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NBR 17015 2023 - Execução de obras lineares para transportede água bruta e tratada, esgoto sanitárioe drenagem urbana, utilizando tubos rígidos,semirrígidos e exíveis

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Número de referência 
114 páginas
© ABNT 2023
ABNT NBR 17015:2023
ABNT NBR
17015
Segunda edição
12.07.2023
Execução de obras lineares para transporte 
de água bruta e tratada, esgoto sanitário 
e drenagem urbana, utilizando tubos rígidos, 
semirrígidos e flexíveis
Laying of pipelines to convey raw and treated water, wastewater and urban 
drainage, using rigid, semirigid and flexible pipes
NORMA
BRASILEIRA
ICS 91.140.60; 23.040.01 ISBN 978-85-07-09736-5
ii
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© ABNT 2023 - Todos os direitos reservados
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iii
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Sumário Página
Prefácio ..............................................................................................................................................vii
1 Escopo ................................................................................................................................1
2 Referências normativas .....................................................................................................1
3 Termos e definições ...........................................................................................................4
4 Requisitos gerais .............................................................................................................10
4.1 Projeto ...............................................................................................................................10
4.2 Execução ...........................................................................................................................12
4.2.1 Canteiro de obras .............................................................................................................12
4.2.2 Serviços preliminares ......................................................................................................13
4.2.3 Transporte, manuseio e armazenamento de materiais .................................................16
4.2.4 Locação e nivelamento ....................................................................................................18
4.2.5 Remoção da pavimentação ............................................................................................20
4.2.6 Escavação de valas, poços e cavas ...............................................................................20
4.2.7 Escoramento ....................................................................................................................23
4.2.8 Esgotamento ....................................................................................................................27
4.2.9 Preparo e regularização do fundo da vala, assentamento, execução das juntas 
e envoltória dos tubos .....................................................................................................29
4.2.10 Reaterro, compactação e remoção do escoramento ....................................................46
4.2.11 Reposição da pavimentação ..........................................................................................48
4.2.12 Cadastramento .................................................................................................................51
5 Requisitos específicos ....................................................................................................52
5.1 Ancoragem .......................................................................................................................52
5.2 Instalações aéreas ...........................................................................................................54
5.3 Instalações submersas ....................................................................................................56
5.4 Instalação de tubulação em travessia de rodovias ou ferrovias .................................56
5.5 Sistemas de abastecimento de água .............................................................................56
5.5.1 Ligação predial de água executada pelo método destrutivo ......................................56
5.5.2 Ligação predial de água executada pelo método não destrutivo ................................57
5.5.3 Instalação de válvulas, descargas, dispositivos para eliminação ou absorção de ar ....57
5.5.4 Hidrantes ...........................................................................................................................60
5.5.5 Interligações de redes de água e adutoras ....................................................................62
5.5.6 Verificação da estanqueidade ........................................................................................63
5.6 Sistemas de esgoto sanitário .........................................................................................63
5.6.1 Ligação predial de esgoto ..............................................................................................63
5.6.2 Poços de visita e inspeção ..............................................................................................64
5.6.3 Terminal de limpeza (TL) .................................................................................................67
5.6.4 Caixa de passagem (CP) ..................................................................................................67
5.6.5 Ensaio de juntas ..............................................................................................................67
Anexo A (normativo) Armazenamento, manuseio e transporte dos materiais .............................68
A.1 Tubos de policloreto de vinila (PVC-U, PVC DEFOFO e PVC-O) .................................68
A.1.1 Armazenamento ...............................................................................................................68
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A.1.2 Manuseio ...........................................................................................................................70
A.1.3 Transporte .........................................................................................................................70
A.2 Tubos de polietileno .........................................................................................................71
A.2.1 Transporte e manuseio ....................................................................................................71
A.2.2 Armazenamento ...............................................................................................................71
A.3 Tubos de ferro fundido ....................................................................................................72
A.3.1 Armazenamento dos tubos .............................................................................................72
A.3.1.1 Formação das pilhas ........................................................................................................73
A.3.2 Armazenamento e prazo de utilização dos anéis de borracha ....................................76
A.3.2.1 Armazenamento ...............................................................................................................76
A.3.2.2 Prazo de utilização ...........................................................................................................76
A.3.3 Armazenamento das válvulas .........................................................................................77
A.4 Tubos de concreto ...........................................................................................................77
A.4.1 Descarga ...........................................................................................................................77b) os passeios tiverem espaço disponível;
 c) a rua for de tráfego intenso e pesado; ou
 d) os regulamentos oficiais impedirem a sua execução no leito carroçável.
No caso de localização no passeio, devem ser cumpridas as seguintes condições:
 — o eixo das tubulações de água deve ser localizado a uma distância mínima de 0,50 m 
do alinhamento dos lotes;
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 — o eixo das tubulações de esgoto deve ser localizado a uma distância mínima de 0,80 m 
do alinhamento dos lotes;
 — a distância mínima entre os eixos da rede de água e esgoto, quando dispostos no mesmo plano, 
deve ser de 0,60 m. Em caso de sobreposição, a rede de água deve estar no plano superior 
e a sua geratriz inferior deve distar no mínimo 0,20 m da geratriz superior da rede de esgoto, 
inclusive no caso de ramais.
No caso de rede simples de água ou esgoto no passeio, ela deve ser localizada no passeio mais 
favorável.
Em qualquer das duas situações anteriores, ou seja, rede no leito carroçável ou passeio, o aspecto 
de vantagens técnicas e econômicas deve sempre ser avaliado.
4.2.5 Remoção da pavimentação 
Antes da remoção, o tipo e o estado de conservação original do pavimento devem ser registrados, 
de forma a permitir a sua recomposição.
A remoção do pavimento deve ser executada de acordo com as normas, regulamentos e instruções 
adotados pelo órgão público competente e, na ausência desses, deve-se atender ao especificado pela 
empresa prestadora de serviços de saneamento. Caso não haja algum dos critérios mencionados, 
deve-se remover a pavimentação na largura da vala acrescida de no mínimo: 
 a) 0,15 m para cada lado, no leito da rua; 
 b) 0,10 m para cada lado, no passeio. 
No caso de pavimento asfáltico, o corte deve ser executado, preferencialmente, com discos de corte 
e marteletes pneumáticos. Após o corte, o material deve ser removido e imediatamente transportado 
para o bota-fora. 
No caso de paralelepípedos, blocos ou qualquer outro tipo de pavimento articulado com 
reaproveitamento, a remoção deve ser feita, preferencialmente, com alavancas ou picaretas. Após 
a retirada do pavimento, devem-se estocar os elementos removidos a uma distância segura da vala, 
sem causar danos aos materiais, para posterior recolocação.
No caso de passeios, a remoção deve ser feita mecânica ou manualmente, adotando-se processos 
compatíveis com o tipo de revestimento.
Todos os materiais removidos e não reaproveitáveis devem ser transportados imediatamente para 
o bota-fora.
Todos os bota-foras devem ser licenciados, sejam eles para materiais inertes, por exemplo, entulho, 
ou para materiais não inertes, por exemplo, resíduos de asfalto, solo contaminado etc.
4.2.6 Escavação de valas, poços e cavas
4.2.6.1 Generalidades
A escavação de valas, poços e cavas compreende a remoção dos diferentes tipos de solos ou rochas, 
desde a superfície natural do terreno até a cota especificada no projeto. A escavação pode ser manual, 
mecânica ou com uso de explosivos, de acordo com as particularidades existentes.
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Considerar escavação em solo aquela executada em terreno constituído por terra em geral, piçarra 
ou argila, areia, rochas em adiantado estado de decomposição (pouco compactas), seixos rolados 
ou não (com dimensão máxima de 0,15 m), matacões (volume menor ou igual a 0,50 m³) e, em geral, 
todo o material possível para execução manual ou mecânica, qualquer que seja o teor de umidade.
Considerar escavação em rocha dura a fogo aquela executada com o uso de explosivo em terreno com 
material altamente coesivo, constituído por todos os tipos de rocha sã, como, por exemplo, granito, 
basalto, gnaisse, matacão de volume maior ou igual a 0,5 m³ etc.
O projeto deve fixar a seção-tipo (retangular, trapezoidal ou mista) e os valores máximos e mínimos 
para a largura e a profundidade da vala, considerando a existência ou não de escoramento. 
Recomenda-se o uso de seção retangular para as valas simples com até 1,25 m de profundidade 
ou para as valas mais profundas, desde que convenientemente escoradas, conforme a legislação 
em vigor [10]. As escavações com mais de 1,25 m de profundidade devem ser escoradas e dispor 
de escadas ou rampas, colocadas próximas aos postos de trabalho.
A escavação de valas com seções trapezoidais ou mistas, dispensam o uso de escoramento e devem 
ser indicadas quando houver a ocorrência de solo estável, espaço disponível ou vantagem técnica 
e/ou econômica. No projeto devem ser indicados os taludes e a seção-tipo adequada.
Qualquer ônus decorrente de acidentes e danos causados por imprudência ou imperícia, durante 
a escavação, deve ser de responsabilidade da empresa executora da obra. Portanto, recomenda-se 
que os serviços de escavação e reaterro sejam executados no mesmo dia, evitando-se o risco 
de acidentes devido às valas abertas.
A escavação deve ser executada conforme indicado em projeto, sendo que o trabalho de abertura 
da vala somente deve ser iniciado quando:
 a) a locação estiver concluída;
 b) as posições de outras obras subterrâneas interferentes forem confirmadas; e
 c) todos os materiais para a execução da rede estiverem disponíveis no local da obra.
A abertura das valas e travessias em vias ou logradouros públicos só pode ser iniciada após 
comunicação e aprovação do órgão municipal.
As escavações sob ferrovias, rodovias ou em faixas de domínio de concessionárias de serviços 
públicos só podem ser iniciadas após cumpridas as exigências feitas por estes órgãos. 
Se a escavação colocar em risco as galerias de água pluviais, canalizações de água, gás e outras, 
devem ser executados, nestes trechos, escoramentos adequados para a sustentação das galerias. 
4.2.6.2 Escavação em rocha
Caso o caminhamento da rede de água, esgoto ou drenagem se depare com rocha, a escavação 
pode ser executada a frio ou a fogo.
4.2.6.2.1 Escavação a frio
A escavação a frio deve ser utilizada quando se tratar de rocha fraturada ou branda; quando 
a escavação a fogo colocar em risco as edificações e serviços existentes nas proximidades ou quando 
for desaconselhável ou inconveniente o uso de explosivos por razões construtivas ou de segurança. 
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4.2.6.2.2 Escavação a fogo 
A escavação a fogo deve ser utilizada quando se tratar de rocha sã, maciça e que não apresente 
riscos às construções vizinhas.
Nesse tipo de escavação:
 a) o armazenamento, o manuseio, o transporte e o uso de explosivos deve atender aos regulamentos 
prescritos pelo órgão competente. A autorização para o uso de explosivos, emitida pelo órgão 
competente, deve ser encaminhada à empresa prestadora de serviços de saneamento antes 
do início das detonações;
 b) no decorrer dos trabalhos, o escoramento deve ser permanentemente inspecionado pela empresa 
executora da obra e reparado tão logo ocorra qualquer dano;
 c) são responsabilidade da empresa executora da obra a elaboração e a adoção de “Plano 
de Fogo”, por um profissional habilitado, o qual é responsável pelo armazenamento, preparação 
das cargas, carregamento das minas, ordem de fogo, detonação e retiradas de explosivos não 
detonados, bem como providências quanto ao destino adequado das sobras dos explosivos;
 d) as áreas onde se utilizam explosivos devem ser isoladas e sinalizadas com sinais visuais 
e sonoros;
 e) devem ser tomadas todas as precauções de segurança, em conformidade com as legislações 
vigentes [8], [9], [10], [11], [12], [13];
 f) a autorização pela empresa prestadora de serviços de saneamento da aplicação de um plano 
de fogo não exime a empresa executora da obra de qualquer de suas responsabilidades, devendo 
arcar com a responsabilidade civil por danos causados a terceiros em decorrência do serviço 
de desmonte a fogo.
As escavações em rocha e pedras soltas devem ser feitas em profundidade abaixo do nível inferior 
da tubulação,para que seja possível a execução de um berço de material granular com altura 
de no mínimo 0,15 m.
Caso não seja possível transpassar a rocha por meio dos métodos citados em 4.2.6.1, a empresa 
executora da obra deve estudar um desvio do caminhamento que deve ser aprovado pela empresa 
prestadora de serviços de saneamento.
As valas devem ser escavadas seguindo a linha do eixo, respeitando o alinhamento do projeto, 
sendo, no caso de obras de esgoto, abertas no sentido de jusante para montante, a partir dos pontos 
de lançamentos.
A escavação pode ser feita manualmente ou com auxílio de equipamento adequado. Caso seja 
feita com equipamento, deve se aproximar do greide previsto para a geratriz inferior da tubulação, 
e o acerto do fundo da vala deve ser feito manualmente.
O projeto deve sugerir ou indicar métodos e equipamentos a serem utilizados, que são alternativas 
para superar as interferências e os locais mais adequados para deposição do material escavado. 
Os equipamentos a serem utilizados devem ser adequados aos tipos de escavação. Para 
a escavação mecânica de valas, poços e cavas de profundidade de até 4,00 m, recomenda-se utilizar 
retroescavadeiras ou similares, e para profundidades superiores a 4,00 m, recomenda-se utilizar 
escavadeira hidráulica.
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Qualquer excesso de escavação ou depressão no fundo da vala, oriundo de escavação em rocha 
ou de retirada de pedra e materiais pontiagudos, deve ser preenchido com material granular fino 
compactado.
A empresa executora da obra deve ser responsável por qualquer excesso de escavação, 
considerando-se como referência o especificado no Anexo B e nas Tabelas B1 e B2.
A largura e a profundidade das valas, cavas e poços devem ser as especificadas em projeto, e atender 
ao prescrito na ABNT NBR 9061 e no Anexo B, Tabelas B1 e B2 desse Documento, que especifica 
a largura das valas em função do DN da tubulação, cota de corte e tipo de escoramento.
A largura da vala pode ser reduzida quando o assentamento for feito por seções de tubo, juntadas 
ou emendadas na superfície do terreno, observando as vantagens técnicas e econômicas. Neste caso 
deve ser feito o alargamento (cachimbos) somente nos pontos de junção dentro da vala.
Junto às valas, a empresa executora da obra deve manter livres as grelhas, tampões e bocas de lobo 
das redes dos serviços públicos, de modo a evitar danos e entupimentos.
O material escavado que for apropriado para utilização no aterro deve ser depositado ao lado 
da vala, poços ou cavas a uma distância equivalente à metade da profundidade de escavação, 
conforme a legislação vigente [9], obedecendo a um valor mínimo de 1,00 m da borda. Recomenda-se, 
neste caso, lançar o material reaproveitável de um lado da vala e os materiais não reaproveitáveis, 
como asfalto, pedras e materiais pontiagudos, do outro lado da vala, e posteriormente encaminhá-los 
para o bota-fora.
Em casos especiais, a empresa prestadora de serviços de saneamento pode determinar a troca 
do solo da vala e a retirada total do material escavado.
4.2.7 Escoramento 
O escoramento deve ser executado conforme o projeto, que deve determinar o tipo de escoramento 
mais adequado para cada trecho, em função das dimensões da vala, poço ou cava, das características 
do solo e do local da obra. 
O projeto deve ser elaborado por profissional com conhecimento técnico e habilitado, devendo conter 
no mínimo o dimensionamento e o detalhamento do tipo de escoramento, a memória de cálculo 
e o método executivo, atendendo às Normas Brasileiras aplicáveis.
4.2.7.1 Requisitos gerais
A necessidade ou não de escoramento nas valas, poços e cavas, bem como a determinação das 
dimensões e posições das peças a serem utilizadas, devem basear-se no cálculo das pressões 
máximas sobre esses escoramentos e atender à legislação vigente [9].
O cálculo das pressões máximas sobre o escoramento a céu aberto pode ser feito com a aplicação 
de qualquer método de cálculo devidamente consagrado pela boa técnica de engenharia, devendo 
a memória de cálculo acompanhar o projeto.
Quando nenhum dos tipos comuns de escoramento satisfizer as exigências dos cálculos, o projeto 
deve apresentar detalhadamente o escoramento a ser utilizado.
Independentemente do atendimento das prescrições contidas na legislação vigente [9], deve-se 
considerar o descrito na ABNT NBR 9061.
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As damas devem ser utilizadas somente em terrenos firmes, ser intercaladas em 3,00 m a 5,00 m 
e ter no máximo 1,00 m de comprimento. 
É obrigatório o escoramento das valas com profundidades superiores a 1,25 m, conforme a legislação 
vigente [9], e em casos em que as paredes laterais do corte forem constituídas de solo passível 
de desmoronamento, independentemente da profundidade da escavação.
Na execução do escoramento, devem ser utilizadas madeiras duras e resistentes a umidade, como 
peroba, maçaranduba, angelim, canafístula etc., podendo as estroncas ser de eucalipto, com diâmetro 
não inferior a 0,20 m.
Caso, na localidade de execução da obra, as bitolas comerciais de tábuas, pranchas e vigas não 
coincidam com as indicadas, devem ser utilizadas peças com dimensões superiores.
Para evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deve ser colocado a uma distância 
equivalente à metade da profundidade de escavação, conforme a legislação vigente [9], obedecendo 
a um valor mínimo de 1,00 m da borda ou conforme determinado em projeto. 
Quando a vala for aberta em solos saturados, recomenda-se que as fendas entre tábuas e pranchas 
do escoramento sejam calafetadas, a fim de impedir que o material do solo seja carreado para dentro 
da vala, evitando-se o seu solapamento e/ou o abatimento da via pública.
Recomenda-se, quando a vala for aberta e alcançar o lençol d’água, a utilização de escoramento 
do tipo macho-fêmea, a fim de impedir que o material do solo seja carreado para dentro da vala, 
evitando-se o seu solapamento e/ou o abatimento da via pública.
A ficha dos escoramentos, quando não prevista em projeto, deve ser de pelo menos 7/10 da largura 
da vala, com um mínimo de 0,50 m.
Na travessia de faixas de servidão ou de domínio, o escoramento deve ser projetado de acordo com 
os requisitos e orientações do órgão competente e das concessionárias.
Os seguintes cuidados devem ser tomados em todos os tipos de escoramento:
 a) na colocação das estroncas, para que estas fiquem perpendiculares ao plano de escoramento;
 b) na remoção da cortina do escoramento, que deve ser executada à medida que o aterro avance 
e seja compactado;
 c) quando o aterro alcançar o nível inferior da última camada de estroncas, estas devem ser 
afrouxadas e as peças de contraventamento devem ser removidas (estroncas e longarinas), bem 
como os elementos auxiliares de fixação, como cunhas, consolos e travamentos; da mesma 
forma e sucessivamente, devem ser retiradas as demais camadas de contraventamento;
 d) as estacas e os elementos verticais de escoramento devem ser removidos com a utilização 
de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com ou sem vibração, e retirados com o auxílio 
de guindastes, logo que o aterro alcançar um nível suficiente;
 e) os furos deixados no terreno pela retirada de montantes, pontaletes, perfis e estacas metálicas 
devem ser preenchidos com areia e compactados por vibração ou por percolação de água.
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4.2.7.2 Tipos de escoramentos
As dimensões mínimas das peças e os espaçamentos máximos dos escoramentos, quando não 
detalhados no projeto e/ou fornecidos pela empresa prestadora de serviços de saneamento, devem 
seguir os desenhos do Anexo C e as especificações para cada tipo de escoramento a seguir: 
 a) tipo pontaleteamento: escoramento constituído por tábuas de 0,027 m × 0,30 m, dispostas 
verticalmente, para contenção da superfície lateral da vala, espaçadas em 1,35m. Estas tábuas 
são travadas horizontalmente por estroncas com diâmetro de 0,20 m, espaçadas verticalmente 
em 1 m, devendo a mais profunda situar-se a cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa 
a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação;
 b) tipo descontínuo: escoramento constituído por tábuas de 0,027 m × 0,30 m, dispostas verticalmente, 
para contenção da superfície lateral da vala, espaçadas em 0,30 m, fixadas por longarinas 
de 0,06 m x 0,16 m, colocadas horizontalmente em toda a sua extensão e travadas por estroncas 
com diâmetro de 0,20 m, espaçadas horizontalmente em 1,35 m. A distância entre as extremidades 
das longarinas e estroncas deve ser menor ou igual a 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas 
verticalmente em 1 m, devendo a mais profunda situar-se a cerca de 0,50 m do fundo da vala 
e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação;
 c) tipo contínuo: escoramento constituído por tábuas de 0,027 m × 0,30 m, encostadas umas 
às outras, dispostas verticalmente, para contenção de toda a superfície lateral da vala, fixadas 
por longarinas de 0,06 m × 0,16 m, colocadas horizontalmente em toda a sua extensão e travadas 
por estroncas com diâmetro de 0,20 m, espaçadas horizontalmente em 1,35 m. A distância entre 
as extremidades das longarinas e estroncas deve ser menor ou igual a 0,40 m. As longarinas 
devem ser espaçadas verticalmente em 1 m, devendo a mais profunda situar-se a cerca 
de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno ou pavimentação;
 d) tipo especial: escoramento constituído por pranchas de 0,06 m × 0,16 m, do tipo macho-fêmea, 
encostadas umas às outras, dispostas verticalmente, para contenção de toda a superfície 
lateral da vala, fixadas por longarinas de 0,08 m × 0,18 m, colocadas horizontalmente em toda 
a sua extensão e travadas por estroncas com diâmetro de 0,20 m, espaçadas horizontalmente 
em 1,35 m. A distância entre as extremidades das longarinas e estroncas deve ser menor ou igual 
a 0,40 m. As longarinas devem ser espaçadas verticalmente em 1 m, devendo a mais profunda 
situar-se a cerca de 0,50 m do fundo da vala e a mais rasa a 0,20 m do nível do terreno 
ou pavimentação. Podem ser utilizadas longarinas de seção 0,06 × 0,16 m, entretanto as estroncas 
de travamento devem ser espaçadas a cada 0,80 m, neste caso.
NOTA Nos escoramentos tipo pontalete, descontínuo, contínuo e especial, as pranchas e tábuas podem 
ser cravadas por bate-estacas apropriado ou por marreta. 
O topo da peça a ser cravada deve ser protegido para evitar o lascamento.
 e) tipo metálico-madeira: escoramento onde a superfície lateral da vala deve ser contida por perfis 
verticais de aço tipo “I”, pranchões de madeira de lei, longarinas de perfis de aço e estroncas 
de perfis de aço ou eucalipto, com diâmetro mínimo de 0,20 m.
A cravação do perfil metálico pode ser feita por bate-estacas (queda livre), martelo vibratório 
ou pré-furo.
A escolha do processo de cravação deve ser determinada pelo sistema que causar menor dano 
à estabilidade do solo e às edificações vizinhas.
O topo da peça a ser cravada deve sempre ser protegido para evitar danos e possibilitar a reutilização.
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O empranchamento deve acompanhar a escavação, não podendo haver, em terreno mole, vãos sem 
pranchas entre os perfis com altura superior a 0,50 m.
