
Comentário: Tal equiparação se dá em casos em que determinada pessoa, militar ou funcionário 
civil vinculado a unidade militar, venha assumir algum cargo de direção ou chefia nas 
organizações militares, como por exemplo, Diretor de Pesquisas do Centro Tecnológico de 
Marinha. funcionário civil vinculado a unidade militar, venha assumir algum cargo de direção ou 
chefia nas organizações militares, como por exemplo, Diretor de Pesquisas do Centro 
Tecnológico de Marinha. 
15 
 
 
 
 
 
Conceito de superior 
Art. 24. O militar que, em virtude da função, exerce autoridade sobre outro de igual posto 
ou graduação, considera-se superior, para efeito da aplicação da lei penal militar. 
 
 
Comentário: afasta qualquer dúvida a respeito da hierarquia quando se tem dois militares 
ocupando o mesmo posto ou graduação, mas um deles exerce autoridade sobre o outro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Crime praticado em presença do inimigo 
Art. 25. Diz-se crime praticado em presença do inimigo, quando o fato ocorre em zona de 
efetivas operações militares, ou na iminência ou em situação de hostilidade. 
 
 
Comentário: Art. 365. fugir o militar, ou incitar à fuga, em presença do 
inimigo: Pena – morte, grau máximo; reclusão, de 20 (vinte) anos, grau 
mínimo. 
 
 
Referência a "brasileiro" ou "nacional" 
 
Art. 26. Quando a lei penal militar se refere a "brasileiro" ou "nacional", compreende as 
pessoas enumeradas como brasileiros na Constituição do Brasil. 
 
Estrangeiros 
Parágrafo único. Para os efeitos da lei penal militar, são considerados estrangeiros os 
apátridas e os brasileiros que perderam a nacionalidade. 
 
 
16 
 
 
 
 
 
Os que se compreendem, como funcionários da Justiça Militar 
Art. 27. Quando este Código se refere a funcionários, compreende, para efeito da sua aplicação, os 
juízes, os representantes do Ministério Público, os funcionários e auxiliares 
da Justiça Militar. 
 
Casos de prevalência do Código Penal Militar 
Art. 28. Os crimes contra a segurança externa do país ou contra as instituições militares, definidos 
neste Código, excluem os da mesma natureza definidos em outras leis. 
 
Comentário: perdeu o valor pois temos a lei segurança nacional !!! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
 
 
 
 
 DO CRIME 
Conceito de crime: 
O crime pode ter vários conceitos que se diferenciará a depender do ramo de estudo analisado. Como 
falamos de estudos para concurso, mais especificamente sobre matéria penal vamos estudar os três 
principais conceitos de crime em matéria estritamente jurídica. 
Portanto dividiremos o crime em conceito formal, material e analítico. 
Material: o crime constitui dano ou perigo de dano a um bem jurídico protegido; 
Formal: o crime é o fato proibido por lei, sob risco de pena; 
Analítico: O crime na visão analítica possui diversas definições, como o presente trabalho183 do CPM) é o único crime do Código Penal Militar cuja pena é de 
impedimento. 
d) o crime de insubmissão (art.183 do CPM) não pode ser praticado por civil. 
e) o crime de deserção, em todas as suas modalidades, ocorre por ausência por mais de oito dias 
 
08 Sd PM Barreto, de serviço, havendo tão somente a si e um outro Sd PM no serviço de sentinela da 
OPM, e estando o serviço em aparente situação de normalidade, por volta das 23h 40m, sem 
solicitar autorização de seu Comandante, deliberou por sair para comprar uma pizza em uma 
lanchonete a cerca de 100 metros. Tal conduta caracterizará o crime de 
a) abandono de posto. 
b) recusa de obediência a ordem de superior e abandono de posto. 
c) oposição à ordem de sentinela. 
d) desrespeito à superior. 
 
09 Em relação ao crime de abandono de posto é correto afirmar: 
a) é um crime de perigo. Consuma-se com a ocorrência de fatos lesivos à Organização Militar. 
133 
 
 
 
 
 
b) a prisão pode se efetivar, independentemente de ordem fundamentada de autoridade judiciária 
competente. 
c) a alegação do pequeno lapso temporal de afastamento do posto é suficiente para elidir a ideia de 
ocorrência do crime. 
d) é um crime material. Consuma-se com a simples criação de perigo para o bem jurídico protegido, 
sem produzir dano efetivo. 
e) não há distinção entre posto e lugar de serviço. Ambos configuram um local amplo, onde o militar 
deve permanecer no exercício de qualquer função militar. 
 
10 Consoante o previsto no Código Penal Militar e na jurisprudência majoritária do Tribunal de 
Justiça Militar do Estado de São Paulo, assinale a alternativa correta no que diz respeito aos crimes 
contra o serviço militar e o dever militar. 
a) Um Capitão da Polícia Militar, da ativa, que, por imprudência, deixa de desempenhar a função que 
lhe foi confiada não poderá ser punido pelo crime de descumprimento de missão por atipicidade da 
conduta. 
b) O Comandante que, por negligência, deixa de manter a força sob seu comando em estado de 
eficiência incorre no crime de omissão de eficiência de força. 
c) Um Soldado da Polícia Militar, da ativa, que, por negligência, dorme durante o serviço de dia em 
uma Companhia Policial Militar comete o crime militar de “dormir em serviço”. 
d) Um Major da Polícia Militar, da ativa, que participa e exerce atividade de administração na 
empresa proprietária de uma rede de “autoescolas”, que fornece cursos de formação de condutores 
em várias cidades do seu estado, comete o crime de “exercício de comércio por oficial”. 
e) Um Cabo da Polícia Militar, da ativa, que se apresenta embriagado para prestar um serviço 
administrativo de protocolista não comete o crime militar de embriaguez em serviço. 
 
