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Questões resolvidas

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Aula 17 - Prof. Equipe
Direito Constitucional
SEFAZ-PI (E05 - Auditor Fiscal da
Fazenda Estadual - Especialidade: Área
Geral) Direito Constitucional - 2025
(Pós-Edital)
Autor:
Equipe Direito Constitucional
Estratégia Concursos, Ricardo
Torques
25 de Março de 2025
84681284068 - Matheus Ribeiro
Equipe Direito Constitucional Estratégia Concursos, Ricardo Torques
Aula 17 - Prof. Equipe Direito Constitucional
Índice
..............................................................................................................................................................................................1) Normas Gerais de Finanças Públicas (art. 163 - art. 164-A, CF/88) 3
..............................................................................................................................................................................................2) Orçamento Público (art. 165; art. 167 - art. 169, CF/88) 8
..............................................................................................................................................................................................3) Processo Legislativo Orçamentário (art. 166 e art. 166-A, CF/88) 24
..............................................................................................................................................................................................4) Ajuste Fiscal e Regime Extraordinário Fiscal (art. 167-A - art. 167-G, CF/88) 35
..............................................................................................................................................................................................5) Questões Comentadas - Finanças Públicas e do Orçamento - FCC 40
..............................................................................................................................................................................................6) Lista de Questões - Finanças Públicas e do Orçamento - FCC 60
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NORMAS GERAIS DE FINANÇAS PÚBLICAS 
A Constituição Federal de 1988 reservou um Capítulo inteiro (Capítulo II do Título VI) para tratar 
das “finanças públicas”. Na concepção constitucional, as finanças públicas dizem respeito às 
matérias relacionadas à despesa, à receita e ao crédito público. As normas gerais de finanças 
públicas estão previstas no art. 163 e art. 164, da CF/88. 
O art. 163 relaciona uma série de matérias relativas às finanças públicas que deverão ser objeto 
de lei complementar. Vejamos: 
Art. 163. Lei complementar disporá sobre: 
I - finanças públicas; 
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais 
entidades controladas pelo Poder Público; 
III - concessão de garantias pelas entidades públicas; 
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública; 
V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta; 
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos 
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; 
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União, 
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao 
desenvolvimento regional. 
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando: 
a) indicadores de sua apuração; 
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida; 
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em 
legislação; 
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações; 
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da 
dívida. 
IX - condições e limites para concessão, ampliação ou prorrogação de incentivo 
ou benefício de natureza tributária. (incluído pela Emenda Constitucional nº 
135/2024) 
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste 
artigo pode autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta 
Constituição. 
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Uma dúvida que surge, a partir da leitura do art. 163, é se todas as matérias nele relacionadas 
devem ser objeto de uma única lei complementar ou se, alternativamente, é possível que várias 
leis complementares tratem desses temas. 
O STF, chamado a apreciar o assunto, considerou que as matérias constantes do art. 163 podem 
ser reguladas por lei complementar de maneira fragmentada. Não há necessidade de que a 
referida lei complementar discipline o teor do art. 163 por inteiro (STF, ADI 2.238-MC, DJ de 
06.10.2000). 
O termo “finanças públicas”, ao qual se faz menção no inciso I, é bastante abrangente. Nesse 
sentido, todos os demais incisos podem ser considerados abrangidos por esse termo. 
Atualmente, a Lei Federal nº 4.320/64 é que estatui normas gerais sobre finanças públicas. 
Apesar de ser uma lei ordinária, reconhece-se que ela foi recepcionada pela CF/88 com o status 
de lei complementar. 
Vale pontuar que o inciso VIII do art. 163 foi acrescentado pela Emenda Constitucional nº 
109/2021. Essa emenda, que veicula importantes aspectos pertinentes ao Direito Financeiro, teve 
sua edição motivada pelo cenário de deterioração das contas públicas motivada, principalmente, 
pela pandemia do vírus Sars-CoV-2 e da doença por ele provocada (Covid-19). Dentre outros 
aspectos, a Emenda possibilita a decretação de estado de calamidade pública de âmbito 
nacional, conforme se verifica no art. 49, inciso XVIII, e no art. 84, inciso XXVIII. 
Em relação ao acréscimo feito no art. 163, nota-se que o endividamento público deve se mostrar 
sustentável - ou seja, que seja algo "pagável" e compatível ao cenário fiscal. As alíneas do inciso 
VIII trazem alguns parâmetros que devem ser especificados a fim de demonstrar a citada 
sustentabilidade. Com tudo isso, o dispositivo constitucional visa a evitar a existência de dívidas 
públicas "impagáveis" ou inviáveis do ponto de vista fiscal. 
Portanto, uma lei complementar deve ser editada pelo Congresso Nacional para regulamentar o 
fato de que a política fiscal deve manter a dívida pública em níveis sustentáveis, respeitando os 
parâmetros delineados pelo inciso VIII (indicadores da sua apuração e os níveis de 
compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida, por exemplo). 
Repare que a alínea "e" autoriza o planejamento da alienação de ativos a fim de diminuir o 
montante da dívida pública. Ou seja, as entidades públicas podem se desfazer de alguns de seus 
bens para reduzir o endividamento. 
Segundo o parágrafo único do art. 163, a mesma lei complementar editada para regulamentar o 
inciso VIII poderá autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A da CF/88, que 
veremos mais à frente. 
Art. 163-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios 
disponibilizarão suas informações e dados contábeis, orçamentários e fiscais, 
conforme periodicidade, formato e sistema estabelecidos pelo órgão central de 
contabilidade da União, de forma a garantir a rastreabilidade, a comparabilidade 
e a publicidade dos dados coletados, os quais deverão ser divulgados em meio 
eletrônico de amplo acesso público. 
O art. 163-A, introduzido pela Emenda Constitucional nº 108/20, veio apenas para aperfeiçoar, 
em nível constitucional, a já existente obrigação de publicidade e transparência dos dados 
atinentes às contas públicas por parte dos entes federativos. Estes devem viabilizar o 
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SEFAZ-PI (E05 - Auditor Fiscal da Fazenda Estadualgastar aquilo que está previsto no orçamento. É diferente da ideia de 
“orçamento autorizativo”, segundo a qual a LOA apenas autoriza despesas, sem impor ao gestor 
público que lhes execute. 
Mas o que isso tudo tem a ver com a Emenda Constitucional nº 86? 
Na verdade, a EC nº 86/2015 poderia ser chamada de “PEC das Emendas Parlamentares 
Impositivas” (e não PEC do Orçamento Impositivo!). Explico.... 
As despesas previstas na LOA continuam sendo uma mera autorização para o gasto pelos 
gestores públicos. Todavia, estabeleceu-se que as emendas parlamentares individuais serão 
obrigatoriamente executadas. 
Esse é um dos pontos centrais dessa Emenda Constitucional nº 86/2015. Mas não é só isso... 
Com a EC nº 86/2015, os parlamentares (considerando-se o universo total de Deputados e 
Senadores!) tinham direito a apresentar emendas individuais à LOA em um montante total de 
1,2% da receita líquida prevista no projeto de lei orçamentária encaminhada pelo Poder 
Executivo. Ocorre que, com a Emenda Constitucional nº 126/2022, esse número passou a ser de 
 
 
 
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2% da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto. Algumas 
observações relevantes: 
a) As emendas parlamentares são alterações da Lei Orçamentária Anual. Até a EC nº 
86/2015, não se sabia exatamente o valor dos recursos a serem destinados às emendas 
parlamentares individuais. Com as Emendas Constitucionais, o valor das emendas 
parlamentares individuais passa a ser um valor certo, definido em 2% da Receita Corrente 
Líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto da lei orçamentária. 
b) Do total previsto para as emendas parlamentares individuais, metade (ou seja, 1% da 
receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento do projeto) será 
destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
c) Do limite de 2% da receita corrente líquida do exercício anterior ao do encaminhamento 
do projeto, 1,55% caberá às emendas de Deputados e 0,45% às de Senadores. 
Considera-se equitativa a execução das programações de caráter obrigatório que observe 
critérios objetivos e imparciais e que atenda de forma igualitária e impessoal às emendas 
apresentadas, independentemente da autoria, observada a divisão de percentuais entre 
Deputados e Senadores citadas neste tópico. 
d) As programações orçamentárias efetuadas com base nas “emendas parlamentares 
impositivas” somente não serão de execução obrigatória nos casos de impedimentos de 
ordem técnica. 
e) Para os orçamentos dos Estados, o STF decidiu que a norma estadual não pode 
estabelecer limites para aprovação de emendas parlamentares impositivas em patamar 
diferente do imposto pelo art. 166 da CF/88. Com isso, metade dos recursos das emendas 
parlamentares individuais devem ser destinados a ações e serviços públicos de saúde1. 
A EC nº 86/2015 definiu também um percentual mínimo para os gastos da União com ações e 
serviços públicos de saúde. Agora, segundo o art. 198, §2º, I, a União deverá aplicar, pelo menos, 
15% da sua Receita Corrente Líquida em ações e serviços públicos de saúde. 
Emenda Constitucional nº 100/2019 – Emendas de bancada impositivas 
As emendas à LOA representam uma forma de o Poder Legislativo influenciar na alocação dos 
recursos públicos. Elas podem ser de 4 (quatro) diferentes tipos: individuais, de bancada, de 
comissão e da relatoria. Para o nosso estudo, é interessante saber apenas a diferença entre as 
emendas individuais e as emendas de bancada. 
As emendas individuais são apresentadas por cada Deputado ou Senador, individualmente. As 
emendas de bancada, por outro lado, são coletivas, sendo apresentadas pelas bancadas 
estaduais ou regionais. 
A EC nº 86/2015 tratou das emendas individuais à LOA, determinando que elas se tornassem 
impositivas, ou seja, de execução obrigatória. As EC nº 100/2019, por outro lado, tem como 
escopo as emendas de bancada. 
Art. 166 (...) 
1 ADI 6670 MC/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgamento virtual finalizado em 30.4.2021. 
 
 
 
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§ 12 A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também 
às programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de 
parlamentares de Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por 
cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior. 
Assim, as emendas de bancada, aprovadas no montante de até 1% da Receita Corrente Líquida 
(RCL) do exercício anterior, são de execução obrigatória. Em outras palavras, as emendas de 
bancada passam a ser impositivas. Cabe destacar que, havendo impedimentos de ordem técnica, 
as emendas de bancada, assim como as individuais, não serão executadas. 
 
O STF decidiu que, anteriormente às Emendas Constitucionais nº 86/2015 e 
100/2019, não havia orçamento impositivo. Logo, dispositivos de Constituições 
Estaduais que abordavam o tema antes das emendas à CF/88 citadas são 
inconstitucionais.2 
Após a promulgação das Emendas nº 86/2015 e 100/2019, as Constituições 
Estaduais podem estipular normas de orçamento impositivo em âmbito estadual. 
 
(TRT 21a Região – 2015) As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas 
no limite de 2,4% (dois inteiros e quatro décimos por cento) da receita corrente líquida prevista 
no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será 
destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
As emendas individuais ao projeto de lei orçamentárias serão aprovadas no limite de 1,2% da 
receita corrente líquida (antes da EC nº 126/2022) e de 2% da receita corrente líquida do 
exercício anterior ao do encaminhamento do projeto (após EC nº 126/2022). Desse valor, metade 
deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. Questão errada. 
(Procurador de Curitiba – 2015) As emendas parlamentares ao projeto de lei orçamentária serão 
aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida 
2 ADI 6308/RR, Rel. Min. Roberto Barroso, julgamento em 03.06.2022. 
 
 
 
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prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo o total desse montante destinado 
a ações e serviços públicos de saúde. 
Comentários: 
Metade do total previsto para as emendas parlamentares individuais deverá ser destinado para 
ações e serviços públicos de saúde. É bom lembrar também que, após a EC nº 126/2022, o 
percentual passou a ser de 2%. Questão errada. 
Emenda Constitucional nº 105/2019 – Emendas individuais de 
Deputados Federais e Senadores ao Orçamento Federal 
A Emenda nº 105/2019 acrescentou o art. 166-A à Constituição Federal. Esse dispositivo trata 
das emendas individuais impositivas à Lei Orçamentária Anual que acarretam na transferência de 
recursos do orçamento da União para os Estados, Distrito Federal e Municípios. Lembre-se que 
as emendas individuais já foram objeto de atenção do reformador constituinte por ocasião da 
promulgação da Emenda nº 86/2015. 
As emendas individuais impositivas podem levar ao repasse de recursos da Uniãopor meio de 
duas espécies de transferências financeiras (ou repasses de recursos): 
� Transferência especial; 
� Transferência com finalidade definida. 
Os recursos da transferência com finalidade definida estão vinculados à programação 
estabelecida na emenda parlamentar e devem ser aplicados nas áreas de competência 
constitucional da União. Logo, essa modalidade de transferência é um "recurso carimbado", que 
só pode ser utilizado em áreas previamente especificadas. 
Já os recursos da transferência especial são repassados diretamente ao ente beneficiado, 
independentemente de celebração de convênio ou de instrumento congênere. Eles pertencem 
ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira e poderão ser aplicados em 
programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo do ente federativo 
beneficiado. 
Note que o ente beneficiado pela transferência especial tem maior liberdade para empregar os 
recursos recebidos quando se compara com os recursos da transferência com finalidade definida, 
em que os recursos só podem ser empregados em áreas de competência constitucional da União 
e vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar. Pelo menos 70% (setenta por 
cento) das transferências especiais devem ser aplicadas em despesas de capital. 
O ente federativo que recebe a transferência especial pode firmar contratos de cooperação 
técnica para fins de subsidiar o acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos 
recursos. 
Destacadas as diferenças entre as espécies de transferências financeiras, vamos agora tratar 
daquilo que há de comum entre elas. Independentemente da espécie, os recursos transferidos 
aos Estados, Distrito Federal e Municípios não poderão ser empregados para o pagamento de: i) 
despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e ii) 
encargos referentes ao serviço da dívida. 
 
 
 
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Outro aspecto importante é que os recursos transferidos NÃO integrarão a receita dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da 
despesa com pessoal ativo e inativo e do endividamento do ente federado. 
Como se nota, essas transferências financeiras feitas a partir das emendas parlamentares 
individuais possuem regras específicas e se distinguem das demais espécies de repasses ou 
repartições existentes no texto constitucional. 
 
O STF, ao apreciar as emendas previstas no art. 166-A, assim se pronunciou: 
1. A transparência requer a ampla divulgação sobre a origem e o destino dos 
recursos públicos, conforme decidido pelo STF na ADPF 854. Imperativo 
assegurar o controle institucional e social sobre o orçamento público. A 
probabilidade do direito está demonstrada mediante dados que apontam para a 
inexistência dos instrumentos de planejamento, bem como para a inadequação 
de mecanismos de controle quanto às transferências especiais (“emendas PIX”). 
2. Há risco de dano ao erário e à ordem constitucional caso a realização das 
transferências especiais (“emendas PIX”), previstas no art. 166-A da Constituição, 
continue a ocorrer sem mecanismos que assegurem a transparência e a 
rastreabilidade dos dados (art. 163-A da Constituição). (ADI 7688 MC-Ref. Rel. 
Min. Flavio Dino. j. 19.08.2024). 
 
Emenda Constitucional nº 109/2021 – PEC Emergencial 
A emenda estabelece uma espécie de "cláusula de calamidade", a ser decretada exclusivamente 
pelo Congresso Nacional após proposta do Presidente da República. 
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre 
despesas correntes e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), 
no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de 
Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, aplicar 
o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da: 
[...] 
Temos a regra de que os gatilhos elencados nos incisos do art. 167-A são acionados quando os 
gastos do poder público atingirem o patamar de 95% das despesas totais. Quando esse patamar 
for atingido, devem ser adotadas as medidas descritas no art. 167-A, dentre as quais podemos 
 
 
 
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citar a vedação à concessão de aumento aos servidores públicos, a concessão de novos 
incentivos fiscais e a realização de concursos públicos (podendo ser realizados apenas para a 
reposição de vacâncias). 
Com a decretação de calamidade pública, adota-se o que a Constituição chama de Regime 
Extraordinário Fiscal, Financeiro e de Contratações. Em razão do contexto, uma série de regras 
constitucionais passam a ser flexibilizadas. 
Por exemplo, a chamada "regra de ouro" prevista no art. 167, inciso III, fica dispensada de ser 
observada durante todo o exercício financeiro em que vigorar a calamidade pública (art. 167-E). 
No mesmo sentido, podem ser adotados processos simplificados de contratação de pessoal, em 
caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem, quando 
possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes (art. 167-C). Nestas 
últimas hipóteses, as medidas valem apenas com o propósito exclusivo de enfrentamento da 
calamidade pública e de seus efeitos, no seu período de duração. 
 