Para os perfis verticais, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, o tipo, as características, 
as dimensões, o espaçamento, o método de cravação e o comprimento da ficha.
Para os pranchões, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, o tipo de material e as dimensões.
Para as longarinas, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, as características, as dimensões, 
o espaçamento vertical e o tipo de bandejamento de sustentação, se aplicável.
Para as estroncas, o projeto deve apresentar, por meio de cálculos, o tipo de material, as características, 
as dimensões e o espaçamento.
4.2.7.3 Escoramentos específicos
Os tipos de escoramento descritos em 4.2.7.2 são os mais comuns e normalmente utilizados, 
entretanto, dependendo do tipo de solo e da profundidade das valas, outros tipos de escoramentos 
podem ser utilizados, como estacas tipo prancha metálicas de encaixe, pontaleteamento metálico, 
painéis metálicos deslizantes, cambotas metálicas para poços, entre outros, conforme o seguinte:
 a) tipo estaca prancha metálica: as estacas pranchas são perfis verticais de aço, que permitem 
o acoplamento de várias peças sucessivas, por meio de encaixes tipomacho-fêmea. O travamento 
deve ser executado com longarinas e estroncas metálicas ou de madeira;
O projeto deve apresentar o cálculo das estacas tipo pranchas e conter tipo, características, dimensões, 
método de cravação e comprimento da ficha. Caso seja necessária a utilização de longarinas 
e estroncas, apresentar também os cálculos, contendo tipo, dimensões, características e espaçamento;
As estacas tipo pranchas podem ser cravadas por bate-estacas apropriados, ou por outro equipamento 
adequado para este tipo de serviço; 
O topo da peça a ser cravada deve sempre ser protegido para evitar danos e possibilitar a reutilização; 
 b) tipo pontaleteamento metálico: as superfícies laterais da vala devem ser contidas por perfis 
metálicos dispostos aos pares, vertical e simetricamente ao longo das paredes laterais 
da vala, travados horizontalmente por estroncas ou cilindros metálicos com dispositivo hidráulico 
ou mecânico, com a finalidade de aplicar uma pressão ativa nos perfis colocados ao longo 
da vala;
As dimensões dos perfis, estroncas ou cilindros metálicos, o espaçamento longitudinal entre os pares 
dos perfis, bem como os espaçamentos verticais entre as estroncas ou cilindros metálicos e a pressão 
ativa aplicada, devem ser especificados em projeto, considerando-se o local da obra, as características 
do solo e as vantagens econômicas para a utilização desse tipo de escoramento;
 c) tipo painel metálico deslizante: as superfícies laterais da vala devem ser contidas por meio 
de um sistema de escoramento metálico pré-montado, composto por placas metálicas montadas 
modularmente e travadas longitudinalmente por perfis metálicos e transversalmente por estroncas 
metálicas especiais, dotadas de cilindros hidráulicos e mola de tensão, colocados dentro de tubos 
telescópicos;
O deslizamento dos painéis metálicos, que possuem trilhos-guia apropriados, é feito sobre perfis 
metálicos colocados longitudinalmente no fundo da vala
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As dimensões e características das placas metálicas, longarinas, estroncas metálicas especiais, 
trilhos-guia, todas as peças de ajuste e acessórios, inclusive o tipo de bomba de pressurização, devem 
ser determinados em projeto.
 d) tipo cambotas metálicas para poços: compreende a fixação de anéis de chapas metálicas 
corrugadas. Os anéis são solidarizados entre si por meio de parafusos e porcas distribuídas 
ao longo dos seus flanges laterais. As chapas que compõem cada anel devem ser emendadas 
por transpasse;
A escavação deve ser feita de modo que os anéis do escoramento correspondam aproximadamente 
ao cilindro de escavação, minimizando-se assimos espaços entre a parede de escavação 
e o escoramento. Durante a execução, deve ser assegurada a sustentação da escavação até que 
seja montado o revestimento metálico
Os vazios entre as paredes escavadas e os anéis de escoramento devem ser preenchidos com injeção 
de solo-cimento ou argamassa, por meio de pressão a ser calculada em função das características 
do solo. Outro tipo de material pode ser utilizado, desde que aprovado no projeto executivo.
O projeto deve apresentar cálculo com características, dimensões e métodos de execução dos anéis 
metálicos, assim como tipo e características do material de preenchimento.
4.2.8 Esgotamento 
Quando as sondagens indicarem que a escavação irá alcançar o lençold’água, deve-se prever 
sistema de esgotamento, com o objetivo de manter a vala permanentemente drenada, durante 
a execução dos serviços.
O projeto deve sugerir ou indicar o processo de esgotamento a ser adotado, podendo ser feito por 
bombas superficiais ou por sistema de rebaixamento do lençol freático, tipo ponteiras a vácuo, a critério 
da empresa prestadora de serviços de saneamento. Em algumas situações, pode ser necessária 
a utilização de poços de alívio, como auxiliar no rebaixamento de lençol ou no esgotamento com 
bomba superficial.
Quando for indicada a utilização de dispositivos de bombeamento, devem ser previstas as obras 
necessárias para a drenagem superficial das águas e também o equipamento de esgotamento mais 
adequado.
A proteção das valas, cavas e poços contra a inundação das águas superficiais deve ocorrer 
mediante a construção de muretas longitudinais nas bordas das escavações.
Nas valas inundadas pelas enxurradas, findas as chuvas e esgotadas as valas, os tubos já assentados 
devem ser limpos internamente e aqueles cujas extremidades estiverem fechadas devem ser 
convenientemente lastreados, de maneira que não flutuem, quando as valas estiverem inundadas.
Não havendo especificação no projeto, deve ser dada preferência às bombas para esgotamento 
do tipo autoescorvante ou submersa.
Em casos excepcionais, o rebaixamento do lençol deve ser feito por meio de ponteiras filtrantes, 
poços profundos ou injetores.
Quando for indicado rebaixamento do lençol freático por ponteiras filtrantes, deve ser apresentado 
o projeto detalhado, sugerindo o equipamento mais conveniente.
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Nos locais onde a obra estiver sendo mantida seca por meio de bombeamento ou rebaixamento 
do lençol freático, as operações de bombeamento devem cessar gradativamente, de maneira que 
o nível piezométrico seja sempre mantido pelo menos 0,50 m abaixo da cota superior alcançada 
pelo aterro.
Para evitar o deslocamento dos tubos pela subpressão das águas subterrâneas, as instalações 
de rebaixamento do nível destas somente podem ser desligadas após o completo aterro das valas.
4.2.8.1 Bomba superficial
O esgotamento das valas deve ser feito, de preferência, no sentido de jusante para montante, 
executando-se um pequeno poço de sucção para onde a água infiltrada é conduzida, mantendo-se 
o terreno permanentemente drenado após a escavação alcançar o nível do lençol d’água. Drenos 
laterais, junto ao escoramento da vala, são usados para conduzir a água até o poço.
As bombas instaladas nos poços de sucção devem ter seus crivos cobertos com cascalho ou brita, 
a fim de se evitar erosão por carreamento de solo.
A empresa executora da obra e a fiscalização devem ficar atentas quanto à possiblidade de abatimento 
das faixas laterais da vala, que pode provocar danos às tubulações, galerias e dutos diversos 
ou ainda recalque das fundações dos prédios vizinhos, devendo ser adotadas medidas de proteção 
necessárias.
A empresa executora da obra deve dispor de equipamento suficiente para que o sistema de esgotamento 
permita a realização dos trabalhos a seco.
As instalações de bombeamento devem ser dimensionadas com margem de segurança suficiente, 
e devem ser previstos equipamentos de reserva, inclusive grupos motor-bombas a diesel, para 
eventuais interrupções de fornecimento de energia elétrica.
A empresa executora da obra deve prever e evitar irregularidades das operações de esgotamento, 
controlando e inspecionando o equipamento continuamente. Eventuais anomalias devem ser 
eliminadas imediatamente.
4.2.8.2 Rebaixamento do lençol freático
Os locais da implantação do sistema de rebaixamento do lençol freático devem atender às indicações 
dos desenhos de projetos e instruções da fiscalização. 
Todas as escavações devem ser mantidas secas, por meio de sistema adequado de rebaixamento 
do lençol freático. 
O tipo do sistema de rebaixamento deve levar em conta principalmente os seguintes fatores: 
permeabilidade do solo, profundidade da escavação, nível do lençol freático, duração da obra 
e condições das fundações das edificações situadas próximas ao rebaixamento. Devem ser observados 
os diversos níveis de água do subsolo, as vazões de água que são bombeadas e os recalques que 
porventura possam aparecer nas vizinhanças das escavações. 
A adoção do sistema de rebaixamento do lençol freático, com instalação dentro da escavação, somente 
é permitida se este não interferir nos trabalhos de execução das obras, nem prejudicar os serviços 
de reaterro. 
As instalações de bombeamento para rebaixamento do lençol, uma vez instaladas, devem funcionar 
sem interrupção, por 24 h por dia, até o término do serviço. Não é permitida a interrupção 
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do funcionamento dos sistemas sob alegação de motivo algum, nem nos períodos noturnos 
ou de feriados, mesmo que nos respectivos intervalos de tempo nenhum outro serviço seja executado 
na obra. 
A instalação da rede elétrica alimentadora, pontos de força, consumo de energia ou combustível, 
manutenção, operação e guarda dos equipamentos são de responsabilidade da executora da obra.
4.2.8.3 Ponteiras filtrantes a vácuo
No caso de aplicação de rebaixamento do lençol freático por sistema de ponteiras a vácuo, 
a escavação abaixo do nível original do lençol só pode ser executada após a comprovação do perfeito 
funcionamento e rendimento do sistema por meio de indicadores de nível.
A instalação das ponteiras pode ser executada por escavação direta por meio de trados, jato hidráulico 
ou cravação.
A distância entre ponteiras de um sistema de esgotamento deve ser determinada no estudo 
do rebaixamento, feito em função do solo local, da profundidade a que o lençol freático deve ser 
rebaixado, da profundidade possível de instalação das ponteiras e do conjunto motor-bomba 
do sistema.
As extremidades das ponteiras devem descer a uma profundidade de pelo menos 0,90 m abaixo 
da parte mais profunda da escavação. Se somente uma única linha de ponteiras for usada para uma 
escavação de vala, suas extremidades devem ficar 1,20 m abaixo do fundo da vala, no mínimo.
No caso de camadas impermeáveis, abrem-se drenos verticais envolvendo as ponteiras e tubos 
de elevação da água com areia, em perfurações com 0,20 m a 0,30 m de diâmetro. Um tubo 
de revestimento temporário é introduzido pelo método do jorro por meio de toda a camada. A ponteira 
é centrada no tubo e o espaço anular é preenchido com areia grossa e limpa, até o nível estático 
da água. O revestimento externo é retirado à medida que o enchimento de solo é efetuado.
Em alguns casos, é necessária a utilização de pré-filtro, que consiste no encamisamento das ponteiras 
com tubos de PVC de 6” ou 8” e na colocação de cascalho ou brita e areia grossa lavada na boca 
da ponteira, devendo as ponteiras ficar 0,30 m acima do início do encamisamento. Este serviço deve 
ser adotado para melhorar o rendimento do conjunto de rebaixamento devido à presença de estratos 
de argila ou de solo de baixa permeabilidade.
4.2.9 Preparo e regularização do fundo da vala, assentamento, execução das juntas 
e envoltória dos tubos
4.2.9.1 Generalidades
Antes e durante o assentamento, os materiais (tubos, conexões, acessórios etc.) devem ser 
manuseados, armazenados e transportados, com cuidado, para evitar danos, devendo ser observados 
os requisitos da norma específica de cada material e as instruções do fabricante.
As tubulações, conexões e acessórios, antes de serem assentados, devem ser limpos e examinados, 
não podendo ser assentadas as peças danificadas (trincadas, ovalizadas, revestimento danificado, 
ponta e bolsas quebradas etc.), cujos danos sejam constatados por exame visual, ou materiais que 
estejam em desacordo com as Normas Brasileiras aplicáveis, conforme 4.1.10. Adicionalmente, 
observar o descrito em 4.2.3.
O assentamento, se possível, deve ser feito imediatamenteapós a escavação e regularaização 
do fundo da vala, a fim de reduzir ao mínimo a interferência da obra com o tráfego de veículos 
e o trânsito de pedestres.
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À medida que forem sendo concluídas a escavação e o escoramento da vala, devem ser executados 
a regularização e o preparo do fundo, para possibilitar o assentamento. No caso de obras de esgoto, 
o assentamento deve ser feito de jusante para montante, com as bolsas voltadas para montante; 
no caso de obras de água, os tubos devem ser assentados, de preferência, com as bolsas voltadas 
para montante.
As tubulações de água não podem ser assentadas sob tubulações de esgoto e drenagem.
Todos os elementos estranhos, como entulho, pedra e torrões, devem ser retirados da vala antes 
do assentamento da tubulação.
Ao fim do período diário de trabalho ou na ocorrência de paralisação do serviço, as extremidades 
e derivações da tubulação devem ser tampadas temporariamente, para evitar a entrada de lama, terra 
ou objetos estranhos; caso haja possibilidade de flutuação da tubulação, esta deve ser ancorada.
Verificar continuamente o alinhamento dos tubos, ao longo do eixo central da vala, no decorrer 
do assentamento. Se necessário, podem ser cravados piquetes ou calços laterais para assegurar 
o alinhamento da tubulação, especialmente quando se tratar de trechos executados em curva.
4.2.9.2 Preparo e regularização do fundo da vala (berço)
O preparo do fundo da vala deve atender às instruções de projeto. 
O projeto deve apresentar detalhadamente a solução para o preparo mais adequado a ser dado 
ao fundo da vala, fornecendo desenhos com dimensões e especificações dos materiais a serem 
empregados, que pode ser:
 a) acerto do solo natural (solo original inalterado); 
 b) substituição de solo, nas situações em que no fundo da vala haja a presença de solos instáveis, 
como solo coesivo mole ou granular fofo. O solo substituído deve ter espessura mínima 
de 0,15 m; 
 c) lastro de material granular (areia, pedregulho ou pedra britada), nas situações em que a escavação 
atinja o nível do lençol freático;
 d) lastro de material granular e laje de concreto simples ou armado, nas situações em que, no fundo 
da vala, ocorra a presença de terrenos de baixa consistência; 
 e) lastro de material granular, laje de concreto armado e estaqueamento, nas situações em que, 
a partir do fundo da vala, há uma camada com grande espessura de terrenos de baixa consistência, 
necessitando estaquear para alcançar o solo com a resistência adequada; e
 f) regularização do fundo da vala com material granular fino (normalmente areia), nas escavações 
em rocha. Neste caso, deve ser feito um rebaixo na cota do fundo da vala de pelo menos 
0,15 m, a fim de possibilitar a regularização do fundo com material granular fino, visando assegurar 
um perfeito apoio da tubulação e a melhoria das condições de assentamento.
Exceto no caso de acerto do solo natural, todos os outros tipos de preparo devem ser apresentados 
e detalhados em projeto, fornecendo-se desenhos com dimensões e especificações dos materiais 
a serem empregados.
O fundo da vala deve ser regularizado, uniforme e isento de saliências e reentrâncias, observando-se, 
no caso de redes de esgoto, a declividade prevista em projeto. As eventuais reentrâncias devem ser 
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preenchidas com material adequado, compactado, de modo a serem obtidas as mesmas condições 
de suporte do fundo da vala normal.
A tubulação deve ficar uniformemente apoiada no fundo da vala. Para tanto, na região da bolsa deve 
haver um rebaixo no fundo da vala para alojamento das bolsas, evitando que os tubos fiquem apoiados 
somente sobre estas.
4.2.9.2.1 Requisitos para tubos rígidos
Os tubos de concreto armado e simples e os tubos cerâmicos devem ser considerados tubos rígidos.
No caso de tubos rígidos, podem ser empregados os apoios listados a seguir, conforme o tipo 
de terreno encontrado na cota de fundo onde é feito o apoio da tubulação: 
 a) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte adequada, o apoio do tubo pode ser feito 
diretamente sobre o solo original inalterado (apoio direto), conforme estabelecido em 4.2.9.2-a) 
e demonstradona Figura D.1;
 b) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, porém situados abaixo do nível 
do lençol freático, após o rebaixamento necessário do fundo da vala, deve ser preparado 
um lastro drenante de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso, com a espessura variando entre 0,10 m 
e 0,15 m, com uma camada adicional de 0,05 m de material granular (areia), conforme estabelecido 
em 4.2.9.2-c) e demonstrado na Figura D.5;
Nos casos anteriores, uma vez concluídos o nivelamento e o adensamento do material, deve-se 
preparar uma cava para alojamento da bolsa do tubo, abrangendo no mínimo um setor de 90º 
da seção transversal;
 c) em terrenos compressíveis e instáveis, como, por exemplo, argila saturada ou lodo, sem condições 
mecânicas mínimas para o assentamento dos tubos, o apoio da tubulação é feito sobre laje 
de concreto armado, conforme estabelecido em 4.2.9.2-d) e e), executado sobre um dos tipos 
de fundação:
 — lastro de brita 3 e 4, ou cascalho grosso com espessura mínima de 0,15 m (ver Figuras D.6 
e D.7);
 — embasamento de pedra de mão (rachão), com espessura máxima de 1,00 m (ver Figuras D.6 
e D.8);
 — estacas com diâmetro mínimo de 0,20 m e comprimento mínimo de 2,00 m (ver Figuras D.6 
e D.9).
 d) nas escavações em rocha, o apoio da tubulação é feito sobre camada mínima de 0,15 m 
de material granular fino (normalmente areia) regularizado, conforme 4.2.9.2-f) e demonstrado 
na Figura D.10.
Para o perfeito apoio do tubo sobre a laje, deve ser executado um berço contínuo de concreto, com 
altura entre 1/3 DN e 1/2 DN da tubulação;
4.2.9.2.2 Requisitos para tubos semirrígidos
Os tubos de ferro fundido e poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV) devem ser considerados 
tubos semirrígidos.
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Para tubos de PRFV, devem ser atendidos os requisitos da ABNT NBR 10848.
No caso de tubos de ferro fundido, podem ser empregados os apoios listados a seguir, conforme 
o tipo de terreno encontrado na cota de fundo onde será feito o apoio da tubulação:
 a) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento máximo 
de 2,40 m e sem que a tubulação esteja sujeita à ação de cargas de tráfego, o apoio do tubo 
deve ser feito diretamente sobre o solo original inalterado (apoio direto), conforme estabelecido 
em 4.2.9.2-a) e mostrado na Figura D.1;
 b) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento máximo 
de 2,40 m e na condição em que a tubulação esteja sujeita à ação de cargas de tráfego, o apoio 
do tubo deve ser feito diretamente sobre uma camada de solo não compactada, com espessura 
mínima de 0,10 m, conforme estabelecido em 4.2.9.2-b) e mostrado na Figura D.2;
 c) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento máximo variando 
entre 2,40 m e 5,00 m, o apoio do tubo deve ser feito sobre uma camada de material granular fino 
(areia), com espessura mínima de 0,10 m, conforme mostrado na Figura D.3;
 d) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, com recobrimento superior a 5,00 m, 
o apoio do tubo deve ser feito sobre uma camada de material granular fino (areia), com espessura 
mínima de 0,10 m e envolvimento com o mesmo material até a altura correspondente à metade 
do diâmetro do tubo, conforme mostrado na Figura D.4. Nos casos anteriores, uma vez concluídos 
o nivelamento e o adensamento do material, deve-se preparar uma cava para alojamento 
da bolsa do tubo, abrangendo no mínimo um setor de 90º da seção transversal;
 e) em terrenos firmes, com capacidade de suporte satisfatória, porém situados abaixo do nível 
do lençolfreático, após o rebaixamento necessário do fundo da vala, deve ser preparado 
um lastro drenante de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso, com a espessura variando entre 10 cm 
e 15 cm, com uma camada adicional de 5 cm de material granular (areia), conforme estabelecido 
em 4.2.9.2-c) e mostrado na Figura D.5;
 f) em terrenos compressíveis e instáveis, como, por exemplo, argila saturada ou lodo, sem condições 
mecânicas mínimas para o assentamento dos tubos, o apoio da tubulação é feito sobre laje 
de concreto armado, executado sobre lastro de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso, com espessura 
mínima de 15 cm, conforme estabelecido em 4.2.9.2-d) e mostrado nas Figuras D.6 e D.7.
Para o perfeito apoio do tubo sobre a laje, deve ser executado um berço contínuo de concreto com 
altura de 1/3 a 1/2 diâmetro do tubo.
Nas escavações em rocha, o apoio da tubulação é feito sobre camada mínima de 0,15 m de material 
granular fino (areia) regularizado, conforme estabelecido em 4.2.9.2-f) e mostrado na Figura D.10.
4.2.9.2.3 Requisitos para tubos flexíveis
Os tubos de PVC-U, PVC DEFOFO, PVC-O, polipropileno e polietileno devem ser considerados tubos 
flexíveis. 
No caso de tubos flexíveis, podem ser empregados os apoios listados a seguir, conforme o tipo 
de terreno encontrado na cota de fundo, onde é feito o apoio da tubulação: 
 a) em terrenos firmes e secos, com capacidade de suporte adequada, o apoio do tubo deve ser 
feito sobre leito de material granular fino, com espessura mínima de 0,10 m, conforme mostrado 
na Figura D.11;
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 b) em terrenos firmes, com capacidade de suporte adequada, porém situados abaixo do nível 
do lençol freático, após o rebaixamento necessário do fundo da vala, deve ser preparado 
um lastro drenante de brita 3 e 4, ou de cascalho grosso com a espessura variando entre 0,10 m 
e 0,15 m, com uma camada adicional de material granular fino (areia), com espessura mínima 
de 10 cm, conforme mostrado na Figura D.12. Sobre esse lastro de material granular fino deve 
ser feito o apoio do tubo;
 c) em terrenos compressíveis e instáveis (por exemplo, argila saturada ou lodo), sem condições 
mecânicas mínimas para o assentamento dos tubos, o apoio da tubulação deve ser feito sobre 
lastro, laje e berço, apoiado sobre fundação, conforme mostrado nas Figuras D.13 e D.14;
 d) nas escavações em rocha, deve ser feito um rebaixo no “greide” do fundo da vala de pelo menos 
15 cm, a fim de possibilitar a regularização do fundo com material granular fino (areia), visando 
assegurar um perfeito apoio da tubulação e melhoria das condições de assentamento, conforme 
mostrado na Figura D.15.
O berço de material granular fino, citado em 4.2.9.2.3-d), deve ser constituído de solos do tipo SW 
e SP, conforme o Anexo E.
4.2.9.3 Reaterro
Após a execução das juntas, os tubos devem ser envolvidos conforme as recomendações do projeto, 
sendo que as juntas elásticas devem ser mantidas visíveis sempre que possível, para a execução 
de ensaios e fiscalização.
A envoltória lateral deve ser executada simultaneamente em ambos os lados da tubulação, com 
os cuidados necessários para que ocupe todos os vazios.
Os tubos rígidos, por não defletirem, não necessitam utilizar material granular fino na envoltória lateral 
e no berço, pois a sua capacidade de carga depende apenas da resistência do próprio tubo. Portanto, 
em tubos rígidos o reaterro superior deve ser feito até 0,30 m acima do topo da tubulação, usando-se 
material de boa qualidade, isento de pedras, tocos e matérias orgânicas, proveniente da própria vala 
ou importado. Na lateral, a envoltória deve ser lançada em camadas com 0,10 m de espessura, 
fortemente apiloadas à mão. Na parte superior, a camada de 0,30 m deve ser levemente apiloada, 
conforme estabelecido nas Figuras D.1, D.5, D.6 e D.10.
No caso dos tubos semirrígidos em ferro fundido, o reaterro superior deve ser feito até 0,30 m acima 
do topo da tubulação, usando-se material de boa qualidade, isento de pedras, tocos e matérias 
orgânicas, proveniente da própria vala ou importado. Na lateral, a envoltória deve ser lançada 
em camadas com 0,10 m de espessura, fortemente apiloadas à mão e o reaterro superior à camada 
de 0,30 m deve ser levemente apiloado, conforme estabelecido nas Figuras D.2, D.3, D.4 e D.10.
Para os tubos semirrígidos em poliéster reforçado com fibras de vidro (PRFV), devem ser atendidos 
os requisitos da ABNT NBR 10848.
Os tubos flexíveis se defletem, portanto a capacidade de carga não pode ser analisada considerando-se 
o tubo isoladamente, mas sim o sistema solo-tubo. Neste caso há necessidade de contar com 
o solo da envoltória lateral como apoio, pois quanto mais rígido o solo da envoltória lateral, melhor 
é a capacidade de carga do tubo flexível.
Portanto, em tubos flexíveis, o reaterro superior deve ser feito até 0,30 m acima do topo da tubulação, 
usando-se o mesmo material granular fino aplicado no berço e na envoltória lateral, constituído por 
solos do tipo SW e SP, compactado e conforme especificado no Anexo E. 
NOTA Para tubos de PVC, não utilizar argila ou turfa em contato direto com o tubo.
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Os tubos flexíveis, principalmente de PVC, não podem ser fixados diretamente em concreto, pois isto 
transformaria o conjunto tubo/concreto em um sistema rígido, sem resistência à flexão, implicando 
em risco de rompimento da tubulação com recalque da estrutura.
A Figura 1 apresenta as quatro etapas para a recompactação da vala cujos critério, que são 
as seguintes:
 a) base: é a estrutura sobre a qual será apoiada a tubulação, sendo que sua constituição e espessuras 
são estabelecidas pelas condições locais e tipo de tubulação;
 b) envoltória lateral: é executado de forma a atender aos requisitos mínimos preconizados 
pelo projeto, tendo em vista as condições específicas. Deve ser utilizado o solo especificado 
e deve-se cuidar para que a tubulação fique continuamente apoiada no fundo da vala, com berço 
e preenchimento bem executados nas duas laterais, em camadas inferiores a 0,10 m. Se houver 
escoramento na vala, este deve ser retirado progressivamente, procurando-se preencher todos 
os vazios;
 c) reaterro superior: é feito com material selecionado, sem pedras ou matacões, em camadas 
com 0,10 m a 0,15 m de espessura. A compactação é executada de cada lado, apenas nas 
regiões compreendidas entre o plano vertical tangente à tubulação e a parede da vala. A parte 
diretamente acima da tubulação não é compactada, a fim de se evitarem deformações dos tubos. 
Não é admitido despejar o solo de reaterro nesta etapa;
 d) reaterro final: o restante do material de reaterro da vala deve ser lançado em camadas sucessivas 
e compactadas, de no máximo 0,20 m, de forma a se obter o mesmo estado do terreno nas 
laterais da vala.
 