11 Com referência ao serviço militar, julgue o seguinte item. 
O brasileiro convocado à incorporação que não se apresentar no prazo estipulado se sujeita à 
penalidade, prevista no Código Penal Militar, por crime de insubmissão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GABARITO 01: 02: 03: 04: 05: 06: 07: 08: 09: 10: 11:é voltado para 
concursos, traremos aqui duas correntes muito discutidas no Brasil, que é a Bipartida e a Tripartida. 
Crime Conceito Analítico – Corrente Tripartida 
A corrente que traz o conceito analítico do crime como bipartido diz que o crime é fato típico e ilicitude. 
Crime Conceito Analítico – Corrente Tripartida (USADA NO DIREITO PENAL MILITAR) 
A corrente tripartida, conceitua crime analítico como fato típico, ilícito e culpável. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CRIME Ilícito (antijurídico) 
Fato típico 
Culpável 
Conduta 
Nexo Causal 
Resultado 
Tipicidade 
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Relação de causalidade 
Art. 29. O resultado de que depende a existência do crime somente é imputável a quem lhe deu 
causa. Considera-se causa a ação ou omissão sem a qual o resultado não teria ocorrido. 
Comentários: Segundo a doutrina, crime é igual à ação ou omissão mais resultado, o que significa que o 
ilícito é decorrente de um ato praticado por um infrator por meio de uma ação ou omissão que levará a 
um resultado. Apesar desta regra, existem crimes que podem ocorrer sem que o resultado venha a se 
configurar, como ocorre, por exemplo, com o crime de corrupção, bastando para a configuração da 
conduta que o agente tenha solicitado uma vantagem indevida. 
 
O CPM estabeleceu que somente responderá perante a Justiça Penal Militar aquele que deu causa ao 
resultado por meio de uma ação ou omissão. 
 
Neste sentido, se não houver uma relação de causalidade entre o ato praticado e o resultado não há que 
se tratar de uma responsabilidade penal. 
 
O fundamento estabelecido pelo CPM é uma garantia assegurada aos jurisdicionados no sentido de que 
estes não poderão ser levados às barras dos Tribunais Militares se não tiverem dado causa a um resultado 
considerado pela lei penal militar como sendo um crime militar, próprio ou impróprio. 
 
Assim, se o responsável pela reserva de armas entregar um armamento a um militar e este vier a ferir a 
uma pessoa causando-lhe uma lesão corporal não há que se falar em responsabilidade do militar que 
trabalha na reserva de armas, mas se este mesmo militar for omisso na manutenção de algum armamento 
e esta conduta der causa a um acidente, o militar da reserva de armas também será responsabilizado pelo 
resultado em atendimento aos princípios que regem a ação penal e o processo penal, comum ou militar. 
 
Por força do estabelecido neste artigo, qualquer pessoa, militar da ativa, reserva remunerada, reformado, 
civil, ou funcionário público civil, e até mesmo os militares estrangeiros, ou estrangeiros, poderá ser 
processada e julgada perante a Justiça Militar da União, dos Estados, ou do Distrito Federal, caso venham 
a praticar um crime militar previsto em lei em razão de uma ação ou omissão que leve a um resultado. 
 
Algumas Curiosidades!!! O artigo 29 do CPM é a aplicação da Teoria da Equivalência dos 
Antecedentes Causais (ou teoria da conditio sine qua non), segundo a qual causa é todo fato oriundo 
de comportamento humano sem o qual o resultado não teria ocorrido (nem como, nem quando 
ocorreu). 
Assim, para que se possa aferir se algum comportamento ou acontecimento insere-se neste conceito 
de causa, aplica-se o processo hipotético de eliminação, desenvolvido por Thyrén: suprime-se 
mentalmente um determinado fato que está no desenvolvimento linear do crime. Se não ocorrer 
resultado naturalístico em razão dessa supressão, é porque esse fato era causa; de outro lado, se 
persistir, causa não será (ex: disparos fatais de arma de fogo contra a vítima – se forem suprimidos, 
não há crime de homicídio – logo, são causa). 
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Assim sendo, percebe-se que nos três itens acima citados o resultado naturalístico ocorreu de 
maneira totalmente independente da conduta do agente e que as causas atuaram de forma 
independente foram responsáveis pela produção do resultado. Então, por não haver relação de 
causalidade (nexo causal) entre resultado e conduta do agente, este responde apenas pelos atos já 
praticados, isto é, por tentativa de homicídio, desde que comprovado o animus necandi. 
Conclui-se, assim, que nas causas absolutamente independentes (quaisquer de suas modalidades – 
preexistentes, concomitantes ou supervenientes) o agente responderá somente pelos atos já 
praticados, mas jamais pelo resultado, ante a falta de relação de causalidade. Aplica-se, então, a 
Teoria da Equivalência dos Antecedentes Causais (conditio sine qua non), prevista no artigo 29, caput, 
CPM. 
Já as causas relativamente independentes, por sua vez, têm origem na conduta do agente e, por 
isso, são relativas: dependem da atuação do agente para existir. Também possuem três 
modalidades: 
1) Preexistente: a causa existe antes da prática da conduta, embora seja dela dependente. O clássico 
exemplo é o agente que dispara arma de fogo contra a vítima, causando-lhe ferimentos não fatais. 
Porém, ela vem a falecer em virtude do agravamento das lesões pela hemofilia. 
2) Concomitante: ocorre simultaneamente à conduta do agente. Outro clássico exemplo é o do 
agente que dispara arma de fogo contra a vítima, que foge correndo em via pública e morre 
atropelada por algum veículo que ali trafegava. 
Nessas duas hipóteses, por expressa previsão legal (art. 13, caput, CP), aplica-se a teoria da 
equivalência dos antecedentes causais e o agente responde pelo resultado naturalístico, já que se 
suprimindo mentalmente sua conduta, o crime não teria ocorrido como e quando ocorreu. Assim, 
responde por homicídio consumado. 
A grande e essencial diferença aparece na terceira causa relativamente independente: 
3) Superveniente: aquela que ocorre posteriormente à conduta do agente. Neste específico caso, 
torna-se necessário fazer uma distinção, em virtude do comando expresso ao artigo 29, §1º, CPM: A 
superveniência de causa relativamente independente exclui a imputação quando, por si só, produziu 
o resultado. Os fatos anteriores, imputam-se, entretanto, a quem os praticou. 
Ora, da simples leitura deste artigo, depreende-se que existem as causas relativamente 
independentes que, por si só, excluem o resultado e as que não excluem. Sendo assim, novamente 
pelo expresso comando legislativo, apenas as que produzem por si só o resultado naturalístico terão 
tratamento diverso. 
Para resumir: 
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1) Causa Superveniente Relativamente Independente que não produz por si só o resultado: aplica-
se a teoria da conditio sine qua non – regra geral - por não se enquadrar na exceção do §1º do artigo 
29. Como exemplo clássico, tem-se a vítima que é alvejada por disparos não fatais, mas vem a falecer 
em virtude de imperícia médica na oportunidade da cirurgia a qual teve que ser submetida em 
virtude dos ferimentos. Resta claro que a imperícia médica não mata qualquer pessoa, mas somente 
aquela que enseja a intervenção médica. Como a lei manda aplicar a teoria da equivalência dos 
antecedentes, constata-se que a vítima somente faleceu em virtude da intervenção cirúrgica 
necessária em razão dos ferimentos causados por disparos de arma de fogo (suprimindo-se os 
disparos, a cirurgia não seria necessária e, portanto, temos a causa do homicídio). Logo, neste caso, 
o agente responde por homicídio consumado. 
2) Causa Superveniente Relativamente Independente que produz por si só o resultado: é a situação 
excepcional, que se amolda ao artigo 29, §1º, CPM. Aqui, aplica-se a teoria da Causalidade Adequada 
e temos como exemplo a vítima que é atingida por disparos de arma de fogo não fatais, mas vem a 
falecer em virtude do acidente automobilístico de sua ambulância e a vítima que, também alvejada, 
vem a falecer em razão de um incêndio na ala de feridos do hospital. 
OMISSÃO NO CPM 
§ 2º A omissão é relevante como causa quando o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. 
 
