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Precursores Da Psicologia Cientifica

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Precursores Da Psicologia Cientifica
 Wilhelm Maximilian Wundt O fundador da psicologia
Nascido em Neckarau, em 16 de agosto de 1832 — morreu em Großbothen, 31 de agosto de 1920. Wundt foi um médico, filósofo e psicólogo alemão. É considerado um dos fundadores da moderna psicologia experimental junto com Ernst Heinrich Weber (1795-1878) e Gustav Theodor Fechner (1801-1889). 
Entre as contribuições que o fazem merecedor de reconhecimento histórico estão a criação na Universidade de Leipzig, na Alemanha, do primeiro laboratório para realizar experimentos na área de Psicofisiologia. Por esse fato e por sua extensa produção teórica na área, ele é considerado o pai da Psicologia moderna ou científica. Wundt desenvolveu a concepção do paralelismo psicofísico, segundo a qual aos fenômenos mentais correspondem à fenômenos orgânicos. Por exemplo, uma estimulação física, como uma picada de agulha na pele de um indivíduo, teria uma correspondência na mente deste indivíduo. Para explorar a mente ou consciência do indivíduo, Wundt cria um método que denomina introspeccionismo. Nesse método, o experimentador pergunta ao sujeito, especialmente treinado para a auto-observação, os caminhos percorridos no seu interior por uma estimulação sensorial (a picada da agulha, por exemplo). 
A partir de 1858 Wundt publicou fragmentariamente vários estudos sobre psicofísica, sensação e percepção organizados em livros: 
Contribuições para a teoria da percepção sensorial. Em 1863 publica as Lições de psicologia humana e animal (“Lectures on human and animal psychology”, um dos primeiros estudos de psicologia comparada). Em 1874, publica os Fundamentos da psicologia fisiológica / Principles of Physiological Psychology. Neste livro ele salienta as relações entre fisiologia e psicologia. Ele também divulgou sua crença que a psicologia deveria ser estabelecida como disciplina científica independente. 
Em 1879 é o ano de fundação do primeiro laboratório de pesquisas psicologia que recebe o nome de Psychologische Institut na Universidade Leipzig; muitos consideram esse ato como marco do início da psicologia como uma ciência experimental (Bringmnn et al. 1997). 
Wundt definia a psicologia como uma ciência da mente seu objeto a experiência imediata tal como é dada direta e fenomenalmente ao observador. Analisava os compostos e complexos conscientes a partir dos elementos ou unidades: sensação e sentimentos ou afetos. Para Wundt, a mente executa uma síntese química mental que se processa através da associação e que se realiza de três formas: pela fusão, onde os elementos combinados aparecem sempre juntos; Pela assimilação, que é também uma combinação de elementos em que nem todos estão presentes no consciente. Os afetos ou sentimentos acompanham as sensações e suas combinações entre os modelos de classificação dos sentimentos que utilizou o mais influente foi o referente à sua teoria tridimensional das emoções, que estabelecia três pares dicotômicos: agradável – desagradável; tenso – descontraído; excitado – calmo.
O materialismo científico também esteve com Wundt, buscando a relação entre os fenômenos psíquicos e fisiológicos. Os processos mentais e os processos corporais e fisiológicos decorrem paralelamente, sem interferência mútua. 
Possui também grandes contribuições ao estudo da fisiologia da visão e audição, entre as quais o invento do oftalmoscópio e contribuições a teoria da cor.
Entre suas contribuições à fisiologia está o reconhecimento ao método do tempo de reação e o equacionamento do problema da subjetividade desta na espécie humana. Dando continuidade aos estudos de psicofísica de sua época, entre os tempos de reação e a intensidade do estímulo estabelecendo o que hoje é conhecido como lei de Wundt com o seguinte enunciado: “O tempo de reação cresce em sentido inverso ao da intensidade estimuladora e tanto mais rapidamente quanto mais se aproxima do limiar. (1880)”.
O seu laboratório foi palco de muitas experiências. Os estudos das sensações e da percepção, onde foram medidas e classificadas as sensações no seu aspecto visual, tátil, olfativo e cinestésico. Foram pesquisados os sentimentos, a vontade e a emoção, registrando-se as variações físicas, tais como, da alteração da respiração e da pulsação, dentre outros. Os seus críticos o classificam como "elementista" e atualmente os cognitivistas têm se identificado com suas proposições. Também classificado como um empirista, em oposição ao nativismo. Acreditava que a vida mental era fruto da experiência e não de idéias inatas e que os fenômenos mentais do presente se baseavam em experiências passadas, antecipando, de certa forma, o construtivismo.
Até sua morte aos 88 anos em 1920, Wundt exerceu grande influência no desenvolvimento da psicologia como ciência, seus estudos foram férteis e abundantes. Duzentos alunos de várias partes do mundo, viajavam até Liepzig para obter doutorado em psicologia experimental. À medida que a ciência se desenvolvia o laboratório e as publicações de seus integrantes tornava-se mais produtivo. 
Bibliografia
* Goodwin, C.James. História da psicologia moderna. SP, Cultrix, 2005
* Piaget J.; Fraise, P. (org.). Tratado de psicologia experimental v.2 (10 v.) Sensação e motricidade. SP, Forense, 1969
* COLLETTE, Albert. Introdução à psicologia dinâmica: das teorias psicanalíticas à psicologia moderna. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1978.
* DAVIDOFF, Linda L. Introdução à Psicologia. 3. ed. São Paulo: Makron Books, 2001.
Wilhelm Wundt que nasceu em Neckarau no dia 16 de agosto de 1932, teve uma infância solitária. Já na sua adolescência passava maior parte do tempo sonhando ao invés de estudar e como desejava trabalhar com a ciência e ganhar a vida decidiu ser médico. E com o decorrer do curso descobriu que a medicina não era sua área e decidiu
ir mais para o lado da fisiologia e assim que ele começou a fazer suas pesquisas e
experimentos dentro da psicologia. Em 1867, Wundt ministrou um curso de psicologia
fisiológica na Heidelberg, o primeiro curso formal dessa área do mundo. E essas aulas
lhe deram um bom arsenal para o seu mais importante livro Principles of physiological
psychology (Princípios da psicologia fisiológica) e depois passou 45 anos trabalhando
como professor de filosofia da University of Leipzig, montou seu laboratório e lançou a
revista Philosophical Studies, que foi a publicação oficial do novo laboratório e da nova
ciência e esse laboratório exerceu enorme influência no desenvolvimento da psicologia
moderna, servindo como modelo para novos laboratórios e constantes pesquisas.
Wundt voltou sua atenção para a filosofia outro grande talento que fez com que
eles escrevesse o seu primeiro livro: a criação da psicologia social, e produziu um
trabalho em 10 volumes intitulado Cultural psychology (Psicologia cultural), que
publicou entre 1900 e 1920. A psicologia cultural tratou de várias etapas do
desenvolvimento mental humano e serviu para dividir a nova ciência em duas partes
principais: a experimental e a social. Acreditava que as funções mentais mais simples,
como a sensação e a percepção deviam ser estudadas por meio de laboratório. Todavia
os processos mentais superiores, como a aprendizagem e a memória, não podiam ser
investigados pela experimentação científica por serem condicionados pela língua e por
outros aspectos culturais. Apesar de Wundt ter dedicado 10 anos ao desenvolvimento da
psicologia cultural, ela exerceu pouco impacto sobre a psicologia americana, entretanto,
Principles of physiologial psychology foi responsável por 61% das referências aos seus
trabalhos.