Figura 1 – Etapas de reaterro da vala
Quando no projeto ou na especificação da empresa prestadora de serviços de saneamento estiver 
determinado o grau de adensamento ou compactação do envolvimento, esse parâmetro deve ser 
verificado por meio de ensaios executados por profissional especializado em controle tecnológico 
e conforme a ABNT NBR 7182 ou a ABNT NBR 12051.
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4.2.9.4 Assentamento e execução das juntas
Antes da execução de qualquer tipo de junta, deve ser verificado se as extremidades dos tubos e das 
peças estão perfeitamente limpas, não podendo ser assentadas peças danificadas. Quando se tratar 
de tubos de ponta e bolsa, após o encaixe, a ponta deve ficar centrada em relação à bolsa. A execução 
das juntas deve atender às Normas Brasileiras aplicáveis para cada material, além das instruções 
do fabricante.
Todos os anéis de borracha utilizados na execução das juntas elásticas devem atender as requisitos 
da ABNT NBR 7676.
Sempre que for interrompido o trabalho de assentamento, as extremidades eas derivações devem 
ser tamponadas, adotando-se cuidados especiais para evitar a flutuação da linha, no caso de o lençol 
freático ser elevado.
Durante o assentamento das tubulações de esgoto e drenagem, as mudanças de direção, diâmetro 
ou declividade devem ser obrigatoriamente feitas nos poços de visita/inspeção ou nas caixas.
Nas redes de esgoto e drenagem, a execução da conexão do tubo ao poço de visita/inspeção 
ou caixas deve ser realizada por métodos que assegurem a perfeita estanqueidade, de forma a evitar 
infiltrações nos poços ou nas caixas.
Em redes de esgoto e drenagem, o nivelamento da tubulação deve ser realizado por meio 
de equipamentos topográficos adequados com a precisão das declividades requeridas em projeto.
O nivelamento deve ser geométrico e é obrigatório o contranivelamento, sempre passando pelos 
centros dos PV/PI/caixas, os quais não podem ser utilizados como pontos de mudança do nivelamento 
e contranivelamento. O erro máximo admissível é de 5 mm/km, devendo subordinar-se ao erro máximo 
para fechamento de e = √10 de L, em milímetros, onde L é a extensão nivelada, em quilômetros, 
do percurso a nivelar em um só sentido.
O greide da tubulação pode ser obtido por meio de réguas niveladas com a declividade do projeto 
(visores), que devem ser colocadas na vertical no centro dos PV/PI/caixas e em pontos intermediários 
do trecho, distanciados de acordo com o método de assentamento a ser empregado, conforme 
o seguinte:
 a) da cruzeta: máximo 30 m;
 b) do gabarito: máximo 10 m.
Alinhando-se entre duas réguas consecutivas a cruzeta ou o gabarito, de madeira, respectivamente 
por visada a olho ou por meio de fio de náilon fortemente estirado, obtêm-se as cotas intermediárias 
para o assentamento da tubulação, conforme mostrado na Figura 2.
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Figura 2 – Métodos de assentamento
O alinhamento do coletor é dado por fio de náilon esticado entre dois visores consecutivos e pelo fio 
de prumo.
As réguas, cruzeta e gabarito devem ser de madeira de boa qualidade e devem apresentar perfurações 
que resguardem de empenos, devido à influência do tempo.
As réguas e a cabeça da cruzeta ou do gabarito devem ser pintadas com cores vivas, que apresentem 
contraste uma com as outras, a fim de facilitar a determinação da linha de visada.
Quando a declividade for inferior a 0,001 m/m, ou quando se desejar maior precisão no assentamento, 
o greide deve ser determinado por meio de instrumento topográfico, ou por aparelho emissor de raio 
laser, desde que o levantamento topográfico inicial tenha sido feito com precisão igual ou maior.
O assentamento com a utilização de raio laser também é indicado para travessias subterrâneas 
de ruas de tráfego intenso, ferrovias e rodovias, casos em que os serviços não podem ser feitos 
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a céu aberto, requerendo o emprego de métodos não destrutivos, como tubos cravados, minitúnel 
(mini-shield) etc.
4.2.9.4.1 Tubos de concreto
No assentamento de tubos de concreto, devem ser utilizadas exclusivamente juntas elásticas para 
as obras de esgoto e juntas elásticas ou rígidas para as obras de drenagem urbana.
Os tubos de concreto devem ser colocados na vala utilizando-se equipamentos apropriados, como 
cabo de aço, fita de náilon, tesouras, ganchos etc., evitando-se danos mecânicos e dimensionais por 
choque, sendo que não pode, em hipótese alguma, laçar os tubos pelo diâmetro interno.
Estando os tubos de concreto suspensos, devem ser tomados todos os cuidados necessários para evitar 
golpes entre as peças ou contra o terreno.
Na execução do assentamento, devem ser adotados os mesmos critérios de 4.2.9.4, com relação aos 
serviços de nivelamento, conforme a seguir:
4.2.9.4.1.1 Juntas elásticas
A execução das juntas elásticas deve atender à seguinte sequência:
 — verificar se os anéis correspondem ao especificado pela ABNT NBR 7676 e se estão em bom 
estado e livre de sujeiras, principalmente, óleos e graxas;
 — limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e, principalmente, 
a região de encaixe do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo não foi danificado;
 — colocar o anel no chanfro situado na ponta do tubo, observando-se que ele não pode sofrer 
movimento de torção, durante o seu posicionamento;
 — posicionar a ponta do tubo junto à bolsa do tubo subsequente já assentado, proceder 
ao alinhamento da tubulação e realizar o encaixe, empurrando-o manualmente (alavancas) 
ou por meio de equipamentos (tirfor). Tomar o devido cuidado para não danificar o tubo 
na operação de encaixe e não provocar esforços no anel, como tração, torção ou compressão;
 — verificar se o anel de borracha permaneceu no seu alojamento;
NOTA Não utilizar, em hipótese alguma, lubrificante nos anéis que possa afetar as características 
da borracha, como graxas ou óleos minerais.
4.2.9.4.1.2 Juntas rígidas
A execução das juntas rígidas deve atender à seguinte sequência:
 — limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e verificar se o tubo não 
foi danificado; 
 — após o correto posicionamento da ponta do tubo junto à bolsa do tubo já assentado, proceder 
ao alinhamento da tubulação e realizar o encaixe. Tomar cuidado para não danificar o tubo 
na operação de encaixe;
 — executar a junta com argamassa de cimento e areia no traço 1:3, com aditivo que evite a sua 
retração, respaldadas com uma inclinação de 45° sobre a superfície externa do tubo;
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 — nos casos de diâmetros até 0,6 m, o rejuntamento deve ser feito pelo lado externo. Nos diâmetros 
superiores, o rejuntamento deve ser executado pelo lado interno e externo;
 — verificar se a argamassa foi colocada em todo o perímetro do tubo, principalmente na base 
da geratriz inferior.
A junta rígida com argamassa de cimento e areia deve ser evitada, pelo fato de permitir infiltração 
e vazamento, em decorrência do deslocamento por efeito da retração da argamassa.
4.2.9.4.2 Tubos cerâmicos
No assentamento de tubos cerâmicos, devem ser utilizadas juntas elásticas ou juntas de asfalto 
ou piche.
Os tubos cerâmicos devem ser colocados na vala, utilizando-se equipamentos apropriados 
ou manualmente, evitando-se danos por choque.
A junta com tabatinga ou argamassa de cimento e areia deve ser evitada, pelo fato de permitir infiltração 
e vazamento, em decorrência do deslocamento por efeito da retração da argamassa.
Na execução do assentamento de tubos cerâmicos para esgoto devem ser adotados os mesmos 
critérios de 4.2.9.4, com relação aos serviços de nivelamento e aos cuidados, conforme a seguir:
4.2.9.4.2.1 Juntas elásticas
A execução das juntas elásticas deve atender à seguinte sequência:
 — verificar se os anéis correspondem ao especificado pela ABNT NBR 7676 e se estão em bom 
estado e livre de sujeiras, principalmente, óleos e graxas; 
 — limpar as faces externas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e, principalmente, 
a região de encaixe do anel;
 — verificar se o anel situado na ponta do tubo encontra-se fixado de forma adequada;
 — posicionar a ponta do tubo junto à bolsa do tubo subsequente já assentado, proceder 
ao alinhamento da tubulação e realizar o encaixe, empurrando-o manualmente (alavancas). 
Tomar cuidado para não danificar o tubo na operação de encaixe e não provocar esforços 
no anel, como tração, torção ou compressão;
 — verificar se o anel de borracha permaneceu na posição correta.
NOTA 1 Não utilizar, em hipótese alguma, lubrificante nos anéis que possa afetar as características 
da borracha, como graxas ou óleos minerais.
NOTA 2 Em função dos diferentes tipos de juntas normalizadas, recomenda-se atenção com o aspecto 
de garantia de intercambialidade.
4.2.9.4.2.2 Juntas de asfalto ou piche
A execução das juntas de asfalto ou piche deve atender à seguinte sequência:
 — limpar as facesexternas das pontas dos tubos e as internas das bolsas e verificar se o tubo não 
foi danificado; 
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 — após o correto posicionamento da ponta do tubo junto à bolsa do tubo já assentado, proceder 
ao alinhamento da tubulação. Tomar cuidado para não danificar o tubo na operação de encaixe;
 — colocar um cordão de estopa alcatroada entre a ponta e a bolsa, utilizando ferramentas apropriadas 
e tendo o cuidado de evitar danos ao tubo;
 — executar o cachimbo de barro e retirar o cordão de estopa alcatroada, preenchendo o espaço 
deixado pelo cordão com o asfalto ou piche derretido;
 — verificar se o asfalto ou piche preencheu todo o perímetro da cavidade deixada pelo cordão 
de estopa. 
Recomenda-se fazer o preenchimento somente por um dos lados, para provocar a saída de ar e o total 
preenchimento da cavidade deixada.
4.2.9.4.3 Tubos de ferro fundido
No assentamento de tubos de ferro fundido, devem ser utilizadas juntas elásticas, conforme o Anexo F, 
sendo que os demais tipos de juntas, como junta mecânica (ver Anexo G, para as juntas travadas 
interna e externa e junta flangeada, e Anexo H), somente devem ser utilizados quando previsto 
em projeto.
NOTA Não utilizar, em hipótese alguma, lubrificante nos anéis que possa afetar as características 
da borracha, como graxas ou óleos minerais.
Em obras de esgotamento sanitário, somente devem ser assentados e utilizados tubos de ferro fundido 
com revestimento interno, conforme previsto na ABNT NBR 15420. No assentamento, devem ser 
adotados os mesmos critérios de 4.2.9.4, com relação aos serviços de nivelamento.
No caso de obras de abastecimento de água, devem ser assentados e utilizados tubos com revestimento 
interno conforme descrito na ABNT NBR 7675.
As alturas de aterro devem atender ao estabelecido em projeto, de acordo com o estabelecido 
na ABNT NBR 7675.
A descida dos tubos na vala pode ser manual para os tubos com até 0,2 m de diâmetro. A Figura 3 
apresenta um dos processos recomendados para a descida dos tubos com até 0,2 m de diâmetro.
 Figura 3 – Descida manual do tubo
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A operação de descida de tubos na vala, com diâmetro superior a 0,2 m, deve ser feita com auxílio 
de equipamento mecânico adequado, com potência suficiente, sem provocar danos ao revestimento, 
à ponta e à bolsa. Na Figura 4, são apresentadas algumas formas de preparo do tubo para içamento 
mecânico.
 