 
(MPE-PA – 2023) Os recursos transferidos aos estados oriundos de emendas individuais 
impositivas não integrarão a receita do estado para fins de cálculo de limites da despesa com 
pessoal ativo e inativo. 
Comentários: 
De fato, nos termos do art. 166-A, § 1º, os recursos transferidos aos Estados, Distrito Federal ou 
Municípios por meio de transferência especial ou transferência com finalidade definida não 
integrarão a receita do ente federativo beneficiário para fins de repartição e para o cálculo dos 
limites da despesa com pessoal ativo e inativo. Questão correta. 
Veja a íntegra do dispositivo constitucional: 
Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária anual 
poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de: 
I - transferência especial; ou 
II - transferência com finalidade definida. 
§ 1º Os recursos transferidos na forma do caput deste artigo não integrarão a receita do Estado, 
do Distrito Federal e dos Municípios para fins de repartição e para o cálculo dos limites da 
despesa com pessoal ativo e inativo, nos termos do § 16 do art. 166, e de endividamento do 
 
 
 
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ente federado, vedada, em qualquer caso, a aplicação dos recursos a que se refere o caput deste 
artigo no pagamento de: 
I - despesas com pessoal e encargos sociais relativas a ativos e inativos, e com pensionistas; e 
II - encargos referentes ao serviço da dívida. 
§ 2º Na transferência especial a que se refere o inciso I do caput deste artigo, os recursos: 
I - serão repassados diretamente ao ente federado beneficiado, independentemente de 
celebração de convênio ou de instrumento congênere;II - pertencerão ao ente federado no ato da efetiva transferência financeira; e 
III - serão aplicadas em programações finalísticas das áreas de competência do Poder Executivo 
do ente federado beneficiado, observado o disposto no § 5º deste artigo. 
§ 3º O ente federado beneficiado da transferência especial a que se refere o inciso I do caput 
deste artigo poderá firmar contratos de cooperação técnica para fins de subsidiar o 
acompanhamento da execução orçamentária na aplicação dos recursos. 
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do caput deste artigo, os 
recursos serão: 
I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar; e 
II - aplicados nas áreas de competência constitucional da União. 
§ 5º Pelo menos 70% (setenta por cento) das transferências especiais de que trata o inciso I do 
caput deste artigo deverão ser aplicadas em despesas de capital, observada a restrição a que se 
refere o inciso II do § 1º deste artigo. 
 
 
 
 
 