O dever de agir incumbe a quem tenha por lei obrigação de cuidado, proteção ou vigilância; a 
quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade de impedir o resultado;e a quem, com seu 
comportamento anterior, criou o risco de sua superveniência. 
O § 2º, do art. 29, do Código Penal Militar, estabelece de forma expressa que a princípio a 
omissão não é causa de responsabilização, mas a omissão se torna relevante como causa quando 
o omitente devia e podia agir para evitar o resultado. O dever de agir incumbe a quem tenha por 
lei a obrigação de cuidado, proteção ou vigilância, como por exemplo, o guia, o salva-vidas, o 
bombeiro militar, o policial militar, e ainda a quem, de outra forma, assumiu a responsabilidade 
de impedir o resultado, e ainda a quem, com seu comportamento anterior criou o risco de sua 
superveniência, como, por exemplo, o guia que leva os seus orientados para um caminho 
afirmando conhecê-lo quando na realidade nunca passou pelo local por ele mencionado. Se em 
razão deste procedimento às pessoas sofrerem algum tipo de lesão, por exemplo, decorrente de 
um desmoronamento que somente ocorreu pela passagem das pessoas pelo local, esta ou estas 
serão de inteira responsabilidade do guia, o qual com seu comportamento anterior criou o risco 
suportado pelas pessoas. Nas hipóteses estabelecidas neste parágrafo se enquadram ainda 
aqueles que exercem a função de garantes. 
 
 
 
 
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Crime consumado 
Art. 30. Diz-se o crime: 
I - consumado, quando nêle se reúnem todos os elementos de sua definição legal; 
 Tentativa 
Conceito: 
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à vontade do 
agente. 
 
Elementos da tentativa: 
a) Início da execução; 
b) A não consumação; 
c) A interferência de circunstâncias alheias à vontade do agente. 
CAUSAS 
Absolutamente 
independentes 
Preexistente 
Concomitante 
Superveniente 
Relativamente 
independentes 
Preexistente 
Concomitante 
Superveniente 
Não Responde 
pelo resultado, 
Apenas pelos 
atos já 
praticados 
Exclui a imputação 
quando, por si só, 
produziu o 
resultado 
Responde pelo 
resultado 
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Pena de tentativa 
Parágrafo único. Pune-se a tentativa com a pena correspondente ao crime, diminuída de um a dois 
terços, podendo o juiz, no caso de excepcional gravidade, aplicar a pena do crime consumado. 
 Desistência voluntária e arrependimento eficaz 
Art. 31. O agente que, voluntariamente, desiste de prosseguir na execução ou impede que o 
resultado se produza, só responde pelos atos já praticados. 
• A desistência voluntária é “a atitude do agente que, podendo chegar à consumação do crime, 
interrompe o processo executivo por sua própria deliberação” (DOTTI, 2010, p. 413). Ou seja, o 
agente quando inicia “a realização de uma conduta típica, pode, voluntariamente, interromper a 
sua execução” (BITENCOURT, 2007, P. 406), conduta essa impunível. Em outras palavras, “o 
agente, voluntariamente, abandona seu intento durante a realização dos atos executórios” 
(CUNHA, 2010, p. 69). 
Desse conceito, pode-se extrair que para a ocorrência da desistência voluntária é necessária a 
paralisação concreta da execução do fato delituoso (critério objetivo) e que essa desistência seja 
voluntária (critério subjetivo). Havendo a cessação (abstenção) da execução do crime, por 
deliberação própria do agente, ele só responderá pelos atos até então praticados, se infrações penais 
forem considerados tais atos. 
• Já o arrependimento eficaz, também chamado de arrependimento ativo, ocorre “quando o 
agente, tendo já ultimado o processo de execução do crime, desenvolve nova atividade 
impedindo a produção do resultado. Exige uma ação positiva do agente, pois o processo de 
execução do delito se encontra esgotado (ação típica realizada), com a finalidade de evitar a 
produção do resultado. 
Então, para que se configure o arrependimento eficaz é imperioso que haja o impedimento eficaz do 
resultado (critério objetivo) e que seja de forma voluntária (critério subjetivo). 
 