Figura 4 – Formas de preparo do tubo para içamento mecânico
Ao usar cintos, verificar a resistência destes antes de carregar o tubo. Ao usar um único cinto, 
posicioná-lo aproximadamente à meia distância das extremidades, para equilibrar a carga. Ao usar 
dois cintos, é necessário utilizar um balancim para evitar o escorregamento perigoso dos cintos 
e a perda de equilíbrio. Ao usar ganchos, eles precisam ser utilizados de forma apropriada e revestidos 
de plástico, borracha ou material semelhante. Não rolar, arrastar ou atirar os tubos ao chão, ainda 
que em cima de pneus ou areia, para não danificar os seus revestimentos. Evitar posicionar os tubos 
em contato com pedras grossas ou desequilibrados, por exemplo, em cima de raízes. Proteger 
os tubos contra projeções de pedras devidas a tiros de desmonte de rochas.
As juntas devem ser previamente montadas entre tubos ou conexões bem alinhados e com suas 
pontas e bolsas perfeitamente limpas. Caso seja utilizada junta elástica e seja necessário traçar uma 
curva com os próprios tubos, dar a curvatura após a montagem de cada junta, de acordo com a Figura 5, 
e com o diâmetro nominal (DN) do tubo, tomando cuidado para não ultrapassar as deflexões angulares 
máximas determinadas em projeto ou indicadas no catálogo do fabricante. Para diâmetros menores 
ou iguais a 0,3 m, mínimo de 3º 30’, para DN entre 0,35 m e 0,6 m, mínimo de 2º 30’ e para DN maior 
ou igual a 0,7 m, mínimo de 1º 30’.
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Figura 5 – Deflexões dos tubos
As montagens das juntas elásticas, mecânicas e de flanges estão descritas, respectivamente, nos 
Anexos F, G e H.
Sempre que possível, os tubos devem ser assentados no comprimento recebido do fabricante, devendo 
qualquer corte do tubo ser reduzido ao mínimo. Entretanto, quando o corte for necessário, devem ser 
atendidos os requisitos do Anexo I.
Os tubos devem ser assentados, de preferência, com as bolsas voltadas para montante.
Em terrenos com declividade acima de 20 % para trechos aéreos e 25 % para trechos enterrados, 
é recomendado o assentamento dos tubos com as bolsas voltadas para cima e devidamente ancorados. 
Quando a tubulação for enterrada em terrenos agressivos, ela deve ser envolvida, na hora 
do assentamento, com uma manga tubular ou com um lençol de polietileno, conforme descrito 
na ABNT NBR 12588.
4.2.9.4.4 Tubos de PVC-U, PVC DEFOFO e PVC-O
Verificar se os anéis das conexões correspondem aos especificados na ABNT NBR 7676 e se estão 
em bom estado e limpos.
Na execução do assentamento, devem ser adotados os mesmos critérios de 4.2.9.4, com relação aos 
serviços de nivelamento, conforme a seguir:
4.2.9.4.4.1 juntas entre tubos e conexões
A execução das juntas elásticas entre tubos e conexões deve atender à seguinte sequência para 
montagem dos anéis das conexões:
 — limpar as faces externas das pontas dos tubos e as faces internas das bolsas das conexões 
e, principalmente, a região de encaixe do anel. Verificar se o chanfro da ponta do tubo não foi 
danificado; caso necessário, corrigi-lo com uma grosa;
 — colocar o anel dentro de seu encaixe na bolsa, sem torções; 
 — untar a face externa da ponta do tubo e a parte aparente do anel com pasta adequada, indicada 
pelo fabricante. Não utilizar, em hipótese alguma, graxas ou óleos lubrificantes, que podem afetar 
as características da borracha;
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 — após o posicionamento correto da ponta do tubo junto à bolsa da conexão, realizar o encaixe, 
empurrando manualmente o tubo. Para os DN maiores, pode-se utilizar uma alavanca junto 
à bolsa do tubo a ser encaixado, com o cuidado de se colocar uma tábua entre a bolsa 
e a alavanca, a fim de evitar danos, ou pode-se utilizar ferramenta de tração adequada que não 
danifique o tubo.
4.2.9.4.4.2 juntas entre tubos
A execução das juntas elásticas entre tubos deve atender à seguinte sequência:
 — fazer a conexão entre tubos de PVC somente com a utilização de juntas elásticas integradas;
 — limpar as faces externas das pontas dos tubos e o anel integrado à bolsa. Verificar se o chanfro 
da ponta do tubo não foi danificado; caso necessário, corrigi-lo com uma grosa;
 — untar a face externa da ponta do tubo e a parte aparente do anel com pasta adequada, indicada 
pelo fabricante. Não utilizar, em hipótese alguma, graxas ou óleos lubrificantes, que podem afetar 
as características da borracha;
 — após o posicionamento correto da ponta do tubo junto à bolsa do tubo já assentado, realizar 
o encaixe, empurrando manualmente o tubo. Para os DN maiores, pode-se utilizar uma alavanca 
junto à bolsa do tubo a ser encaixado, com o cuidado de se colocar uma tábua entre a bolsa 
e a alavanca, conforme mostrado na Figura 6, para evitar danos, ou pode-se utilizar ferramenta 
de tração adequada que não danifique o tubo;
 — realizar o acoplamento da ponta na bolsa do tubo já assentado, até o limite da marcação 
de montagem, em função da dilatação linear causada pela variação térmica nas tubulações 
plásticas. Quando não existir marcação de montagem na ponta dos tubos e conexões, deve-se 
introduzir a ponta até o batente da bolsa e, em seguida, recuar a ponta em aproximadamente 
0,01 m.
 
Figura 6 – Encaixe dos tubos por sistema manual
Não pode ser utilizada a pá de retroescavadeira para acoplar os tubos, conforme mostrado 
na Figura 7.
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Figura 7 – Forma incorreta para o acoplamento dos tubos
Após a montagem de uma junta, caso seja necessário ensaio de estanqueidade, a tubulação deve ser 
parcialmente recoberta de uma altura mínima de 0,5 m × DE acima de sua geratriz superior, com uma 
camada do material de envoltória, deixando descoberta a região do acoplamento, para verificação 
da estanqueidade, de tal forma a assegurar que, durante o ensaio de estanqueidade, a tubulação não 
sofra deslocamentos. Após a realização do ensaio de estanqueidade, deve-se completar a envoltória 
de areia.
Não pode ser provocada a curvatura dos tubos para atender ao traçado da tubulação em substituição 
às respectivas conexões.
NOTA As deflexões máximas admissíveis nas juntas dos tubos de PVC-U PVC DEFOFO e PVC-O 
em função dos seus DN, assim como as demais relações geométricas, estão determinadas nos catálogos 
de cada fabricante. 
A distância horizontal lateral da tubulação em relação a qualquer outra instalação (baldrame, cabos 
de energia etc.) deve ser superior a 0,40 m e separada verticalmente por uma camada de reaterro 
de no mínimo 0,40 m, devidamente compactada, atendendo ao recobrimento mínimo.
A profundidade da vala deve atender às instruções do projeto executivo. Caso não haja instruções 
de projeto, devem ser atendidos os requisitos do Anexo B. 
Caso não haja instruções de projeto, nos trechos em que o recobrimento da tubulação for inferior 
a 0,80 m e/ou quando a tubulação for assentada em ruas com cargas móveis pesadas, devem ser 
tomadas medidas especiais para a sua proteção. Esta proteção pode ser feita embutindo-se a tubulação 
dentro de tubos com DN superiores e apropriados para receber as cargas móveis, ou mediante 
utilização de lajes, conforme o esquema da Figura 8. Nestes casos, o tubo deve ser envolvido 
em material granular ou pó de pedra, permanecendo desvinculado dos elementos de proteção.
 
Figura 8 – Assentamento especiais
Quando da consideração das cargas móveis acidentais, não havendo dados reais, deve-se considerar 
o peso do trem Tipo TB 45 da ABNT NBR 7188, para as valas situadas no leito da rua
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Nos trechos em que a tubulação for assentada em valas em condições que a carga total 
(carga móvel somada à carga de terra) provocaria deformações diametrais relativas superiores 
a 7,5 % em condições de assentamento normal, devem ser previstas medidas especiais para 
a proteção da tubulação.
4.2.9.4.5 Tubos de polietileno (PE)
No assentamento de tubos de polietileno para obras de água ou esgoto pressurizado, devem ser 
utilizadas juntas mecânicas e juntas soldadas por termofusão ou eletrofusão. No caso de obras 
de esgotamento sanitário por gravidade, devem ser atendidos os requisitos para união dos tubos 
estabelecidos na ABNT NBR ISO 21138-1.
As alturas de aterro devem atender ao estabelecido em projeto, de acordo com o determinado 
na ABNT NBR 15802. Caso não haja determinação em projeto, as alturas mínimas de aterro devem 
atender ao especificado nas Tabelas B1 e B2 
Caso não haja instruções de projeto, nos trechos em for necessário que o recobrimento da tubulação 
seja inferior aos valores estabelecidos na ABNT NBR 15802, e/ou quando a tubulação for assentada 
em ruas com cargas móveis pesadas, devem ser tomadas medidas especiais para a sua proteção. Esta 
proteção pode ser feita embutindo-se a tubulação dentro de tubos com DN superiores e apropriados 
para receber as cargas móveis, ou mediante a utilização de lajes, conforme o esquema da Figura 8. 
Nestes casos, o tubo deve ser envolvido em material granular ou pó de pedra, permanecendo 
desvinculado dos elementos de proteção.
A execução do assentamento depende do tipo de obra, conforme a seguir:
4.2.9.4.5.1 Obras de água
Para tubulações de polietileno em obras de água, deve-se considerar:
 — assentar a tubulação à uma distância segura de redes elétricas ou fontes de calor, de forma que 
não haja temperaturas circundantes que excedam 50 °C;
 — assentar a tubulação, preferencialmente de forma sinuosa para compensar a retração que ocorre 
quando da execução do aterro;
 — assentar a tubulação à uma distância mínima de 0,3 m de qualquer obstáculo ou interferência;
 — atender aos os raios mínimos de curvatura estabelecidos na ABNT NBR 15802, para mudanças 
de direção, contorno de obstáculos e interferências;
 — movimentar o tubo dentro da vala ao longo de seu eixo longitudinal, com ou sem roletes, com uma 
força de puxamento máxima, conforme especificado na Tabela J.1;
 — tamponar as extremidades do tubo sempre que o assentamento for interrompido, para evitar 
entrada de água oriunda do solo, animais ou sujeira;
 — fazer o esgotamento de água dentro da vala antes do assentamento da tubulação;
 — atender às especificações do projeto para assentamento sob lençol freático, para evitar os efeitos 
das pressões de colapso na tubulação, em especial nos tubos de SDR ≥ 21;
 — executar as soldas conforme as ABNT NBR 14464 e ABNT NBR 14465;
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 — soldar os tubos preferencialmente fora da vala e antes de seu assentamento;
 — retirar os tubos da máquina de solda de termofusão ou do dispositivo de alinhamento das soldas 
de eletrofusão somente após decorrido o tempo de resfriamento especificado para a soldagem, 
conforme previsto nas ABNT NBR 14464 e ABNT NBR 14465;
 — acrescer ao tempo de resfriamento das soldas os tempos especificados na Tabela 1, quando 
a tubulação for submetida a esforços decorrentes de instalação pelo método não destrutivo, 
furação dos tês de derivação ou aplicação de pressão interna.
Tabela 1 – Tempo mínimo para aplicação de esforços
DE 
mm
Tempo 
min
≤ 110 15
> 110 ≤ 180 20
> 180 ≤ 315 30
> 315 ≤ 500 45
> 500 ≤ 800 60
> 800 120
Nota 1 Quanto ao assentamento de tubos bobinados com diâmetro externo DE ≥ 63 mm, recomenda-se 
utilizar “desbobinadeira”.
Devem ser soltas somente as amarras que liberem o comprimento de tubo requerido. A parte do tubo 
que permanece presa à bobina deve ser novamente tamponada e protegida.
Nota 2 Em cruzamentos onde for difícil manter a distância de 0,3 m, admite-se uma separação de até 
0,075 m, desde que seja providenciada a inserção de uma manta elastomérica, com no mínimo 0,006 m 
de espessura, entre o tubo de polietileno e a interferência encontrada.
Nota 3 No caso das redes de distribuição, caso seja possível, recomenda-se a execução da montagem 
das derivações dos ramais concomitantemente ao assentamento da tubulação na vala.
Nota 4 As juntas podem ser executadas por processo de soldagem ou montagem por processo mecânico, 
por exemplo, conexões de compressão, conexões flangeadas etc.
Quando for necessário executar a solda dentro da vala, deve ser feita uma escavação adicional 
tanto na lateral como na profundidade (cachimbo), de forma a permitir o manuseio do equipamento 
e da tubulação.
4.2.9.4.5.2 Obras de esgoto 
Para tubulações de polietileno em obras de esgoto, deve-se considerar:
 — nivelar a tubulação, conforme os critérios do item 4.2.9.4, caso os tubos sejam corrugados;
 — atender ao estabelecido nas ABNT NBR ISO 21138-1 e 2, caso os tubos sejam corrugados;
 — realizar o acoplamento da ponta na bolsa do tubo corrugado já assentado até o limite da marcação 
de montagem, em função da dilatação linear causada pela variação térmica nas tubulações 
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plásticas. Quando não existir marcação de montagem na ponta dos tubos e conexões, deve-se 
introduzir a ponta até o batente da bolsa e, em seguida, recuar a ponta em aproximadamente 0,01 m;
 — colocar o anel na nervura do tubo corrugado indicada pelo fabricante, no caso de utilização 
de luvas, e posteriormente realizar o acoplamento;
 — recobrir a tubulação corrugada parcialmente, após a montagem de uma junta, acima de sua 
geratriz superior com uma camada do material de envoltória, deixandodescoberta a região 
do acoplamento para verificação da estanqueidade, de tal forma a assegurar que, durante 
o ensaio de estanqueidade, a tubulação não sofra deslocamentos. Após a realização do ensaio 
de estanqueidade, deve-se completar a envoltória com areia;
 — atender às instruções do projeto executivo quanto à profundidade da vala, de acordo com 
o estabelecido na ABNT NBR 15802. Caso não haja instruções de projeto, devem ser atendidos 
os requisitos especificados nas Tabelas B1 e B2; 
Não pode ser utilizada a pá de retroescavadeira para acoplar os tubos corrugados, conforme mostrado 
na Figura 7.
Não pode ser provocada a curvatura dos tubos para atender ao traçado da tubulação em substituição 
às respectivas conexões.
Caso não haja instruções de projeto, nos trechos em que for necessário que o recobrimento da tubulação 
seja inferior aos valores indicados na ABNT NBR 15802, e/ou quando a tubulação for assentada 
em ruas com cargas móveis pesadas, devem ser tomadas medidas especiais para a sua proteção. Esta 
proteção pode ser feita embutindo-se a tubulação dentro de tubos com DN superiores e apropriados 
para receber as cargas móveis, ou mediante a utilização de lajes, conforme o esquema da Figura 8. 
Nestes casos, o tubo deve ser envolvido em material granular ou pó de pedra, permanecendo 
desvinculado dos elementos de proteção.
Nos trechos em que for necessária a instalação da tubulação em valas profundas, devem ser 
atendidos os requisitos especificados na ABNT NBR 15802 e devem ser previstas medidas especiais 
para proteção da tubulação. Esta proteção pode ser conforme mostrado na Figura 8 ou pode envolver 
a tubulação com material granular, como pedra e cascalho.
4.2.9.4.6 Tubos de poliéster reforçado com fibra de vidro (PRFV)
No assentamento de tubos de PRFV, devem ser atendidos todos os requisitos estabelecidos nas 
ABNT NBR 10848; na ABNT NBR 15536-1 para as obras de água; na ABNT NBR 15536-2 para 
as obras de esgoto; e na ABNT NBR 15536-4 para os anéis de borracha.
As conexões devem atender aos requisitos especificados na ABNT NBR 15536-3.
No assentamento dos tubos deve ser preparada uma cava, no fundo da vala, para acomodação das 
bolsas ou luvas, visando assegurar o apoio uniforme do tubo no solo. 
4.2.10 Reaterro, compactação e remoção do escoramento
Tanto para tubos rígidos, semirrígidos e flexíveis, o reaterro final, conforme especificado na Figura 1, 
pode ser feito usando-se material de boa qualidade, isento de pedras, tocos e matérias orgânicas, 
proveniente da própria vala ou importado, lançado e compactado em camadas com no máximo 
0,20 m de espessura.
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4.2.10.1 Reaterro
O reaterro e o adensamento da vala devem ser executados obedecendo ao projeto e/ou às orientações 
da empresa prestadora de serviços de saneamento.
No projeto, devem constar no mínimo:
 a) especificação do material do reaterro e área de empréstimo, se for o caso;
 b) espessura da camada a ser compactada, grau de compactação, desvio da umidade ótima e ensaio 
específico, além do equipamento mais adequado para alcançar a condição de compactação 
desejada;
 c) processo de retirada do escoramento à medida que o reaterro é executado;
4.2.10.2 Escoramento
A remoção da cortina do escoramento deve ser executada à medida que avance o aterro e compactação. 
Quando houver escoramento e o projeto não determinar o processo de reaterro, com a devida retirada 
do escoramento, deve ser adotado o seguinte procedimento:
 a) em uma primeira fase, é mantido o escoramento e executado o reaterro até o nível da primeira 
estronca;
 b) retiram-se então a estronca e a longarina, se for o caso, e o travamento fica garantido pelo próprio 
solo do reaterro;
 c) prossegue-se com o reaterro até o nível da segunda estronca, retiram-se a estronca e a longarina, 
se for o caso, e assim sucessivamente até o nível desejado.
As pranchas verticais e os perfis metálicos, quando o escoramento for metálico ou metálico madeira, 
só devem ser retirados no final do reaterro. Para isso, utilizar guindastes, retroescavadeiras ou outros 
dispositivos apropriados. Os vazios deixados pelos perfis e estacas metálicas devem ser preenchidos 
com material granular fino.
O reaterro da vala só pode ser executado após a realização dos ensaios de estanqueidade 
da tubulação, conforme os procedimentos pertinentes.
O preenchimento da envoltória é obrigatoriamente manual até 0,30 m acima da geratriz superior 
da tubulação, executado em camadas, utilizando-se soquete manual, mecânico ou outro, cumpridas 
as condições estipuladas em projeto e conforme 4.2.9.3 e a Figura 1. 
O preenchimento e o adensamento acima de 0,30 m da geratriz superior da tubulação pode ser 
executado por processos mecânicos, com material de boa qualidade, por exemplo, material da própria 
escavação, que deve ser selecionado e estar isento de pedras, entulhos, asfalto etc., e em camadas 
com no máximo 0,20 m de espessura, conforme o grau de compactação especificado em projeto 
e conforme 4.2.9.3 e a Figura 1. 
Para a execução do reaterro, utilizar, preferencialmente, o mesmo solo escavado, desde que apresente 
as características físicas especificadas em ensaios.
Durante o processo de compactação, não é permitido utilizar sobre a vala equipamentos que imponham 
carga adicional acima da capacidade de suporte ao tubo assentado.
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Quando o solo for de má qualidade, utilizar solo de jazidas apropriadas. Solos contaminados, argilas 
plásticas e solos orgânicos, ou qualquer outro material que possa ser prejudicial física ou quimicamente 
para os tubos e acessórios não são aceitáveis como material do reaterro.
Deve-se iniciar a compactação a partir da região lateral da vala para o centro, tomando-se os devidos 
cuidados para não provocar danos estruturais e/ou desalinhamento das tubulações, evitando-se assim 
danos nos tubos e acessórios. 
Em ruas pavimentadas, no processo de reaterro da vala, devem ser restabelecidas as condições 
anteriores de compactação da base e da sub-base do pavimento, de modo a conferir a mesma 
capacidade de suporte anterior à abertura da vala.
4.2.10.3 Aterro final
Na execução do reaterro final em vias públicas, conforme mostrado na Figura 1, quando não estiver 
especificado no projeto, adotar os seguintes critérios para compactação do material da vala: 
 a) o reaterro deve ser executado em camadas de no máximo 0,20 m, utilizando areia, material 
removido da vala ou importado e brita graduada simples (BGS), conforme o grau de compactação 
a seguir: 
 — para a areia: compacidade relativa > 70 %, conforme a ABNT NBR 12051; 
 — para o solo de reaterro da vala (material removido ou importado): grau de compactação 
do solo ≥ 95 % (proctor normal), conforme a ABNT NBR 7182 
 — para a BGS: densidade aparente da camada compactada (medida in situ) ≥ 100 % 
da densidade aparente máxima medida em laboratório, conforme as legislações vigentes [5] 
e [6];
 b) a compactação do solo pode ser manual ou mecânica, desde que atenda aos requisitos de energia 
de compactação preestabelecidos no projeto ou conforme descrito em 4.10.2.3-a). 
 c) Quando no projeto ou na especificação da empresa prestadora de serviços de saneamento estiver 
determinado o grau de compactação do solo ou compacidade da areia para o reaterro, esse 
parâmetro deve ser verificado por meio de ensaios executados por profissional especializado 
em controle tecnológico e conforme a ABNT NBR 7182 ou a ABNT NBR 12051. 
4.2.11 Reposição da pavimentação 
4.2.11.1 Disposições gerais
A reposição da pavimentação deve ser iniciada logo após a conclusão do reaterro compactado 
e regularizado, sendo que o executor deve providenciar as diversas reposições, reconstruções 
ou reparos de qualquer natureza, de modo a tornar o executado igual ao que foi removido, demolido 
ou rompido. Na reposição de qualquer pavimento, seja no passeio ou no leitoA.4.2 Armazenamento ...............................................................................................................77
Anexo B (normativo) Largura e profundidade das valas, poços e cavas......................................79
Anexo C (normativo) Tipos de escoramento ...................................................................................83
C.1 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento .................................83
C.2 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo descontínuo .........................................84
C.3 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo contínuo ...............................................85
C.4 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo especial ................................................86
C.5 Estrutura de escoramento – Tipo metálico e/ou madeira ............................................87
Anexo D (normativo) Tipos de apoio da tubulação, envolvimento e reaterro ..............................88
Anexo E (normativo) Requisitos para a execução da envoltória e sistema unificado 
de classificação dos solos (SUCS) .................................................................................97
Anexo F (normativo) Junta elástica ................................................................................................103
F.1 Montagem da junta elástica ..........................................................................................103
F.2 Aparelhos para montagem da junta elástica ...............................................................103
F.2.1 Tubos de DN 50 a DN 150 ..............................................................................................103
F.2.2 Tubos de DN 200 a DN 600 ............................................................................................104
F.2.3 Tubos de DN 700 a DN 1 200 .........................................................................................104
Anexo G (normativo) Montagem da junta mecânica .....................................................................107
Anexo H (normativo) Montagem da junta e de flanges .................................................................109
Anexo I (normativo) Corte dos tubos de ferro fundido dúctil ....................................................... 110
Anexo J (normativo) Máxima força admissível de puxamento de tubos de polietileno ............ 112
Bibliografia .......................................................................................................................................114
Figuras
Figura 1 – Etapas de reaterro da vala ..............................................................................................34
Figura 2 – Métodos de assentamento .............................................................................................36
Figura 3 – Descida manual do tubo .................................................................................................39
Figura 4 – Formas de preparo do tubo para içamento mecânico .................................................40
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Figura 5 – Deflexões dos tubos .......................................................................................................41
Figura 6 – Encaixe dos tubos por sistema manual ........................................................................42
Figura 7 – Forma incorreta para o acoplamento dos tubos ..........................................................43
Figura 8 – Assentamento especiais .................................................................................................43
Figura 9 – Ancoragens de pequeno porte com pontalete de madeira para conexões de DN 50 
a 100 ..................................................................................................................................53
Figura 10 – Desenhos ilustrativos de blocos de ancoragem em concreto..................................54
Figura 11 – Travessia aérea ..............................................................................................................55
Figura 12 – Esquemas de montagens de válvulas .........................................................................59
Figura 13 – Instalação de hidrante de coluna .................................................................................61
Figura 14 – Instalação de hidrante subterrâneo .............................................................................62
Figura A.1 – Esquema de empilhamento dos tubos ......................................................................68
Figura A.2 – Empilhamento – Apoio da primeira camada de tubos e bolsas livres ....................69
Figura A.3 – Proteção para armazenamento dos tubos expostos em período superior 
a seis meses ...................................................................................................................................69
Figura A.4 – Transporte e manuseio dos tubos .............................................................................70
Figura A.5 – Exemplo de suportes laterais .....................................................................................71
Figura A.6 – Exemplos de estocagem de tubos .............................................................................72
Figura A.7 – Pilha de camadas sobrepostas ..................................................................................73
Figura A.8 – Pilha de camadas superpostas-Bolsas do mesmo lado ..........................................75
Figura A.9 – Pilha de camadas superpostas com bolsas de lado alternado ...............................76
Figura C.1 – Escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento ...................................................83
Figura C.2 – Escoramento de madeira – Tipo descontínuo ..........................................................84
Figura C.3 – Escoramento de madeira – Tipo contínuo ................................................................85
Figura C.4 – Escoramento de madeira – Tipo especial .................................................................86
Figura C.5 – Escoramento – Tipo metálico e/ou madeira ..............................................................87
Figura D.1 – Apoio direto ..................................................................................................................88
Figura D.2 – Apoio sobre camada de solo ......................................................................................89
Figura D.3 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia) ...................................................89
Figura D.4 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia) e envolvimento lateral parcial ..90
Figura D.5 – Apoio sobre lastro de brita .........................................................................................91
Figura D.6 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação ..............................................92
Figura D.7 – Laje sobre lastro de brita (fundação) .........................................................................92
Figura D.8 – Laje sobre embasamento de pedra de mão (fundação) ...........................................92
Figura D.9 – Laje sobre estaca (fundação) .....................................................................................93
Figura D.10 – Apoio sobre leito de material granular fino .............................................................93
Figura D.11 – Apoio sobre leito de material granular fino .............................................................94
Figura D.12 – Apoio sobre lastro de brita .......................................................................................94
Figura D.13 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação ...........................................95
Figura D.14 – Laje sobre lastro de brita (fundação) .......................................................................95
Figura D.15 – Apoio sobre leito de material granular finocarroçável, devem ser 
obedecidos o tipo, as dimensões e a qualidade do pavimento encontrado.
A reposição da pavimentação em vias públicas deve restabelecer as condições anteriores da abertura 
da vala, obedecendo às instruções de projeto, bem como às legislações municipais.
A reconstrução do pavimento implica na execução de todos os trabalhos correlatos e afins, como 
recolocação de meios-fios, bocas de lobo e outros, eventualmente demolidos ou removidos para 
execução dos serviços.
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O pavimento, depois de concluído, deve estar perfeitamente conformado ao greide e à seção transversal 
do pavimento existente, não sendo admitidas irregularidades ou saliências para compensar futuros 
abatimentos.
As emendas do pavimento reposto com o pavimento existente devem apresentar perfeito aspecto 
de continuidade.
Após a execução da pavimentação, toda a área afetada pela execução da obra deve ser limpa 
e varrida, removendo-se da via pública, quando for o caso, toda terra solta, entulho e demais materiais 
não utilizados, deixados ao longo das ruas onde foram executadas as redes.
A regularização em ruas de terra deve ser executada com motoniveladoras. Caso as ruas sejam 
em cascalho, brita ou pedregulho, após a regularização da via, o material deve ser reposto, espalhado 
e compactado, obedecendo às características do revestimento existente anteriormente.
4.2.11.2 Pavimentação em paralelepípedo ou bloco
As peças devem ser assentadas sobre lastro de areia com 0,05 m de espessura, para blocos articulados 
e 0,1 m de espessura, para blocos sextavados ou paralelepípedos. Eventualmente, para melhorar 
as condições de suporte do solo, deve ser executado lastro de brita ou de concreto magro.
Os paralelepípedos ou blocos devem ser assentados das bordas da faixa para o centro e, quando 
em rampa, de baixo para cima.
No caso de rampas íngremes, o assentamento deve ser feito sobre lastro de concreto magro, com 
consumo mínimo de cimento de 210 kg/m³.
O rejuntamento deve ser feito com pedrisco ou areia, seguido do preenchimento das juntas com 
asfalto.
4.2.11.3 Passeios cimentados
O concreto deve ter espessura e acabamento igual ao do piso existente, não podendo, no entanto, ser 
inferior a 0,05 m, e deve ser executado sobre lastro de brita com espessura de 0,05 m, devidamente 
compactado.
O consumo mínimo de cimento por metro cúbico (m³) de concreto deve ser de 210 kg/m3.
Executar camada de acabamento com espessura de 0,02 m, com argamassa de cimento e areia 
desempenada no traço de 1:3.
As juntas de dilatação devem ser do mesmo tipo e ter o mesmo espaçamento do pavimento existente.
4.2.11.4 Passeios revestidos
Atender às características dos materiais existentes, de forma a reconstituir as condições anteriores 
à quebra do passeio.
4.2.11.5 Pavimentação asfáltica
A reposição da pavimentação asfáltica deve atender às exigências dos órgãos competentes e/ou 
às mesmas características do pavimento existente.
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Na falta de exigências dos órgãos competente, a reposição da pavimentação asfáltica deve atender 
ao especificado em projeto ou às determinações da empresa prestadora de serviços de saneamento, 
de acordo com o tipo de tráfego.
Quando for utilizado asfalto usinado a quente, deve ser feito controle de temperatura do material, 
inclusive em pequenos reparos, tomando-se cuidado na execução das emendas. 
Nos casos de valas estreitas ou quando houver urgência no restabelecimento do trânsito, pode ser 
aceito o fechamento de vala com concreto, devidamente protegido por chapas metálicas, sobre 
o qual deve ser executada posteriormente uma capa com acabamento igual ao existente. A dosagem 
do concreto deve ter consumo mínimo de cimento por metro cúbico de concreto de 210 kg/m3 
e a espessura deve ser calculada de modo a assegurar uma resistência igual à do pavimento existente, 
não podendo ser inferior a 0,12 m. 
4.2.11.6 Execução de guia e sarjeta 
Os meios-fios, as sarjetas e os sarjetões devem atender às ABNT NBR 6118 e ABNT NBR 12655. 
O concreto deve ser dosado racionalmente e deve possuir a resistência característica (fck) de 20 MPa 
para meios-fios pré-moldados, sarjetas e sarjetões moldados no local e de 15 MPa para o lastro 
de concreto. 
Os meios-fios devem ser executados em peças com 1,0 m de comprimento, as quais devem ser 
vibradas até o seu completo adensamento e devidamente curadas antes de sua aplicação. 
O comprimento das peças deve ser reduzido para a execução de segmentos em curva. 
As formas para execução dos meios-fios devem ser metálicas ou de madeira revestida, que permitam 
acabamento semelhante àquele obtido com o uso de formas metálicas. 
Para o assentamento dos meios-fios, sarjetas e sarjetões, o terreno de fundação deve estar com a sua 
superfície devidamente regularizada, de acordo com a seção transversal do projeto, apresentando-se 
liso e isento de partículas soltas ou sulcadas e, não pode apresentar solos turfosos, micáceos 
ou que contenham substâncias orgânicas. Deve estar, também, sem quaisquer infiltrações d’água 
ou umidade excessiva. 
NOTA Não é permitida a execução dos serviços durante os dias de chuva. 
Após a compactação, deve-se umedecer ligeiramente o terreno de fundação para o lançamento 
do lastro. 
Sobre o terreno de fundação devidamente preparado, deve ser executado o lastro de concreto das 
sarjetas e sarjetões, de acordo com as dimensões especificadas no projeto. O lastro deve ser apiloado, 
convenientemente, de modo a não deixar vazios. 
O assentamento dos meio-fios deve ser feito antes de decorrida 1 h do lançamento de concreto 
da base. As peças devem ser escoradas, nas juntas, por meio de bolas de concreto com a mesma 
resistência da base. 
Depois de alinhados os meios-fios, deve ser feita a moldagem das sarjetas, utilizando-se concreto 
com plasticidade e umidade compatíveis com seu lançamento nas formas, sem deixar buracos 
ou ninhos. As sarjetas e sarjetões devem ser moldados in loco, com juntas com largura de 0,01 m 
a cada 3,0 m. Estas juntas devem ser preenchidas com argamassa de cimento e areia de traço 1:3. 
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A colocação do meio-fio deve preceder a execução da sarjeta adjacente. 
Estes dispositivos devem estar concluídos antes da execução do revestimento betuminoso. O controle 
do material deve ser executado por meio dos seguintes procedimentos: 
 a) determinar a resistência à compressão do concreto utilizado nas sarjetas e sarjetões em corpos 
de prova cilíndricos, de acordo com a ABNT NBR 5739; 
 b) verificar aleatoriamente, numa amostra de 10 unidades de cada lote de 300 peças de meio-fio, 
o seguinte: 
 — verificação da forma, presença de materiais de desintegração e condições das arestas; 
 — verificação das dimensões das guias pré-moldadas;
 — controle da geometria com nivelamento dos meios-fios e sarjetas a cada 5 m, medidas 
da largura das sarjetas a cada 5 m e alinhamento dos meios-fios a cada 5 m e entre 
meios-fios e sarjetas com fio de arame, nos trechos retos;
 — verificação visual das condições de acabamento; 
Os lotes de meio-fio pré-moldados somente devem ser aceitos se possuírem certificado de qualidade. 
As guias e sarjetas extrusadas in loco devem ser executadas sobre superfícies regularizadas 
e compactadas, obedecendo ao alinhamento, perfil e dimensões preexistentes, de projeto 
ou as dimensões mínimas, conforme determinado em projeto. 
O concreto deve ter fck de 20 MPa, deve ser desempenado e ter declividade necessária ao escoamento 
das águas. Eventualmente, para melhorar as condições de suporte do solo, deve ser executado lastro 
de brita. 
Caso necessário, deve ser executada sub-base em brita ou em macadame hidráulico.
4.2.12 Cadastramento
O cadastramento das obras deve atender aos requisitos estabelecidos pela empresa de prestação 
de serviços de saneamento. Casoa empresa não determine as condições para elaboração 
do cadastro, recomenda-se:
 a) que o cadastro das obras lineares seja executado diariamente para que represente de maneira 
fiel o executado;
 b) na impossibilidade de execução diária, que o cadastro seja apresentado à empresa de prestação 
de serviços de saneamento na conclusão das obras, contendo no mínimo:
 — descrição completa das redes executadas, apresentando: diâmetro nominal (DN), classe 
de pressão, material, data de instalação original, profundidades, amarrações, derivações, 
singularidades, derivações deixadas para ligações prediais etc.;
 — no caso de tubulações e conexões de polietileno, informações como diâmetro externo 
(DE) em vez de DN, SDR, identificação do executor das soldas, código de rastreabilidade 
do produto, classificação do tipo de composto e nome do fabricante;
 — data do cadastro;
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 — que os cadastros sejam elaborados conforme o especificado na ABNT NBR 12586 para 
os sistemas de abastecimento de água e na ABNT NBR 12587 para os sistemas 
de esgotamento sanitário;
 — a critério da empresa prestadora de serviços de saneamento, o cadastro deve ser entregue 
em meio digital, editável e na extensão especificada pela própria.
5 Requisitos específicos
5.1 Ancoragem 
Nas tubulações de água e esgoto pressurizadas que utilizam juntas elásticas devem ser executadas 
ancoragens nas peças aplicadas nas extremidades (por exemplo, flanges cegos ou caps), nas 
conexões utilizadas para mudança de direção (por exemplo, curvas e tês), nas conexões para mudança 
de diâmetro (por exemplo, reduções, em válvulas e registros sujeitos a deslocamentos por ação 
de empuxo hidráulico) e nos trechos de tubulação em declive acentuado.
As ancoragens podem ser de concreto, madeira de lei ou aço, ou executadas por meio de atirantamento 
da linha.
Para redes com DN até 0,1 m, por exemplo, ancoragens de pequeno porte, podem ser utilizados 
pontaletes de madeira ou perfis metálicos, conforme os exemplos ilustrativos de blocos de ancoragem 
apresentados na Figura 9.
A superfície de contato entre os tubos e/ou as conexões de plástico e os blocos de ancoragem deve 
ser protegida com um material inerte, por exemplo, manta de neoprene, capaz de permitir o movimento 
relativo das superfícies e prevenir a concentração de tensões na tubulação.
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Dimensões em centímetros
 