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AJUSTE FISCAL E REGIME EXTRAORDINÁRIO FISCAL
O ano de 2020 foi marcado pelo início da pandemia do novo coronavírus (Sars-CoV-2). Em
função das restrições de circulação de pessoas e das demais medidas de biossegurança que
atenuam a propagação da doença provocada pelo vírus, houve uma sensível redução da
atividade econômica no Brasil e em outros países. Com isso, as contas públicas também foram
bastante afetadas, levando ao aumento do déficit primário.
A título comparativo, conforme os resultados publicados pelo Tesouro Nacional, em 2019 o
déficit primário foi da ordem de R$ 95 bilhões, ao passo que, em 2020, o resultado negativo
atingiu o patamar de R$ 743 bilhões.
Nesse contexto, uma medida que foi vista como necessária e providencial foi a criação de um
auxílio emergencial às pessoas mais vulneráveis e mais afetadas pela redução da atividade
econômica. Como a concessão do auxílio onera os cofres do Tesouro Nacional, deveriam existir
compensações para um melhor controle dos gastos. Com isso, a promulgação da Emenda
Constitucional nº 109/2021 viabiliza a concessão do auxílio emergencial e, ao mesmo tempo,
dispõe acerca de "gatilhos" que viabilizam um melhor controle das despesas públicas e regras
fiscais compensatórias.
A emenda estabelece uma espécie de "cláusula de calamidade", a ser decretada exclusivamente
pelo Congresso Nacional após proposta do Presidente da República (art. 167-B).
Veja o que diz o caput do art. 167-A, acrescido pela citada emenda:
Art. 167-A. Apurado que, no período de 12 (doze) meses, a relação entre
despesas correntes e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento),
no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, é facultado aos
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao Ministério Público, ao Tribunal de
Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a situação, aplicar
o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da:
I - concessão, a qualquer título, de vantagem, aumento, reajuste ou adequação
de remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e
empregados públicos e de militares, exceto dos derivados de sentença judicial
transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação
das medidas de que trata este artigo;
II - criação de cargo, emprego ou função que implique aumento de despesa;
III - alteração de estrutura de carreira que implique aumento de despesa;
IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas:
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de
despesa;
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
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c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta
Constituição; e
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de
órgãos de formação de militares;
V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias
previstas no inciso IV deste caput;
VI - criação ou majoração de auxílios, vantagens, bônus, abonos, verbas de
representação ou benefícios de qualquer natureza, inclusive os de cunho
indenizatório, em favor de membros de Poder, do Ministério Público ou da
Defensoria Pública e de servidores e empregados públicos e de militares, ou
ainda de seus dependentes, exceto quando derivados de sentença judicial
transitada em julgado ou de determinação legal anterior ao início da aplicação
das medidas de que trata este artigo;
VII - criação de despesa obrigatória;
VIII - adoção de medida que implique reajuste de despesa obrigatória acima da
variação da inflação, observada a preservação do poder aquisitivo referida no
inciso IV do caput do art. 7º desta Constituição;
IX - criação ou expansão de programas e linhas de financiamento, bem como
remissão, renegociação ou refinanciamento de dívidas que impliquem ampliação
das despesas com subsídios e subvenções;
X - concessão ou ampliação de incentivo ou benefício de natureza tributária.
§ 1º Apurado que a despesa corrente supera 85% (oitenta e cinco por cento) da
receita corrente, sem exceder o percentual mencionado no caput deste artigo, as
medidas nele indicadas podem ser, no todo ou em parte, implementadas por
atos do Chefe do Poder Executivo com vigência imediata, facultado aos demais
Poderes e órgãos autônomos implementá-las em seus respectivos âmbitos.
§ 2º O ato de que trata o § 1º deste artigo deve ser submetido, em regime de
urgência, à apreciação do Poder Legislativo.
§ 3º O ato perde a eficácia, reconhecida a validade dos atos praticados na sua
vigência, quando:
I - rejeitado pelo Poder Legislativo;
II - transcorrido o prazo de 180 (cento e oitenta) dias sem que se ultime a sua
apreciação; ou
III - apurado que não mais se verifica a hipótese prevista no § 1º deste artigo,
mesmo após a sua aprovação pelo Poder Legislativo.
§ 4º A apuração referida neste artigo deve ser realizada bimestralmente.
§ 5º As disposições de que trata este artigo:
I - não constituem obrigação de pagamento futuro pelo ente da Federação ou
direitos de outrem sobre o erário;
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==3d76e4==
II - não revogam, dispensam ou suspendem o cumprimento de dispositivos
constitucionais e legais que disponham sobre metas fiscais ou limites máximos de
despesas.
§ 6º Ocorrendo a hipótese de que trata o caput deste artigo, até que todas as
medidas nele previstas tenham sido adotadas por todos os Poderes e órgãos
nele mencionados, de acordo com declaração do respectivo Tribunal de Contas,
é vedada:
I - a concessão, por qualquer outro ente da Federação, de garantias ao ente
envolvido;
II - a tomada de operação de crédito por parte do ente envolvido com outro ente
da Federação, diretamente ou por intermédio de seus fundos, autarquias,
fundações ou empresas estatais dependentes, ainda que sob a forma de
novação, refinanciamento ou postergação de dívida contraída anteriormente,
ressalvados os financiamentos destinados a projetos específicos celebrados na
forma de operações típicas das agências financeiras oficiais de fomento.
De mais notório, temos a regrade que os gatilhos elencados nos incisos do art. 167-A são
acionados quando os gastos do poder público atingirem o patamar de 95% das despesas totais.
Quando esse nível for atingido, podem ser adotadas as medidas descritas no art. 167-A, dentre
as quais podemos citar a vedação à concessão de aumento aos servidores públicos, a concessão
de novos incentivos fiscais e a realização de concursos públicos (podendo ser realizados apenas
para a reposição de vacâncias).
A Emenda nº 109/2021 ainda acrescentou outros artigos à CF/88, dentre os quais merece maior
destaque o art. 167-B, transcrito a seguir:
Art. 167-B. Durante a vigência de estado de calamidade pública de âmbito
nacional, decretado pelo Congresso Nacional por iniciativa privativa do
Presidente da República, a União deve adotar regime extraordinário fiscal,
financeiro e de contratações para atender às necessidades dele decorrentes,
somente naquilo em que a urgência for incompatível com o regime regular, nos
termos definidos nos arts. 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-G desta
Constituição.
Com a decretação de calamidade pública, adota-se o que a Constituição chama de Regime
Extraordinário Fiscal, Financeiro e de Contratações. Em razão do contexto, uma série de regras
constitucionais passam a ser flexibilizadas.
Por exemplo, a chamada "regra de ouro" prevista no art. 167, inciso III, fica dispensada de ser
observada durante todo o exercício financeiro em que vigorar a calamidade pública (art. 167-E).
No mesmo sentido, podem ser adotados processos simplificados de contratação de pessoal, em
caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem, quando
possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes (art. 167-C). Nestas
últimas hipóteses, as medidas valem apenas com o propósito exclusivo de enfrentamento da
calamidade pública e de seus efeitos, no seu período de duração.
A título informativo, é bom destacar que a Emenda Constitucional nº 106, promulgada em 7 de
maio de 2020, já havia instituído um Regime Extraordinário Fiscal, Financeiro e de Contratações
para enfrentamento da calamidade pública nacional decorrente de pandemia. Todavia, a Emenda
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nº 106 não efetuou nenhuma mudança na redação da parte dogmática da Constituição Federal,
funcionando como uma "emenda avulsa". Agora, com a Emenda nº 109, os aspectos atinentes
ao Regime Extraordinário ficam incorporados à parte dogmática da Constituição.
Além dos artigos 167-A e 167-B, transcritos anteriormente, vale a pena a leitura dos demais
dispositivos incorporados ao texto constitucional por meio da Emenda nº 109/2021. Merece
destaque o art. 167-C, o qual prevê a possibilidade de processos simplificados de contratação de
pessoal, em caráter temporário e emergencial, e de obras, serviços e compras que assegurem,
quando possível, competição e igualdade de condições a todos os concorrentes. Nestas últimas
hipóteses, as medidas valem apenas com o propósito exclusivo de enfrentamento da calamidade
pública e de seus efeitos, no seu período de duração.
O art. 167-D, por sua vez, estipula a dispensa de observância das condições do art. 169, § 1º, da
CF/88 quanto à criação, à expansão ou ao aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete
aumento de despesa e à concessão ou à ampliação de incentivo ou benefício de natureza
tributária da qual decorra renúncia de receita, desde que os atos tenham o propósito exclusivo
de enfrentar a calamidade e suas consequências.
(UFMT – 2022) A Emenda Constitucional nº 109/2021, ao dispor sobre mecanismos de limitação
de despesas públicas, faculta aos Estados, Distrito Federal e Municípios adotar mecanismos de
ajuste fiscal, no todo ou em parte, a partir do momento em que as despesas correntes estejam
entre 85% (oitenta e cinco por cento) e 95% (noventa e cinco por cento) das receitas correntes.
De acordo com o texto constitucional, caso determinado Município enfrente tal situação fiscal,
enquanto não forem adotadas as medidas restritivas, é prevista a realização de auditoria de
natureza contábil pelo órgão de controle externo para investigação das causas do desequilíbrio
fiscal.
Comentários:
De acordo com o § 1º do art. 167-A, no caso de a despesa corrente superar 85% (oitenta e cinco
por cento) da receita corrente, sem exceder o percentual de 95%, é possível a adoção total ou
parcial das medidas previstas nos incisos do caput do art. 167-A. Contudo, a realização de
auditoria contábil para investigação das causas do desequilíbrio fiscal não é mencionada.
Questão errada.
(TELEBRAS – 2022) Apurado que, no período de doze meses, a relação entre despesas correntes
e receitas correntes supera 95% (noventa e cinco por cento), no âmbito dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios, é facultado aos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, ao
Ministério Público, ao Tribunal de Contas e à Defensoria Pública do ente, enquanto permanecer a
situação, aplicar o mecanismo de ajuste fiscal de vedação da realização de concurso público, sem
exceções.
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Comentários:
O art. 167-A, inciso V, possibilita a realização de concurso público apenas para repor as vacâncias
mencionadas pelo inciso IV. Veja os dispositivos aplicáveis:
Art. 167-A [...]
IV - admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, ressalvadas;
a) as reposições de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa;
b) as reposições decorrentes de vacâncias de cargos efetivos ou vitalícios;
c) as contratações temporárias de que trata o inciso IX do caput do art. 37 desta Constituição; e
d) as reposições de temporários para prestação de serviço militar e de alunos de órgãos de
formação de militares;
V - realização de concurso público, exceto para as reposições de vacâncias previstas no inciso IV
deste caput;
Questão errada.
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QUESTÕES COMENTADAS
1. FCC/TRT 18ª Região/2023
Segundo a Constituição Federal de 1988,
A) o Plano Plurianual deve estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
B) a Lei Orçamentária Anual pode conter dispositivo autorizando a abertura de créditos
suplementares.
C) o Orçamento da Seguridade Social deve conter avaliação da situação atuarial dos regimes
geral de previdência social e próprio dos servidores públicos.
D) o Plano Plurianual deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de benefícios de natureza tributária.
E) a Lei Orçamentária Anual deve dispor sobre critérios e formas de limitação de empenho a
serem implementadas quando ocorrer insuficiência de arrecadação.
Comentário Completo:
Olha que questão bacana sobre as Finanças Públicas! É essencial o conhecimento do art. 165,
§8º da CRFB/88, confira:
Art. 165. § 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho
à previsão da receita e à fixação da despesa, NÃO SE INCLUINDO NA
PROIBIÇÃO A AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE CRÉDITOS
SUPLEMENTARES e contratação de operações de crédito, ainda que
por antecipação de receita, nos termos da lei.
Perceba que a Lei Orçamentária Anual pode conter dispositivo autorizando a abertura de créditossuplementares.
Diante do exposto, o nosso gabarito é a Letra B.
(...)
Letra A. INCORRETA. Nos termos do § 2º do art. 165 da CRFB/88, a lei de diretrizes
orçamentárias (não o Plano Plurianual) estabelecerá a política de aplicação das agências
financeiras oficiais de fomento.
Letra B. CORRETA. É o nosso gabarito! Segundo o art. 165. § 8º da CRFB/88, a lei orçamentária
anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, NÃO SE
INCLUINDO NA PROIBIÇÃO A AUTORIZAÇÃO PARA ABERTURA DE CRÉDITOS
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SUPLEMENTARES e contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita,
nos termos da lei. Trata-se de princípio da pureza ou exclusividade orçamentária.
Letra C. INCORRETA. Está errado falar em Orçamento da Seguridade Social. Na verdade, deve
integrar o projeto da LDO. Olha só o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal:
Art. 4º, § 1º da Lei de Responsabilidade Fiscal: Integrará o projeto de lei de
diretrizes orçamentárias Anexo de Metas Fiscais, em que serão
estabelecidas metas anuais, em valores correntes e constantes, relativas a
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante da dívida
pública, para o exercício a que se referirem e para os dois seguintes. ( Vide
ADI 7064)
§ 2º O Anexo conterá, ainda:
IV - avaliação da situação financeira e atuarial:
a) dos regimes geral de previdência social e próprio dos servidores públicos
e do Fundo de Amparo ao Trabalhador.
Letra D. INCORRETA. Conforme o § 6º do art. 165 da CRFB/88, o projeto de lei orçamentária
(não o Plano Plurianual) será acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios de
natureza financeira, tributária e creditícia.
Letra E. INCORRETA. Não está certo falar em LOA. Deve integrar a LDO, conforme a Lei de
Responsabilidade Fiscal:
Art. 4º A lei de diretrizes orçamentárias atenderá o disposto no § 2o do art.
165 da Constituição e:
I - disporá também sobre:
b) critérios e forma de limitação de empenho, a ser efetivada nas hipóteses
previstas na alínea b do inciso II deste artigo, no art. 9o e no inciso II do §
1o do art. 31.
Gabarito: Letra B
2. FCC/TRT 12ª Região/2023
Constituem limitações para o total de emendas parlamentares individuais ao projeto de lei
orçamentária de 2024:
a) 1,55% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 50% desse percentual seja
destinado a ações e serviços públicos de saúde.
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b) 1,55% da receita corrente líquida do exercício de 2023, desde que 50% desse percentual seja
destinado a ações e serviços públicos de saúde.
c) 2% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 50% desse percentual seja
destinado a ações e serviços públicos de saúde.
d) 2% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 0,45% sejam destinados a
manutenção e desenvolvimento do ensino.
e) 1,55% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 0,45% sejam destinados a
manutenção e desenvolvimento do ensino.
Comentário Completo:
Questão de alto nível sobre as limitações para o total de emendas parlamentares individuais ao
projeto de lei orçamentária. A CRFB/88, no art. 166, determinou que as emendas individuais ao
projeto de leis orçamentárias serão aprovadas no limite de 2% da receita corrente líquida do
exercício anterior ao do encaminhamento do projeto.
No entanto, deve ser observado que metade desse percentual deve ser destinado para ações e
serviços públicos vinculados à saúde. Olha só o que diz a Constituição Federal:
Art. 166 (...)
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas
no limite de 2% (dois por cento) da receita corrente líquida do exercício
anterior ao do encaminhamento do projeto, observado que a metade desse
percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde.
Assim, podemos identificar que o nosso gabarito é a LETRA C!
(...)
LETRA A. INCORRETA. A alternativa está errada, porque as emendas individuais ao projeto de lei
orçamentária serão aprovadas no limite de 2% da receita corrente do exercício do ano de 2022,
não 1,55%, de acordo com o § 9º do art. 166 da CRFB/88.
LETRA B. INCORRETA. As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas
no limite de 2% da receita corrente do exercício do ano de 2022.
LETRA C. CORRETA. É o nosso gabarito! De fato, as emendas individuais ao projeto de lei
orçamentária devem ser aprovadas no limite de limite de 2% da receita corrente do exercício do
ano de 2022, desde que 50% deste percentual seja destinado a ações e serviços públicos
relativos à saúde, conforme art. 166, § 9º da CRFB/88.
LETRA D. INCORRETA. A alternativa está errada, porque 50% do percentual aprovado deve ser
destinado a ações e serviços públicos relativos à saúde.
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LETRA E. INCORRETA. A alternativa está errada, porque as emendas individuais ao projeto de lei
orçamentária devem ser aprovadas no limite de limite de 2% da receita corrente do exercício do
ano de 2022, desde que 50% deste percentual seja destinado a ações e serviços públicos
relativos à saúde, conforme art. 166, § 9º da CRFB/88.
Gabarito: Letra C.
3. FCC/TRT 12ª Região/2023
Por haver Vara do Trabalho instalada em Fraiburgo/SC, um parlamentar propõe emenda
individual para construção de instalação similar na cidade vizinha de Frei Rogério/SC,
argumentando que ambas as municipalidades são do mesmo porte. A emenda ao orçamento é
então aprovada e sancionada. Ao início do exercício financeiro em que tal orçamento entrou em
vigor, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12) é consultado acerca de eventual!
impedimento à execução do edifício. Apesar de inexistirem quaisquer óbices à empreitada, seja
de ordem fundiária, de engenharia, jurídicos ou administrativos, a Presidência pondera que não
há demanda judiciária bastante na jurisdição, indagando se, alternativamente, seria possível (i)
adiar o projeto ou (ii) empreender parte da reforma no edifício de Videira/SC com o mesmo
crédito, a fim de ali futuramente acomodar uma segunda Vara.
Considerando a situação hipotética e as indagações acima, baseado no que consta da
Constituição Federal, é correto afirmar que:
a) A emenda é impositiva e corresponde a crédito que deve ser executado.
b) É possível adiar o projeto para outro exercício, se houver insubsistência de arrecadação.
c) A emenda é impositiva e corresponde a crédito que deve ser executado, a despeito de haver
impedimento de ordem técnica.
d) Embora a emenda seja impositiva, é possível realizar parte da etapa de outra edificação.
e) Somente seria admissível tal emenda se iniciada por pedido do próprio TRT12.
Comentário Completo:
Questão bem interessante sobre as Emendas ao Orçamento. As emendas individuais impositivas
são aquelas de autoria de um Senador ou um Deputado, o qual tem a possibilidade de destinar
recursos orçamentários para atender necessidades específicas de cada região.
A CRFB/88 prevê o seguinte em seu art. 166-A:
Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de
lei orçamentária anual poderão alocarrecursos a Estados, ao Distrito Federal
e a Municípios por meio de:
I - transferência especial;
II - transferência com finalidade definida.
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do
caput deste artigo, os recursos serão:
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I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar.
A hipótese disposta no enunciado, trata-se de uma emenda individual impositiva, cuja
transferência é com finalidade definida, sendo os recursos vinculados à programação
estabelecida na emenda parlamentar.
Logo, nosso gabarito é a LETRA A!
(...)
LETRA A. CORRETA. De cara, é o nosso gabarito! De fato, a emenda é impositiva,
correspondendo a crédito que deve ser executado. Vejamos a disposição constitucional:
Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de
lei orçamentária anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal
e a Municípios por meio de:
I - transferência especial;
II - transferência com finalidade definida.
§ 4º Na transferência com finalidade definida a que se refere o inciso II do
caput deste artigo, os recursos serão:
I - vinculados à programação estabelecida na emenda parlamentar.
LETRA B. INCORRETA. Em verdade, é o caso de emenda impositiva e corresponde a crédito que
deve ser executado.
LETRA C. INCORRETA. No caso de haver impedimento de ordem técnica, os créditos não
poderão ser executados.
LETRA D. INCORRETA. A alternativa está errada, porque não é possível realizar parte da etapa de
outra edificação, por se tratar de emenda impositiva com finalidade definida.
LETRA E. INCORRETA. As emendas parlamentares são de iniciativa de um Deputado ou de um
Senador, não sendo possível sua criação através da iniciativa do próprio TRT 12ª Região.
Gabarito: Letra A.
4. FCC - Proc (PGE GO)/PGE GO/2021
Considere que o Governador do Estado pretenda firmar convênio com município para
transferência de recursos destinados a reforma de unidades básicas de saúde, valendo-se de
dotação consignada na Lei Orçamentária do exercício, originária de emenda impositiva
apresentada por determinado parlamentar prevendo referida destinação. Em tal circunstância,
pode-se concluir
a) que se trata de medida tendente ao cumprimento de programação orçamentária obrigatória,
podendo, contudo, ser afastada tal obrigatoriedade se comprovada a existência de
impedimentos de ordem técnica para sua execução.
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b) pelo descabimento da medida, eis que a aplicação de dotações oriundas de emendas
impositivas somente pode ocorrer em ações executadas diretamente pelo Estado, vedado seu
cumprimento mediante transferências voluntárias.
c) que a utilização de tal fonte de custeio, conquanto viável em tese, impedirá que a despesa
decorrente do convênio seja considerada no cômputo do cumprimento do montante mínimo de
gastos do Estado com Saúde.
d) pela viabilidade da medida, condicionada à anuência prévia do parlamentar autor da emenda
e desde que observado, para a referida ação, o limite de 1,2% do montante global destinado às
emendas impositivas do exercício.
e) que a programação orçamentária obrigatória oriunda da emenda impositiva deverá ser
integralmente cumprida no exercício em curso, incluindo empenho e liquidação, sendo vedada a
geração de restos a pagar.
Comentários:
A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Conforme a disciplina constitucional das
emendas impositivas, com a exceção prevista no art. 166, §13 da CF/1988:
CF/88: Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum.
§ 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2%
(um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no projeto
encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será destinada a
ações e serviços públicos de saúde. ...
§ 11. É obrigatória a execução orçamentária e financeira das programações a que se refere o §
9º deste artigo, em montante correspondente a 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
receita corrente líquida realizada no exercício anterior, conforme os critérios para a execução
equitativa da programação definidos na lei complementar prevista no § 9º do art. 165.
§ 12. A garantia de execução de que trata o § 11 deste artigo aplica-se também às
programações incluídas por todas as emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de
Estado ou do Distrito Federal, no montante de até 1% (um por cento) da receita corrente líquida
realizada no exercício anterior.
§ 13. As programações orçamentárias previstas nos §§ 11 e 12 deste artigo não serão de
execução obrigatória nos casos dos impedimentos de ordem técnica.
A alternativa B está incorreta, visto que a aplicação de dotações oriundas de emendas
impositivas ocorrerá por meio de transferências:
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Art. 166-A. As emendas individuais impositivas apresentadas ao projeto de lei orçamentária
anual poderão alocar recursos a Estados, ao Distrito Federal e a Municípios por meio de:
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 105, de 2019)
I - transferência especial; ou
II - transferência com finalidade definida.
A alternativa C está incorreta, por força do § 10 do art. 166, da Constituição:
CF/88: Art. 166, § 10. A execução do montante destinado a ações e serviços públicos de saúde
previsto no § 9º, inclusive custeio, será computada para fins do cumprimento do inciso I do § 2º
do art. 198, vedada a destinação para pagamento de pessoal ou encargos sociais.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº 86, de 2015)
A alternativa D está incorreta, visto que o percentual de 1,2% é o percentual das emendas
impositivas em relação à receita corrente líquida do projeto de lei orçamentária encaminhada
pelo Poder Executivo (art. 166, §9º, CF):
CF/88: Art. 166, § 9º As emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no
limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da receita corrente líquida prevista no
projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a metade deste percentual será
destinada a ações e serviços públicos de saúde. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 86,
de 2015)
A alternativa E está incorreta, visto que o art. 166, §17 da CF autoriza a realização de despesas
via restos a pagar, em limites de 0,6% e 0,5% da receita corrente líquida realizada no exercício
anterior:
CF/88: Art. 166, § 17. Os restos a pagar provenientes das programações orçamentárias previstas
nos §§ 11 e 12 poderão ser considerados para fins de cumprimento da execução financeira até o
limite de 0,6% (seis décimos por cento) da receita corrente líquida realizada no exercício anterior,
para as programações das emendas individuais, e até o limite de 0,5% (cinco décimos por cento),
para as programações das emendas de iniciativa de bancada de parlamentares de Estado ou do
Distrito Federal.
5. FCC - DP BA/DPE BA/2021
No que diz respeito ao orçamento público, o princípio da exclusividade diz respeito à lei
orçamentária anual
a)  constar despesase receitas em seus valores brutos, sem deduções tributárias.
b)  não conter dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros ou quaisquer outras.
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c)  não fixar despesas em montante maior que as receitas previstas.
d)  limitar-se a apenas um exercício financeiro.
e)  não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
Comentários:
A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Conforme o proibitivo previsto no §8º do
art. 165 da CF/1988, concernente ao princípio da exclusividade orçamentária, com algumas de
suas exceções:
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 8º A lei orçamentária anual não conterá dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da
despesa, não se incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos suplementares e
contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de receita, nos termos da lei.
Outras exceções ao princípio da exclusividade orçamentária são a previsão para pagamento de
precatórios (art. 100, § 5º, CF), e a inclusão de recursos para pagamento de indenizações de
reforma agrária (art. 184, § 4º, CF):
CF/88: Art. 100, § 5º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de
verba necessária ao pagamento de seus débitos, oriundos de sentenças transitadas em julgado,
constantes de precatórios judiciários apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o
final do exercício seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente.
CF/88: Art. 184, § 4º O orçamento fixará anualmente o volume total de títulos da dívida agrária,
assim como o montante de recursos para atender ao programa de reforma agrária no exercício
A alternativa A está incorreta Esse é o princípio do orçamento bruto, segundo o qual segundo
todas as parcelas da receita e da despesa devem aparecer no orçamento em seus valores brutos,
sendo vedada qualquer dedução (art. 6º, Lei 4.320/1964).
A alternativa B está incorreta Esse é o princípio da especificação ou da especialização,
consignado no art. 5º da Lei 4.320/1964:
Art. 5º A Lei de Orçamento não consignará dotações globais destinadas a atender
indiferentemente a despesas de pessoal, material, serviços de terceiros, transferências ou
quaisquer outras, ressalvado o disposto no artigo 20 e seu parágrafo único
A alternativa C está incorreta, pois esse é o princípio do equilíbrio, trazido no inciso III do art. 167
da CF/1988:
CF/88: Art. 167. São vedados:
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III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa,
aprovados pelo Poder Legislativo por maioria absoluta;
Anote que durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a calamidade pública
nacional decorrente da pandemia do Coronavírus (2020, podendo se estender até 2021), a
observância deste inciso III fica dispensada, nos termos do art. 4º da Emenda Constitucional
106/2020 (PEC da Pandemia):
Art. 4º Será dispensada, durante a integralidade do exercício financeiro em que vigore a
calamidade pública nacional de que trata o art. 1º desta Emenda Constitucional, a observância
do inciso III do caput do art. 167 da Constituição Federal.
Parágrafo único. O Ministério da Economia publicará, a cada 30 (trinta) dias, relatório com os
valores e o custo das operações de crédito realizadas no período de vigência do estado de
calamidade pública nacional de que trata o art. 1º desta Emenda Constitucional.
A alternativa D está incorreta, pois esse refere-se ao princípio da anualidade, previsto no §5º do
art. 165 da CF/1988:
CF/88: Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
6. (FCC / TJ-MA – 2019) É admissível, à luz da Constituição Federal, que medida provisória
disponha sobre
a) a fiscalização financeira da administração pública direta e indireta.
b) finanças públicas.
c) concessão de garantias pelas entidades públicas.
d) majoração de impostos.
e) emissão e resgate de títulos da dívida pública.
Comentários:
A Carta Magna veda que as medidas provisórias disponham sobre matérias reservadas à lei
complementar (art. 62, § 1º, CF). Por isso, as medidas provisórias não poderão tratar das matérias
previstas no art. 163 da CF/88, que reproduzimos a seguir:
Art. 163. Lei complementar disporá sobre:
I - finanças públicas;
II - dívida pública externa e interna, incluída a das autarquias, fundações e demais
entidades controladas pelo Poder Público;
III - concessão de garantias pelas entidades públicas;
IV - emissão e resgate de títulos da dívida pública;
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V - fiscalização financeira da administração pública direta e indireta;
VI - operações de câmbio realizadas por órgãos e entidades da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
VII - compatibilização das funções das instituições oficiais de crédito da União,
resguardadas as características e condições operacionais plenas das voltadas ao
desenvolvimento regional.
VIII - sustentabilidade da dívida, especificando:
a) indicadores de sua apuração;
b) níveis de compatibilidade dos resultados fiscais com a trajetória da dívida;
c) trajetória de convergência do montante da dívida com os limites definidos em
legislação;
d) medidas de ajuste, suspensões e vedações;
e) planejamento de alienação de ativos com vistas à redução do montante da dívida.
Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso VIII do caput deste artigo pode
autorizar a aplicação das vedações previstas no art. 167-A desta Constituição.
O gabarito é a letra D.
7. (FCC / TRF 4ª Região – 2019) À luz da disciplina constitucional do processo de elaboração
de leis orçamentárias,
a) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual serão apresentadas e apreciadas perante a
Comissão mista permanente de Deputados e Senadores responsável por exercer o
acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária.
b) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
c) o Presidente da República poderá propor modificação nos projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual, desde que não iniciada a votação do
projeto respectivo, na Comissão mista parlamentar permanente.
d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que
metade deste percentual será destinada a ações de desenvolvimento e manutenção do ensino.
e) os recursos que, em decorrência de veto ao projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais
ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
Comentários:Letra A: errada. As emendas serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional
(art. 166, § 2º, CF).
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Letra B: errada. O projeto de lei orçamentária será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia (art. 165, § 6º, CF).
Letra C: errada. O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional
para propor modificação nos projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes
orçamentárias e ao orçamento anual enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da
parte cuja alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF).
Letra D: errada. Segundo o art. 166, § 9º, da Constituição, as emendas individuais ao projeto de
lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento) da
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que a
metade deste percentual será destinada a ações e serviços públicos de saúde. 
Letra E: correta. De fato, a Carta Magna dispõe que os recursos que, em decorrência de veto,
emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com
prévia e específica autorização legislativa (art. 166, § 8º, CF).
O gabarito é a letra E.
8. (FCC / DETRAN-SP – 2019) Segundo o que dispõe a Constituic ̧ão Federal de 1988 acerca
das Financ ̧as Pu ́blicas e do Orc ̧amento,
a) os recursos que, em decorre ̂ncia de veto, emenda ou rejeic ̧ão do projeto de lei orc ̧amentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes podera ̃o ser utilizados, conforme o caso, mediante
cre ́ditos especiais ou suplementares, independentemente de autorização legislativa.
b) o plano plurianual, as diretrizes orçamenta ́rias e os orçamentos anuais são leis de iniciativa
conjunta dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicia ́rio.
c) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos cre ́ditos adicionais sera ̃o apreciados de forma privativa pelo Senado Federal, na forma de
seu regimento interno.
d) a lei de diretrizes orc ̧amenta ́rias compreendera ́ as metas e prioridades da Administrac ̧ão
pu ́blica federal para período coincidente com o do mandato do Presidente da República.
e) cabe a ̀ lei complementar dispor sobre o exerci ́cio financeiro, a vigência, os prazos, a
elaborac ̧ão e a organizac ̧ão do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamenta ́rias e da lei
orc ̧amenta ́ria anual.
Comentários:
Letra A: errada. Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do projeto de lei
orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o
caso, mediante créditos especiais ou suplementares, com prévia e específica autorização
legislativa (art. 166, § 8º, CF).
Letra B: errada. O plano plurianual, as diretrizes orçamenta ́rias e os orçamentos anuais são leis de
iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF).
Letra C: errada. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, “caput”, CF).
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Letra D: errada. O período da LDO não coincide com o mandato do Presidente da República. Ela
tem vigência anual.
Letra E: correta. É o que determina o art. 165, § 9º, I, da Constituição.
O gabarito é a letra E.
9. (FCC / SEMEF Manaus – 2019) Nos termos do que estabelece a Constituição Federal
acerca das normas relativas aos orçamentos,
a) a lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da Administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação
tributária.
b) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelo Senado Federal, na forma do seu regimento
interno.
c) é vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
d) nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão na lei de diretrizes orçamentárias, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
e) as emendas ao projeto do plano plurianual não poderão ser aprovadas quando incompatíveis
com a lei de diretrizes orçamentárias e com a lei orçamentária anual.
Comentários:
Letra A: errada. A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da
administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em
consonância com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei
orçamentária anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabelecerá a política
de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento (art. 165, § 2º, CF).
Letra B: errada. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao
orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados pelas duas Casas do Congresso
Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, “caput”, CF).
Letra C: correta. É o que determina o art. 167, X, da Constituição.
Letra D: errada. Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá
ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
de crime de responsabilidade (art. 167, § 1º, CF).
Letra E: errada. As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser
aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual (art. 166, § 4º, CF).
O gabarito é a letra C.
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10. (FCC / SEFAZ-BA – 2019) Ao dispor sobre finanças públicas e orçamentos, a Constituição
Federal autoriza a
a) transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem prévia autorização
legislativa.
b) abertura de crédito extraordinário por ato do Presidente da República, desde que mediante
prévia delegação legislativa, para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de
calamidade pública.
c) abertura de crédito suplementar sem indicação dos recursos correspondentes, desde que
mediante prévia autorização legislativa.
d) vinculação de receitas próprias geradas pelo imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana para pagamento de débitos do Municípiopara com União e Estado.
e) realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
quando autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, desde
que aprovados pelo Poder Legislativo, pelo voto de dois terços de seus membros.
Comentários:
Letra A: correta. Como regra geral, é vedada a transferência de recursos de uma categoria de
programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa. Isso não
se aplica, todavia, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação (art. 167, § 5º,
CF/88).
Letra B: errada. A Carta Magna admite a abertura de crédito extraordinário por medidas
provisórias, para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, como as decorrentes de guerra,
comoção interna ou calamidade pública (art. 166, § 3º, CF).
Letra C: errada. É vedada a abertura de créditos suplementares sem prévia autorização legislativa
e sem indicação dos recursos correspondentes (art. 167, V, CF).
Letra D: errada. É vedada a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, salvo
as exceções previstas na Constituição (art. 167, IV, CF). Trata-se do princípio da não-afetação.
Letra E: errada. O art. 167, III, da CF/88, veda a realização de operações de créditos que
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria
absoluta. É a chamada regra de ouro das finanças públicas.
O gabarito é a letra A.
11. (FCC / TRT 2ª Região – 2018) Suponha que o Tribunal Superior do Trabalho pretende
implementar, no exercício financeiro corrente, programa para dar celeridade à prestação
jurisdicional, que demandará a admissão de servidores públicos. Todavia, os gastos com a
execução do programa não foram previstos na lei orçamentária anual vigente, assim como
não há previsão de dotações orçamentárias suficientes para atender às projeções de
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==3d76e4==
despesa de pessoal relativas às admissões de servidores públicos. Considerando que
essas medidas são urgentes e de excepcional interesse público em face do expressivo
aumento da litigiosidade, o Tribunal pretende executá-las sem que sejam alteradas as
disposições da lei orçamentária, assim como dispensará a abertura de créditos adicionais,
inclusive os extraordinários. Nessa situação, a Constituição Federal
a) permite que seja iniciada a imediata execução do programa e que sejam realizadas despesas
com a admissão de servidores públicos, uma vez que se trata de situação de excepcional
interesse público.
b) permite que seja implementado o programa e que sejam realizadas despesas com a admissão
de servidores públicos, desde que sejam autorizados por medida provisória.
c) veda que seja implementado o programa, mas permite que sejam realizadas as despesas com
a admissão dos servidores públicos, uma vez que as limitações constitucionais ao aumento de
despesas com pessoal não se aplicam aos gastos do Poder Judiciário.
d) permite que seja implementado o programa, mas veda que sejam realizadas as despesas com
a admissão dos servidores públicos, uma vez que haverá aumento de despesas com pessoal não
previstas em orçamento.
e) veda que seja implementado o programa, assim como que sejam realizadas as despesas com a
admissão dos servidores públicos.
Comentários:
Segundo o art. 167, I, CF/88, é vedado o início de programas ou projetos não incluídos na Lei
Orçamentária Anual (LOA). Assim, o TST não poderá iniciar o programa que pretende dar
celeridade à prestação jurisdicional, uma vez que os gastos com a execução desse programa não
estão previstos na LOA.
Além disso, o art. 169, § 1º, I, CF/88, prevê que a admissão ou contratação de pessoal, a
qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração indireta somente poderá ocorrer caso
haja prévia dotação orçamentária suficiente para atender essas despesas.
Por tudo o que comentamos, o gabarito é a letra E.
12. (FCC / TST – 2017) A União pretende cobrir déficit apresentado por empresa pública
federal mediante utilização de recursos do orçamento fiscal. A realização dessa despesa,
todavia, não foi prevista na lei orçamentária vigente. Considerando as disposições da
Constituição Federal, a União
a) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que a despesa não foi prevista na lei
orçamentária, excedendo, portanto, os créditos orçamentários, sendo inconstitucional eventual
autorização legislativa que permita a execução dessa medida.
b) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que é vedado à União cobrir o déficit
de empresas públicas, sendo inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a
execução dessa medida.
c) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que é vedada a utilização de recursos
do orçamento fiscal para a finalidade desejada pela União, sendo inconstitucional eventual
autorização legislativa que permita a execução dessa medida.
d) poderá cobrir o déficit tal como pretendido, mediante edição de decreto de abertura de
crédito suplementar, independentemente de autorização legislativa específica.
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e) poderá cobrir o déficit tal como pretendido, mediante autorização legislativa específica.
Comentários:
Para responder essa questão, o aluno precisava conhecer o art. 167, VIII, CF/88:
Art. 167. São vedados:
(...)
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal
e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações
e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º
Havendo autorização legislativa específica, os recursos do orçamento fiscal e da seguridade
social poderão cobrir déficit de empresa pública.
O gabarito é a letra E.
13. (FCC / ISS Teresina – 2016) Compatibiliza-se com as normas da Constituição Federal em
matéria orçamentária a:
a) edição de lei complementar federal proibindo que a lei orçamentária de todos os entes da
Federação autorize a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de
crédito por antecipação de receita.
b) autorização legislativa, desde que se faça por meio de lei complementar, para que o chefe do
Poder Executivo abra créditos adicionais para vigência no ano em que forem autorizados.
c) edição de medida provisória para abertura de créditos suplementares para atender a despesas
previstas em valor insuficiente na lei orçamentária, bem como a edição de medida provisória para
a abertura de créditos extraordinários para atender a despesas imprevisíveis e urgentes.
d) transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação
de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
e) transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação orçamentária para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa.
Comentários:
Letra A: errada. A Constituição Federal admite que lei ordinária autorize a abertura de créditos
orçamentários e a contratação de operações de crédito por antecipaçãode receita.
Letra B: errada. A abertura de créditos adicionais (suplementares, especiais ou extraordinários)
não se faz mediante lei complementar. Créditos suplementares e créditos especiais serão abertos
mediante autorização de lei; créditos extraordinários serão abertos por medida provisória.
Letra C: errada. Créditos suplementares não podem ser abertos por medida provisória, mas sim
por lei ordinária.
Letra D: errada. Segundo o art. 167, X, CF/88, é vedada a transferência voluntária de recursos e a
concessão de empréstimos, inclusive por antecipação de receita, pelos Governos Federal e
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Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo
e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.
Letra E: correta. A transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma
categoria de programação para outra ou de órgão para outro depende de prévia autorização
legislativa (art. 167, VI, CF/88). No entanto, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, admite-se que essas operações (transposição, remanejamento e transferência de
recursos de uma categoria de programação para outra ou de órgão para outro) sejam realizadas
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade de autorização legislativa (art. 167, § 5º,
CF/88).
O gabarito é a letra E.
14. (FCC / TCM-RJ – 2015) A Constituição Federal, considerando a maior ou menor relevância
de determinadas matérias, indicou expressamente os diplomas legais que devem
discipliná-las. No caso específico das finanças públicas, da emissão e resgate de títulos da
dívida pública e da fiscalização financeira da Administração pública direta e indireta, essas
matérias, de acordo com a Constituição Federal, devem ser disciplinadas,
respectivamente, por:
a) lei complementar; lei complementar e lei complementar.
b) lei ordinária; lei complementar e lei complementar.
c) lei complementar; resolução do senado federal e lei complementar.
d) lei ordinária; lei complementar e ato normativo do Poder Executivo.
e) resolução do senado federal; lei ordinária e lei complementar.
Comentários:
Segundo o art. 163, CF/88, lei complementar disporá, dentre outros assuntos, sobre finanças
públicas, emissão e resgate de títulos da dívida pública e fiscalização financeira da administração
pública direta e indireta.
O gabarito é a letra A.
15. (FCC / TCM-RJ – 2015) A União pretende iniciar investimento de recursos financeiros em
projeto de obra pública cuja execução ultrapassará o exercício financeiro. O início do
projeto da obra está previsto no Orçamento Anual, mas o respectivo investimento não
está incluído no Plano Plurianual. Nessa situação, a União:
a) poderá iniciar o investimento no projeto, ainda que não esteja previsto no Plano Plurianual,
sendo suficiente a sua inclusão no Orçamento Anual, que também compreende as metas e
prioridades da administração pública federal e as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente.
b) poderá iniciar o investimento no projeto, ainda que não esteja previsto no Plano Plurianual,
sendo suficiente a sua previsão no orçamento anual, considerando que a Constituição Federal
adotou o princípio da anualidade em matéria de orçamento público.
c) não poderá iniciar o investimento no projeto, uma vez que não previsto no Plano Plurianual,
sendo de iniciativa privativa do Presidente da República a propositura de projeto de lei que
autorize a inclusão do investimento no Plano Plurianual, ainda que o projeto de lei possa sofrer
emendas parlamentares.
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d) não poderá iniciar o investimento no projeto, uma vez que não previsto no Plano Plurianual,
sendo de iniciativa privativa do Presidente da República a propositura de projeto de lei que
autorize a inclusão do investimento no plano plurianual, vedada a sua alteração por emendas
parlamentares.
e) não poderá iniciar o investimento no projeto, uma vez que não previsto no Plano Plurianual,
não sendo privativa do Presidente da República a iniciativa de propositura de projeto de lei que
autorize a inclusão do investimento no Plano Plurianual.
Comentários:
Há 3 (três) conhecimentos importantes para se resolver essa questão:
a) Segundo o art. 167, § 1º, CF/88, “nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que
autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade”. Dessa forma, o investimento
mencionado no enunciado da questão não poderá ser iniciado, uma vez que irá ultrapassar o
exercício financeiro e não está incluído no PPA.
b) O PPA (Plano Plurianual) é instituído por lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo.
c) É possível que sejam apresentadas emendas parlamentares que alterem o PPA.
Por tudo o que comentamos, o gabarito é a letra C.
16. (FCC / ALEPE – 2014) Ao disciplinar os projetos de leis orçamentárias, a Constituição da
República estabelece, relativamente ao poder de emenda parlamentar, que
a) as emendas ao projeto de lei do plano plurianual não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias.
b) as emendas serão apresentadas perante Comissão mista permanente, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
c) não poderá haver emendas ao projeto de lei do orçamento anual que indiquem como recursos
necessários os provenientes de anulação de despesa.
d) não poderão ser aprovadas emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
e) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Câmara dos Deputados, da parte
cuja alteração é proposta.
Comentários:
Letra A: errada. É o contrário: as emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias é que não
poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano plurianual (art. 166, § 4º, CF).
Letra B: correta. É o que prevê o § 2º do art. 166 da Constituição.
Letra C: errada. A Constituição (art. 166, § 3º, II, CF) prevê que as emendas ao projeto de lei do
orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso
indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa.
Letra D: errada. A Carta Magna permite que haja emendas ao projeto de lei de diretrizes
orçamentárias, desde que compatíveis com o PPA (art. 166, § 4º, CF).
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Letra E: errada. A votação não poderá ter sido iniciada na comissão mista do Congresso Nacional
(art. 166, § 5º, CF).
O gabarito é a letra B.
17. (FCC / TRT 12ª Região – 2010) Orienta a elaboração do orçamento e sua execução,
determinando que o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos
Poderes que integram a esfera de governo. Trata-se do Princípio da:
a) Universalidade.
b) Entidade.
c) Anualidade.
d) Competência.
e) Unidade.
Comentários:
O princípio que determina que o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes
aos Poderes que integram a esfera de governo é o da universalidade. A letra A é o- Especialidade: Área Geral) Direito Constitucional - 2025 (Pós-Edital)
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==3d76e4==
fornecimento de informações contábeis, orçamentárias e fiscais em meio eletrônico de amplo 
acesso público. 
O art. 164, por sua vez, trata do Banco Central. Para entender melhor esse dispositivo, vale 
mencionar que é competência exclusiva da União emitir moeda (art. 21, VII). Essa competência é 
exercida exclusivamente pelo Banco Central. 
Art. 164. A competência da União para emitir moeda será exercida 
exclusivamente pelo banco central. 
§ 1º - É vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, empréstimos 
ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. 
§ 2º - O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. 
§ 3º - As disponibilidades de caixa da União serão depositadas no banco central; 
as dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e dos órgãos ou entidades do 
Poder Público e das empresas por ele controladas, em instituições financeiras 
oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. 
O § 1º determina que é vedado ao banco central conceder, direta ou indiretamente, 
empréstimos ao Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição 
financeira. Antes da CF/88, o banco central podia fazer empréstimos ao Tesouro Nacional, o que 
trazia fortes pressões inflacionárias.1 Destaque-se que, ao vedar a concessão de empréstimos ao 
Tesouro Nacional, a CF/88 reforçou o papel do banco central enquanto autoridade monetária. 
O § 2º estabelece que o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão do Tesouro 
Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros (art. 164, § 2º, CF). Ao 
comprar títulos do Tesouro Nacional, o banco central coloca mais dinheiro em circulação e, em 
consequência, aumenta a oferta de moeda, desvalorizando-a. 
O § 3º, por sua vez, determina que as disponibilidades de caixa da União serão depositadas no 
banco central. Por outro lado, as disponibilidades de caixa dos Estados, do Distrito Federal, dos 
Municípios e dos órgãos ou entidades do Poder Público e das empresas por ele controladas, 
serão depositadas em instituições financeiras oficiais, ressalvados os casos previstos em lei. O 
valor subjacente a essa norma (cláusula de depósito compulsório nas instituições financeiras 
oficiais) é, segundo o STF, a moralidade administrativa (STF ADI. 2661-MC, DJ de 23.08.2002). 
 