FIQUE LIGADOOOO !!!! Na desistência voluntária, o agente interrompe o processo de execução 
que iniciara; ele cessa a execução, porque a quis interromper (mesmo que haja sido por medo 
remorso ou decepção) e não porque tenha sido impedido por fator externo à sua vontade. 
No arrependimento eficaz, embora já houvesse realizado todo o processo de execução, o agente 
impede que o resultado ocorra. Em ambos os casos, sempre voluntariamente. 
 
 
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 Atenção não Confunda espontaneidade com Voluntariedade 
Comum à desistência voluntária e ao arrependimento eficaz é o elemento subjetivo da 
voluntariedade. Voluntário é aquilo que se faz por vontade própria, sem coação (moral ou física) de 
ninguém. Isto é, o agente, de moto própria (livre vontade) deixa de praticar o delito, fazendo não 
produzir o resultado outrora esperado. 
Todavia, não se exige que a desistência seja espontânea. Espontânea ocorre quando a ideia inicial 
parte do próprio agente, e voluntária é a desistência sem coação moral ou física, mesmo que a ideia 
inicial tenha partido de outrem, ou mesmo resultado de pedido da própria vítima. Por conseguinte, 
se o agente desiste ou se arrepende por sugestão ou conselho de terceiro, subsistem a desistência 
voluntária e o arrependimento eficaz. 
Importante deixar consignado que a voluntariedade é, aqui, sinônima de autonomia, ou seja, o 
agente para de realizar os atos executórios do delito porque quer, e não por circunstâncias alheias à 
sua vontade (o que caracteriza a tentativa) ou pela impossibilidade da consumação do delito (crime 
impossível, tentativa falha). Tais circunstâncias caracterizam a involuntariedade do agente. Juarez 
CIRINO dos Santos aconselha que “a desistência é involuntária se para evitar o flagrante, ou por 
receio de bloqueio das vias de fuga, ou porque o fato foi descoberto etc.” 
Deste modo, não importam os motivos que levaram o agente a desistir do crime (i.e., não se exige a 
demonstração do conteúdo de valor ético), seja pelo medo, piedade, receio, remorso, etc., contudo, 
deve-se mostrar de forma voluntária pelo agente. 
 Crime impossível 
Art. 32. Quando, por ineficácia absoluta do meio empregado ou por absoluta impropriedade do 
objeto, é impossível consumar-se o crime, nenhuma pena é aplicável. 
Exemplo de impossibilidade do meio: 
Matar alguém, batendo-lhe com uma flor, fazendo rituais de magia, etc. 
Exemplo de impossibilidade do objeto: 
Matar um cadáver, estuprar uma boneca, etc. 
 
 
 
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 Culpabilidade 
Art. 33. Diz-se o crime: 
I - doloso, quando o agente quis o resultado ou assumiu o risco de produzi-lo; 
O dolo se subdivide em: 
a) Dolo direto: quando o agente quis e conheceu o resultado. 
Dado o exemplo do crime de homicídio, é dolo direto quando A, fitando B, seu alvo, saca uma arma 
e desfere diversos tiros contra si, ceifando-lhe a vida. A tinha a intenção de retirar a vida de B (“quis 
o resultado”) e utilizou os meios bastantes para a produção do resultado. É, sem sombra de dúvida, 
a modalidade de ocorrência de crime mais comum, sendo, inclusive, a única forma de ocorrência em 
diversos crimes, tais como furto, roubo, estupro, e outros. 
b) Dolo indireto ou eventual: quando o agente não quis o resultado, mas conheceu do risco. 
Motorista, que conduz em velocidade incompatível com o local e realizando manobras arriscadas. 
Mesmo este prevendo que poderá vir a perder o controle direcional do veículo e atropelar ou até 
mesmo matar alguém, não se importa com a ocorrência de eventuais resultados indesejáveis, pois 
correr o risco é melhor do que interromper o prazer em dirigir em alta velocidade. Para este, o 
resultado danoso não é querido, mas o risco é aceito. É a famosa frase proferida por Frank (1931, 
apud HOLANDA, 2004): “Seja como for,dê no que der, em qualquer caso não deixo de agir”. 
 
 
 
 
 
II - culposo, quando o agente, deixando de empregar a cautela, atenção, ou diligência ordinária, ou 
especial, a que estava obrigado em face das circunstâncias, não prevê o resultado que podia prever 
ou, prevendo-o, supõe levianamente que não se realizaria ou que poderia evitá-lo. 
 