Wundt morreu com 88 anos de idade no mesmo ano que publicou sua
autobiografia em 1920.
O objeto de estudo de Wundt consistia na consciência. Concentrou-se no estudo da capacidade própria de organização da mente, que deu o nome de voluntarismo que
seria a ideia de que a mente é capaz de organizar o conteúdo mental em processos de
pensamento de nível mais elevado e refere-se à força de vontade própria deorganizar o
conteúdo da mente. Na opinião de Wundt, os psicólogos deveriam dedicar-se ao estudo
da experiência imediata e não da experiência mediata. A experiência mediata oferece
informações sobre qualquer coisa, exceto sobre os elementos dessa experiência; a
experiência imediata é equilibrada pela interpretação. Em seguida estabeleceu que o
método de observação devia ser necessariamente utilizar-se da introspecção, ou seja, do
autoexame do estado mental. É a autoanálise da mente para inspecionar e relatar
pensamentos ou sentimentos pessoais.
Wundt alegava ser a sensação uma das duas formas básicas de experiência. A
sensação surge sempre que um órgão do sentido é estimulado e os impulsos resultantes
atingem o cérebro. Pode ser classificada pela intensidade, duração e modalidade do
sentido. O sentimento é outra forma elementar da experiência. A sensação e o
sentimento são aspectos simultâneos da experiência imediata. O sentimento é o
complemento subjetivo da sensação. Sensações são acompanhadas de certas qualidades
de sentimento. A explicação de Wundt para os estados do sentimento, baseada em três
dimensões: prazer/desprazer, tensão/relaxamento e excitação/depressão chama-se Teoria tridimensional do sentimento que ele definiu como as três dimensões independentes do sentimento.
Wundt reconheceu que ao olharmos para os objetos do mundo real, nossa
percepção é dotada de unidade ou de totalidade. A apercepção é o processo pelo qual
elementos mentais são organizados.
Edward Bradford Titchener
criou um novo método na psicologia, o
Estruturalismo. Apesar de afirmar que seus estudos tratavam do mesmo sistema que
Wundt mostrava, as duas psicologias eram muito diferentes, podendo até concluir que o
termo “estruturalismo” de Titchener só era próprio para a sua abordagem.
Titchener estudou apenas dois anos com Wundt, entretanto sofreu algumas
influências em termos de sua metodologia de ensino, do estilo de se vestir e até mesmo
a barba.
O Estruturalismo defendia o estudo dos elementos, a natureza a partir das
experiências vividas por cada indivíduo, sendo assim a principal estrutura da
consciência para a análise de suas partes componentes.
O Estruturalismo defendia o estudo dos elementos, a natureza a partir das
experiências vividas por cada indivíduo, sendo assim a principal estrutura da
consciência para a análise de suas partes componentes.
No ano de 1904, criou um grupo de pesquisa que se autodenominou “os
experimentalistas de Titchener”. As reuniões aconteciam regularmente e tinham o objetivo de compartilhar observações e analisar experimentos. Porém, elas eram bastante criticadas, pelo fato de serem proibidas para as mulheres, pelo fato de que eles queriam interromper criticar e fumar a vontade. Os experimentalistas continuaram com o grupo exclusivamente masculino até dois anos após sua morte. A pesar das críticas recebidas por várias psicólogas da época por continuar excluí-las do grupo de pesquisa, Titchener sempre apoiou o progresso feminino no ramo
da psicologia. Orientou vários trabalhos de pós-graduação e doutorado, inclusive até, a
primeira mulher a fazer Doutorado em psicologia Margaret Floy Washburn foi
orientada por ele.
A experiência consciente seria o principal objeto de estudo de Titchener, tanto a
física como a psicologia, podem ter o mesmo objeto de estudo, como o som e a luz,
porém, o ponto de vista de cada ciência é diferente. Os físicos veriam pelo lado dos
fenômenos da natureza que a luz ou o som poderiam produzir e os psicólogos, veriampelo lado das experiências vividas por cada indivíduo relacionado a isso. Para o criador
do Estruturalismo, a experiência consciente seria o ponto de partida para a pesquisa na
psicologia.
A Textbook of psychology (1909), livro lançado por E.B. Titchener afirma:
“No universo da física, no qual essas experiências são consideradas
independentes das pessoas que as vivenciam, não há calor nem frio,
não há escuridão nem luz, não há silêncio nem ruído. Somente quando
as experiências são consideradas dependentes de algum indivíduo é
que existem o calor e o frio, o preto e o branco, o colorido e o
cinzento, tons, assobios e estampidos. Esses são os objetos de estudos
da psicologia.”
O estruturalismo apresentou o erro de estímulo, que ocorre quando há uma
confusão a respeito do processo mental do estudo e o estímulo que está sendo
observado, ou seja, se um observador visse uma maçã e a descrevesse apenas com características de sua percepção, ele estaria sofrendo um erro de estímulo, do ponto de vista de Titchener, o observador teria que descrever o objeto a partir de sua consciência elementar da experiência. era descobrir os fatos estruturais da mente. Titchener dizia que a mente era o conjunto das experiências acumuladas e a consciência eram experiências existentes em determinado momento.
Ele também usava métodos de introspecção experimental sistemática procurando relatos detalhadamente enquanto o indivíduo estava no ato introspectivo. Tentava entender a experiência consciente através das partes dos componentes, que era a principal fundamentação de sua psicologia e concretizar sua hipótese da existência dos “átomos da mente”.
Nas suas pesquisas, os reagentes eram em sua maioria passivos e poderiam
efetuar reações em outras substâncias, ou seja, medir a capacidade de um reagente em uma substância e poder examiná-la melhor. Do ponto de vista estruturalista, os reagentes eram como instrumentos mecânicos de registro que respondiam aos estímulos observados.
REFERÊNCIAS
A principal abordagem do EstruturalismoREFERÊNCIAS
SCHULTZ, Duane P., DYDNEY, Ellen Schutz, História da Psicologia Moderna,
editora Thomson, tradução da 8ª edição norte-americana.
William James Quando abordamos a fundação e a evolução da psicologia funcional, devemos inicialmente destacar o trabalho desenvolvido pelo precursor da Psicologia Funcional, que foi WILLIAM JAMES,
. No entanto, alguns colegas de James o consideravam uma força contrária ao desenvolvimento da psicologia científica. Ele mantinha um notório interesse em assuntos como telepatia, clarividência e outros
assuntos místicos. Os psicólogos americanos, como Titchener e Cattell, criticavam a sua
entusiástica exposição a esses fenômenos psíquicos e mentalísticos que ele, como psicólogo experimentais, estavam tentando banir do campo.
James não fundou nenhum sistema formal de psicologia ou sequer teve algum
discípulo. 
Não houve uma escola de pensamento “jamesiana”. Embora a forma de
psicologia a ele associada fosse uma tentativa de ser científica e experimental, a própria atitude e as realizações de James não eram experimentalistas. A Psicologia, que um dia ele chamara de “pequena ciência detestável”, não era a sua paixão eterna, como era para Wundt e Titchener. Jameds tabalhou com a Psicologia durante algum tempo e depois mudou sua área de interesse.
Em seus últimos anos de vida, esse homem complexo e fascinante, que tanto
contribuíra para a Psicologia, acabou deixando-a de lado (em uma ocasião, quando ia realizar uma palestra na Princeton University, pediu para que não fosse apresentado como Psicólogo). Ele até insistia em afirmar que a Psicologia não passava de “uma elaboração do óbvio”. Mesmo que com a sua ausência a psicologia não deixava de seguir adiante, às vezes cambaleante. James ocupou o seu lugar e teve a sua importância garantida na História da Psicologia.