1 A possibilidade de concessão de empréstimos ao Tesouro Nacional poderia fazer com que o BACEN emitisse 
mais moeda quando lhe fosse solicitado. Com o aumento de moeda em circulação no mercado, esta acaba se 
desvalorizando e a inflação aumenta. 
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As disponibilidades de caixa dos Estados, DF, Municípios e dos órgãos ou 
entidades públicas são depositadas em instituições financeiras oficiais, 
ressalvados os casos previstos em lei. 
Essa ressalva abre, nesses casos, a possibilidade de que as disponibilidades de 
caixa sejam depositadas em instituições financeiras não oficiais, desde que haja 
previsão em lei. 
Segundo o STF, esta deverá ser uma lei ordinária editada pela União, de caráter 
nacional. Por isso, considera o STF que não podem as Constituições ou as leis 
estaduais dispor sobre a matéria2. 
Art. 164-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios devem 
conduzir suas políticas fiscais de forma a manter a dívida pública em níveis 
sustentáveis, na forma da lei complementar referida no inciso VIII do caput do art. 
163 desta Constituição. 
Parágrafo único. A elaboração e a execução de planos e orçamentos devem 
refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da 
dívida. 
No mesmo contexto do inciso VIII do art. 163, o art. 164-A foi introduzido no texto constitucional 
pela Emenda nº 109/2021. Reforça-se a necessidade de que a política fiscal deve envidar 
esforços para manter a dívida pública em níveis sustentáveis. O parágrafo único assemelha-se à 
alínea "b" do inciso VIII, em que a elaboração e a execução dos planos de governo e dos 
orçamentos devem refletir a compatibilidade dos indicadores fiscais com a sustentabilidade da 
dívida. 
 