 
DOLO 
DIRETO 
DOLO EVENTUAL 
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Da Culpa Inconsciente 
Na (culpa) inconsciente o resultado não é previsto pelo agente, embora previsível. É a culpa comum, 
que se manifesta na imprudência, negligência ou imperícia. O agente, portanto, não foi capaz de 
prever o resultado – ou a lesão ao dever de cuidado -, mas o homem médio conseguiria prever. É a 
chamada culpa comum ou culpa sem previsão. E é imprescindível a previsibilidade do homem médio, 
pois, na sua ausência, configura-se caso fortuito ou força maior, não sendo, portanto, fato típico, por 
ausência de um dos requisitos da culpa e, consequentemente, pela ausência da mesma. 
Da Culpa consciente 
Já a culpa consciente é a culpa que ocorre quando o agente prevê que sua conduta pode levar a um 
certo resultado lesivo, embora acredite, firmemente, que tal evento não se realizará, confiando na 
sua atuação (vontade) para impedir o resultado. 
Aquela em que o agente, embora prevendo o resultado, não deixa de praticar a conduta acreditando, 
sinceramente, que este resultado não venha a ocorrer. O resultado, embora previsto, não é assumido 
ou aceito pelo agente, que confia na sua não-ocorrência. 
Configura-se culpa consciente, por exemplo, quando o agente ultrapassa um veículo em uma estrada 
e, verificando que na direção contrária vem outro veículo, acredita que, caso acelere, consiga 
ultrapassar o primeiro veículo sem chocar-se contra o segundo, o que não ocorre, gerando o 
resultado lesivo ofensa à integridade física ou morte. Por mais que o agente tenha previsto a 
possibilidade de chocar-se contra o segundo veículo, acreditou sinceramente que, caso acelerasse, 
conseguiria findar a ultrapassagem sem se chocar contra o dito veículo. 
DIFERENÇA ENTRE DOLO EVENTUAL E CULPA CONSCIENTE: 
No dolo eventual, o agente prevê o resultado e se mostra indiferente com a sua ocorrência. Já na 
culpa consciente, o agente prevê o resultado, porém acredita que não ocorrerá. 
 
Exemplo do pai que comemora bodas de prata com sua mulher e três filhos e, durante a festa, bebe 
incomensuravelmente, ficando embriagado. Terminada a festa, volta para casa dirigindo o seu 
veículo, junto de sua família. Com pressa, pois queria assistir a uma partida de futebol, que seria 
transmitida na televisão, acelera o veículo. Entretanto, colide o seu veículo em outro, ceifando a vida 
de sua família inteira. Por mais que os fatos (dirigir embriagado, dirigir em alta velocidade por um 
motivo fútil) demonstrem que o pai agiu com dolo eventual, nunca, em tempo algum, ele assumiria 
o risco de matar toda sua família, pois um homem médio nunca aceitaria a possibilidade de ele 
próprio ceifar a vida de seu cônjuge e filhos no dia de comemoração de 25 anos de casado. Deve-se 
sempre enxergar com cautela o dolo eventual única e exclusivamente através dos fatos, pois, muitas 
das vezes, por mais que os fatos apontem o dolo eventual, ao adentrar no âmago do agente, 
perceber-se-á clara e indubitavelmente que o agente não aceitou – e jamais aceitaria - o resultado 
lesivo. 
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Excepcionalidade do crime culposo 
Parágrafo único. Salvo os casos expressos em lei, ninguém pode ser punido por fato previsto como 
crime, senão quando o pratica dolosamente. 
Nenhuma pena sem culpabilidade 
Art. 34. Pelos resultados que agravam especialmente as penas só responde o agente quando os houver 
causado, pelo menos, culposamente. 
 
Erro de direito 
Art. 35. A pena pode ser atenuada ou substituída por outra menos grave quando o agente, salvo em se 
tratando de crime que atente contra o dever militar, supõe lícito o fato, por ignorância ou êrro de 
interpretação da lei, se escusáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Consciência Vontade 
Dolo direto Prevê o resultado Quer o resultado 
Dolo eventual Prevê o resultado Não quer resultado, mas assume o risco 
Culpa consciente Prevê o resultado 
Não quer resultado, não assume risco e pensa 
poder evitar 
Culpa inconsciente 
Não prevê o resultado (que era 
previsível) 
Não quer o resultado e não aceita o resultado 
Segundo ensina a doutrina, o erro é a falsa percepção da verdade. Pode ocorrer que em determinadas 
situações uma pessoa por falta de conhecimento, ignorância, ou mesmo por uma questão de interpretação 
equivocada, possa acreditar que agiu em conformidade com a lei, e que, portanto, a sua conduta seria lícita. 
Neste caso, após analisar os fatos constantes do processo, o magistrado poderá atenuar, ou mesmo 
substituir a pena do infrator por outra pena menos grave, desde que o ato praticado não venha a ferir o 
dever militar, a hierarquia e a disciplina, e a ética, que fazem parte da profissão que foi escolhida pelo 
infrator, a qual se diferencia das demais atividades que são desenvolvidas pelos civis, que não têm em regra o 
dever de enfrentar o perigo, ou mesmo de oferecer a vida em sacrifício. Deve-se observar ainda, que existe 
uma diferença entre o erro e a ignorância, mas esta não foi levada em consideração pelo Código Penal Militar 
de 1969 para a concessão do benefício ao agente infrator. Segundo ensina Guilherme de Souza Nucci36 , 
“erra o agente que pensa estar vendo Tício quando na realidade esta vislumbrando Caio. Ignora o agente que 
não sabe quem esta vendo”. 
 
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Erro de fato 
Art. 36. É isento de pena quem, ao praticar o crime, supõe, por êrro plenamente escusável, a inexistência 
de circunstância de fato que o constitui ou a existência de situação de fato que tornaria a ação legítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Erro culposo 
§ 1º Se o erro deriva de culpa, a este título responde o agente, se o fato é punível como crime culposo. 
 
 
 
 
 
Erro provocado 
 
§ 2º Se o erro é provocado por terceiro, responderá este pelo crime, a título de dolo ou culpa, conforme o 
caso. 
 