NOTA Conexões de Ø 50 mm a Ø 100 mm.
Figura 9 – Ancoragens de pequeno porte com pontalete de madeira para conexões de DN 50 a 100
Para as redes com diâmetros superiores a 0,1 m, devem ser executados blocos de ancoragem 
de concreto, conforme apresentado na Figura 10. 
Estes blocos devem ser objeto de projeto específico, conforme a ABNT NBR 13211, e devem atender 
às especificações relativas a formas, concreto, armaduras e tirantes.
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O projeto das ancoragens da tubulação e cap deve considerar as pressões de ensaio da tubulação.
 
Figura 10 – Desenhos ilustrativos de blocos de ancoragem em concreto
O bloco de ancoragem deve ser projetado de forma que seja considerada a capacidade de suporte 
de carga do solo que envolve a tubulação.
Válvulas, ventosas ou outros dispositivos devem ter fundação adequada para evitar recalques e não 
transmitir esforços à tubulação.
Os blocos de ancoragem e apoio devem ser executados de forma a manter as juntas livres, possibilitando 
a verificação da estanqueidade, antes da camada final de envoltória.
Os ensaios de estanqueidade somente podem ser iniciados após a completa execução de todas 
as ancoragens do trecho, quer sejam definitivas ou provisórias. 
5.2 Instalações aéreas
Na montagem das tubulações aéreas deve ser prevista a instalação de juntas de dilatação e/ou 
de sistemas de apoio que absorvam eventuais dilatações térmicas.
As tubulações de aço ou ferro fundido devem ser revestidas externamente conforme determinado 
em projeto. Não havendo determinações em projeto, deve ser atendido o padrão determinado pela 
empresa prestadora de serviços de saneamento ou os padrões determinados pelo fabricante do tubo.
Recomenda-se que os tubos em PVC, PVC-O, DEFOFO, PE ou PRFV não sejam instalados sob 
insolação direta. 
Caso sejam instalados tubos plásticos em instalações aéreas, deve ser elaborado projeto específico 
e devem ser consideradas as seguintes condições:
 a) no caso de uso de tubulações que não sejam na cor preta, deve ser adotada proteção contra 
a incidência de radiação UV;
 b) análise do coeficiente de dilatação térmica e flexibilidade;
 c) dimensionamento dos suportes de apoio.
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Nos trechos aéreos, executados com tubos de ferro fundido, os tubos devem descansar apoiar sobre 
os pilares de concreto colocados atrás das bolsas e ser mantidos por colares que suportem os esforços 
atuantes, conforme mostrado na Figura 11.
 