Entretanto, James não fundou a psicologia funcional, mas apresentou de forma
clara e eficaz as suas idéias dentro da atmosfera funcionalista, inspirando as gerações posteriores de psicólogos. Três hipóteses são pontadas para explicar a importância de William James na Psicologia, primeiro; James escrevia com clareza rara na ciência, sua escrita era dotada de magnetismo, espontaneidade e charme; segundo, ele se posicionou contra o objetivo de Wundt na Psicologia, ou seja, a análise da consciência a partir dos seus elementos e, finalmente, ofereceu uma forma alternativa de analisar a mente, umavisão congruente com a abordagem funcional da Psicologia. Em resumo, a era da Psicologia americana estava preparada para ouvir o que James tinha a dizer.
Dentro de um dessa evolução Funcional devemos destacar a lula das mulheres
para serem aceitas como membros de uma sociedade contributiva, pois até então o trabalho das mulheres não eram reconhecidos no mundo da Psicologia, parecia que elas ainda se encontravam na Idade Média. Graças a William James, alguns trabalhos foram admitidos,
Sigmund Freud
As teorias científicas surgem influenciadas pelas condições da vida
social, nos seus aspectos econômicos, políticos, culturais etc. São
produtos históricos criados por homens concretos, que vivem o seu
tempo e contribuem ou alteram, radicalmente, o desenvolvimento do
conhecimento.
Sigmund Freud (1856-1939) foi um médico vienense que alterou,
radicalmente, o modo de pensar a vida psíquica. Sua contribuição é
comparável à de Karl Marx na compreensão dos processos históricos e
sociais. Freud ousou colocar os “processos misteriosos” do psiquismo,
suas “regiões obscuras”, isto é, as fantasias, os sonhos, os
esquecimentos, a interioridade do homem, como problemas científicos. A
investigação sistemática desses problemas levou Freud à criação da
Psicanálise.
O termo psicanálise é usado para se referir a uma teoria, a um método de investigação e a uma prática profissional. Enquanto teoria, caracteriza-se por um conjunto de conhecimentos sistematizados sobre o
funcionamento da vida psíquica. Freud publicou uma extensa obra,
durante toda a sua vida, relatando suas descobertas e formulando leis
gerais sobre a estrutura e o funcionamento da psique humana. A
Psicanálise, enquanto método de investigação, caracteriza-se pelo
método interpretativo, que busca o significado oculto daquilo que é
manifesto por meio de ações e palavras ou pelas produções imaginárias,
como os sonhos, os delírios, as associações livres, os atos falhos. A
prática profissional refere-se à forma de tratamento — a Análise — que
busca o autoconhecimento ou a [pg. 70] cura, que ocorre através desse
autoconhecimento. Atualmente, o exercício da Psicanálise ocorre de
muitas outras formas. Ou seja, é usada como base para psicoterapias,
aconselhamento, orientação; é aplicada no trabalho com grupos,
instituições. A Psicanálise também é um instrumento importante para a
análise e compreensão de fenômenos sociais relevantes: as novas
formas de sofrimento psíquico, o excesso de individualismo no mundo
contemporâneo, a exacerbação da violência etc.Compreender a Psicanálise
significa percorrer novamente o trajeto pessoal de Freud, desde a origem dessa ciência e durante grande parte de seu desenvolvimento. A relação entre autor e obra torna-se mais significativa quando descobrimos que grande parte de sua produção foi baseada em experiências pessoais, transcritas com rigor em várias de suas obras, como A interpretação dossonhos e A psicopatologia da vida cotidiana, dentre outras.
 Compreender a Psicanálise significa, também, percorrer, no nível pessoal, a experiência inaugural de Freud e buscar “descobrir” as regiões obscuras da vida psíquica, vencendo as resistências interiores, pois se ela foi realizada por Freud, A GESTAÇÃO DA PSICANÁLISE, Freud formou-se em Medicina na Universidade de Viena, em 1881, e especializou-se em Psiquiatria. Trabalhou algum tempo em um laboratório de Fisiologia e deu aulas de Neuropatologia no instituto onde trabalhava. Por dificuldades financeiras, não pôde dedicar-se
integralmente à vida acadêmica e de pesquisador. Começou, então, a
clinicar, atendendo pessoas acometidas de “problemas nervosos”.
Obteve, ao final da residência médica, uma bolsa de estudo para Paris,
onde trabalhou com Jean Charcot, psiquiatra francês que tratava as
histerias com hipnose. Em 1886, retornou a [pg. 71] Viena e voltou a
clinicar, e seu principal instrumento de trabalho na eliminação dos
sintomas dos distúrbios nervosos passou a ser a sugestão hipnótica3.
Em Viena, o contato de Freud com Josef Breuer, médico e cientista, também foi importante para a continuidade das investigações.
Nesse sentido, o caso de uma paciente de Breuer foi significativo. Ana O. apresentava um conjunto de sintomas que a fazia sofrer: paralisia com
contratura muscular, inibições e dificuldades de pensamento. 
Esses sintomas tiveram origem na época em que ela cuidara do pai enfermo.
No período em que cumprira essa tarefa, ela havia tido pensamentos e
afetos que se referiam a um desejo de que o pai morresse. Estas ideias e
sentimentos foram reprimidos e substituídos pelos sintomas.
Em seu estado de vigília, Ana O. não era capaz de indicar a origem dolorosa de seus sintomas, mas, sob o efeito da hipnose, relatava a origem de
cada um deles, que estavam ligados a vivências anteriores da paciente,
relacionadas com o episódio da doença do pai. Com a rememoração
destas cenas e vivências, os sintomas desapareciam. Este desaparecimento não ocorria de forma “mágica”, mas devido à liberação das reações emotivas associadas ao evento traumático — a doença do pai, o desejo inconsciente da morte do pai enfermo.
Breuer denominou método catártico o tratamento que possibilita a liberação de afetos e emoções ligadas a acontecimentos traumáticos que não puderam ser expressos na ocasião da vivência desagradável ou dolorosa. Esta liberação de afetos leva à eliminação dos sintomas. Freud, em sua Autobiografia, afirma que desde o início de sua prática médica usara a hipnose, não só com objetivos de sugestão, mas também para obter a história da origem dos sintomas. Posteriormente, passou a utilizar o método catártico e, descoberta do inconsciente “Qual poderia ser a causa de os pacientes esquecerem tantos fatos de sua vida interior e exterior...?”5, perguntava-se Freud. O esquecido era sempre algo penoso para o indivíduo, e era exatamente por isso que havia sido esquecido e o penoso não significava, necessariamente, sempre algo ruim, mas podia se referir a algo bom que se perdera ou que fora intensamente desejado. Quando 4 R. Freud abandonou as perguntas no trabalho terapêutico com os pacientes e os deixou dar livre curso às suas idéias, observou que, muitas vezes, eles ficavam embaraçados, envergonhados com algumas idéias ou imagens que lhes ocorriam. A esta força psíquica que se opunha a tornar
consciente, a revelar um pensamento, Freud denominou resistência. E chamou de repressão o processo psíquico que visa encobrir, fazer desaparecer da consciência, uma ideia ou representação insuportável e
dolorosa que está na origem do sintoma. Estes conteúdos psíquicos
“localizam-se” no inconsciente.
Em 1900, no livro A interpretação dos sonhos, Freud apresenta a
primeira concepção sobre a estrutura e o funcionamento da
personalidade. Essa teoria refere-se à existência de três sistemas ou
instâncias psíquicas: inconsciente, pré-consciente e consciente.