(TCM-SP – 2023) O banco central poderá comprar e vender títulos de emissão de governos 
estrangeiros, com o objetivo de reduzir a taxa de juros e amortizar dívidas, vedada a aquisição de 
títulos emitidos pelo Tesouro Nacional. 
Comentários: 
Segundo o art. 164, § 2º, da CF/88, o banco central poderá comprar e vender títulos de emissão 
do Tesouro Nacional, com o objetivo de regular a oferta de moeda ou a taxa de juros. Questão 
errada. 
(PGE-ES - 2023) De acordo com a CF, o Banco Central do Brasil tem autoridade para conceder 
empréstimos a organização não governamental sem fins lucrativos. 
2 STF. ADI 2.600-MC, DJ de 25.10.2002; ADI 2.661, DJ de 23.08.2002; ADI 3.075-MC, DJ de 18.06.2004. 
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De acordo com o art. 164, § 1º, CF/88, ao Banco Central é vedado conceder empréstimos ao 
Tesouro Nacional e a qualquer órgão ou entidade que não seja instituição financeira. Portanto, o 
BACEN somente pode conceder empréstimos a instituições financeiras. Questão errada. 
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ORÇAMENTO PÚBLICO 
Os instrumentos de planejamento e orçamento na Constituição 
Federal de 1988 
A Constituição Federal prevê 3 (três) importantes instrumentos de planejamento e orçamento: o 
Plano Plurianual (PPA), a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA). 
Trata-se das chamadas “leis orçamentárias”, que regulam o planejamento e o orçamento dos 
entes federativos (União, Estados, Distrito Federal e Municípios). 
Essas leis orçamentárias, segundo o § 16 do art. 165, devem observar, no que couber, os 
resultados do monitoramento e da avaliação das políticas pública previstos no § 16 do art. 37. 
O art. 165, § 9º, prevê que deverá ser editada lei complementar acerca desses instrumentos de 
planejamento e orçamento. Até hoje, essa lei não foi editada, motivo pelo qual ainda hoje é 
utilizada a Lei Federal nº 4.320/64, que, todavia, não é mais suficiente para atender às 
necessidades do orçamento e planejamento governamental. 
§ 9º - Cabe à lei complementar: 
I - dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II - estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta 
e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que 
serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de 
restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a 
realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
O Plano Plurianual (PPA) se destina ao planejamento de médio prazo do Governo Federal. Essa 
lei, de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF/88),gabarito.
18. (FCC / TCE-PI – 2005) O art. 165, § 8o da Constituição contém uma disposição, relativa ao
orçamento da União, que é conhecida como princípio da exclusividade. A expressa
previsão constitucional desse princípio teve início em 1926, com o intuito de coibir uma
prática muito comum durante a Primeira República. O princípio da exclusividade significa
que:
a) É vedado à lei orçamentária conter dispositivo estranho à fixação da despesa e à previsão de
receita, com exceção dos casos previstos na própria Constituição.
b) A competência para propor o projeto de lei orçamentária é exclusiva do Presidente da
República.
c) Uma comissão exclusiva, no âmbito do Congresso Nacional, deverá examinar o projeto de lei
orçamentária.
d) Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual.
e) Todas as contas orçamentárias da Administração Pública direta e indireta devem constar de um
só documento.
Comentários:
O princípio da exclusividade veda à lei orçamentária conter dispositivo estranho à fixação da
despesa e à previsão de receita, com exceção dos casos previstos na própria Constituição. A letra
A é o gabarito.
19. (FCC / TCE-RO – 2010) O plano plurianual é uma lei de iniciativa conjunta do Presidente
da República e da Mesa do Congresso Nacional.
Comentários:
Nada disso! O PPA é de iniciativa do Presidente da República (art. 165, CF). Questão incorreta.
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20. (FCC / Prefeitura de Teresina – 2010) Pelo princípio universal, a iniciativa da lei do plano
plurianual é sempre do Congresso Nacional.
Comentários:
A iniciativa do PPA é do Presidente da República (art. 165, CF). Questão incorreta.
21. (FCC / TCE-RO – 2010) O plano plurianual tem vigência de cinco anos, com término no
final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente.
Comentários:
O plano plurianual tem vigência de quatro anos e término no final do primeiro exercício
financeiro do mandato presidencial subsequente (ADCT, art. 35, § 2º, I). Questão incorreta.
22. (FCC / TCE-RO – 2010) O plano plurianual compreende o orçamento fiscal, o orçamento
de investimento das empresas em que a União detém a maioria do capital social e o
orçamento da seguridade social.
Comentários:
É a Lei Orçamentária Anual (LOA) (e não o PPA!) que compreende o orçamento fiscal, o
orçamento de investimento das empresas em que a União detém a maioria do capital social e o
orçamento da seguridade social. Questão incorreta.
23. (FCC / TJ-PI – 2010) A lei que estabelece as metas e as prioridades da administração
pública federal e orienta a lei orçamentária anual, ao dispor sobre alterações na legislação
tributária e determinar a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento,
é denominada:
a) Lei de diretrizes orçamentárias.
b) Lei de responsabilidade fiscal.
c) Lei de improbidade administrativa.
d) Plano plurianual.
e) Lei de incentivo fiscal.
Comentários:
Falou em metas e prioridades você já deve pensar logo na LDO. A letra A é o gabarito.
24. (FCC / MPE-PI – 2005) A lei orçamentária anual da União compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o
exercício financeiro subsequente.
Comentários:
É a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) que compreende as metas e prioridades da
administração pública federal. Questão incorreta.
25. (FCC / MPE-PI – 2005) A lei orçamentária anual da União estabelecerá, de forma
regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para
despesas de capital e outras delas decorrentes.
Comentários:
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Eis o famoso “DOM”. Trata-se de matéria objeto do PPA. Questão incorreta.
26. (FCC / Prefeitura de Teresina – 2010) Não é possível a apresentação de emendas ao
projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem.
Comentários:
Como vimos, é possível a apresentação de emendas aos projetos de LOA ou aos projetos que o
modifiquem. É o que determina o art. 166, § 3º, da Constituição. Questão incorreta.
27. (FCC / PM Santos – 2005) Em relação à tramitação do projeto de lei orçamentária, a
Constituição Federal dispõe que as emendas serão apresentadas:
a) primeiro no Plenário das duas Casas do Congresso Nacional e após apreciadas, na forma
regimental, pela Comissão mista.
b) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, somente
pelo Senado Federal.
c) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, somente
pela Câmara dos Deputados.
d) primeiro na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e após apreciadas, na forma
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
e) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo
Presidente do Congresso Nacional.
Comentários:
De acordo com o art. 166, § 2º, da Constituição, as emendas serão apresentadas na Comissão
mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas
Casas do Congresso Nacional. A letra D é o gabarito.
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LISTA DE QUESTÕES
1. FCC/TRT 18ª Região/2023
Segundo a Constituição Federal de 1988,
A) o Plano Plurianual deve estabelecer a política de aplicação das agências financeiras oficiais de
fomento.
B) a Lei Orçamentária Anual pode conter dispositivo autorizando a abertura de créditos
suplementares.
C) o Orçamento da Seguridade Social deve conter avaliação da situação atuarial dos regimes
geral de previdência social e próprio dos servidores públicos.
D) o Plano Plurianual deve ser acompanhado de demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as
receitas e despesas, decorrente de benefícios de natureza tributária.
E) a Lei Orçamentária Anual deve dispor sobre critérios e formas de limitação de empenho a
serem implementadas quando ocorrer insuficiência de arrecadação.
2. FCC/TRT 12ª Região/2023
Constituem limitações para o total de emendas parlamentares individuais ao projeto de lei
orçamentária de 2024:
a) 1,55% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 50% desse percentual seja
destinado a ações e serviços públicos de saúde.
b) 1,55% da receita corrente líquida do exercício de 2023, desde que 50% desse percentual seja
destinado a ações e serviços públicos de saúde.
c) 2% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 50% desse percentual seja
destinado a ações e serviços públicos de saúde.
d) 2% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 0,45% sejam destinados a
manutenção e desenvolvimento do ensino.
e) 1,55% da receita corrente líquida do exercício de 2022, desde que 0,45% sejam destinados a
manutenção e desenvolvimento do ensino.
3. FCC/TRT 12ª Região/2023
Por haver Vara do Trabalho instalada em Fraiburgo/SC, um parlamentar propõe emenda
individual para construção de instalação similar na cidade vizinha de Frei Rogério/SC,
argumentando que ambas as municipalidades são do mesmo porte. A emenda ao orçamento é
então aprovada e sancionada. Ao início do exercício financeiro em que tal orçamento entrouem
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vigor, o Tribunal Regional do Trabalho da 12ª Região (TRT12) é consultado acerca de eventual!
impedimento à execução do edifício. Apesar de inexistirem quaisquer óbices à empreitada, seja
de ordem fundiária, de engenharia, jurídicos ou administrativos, a Presidência pondera que não
há demanda judiciária bastante na jurisdição, indagando se, alternativamente, seria possível (i)
adiar o projeto ou (ii) empreender parte da reforma no edifício de Videira/SC com o mesmo
crédito, a fim de ali futuramente acomodar uma segunda Vara.
Considerando a situação hipotética e as indagações acima, baseado no que consta da
Constituição Federal, é correto afirmar que:
a) A emenda é impositiva e corresponde a crédito que deve ser executado.
b) É possível adiar o projeto para outro exercício, se houver insubsistência de arrecadação.
c) A emenda é impositiva e corresponde a crédito que deve ser executado, a despeito de haver
impedimento de ordem técnica.
d) Embora a emenda seja impositiva, é possível realizar parte da etapa de outra edificação.
e) Somente seria admissível tal emenda se iniciada por pedido do próprio TRT12.
4. FCC - Proc (PGE GO)/PGE GO/2021
Considere que o Governador do Estado pretenda firmar convênio com município para
transferência de recursos destinados a reforma de unidades básicas de saúde, valendo-se de
dotação consignada na Lei Orçamentária do exercício, originária de emenda impositiva
apresentada por determinado parlamentar prevendo referida destinação. Em tal circunstância,
pode-se concluir
a) que se trata de medida tendente ao cumprimento de programação orçamentária obrigatória,
podendo, contudo, ser afastada tal obrigatoriedade se comprovada a existência de
impedimentos de ordem técnica para sua execução.
b) pelo descabimento da medida, eis que a aplicação de dotações oriundas de emendas
impositivas somente pode ocorrer em ações executadas diretamente pelo Estado, vedado seu
cumprimento mediante transferências voluntárias.
c) que a utilização de tal fonte de custeio, conquanto viável em tese, impedirá que a despesa
decorrente do convênio seja considerada no cômputo do cumprimento do montante mínimo de
gastos do Estado com Saúde.
d) pela viabilidade da medida, condicionada à anuência prévia do parlamentar autor da emenda
e desde que observado, para a referida ação, o limite de 1,2% do montante global destinado às
emendas impositivas do exercício.
e) que a programação orçamentária obrigatória oriunda da emenda impositiva deverá ser
integralmente cumprida no exercício em curso, incluindo empenho e liquidação, sendo vedada a
geração de restos a pagar.
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5. FCC - DP BA/DPE BA/2021
No que diz respeito ao orçamento público, o princípio da exclusividade diz respeito à lei
orçamentária anual
a)  constar despesas e receitas em seus valores brutos, sem deduções tributárias.
b)  não conter dotações globais destinadas a atender indiferentemente a despesas de pessoal,
material, serviços de terceiros ou quaisquer outras.
c)  não fixar despesas em montante maior que as receitas previstas.
d)  limitar-se a apenas um exercício financeiro.
e)  não conter dispositivo estranho à previsão da receita e à fixação da despesa.
6. (FCC / TJ-MA – 2019) É admissível, à luz da Constituição Federal, que medida provisória
disponha sobre
a) a fiscalização financeira da administração pública direta e indireta.
b) finanças públicas.
c) concessão de garantias pelas entidades públicas.
d) majoração de impostos.
e) emissão e resgate de títulos da dívida pública.
7. (FCC / TRF 4ª Região – 2019) À luz da disciplina constitucional do processo de elaboração
de leis orçamentárias,
a) as emendas ao projeto de lei do orçamento anual serão apresentadas e apreciadas perante a
Comissão mista permanente de Deputados e Senadores responsável por exercer o
acompanhamento e a fiscalização da execução orçamentária.
b) o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será acompanhado de demonstrativo regionalizado
do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, anistias, remissões, subsídios e
benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia.
c) o Presidente da República poderá propor modificação nos projetos de lei relativos ao plano
plurianual, às diretrizes orçamentárias e ao orçamento anual, desde que não iniciada a votação do
projeto respectivo, na Comissão mista parlamentar permanente.
d) as emendas individuais ao projeto de lei orçamentária serão aprovadas no limite de 1,2% da
receita corrente líquida prevista no projeto encaminhado pelo Poder Executivo, sendo que
metade deste percentual será destinada a ações de desenvolvimento e manutenção do ensino.
e) os recursos que, em decorrência de veto ao projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem
despesas correspondentes poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais
ou suplementares, com prévia e específica autorização legislativa.
8. (FCC / DETRAN-SP – 2019) Segundo o que dispõe a Constituic ̧ão Federal de 1988 acerca
das Financ ̧as Pu ́blicas e do Orc ̧amento,
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a) os recursos que, em decorre ̂ncia de veto, emenda ou rejeic ̧ão do projeto de lei orc ̧amentária
anual, ficarem sem despesas correspondentes podera ̃o ser utilizados, conforme o caso, mediante
cre ́ditos especiais ou suplementares, independentemente de autorização legislativa.
b) o plano plurianual, as diretrizes orçamenta ́rias e os orçamentos anuais são leis de iniciativa
conjunta dos Poderes Executivo, Legislativo e Judicia ́rio.
c) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos cre ́ditos adicionais sera ̃o apreciados de forma privativa pelo Senado Federal, na forma de
seu regimento interno.
d) a lei de diretrizes orc ̧amenta ́rias compreendera ́ as metas e prioridades da Administrac ̧ão
pu ́blica federal para período coincidente com o do mandato do Presidente da República.
e) cabe a ̀ lei complementar dispor sobre o exerci ́cio financeiro, a vigência, os prazos, a
elaborac ̧ão e a organizac ̧ão do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamenta ́rias e da lei
orc ̧amenta ́ria anual.
9. (FCC / SEMEF Manaus – 2019) Nos termos do que estabelece a Constituição Federal
acerca das normas relativas aos orçamentos,
a) a lei que instituir o plano plurianual compreenderá as metas e prioridades da Administração
pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício financeiro subsequente,
orientará a elaboração da lei orçamentária anual e disporá sobre as alterações na legislação
tributária.
b) os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes orçamentárias, ao orçamento anual
e aos créditos adicionais serão apreciados pelo Senado Federal, na forma do seu regimento
interno.
c) é vedada a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por
antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para
pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.
d) nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercíciofinanceiro poderá ser iniciado sem
prévia inclusão na lei de diretrizes orçamentárias, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena de
crime de responsabilidade.
e) as emendas ao projeto do plano plurianual não poderão ser aprovadas quando incompatíveis
com a lei de diretrizes orçamentárias e com a lei orçamentária anual.
10. (FCC / SEFAZ-BA – 2019) Ao dispor sobre finanças públicas e orçamentos, a Constituição
Federal autoriza a
a) transferência de recursos de uma categoria de programação para outra, no âmbito das
atividades de ciência, tecnologia e inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de
projetos restritos a essas funções, mediante ato do Poder Executivo, sem prévia autorização
legislativa.
b) abertura de crédito extraordinário por ato do Presidente da República, desde que mediante
prévia delegação legislativa, para atender a despesas imprevisíveis e urgentes, decorrentes de
calamidade pública.
c) abertura de crédito suplementar sem indicação dos recursos correspondentes, desde que
mediante prévia autorização legislativa.
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d) vinculação de receitas próprias geradas pelo imposto sobre propriedade predial e territorial
urbana para pagamento de débitos do Município para com União e Estado.
e) realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas de capital,
quando autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa, desde
que aprovados pelo Poder Legislativo, pelo voto de dois terços de seus membros.
11. (FCC / TRT 2ª Região – 2018) Suponha que o Tribunal Superior do Trabalho pretende
implementar, no exercício financeiro corrente, programa para dar celeridade à prestação
jurisdicional, que demandará a admissão de servidores públicos. Todavia, os gastos com a
execução do programa não foram previstos na lei orçamentária anual vigente, assim como não
há previsão de dotações orçamentárias suficientes para atender às projeções de despesa de
pessoal relativas às admissões de servidores públicos. Considerando que essas medidas são
urgentes e de excepcional interesse público em face do expressivo aumento da litigiosidade, o
Tribunal pretende executá-las sem que sejam alteradas as disposições da lei orçamentária, assim
como dispensará a abertura de créditos adicionais, inclusive os extraordinários. Nessa situação, a
Constituição Federal
a) permite que seja iniciada a imediata execução do programa e que sejam realizadas despesas
com a admissão de servidores públicos, uma vez que se trata de situação de excepcional
interesse público.
b) permite que seja implementado o programa e que sejam realizadas despesas com a admissão
de servidores públicos, desde que sejam autorizados por medida provisória.
c) veda que seja implementado o programa, mas permite que sejam realizadas as despesas com
a admissão dos servidores públicos, uma vez que as limitações constitucionais ao aumento de
despesas com pessoal não se aplicam aos gastos do Poder Judiciário.
d) permite que seja implementado o programa, mas veda que sejam realizadas as despesas com
a admissão dos servidores públicos, uma vez que haverá aumento de despesas com pessoal não
previstas em orçamento.
e) veda que seja implementado o programa, assim como que sejam realizadas as despesas com a
admissão dos servidores públicos.
12. (FCC / TST – 2017) A União pretende cobrir déficit apresentado por empresa pública
federal mediante utilização de recursos do orçamento fiscal. A realização dessa despesa, todavia,
não foi prevista na lei orçamentária vigente. Considerando as disposições da Constituição
Federal, a União
a) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que a despesa não foi prevista na lei
orçamentária, excedendo, portanto, os créditos orçamentários, sendo inconstitucional eventual
autorização legislativa que permita a execução dessa medida.
b) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que é vedado à União cobrir o déficit
de empresas públicas, sendo inconstitucional eventual autorização legislativa que permita a
execução dessa medida.
c) não poderá cobrir o déficit tal como pretendido, uma vez que é vedada a utilização de recursos
do orçamento fiscal para a finalidade desejada pela União, sendo inconstitucional eventual
autorização legislativa que permita a execução dessa medida.
d) poderá cobrir o déficit tal como pretendido, mediante edição de decreto de abertura de
crédito suplementar, independentemente de autorização legislativa específica.
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e) poderá cobrir o déficit tal como pretendido, mediante autorização legislativa específica.
13. (FCC / ISS Teresina – 2016) Compatibiliza-se com as normas da Constituição Federal em
matéria orçamentária a:
a) edição de lei complementar federal proibindo que a lei orçamentária de todos os entes da
Federação autorize a abertura de créditos suplementares e a contratação de operações de
crédito por antecipação de receita.
b) autorização legislativa, desde que se faça por meio de lei complementar, para que o chefe do
Poder Executivo abra créditos adicionais para vigência no ano em que forem autorizados.
c) edição de medida provisória para abertura de créditos suplementares para atender a despesas
previstas em valor insuficiente na lei orçamentária, bem como a edição de medida provisória para
a abertura de créditos extraordinários para atender a despesas imprevisíveis e urgentes.
d) transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação
de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento
de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios.
e) transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de
programação orçamentária para outra, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e
inovação, com o objetivo de viabilizar os resultados de projetos restritos a essas funções,
mediante ato do Poder Executivo, sem necessidade da prévia autorização legislativa.
14. (FCC / TCM-RJ – 2015) A Constituição Federal, considerando a maior ou menor relevância
de determinadas matérias, indicou expressamente os diplomas legais que devem discipliná-las.
No caso específico das finanças públicas, da emissão e resgate de títulos da dívida pública e da
fiscalização financeira da Administração pública direta e indireta, essas matérias, de acordo com
a Constituição Federal, devem ser disciplinadas, respectivamente, por:
a) lei complementar; lei complementar e lei complementar.
b) lei ordinária; lei complementar e lei complementar.
c) lei complementar; resolução do senado federal e lei complementar.
d) lei ordinária; lei complementar e ato normativo do Poder Executivo.
e) resolução do senado federal; lei ordinária e lei complementar.
15. (FCC / TCM-RJ – 2015) A União pretende iniciar investimento de recursos financeiros em
projeto de obra pública cuja execução ultrapassará o exercício financeiro. O início do projeto da
obra está previsto no Orçamento Anual, mas o respectivo investimento não está incluído no
Plano Plurianual. Nessa situação, a União:
a) poderá iniciar o investimento no projeto, ainda que não esteja previsto no Plano Plurianual,
sendo suficiente a sua inclusão no Orçamento Anual, que também compreende as metas e
prioridades da administração pública federal e as despesas de capital para o exercício financeiro
subsequente.
b) poderá iniciar o investimentono projeto, ainda que não esteja previsto no Plano Plurianual,
sendo suficiente a sua previsão no orçamento anual, considerando que a Constituição Federal
adotou o princípio da anualidade em matéria de orçamento público.
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c) não poderá iniciar o investimento no projeto, uma vez que não previsto no Plano Plurianual,
sendo de iniciativa privativa do Presidente da República a propositura de projeto de lei que
autorize a inclusão do investimento no Plano Plurianual, ainda que o projeto de lei possa sofrer
emendas parlamentares.
d) não poderá iniciar o investimento no projeto, uma vez que não previsto no Plano Plurianual,
sendo de iniciativa privativa do Presidente da República a propositura de projeto de lei que
autorize a inclusão do investimento no plano plurianual, vedada a sua alteração por emendas
parlamentares.
e) não poderá iniciar o investimento no projeto, uma vez que não previsto no Plano Plurianual,
não sendo privativa do Presidente da República a iniciativa de propositura de projeto de lei que
autorize a inclusão do investimento no Plano Plurianual.
16. (FCC / ALEPE – 2014) Ao disciplinar os projetos de leis orçamentárias, a Constituição da
República estabelece, relativamente ao poder de emenda parlamentar, que
a) as emendas ao projeto de lei do plano plurianual não poderão ser aprovadas quando
incompatíveis com a lei de diretrizes orçamentárias.
b) as emendas serão apresentadas perante Comissão mista permanente, que sobre elas emitirá
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
c) não poderá haver emendas ao projeto de lei do orçamento anual que indiquem como recursos
necessários os provenientes de anulação de despesa.
d) não poderão ser aprovadas emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamentárias.
e) o Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional para propor
modificação nos projetos enquanto não iniciada a votação, na Câmara dos Deputados, da parte
cuja alteração é proposta.
17. (FCC / TRT 12ª Região – 2010) Orienta a elaboração do orçamento e sua execução,
determinando que o orçamento deve conter todas as receitas e despesas referentes aos Poderes
que integram a esfera de governo. Trata-se do Princípio da:
a) Universalidade.
b) Entidade.
c) Anualidade.
d) Competência.
e) Unidade.
18. (FCC / TCE-PI – 2005) O art. 165, § 8o da Constituição contém uma disposição, relativa ao
orçamento da União, que é conhecida como princípio da exclusividade. A expressa previsão
constitucional desse princípio teve início em 1926, com o intuito de coibir uma prática muito
comum durante a Primeira República. O princípio da exclusividade significa que:
a) É vedado à lei orçamentária conter dispositivo estranho à fixação da despesa e à previsão de
receita, com exceção dos casos previstos na própria Constituição.
b) A competência para propor o projeto de lei orçamentária é exclusiva do Presidente da
República.
c) Uma comissão exclusiva, no âmbito do Congresso Nacional, deverá examinar o projeto de lei
orçamentária.
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==3d76e4==
d) Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro poderá ser iniciado
sem prévia inclusão no plano plurianual.
e) Todas as contas orçamentárias da Administração Pública direta e indireta devem constar de um
só documento.
19. (FCC / TCE-RO – 2010) O plano plurianual é uma lei de iniciativa conjunta do Presidente
da República e da Mesa do Congresso Nacional.
20. (FCC / Prefeitura de Teresina – 2010) Pelo princípio universal, a iniciativa da lei do plano
plurianual é sempre do Congresso Nacional.
21. (FCC / TCE-RO – 2010) O plano plurianual tem vigência de cinco anos, com término no
final do primeiro exercício financeiro do mandato presidencial subsequente.
22. (FCC / TCE-RO – 2010) O plano plurianual compreende o orçamento fiscal, o orçamento
de investimento das empresas em que a União detém a maioria do capital social e o orçamento
da seguridade social.
23. (FCC / TJ-PI – 2010) A lei que estabelece as metas e as prioridades da administração
pública federal e orienta a lei orçamentária anual, ao dispor sobre alterações na legislação
tributária e determinar a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento, é
denominada:
a) Lei de diretrizes orçamentárias.
b) Lei de responsabilidade fiscal.
c) Lei de improbidade administrativa.
d) Plano plurianual.
e) Lei de incentivo fiscal.
24. (FCC / MPE-PI – 2005) A lei orçamentária anual da União compreenderá as metas e
prioridades da administração pública federal, incluindo as despesas de capital para o exercício
financeiro subsequente.
25. (FCC / MPE-PI – 2005) A lei orçamentária anual da União estabelecerá, de forma
regionalizada, diretrizes, objetivos e metas da administração pública federal para despesas de
capital e outras delas decorrentes.
26. (FCC / Prefeitura de Teresina – 2010) Não é possível a apresentação de emendas ao
projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem.
27. (FCC / PM Santos – 2005) Em relação à tramitação do projeto de lei orçamentária, a
Constituição Federal dispõe que as emendas serão apresentadas:
a) primeiro no Plenário das duas Casas do Congresso Nacional e após apreciadas, na forma
regimental, pela Comissão mista.
b) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, somente
pelo Senado Federal.
c) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, somente
pela Câmara dos Deputados.
d) primeiro na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e após apreciadas, na forma
regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional.
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e) na Comissão mista, que sobre elas emitirá parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo
Presidente do Congresso Nacional.
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GABARITO
1. LETRA B
2. LETRA C
3. LETRA A
4. LETRA A
5. LETRA E
6. LETRA D
7. LETRA E
8. LETRA E
9. LETRA C
10.LETRA A
11.LETRA E
12.LETRA E
13.LETRA E
14.LETRA A
15.LETRA C
16.LETRA B
17.LETRA A
18.LETRA A
19. INCORRETA
20. INCORRETA
21. INCORRETA
22. INCORRETA
23.LETRA A
24. INCORRETA
25. INCORRETA
26. INCORRETA
27.LETRA D
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70estabelece, de forma regionalizada, as 
diretrizes, os objetivos e as metas da Administração Pública Federal para as despesas de capital 
e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada (art. 165, § 
1º, CF/88). A elaboração regionalizada do PPA busca promover o desenvolvimento equilibrado 
das diversas regiões do Brasil, tendo como fundamento, em última análise, a isonomia. 
Lembre-se: o PPA está relacionado às diretrizes, objetivos e metas. As iniciais dessas palavras 
formam a sigla “DOM”, que você deve memorizar! 
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8
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Destaca-se que, segundo o art. 167, § 1o, CF/88, nenhum investimento cuja execução ultrapasse 
um exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei 
que autorize a inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. Tem-se aqui o princípio da 
plurianualidade das despesas de investimento. 
Uma observação em relação aos investimentos: segundo o § 15 do art. 165, compete à União 
organizar e manter um registro centralizado de projetos de investimento contendo, por Estado 
ou Distrito Federal, pelo menos, análises de viabilidade, estimativas de custos e informações 
sobre a execução física e financeira. 
A vigência do PPA é de 4 (quatro) anos, não coincidindo com o mandato presidencial. É que, 
segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I), o início da vigência do PPA é no segundo exercício financeiro 
do mandato do Chefe do Poder Executivo; o término da vigência, por sua vez, será no fim do 
primeiro exercício financeiro do mandato subsequente. Assim, o primeiro ano do mandato 
presidencial tem como base o PPA elaborado por seu antecessor. 
Segundo o ADCT (art. 35, § 2º, I) o PPA deverá ser encaminhado pelo Poder Executivo ao 
Congresso Nacional até 4 (quatro) meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro 
e devolvido para sanção até o encerramento da sessão legislativa. Assim, o Poder Executivo 
deverá encaminhar o PPA ao Congresso até 31 de agosto do primeiro exercício financeiro. Sendo 
o PPA aprovado, o início de sua vigência começará no segundo exercício financeiro do mandato 
presidencial. 
O art. 165, § 4º, da Constituição, determina ainda que os planos e programas nacionais, 
regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em consonância com o plano 
plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Isso porque o PPA estabelece, de forma 
regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da Administração Pública Federal para as despesas 
de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada. 
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) é o elo entre o planejamento estratégico (representado 
pelo PPA) e o operacional (representado pela LOA). Com isso, possibilita que as diretrizes e os 
objetivos delimitados pelo PPA sejam respeitados no orçamento. 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 2º), a LDO: 
a) compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal; 
b) estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, em consonância com 
trajetória sustentável da dívida pública; 
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c) orientará a elaboração da lei orçamentária anual; 
d) disporá sobre as alterações na legislação tributária e; 
e) estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Guarde a informação: a LDO compreende as metas e prioridades da Administração Pública. 
Muitas questões tentarão confundir você, trocando as competências da LDO e do PPA. 
 