Figura 11 – Travessia aérea
A superfície de apoio do tubo no pilar deve ser convenientemente preparada para assegurar um bom 
contato, interpondo argamassa ou qualquer material plástico, por exemplo, manta de neoprene, por 
ocasião do assentamento. A Tabela 2 especifica as larguras mínimas previstas para estes pilares.
A superfície de contato entre os tubos e/ou conexões de plástico e os pilares deve ser protegida com 
um material inerte, por exemplo, manta de neoprene, capaz de permitir o movimento relativo das 
superfícies e prevenir a concentração de tensões na tubulação. O revestimento externo dos tubos 
deve ser flexível para absorver os esforços.
Tabela 2 – Largura mínima dos pilares
Tubo 
(DN)
Largura mínima 
m
50 a 200 0,15
250 a 600 0,30
700 a 900 0,45
1 000 a 1 200 0,60
Em geral, prevê-se um pilar para cada tubo; porém, conforme a classe do tubo e o valor do ângulo 
de apoio do tubo no pilar, é recomendável verificar, por meio de cálculos especializados, 
o comportamento da viga em flexão, conforme a ABNT NBR 11185. 
NOTA No caso de juntas flangeadas, recomenda-se prever um apoio para cada junta.
Nas tubulações em aço deve ser verificada a necessidade de instalação de junta isolante para proteção 
catódica, no trecho de transição enterrado/aéreo.
Na transição enterrado/aéreo em tubulação de aço, o revestimento externo deve ser reforçado pela 
aplicação de fita de polietileno e a sobreposição de fita de alumínio com selante betuminoso nas duas 
fitas, sobrepondo-se 0,50 m, no mínimo, sobre o revestimento.
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5.3 Instalações submersas
Nas instalações submersas, devem ser consideradas, em projeto específico, as seguintes condições:
 a) ação do empuxo;
 b) ação de forças devidas às correntes de fundo que causam arraste da tubulação;
 c) ação de forças devidas às variações da maré e resultantes das correntes de ondas marítimas;
 d) capacidade de suporte do solo;
 e) dimensionamento da ancoragem e dos apoios.
5.4 Instalação de tubulação em travessia de rodovias ou ferrovias
A instalação de tubulações no interior de túneis ou tubos-camisa deve ser efetuada por meio 
de métodos e equipamentos adequados para cada tipo de travessia, conforme previsto em projeto 
previamente aprovado. O projeto deve conter detalhes como: caixas de manobra, drenagem, proteção 
catódica e eventuais berços de apoio.
Na montagem de tubulações em travessias com vala a céu aberto deve ser observado em projeto que, 
quando da execução sob galeria, não pode ser admitida escavação sob suas juntas e a execução 
do escoramento é necessária quando estas galerias se apoiarem sobre fundações diretas. Na hipótese 
destas se apoiarem em estacas, não é necessária a execução do escoramento. Quando da execução 
sob tubulações com junta elástica, deve ser providenciado o travamento de todas as juntas antes 
da complementação da escavação. 
5.5 Sistemas deabastecimento de água 
5.5.1 Ligação predial de água executada pelo método destrutivo 
Este serviço consiste na execução de interligação da unidade de medição ou cavalete à rede pública 
e instalação do hidrômetro. É composto pelo conjunto de tubos, peças, conexões e medidor de volume 
de consumo.
O cavalete ou a unidade de medição deve seguir o padrão definido pela empresa prestadora 
de serviços de saneamento, sendo que, no caso de cavalete de plástico, este deve ser instalado 
em abrigo visando protegê-lo contra a ação de raios UV.
Antes do início dos serviços para execução da ligação de água, devem ser realizados todos 
os procedimentos administrativos e técnicos definidos pela empresa prestadora de serviços 
de saneamento. 
Após os serviços de escavação e limpeza externa do tubo da rede, no local onde será executada 
a ligação, deve-se instalar a tomada de água.
Posteriormente instalar o tubo do ramal conectando o mesmo no cavalete ou unidade de medição.
Deve ser efetuada uma descarga com água da rede, para limpeza do ramal antes de conectá-lo 
ao cavalete ou unidade de medição.
A vedação das roscas deve ser feita mediante a aplicação de fita veda-rosca, de forma que se obtenha 
a perfeita estanqueidade.
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No caso do tubo do ramal ser em polietileno, não é permitida sua dobragem, formando curvaturas 
com raio inferior a 25 vezes o número correspondente ao diâmetro externo (DE) e o seu lançamento 
no interior da vala deve ser feito de forma a não tracioná-lo nos encaixes das conexões. Deve-se 
envolver a tubulação com um colchão de areia de 0,05 m, e camada de 0,10 m de areia acima 
à geratriz superior do tubo.
O recobrimento mínimo do aterro sobre a geratriz superior do tubo da ligação deve ser de 0,50 m sob 
o leito carroçável pavimentado e de 0,70 m quando não houver pavimentação.
A largura da vala transversal correspondente à ligação deve ser tão reduzida quanto possível, 
visando restringir a ação de cargas sobre acidentais a tubulação. De maneira geral não pode exceder 
a 0,30 m no leito carroçável e 0,20 m no passeio.
O solo do reaterro deve ser isento de pedras e materiais pontiagudos e ter qualidade adequada, caso 
contrário, deve ser provida a troca do solo. A compactação de reaterro deve ser feita em camadas 
de solo de no máximo 0,20 m de espessura, com grau de compactação maior ou igual a 95 % 
do ensaio de proctor normal.
O grau de compactação do solo deve ser verificado por meio de ensaios executados por profissional 
especializado em controle tecnológico e conforme a ABNT NBR 7182. 
5.5.2 Ligação predial de água executada pelo método não destrutivo
Para a execução da perfuração unidirecional por percussão, mole, deve ser adotado o seguinte 
procedimento:
 a) abrir o poço de entrada e o poço de saída;
 b) posicionar a perfuratriz no poço de entrada, alinhando-a na direção do poço de saída;
 c) executar o furo entre os dois poços.
 d) instalar o tubo de polietileno por meio de uma das seguintes opções:
 — desconectar a perfuratriz da mangueira de ar comprimido e removê-la do poço de saída;
 — conectar o tubo à mangueira de ar comprimido para puxamento do tubo no furo executado;
 — conectar o tubo no terminal da perfuratriz e reverter o sentido de perfuração, retornando até 
o poço de entrada;
 — instalar o tubo manualmente após a remoção da mangueira de ar comprimido, quando o solo 
permitir;
 — conectar à perfuratriz e instalar simultaneamente à execução do furo, quando o diâmetro 
interno do tubo permitir a passagem da mangueira de ar comprimido.
5.5.3 Instalação de válvulas, descargas, dispositivos para eliminação ou absorção de ar 
As válvulas de fechamento, reguladoras, redutoras, de retenção, de descargas e dispositivos para 
eliminação ou absorção de ar devem ser instalados em caixas de passagem, conforme previsto 
em projeto.
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As válvulas de fechamento, reguladoras, redutoras, de retenção, de descargas e ventosas para 
aplicação em redes de polietileno, devem ser instaladas em caixas de passagem projetadas conforme 
a ABNT NBR 15802.
As caixas devem permitir a montagem e desmontagem dos equipamentos nela contidos, deve 
possuir tampa dimensionada para a carga do tráfego local, com acesso que permita a manobra dos 
equipamentos e deve ser provida de dreno para escoar as águas de infiltração e de vazamentos 
ou resultantes das operações de manutenção.
No caso da rede estar instalada sob lençol freático, as caixas devem ser estanques e ancoradas para 
suportar os efeitos dos empuxos atuantes.
A instalação de uma válvula deve atender aos seguintes requisitos:
 a) ser abrigada em caixa apropriada e de fácil acesso ou instalada conforme indicado na Figura 12, 
atendendo sempre aos detalhes do projeto executivo;
 b) a caixa não pode transmitir à válvula ou à tubulação esforços provenientes do tráfego;
 c) a caixa, quando acima do lençol freático, deve ter dreno no fundo;
 d) a caixa deve ser centralizada em relação ao cabeçote/volante de manobra da válvula.
O projeto deve indicar os locais e tipos de ancoragem ou de atirantamento necessários; todavia, 
as condições da obra podem requerer ancoragem ou atirantamento adicionais, que devem ter 
a anuência do projetista.
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Legenda
H é o curso da haste da válvula.
Figura 12 – Esquemas de montagens de válvulas
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5.5.4 Hidrantes
Os hidrantes devem ser fabricados conforme previsto na ABNT NBR 5667 (todas as partes) e todas 
as conexões em ferro fundido devem atender à ABNT NBR 7675. Os hidrantes devem ser dimensionados 
em locais de instalação e capacidade, conforme a ABNT NBR 12218. 
O hidrante de coluna simples deve ser fornecido com os respectivos bujões e tampões. 
O hidrante de coluna completo deve ser fornecido de acordo com os respectivos bujões e tampões 
e incluir uma curva dissimétrica com flanges, uma válvula-gaveta de ferro fundido nodular (dúctil) com 
cunha emborrachada flangeada e os seguintes acessórios: 
 a) as conexões de ferro fundido dúctil, fornecidas com hidrantes de colunas completos, devem ser 
fabricadas de acordo com a ABNT NBR 7675, e as válvulas-gaveta com cunha emborrachada 
devem ser fabricadas de acordo com a ABNT NBR 14968;
 b) as arruelas de borracha de face plena, quando fornecidas em conjunto com os hidrantes devem 
ser confeccionadas com elastômero que atenda ao especificado na ABNT NBR 7676;
 c) parafuso de cabeça sextavada, as porcas sextavadas e as arruelas para fixação dos flanges, 
fornecidos em conjunto com os hidrantes e conexões de ferro dúctil, devem ser de aço, galvanizados 
a fogo. Quando recomendável, pode ser empregado aço inoxidável, conforme a ABNT NBR 5601. 
 d) a quantidade de parafuso a ser fornecida depende do número de furos dos flanges, devendo ser 
fornecidas uma porca e duas arruelas para cada parafuso. 
Os hidrantes devem ser instalados conforme as Figuras 13 e 14 ou instruções do fabricante.
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Figura 13 – Instalação de hidrante de coluna
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Figura 14 – Instalação de hidrante subterrâneo
5.5.5 Interligações de redes de água e adutoras
As interligações devem ser realizadas de acordo com as diretrizes propostas pela empresa prestadora 
de serviços de saneamento e que estejam de acordo com os tipos de união e compatíveis com 
as tubulações existentes, conforme os cadastros técnicos disponíveis.
Toda interligação deve conter, entre a tubulação existente e a nova, válvula de manobra para a lavagem 
e desinfecção da nova tubulação, podendo esta ser retirada após a operação.
Toda interligação, logo após sua conclusão, deve ser cadastrada, conforme 4.2.12.
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5.5.6 Verificação da estanqueidade 
5.5.6.1 Tubos de PVC
A verificação da estanqueidade da rede deve ser executada conforme a ABNT NBR 9650.
5.5.6.2 Tubos de polietileno
A verificação da estanqueidade da rede deve ser executada conforme a ABNT NBR 15952.
5.5.6.3 Tubos de ferro fundido
A verificação da estanqueidade da rede deve ser executada conforme a ABNT NBR 9650.
5.6 Sistemas de esgoto sanitário 
5.6.1 Ligação predial de esgoto 
Este serviço consiste na execução de interligação da rede coletora de esgotos até a caixa de inspeção 
do imóvel conforme especificações da empresa prestadora de serviços de saneamento.
Antes do início dos serviços para execução da ligação de esgoto, devem ser realizados todos 
os procedimentos administrativos e técnicos definidos pela empresa prestadora de serviços 
de saneamento. 
A conexão do ramal à rede deve ser feita da seguinte forma:
 a) mediante o uso de conexão tipo selim, nas redes em carga;
 b) mediante o uso de conexão tipo tê, nas redes novas executadas junto com o coletor, posicionado 
o tê de forma a assegurar a perpendicularidade ao alinhamento predial, no ponto de conexão com 
o ramal predial interno, sob a soleira.
Os tubos utilizados na execução do ramal devem atender às Normas Brasileiras aplicáveis, conforme 4.1.
A furação da rede em carga, deve ser suficiente para a penetração justa da guia de encaixe do selim 
no tubo do coletor.
A estanqueidade na conexão selim à rede deve ser feita mediante processo recomendado pelo 
fabricante.
Os ramais prediais estendidos a partir das derivações intercaladas na tubulação da rede coletora 
devem ser no mínimo de DN 100 e ter 2 % da declividade mínima.
O ramal-padrão deve ser provido, de preferência, de duas curvas de 45º e coluna suficiente para permitir 
a concordância da ligação com a ponta do ramal interno sob a soleira, assegurando a declividade 
mínima de 2 %. Esta concepção é função da profundidade do coletor e de sua distância à soleira.
Quando as condições de distância coletor-soleira e/ou profundidade do coletor forem críticas, mantida 
a declividade mínima de 2 %, as curvas de 45º podem ser substituídas por uma curva de 90º.
O assentamento dos tubos do ramal deve ser de forma a se obter apoio total da geratriz inferior 
do tubo no fundo da vala, prevendo-se escavação adicional para absorver a projeção da bolsa.
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Os tubos devem ser assentados de forma a manter a linearidade dos eixos, conforme previsto neste 
Documento.
Envolver a tubulação com um colchão de areia de 0,05 m, e camada de 0,10 m de areia acima 
da geratriz superior do tubo.
As juntas devem ser executadas conforme o material utilizado e de acordo com as recomendações 
do fabricante.
A largura da vala transversal até a soleira deve ser no máximo de 0,50 m a partir da cava sobre 
o coletor.
O recobrimento mínimo do aterro sobre a geratriz superior do tubo da ligação deve ser de 0,50 m sob 
o leito carroçável pavimentado e de 0,70 m quando não houver pavimentação.
O solo do reaterro deve ser isento de pedras e materiais pontiagudos de ter qualidade adequada, 
caso contrário, deve ser providenciada a troca do solo. A compactação de reaterro deve ser feita 
em camadas de solo de no máximo 0,20 m de espessura, com grau de compactação maior ou igual 
a 95 % do ensaio de proctor normal.
5.6.2 Poços de visita e inspeção
Devem ser construídos ou instalados poços de visitas (PV) e inspeção (PI) nas posições 
indicadas no projeto, em conformidade com a ABNT NBR 9649, ABNT NBR 12207, 
ABNT NBR 16085 e diretrizes da empresa prestadora de serviços de saneamento.
Quando não definido em projeto, a distância entre PV e PI, consecutivos, deve ser limitada ao alcance 
dos equipamentos de desobstrução e limpeza.
Os poços de visita ou inspeção podem ser executados ou fabricados utilizando-se os seguintes 
materiais: 
 a) alvenarias de tijolos maciços ou blocos de concreto;
 b) tubos de concreto pré-moldado;
 c) concreto moldado no local; 
 d) concreto pré-moldado conforme a ABNT NBR 16085; ou
 e) polietileno PVC ou polipropileno.
5.6.2.1 Partes constituintes
Basicamente os PV e PI em alvenaria; tubos de concreto pré-moldado, concreto pré-moldado 
e concreto moldado no local, compõe-se das seguintes partes:
 — laje de fundo; 
 — câmara de trabalho ou balão, esta dimensão deve ser definida pela empresa prestadora 
de serviços de saneamento, podendo ser de 0,60 m para PI e variar de 0,80 m a 1,50 m para PV e; 
 — peça de transição, por exemplo, laje superior; 
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 — câmara de acesso ou chaminé;
 — laje; e 
 — tampão. 
No caso de PI, estes são constituídos somente por: laje de fundo, câmara de trabalho, laje e tampão. 
5.6.2.2 Requisitos gerais
Independenmente do material de fabricação, os poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) devem 
ser instalados considerando os seguintes critérios:
 a) quando a tubulação de chegada e a de saída dos PV apresentarem desnível superior a 0,50 m, 
na chegada ao PV, deve ser executado um tubo de queda, conforme estabelecido nas 
ABNT NBR 9649 e ABNT NBR 12207.
 b) a critério da empresa prestadora de serviços de saneamento, os PV e PI de cabeceira ou ponta 
seca, bem como os utilizados na divisão de trechos longos, podem ser substituídos por tubulações 
denominadas terminal de limpeza (TL).
 c) quando a parede do PV, PI ou laje de fundo não suportar a carga de tráfego prevista, o aro 
do tampão deve ser assentado sobre uma base independente da parede da chaminé do PV.
5.6.2.3 Poços de visita e inspeção em concreto ou alvenaria
Quando não definido em projeto, a execução dos poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) 
em alvenaria, tubos de concreto pré-moldado e concreto moldado no local, deve atender aos seguintes 
requisitos:
 a) a laje de fundo deve ser executada em concreto armado, com espessura mínima de 0,15 m, 
apoiada sobre o lastro de brita ou de cascalho grosso, executado após a regularização do fundo 
da cava. Quando o terreno assim o requerer e a critério da empresa prestadora de serviços 
de saneamento, a laje deve ser apoiada sobre fundação adequada, como, estacas, pedras 
de mão etc. 
 b) sobre a laje de fundo, devem ser construídas as calhas ou canaletas, necessárias, em concordância 
com os coletores de chegada e de saída. A plataforma correspondente ao restante do fundo 
do poço também chamada banqueta ou almofada, deve ter a inclinação de 10 % para as canaletas. 
As canaletas e as banquetas devem ser revestidas com argamassa de cimento e areia, no traço 
1:3, alisada e queimada por colher. 
 c) as paredes da câmara de trabalho ou balão, câmara de acesso ou chaminé, devem: 
 — no caso de poços de visita e poços de inspeção em alvenaria de tijolos ou blocos 
de concreto: ter as paredes revestidas com argamassa de cimento e areia, no traço 1:3, 
externa e internamente alisada e queimada à colher.
 — a câmara de trabalho ou balão dos PV: ter uma altura que possibilite o trabalho no seu interior 
em condições satisfatórias. A câmara de trabalho ou balão deve ter, quando possível, uma 
altura mínima livre, em relação à banqueta, de 2 m. 
 — no caso de PV: uma vez terminada a câmara de trabalho ou balão, sobre o respaldo 
da alvenaria, topo do último anel de concreto ou da parede de concreto, será colocada 
uma peça de transição, por exemplo, laje de concreto armado ou peça tronco-cônica, com 
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abertura excêntrica ou não, de 0,60 m, voltada para montante, de modo que seu centro fique 
localizado sobre o eixo do coletor principal. 
NOTA 1 Coincidindo com essa abertura, será executada a câmara de acesso ou chaminé em alvenaria 
de tijolos ou blocos de concreto, tubos de concreto pré-moldado ou concreto moldado in loco, conforme o tipo 
de PV. Essa chaminé terá 0,60 m de diâmetro e altura variável de no máximo1 m, alcançado o logradouro 
com folga na altura, necessária para colocação do tampão. 
NOTA 2 A chaminé somente existirá quando o greide da cava estiver com uma profundidade superior 
a 2,50 m. Para profundidades menores, o poço de visita se resumirá na câmara de trabalho, ficando 
o tampão diretamente apoiado sobre a peça de transição (laje), que será dimensionada para suportar a carga 
do tráfego. 
 — no caso de PV, sobre o respaldo de alvenaria, da parede de concreto ou o último tubo 
da chaminé e no caso de PI sobre o respaldo da câmara de trabalho, colocar-se-á a laje 
e o tampão de ferro fundido, apropriado para passeio ou para o leito dos logradouros, 
conforme especificado na ABNT NBR 10160 ou atendendo ao modelo adotado pela empresa 
de prestação de serviços de saneamento.
Para PV e PI executados em concreto pré-moldado devem ser atendidos os requisitos especificados 
na ABNT NBR 16085.
Para PV e PI em concreto moldado in loco, a empresa executora da obra deve fornecer projeto 
ou as especificações necessárias para ferragem, traço, resistência do concreto e acabamento das 
faces interna e externa.
5.6.2.4 Poços de visita e inspeção em material plástico
Os poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) em material plástico podem ser fabricados 
em polietileno, PVC ou polipropileno, podendo ser produzidos em módulos ou inteiriços (peça única).
Quando da utilização de PV ou PI de polietileno, PVC ou polipropileno, todos os requisitos técnicos 
e construtivos devem atender ao prescrito nas especificações da empresa prestadora de serviços 
de saneamento.
No caso de poços de visita (PV) e poços de inspeção (PI) produzidos em módulos, por rotomoldagem 
ou injeção, basicamente estes são compostos pelas seguintes partes:
 a) base, onde na fabricação da base devem ser previstas calhas ou canaletas, necessárias, 
em concordância com os coletores de chegada e saída; 
 b) elevador; 
 c) cone, (podendo existir ou não); 
 d) prolongador para ajuste de nível;
 e) anel de concreto;
 f) telescópico; 
 g) tampão. 
No caso de PV produzidos em peça única, por rotomoldagem ou injeção, o molde da peça é produzido 
integrando todas as partes citadas anteriormente, formando uma única peça.
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5.6.3 Terminal de limpeza (TL)
O TL deve assegurar todas as condições necessárias para acesso dos equipamentos, visando 
a limpeza do trecho a jusante da rede. 
O TL pode ser usado, em substituição ao PI, nos seguintes casos: 
 a) na reunião de até dois trechos ao coletor (duas entradas e uma saída); 
 b) nos pontos com degrau de altura inferior a 0,50 m; 
 c) a jusante de ligações prediais cujas as contribuições podem acarretar problema de manutenção. 
A distância entre TL, consecutivos, deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos para desobstrução. 
O recobrimento não pode ser inferior ao especificado no projeto, observando-se a localização no leito 
da via de tráfego ou passeio. Recobrimentos menores devem ser justificados.
5.6.4 Caixa de passagem (CP)
Pode ser usada CP em substituição ao PI, nas mudanças de direção, declividade, material e diâmetro, 
quando a supressão de degrau for possível, desde que previsto em projeto ou autorizado pela empresa 
prestadora de serviços de saneamento.
A distância entre CP, consecutivas, deve ser limitada pelo alcance dos equipamentos para desobstrução. 
As CP podem ser substituídas, quando autorizado ou definido pela prestadora de serviços 
de saneamento por conexões nas mudanças de direção e declividade, quando as deflexões coincidem 
com as dessas peças.
O fundo das CP deve ser constituído de calhas destinadas a guiar os fluxos afluentes em direção 
à saída. Lateralmente, as calhas devem ter altura coincidindo com a geratriz superior do tubo de saída. 
As posições das CP e das conexões utilizadas devem ser cadastradas. 
5.6.5 Ensaio de juntas 
Assentada a tubulação, completado o envolvimento lateral e antes do preenchimento da vala, deve 
ser providenciado o ensaio de estanqueidade das juntas, mediante ensaio hidrostático.
As verificações de estanqueidade devem ser feitas de preferência entre dois PV consecutivos.
Os ensaios são executados com água após o fechamento da extremidade a jusante do trecho 
e as derivações ou extremidades dos ramais de ligação dos prédios. Enche-se o coletor por meio 
do PV de montante, procurando-se eliminar todo o ar da tubulação e elevar a água até a borda 
superior do PV.
Apesar de não ser o desejável, entretanto a exclusivo critério da empresa prestadora de serviços de 
saneamento, o ensaio hidrostático pode ser substituído por ensaio de fumaça, devendo, nesse caso, 
as juntas estarem totalmente descobertas.
As juntas que apresentarem vazamento devem ser refeitas.
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Anexo A 
(normativo) 
 
Armazenamento, manuseio e transporte dos materiais
A.1 Tubos de policloreto de vinila (PVC-U, PVC DEFOFO e PVC-O)
Deve-se tomar precauções apropriadas durante o armazenamento, manuseio e transporte, para 
assegurar-se que os tubos não sejam danificados.
A.1.1 Armazenamento
A.1.1.1 Os tubos devem ser empilhados em superfícies planas e que sejam livres de objetos 
pontiagudos, pedras ou projeções, para evitar deformações ou danos.
A.1.1.2 Deve-se utilizar preferencialmente os seguintes tipos de empilhamento:
A.1.1.2.1 empilhamento com suportes laterais: com utilização de suportes laterais espaçados 
em no máximo 1,5 m. Os suportes laterais podem ser caibros de madeira com no mínimo 0,05 m 
de largura, conforme mostrado na Figura A.1.
 
Figura A.1 – Esquema de empilhamento dos tubos
A.1.1.2.2 Empilhamento em fogueiras, realizado por meio da utilização de cruzamento longitudinal 
dos tubos para amarração das pilhas, sem a utilização de suportes laterais. 
A.1.1.2.3 Qualquer outro método que seja utilizado no empilhamento não pode causar danos aos 
tubos.
A.1.1.3 A altura máxima de empilhamento deve ser de 1,5 m, independente do diâmetro.
A.1.1.4 A primeira camada de tubos deve estar apoiada em elementos rígidos, com espaçamento 
máximo de 1,5 m. Os tubos devem ser empilhados com as bolsas e as pontas alternadas, conforme 
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mostrado na Figura A.2. Cada camada deve ser composta por tubos justapostos e alternadamente 
orientados de modo que as bolsas sobressaiam completamente das pontas dos outros tubos.
 