Freud, em suas investigações na prática clínica sobre as causas e
o funcionamento das neuroses, descobriu que a maioria de pensamentos
e desejos reprimidos referiam-se a conflitos de ordem sexual, localizados
nos primeiros anos de vida dos indivíduos, isto é, que na vida infantil
estavam as experiências de caráter traumático, reprimidas, que se
configuravam como origem dos sintomas atuais, e confirmava-se, desta
forma, que as ocorrências deste período da vida deixam marcas
profundas na estruturação da pessoa. As descobertas colocam a
sexualidade no centro da vida psíquica, e é postulada a existência da
sexualidade infantil. Estas afirmações tiveram profundas repercussões na
sociedade puritana da época, pela concepção vigente da infância como
“inocente”. 
Entre 1920 e 1923, Freud remodela a teoria do aparelho psíquico e
introduz os conceitos de id, ego e superego para referir-se aos três
sistemas da personalidade.
Abraham MaslowVontade e motivação relação entre motivos e valores.
Os valores são especificações do bem. Por isso, devo perguntar-me: que considero valioso? É-o realmente?Somos seres que damos e nos damos, mas também temos necessidades. É muito conhecida a teoria sobre a motivação desenvolvida por Abraham Maslow, centrada nas necessidades.
O homem é um ser indigente - afirma Maslow. - Mal uma das suas necessidades é satisfeita, aparece outra no seu lugar. Este processo é interminável. Dura desde o nascimento até à morte. Descobre que as necessidades humanas estão organizadas numa série de níveis, segundo uma
hierarquia de importância. De menor a maior importância, existem cinco níveis de necessidades: fisiológicas, de segurança, sociais, do eu e de auto realização.
As necessidades de cada nível são motivadoras enquanto não estão razoavelmente satisfeitas. Pelo contrário, uma necessidade satisfeita não é um motivador do comportamento humano. São necessidades fisiológicas a comida, a bebida, o descanso, o exercício, o abrigo, a proteção contra os elementos, etc. As necessidades adquiridas podem-se incluir neste nível.
As necessidades de segurança são bem conhecidas e diversas; na atualidade gozam de um apreço muito especial.
As necessidades sociais são as de pertencer, estar associado), ser aceite pelos companheiros, ter amizades, etc.
As necessidades do eu são, por uma parte, as relacionadas com a auto estima (confiança em si mesmo, autonomia, sucesso, competência, preparação, etc.); por outra, são as que se relacionam com a própria reputação (gratidão, apreço, respeito, prestígio, etc.).
As necessidades de auto realização (no vértice das necessidades do homem) são as de dar vida ás nossas potencialidades, de nos desenvolvermos ou aperfeiçoarmo-nos continuamente, de sermos
criativos, de realizarmos um projeto pessoal de vida, de realizar aquilo que de melhor há em nós.
Em muitos seres humanos as necessidades de quinto nível permanecem adormecidas, em grande parte por frustrações experimentadas no que se refere a necessidades de níveis inferiores ou por ter gasto as energias interiores na luta pela satisfação dessas necessidades.
O esquema de Maslow assinalou uma série de exceções à hierarquia de necessidades. Por exemplo, em certas pessoas as necessidades de auto estima parecem ser mais importantes que as necessidades sociais.
Em pessoas altamente criativas, o impulso para criar parece ser mais importante do que qualquer outra necessidade. É o caso de muitos artistas.
Em algumas pessoas o nível de aspiração parece ficar bloqueado num patamar muito baixo. Isto é frequente nas pessoas que sofreram grandes privações.
Em certas pessoas parecem não existir as necessidades sociais. Talvez não tenham encontrado afeto nos primeiros meses da sua vida, e por isso não mostrem desejos de dar e de receber afeto.
Além disso, convém ter em conta que Maslow, apesar da importância que atribui à satisfação das necessidades como condição para o desenvolvimento psíquico, reconhece que a satisfação desordenada das necessidades humanas pode ter consequências patológicas. O desenvolvimento de uma personalidade sã vai para além da questão da satisfação das necessidades básicas. Por outras palavras, a permissividade é patogénica. É precisa uma dose de firmeza, disciplina e frustração para fazer uma pessoa madura (Rodríguez Porras, 1988, p. 19). Motivação e valores
Por outro lado, a auto realização não esgota as necessidades - ou melhor, as aspirações - do ser humano, como se pode ver na teoria da motivação de Victor Frankl. Este famoso psiquiatra viu com particular clarividência, a partir das sua experiência de atrozes sofrimentos em campos de concentração alemães, que o homem é um ser que procura sentido para a vida e que esta mesma
vontade de sentido o sustém na existência.
A procura e a consecução de metas têm um efeito motivador na medida em que são valiosos.
(Quando o parecem, mas não são valiosos, podem motivar durante a sua busca, mas a sua consecução produz desencanto ou frustração).
Frankl refere-se á meta última. A verdadeira meta da existência humana não se pode encontrar no
que se denomina auto realização. Esta não pode ser em si mesma uma meta, pela simples razão de que quanto mais o homem se esforçar por consegui-la, mais se lhe escapa, pois só na medida em que o homem se compromete no cumprimento do sentido da sua vida, nessa mesma medida se auto
realiza. Por outras palavras, a auto realização não se pode alcançar quando se considera um fim em si mesma, mas quando acontece como efeito secundário da própria transcendência (Frankl, 1986, p.109). O esquema da motivação humana de Pérez López tem muitos pontos de contacto com Frankl. Pérez López distingue três tipos de motivações, que denomina respectivamente motivação extrínseca, intrínseca e transcendente. Esta diferenciação apoia-se na observação de que toda a ação humana se realiza num ambiente - por exemplo, a organização - e que gera consequências em três dimensões diferentes.
Os motivos movem o ser humano pelas consequências que espera em virtude da ação executada.
Na motivação extrínseca, pelas consequências que espera alcançar devido às reações do ambiente;
na motivação intrínseca pelo que espera que produza nele a sua própria ação; na motivação transcendente pelas que espera que a sua ação produza em outra ou outras pessoas presentes à sua volta.
São três motivações que se encontram em todas as pessoas humanas, embora em proporções distintas. Se predomina a motivação extrínseca a pessoa está dependente, de certo modo, das reações dos outros e atua interesseiramente; se predomina a intrínseca, a pessoa pode decidir-se pela ação tendo em vista a sua melhoria pessoal; se predomina a transcendente a pessoa atua pensando ou abrindo-se às necessidades alheias ou à melhoria pessoal dos destinatários da sua. Este esquema das intenções das motivações é muito interessante, porque não se centra tanto_ no
que o ser humano sente como no que a pessoa quer. Destaca as intenções do sujeito, os fins que se propõe. Está muito relacionada, portanto, com vontade humana.
Mediante a ação educativa, os educadores podem ajudar os seus filhos ou aluno(a)s a elevar o nível dos seus motivos, dando preferência à motivação intrínseca e à transcendente.
Quando uma pessoa se move por uma motivação transcendente significa que se abre às necessidades alheias - independentemente da reação do seu ambiente e da sua própria satisfação pessoal -, o que implica uma maior liberdade e uma maior qualidade da motivação. Abre-se não só às necessidades de outros, como também à sua melhoria como pessoa.
Além disso, podemos avaliar a motivação de uma pessoa para uma ação, considerando a proporção em que entram cada uma destas motivações. Por sua vez, ajudamos a descobrir os valores preferentes ou prioritários de cada pessoa. 3 Valores no âmbito da família.