A LDO tem como função, ainda, autorizar: 
a) a concessão de vantagens ou aumentos de remuneração; 
b) a criação de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras; 
c) a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da 
administração direta ou indireta. 
Isso é o que se depreende a partir da leitura do art. 169, § 1º, CF/88: 
Art. 169 (...) 
§ 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração, a criação 
de cargos, empregos e funções ou alteração de estrutura de carreiras, bem como 
a admissão ou contratação de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e 
entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo poder público, só poderão ser feitas: 
I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de 
despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; 
II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas 
as empresas públicas e as sociedades de economia mista. 
 
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Segundo o art. 165, § 12, da CF/88, deve ainda integrar a LDO o anexo com previsão de 
agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei 
orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. Isso vale para o exercício 
financeiro a que se refere a LDO e para os 2 exercícios subsequentes. Esse anexo se aplica 
exclusivamente aos orçamentos fiscal e da seguridade social da União. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA), por sua vez, é o orçamento propriamente dito. Consiste em 
instrumento pelo qual o Poder Público realiza a previsão de receitas e a fixação de despesas para 
o exercício seguinte. Tem como objetivo dar concretude aos objetivos e metas estabelecidos no 
PPA, em conformidade com o que foi estabelecido na LDO. 
A Lei Orçamentária Anual (LOA) é uma lei apenas em sentido “meramente formal”, pois apenas 
autoriza gastos, não obrigando o administrador público a executá-los. Falta-lhe os requisitos de 
generalidade e abstração. Em razão disso, é considerada uma lei de efeitos concretos. Apesar 
disso, o entendimento atual do STF é de que é possível o controle abstrato de 
constitucionalidade de leis orçamentárias. 
Segundo a Corte Suprema, “o STF deve exercer sua função precípua de fiscalização da 
constitucionalidade das leis e dos atos normativos quando houver um tema ou uma controvérsia 
constitucional suscitada em abstrato, independente do caráter geral ou específico, concreto ou 
abstrato de seu objeto”. 1 
De acordo com a Constituição (art. 165, § 5º), a LOA conterá o orçamento fiscal, o orçamento da 
seguridade social e o orçamento de investimento das empresas estatais: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
Segundo o art. 165, § 7º, CF/88, os orçamentos fiscais e de investimentos das estatais, 
compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas funções a de reduzir desigualdades 
inter-regionais, segundo critério populacional. Cuidado! O examinador tentará confundir você,dizendo que o orçamento da seguridade social tem essa função! 
Segundo o art. 165, § 6º, da CF/88, o projeto de lei orçamentária será acompanhado de 
demonstrativo regionalizado do efeito, sobre as receitas e despesas, decorrente de isenções, 
anistias, remissões, subsídios e benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia. Ou seja, 
todo tipo de benefício fiscal deve vir acompanhado de estimativa de impacto orçamentário e 
financeiro. Nesse sentido, o STF entendeu ser inconstitucional lei estadual que concede benefício 
fiscal sem a prévia estimativa de impacto orçamentário e financeiro2. Acerca disso, veja o que 
dispõe o art. 113 do ADCT (Ato das Disposições Constitucionais Transitórias): 
2 ADI 6303/RR, Rel. Min. Roberto Barroso. Julgamento em 11.03.2022. 
1 ADI 4.048-MC. Rel. Min. Gilmar Mendes. Julgamento em 14.05.2008 
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ADCT, Art. 113. A proposição legislativa que crie ou altere despesa obrigatória 
ou renúncia de receita deverá ser acompanhada da estimativa do seu impacto 
orçamentário e financeiro. 
 
(AGU – 2023) Integrará o plano plurianual, para os exercícios a que se refira e, pelo menos, para 
um exercício subsequente, anexo com a previsão de agregados fiscais e a proporção dos 
recursos para investimentos que serão alocados na lei orçamentária anual para a continuidade 
daqueles em andamento. 
Comentários: 
Conforme o art. 165, § 12, integrará a Lei de Diretrizes Orçamentárias, para o exercício a que se 
refere e, pelo menos, para os 2 (dois) exercícios subsequentes, anexo com previsão de 
agregados fiscais e a proporção dos recursos para investimentos que serão alocados na lei 
orçamentária anual para a continuidade daqueles em andamento. Questão errada. 
(TELEBRAS – 2022) A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da 
administração pública federal, estabelecerá as diretrizes de política fiscal e respectivas metas, de 
acordo com trajetória sustentável da dívida pública, orientará a elaboração da lei orçamentária 
anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e, ainda, estabelecerá a política de 
aplicação das agências financeiras oficiais de fomento. 
Comentários: 
A questão vai ao encontro do art. 165, § 2º, da CF/88, transcrevendo corretamente os assuntos a 
serem veiculados pela Lei de Diretrizes Orçamentárias. Questão correta. 
(TCE-RJ – 2022) A lei orçamentária anual deve compreender o orçamento de investimento das 
empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com 
direito a voto. 
Comentários: 
Nota-se que a questão reproduz adequadamente o art. 165, § 2º, inciso II, da CF/88. Questão 
correta. 
Conceito de Orçamento e Princípios Orçamentários 
A Constituição Federal, com o objetivo de disciplinar as finanças públicas, criou o instituto 
jurídico do orçamento. Trata-se de lei que contempla a previsão das receitas e a fixação das 
despesas para um determinado período, com o objetivo de permitir o adequado funcionamento 
do Estado. 
O Brasil adotou o orçamento-programa na organização do sistema-orçamentário. Trata-se de 
espécie de orçamento que tem como objetivo programar e planejar a ação governamental e a 
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atividade econômica. São estabelecidos objetivos e metas, bem como os custos necessários à 
sua realização. Integra-se, assim, planejamento e orçamento. 
A Carta Magna prevê vários princípios referentes ao orçamento. São os chamados princípios 
orçamentários, de que trataremos a seguir: 
a) Princípio da legalidade: 
O princípio da legalidade determina que todas as leis orçamentárias devem ser aprovadas pelo 
Poder Legislativo. Veja o que a Carta Magna dispõe a respeito: 
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão: 
I – o plano plurianual; 
II – as diretrizes orçamentárias; 
III – os orçamentos anuais. 
(...) 
Art. 166. Os projetos de lei relativos ao plano plurianual, às diretrizes 
orçamentárias, ao orçamento anual e aos créditos adicionais serão apreciados 
pelas duas Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum. 
b) Princípio da Universalidade ou Globalização: 
O princípio da universalidade ou da globalização impõe que o orçamento deve conter todas as 
receitas e todas as despesas referentes à Administração Direta e à Indireta. Esse princípio não se 
aplica ao Plano Plurianual, pois essa norma não contempla todas as receitas e despesas. 
O princípio da universalidade se revela no art. 165, § 5º, CF/88, que mostra que a LOA 
compreenderá o orçamento fiscal, o orçamento de investimento das empresas estatais e o 
orçamento da seguridade social: 
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá: 
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e 
entidades da administração direta e indireta, inclusive fundações instituídas e 
mantidas pelo Poder Público; 
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou 
indiretamente, detenha a maioria do capital social com direito a voto; 
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a 
ela vinculados, da administração direta ou indireta, bem como os fundos e 
fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público. 
c) Princípio da Anualidade: 
O princípio da anualidade determina que o orçamento deve se referir ao período de um ano. 
Segundo o art. 167, §1º, “nenhum investimento cuja execução ultrapasse um exercício financeiro 
poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, 
sob pena de crime de responsabilidade.” Em outras palavras, os investimentos cuja execução 
ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no plano plurianual. 
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A previsão do Plano Plurianual, com duração de quatro anos, não é uma exceção ao princípio da 
anualidade. O Plano Plurianual (PPA) tem objetivo estratégico, necessitando da Lei Orçamentária 
Anual para sua operacionalização. 
Uma exceção ao princípio da anualidade que foi introduzida pela Emenda nº 102, de 2019, está 
prevista no § 14 do art. 165 da CF/88. Segundo esse dispositivo, a lei orçamentária anual poderá 
conter previsões de despesas para exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos 
plurianuais e daqueles em andamento. 
 