Figura A.2 – Empilhamento – Apoio da primeira camada de tubos e bolsas livres
A.1.1.5 Tubos de diferentes diâmetros devem ser empilhados separadamente. Quando isto não for 
possível, deve-se colocar os tubos de diâmetros nominais maiores na parte inferior da pilha.
A.1.1.6 A exposição a intempéries, principalmente aos raios ultravioleta por tempo prolongado, 
pode alterar a resistência ao impacto no transporte e manuseio dos tubos e a vida útil dos anéis. 
Desta forma, no caso de armazenamento por um período superior a seis meses, os tubos devem ser 
cobertos.
NOTA A exposição às intempéries não altera as propriedades de resistência à tração e o módulo 
de elasticidade dos tubos.
A.1.1.7 A proteção dos tubos deve ser realizada por uma estrutura de cobertura fixa, por 
exemplo, telhas, madeiras, ou pela utilização de telas flexíveis, por exemplo, tela de monofilamento 
de polietileno de alta densidade com negro de fumo e percentual de sombreamento de 80 %. Qualquer 
que seja o sistema utilizado deve haver espaço mínimo de 0,50 m entre a camada superior de tubos 
e a cobertura, conforme indicado na Figura A.3.
 Figura A.3 – Proteção para armazenamento dos tubos expostos em período superior a seis meses
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A.1.1.8 Tubos, conexões, válvulas e acessórios devem ser armazenados distantes de fontes 
de calor, devendo também serem colocados, longe do contato com outros riscos potenciais, como 
combustíveis, tintas ou solventes.A.1.2 Manuseio
A.1.2.1 Os tubos devem ser transportados e manuseados de forma a evitar danos devidos a quedas 
ou arrastamentos. Ver Figura A.4.
Figura A.4 – Transporte e manuseio dos tubos
A.1.2.2 Caso seja utilizado o transporte manual, o processo deve estar de acordo com a legislação 
vigente.
A.1.2.3 Os tubos devem ser movimentados verticalmente com a utilização de cintas não metálicas 
e não cortantes, por exemplo, lona ou sisal. Não podem ser utilizados cabos de aço, ganchos 
ou correntes metálicas.
A.1.2.4 Se os tubos forem armazenados ou transportados encaixados uns nos outros, ou seja, 
tubos de menores diâmetros inseridos dentro de tubos de maiores diâmetros, os tubos internos devem 
ser removidos primeiramente e empilhados separadamente.
A.1.3 Transporte
A.1.3.1 Caso sejam utilizados veículos, a plataforma da carroceria deve estar livre de pregos 
e outras projeções. Os tubos devem ser dispostos uniformemente em toda a extensão da plataforma.
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A.1.3.2 Os tubos devem ser empilhados com as bolsas e as pontas alternadas de modo que 
as bolsas sobressaiam completamente das pontas dos outros tubos, bem como as bolsas e pontas 
não podem estar apoiadas.
A.1.3.3 Os veículos devem ser providos de suportes laterais com espaçamento de no máximo 2 m. 
Os suportes devem ser planos e sem arestas com cantos vivos. Ver Figura A.5.
 
Figura A.5 – Exemplo de suportes laterais
A.1.3.4 Os tubos não podem estar soltos durante o seu transporte. Os tubos devem estar justapostos 
e alternadamente orientados, de modo que as bolsas sobressaiam completamente das pontas dos 
outros e não recebam carga dos demais tubos, conforme A.1.1.2.2.
A.1.3.5 Os tubos de maior peso devem ser empilhados abaixo de tubos mais leves.
A.1.3.6 Os tubos devem estar distantes de qualquer sistema de exaustão do veículo e de quaisquer 
outros fatores de risco, como tintas, solventes ou combustíveis.
A.2 Tubos de polietileno
A.2.1 Transporte e manuseio
A.2.1.1 Os veículos utilizados devem ter dimensões compatíveis com o comprimento dos tubos 
a serem transportados e sua plataforma de transporte deve estar livre de objetos pontiagudos 
ou cortantes.
A.2.1.2 Para o travamento das cargas durante o transporte, não podem ser utilizados correntes 
e cintas metálicas, cordas ou cabos de aço. Devem ser utilizadas apenas cintas não metálicas 
de malha larga ou materiais que não danifiquem os tubos e as conexões.
A.2.1.3 Para movimentação das cargas, podem ser utilizados guindastes e/ou planos inclinados, 
evitando-se quedas e impactos.
A.2.1.4 A movimentação deve ser feita com o tubo suspenso ou sobre roletes.
A.2.1.5 Tubos de polietileno de SDR 32,25 e diâmetro externo (DE) ≥ 1 m devem ter suas 
extremidades protegidas por dispositivos que evitem a ovalização e não danifiquem a superfície 
interna dos tubos, até o momento de sua instalação.
A.2.2 Armazenamento
A.2.2.1 Tubos e conexões não podem ficar expostos a fontes de calor, como escapamentos 
de veículos e agentes químicos agressivos, como solventes.
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A.2.2.2 O local de armazenamento deve ser plano, seco, limpo, livre de pedras, objetos 
pontiagudos ou cortantes.
A.2.2.3 Tubos em bobina podem ser armazenados na posição horizontal, em pilhas com altura 
máxima de 1,80 m, ou na posição vertical.
A.2.2.4 A altura para armazenamento de tubos em barras deve ser no máximo 1,80 m 
ou em até 12 camadas (o que for menor).
A.2.2.5 Os tubos e as conexões não pretos não podem ser armazenados em locais sujeitos 
a intempéries por período superior a seis meses. No caso de armazenagem superior a seis meses, 
recomenda-se estocar os tubos e conexões em locais protegidos, a Figura A.6 apresenta exemplos 
destes armazenamentos.
 Figura A.6 – Exemplos de estocagem de tubos
NOTA Tubos na cor preta não necessitam de proteção contra intempéries durante o armazenamento.
A.2.2.6 Durante o armazenamento até a instalação final, os tubos devem permanecer tamponados 
por dispositivos que evitem a entrada de corpos estranhos.
A.3 Tubos de ferro fundido
A.3.1 Armazenamento dos tubos
O armazenamento deve ser feito em pilhas e atender às seguintes recomendações:
 a) a área de estocagem deve ser plana. O solo não pode ser pantanoso, instável ou carregado 
de detritos corrosivos;
 b) não misturar tubos de diâmetros diferentes na mesma pilha;
 c) o tempo de estocagem deve ser o mínimo possível, para preservar os revestimentos da ação 
prolongada do sol e dos riscos de danificações por chuvas constantes;
 d) os espaçadores e os calços usados para formar as pilhas devem ser de madeira resistente 
e de boa qualidade.
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A.3.1.1 Formação das pilhas
A.3.1.1.1 Método nº 1
A pilha é formada por camadas superpostas, alternando-se em cada camada a orientação das bolsas 
dos tubos, conforme mostrado na Figura A.7, atendendo ao seguinte:
 a) os tubos da primeira camada são colocados sobre duas pranchas de madeira paralelas, situadas 
a 1 m de distância das extremidades dos tubos e deve seguir o seguinte:
 — as bolsas dos tubos são justapostas e todas devem ser orientadas para o mesmo lado. Elas 
não podem ficar em contato com o solo;
 — os corpos dos tubos são paralelos e mantidos nesta posição por meio de calços de tamanho 
adequado que devem ser colocados entre as pontas;
 — o primeiro e o último tubo da camada são calçados por meio de cunhas fortes pregadas nas 
pranchas, uma a cada extremidade do tubo;
 b) os tubos da segunda camada são colocados entre os tubos da primeira, porém com suas bolsas 
voltadas para o lado oposto, e de tal modo que o início das bolsas seja posicionado a 0,10 m além 
das pontas dos tubos da camada inferior. Assim, os corpos dos tubos estão em contato desde 
a ponta até 0,10 m do início da bolsa;
 c) adota-se o mesmo procedimento com as camadas sucessivas. A Tabela A.1 especifica o número 
de camada máximo aconselhado para cada classe e diâmetro de tubo.
 
Figura A.7 – Pilha de camadas sobrepostas
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Tabela A.1 – Altura de armazenamento dos tubos
Número máximo de camadas na formação de pilhas
Diâmetro 
Nominal 
DN
Método nº 1 Método nº 2
Tubos de 
classes 
K-7, K-6 e 1 MPa
Tubos de 
classe 
K-9
Tubos de 
classes 
K-7, K-6 e 1 MPa
Tubos de 
classe 
K-9
50
75
100
80
65
58
89
70
58
30
28
27
33
30
27
150
200
250
40
31
25
40
31
25
22
18
16
22
18
16
300
350
400
21
18
15
21
18
16
14
12
11
14
12
11
500
600
700
10
7
5
12
10
7
8
6
4
8
7
5
800
900
1 000
1 200
4
4
3
2
6
5
4
3
3
3
2
2
4
4
3
2
A.3.1.1.2 Método nº 2
A pilha é constituída por camadas superpostas, sendo que todas as bolsas de todos os tubos 
em todas as camadas estão voltadas para o mesmo lado, conforme mostrado na Figura A.8. 
As camadas sucessivas são separadas por espaçadores de madeira cuja espessura especificado 
na Tabela A.2, sendo que:
 a) os tubos da primeira camada são colocados conforme descrito no método nº 1;
 b) os tubos das demais camadas são colocados por cima dos espaçadores;
 c) tanto os espaçadores como as bolsas das várias camadas devem ser alinhados verticalmente;
 d) o primeiro e o último tubo de cada camada devem ser calçados como os da primeira camada. 
NOTA 1 A Tabela A.1 especifica o número máximo de camadas aconselhado para cada classe e diâmetro 
de tubo.
NOTA 2 Este método é o mais recomendado para a estocagem dos tubos de grandes diâmetros.
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Figura A.8 – Pilha de camadas superpostas-Bolsas do mesmo lado
Tabela A.2 – Espessura de espaçadores
Diâmetro nominal 
(DN)
Espessura 
mm
Diâmetro nominal 
(DN)
Espessura 
mm
50
75
55
65
400
500
75
80
100
150
200
70
75
80
600
700
800
85
85
90
250
300
350
85
80
75
900
1 000
1 200
95
110
135
A.3.1.1.3 Método nº 3
A pilhaé constituída por camadas superpostas, estando os tubos de cada camada dispostos com 
as suas bolsas voltadas alternadamente para um lado e para o outro. 
Ademais, os tubos de duas camadas consecutivos são perpendiculares, por exemplo, armazenamento 
de forma quadrada ou “em fogueira”, conforme mostrado na Figura A.9, sendo que:
 a) primeira camada os tubos devem ser armazenados da seguinte forma:
 — colocados como nos dois métodos anteriores, por cima de duas pranchas;
NOTA Para os diâmetros de DN 50 a DN 150, com 6,0 m de comprimento, usar três pranchas em vez 
de duas.
 — as bolsas são alternadamente voltadas para um lado e para o outro, com o início de cada 
uma posicionado a 0,05 m da ponta dos tubos vizinhos;
 — os corpos dos tubos devem estar em contato;
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 — o primeiro e o último tubo devem ser calçados com cunhas, 
 b) na segunda camada, os tubos devem ser armazenados dispostos da mesma maneira, porém 
perpendicularmente aos tubos da primeira fileira.
 c) adota-se, daí por diante o mesmo procedimento, de modo que o calçamento do primeiro 
e o do último tubo de cada camada sejam assegurados pelas próprias bolsas dos tubos 
da camada imediatamente inferior 
NOTA 1 A Tabela A.1 especifica o número de camadas aconselhado para cada classe e diâmetro de tubo.
NOTA 2 Este método reduz, ao mínimo, o gasto de madeira de calçamento, mas obriga a movimentar 
os tubos um por um. Este não é um método muito aconselhado, pois apresenta riscos de danificação 
do revestimento externo devido ao contato pontual dos tubos, empilhados diretamente uns sobre os outros.
 
Figura A.9 – Pilha de camadas superpostas com bolsas de lado alternado
A.3.2 Armazenamento e prazo de utilização dos anéis de borracha
A.3.2.1 Armazenamento
Para que os artefatos de borracha (anéis para juntas elásticas e mecânicas, arruelas para juntas 
de flanges, etc.) não percam sua qualidade, eficácia e durabilidade, procurar estocá-los de forma que 
as seguintes recomendações sejam atendidas:
 a) a temperatura de armazenamento deve ser situada entre 5 °C e 25 °C, na medida do possível;
 b) evitar a ação direta da luz do sol ou da luz artificial, quando rica em raios ultravioletas;
 c) evitar armazenamento em locais úmidos ou demasiadamente secos; isolá-los do ar ambiente 
e da ação particularmente perigosa do ozônio.
A.3.2.2 Prazo de utilização
A.3.2.2.1 O prazo máximo de expedição dos artefatos de borracha é de três anos após a fabricação.
A.3.2.2.2 Sendo a estocagem feita de acordo com as recomendações anteriores, considera-se 
como limite razoável de utilização um prazo de seis anos após a fabricação.
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A.3.3 Armazenamento das válvulas
As válvulas devem ser armazenadas em locais abrigados e elas só devem ser levadas para a obra 
no momento da sua instalação.
A.4 Tubos de concreto
A.4.1 Descarga
Deve ser executada adotando-se todos os cuidados necessários à segurança dos operários 
e de modo a evitar danos aos tubos de concreto e seus acessórios, devendo-se observar o seguinte:
 a) a executora da obra deve providenciar em tempo hábil o local, os dispositivos e os equipamentos 
eventualmente necessários para descarga e armazenamento do material;
 b) a descarga deve ser feita, com os equipamentos adequados em função do diâmetro ou seção 
e peso do material, preferencialmente o mais próximo possível do local de aplicação, de maneira 
a evitar sucessivas manipulações;
 c) os tubos não podem ser rolados do caminhão em direção ao solo, seja utilizando-se pranchas 
de madeira ou lançados diretamente, e não podem ser arrastados, para que não sejam danificados;
 d) os tubos de concreto devem ser descarregados com equipamentos apropriados, como cabo 
de aço, fita de náilon, tesouras, ganchos etc., evitando-se danos mecânicos e dimensionais por 
choque, sendo que não pode, em nenhuma hipótese, laçar os tubos pelo diâmetro interno;
 e) em caso de os tubos de concreto estarem suspensos, devem ser tomados todos os cuidados 
necessários para evitar golpes entre as peças ou contra o terreno;
 f) os anéis de borracha devem ser descarregados devidamente embalados.
A.4.2 Armazenamento
A executora da obra deve designar locais planos, limpos, livres de pedras ou objetos salientes, 
apropriados para a estocagem dos tubos de concreto.
O material deve ser armazenado de maneira a ser mantido limpo e de forma que seja evitada a sua 
contaminação ou degradação, principalmente dos anéis de borracha, que devem ser armazenados 
protegidos do calor, raios solares, óleo e graxas.
Os tubos devem ser armazenados preferencialmente na posição vertical. Quando houver necessidade 
de armazenamento na posição horizontal, os tubos devem ser apoiados sobre pontos isolados nas 
extremidades, atendendo ao descrito na ABNT NBR 8890, sendo que a altura máxima de empilhamento 
não pode exceder os valores especificados na Tabela A.3.
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Tabela A.3 – Altura de empilhamento – Tubos de concreto
Dimensões em milímetros
Altura máxima de empilhamento
Diâmetro nominal 
(DN) Número de pilhas de tubos
300 a 400 4
500 a 600 3
700 a 1 000 2
> 1 000 1
Quando os tubos forem armazenados de forma empilhada, eles devem ser calçados, por motivo 
de segurança.
Os tubos não podem ser armazenados próximos ao local de abertura das valas.
No caso de os tubos serem descarregados alinhados ao longo da lateral da vala, eles devem ser 
colocados no lado oposto ao local de colocação do material oriundo da escavação.
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Anexo B 
(normativo) 
 
Largura e profundidade das valas, poços e cavas
A largura da vala para obras de esgoto e de água, em função do diâmetro da tubulação e da cota 
de corte (profundidade da vala), são especificadas nas Tabelas B1 e B2.
Tabela B.1 – Largura da vala para obra de esgoto (continua)
Dimensões em metros
Diâmetro 
nominal 
(DN)
Cota de 
corte 
h
Largura da vala em função do tipo de escoramento e cota de corte
Pontaletes Contínuo e 
descontínuo Especial Metálico-
madeira
100 
e 
150
0 ≤ hem metros
Diâmetro 
nominal 
(DN)
Cota de 
corte 
h
Largura da vala em função do tipo de escoramento e cota 
de corte
Pontaletes Contínuo e 
descontínuo Especial Metálico-
madeira
50 a 75 0 a 2 0,65 0,70 0,80
1,30
100 a 150 > 2 0,75 0,85 0,95
200
0 a 2 0,70 0,75 0,85
1,35
> 2 0,80 0,90 1,00
250
0 a 2 0,75 0,80 0,90
1,40
> 2 0,85 0,95 1,15
300 0 a 2 0,80 0,85 0,95
1,45
350 > 2 0,90 1,10 1,20
400 0 a 2 0,90 1,00 1,10
1,60
450 > 2 1,00 1,20 1,30
500
0 a 2 1,00 1,15 1,25
1,75
> 2 1,20 1,30 1,45
600
0 a 2 1,15 1,25 1,35
1,85
> 2 1,30 1,45 1,65
700
0 a 2 1,30 1,50 1,60
2,05
> 2 1,40 1,70 1,90
800
0 a 2 1,40 1,60 1,70
2,15
> 2 1,50 1,80 2,00
900 > 2 1,60 1,90 2,05 2,25
1 000a > 2 1,70 2,00 2,10 2,35
1 000b > 2 2,00 2,10 2,20 2,40
1 200a > 2 - - - 2,40
1 200b > 2 - - - 2,60
1 500b > 2 - - - 2,85
1 800b > 2 - - - 3,15
2 100b > 2 - - - 3,45
2 500b > 2 - - - 3,90
a Referem-se às larguras de valas para tubos de ferro fundido.
b Referem-se às larguras de valas para tubos de aço.
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As características das valas devem ser estudadas individualmente, no caso da necessidade 
de utilização de tubulações com diâmetros nominais diversos dos descritos nas Tabelas B1 e B2.
Em todos os serviços de escavação, a executora da obra deve atender aos requisitos 
da ABNT NBR 9061.
A profundidade mínima das valas deve ser determinada de modo que o recobrimento das tubulações 
atenda às condições especificadas na Tabela B.3 para sistemas de abastecimento de água 
e na Tabela B.4 para sistemas de esgotamento sanitários e drenagem urbana.
Tabela B.3 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de água)
Dimensões em metros
Tipo de pavimento Recobrimento
Valas sob passeio 0,70
Valas sob via pavimentada ou com greide definido por meio-fio e sarjeta 1,00
Valas sob via de terra ou com greide indefinido 1,20
Tabela B.4 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de esgoto e 
drenagem)
Dimensões em metros
Tipo de pavimento Recobrimento
Valas sob passeio 0,80
Valas sob via pavimentada ou com greide definido por meio-fio e sarjeta 1,00
Valas sob via de terra ou com greide indefinido 1,20
As dimensões de singularidades em sistemas de esgotamento sanitário devem estar conforme 
especificado na Tabela B.5.
Tabela B.5 – Dimensões de singularidades
Dimensões em metros
Tipo de singularidades
Profundidade das singularidades
Até 1,60 Até 3,00 De 3,01 a 5,00 De 5,01 a 7,00
Dimensões de singularidades
Poço de inspeção 1,80 × 1,80 - - -
Terminal de limpeza - 0,80 × 0,80 1,10 × 1,10 1,40 × 1,40
Poço de visita ø 1,00 m - 2,20 × 2,20 2,50 × 2,50 2,80 × 2,80
Poço de visita ø 1,20 m - 2,40 × 2,40 2,70 × 2,70 3,00 × 3,00
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Anexo C 
(normativo) 
 
Tipos de escoramento 
As figuras a seguir indicam os principais tipos de escoramento conforme 4.2.7.2.
C.1 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento
Dimensões em centímetros
 
Figura C.1 – Escoramento de madeira – Tipo pontaleteamento
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C.2 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo descontínuo
Dimensões em centímetros
 
Figura C.2 – Escoramento de madeira – Tipo descontínuo
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C.3 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo contínuo
Dimensões em centímetros
 
Figura C.3 – Escoramento de madeira – Tipo contínuo
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C.4 Estrutura de escoramento de madeira – Tipo especial
Dimensões em centímetros
 
Figura C.4 – Escoramento de madeira – Tipo especial
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C.5 Estrutura de escoramento – Tipo metálico e/ou madeira
Dimensões em centímetros
 
Figura C.5 – Escoramento – Tipo metálico e/ou madeira
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Anexo D 
(normativo) 
 
Tipos de apoio da tubulação, envolvimento e reaterro
As Figuras de D.1 a D.15 indicam os tipos de apoio da tubulação, envolvimento e reaterro considerando 
o tipo de tubo e as condições locais, conforme 4.2.9.
 