Quando os valores prioritários são os valores ou bens materiais, como ocorre em amplos setores da sociedade atual, ou quando os valores se confundem com os desejos ou as apetências de um ser humano, como também acontece, a descoberta de verdadeiros valores humanos tem uma grande importância para a motivação da vontade humana. Porquê? Porque a motivação humana remete sempre para valores humanos verdadeiros, materiais e espirituais - sempre que os primeiros sirvam
os segundos e não ao contrário.
A descoberta de valores corresponde aos imateriais, aos do espírito, aos que fazem referência à verdade (valores intelectuais), ao bem (valores morais) e à beleza (valores estéticos). São três tipos de valores estreitamente relacionados entre si, porque verdade, bem e beleza são os termos inseparáveis de um trinómio. (Se alguém tentasse separá-los, encontrar-se-ia com uma verdade má e John Broadus Watson (Greenville, 9 de janeiro de 1878 — Nova Iorque, 25 de setembro de 1958) foi um psicólogo estadunidense, considerado o fundador do comportamentismo ou comportamentalismo(ou simplesmente behaviorismo).
Foi um aluno médio, durante o seu percurso escolar, até chegar à Universidade de Chicago. Frequentou o curso de Filosofia, mas desiludido com a orientação, muda para Psicologia.
Para suportaras suas despesas pessoais, aceita como trabalho a limpeza dos gabinetes da Universidade, bem como a vigilância dos ratos brancos dos laboratórios de Neurologia. Doutorou-se depois em Neuropsicologia, defendendo uma tese sobre a relação entre o comportamento dos ratos de laboratório e o sistema nervoso central.
Como professor de psicologia animal, desenvolveu investigações, fundamentalmente sobre o comportamento de ratos e macacos. São as suas experiências com animais, controladas de forma rigorosa e objetiva, que lhe vão inspirar o modelo de psicologia. Os mesmos procedimentos poderão ser aplicados pelos psicólogos se eles se debruçarem sobre o estudo do comportamento humano. Daí que Watson assumisse claramente a abolição da barreira entre a psicologia humana e a psicologia animal.
Com 29 anos, foi lecionar na Universidade de Baltimore, onde desenvolveu, durante 13 anos, o fundamental da sua pesquisa, instalando um laboratório de psicologia animal. Em 1913 publicou o artigo "A Psicologia como um comportamentista a vê", onde apresenta os fundamentos da sua teoria.
Com a Primeira Guerra Mundial, interrompeu a sua atividade profissional para ingressar no exército, participando numa campanha militar em França.
Em 1918, retomou a investigação, estudando a primeira infância, mas um divórcio tumultuoso devido à sua paixão por sua assistente, para quem escreveu tórridas cartas de amor, que vieram a público, desmoralizando seu trabalho como pesquisador acadêmico, obrigando-o a abandonar a Universidade. Ingressou numa agência de publicidade e dedicou-se paralelamente à divulgação das suas teorias junto de um público mais amplo. Depois de aposentado, retomou as suas investigações em psicologia.
Para Watson, a psicologia não devia ter em conta nenhum tipo de preocupações introspectivas, filosóficas ou motivacionais, mas apenas e simplesmente os comportamentos objetivos, concretos e observáveis.
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Watson e o Comportamentalismo
O Comportamentalismo, ou Behaviorismo (do inglês Behaviorism, derivado de behavior que significa comportamento, conduta), é “teoria e método de investigação psicológica que procura examinar do modo mais objetivo o comportamento humano e dos animais, com ênfase nos fatos objetivos (estímulos e reações), sem fazer recurso à introspecção”, segundo o dicionário Houaiss, ou seja, como próprio nome já diz, tem como objeto de estudo o comportamento, que é caracterizado pela resposta dada à estímulos externos, e segundo Watson, “seu objetivo teórico é prever e controlar o comportamento” (Schultz, p. 239).
Não é possível afirmar a data precisa de criação do Comportamentalismo, porém, pode-se dizer que surgiu a partir de um protesto contra o Funcionalismo e o Estruturalismo em 1913, cujo líder foi John B. Watson, PhD pela Universidade de Chicago, que era considerada o centro da psicologia funcional, movimento que Watson era contra. Sua ambição era um movimento em oposição ao Funcionalismo e ao Estruturalismo, pois, assim como Wundt, seu objetivo era a criação de uma nova escola em que houvesse a distinção dos métodos até então adotados.
Watson se utilizou de conceitos e ideias já existentes para a instituição do Comportamentalismo, que teve como principais influências a tradição filosófica do objetivismo e do mecanicismo de Descartes, cujo pensamento mecanicista buscava objetividade nos estudos anatômicos humanos e, também, de Comte, fundador do positivismo; a psicologia animal, como a teoria de Loeb sobre o comportamento animal ser baseado em estímulos e respostas, não necessitando consciência para tal e, também, como o estudo experimental de Pavlov e de muitos outros, como Twitmyer, Thorndike e Pfungst; e a psicologia funcional, já que funcionalistas como Cattel e Pillsbury estavam se aproximando dos conceitos comportamentalistas.
Watson tinha como propósito a objetividade científica e o estudo dos comportamentos observáveis e que pudessem ser descritos através do conceito de estímulo e resposta, o que indica a semelhança com os experimentos da psicologia animal, ramo em que ele preferia fazer seus experimentos. Devido a esse caráter objetivo e criterioso, foi dada uma contribuição muito importante para a formação da Psicologia científica. Para tal, foram descartadas as ideias mentalistas, assim como os termos empregados por elas como os de consciência, sensação e mente, pelo fato de o Comportamentalismo ter como base estudos mais objetivos e concretos, e também rompe com o método de introspecção, pelo fato de admitir a presença de processos conscientes na análise e, por isso, não pode ser objetivamente observada e, também, porque não eram admitidas grandes diferenças entre o estudo do comportamento de animais e de humanos, pois usavam o conceito de estímulos e respostas em ambos.
Burrhus Frederic Skinner (Susquehanna, Pensilvânia, 20 de Março de 1904 — Cambridge, 18 de Agosto de 1990) foi um autor e psicólogo estadunidense.
Conduziu trabalhos pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor do Behaviorismo Radical, abordagem que busca entender o comportamento em função das inter-relações entre a filogenética, o ambiente (cultura) e a história de vida do indivíduo.
A base do trabalho de Skinner refere-se a compreensão do comportamento humano através do comportamento operante (Skinner dizia que o seu interesse era em compreender o comportamento humano e não manipulá-lo).
O trabalho de skinner é o complemento, e o coroamento de uma escola psicológica. Skinner adotava práticas experimentais derivadas de física e outras ciências.
Outros importantes estudos do autor referem-se ao comportamento verbal humano e a aprendizagem.
Vida
Nascido em uma família presbiteriana, teve uma infância bem tradicional. Segundo Skinner "seu ambiente da [infância] era estável e não lhe faltou afeto".
Frequentou o mesmo ginásio onde seus pais haviam estudado; havia apenas sete outros alunos em sua sala ao final do curso. Ele gostava da escola e era o primeiro a chegar todas as manhãs. Quando criança e adolescente, gostava de construir coisas: trenós, carrinhos, jangadas, carrosséis, atiradeiras, modelos de aviões e até um canhão a vapor com o qual atirava buchas de batata e cenoura nos telhados dos vizinhos. Passou anos tentando construir uma máquina de movimento perpétuo. Também tinha interesse pelo comportamento dos animais. Lia muito sobre eles e mantinha tartarugas, cobras, lagartos, sapos e esquilos listrados. Numa feira rural, ele observou certa feita, um bando de pombos numa apresentação; anos mais tarde, ele treinaria essas aves para realizar uma variedade de comportamentos.