As bancas examinadoras, tentando confundir os candidatos, adoram dizer que a 
anterioridade é um princípio orçamentário. Isso está ERRADO! A anterioridade é 
um princípio tributário. 
d) Princípio da Unidade: 
Pelo princípio da unidade, o orçamento deve ser uno; em outras palavras, cada ente federativo 
deverá ter um único orçamento. Uma pergunta importante de se fazer é a seguinte: será que a 
existência do orçamento fiscal, do orçamento de investimentos e do orçamento da seguridade 
social viola o princípio da unidade? 
A resposta é negativa. Não há violação ao princípio da unidade. Para José Afonso da Silva, o 
princípio da unidade orçamentária não se preocupa com a unidade documental. O que é 
relevante é que esses documentos estejam subordinados a uma unidade de orientação política. 
e) Princípio da Exclusividade:O princípio da exclusividade ou da pureza orçamentária também tem previsão constitucional. 
Esse princípio determina que o orçamento não poderá conter matéria estranha à previsão das 
receitas e à fixação das despesas. Há, contudo, duas importantes exceções: (art. 165, § 8º) 
o a autorização para abertura de créditos suplementares e; 
o autorização para contratação de operações de crédito, ainda que por antecipação de 
receita, nos termos da lei. 
 
No sistema orçamentário brasileiro, há 3 (três) tipos de créditos adicionais. 
1) Créditos suplementares: consistem em um reforço de dotação orçamentária. 
Suponha que uma determinada Ação Orçamentária tenha uma dotação 
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==3d76e4==
orçamentária de R$ 30.000.000,00. Caso esse valor seja insuficiente, podem ser 
solicitados os créditos suplementares. A dotação orçamentária será reforçada, por 
exemplo, para R$ 32.000.000,00. 
2) Créditos especiais: são créditos que se destinam a despesas que não possuem 
uma dotação orçamentária específica. Suponha que o Ministério da Fazenda 
queira, ao longo do exercício financeiro, criar uma nova Ação Orçamentária, para 
a qual não havia dotação prevista na LOA. Isso poderá ocorrer mediante os 
créditos especiais. 
3) Créditos extraordinários: são os créditos destinados a despesas urgentes e 
imprevisíveis, como no caso de guerra, comoção interna ou calamidade pública. 
São abertos por medida provisória. 
É importante destacar que somente os créditos suplementares, por determinação 
da Constituição, podem ter sua abertura autorizada pelo orçamento (a lei 
orçamentária anual). Só eles é que são exceção ao princípio da exclusividade. Os 
especiais e os extraordinários não! 
Para melhor entendimento das exceções ao princípio da exclusividade, cabe elucidarmos o 
conceito de operações de crédito. Trata-se de operações semelhantes a empréstimos, podendo 
ser contraídas pelo Poder Público com o objetivo de cobrir suas despesas. No caso de operações 
de crédito por antecipação de receita, esses empréstimos são, em regra, saldados no mesmo 
exercício financeiro. 
Por meio do princípio da exclusividade, busca-se impedir a inclusão, no orçamento, de 
dispositivos sem qualquer relação com a matéria orçamentária, como por exemplo, previsões 
referentes a direito penal ou civil. 
 
f) Princípio da Quantificação dos créditos orçamentários: 
Outro importante princípio orçamentário é o da quantificação dos créditos orçamentários. Por 
esse princípio, veda-se a concessão ou a utilização de créditos ilimitados. Veja como se dá sua 
previsão pela Carta Magna: 
Art. 167. São vedados: (...) 
VII – a concessão ou utilização de créditos ilimitados. 
g) Princípio da proibição do estorno: 
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O princípio da proibição do estorno, também previsto pela Constituição, determina que o Poder 
Público não pode transpor, remanejar ou transferir recursos sem autorização. Havendo falta de 
recursos, deve-se recorrer à abertura de crédito adicional ou solicitar ao Legislativo a 
transposição, remanejamento ou transferência de recursos. 
Busca-se, com isso, evitar a deformação do orçamento pelo Executivo, ou seja, a modificação de 
tudo aquilo que foi determinado pelo legislador. Veja como a Constituição trata dessa matéria: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
VI – a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa. 
Os conceitos de transposição, remanejamento e transferência de recursos deveriam ser 
disciplinados, conforme a doutrina, por lei complementar. Tal lei ainda não foi editada. Com base 
no texto da Constituição, percebe-se que eles constituem formas de destinação de recursos de 
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro. 
Com a EC nº 85/2015, foi inserido o § 5º no art. 167, estabelecendo que a transposição, o 
remanejamento ou a transferência de recursos de uma categoria de programação para outra 
poderão ser admitidos, no âmbito das atividades de ciência, tecnologia e inovação, mediante ato 
do Poder Executivo. Assim, não haverá necessidade de autorização legislativa para a 
transferência de recursos no âmbito dessas atividades. 
h) Princípio da não-vinculação de receitas ou da não-afetação: 
O princípio da não vinculação de receitas ou da não afetação determina que nenhuma receita de 
impostos poderá ser reservada para atender a um gasto específico, salvo aquelas com 
destinação prevista pela Constituição. Esse princípio é previsto pela Constituição no art. 167, IV: 
Art. 167. São vedados: 
(...) 
IV – a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas 
a repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 
158 e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, 
para manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades 
da administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, 
§ 2.º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8.º, bem como o disposto no § 4.º 
deste artigo. 
Busca-se, com isso, conferir flexibilidade ao planejamento, evitando-se que determinadas 
despesas se tornem obrigatórias. Assim, os recursos estatais podem ser usados de maneira mais 
livre pelo legislador, conforme as necessidades verificadas naquele momento. Destaca-se que, 
respeitadas suas peculiaridades, os demais entes federativos poderão estabelecer as mesmas 
vinculações previstas para a União na CF/1988. 
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É inconstitucional, por violação à cláusula constitucional da não afetação da 
receita oriunda de impostos e à autonomia municipal, norma estadual que 
determina a forma de aplicação dos recursos destinados ao município em razão 
da repartição constitucional de receitas3. 
i) Princípio da Programação: 
Pelo princípio da programação, o orçamento deverá evidenciar os programas nacionais, regionais 
e setoriais; associa-se, assim, o orçamento ao atingimento da finalidade do plano plurianual. Em 
outras palavras, o orçamento deverá apresentar os objetivos da ação governamental. 
O § 10 do art. 165 da CF/88 deixa claro que a administração tem o dever de executar as 
programações orçamentárias, adotando os meios e as medidas necessários, com o propósito de 
garantir a efetiva entrega de bens e serviços à sociedade. 
O § 11 estabelece alguns aspectos em relação à obrigatoriedade de execução das programações 
orçamentárias: 
§ 11. O disposto no § 10 deste artigo, nos termos da lei de diretrizes 
orçamentárias: 
I - subordina-se ao cumprimento de dispositivos constitucionais e legais que 
estabeleçam metas fiscais ou limites de despesas e não impede o cancelamento 
necessário à abertura de créditos adicionais; 
II - não se aplica nos casos de impedimentos de ordem técnica devidamente 
justificados; 
III - aplica-se exclusivamente às despesas primárias discricionárias. 
Frise-se que os §§ 10 e 11 se aplicam exclusivamente aos orçamentos fiscal e daseguridade 
social da União. 
Em relação ao § 11, inciso I, há uma particularidade inserida pela Emenda Constitucional nº 135, 
de 20 de dezembro de 2024. Trata-se do § 17 do art. 165, que estabelece a possibilidade de 
redução ou limitação de despesas: 
§ 17. Para o cumprimento do disposto no inciso I do § 11 deste artigo, o Poder 
Executivo poderá reduzir ou limitar, na elaboração e na execução das leis 
orçamentárias, as despesas com a concessão de subsídios, subvenções e 
benefícios de natureza financeira, inclusive os relativos a indenizações e 
restituições por perdas econômicas, observado o ato jurídico perfeito. 
3 ADI 2355/PR, Rel. Min. Nunes Marques, julgamento virtual finalizado em 16.9.2022 (sexta-feira), às 23:59. 
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(UFSC – 2023) A lei orçamentária anual deve conter exclusivamente previsão de despesas para o 
exercício corrente, com a especificação dos investimentos plurianuais e daqueles em andamento. 
Comentários: 
Conforme o art. 165, § 14, lei orçamentária anual poderá conter previsões de despesas para 
exercícios seguintes, com a especificação dos investimentos plurianuais e daquele s em 
andamento. Questão errada. 
(Procurador de Curitiba – 2015) Nenhuma despesa cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro poderá ser iniciada sem prévia inclusão no plano plurianual, ou sem lei que autorize a 
inclusão, sob pena de crime de responsabilidade. 
Comentários: 
Os investimentos cuja execução ultrapassem um exercício financeiro deverão ser incluídos no 
plano plurianual. Questão errada. 
(TJDFT – 2015) Segundo o STF, é inconstitucional a abertura de crédito extraordinário por meio 
de medida provisória, ainda que em virtude de calamidade pública, por ofender o princípio da 
legalidade, que rege a organização do orçamento público. 
Comentários: 
Os créditos extraordinários serão abertos por medida provisória. Questão errada. 
(TCM-SP – 2015) A Lei Orçamentária Anual não pode conter autorização para contratação de 
operações de crédito, ainda que por antecipação de receita. 
Comentários: 
Pelo princípio da exclusividade, a LOA não poderá conter matéria estranha à previsão das 
receitas e à fixação das despesas. Entretanto, há duas exceções: a) a autorização para abertura de 
créditos suplementares e; b) a autorização para contratação de operações de crédito, ainda que 
por antecipação de receita, nos termos da lei. 
Assim, a LOA poderá conter autorização para contratação de operações de crédito, ainda que 
por antecipação de receita. Questão errada. 
Vedações Orçamentárias 
A Constituição Federal de 1988 prevê, em seu art. 167, diversas vedações relacionadas à matéria 
orçamentária. Sobre algumas delas, nós já comentamos anteriormente, pois são verdadeiros 
princípios orçamentárias. Outras, porém, serão novidade em seu estudo. 
Art. 167. São vedados: 
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I - o início de programas ou projetos não incluídos na lei orçamentária anual; 
O Plano Plurianual (PPA), como sabemos, tem a vigência de 4 anos; logo, os programas e 
projetos nele previstos devem ser executados ao longo desse período. Assim, é plenamente 
possível que um programa ou projeto previsto no PPA não seja incluído na Lei Orçamentária 
Anual (LOA). 
No entanto, um programa ou projeto que não seja incluído na LOA não poderá ser iniciado. Para 
seu início, ele deve constar da LOA. 
II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam 
os créditos orçamentários ou adicionais; 
Esse dispositivo está relacionado à necessidade de manutenção do equilíbrio orçamentário. Por 
esse princípio, as despesas autorizadas não poderão ser superiores à previsão de receitas. 
III - a realização de operações de créditos que excedam o montante das despesas 
de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos suplementares ou 
especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria 
absoluta; 
Essa é a “regra de ouro” das finanças públicas. Segundo esse dispositivo, o endividamento 
(mediante a realização de operações de crédito) somente poderá ser admitido para a realização 
de investimentos (despesas de capital). Em outras palavras, não se admite o endividamento para 
que se possa arcar com despesas correntes. 
A CF/88 estabelece, todavia, uma exceção a essa regra: é possível a realização de operações de 
crédito se o Poder Legislativo aprovar (por maioria absoluta) créditos suplementares ou especiais 
com finalidade precisa. 
 
Não podem ser realizadas junto a instituições financeiras estatais operações 
financeiras com a finalidade de obtenção de crédito para pagamento de pessoal 
ativo, inativo e pensionista, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios 
(ADI 5683/RJ, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 20/4/2022). 
O § 6º do art. 167 estabelece que, no que diz respeito às operações de crédito efetuadas para a 
gestão da dívida pública mobiliária federal, somente serão consideradas as receitas realizadas no 
mesmo exercício financeiro em que for realizada a respectiva despesa. Ou seja, não podem ser 
confrontadas receitas e despesas de exercícios financeiros diferentes no que diz respeito à gestão 
da dívida pública mobiliária federal. 
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo ou despesa, ressalvadas a 
repartição do produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 158 
e 159, a destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde, para 
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manutenção e desenvolvimento do ensino e para realização de atividades da 
administração tributária, como determinado, respectivamente, pelos arts. 198, § 
2º, 212 e 37, XXII, e a prestação de garantias às operações de crédito por 
antecipação de receita, previstas no art. 165, § 8º, bem como o disposto no § 4º 
deste artigo; 
Esse é o princípio da não-afetação. Em regra, não pode haver vinculação da receita de impostos 
a órgão, fundo ou despesa. As exceções a esse princípio são as seguintes: 
a) Repartição constitucional do produto da arrecadação dos impostos (art. 158 e art. 159). 
b) Destinação de recursos para as ações e serviços públicos de saúde; 
c) Destinação de recursos para manutenção e desenvolvimento do ensino 
d) Destinação de recursos para a realização de atividades da administração tributária; 
e) Prestação de garantias às operações de crédito por antecipação de receita. 
f) Prestação de garantia ou contragarantia à União e para pagamento de débitos para com 
esta (art. 167, § 4º, cuja redação é a seguinte: § 4º É permitida a vinculação das receitas a 
que se referem os arts. 155, 156, 156-A, 157, 158 e as alíneas "a", "b", "d", "e" e "f" do 
inciso I e o inciso II do caput do art. 159 desta Constituição para pagamento de débitos 
com a União e para prestar-lhe garantia ou contragarantia. ). 
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem prévia autorização 
legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes; 
Os créditos suplementares e especiais são autorizados por lei. Dada a autorização legislativa, eles 
serão abertos mediante decreto do Poder Executivo. 
VI - a transposição, o remanejamentoou a transferência de recursos de uma 
categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia 
autorização legislativa; 
Esse é o princípio da proibição do estorno, sobre o qual já comentamos anteriormente. 
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; 
Esse é o princípio da quantificação dos créditos orçamentários. Também já falamos sobre ele 
anteriormente. 
VIII - a utilização, sem autorização legislativa específica, de recursos dos 
orçamentos fiscal e da seguridade social para suprir necessidade ou cobrir déficit 
de empresas, fundações e fundos, inclusive dos mencionados no art. 165, § 5º; 
O orçamento fiscal e o orçamento da seguridade social somente poderão ser utilizados para 
suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e fundos mediante autorização 
legislativa específica. 
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem prévia autorização 
legislativa; 
A criação de fundos de qualquer natureza será feita mediante lei. 
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X - a transferência voluntária de recursos e a concessão de empréstimos, inclusive 
por antecipação de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas 
instituições financeiras, para pagamento de despesas com pessoal ativo, inativo e 
pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios. 
Esse dispositivo estabelece que é vedada a entrega voluntária de recursos ou a concessão de 
empréstimos por um ente da federação a outro para pagamento de despesas de pessoal (ativo, 
inativo e pensionista). 
XI - a utilização dos recursos provenientes das contribuições sociais de que trata 
o art. 195, I, a, e II, para a realização de despesas distintas do pagamento de 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
As contribuições sociais previstas no art. 195, I e II, estão vinculadas às despesas com pagamento 
de benefícios do Regime Geral de Previdência Social (RGPS). 
XII - na forma estabelecida na lei complementar de que trata o § 22 do art. 40, a 
utilização de recursos de regime próprio de previdência social, incluídos os 
valores integrantes dos fundos previstos no art. 249, para a realização de 
despesas distintas do pagamento dos benefícios previdenciários do respectivo 
fundo vinculado àquele regime e das despesas necessárias à sua organização e 
ao seu funcionamento;  
A Reforma da Previdência (EC nº 103/2019) previu que lei complementar federal irá estabelecer 
normas gerais de organização, de funcionamento e de responsabilidade na gestão de regimes 
próprios de previdência social. 
Como forma de a CF/88 também garantir a responsabilidade na gestão de regimes 
previdenciários pelos entes federativos, o art. 167, XII, proibiu que os recursos de regimes 
próprios de previdência social sejam utilizados para a realização de despesas distintas do 
pagamento dos benefícios previdenciários e de despesas necessárias à sua organização e ao seu 
funcionamento. 
Assim, em outras palavras, os recursos destinados aos regimes próprios de previdência social têm 
uma finalidade definida: o pagamento de benefícios previdenciários. É justamente nisso que 
esses recursos devem ser utilizados. 
XIII - a transferência voluntária de recursos, a concessão de avais, as garantias e 
as subvenções pela União e a concessão de empréstimos e de financiamentos 
por instituições financeiras federais aos Estados, ao Distrito Federal e aos 
Municípios na hipótese de descumprimento das regras gerais de organização e 
de funcionamento de regime próprio de previdência social. 
Caso os Estados, o Distrito Federal e os Municípios descumpram as regras gerais de organização 
e de funcionamento de regime próprio de previdência social, as quais são instituídas por lei 
complementar federal, eles deverão, de algum modo, ser penalizados. 
É isso o que prevê o art. 167, XIII, CF/88, segundo o qual é vedada a transferência voluntária de 
recursos, a concessão de avais, as garantias e as subvenções pela União e a concessão de 
empréstimos e de financiamentos por instituições financeiras federais aos entes federativos que 
estiverem descumprindo as regras gerais de organização e de funcionamento do RPPS. 
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XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados 
mediante a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a 
execução direta por programação orçamentária e financeira de órgão ou 
entidade da administração pública. 
O inciso XIV, que foi introduzido pela Emenda Constitucional nº 109/2021, mostra que não se 
pode criar fundo público se os objetivos pretendidos com essa criação puderem ser atingidos 
por vinculação de receitas orçamentárias específicas ou pela execução direta por programação 
orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública. A criação de fundos 
públicos se mostra, portanto, algo residual e não uma regra geral. 
 