Se uma pessoa, civil ou militar, for levada ao erro para a prática de um ato ilícito penal militar por uma 
terceira pessoa, esta que provocou o erro ficará sujeita a ser responsabilizada na seara penal. Nesta 
situação, o infrator poderá responder pelo ilícito praticado na modalidade de dolo ou culpa conforme for 
o caso, e em conformidade com a espécie do tipo penal no qual incidiu. O critério adotado pelo Código 
Penal Militar, Decreto-lei 1001 de 1969, é um critério justo porque pune aquele que abusa da confiança 
O erro de fato também se encontra previsto no Código Penal Brasileiro e alcança o agente que age acreditando 
que existiria alguma circunstância de fato que tornaria a sua ação legitima, como ocorre, por exemplo, nos casos 
da legítima defesa putativa, onde o agente acredita que a vítima se encontra armada e prestes a realizar um 
disparo. Em razão disto, o agente efetua primeiro o disparo, o qual acaba acertando a vítima. Nesta situação, 
estaria configurada uma hipótese de erro de fato que deve ser muito bem analisada pelo julgador com base nas 
provas que forem produzidas no curso do processo-crime, para se evitar a adoção de medidas injustas, seja em 
relação ao infrator, seja em relação à vítima. O artigo sob análise estabelece que nestas hipóteses o agente fica 
isento de pena, ou seja, responderá a todo um processo criminal, podendo inclusive ao final ser considerado 
culpado, mas não ficará sujeito a imposição de uma pena privativa de liberdade, tendo em vista que no Código 
Penal Militar não existe a previsão de pena de multa, ou mesmo de penas restritivas de direito. Na prática, é 
possível o reconhecimento de uma excludente de ilicitude desde que presentes todos os requisitos estabelecidos 
pela lei penal militar. 
 
O erro praticado pelo agente,civil ou militar, pode ser decorrente de um ato de imprudência, negligência ou 
imperícia, sendo que neste caso o infrator poderá ser responsabilizado pela Justiça Militar, Federal ou Estadual desde 
que o ato praticado leve a ocorrência de um ato ilícito que estabeleça a possibilidade de punir o fato típico previsto na 
lei penal militar na modalidade denominada de culpa, como ocorre, por exemplo, no caso de um crime de dano 
culposo, um crime de lesão corporal culposa, um crime de homicídio culposo, e outros previstos que estão previstos 
no Código Penal Militar de 1969, Decreto-lei 1001. Caso contrário, o agente não ficará sujeito a nenhuma sanção 
penal. Mas, é importante se observar, que o erro praticado pelo agente deve derivar de um ato culposo, caso 
contrário, o agente não poderá ser beneficiado pelas disposições que foram estabelecidas neste parágrafo do art. 36. 
 
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ou faz em razão de sua conduta que uma pessoa venha a incidir em uma conduta da qual não tinha 
conhecimento. Deve-se observar, que aquele que foi levado a erro caso tenha agido com imprudência 
também poderá responder pelo ilícito praticado. A respeito do assunto, Guilherme de Souza Nucci 
observa que, “O mesmo se diga de quem foi conduzido a errar. Se houver imprudência de sua parte, 
pode responder pelo ato praticado. Se ambos – terceiro e agente obrarem com culpa, responderão em 
coautoria pelo crime”. No Código Penal, a matéria do erro provocado por terceiro é tratada no art. 20, § 
2º, o qual estabelece, “responde pelo crime o terceiro que determina o erro”. Segundo Damásio 
Evangelista de Jesus44, ao cuidar da posição do terceiro provocador, “responde pelo crime a título de dolo 
ou culpa, de acordo com o elemento subjetivo do induzimento”. 
 
Erro sobre a pessoa 
Art. 37. Quando o agente, por erro de percepção ou no uso dos meios de execução, ou outro acidente, 
atinge uma pessoa em vez de outra, responde como se tivesse praticado o crime contra aquela que 
realmente pretendia atingir. Devem ter-se em conta não as condições e qualidades da vítima, mas as da 
outra pessoa, para configuração, qualificação ou exclusão do crime, e agravação ou atenuação da pena. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Erro quanto ao bem jurídico 
§ 1º Se, por erro ou outro acidente na execução, é atingido bem jurídico diverso do visado pelo agente, 
responde este por culpa, se o fato é previsto como crime culposo. 
 
 
 
 
 
 
 
A teoria do erro que foi adotada pelo Código Penal Militar e também pelo Código Penal Brasileiro na maioria das vezes estabelece situações que 
serão favoráveis ao agente em razão da forma como o fato foi praticado, tendo em vista que à vontade do agente não era livre e consciente a 
ponto de permitir a sua responsabilização integral. No tocante ao erro sobre a pessoa, a legislação penal não traz qualquer benefício para ao 
agente que deverá ser responsabilizado na seara penal como se tivesse praticado o ilícito contra aquela pessoa que realmente pretendia atingir. 
Neste sentido, se o agente buscava praticar um ato contra a vida de seu Comandante e acaba atingindo um soldado da Unidade, acreditando em 
sua consciência que estava realmente praticando o ato contra o Comandante, neste caso, o infrator responderá como se realmente tivesse 
praticado o ato a princípio pretendido. Verifica que neste artigo, a lei penal militar não tem qualquer tipo de política criminal para com o infrator 
que agiu com o intuito de praticar o ato ilícito de forma livre e consciente, mas por falta de conhecimento a respeito da pessoa acabou atingindo 
uma outra. Na realidade, a responsabilização do agente deve ocorrer para se evitar a impunidade, e no caso da seara militar a quebra dos princípios 
de hierarquia, disciplina e ética. O erro para trazer algum benefício ao agente tem que ser justificável. O erro sobre a pessoa é um erro na execução 
do ato ilícito que não justifica a concessão de um nenhum tipo de benefício ao agente que percorreu todo o iter criminis e que queria realmente 
causar uma lesão, um dano, ao seu desafeto. Em razão desta conduta, o Estado deve punir a conduta praticada como forma de evitar que condutas 
semelhantes possam ocorrer novamente, permitindo desta forma a quebra dos princípios de hierarquia e da disciplina militar. 
 