O sistema de psicologia de Skinner é sob muitos aspectos um reflexo das suas primeiras experiências de vida. Ele considerava a vida um produto de reforços passados e afirmava que sua própria vida fora tão predeterminada, organizada e ordeira quanto seu sistema ditava que todas as vidas humanas fossem.
A conselho de um amigo de família, Skinner se matriculou no Hamilton College de Nova York. Ele escreveu: "Nunca me adaptei à vida de estudante. Ingressei numa fraternidade acadêmica sem saber do que se tratava. Não era bom nos esportes e sofria muito quando as minhas canelas eram atingidas no hóquei sobre o gelo ou quando melhores jogadores de basquete faziam tabela na minha cabeça… Num artigo que escrevi no final do meu ano de calouro, reclamei de que o colégio me obrigava a cumprir exigências desnecessárias (uma delas era a presença diária na capela) e que quase nenhum interesse intelectual era demonstrado pela maioria dos alunos. No meu último ano, eu era um rebelde declarado".
Com parte dessa revolta, Skinner instigava trotes que muito perturbaram a comunidade acadêmica e se entregava a ataques verbais aos professores e à administração. Sua desobediência continuou até o dia da graduação, quando na abertura da cerimônia, o diretor o alertou, e aos seus amigos, que, se não se comportassem, não colariam grau.
Ele se formou em inglês, recebeu a chave simbólica da Phi Beta Kappa e manifestou o desejo de tornar-seescritor. Quando criança, tinha escrito poemas e histórias, e, em 1925, num curso de verão sobre redação, o poeta Robert Frost fizera comentários favoráveis sobre seu trabalho.
Durante dois anos depois da formatura, Skinner dedicou-se a escrever. Passou um ano no Greenwich Village, mas acabou se desiludindo com sua falta de habilidade literária. Concluiu que tinha poucas experiências e que lhe faltava uma perspectiva pessoal para escrever.
Essa falta de sucesso como escritor o deixou tão desesperado que pensou em consultar um psiquiatra. Considerou-se um fracasso e estava com sua auto-estima abalada. Também estava desapontado no amor; ao menos uma meia dúzia de jovens havia rejeitado suas investidas, deixando-o com o que ele descreveu como intensa dor física. Skinner ficou tão perturbado que gravou a inicial do nome de uma mulher no braço, onde permaneceu durante anos.
Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, decidiu transferir seu interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-se na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado psicologia antes. Foi para a pós-graduação, disse ele, "não porque fosse um adepto totalmente comprometido da psicologia, mas para fugir de uma alternativa intolerável". Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de dissertação dá um primeiro vislumbre da posição a que ele iria aderir por toda a sua carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre um estímulo e uma resposta. Concluiu o mestrado em 1930 e o doutorado em 1931.
Depois de vários pós-doutorados, Skinner foi dar aulas na Universidade de Minnesota (1936–45), nessa época casou-se com Yvonne Blue, com quem teve dois filhos, e na Universidade de Indiana (1945–47). Em 1947, voltou a Harvard. Seu livro de 1938, "O Comportamento dos Organismos", descreve os pontos essenciais de seu sistema inicial. Seu livro de 1953, "Ciência e Comportamento Humano", é tido como um manual básico da sua psicologia comportamentalista.
Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos, trabalhando até o fim com a mesma determinação com que começara uns sessenta anos antes. Em seus últimos anos de vida, ele construiu, no porão de sua casa, sua própria "caixa de Skinner" – um ambiente controlado que propiciava reforço positivo. Ele dormia ali num tanque plástico amarelo, de tamanho apenas suficiente para conter um colchão, algumas prateleiras de livros e um pequeno televisor. Ia dormir toda noite às dez, acordava três horas depois, trabalhava por uma hora, dormia mais três horas e despertava às cinco da manhã para trabalhar mais três horas. Então, ia para o gabinete da universidade para trabalhar mais, e toda tarde retemperava as forças ouvindo música.
Aos sessenta e oito anos, escreveu um artigo intitulado "Auto-Administração Intelectual na Velhice", citando suas próprias experiências como estudo de caso. Ele mostrava que é necessário que o cérebro trabalhe menos horas a cada dia, com períodos de descanso entre picos de esforço, para a pessoa lidar com a memória que começa a falhar e com a redução das capacidades intelectuais na velhice. Doente terminal com leucemia, apresentou uma comunicação na convenção de 1990 da APA, em Boston, apenas oito dias antes de morrer; nela, ele atacava a psicologia cognitiva.
Na noite anterior à sua morte, estava trabalhando em seu artigo final, "Pode a Psicologia ser uma Ciência da Mente?", outra critica ao movimento cognitivo que pretendia suplantar sua definição de psicologia. Skinner morreu em 18 de Agosto de 1990.
Comportamento Operante
A principal contribuição de Skinner para a Psicologia foi o conceito de Comportamento Operante que descreve um tipo de relação entre as respostas dos organismos e o ambiente. Diferente da relação descrita no comportamento respondente onde um estímulo elicia/gera uma resposta, o comportamento operante descreve uma relação onde uma resposta que gera uma consequência (ou apenas é acompanhada por essa como no caso do comportamento supersticioso) tem a sua probabilidade de ocorrer novamente em um contexto semelhante modificada pelo efeito desta consequência sobre a interação. Consequências que têm valor de sobrevivência para os organismos têm as respostas que as geraram reforçadas, aumentando a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante, ao passo que consequências que trazem prejuízos aos organismos têm as respostas que as geraram punidas, reduzindo a probabilidade de que a mesma volte a ocorrer em um contexto semelhante. Nesse sentido, o behaviorismo radical vai entender o comportamento do ser humano e dos outros organismos como uma interação entre estímulos do ambiente e respostas do organismo, sendo determinado por três tipos de seleção, a saber: filogenética, ontogenética e cultural. O primeiro nível de seleção, a seleção filogenética se refere aos repertórios compartilhados por uma mesma espécie, o qual é determinado pela história evolutiva da mesma. O segundo nível de seleção, a seleção ontogenética se refere ao repertório particular de cada indivíduo ou organismo, o qual é determinado por sua história de vida ou histórico de reforçamento. E o terceiro nível de seleção, a seleção cultural se refere ao repertório compartilhado por indivíduos de uma mesma cultura, sendo este de maior importância para compreender o comportamento humano e de outros animais que apresentam algum tipo de comportamento social.
Experimentando pombos
É possível um pombo ter superstição? A superstição humana é um fenômeno complexo e sua história de desenvolvimento na vida das pessoas ainda não é compreendida. A despeito da complexidade, os fenômenos, ou aspectos deles, tem sido investigados pelos cientistas por meio de modelos animais. Skinner chegou a estudar o efeito da liberação de alimento em intervalos de tempo fixo e variável a pombos. Independente do que os pombos fizessem em uma caixa, um alimento era liberado e o pombo podia então consumi-lo. Ele observou que os pombos, durante algum tempo passavam a se comportar como se a comida estivesse associada ao que eles estavam fazendo. Um dos pombos passou a mover a cabeça para um lado e para o outro, enquanto outro dava voltas na gaiola, e assim por diante. Skinner chamou esse padrão de comportamento supersticioso. Seus trabalhos foram pioneiros nesta área e impactantes para toda uma geração de pesquisas sobre superstição na psicologia experimental.