(TCM-PA – 2023) É vedada a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser 
alcançados mediante a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução 
direta por programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração 
pública. 
Comentários: 
A alternativa vai ao encontro do art. 167, XIV, da CF/88, cuja redação é a seguinte: Art. 167. São 
vedados: [...] XIV - a criação de fundo público, quando seus objetivos puderem ser alcançados 
mediante a vinculação de receitas orçamentárias específicas ou mediante a execução direta por 
programação orçamentária e financeira de órgão ou entidade da administração pública. 
(Procurador Autárquico-Manausprev - 2015) A Constituição da República, em matéria 
orçamentária, veda a realização de quaisquer operações de créditos que excedam o montante 
das despesas de capital. 
Comentários: 
O art. 167, III, CF/88, estabelece que é vedada “a realização de operações de créditos que 
excedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autorizadas mediante créditos 
suplementares ou especiais com finalidade precisa, aprovados pelo Poder Legislativo por maioria 
absoluta. 
Assim, nota-se que é possível a realização de operações de crédito se o Poder Legislativo 
aprovar (por maioria absoluta) créditos suplementares ou especiais com finalidade precisa. 
Questão errada. 
(TJ-PB – 2015) É vedada a concessão de empréstimos pelas instituições financeiras públicas para 
pagamento de despesas com pessoal ativo e inativo dos estados, do DF e dos municípios. 
Comentários: 
É isso mesmo! O art. 167, X, CF/88, veda a concessão de empréstimos, inclusive por antecipação 
de receita, pelos Governos Federal e Estaduais e suas instituições financeiras, para pagamento 
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de despesas com pessoal ativo, inativo e pensionista, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios. Questão correta. 
A Emenda Constitucional nº 128, de 22 de dezembro de 2022, introduziu o § 7º no art. 167 da 
CF/88, cuja redação é a seguinte: 
§ 7º A lei não imporá nem transferirá qualquer encargo financeiro decorrente da 
prestação de serviço público, inclusive despesas de pessoal e seus encargos, 
para a União, os Estados,o Distrito Federal ou os Municípios, sem a previsão de 
fonte orçamentária e financeira necessária à realização da despesa ou sem a 
previsão da correspondente transferência de recursos financeiros necessários ao 
seu custeio, ressalvadas as obrigações assumidas espontaneamente pelos entes 
federados e aquelas decorrentes da fixação do salário mínimo, na forma do inciso 
IV do caput do art. 7º desta Constituição. 
O § 7º traz uma norma de responsabilidade fiscal, vedando previsão legal de transferência de 
qualquer encargo financeiro (obrigação de pagamento) decorrente de prestação de serviço 
público sem que haja previsão de fonte orçamentária e financeira ou sem previsão de 
transferência dos recursos necessários. Para exemplificar, não pode a União ou o Estado-membro 
editarem lei que atribua a um Município a obrigação de pagar pela prestação de determinado 
serviço público sem que sejam assegurados recursos ao Município para que este possa realizar o 
mencionado pagamento. 
Excetuam-se dessa regra do § 7º as obrigações assumidas espontaneamente pelos entes 
federados e aquelas que decorrem da fixação do salário mínimo. 
Por fim, a Emenda nº 109/21 introduziu dois parágrafos no art. 168 da CF/88. Este tratava apenas 
dos duodécimos (1/12 avos dos recursos previstos na Lei Orçamentária Anual) que devem ser 
repassados pelo Poder Executivo aos demais Poderes, ao Ministério Público e à Defensoria 
Pública até o dia 20 de cada mês. Os parágrafos acrescentados vedam que os recursos 
financeiros oriundos dos repasses duodecimais sejam transferidos a fundos e preveem que o 
saldo financeiro ("sobras de recursos") decorrente dos recursos entregues por duodécimos deve 
ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou então será deduzido das 
primeiras parcelas duodecimais do exercício seguinte: 
Art. 168. Os recursos correspondentes às dotações orçamentárias, 
compreendidos os créditos suplementares e especiais, destinados aos órgãos dos 
Poderes Legislativo e Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública, 
ser-lhes-ão entregues até o dia 20 de cada mês, em duodécimos, na forma da lei 
complementar a que se refere o art. 165, § 9º. 
§ 1º É vedada a transferência a fundos de recursos financeiros oriundos de 
repasses duodecimais. 
§ 2º O saldo financeiro decorrente dos recursos entregues na forma do caput 
deste artigo deve ser restituído ao caixa único do Tesouro do ente federativo, ou 
terá seu valor deduzido das primeiras parcelas duodecimais do exercício 
seguinte. 
 
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PROCESSO LEGISLATIVO ORÇAMENTÁRIO 
O PPA, a LDO e a LOA são leis de iniciativa do Poder Executivo (art. 165, CF), devendo ser 
apreciadas pelas duas Casas do Congresso Nacional, nos parâmetros do regimento comum (art. 
166, CF). Seu processo legislativo apresenta várias peculiaridades, conforme veremos a seguir. 
O art. 165, § 9º, da Constituição Federal de 1988 determina que: 
Art. 165, § 9.º Cabe à lei complementar: 
I – dispor sobre o exercício financeiro, a vigência, os prazos, a elaboração e a 
organização do plano plurianual, da lei de diretrizes orçamentárias e da lei 
orçamentária anual; 
II – estabelecer normas de gestão financeira e patrimonial da administração direta 
e indireta bem como condições para a instituição e funcionamento de fundos. 
III - dispor sobre critérios para a execução equitativa, além de procedimentos que 
serão adotados quando houver impedimentos legais e técnicos, cumprimento de 
restos a pagar e limitação das programações de caráter obrigatório, para a 
realização do disposto nos §§ 11 e 12 do art. 166. 
Como essa lei ainda não foi editada, é a Lei Federal nº 4.320/64, recepcionada como lei 
complementar, que prevê as normas gerais de direito financeiro para os entes federados. 
O processo legislativo se inicia com a elaboração da proposta legislativa. As leis orçamentárias 
são, conforme o art. 165 da Constituição Federal, de iniciativa do Poder Executivo. Na esfera 
federal, essa iniciativa é de competência privativa do Presidente da República (art. 84, XXIII, CF). 
Trata-se de iniciativa vinculada, uma vez que deve ser exercida obrigatoriamente pelo seu titular 
em determinado período, por disposição constitucional e legal. Nesse sentido, o art. 85 da 
Constituição Federal determina que são crime de responsabilidade os atos do Presidente da 
República que atentem contra a lei orçamentária. 
Destaca-se que a Constituição Federal assegurou a autonomia administrativa e financeira tanto 
ao Poder Judiciário quanto ao Ministério Público (art. 99 c/c art. 127, CF). Tanto os tribunais (art. 
99, § 1º, CF) quanto o Ministério Público (art. 127, § 3º, CF) elaborarão suas propostas 
orçamentárias, dentro dos limites estabelecidos na LDO. 
Os prazos para o ciclo orçamentário, no âmbito federal, são determinados pelo art. 35, § 2º, I a 
III, do ADCT: 
Art. 35, § 2.º Até a entrada em vigor da lei complementar a que se refere o art. 
165, § 9.º, I e II, serão obedecidas as seguintes normas: 
I – o projeto do plano plurianual, para vigência até o final do primeiro exercício 
financeiro do mandato presidencial subsequente, será encaminhado até quatro 
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro e devolvido para 
sanção até o encerramento da sessão legislativa; 
 
 
 
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II – o projeto de lei de diretrizes orçamentárias será encaminhado até oito meses 
e meio antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção 
até o encerramento do primeiro período da sessão legislativa; 
III – o projeto de lei orçamentária da União será encaminhado até quatro meses 
antes do encerramento do exercício financeiro e devolvido para sanção até o 
encerramento da sessão legislativa. 
Note que o texto constitucional prevê dois prazos, para cada uma das leis orçamentárias: um 
para encaminhamento da proposta e outro para devolução. O primeiro consiste na data limite 
para o Executivo enviar ao Legislativo os projetos de lei orçamentária. Já o segundo corresponde 
à data limite para que o Poder Legislativo envie os projetos para a sanção do Chefe do 
Executivo. Esquematizando: 
 
Os prazos referentes ao ciclo orçamentário dos Estados e dos Municípios constam das respectivas 
Constituições Estaduais ou Leis Orgânicas. 
A fase de discussão se subdivide em proposição de emendas (emendamento), voto do relator, 
redação final e proposição em Plenário. Nela, os parlamentares debatem sobre a proposta 
legislativa. A apreciação dos projetos das leis orçamentárias (PPA, LDO e LOA) é feita pelas duas 
Casas do Congresso Nacional, na forma do regimento comum (art. 166, CF). 
No que se refere à fase de emendamento, determina a Constituição que as emendas aos 
projetos de leis orçamentárias serão apresentadas na Comissão mista, que sobre elas emitirá 
parecer, e apreciadas, na forma regimental, pelo Plenário das duas Casas do Congresso Nacional. 
Essa comissão, como o nome nos faz imaginar, é composta de deputados e senadores (art. 166, § 
2º, CF/88). 
As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o modifiquem somente 
podem ser aprovadas caso (art. 166, § 3º, CF/88): 
a) Sejam compatíveis com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias; 
b) Indiquem os recursos necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de 
despesa, excluídas as que incidam sobre dotaçõespara pessoal e seus encargos ou serviço 
 
 
 
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da dívida, ou, ainda, sobre transferências tributárias constitucionais para Estados, 
Municípios e Distrito Federal; 
c) Sejam relacionadas com a correção de erros ou omissões ou com os dispositivos do 
texto do projeto de lei. 
A fase de emendamento do projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias também é objeto de 
limitações pela Lei Fundamental. Reza a Carta Magna (art. 166, § 4º) que as emendas ao projeto 
de lei de diretrizes orçamentárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o plano 
plurianual. 
É importante destacar o entendimento do Supremo Tribunal Federal de que embora a iniciativa 
dos projetos de leis orçamentárias seja de competência reservada do Chefe do Poder Executivo, 
podem os membros do Legislativo oferecer emendas aos mesmos. Isso porque o poder de 
emendar projetos de lei é prerrogativa de ordem político-jurídica inerente ao exercício da 
atividade legislativa (ADI 1.050-MC, DJ de 23.04.2004). Também é importante ressaltar que o 
STF entende que o plano plurianual não pode ser modificado para aumentar as despesas (ADI 
2.810, DJ de 25.04.2003 e ADI 1.254-MC, DJ de 18.08.1995). 
 
No julgamento das ADPFs nº 850, 851, 854 e 1014 (Rel. Min. Rosa Weber, 
julgamento em 19.12.2022), o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional a 
prática do “orçamento secreto”. 
Chama-se de “orçamento secreto” o esquema de barganha política por meio do 
qual o Executivo favorece os integrantes de sua base parlamentar mediante a 
liberação de emendas orçamentárias em troca de apoio legislativo no Congresso 
Nacional, valendo-se do instrumento das emendas do relator para ocultar a 
identidade dos parlamentares envolvidos e a quantia (cota ou quinhão) que lhe 
cabe na partilha informal do orçamento. 
As emendas do relator, além de não possuírem previsão constitucional, operam 
com base na lógica da ocultação dos efetivos requerentes da despesa, mediante 
a utilização de rubrica orçamentária única nas leis orçamentárias (RP 9), por meio 
da qual todas as despesas nela previstas são atribuídas, indiscriminadamente, à 
pessoa do Relator-Geral do orçamento, que atua como figura interposta entre 
parlamentares incógnitos e o orçamento público federal. 
A captura do orçamento público federal em favor das prioridades eleitoreiras e 
interesses paroquiais dos congressistas representa grave risco à capacidade 
institucional do Estado de realizar seus objetivos fundamentais (CF, art. 3º), 
especialmente em decorrência da pulverização dos investimentos públicos, da 
precarização do planejamento estratégico, da perda progressiva da eficiência e 
da economia de escala, tudo em detrimento do interesse público. 
 
 
 
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No que se refere à fase de deliberação, a regra é a não rejeição das leis orçamentárias. Nesse 
sentido, dispõe a Constituição que a sessão legislativa não deverá ser interrompida sem a 
aprovação do projeto de lei de diretrizes orçamentárias (art. 57, § 2º, CF). Há, contudo, uma 
exceção à regra. É possível a rejeição do projeto de LOA, o que se infere a partir do art. 166, § 
8º: 
Art. 166, § 8º - Os recursos que, em decorrência de veto, emenda ou rejeição do 
projeto de lei orçamentária anual, ficarem sem despesas correspondentes 
poderão ser utilizados, conforme o caso, mediante créditos especiais ou 
suplementares, com prévia e específica autorização legislativa. 
No processo legislativo orçamentário, a mensagem presidencial é o instrumento usado na 
comunicação entre o Presidente da República e o Congresso Nacional. A mensagem serve para 
encaminhar os projetos do PPA, da LDO e da LOA e também pode ser enviada para propor 
modificação nesses projetos, enquanto não iniciada a votação, na Comissão mista, da parte cuja 
alteração é proposta (art. 166, § 5º, CF). 
 
(UFSC – 2023) Os planos e programas nacionais, regionais e setoriais previstos na Constituição 
serão elaborados em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. 
Comentários: 
A questão vai ao encontro do art. 165, § 4º, da CF/88, cuja redação é a seguinte: Os planos e 
programas nacionais, regionais e setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados em 
consonância com o plano plurianual e apreciados pelo Congresso Nacional. Questão correta. 
(AGU – 2023) As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos projetos que o 
modifiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos necessários, admitidos 
apenas os provenientes de anulação de despesa, incluídas as que incidam sobre dotações para 
pessoal e seus encargos e sobre transferências tributárias constitucionais para os estados. 
Comentários: 
Conforme o art. 166, § 3º, inciso I da CF/88, as emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou 
aos projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso indiquem os recursos 
necessários, admitidos apenas os provenientes de anulação de despesa, excluídas as que 
incidam sobre dotações para pessoal e seus encargos, serviço da dívida e transferências 
tributárias constitucionais para Estados, Municípios e Distrito Federal. Questão errada. 
 
 
 
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(TCM-RJ – 2015) O Presidente da República poderá enviar mensagem ao Congresso Nacional 
para propor modificação nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a votação, na 
Comissão mista, da parte cuja alteração é proposta.  
Comentários: 
A mensagem presidencial pode ser enviada ao Congresso Nacional com o objetivo de propor 
modificação nos projetos de leis orçamentárias enquanto não iniciada a votação, na Comissão 
Mista, da parte cuja alteração é proposta. Questão correta. 
Emenda Constitucional nº 86/2015 – A PEC do Orçamento Impositivo 
O orçamento público tem a característica de ser autorizativo, e não impositivo. O Poder 
Executivo não está obrigado a executar as despesas previstas na Lei Orçamentária Anual (LOA), 
possuindo mera autorização para fazê-lo. Por exemplo, suponha que a LOA destine R$ 5 bilhões 
para a Segurança Pública. Desse valor, nem tudo precisa ser gasto, ou seja, nem tudo precisa ser 
executado. 
Isso sempre levou a uma intensa negociação política entre Poder Executivo e o Poder Legislativo. 
Você já ouviu falar do “toma lá, dá cá”, não é? Pois bem. Os parlamentares sempre tiveram a 
prerrogativa de apresentar emendas parlamentares para alteração da LOA, mas o Poder 
Executivo não era obrigado a executá-las. 
O Poder Executivo, então, só executava as emendas parlamentares daqueles congressistas que 
“votassem com o governo”. Por outro lado, os parlamentares que não apoiassem o governo, não 
tinham suas emendas executadas, ficando em “maus lençóis” com sua base de apoio. 
Foi por essa razão que se começou a trabalhar na Emenda Constitucional nº 86/2015, que ficou 
conhecida como “PEC do Orçamento Impositivo”. Vamos entender o porquê desse nome. 
Quando se fala em “orçamento impositivo”, a referência que se faz é à obrigatoriedade de que 
ocorra a execução das despesas previstas na LOA. Em outras palavras, os gestores públicos 
deverão efetivamente

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