É a figura correspondente ao resultado diverso do pretendido, prevista no art. 74 do Código Penal comum. Em virtude do 
erro ou outro acidente na execução, atinge-se bem jurídico diverso do desejado, sem possibilidade de se trocar a vítima 
por outra, na medida em que o resultado é completamente diverso. Se A pretende matar B e contra ele desfere um tiro, 
havendo qualquer desvio na execução, termina por atingir uma coisa ou animal. Nesse caso, não se pode aproveitar o 
dolo de matar pessoa para tipificar um crime doloso contra bem jurídico totalmente diferente. Por isso, a lei determina 
que o resultado atingido, diverso do desejado, deve ser punido a título de culpa, se houver previsão como crime culposo. 
Afinal, em face do erro, e da necessidade de punição, firma-se a modalidade mais branda do delito, no contexto da culpa. 
 
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Duplicidade do resultado 
§ 2º Se, no caso do artigo, é também atingida a pessoa visada, ou, no caso do parágrafo anterior, ocorre 
ainda o resultado pretendido, aplica-se a regra do art. 79. 
 
 
 
 
Art. 38. Não é culpado quem comete o crime: 
Coação irresistível 
a) sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir segundo a própria vontade; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Obediência hierárquica 
b) em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em matéria de serviços. 
§ 1° Responde pelo crime o autor da coação ou da ordem. 
§ 2° Se a ordem do superior tem por objeto a prática de ato manifestamente criminoso, ou há excesso nos 
atos ou na forma da execução, é punível também o inferior. 
Somente no Código Penal Militar insere-se esta titulação, o que não se dá no seio do Código Penal comum. Porém, a 
rubrica do artigo é correta, indicando a possibilidade de aplicação do concurso formal. A duplicidade de resultado, em 
face do erro, conduz à somatória das penas, nos termos do art. 79 deste Código. 
 
Há duas formas de coação (constrangimento): 
a) física, que tende a afetar qualquer movimento corpóreo do indivíduo, mormente quando invencível; elimina a própria 
conduta humana, para fins penais, consequentemente, gera atipicidade; 
b) moral, que afeta o querer do indivíduo, levando-o a tomar decisões involuntárias; afeta o seu livre-arbítrio e a sua 
capacidade de se comportar conforme determina o direito, consequentemente, gera ausência de culpabilidade. 
Em primeiro lugar, deve-se frisar tratar-se de coação moral, pois afeta a culpabilidade. O texto menciona a faculdade de 
agir, logo, não é a coação física. Em segundo, desnecessário mencionar que lhe suprima a faculdade de agir segundo a 
própria vontade, pois é exatamente esse o cenário da coação moral irresistível, tanto assim que o Código Penal comum 
não menciona tal expressão (art. 22, CP). São requisitos para o seu reconhecimento: a) existência de uma ameaça de 
dano grave, injusto e atual, extraordinariamente difícil de ser suportado pelo coato; b) inevitabilidade do perigo na 
situação concreta do coato; c) ameaça voltada diretamente contra a pessoa do coato ou contra pessoas queridas a ele 
ligadas. Se não se tratar de pessoas intimamente ligadas ao coato, mas estranhos que sofram a grave ameaça, caso a 
pessoa atue, para proteger quem não conhece, pode-se falar em inexigibilidade de conduta diversa, conforme os valores 
que estiverem em disputa; d) existência de, pelo menos, três partes envolvidas, como regra: o coator, o coato e a vítima; 
e) irresistibilidade da ameaça avaliada segundo o critério do homem médio e do próprio coato, concretamente. Portanto, 
é fundamental buscar, para a configuração dessa excludente, uma intimidação forte o suficientepara vencer a resistência 
do homem normal, fazendo-o temer a ocorrência de um mal tão grave que lhe seria extraordinariamente difícil suportar, 
obrigando o a praticar o crime idealizado pelo coator. Por isso, costuma-se exigir a existência de três partes envolvidas: 
o coator, que faz a ameaça; o coato, que pratica a conduta injusta; a vítima, que sofre o dano. 
 
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Estado de necessidade, com excludente de culpabilidade 
Art. 39. Não é igualmente culpado quem, para proteger direito próprio ou de pessoa a quem está ligado por 
estreitas relações de parentesco ou afeição, contra perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de 
outro modo evitar, sacrifica direito alheio, ainda quando superior ao direito protegido, desde que não lhe 
era razoavelmente exigível conduta diversa. 
Esta hipótese, descrita no art. 39 do Código Penal Militar, não possui similar no Código Penal 
comum. Entretanto, a doutrina apregoa, como causa supralegal de exclusão da culpabilidade, o 
estado de necessidade exculpante, constituído dos elementos constantes deste artigo. Nesse 
ponto, o Código Militar encontra-se mais avançado do que o comum. Estipula, expressamente, a 
ausência de culpabilidade nesse caso, permitindo a absolvição do agente. 
Requisitos do estado de necessidade exculpante: 
a) existência de uma situação de perigo certo e atual (risco de dano determinado e presente); 
b) perigo gerado involuntariamente (nem dolo, nem culpa) pelo agente do fato necessário; 
c) perigo inevitável (há o dever de fuga no estado de necessidade, de modo a não prejudicar, 
gratuitamente, bem alheio); 
d) proteção a bem próprio ou de terceiro, a quem se liga por relação de afeto ou parentesco 
(cuidando-se de situação exculpante, demanda-se ligação afetiva entre o agente do fato necessário 
e a pessoa em perigo); 
e) sacrifício de direito alheio de valor superior ao bem protegido (se o sacrifício fosse de bem de 
igual valor ou de valor inferior, estaria figurado o autêntico estado de necessidade, como 
excludente de ilicitude); 
f) existência de situação de inexigibilidade de conduta diversa (a situação é dramática o suficiente 
para não permitir que o agente do fato necessário tenha condições de discernir, com clareza, qual 
bem merece ser salvo, optando, então, pelo que lhe parece mais importante). 
Ex.: num naufrágio, havendo possibilidade de salvar uma pessoa estranha ou um cão-guia, o 
deficiente visual, provavelmente, concentra-se neste ultimo, pois não lhe seria exigível 
comportamento diverso em momento trágico e gerador de intensa emoção. 
Não é culpado 
quem comete o 
crime 
Sob coação irresistível ou que lhe suprima a faculdade de agir 
segundo a própria vontade 
Em estrita obediência a ordem direta de superior hierárquico, em 
matéria de serviços. 
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Coação física ou material 
Art. 40. Nos crimes em que há violação do dever militar, o agente não pode invocar coação irresistível 
senão quando física ou material. 
Atenuação de pena 
Art. 41. Nos casos do art. 38, letras a e b , se era possível resistir à coação, ou se a ordem não era 
manifestamente ilegal; ou, no caso do art. 39, se era razoàvelmente exigível o sacrifício do direito ameaçado, 
o juiz, tendo em vista as condições pessoais do réu, pode atenuar a pena. 
 