Críticas
Críticas às ideias de Skinner fortaleceram-se especialmente nas décadas de 1960 e 1970, após seu livro Walden II ter-se tornado sucesso de vendas, atraindo admiradores e contestadores. As ideias de Skinner foram em especial confrontadas com as ideias de Carl Rogers. Para Rogers, Skinner privilegia conceitos como controle e previsibilidade, e dá pouco valor a conceitos como liberdade e realização pessoal. Skinner defende um modelo de educação que parte do meio para o indivíduo enquanto Rogers defende que a educação deve ser feita do indivíduo para o meio. A abordagem de Rogers considera o modelo de educação e controle de comportamento de Skinner excessivamente mecanicista e determinista.
Max Wertheimer foi um expoente psicólogo checo, que ajudou a fundar a Psicologia da Gestalt, juntamente com Kurt Koffka e Wolfgang Köhler. Ele nasceu em uma familia judáica germanófona no dia 15 de Abril de 1880 em Praga e quando era criança pensava em ser músico, chegando até mesmo a aprender tocar violino.
Durante sua infância, entre os anos de 1890 e 1898, ele estudou no Neustädter Gymnasium em Praga. Já em 1900 ele começa a estudar na universidade de Charles University de Praga, cursando direito. Um ano depois do seu ingresso nessa universidade ele desiste da vida jurídica e passa a estudar psicologia e filosofia na Friedrich-Wilhelm University de Berlin, sob tutela de Carl Stumpf, famoso por suas notáveis contribuições para a psicologia da música. Neste período, ele fez diversas leituras nos campos da psicologia,música, filosofia, fisiologia, história e artes.
No ano de 1905 ele recebeu o seu doutorado, sendo o tema da sua dissertação "Tatbestandsdiagnostik", tendo como supervisor: Külpe. Essa tese trata-se de um estudo acerca de um detector de mentiras, que funcionava por meio do emprego do método de associação de palavras.
Entre os anos de 1905 e 1912, Wertheimer fez estudos universitários privados no Instituto de Fisiologia em Praga e em Viena, em hospitais psiquiátricos de Praga, Frankfurt e Viena e estudou música no instituto de Berlim. Neste intere, sabe-se que ele apresentou controvérsias com Jung acerca da técnica de associação das palavras. Em 1910, Wertheimer interessou-se pela percepção do movimento. Com a ajuda de um estroboscopio descobre que, iluminando duas linhas por um breve período de tempo, se têm a sensação de se ver só uma. A este fenômeno chamou de fenômeno fi. Entre os anos de 1910 e 1914 ele trabalhou as idéias fundamentais da teoria da Gestalt e fez experimentos sobre as Leis da Gestalt com Wolfgang Köhler e com Kurt Koffka em Frankfurt, lançando o texto “Estudos Experimentais baseados na Visão do Movimento”.
Durante os anos de 1912 e 1922, acredita-se que Wertheimer ficou fazendo leituras particulares em Frankfurt e mais tarde (1916-1922) em Berlim, onde teve contato pela primeira vez com Albert Einstein, fazendo alguns estudos com o mesmo. No ano de 1921 ele foi um dos fundadores da revista “Psychologische Forschung" (“A pesquisa Psicológica”), juntamente com Köhler, Koffka, Goldstein, Gruhle.
No ano de 1922, além de tornar-se professor extraordinário da Psicologia ele publicou "Untersuchungen zur Lehre von der Gestalt" (“Investigações dos ensinamentos da Gestalt”).
Wertheimer casou-se em 1923 com Anna Caro e teve quatro filhos deste casamento: Rudolf, nasceu em 1924; Valentin, nasceu em 1925; Michael, nasceu em 1927; Lise, nasceu em 1928.
Ele ainda foi professor de psicologia da Universidade de Farnkfurt (1929-1933), antes de imigrar para os Estados Unidos para fugir da perseguição Nazista,no ano de 1933. Foi membro universitário da Nova Escola de Pesquisa Social, na cidade de Nova York. trabalhando como professor nesta cidade, onde passa os últimos anos de sua vida. Aos 63 anos, ele morreu em New Rochelle, no dia 12 de outubro de 1943, deixando o escrito que “Productive Thinking", publicado postumamente. A partir dos dados bibliográficos de Wertheimer apresentados anteriormente, pode-se perceber que a maior parte da sua vida foi dedicada aos estudos e a vida profissional. Durante sua juventude pensava em ser músico, estudou violino, composição de música de câmara e sinfônica, o que prova que ele sempre se mostrou interessado pelos estudos.Ingressou na Universidade de Praga para estudar direito, mas não deixou, no entanto, de fazer leituras acerca da psicologia, música, filosofia, fisiologia, história e artes, o que mais tarde será muito útil para seus estudos no campo da psicologia. Ele larga o curso de direito e passa a dedicar-se à psicologia e filosofia, criando as bases para o desenvolvimento da Teoria da Gestalt. Ele teve como seu tutor Carl Stumpf, um importante filósofo e psicólogo teórico alemão, que além de se dedicar à psicologia da música, também trouxe para a psicologia sua própria versão da fenomenologia, a filosofia que se concentra no exame dos fenômenos de consciência.Wertheimer fez estudos universitários privados no Instituto de Fisiologia em Praga e em Viena, em hospitais psiquiátricos de Praga, Frankfurt e Viena e estudou música no instituto de Berlim. Fez alguns experimentos sobre as Leis da Gestalt com Wolfgang Köhler e com Kurt Koffka em Frankfurt, o que levará a publicação de "Estudos Experimentais baseados na Visão do Movimento”.Além de ter sido co-fundador da revista “A pesquisa Psicológica”, foi designado em 1922 como professor extraordinário de Psicologia, tendo ensinado na Universidade de Frankfurt durante os
anos de 1929 e de 1933, onde fez seu primeiro experimento da nova psicologia. Esse experimento se baseava no fenômeno do movimento aparente, o que mais tarde ele denominou como fenômeno fi.
Mesmo com sua mudança para Nova York em 1933, Wertheimer não deixou de lecionar sendo membro universitário da Nova Escola de Pesquisa Social, até sua morte.
Contribuição para a Psicologia 
Os estudos feitos por Wertheimer foram muito importantes para a psicologia, em particular para a Teoria da Gestalt. Para ele a verdade consiste em determinar a estrutura total de experiência e não em captá-la por sensações e percepções singulares associadas. A partir deste princípio, ele fez experimentos muito importantes para a percepção do fenômono fi. O fenômeno fi está presente quando assistimos a uma projeção cinematográfica: uma série de fotos isoladas e imóveis adquire movimento para a percepção se é apresentada de determinada maneira. Utilizando para esse fim o taquistoscópio, ele pôde provar que o fenômeno fi dependia de certos intervalos de tempo críticos; e o mais importante, sustentou que isso não podia ser explicado a partir dos elementos sensoriais isolados nem de nenhuma outra série de elementos psicológicos. Tratava-se de uma experiência irredutível, na qual a Gestalt ou configuração total precedia as partes. Com esse argumento, ele se opôs abertamente à escola do estruturalismo e os ensinos de Wilhelm Wundt.
Além da descoberta do fenômeno fi, Wertheimer estabeleceu uma série de leis da organização perceptiva, baseando-se na idéia de que essa organização é inata. A Gestalt, portanto, se funda basicamente na doutrina do inatismo. Ele propôs em seu "Raciocínio Visual" certos princípios, citados a seguir: 
1) Proximidade: em condições iguais, eventos próximos no tempo e espaço tenderão a permanecer unidos, formando um só todo.