 
 
Exclusão de crime 
Art. 42. Não há crime quando o agente pratica o fato: 
I - Em estado de necessidade; 
II - Em legítima defesa; 
III - Em estrito cumprimento do dever legal; 
IV - Em exercício regular de direito. 
Parágrafo único. Não há igualmente crime quando o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra, 
na iminência de perigo ou grave calamidade, compele os subalternos, por meios violentos, a executar 
serviços e manobras urgentes, para salvar a unidade ou vidas, ou evitar o desânimo, o terror, a desordem, 
a rendição, a revolta ou o saque. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Como já mencionado, a coação se divide em física e moral; em ambos os casos, quando irresistíveis, 
afastam o crime, cada qual por um fundamento. Porém, quando a coação for resistível, permanece o 
delito, embora se possa conceder uma atenuante. Afinal, há um constrangimento, que pode impulsionar o 
réu ao crime. 
A figura retratada no parágrafo único do art. 42 evidencia uma modalidade específica de estado de 
necessidade, típica de militares. Havendo uma situação de perigo iminente (futuro próximo) ou grave 
calamidade, para salvar a unidade ou vidas, bem como evitar o desânimo, o terror, a desordem, a 
rendição, a revolta ou o saque, pode o comandante de navio, aeronave ou praça de guerra compelir 
(constranger) os subalternos, inclusive por meios violentos, a executar qualquer serviço ou manobra 
urgente. Envoltos por situação perigosa, chocam-se dois bens jurídicos: a integridade física dos 
subalternos versus interesses militares relevantes, além da própria vida do militar. Na verdade, nem seria 
necessário o disposto neste parágrafo único, pois é hipótese abrangida pelo art. 43 do CPM. Mas a figura 
descriminante, por conta de suas peculiaridades, confere maior ênfase à situação. 
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Estado de necessidade, como excludente do crime 
Art. 43. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para preservar direito seu ou alheio, de 
perigo certo e atual, que não provocou, nem podia de outro modo evitar, desde que o mal causado, por sua 
natureza e importância, é consideravelmente inferior ao mal evitado, e o agente não era legalmente 
obrigado a arrostar o perigo. 
Comentário sobre o tema: 
a) quanto à origem do perigo: a.1) estado de necessidade defensivo: ocorre quando o agente pratica 
o ato necessário contra a coisa da qual promana o perigo para o bem jurídico. Ex.: A, atacado por um 
cão bravo, vê-se obrigado a matar o animal. Agiu contra a coisa da qual veio o perigo; a.2) estado de 
necessidade agressivo: ocorre quando o agente se volta contra pessoa ou coisa diversa da qual 
provém o perigo para o bem jurídico. Ex.: para prestar socorro a alguém, o agente toma o veículo 
alheio, sem autorização do proprietário. Não se inclui no estado defensivo a pessoa, pois, quando o 
perigo emana de ser humano e contra este se volta o agente, estar-se-á diante de uma hipótese de 
legítima defesa; b) quanto ao bem sacrificado: b.1) estado de necessidade justificante: trata-se do 
sacrifício de um bem de menor valor para salvar outro de maior valor ou o sacrifício de bem de igual 
valor ao preservado. Ex.: o agente mata um animal agressivo, patrimônio de outrem, para salvar 
alguém sujeito ao seu ataque (patrimônio x integridade física). Se um ser humano mata outro para 
salvar-se de um incêndio, buscando fugir por uma passagem na qual somente uma pessoa consegue 
atravessar, é natural que estejamos diante de um estado de necessidade justificante, pois o direito 
jamais poderá optar entre a vida de um ou de outro. Assim, é perfeitamente razoável, conforme 
preceitua o art. 43 do Código Penal Militar, exigir-se o sacrifício ocorrido. E, no prisma que 
defendemos, confira-se a lição de Aníbal Bruno (Direito penal, t. I, p. 397) e Ivair Nogueira Itagiba (Do 
homicídio, p. 274); b.2) estado de necessidade exculpante: ocorre quando o agente sacrifica bem de 
valor maior para salvar outro de menor valor, não lhe sendo possível exigir, nas circunstâncias, outro 
comportamento. Trata-se, pois, da aplicação da teoria da inexigibilidade de conduta diversa, razão 
pela qual, uma vez reconhecida, não se exclui a ilicitude, e sim a culpabilidade. É a previsão feita 
pelo art. 39 deste 
Código. 
Legítima defesa 
Art. 44. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele 
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem. 
Excesso culposo 
Art. 45. O agente que, em qualquer dos casos de exclusão de crime, excede culposamente os limites da 
necessidade, responde pelo fato, se este é punível, a título de culpa. 
Excesso escusável

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