2) Semelhança: eventos semelhantes se agruparão entre si. Essa semelhança se dá por intensidade, cor, odor, peso, tamanho, forma etc. e se dá em igualdade de condições.
3) Semelhança e Proximidade: é a simples adição dos dois princípios anteriores, se em condições iguais:
4) Lei da Boa Continuidade: é o acompanhamento de uns elementos por outros, de modo que uma linha ou uma forma continuem em uma direção ou maneira já conhecidas.
5) Pregnância: há formas que parecem se impor em relação às outras, nos fazendo, por muito tempo, não conseguir ver outra forma de distribuição.
6) Destino Comum: há certos elementos que parecem se dirigir a um mesmo lugar, se destacando de outros que não o pareçam. 
7) Persistência do Agrupamento Original: em todos as formas, todos os estímulos, os elementos aproximam-se uns dos outros e tendemos a fazer com que os grupos continuem os mesmos. 
nfelizmente, as universidades de psicologia atuais não destacam a importância de Max Wertheimer para o desenvolvimento desta ciência. Este que foi um autor de renomado valor, com produções extremamente ricas e interessantes, além de úteis e fundadas em experimentos concretos. Foi através dele que se formaram as bases para a tão estudada Gestalt, para que fosse aperfeiçoada mais tarde por Wolfgang Köhler e Kurt Koffka.
Após a conclusão desde trabalho, pode-se perceber que Wertheimer foi não só um grande estudioso, como também um brilhante professor, escritor e amigo de algumas personalidades importantes não só para a psicologia, como Jung, mas também para as ciências como um todo, como Einstein.
Kurt Lewin
Psicólogo social alemão, Kurt Lewin nasceu a 9 de setembro de 1890, na pequena aldeia de Mogilno, na Alemanha, país onde estudou nas Universidades de Freiburg, Munique e Berlim, tendo-se doutorado nesta última em 1914. Após ter servido no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, juntou-se ao Instituto de Psicanálise de Berlim. Em 1933 mudou-se para os Estados Unidos da América onde foi convidado para assistente na Universidade Estatal de Iowa no Iowa´s Child Welfare Research, prestando serviços nesta instituição de 1935 a 1945. 
Posteriormente, fundou e tornou-se diretor do Centro de Pesquisa para Dinâmica de Grupo (ResearchCenter for Group Dinamics) no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ocupou este cargo até à sua morte.
Lewin propôs que o comportamento humano fosse visto como parte de um continuum com variações individuais e diferentes da norma, como resultado de tensões entre as perceções do self e do ambiente. Segundo Lewin, para bem compreender e predizer o comportamento humano, é necessário ter em conta todo o campo psicológico ou espaço de vida onde cada ato do indivíduo ocorre. A totalidade dos acontecimentos no espaço de vida determina o comportamento a cada momento. Lewin tentou reforçar a sua teoria usando sistemas topológicos para ilustrar graficamente as forças psicológicas.
Ao longo do seu trabalho, Lewin verificou a existência de dificuldades de comunicação junto das pessoas com quem trabalhava. Resolveu, então, convidá-las para um encontro informal para falarem de assuntos triviais surgindo, assim, o primeiro grupo de desenvolvimento pessoal. Foi ainda neste contexto que Lewin se deu conta da importância do feedback dentro de um grupo, formulando três hipóteses: a) a integração do grupo só acontece, e a criatividade só é aproveitada no bom sentido, quando a comunicação entre os membros do grupo for autêntica e aberta; b) o relacionamento humano não é um dom inato, mas sim fruto de aprendizagem; c) é necessário cada indivíduo pôr em causa os seus esquemas pessoais de comunicação normais e ter consciência de que é preciso empenho para mudar. Com base nestas hipóteses, Lewin criou o primeiro grupo de formação dirigido a docentes universitários, tendo por objetivos melhorar a comunicação, favorecer a autenticidade da comunicação e gerir o problema do relacionamento com figuras de autoridade.
Kurt Lewin devotou os últimos anos da sua vida à pesquisa da dinâmica de grupos, acreditando que os grupos alteram o comportamento individual dos seus constituintes. Na base das suas análises estão os efeitos dos métodos de liderança democrático, autocrático e de laissez-faire. Lewin afirmou estar convencido que os grupos pequenos operam com mais sucesso quando conduzidos de forma democrática.
Lewin morreu a 12 de fevereiro de 1947 em Newtonville, tendo deixado obras importantes como The research center for group dynamics at Massachusetts Institute of Technology (1945), Frontiers group dynamics (1948) e Psychologie dynamique, les relations humaines (1959)
Kurt Lewin
Psicólogo social alemão, Kurt Lewin nasceu a 9 de setembro de 1890, na pequena aldeia de Mogilno, na Alemanha, país onde estudou nas Universidades de Freiburg, Munique e Berlim, tendo-se doutorado nesta última em 1914. Após ter servido no exército alemão durante a Primeira Guerra Mundial, juntou-se ao Instituto de Psicanálise de Berlim. Em 1933 mudou-se para os Estados Unidos da América onde foi convidado para assistente na Universidade Estatal de Iowa no Iowa´s Child Welfare Research, prestando serviços nesta instituição de 1935 a 1945. 
Posteriormente, fundou e tornou-se diretor do Centro de Pesquisa para Dinâmica de Grupo (Research Center for Group Dinamics) no Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). Ocupou este cargo até à sua morte.
Lewin propôs que o comportamento humano fosse visto como parte de um continuum com variações individuais e diferentes da norma, como resultado de tensões entre as perceções do self e do ambiente. Segundo Lewin, para bem compreender e predizer o comportamento humano, é necessário ter em conta todo o campo psicológico ou espaço de vida onde cada ato do indivíduo ocorre. A totalidade dos acontecimentos no espaço de vida determina o comportamento a cada momento. Lewin tentou reforçar a sua teoria usando sistemas topológicos para ilustrar graficamente as forças psicológicas.
Ao longo do seu trabalho, Lewin verificou a existência de dificuldades de comunicação junto das pessoas com quem trabalhava. Resolveu, então, convidá-las para um encontro informal para falarem de assuntos triviais surgindo, assim, o primeiro grupo de desenvolvimento pessoal. Foi ainda neste contexto que Lewin se deu conta da importância do feedback dentro de um grupo, formulando três hipóteses: a) a integração do grupo só acontece, e a criatividade só é aproveitada no bom sentido, quando a comunicação entre os membros do grupo for autêntica e aberta; b) o relacionamento humano não é um dom inato, mas sim fruto de aprendizagem; c) é necessário cada indivíduo pôr em causa os seus esquemas pessoais de comunicação normais e ter consciência de que é preciso empenho para mudar. Com base nestas hipóteses, Lewin criou o primeiro grupo de formação dirigido a docentes universitários, tendo por objetivos melhorar a comunicação, favorecer a autenticidade da comunicação e gerir o problema do relacionamento com figuras de autoridade.
Kurt Lewin devotou os últimos anos da sua vida à pesquisa da dinâmica de grupos, acreditando que os grupos alteram o comportamento individual dos seus constituintes. Na base das suas análises estão os efeitos dos métodos de liderança democrático, autocrático e de laissez-faire. Lewin afirmou estar convencido que os grupos pequenos operam com mais sucesso quando conduzidos de forma democrática.
Lewin morreu a 12 de fevereiro de 1947 em Newtonville, tendo deixado obras importantes como The research center for group dynamics at Massachusetts Institute of Technology (1945), Frontiers group dynamics (1948) e Psychologie dynamique, les relations humaines (1959).

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