Figura D.1 – Apoio direto
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Figura D.2 – Apoio sobre camada de solo
 
Figura D.3 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia)
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Figura D.4 – Apoio sobre leito de material granular fino (areia) e envolvimento lateral parcial
91
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Figura D.5 – Apoio sobre lastro de brita
92
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Figura D.6 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação
 
Figura D.7 – Laje sobre lastro de brita (fundação)
 
Figura D.8 – Laje sobre embasamento de pedra de mão (fundação)
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Figura D.9 – Laje sobre estaca (fundação)
 
 
Figura D.10 – Apoio sobre leito de material granular fino
94
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Figura D.11 – Apoio sobre leito de material granular fino
 
 
Figura D.12 – Apoio sobre lastro de brita
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Figura D.13 – Apoio sobre laje e berço de concreto com fundação 
 
Figura D.14 – Laje sobre lastro de brita (fundação)
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Figura D.15 – Apoio sobre leito de material granular fino
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Anexo E 
(normativo) 
 
Requisitos para a execução da envoltória e sistema unificado 
de classificação dos solos (SUCS)
São apresentados a seguir os requisitos para execução de envoltória, atribuição de símbolos de grupo 
e classificação de solos no sistema unificado.
E.1 Os critérios para atribuição dos símbolos de grupo quanto ao sistema unificado de classificação 
dos solos aplicáveis a este Documento são especificados na Tabela E.2. A Figura E.5 apresenta 
a representação gráfica de correlação entre limites de liquidez e índice de plasticidade.
E.2 A primeira camada da envoltória, conforme mostrado na Figura E.1, deve ser constituída 
de solos tipo SW e SP, conforme este Anexo, isento de qualquer elemento pontiagudo ou pedra, e ter 
a altura especificada na Tabela E.1.
Tabela E.1 – Altura das camadas de envoltória em função do diâmetro nominal do tubo
Diâmetro nominal 
(mm)
Altura das camadas de envoltória 
(m)
50 a 300 0,5 × DE
> 300 0,15
E.3 Deve-se assegurar o preenchimento total entre o berço e a superfície de envoltória inferior 
da tubulação.
 
Figura E.1 – Primeira camada da envoltória
E.4 A segunda camada ou as demais camadas da envoltória necessárias até que seja alcançada 
a geratriz superior do tubo, conforme mostrado na Figura E.2, devem ser constituídas de solo 
do tipo SW e SP, conforme este Anexo, isento de qualquer elementos pontiagudos ou pedra, com 
altura conforme especificado na Tabela E.1, e compactadas conforme definido em E.6. A compactação 
deve ser alternada em relação a cada um dos lados da vala e não pode ser aplicada sobre o tubo.
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Figura E.2 – Demais camadas da envoltória
E.5 Para a condição de tráfego, colocar duas camadas de solo do tipo SP ou SW, conforme este 
Anexo, isento de qualquer elemento pontiagudo ou pedra, com altura de 0,15 m acima da geratriz 
superior do tubo, conforme mostrado na Figura E.3, e compactar cada uma delas conforme definido 
em E.6. Para passeio e demais condições sem tráfego, deve ser colocada apenas uma camada 
de 0,15 m acima da geratriz superior, conforme mostrado na Figura E.4, compactada conforme definido 
em E.6.
E.6 Compactar cada uma das camadas de envoltóriada tubulação preferencialmente com 
adensamento hidráulico ou alternativamente com os pés ou soquetes manuais.
 
Figura E.3 – Envoltória para condição de tráfego
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Figura E.4 – Envoltória para condição de passeio de demais condições sem tráfego
E.7 Não utilizar argila ou turfa em contato direto com o tubo.
E.8 Não revestir os tubos diretamente com concreto, pois o revestimento do tubo em concreto 
transformaria o conjunto tubo-concreto em um sistema rígido, sem resistência à flexão, resultando 
em risco de rompimento da tubulação com recalque da estrutura.
E.9 Os critérios para atribuição dos símbolos de grupo quanto ao sistema unificado de classificação 
dos solos aplicáveis a este Documento são especificados nas Tabelas E.2 e E.3. A Figura E.5 apresenta 
a representação gráfica de correlação entre limites de liquidez e índice de plasticidade.
Tabela E.2 – Critérios para atribuição dos símbolos de grupo (continua)
Critério para atribuição de símbolos de grupo Símbolo 
de grupo
Solos grossos
Mais de 50 % 
de material 
retido na 
peneira nº 200
Pedregulhos Pedregulhos 
puros Cu ≥ 4 e 1 ≤ Cc ≤ 3 C GW
Mais de 50 % 
da fração 
grossa retida 
na peneira nº 4
Menos de 5 % 
de grãos finos a
Cu Cc > 3 C
GP
Pedregulhos 
com finos
IP 7 e representado na ou 
acima da linha “A” (figura E5) GC
Areias Areias puras Cu ≥ 6 e 1 ≤ Cc ≤ 3 C SW
50 % ou mais 
da fração 
grossa passam 
na peneira nº 4
Menos de 5 % 
de finos b
Cu Cc > 3 C
SP
100
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Tabela E.2 (conclusão)
Critério para atribuição de símbolos de grupo Símbolo 
de grupo
Solos grossos
Mais de 50% 
de material 
retido na 
peneira nº 200
50% ou mais da 
fração grossa 
passam na 
peneira nº 4
Areias com 
finos
IP 7 e representado 
na ou acima da linha “A” 
(Figura E.5)
SC
Solos finos
50 % ou mais 
passam na 
peneira nº 200
Siltes e argilas
LL 7 e representado 
na ou acima da linha “A” 
da (Figura E.5)
CL
IP 50)
MH
Silte inorgânico, areias 
finas ou siltes micáceos ou 
diatomáceos, silte elástico
CH Argila inorgânica de alta 
plasticidade, argila gorda
OH Argila orgânica de média e alta 
plasticidade
Solos altamente orgânicos PT Turfas e outros solos altamente 
orgânicos
NOTA LL é a abreviação de limite de liquidez.
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Figura E.5 – Gráfico de plasticidade
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Anexo F 
(normativo) 
 
Junta elástica
São apresentados a seguir os requisitos e os aparelhos para a montagem de juntas elásticas.
F.1 Montagem da junta elástica
F.1.1 Limpar, cuidadosamente, com um pano ou estopa, o alojamento do anel de borracha 
no interior da bolsa. Retirar, com um raspador, qualquer sujeira ou eventual excesso de tinta. Limpar 
também a ponta do tubo a ser instalado e o próprio anel de borracha, ver Figura F.1.
F.1.2 Colocar o anel de borracha em seu alojamento, começando pela parte inferior da bolsa 
e pressionando o anel contra o fundo do alojamento à medida que ele estiver sendo encaixado, 
ver Figura F.2.
F.1.3 Riscar com um giz, na ponta do tubo, um traço de referência a uma distância da extremidade 
igual à profundidade da bolsa menos 0,01 m, ver Figura F.3.
F.1.4 Aplicar a pasta lubrificante sobre a superfície exposta do anel de borracha alojado na bolsa 
e sobre a ponta do outro tubo até aproximadamente 0,02 m do traço de giz, ver Figura F.4.
F.1.5 Centralizar bem a ponta na bolsa do tubo já instalado e manter a tubulação nesta posição. 
NOTA Para os tubos de diâmetros menores, dispô-los em dois apoios de terra batida ou de madeira; para 
os de diâmetros maiores, manter a tubulação suspensa pelo gancho do guindaste.
F.1.6 Empurrar a ponta do tubo para dentro da bolsa, até que o traço de referência de giz 
se encontre com o espelho da bolsa. Não ultrapassar esta posição, a fim de assegurar a flexibilidade 
da junta. Para esta fase da montagem, utilizar, conforme o diâmetro do tubo, um dos equipamentos 
descritos em C.2.
F.1.7 Montada a junta, verificar se o anel está em posição correta dentro do seu alojamento, 
introduzindo, para isso, uma lâmina, até que ela encoste no anel. Em todos os pontos da circunferência, 
a penetração da lâmina deve ser uniforme, ver Figura F.5.
F.1.8 Deve-se verificar o bom estado do chanfro na ponta do tubo. 
F.1.9 Para os tubos serrados na obra, estes devem ser chanfrados para não rasgarem o anel 
de borracha durante a montagem da junta. Ver I.7 para realização do chanfro.
F.2 Aparelhos para montagem da junta elástica
F.2.1 Tubos de DN 50 a DN 150
Nestes diâmetros, basta utilizar uma simples barra de ferro, que irá servir como alavanca sobre 
a bolsa do tubo a ser assentado, cuja ponta deve ser, antes, bem centrada diante da bolsa do tubo 
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já instalado. Recomenda-se proteger o espelho da bolsa com um toco de madeira, sobre o qual 
a alavanca irá atuar, ver Figura F.6.
F.2.2 Tubos de DN 200 a DN 600
Nestes diâmetros, utiliza-se um aparelho tirfor (talha de cabo) amarrado no tubo já instalado e no tubo 
a ser instalado, ver Figura F.7. Sempre verificar a boa centragemda ponta diante da bolsa e usar 
apoios sob o tubo a ser assentado. O aparelho tirfor deve ter a seguinte capacidade: DN 200 a DN 300: 
1 600 daN, DN 350 a DN 600: 3 500 daN.
F.2.3 Tubos de DN 700 a DN 1 200
Para estes diâmetros, recorre-se a dois aparelhos tirfor com capacidade de 3 500 daN cada um, 
ver Figura F.8. O tamanho dos tubos requer que se verifique, durante a montagem, se o anel conserva 
a sua posição correta e se é mantida a necessária folga entre a ponta do tubo e o fundo da bolsa.
 
Figura F.1 – Limpeza do alojamento do anel de borracha no interior da bolsa
 
Figura F.2 – Colocação do anel de borracha em seu alojamento
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Figura F.3 – Marcação na ponta do tubo da distância para penetrar na bolsa do tubo contíguo
 
Figura F.4 – Aplicação da pasta lubrificante sobre a superfície exposta do anel de borracha
 
Figura F.5 – Verificação por meio de uma lâmina da posição do anel de borracha
 Figura F.6 – Montagem de tubos DN 50 até DN 150 por meio de alavanca
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Figura F.7 – Montagem de tubos DN 200 até DN 600 por meio de um tirfor
 
Figura F.8 – Montagem de tubos DN 700 até DN 1 200 por meio de dois tirfor
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Anexo G 
(normativo) 
 
Montagem da junta mecânica
São apresentados a seguir os requisitos e aparelhos para montagem de juntas mecânicas.
G.1 Limpar, cuidadosamente, com um pano ou estopa, a ponta do tubo e o interior da conexão. 
Se for necessário, limpar também o anel de borracha e o contraflange.
G.2 Fazer deslizar na ponta do tubo, primeiro, o contraflange, e, em seguida, o anel de borracha, 
conforme mostrado na Figura G.1.
G.3 Introduzir a ponta, munida do contraflange e do anel, até o fundo da bolsa e, em seguida, 
recuar aproximadamente 0,01 m, a fim de permitir a livre dilatação do material.
G.4 Fazer deslizar o anel de borracha sobre a ponta, encaixá-lo em seu alojamento na bolsa 
e trazer o contraflange até encostá-lo no anel, conforme mostrado na Figura G.2.
G.5 Colocar os parafusos no contraflange e apertar as porcas manualmente, até que elas encostem 
no contraflange, verificando a posição correta deste, ver Figura G.3.
G.6 Em seguida, apertar as porcas com chave. Atuar na ordem dos números do esquema conforme 
mostrado na Figura G.4.
NOTA 1 A utilização de um torquímetro facilita o aperto das porcas.
NOTA 2 Para grandes diâmetros, inserir os acessórios da junta (contraflange e anel) e começar o aperto 
dos parafusos com o tubo (ou a conexão), a ser montado, ainda suspenso ao gancho do guindaste. A ponta 
do tubo é, assim, bem centrada dentro da bolsa, e o anel estará corretamente alojado.
 
Figura G.1 – Posicionamento do contraflange e do anel de borracha na ponta do tubo
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Figura G.2 – Aplicação do anel de borracha no alojamento da bolsa
 
Figura G.3 – Aperto manual das porcas
 
Figura G.4 – Esquema indicativo da ordem de aperto das porcas
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Anexo H 
(normativo) 
 
Montagem da junta e de flanges
São apresentados a seguir os requisitos para montagem da junta e de flanges.
H.1 Alinhar as peças que serão montadas. Dispô-las de maneira que os furos estejam posicionados 
uns em frente aos outros. Deixar, entre os flanges, um pequeno intervalo que permita a passagem 
da arruela.
H.2 Introduzir a arruela entre os flanges e colocar os parafusos nos furos dos flanges.
H.3 Centrar bem a arruela entre os ressaltos dos dois flanges.
H.4 Colocar as porcas nas extremidades dos parafusos e apertá-los progressivamente com uma 
chave.
NOTA O emprego de uma chave com torquímetro facilita o trabalho.
H.5 Apertar os parafusos diametralmente opostos na ordem dos números assinalados no esquema 
mostrado na Figura H.1.
 
Figura H.1 – Ordem de aperto dos parafusos dos flanges
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Anexo I 
(normativo) 
 
Corte dos tubos de ferro fundido dúctil
São apresentados a seguir os requisitos para corte dos tubos de ferro fundido dúctil.
I.1 O corte dos tubos deve situar-se em um plano perpendicular às geratrizes do tubo.
I.2 Os tubos de ferro dúctil podem ser cortados de várias maneiras, conforme a seguir:
 a) os tubos de ferro dúctil de qualquer diâmetro podem ser facilmente cortados com uma máquina 
elétrica ou pneumática, utilizando-se disco de corte abrasivo de alta rotação, conforme mostrado 
na Figura I.1;
 b) em caso de não se dispor de energia elétrica ou ar no local da obra, pode usar-se também uma 
máquina de corte a frio, com ferramentas (bedames) de vídia;
 c) os tubos de ferro dúctil de pequeno diâmetro, até DN 150, inclusive, podem ser cortados com uma 
máquina de roletas e facas cilíndricas de aço, de aperto progressivo;
 d) em último caso, pode até utilizar-se o arco convencional. O processo consiste em fazer uma 
marca de referência em torno do tubo, no ponto a ser cortado, e aos poucos cortá-lo com a serra 
manual, de acordo com a referência. A área de ação da serra é pequena, e, conforme o corte vai 
aprofundando-se, o curso da operação vai ficando menor. Assim que a serra transpassa a parte 
interna, muda-se o início do corte um pouco mais para a frente e, assim sucessivamente, até dar 
a volta em todo o tubo.
I.3 Deve-se evitar o corte por meio de maçarico.
I.4 Após a execução do corte, é indispensável rebarbar a ponta e refazer o chanfro, de maneira 
a facilitar a montagem da junta elástica sem o risco de cortar o anel de borracha. A danificação do anel 
pode acarretar, como consequência, vazamentos.
I.5 Conforme o diâmetro DN do tubo, o chanfro pode ser executado:
 a) manualmente, com lima, conforme mostrado na Figura I.2;
 b) com esmerilhadeira manual de disco;
 c) com máquina equipada com uma ferramenta de usinar.
I.6 A forma do chanfro deve estar de acordo com as especificações da ABNT NBR 7674.
I.7 Na execução do chanfro, os cuidados que se deve ter são os seguintes:
 a) a inclinação do bisel deve estar situada entre 20° e 45° em relação à superfície do tubo;
 b) o chanfro deve ter as quinas arredondadas, eliminando, assim, a possibilidade de danificar o anel 
de borracha;
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 c) o chanfro deve ser executado até a metade da espessura do tubo, evitando, assim, que a ponta 
deste fique fina, semelhante a uma faca, e corte o anel de borracha.
NOTA Após a execução do chanfro, não esquecer de revestir, novamente, a parte usinada com pintura 
betuminosa derivada de petróleo, com qualidade alimentar.
 
Figura I.1 – Corte utilizando disco abrasivo de alta rotação
 
Figura I.2 – Execução do chanfro por meio de lima
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Anexo J 
(normativo) 
 
Máxima força admissível de puxamento de tubos de polietileno
São apresentadas as forças máximas para puxamento de tubos de PE 80 e 100 e fatores de redução 
para essa força em função da temperatura ambiente
J.1 Nas instalações de tubo de polietileno PE 80, a máxima força de puxamento deve ser calculada 
considerando-se os valores especificados nas Tabelas J.1 e J.2.
Tabela J.1 – Máxima força admissível de puxamento de tubos PE 80 em quilograma força (kgf) 
(continua)
Diâmetro 
externo 
do tubo
SDR SDR SDR SDR SDR SDR SDR SDR
DE 32,25 26 21 17 13,6 11 9 7,25
63 - 356 424 530 645 782 924 1 113
90 - 713 868 1 076 1 315 1 580 1 885 2 283
110 - 1 070 1 307 1 608 1 967 2 356 2 832 3 395
125 - 1 386 1 682 2 076 2 353 3 051 3 638 4 390
160 - 2 246 2 763 3 369 4 153 5 002 5 964 7 181
180 - 2 853 3 473 4 268 5 260 6 322 7 540 9 100
200 - 3 488 4 306 5 274 6 498 7 796 9 337 11 211
225 - 4 434 5 450 6 681 8 196 9 878 11 781 14 209
250 4 451 5 492 6 676 8 254 10 141 12 206 14 555 17 518
280 5 561 6 850 8 417 10 302 12 703 15 291 18 290.............................................................96
Figura E.1 – Primeira camada da envoltória ...................................................................................97
Figura E.2 – Demais camadas da envoltória...................................................................................98
vi
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Tabelas
Tabela 1 – Tempo mínimo para aplicação de esforços ..................................................................45
Tabela 2 – Largura mínima dos pilares ...........................................................................................55
Tabela A.1 – Altura de armazenamento dos tubos .........................................................................74
Tabela A.2 – Espessura de espaçadores.........................................................................................75
Tabela A.3 – Altura de empilhamento – Tubos de concreto ..........................................................78
Tabela B.1 – Largura da vala para obra de esgoto .........................................................................79
Tabela B.2 – Largura da vala para obra de água ............................................................................81
Tabela B.3 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de água) .............82
Tabela B.4 – Recobrimento de tubulações por tipo de pavimento (sistemas de esgoto e 
drenagem) .........................................................................................................................82
Tabela B.5 – Dimensões de singularidades ....................................................................................82
Tabela E.1 – Altura das camadas de envoltória em função do diâmetro nominal do tubo ........97
Tabela E.2 – Critérios para atribuição dos símbolos de grupo .....................................................99
Tabela E.3 – Classificação de solos ..............................................................................................101
Tabela J.1 – Máxima força admissível de puxamento de tubos PE 80 em quilograma força (kgf) .. 112
Tabela J.2 – Fator de redução da força de puxamento em função da temperatura ambiente .... 113
Figura E.3 – Envoltória para condição de tráfego ..........................................................................98
Figura E.4 – Envoltória para condição de passeio de demais condições sem tráfego ..............99
Figura E.5 – Gráfico de plasticidade..............................................................................................102
Figura F.1 – Limpeza do alojamento do anel de borracha no interior da bolsa ........................104
Figura F.2 – Colocação do anel de borracha em seu alojamento ...............................................104
Figura F.3 – Marcação na ponta do tubo da distância para penetrar na bolsa do tubo contíguo ..105
Figura F.4 – Aplicação da pasta lubrificante sobre a superfície exposta do anel de borracha ..105
Figura F.5 – Verificação por meio de uma lâmina da posição do anel de borracha..................105
Figura F.6 – Montagem de tubos DN 50 até DN 150 por meio de alavanca................................105
Figura F.7 – Montagem de tubos DN 200 até DN 600 por meio de um tirfor ..............................106
Figura F.8 – Montagem de tubos DN 700 até DN 1 200 por meio de dois tirfor .........................106
Figura G.1 – Posicionamento do contraflange e do anel de borracha na ponta do tubo .........107
Figura G.2 – Aplicação do anel de borracha no alojamento da bolsa ........................................108
Figura G.3 – Aperto manual das porcas ........................................................................................108
Figura G.4 – Esquema indicativo da ordem de aperto das porcas.............................................108
Figura H.1 – Ordem de aperto dos parafusos dos flanges..........................................................109
Figura I.1 – Corte utilizando disco abrasivo de alta rotação ....................................................... 111
Figura I.2 – Execução do chanfro por meio de lima..................................................................... 111
vii
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Prefácio
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é o Foro Nacional de Normalização. As Normas 
Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos 
de Normalização Setorial (ABNT/ONS) e das Comissões de Estudo Especiais (ABNT/CEE), são 
elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas pelas partes interessadas no tema objeto 
da normalização.
Os Documentos Técnicos ABNT são elaborados conforme as regras da ABNT Diretiva 2.
A ABNT chama a atenção para que, apesar de ter sido solicitada manifestação sobre eventuais direitos 
de patentes durante a Consulta Nacional, estes podem ocorrer e devem ser comunicados à ABNT 
a qualquer momento (Lei nº 9.279, de 14 de maio de 1996).
Os Documentos Técnicos ABNT, assim como as Normas Internacionais (ISO e IEC), são voluntários 
e não incluem requisitos contratuais, legais ou estatutários. Os Documentos Técnicos ABNT não 
substituem Leis, Decretos ou Regulamentos, aos quais os usuários devem atender, tendo precedência 
sobre qualquer Documento Técnico ABNT.
Ressalta-se que os Documentos Técnicos ABNT podem ser objeto de citação em Regulamentos 
Técnicos. Nestes casos, os órgãos responsáveis pelos Regulamentos Técnicos podem determinar 
as datas para exigência dos requisitos de quaisquer Documentos Técnicos ABNT.
A ABNT NBR 17015 foi elaborada no Comitê Brasileiro de Saneamento Básico (ABNT/CB-177), pela 
Comissão de Estudo de Estudo de Execução, Instalação e Manutenção de Sistemas de Saneamento 
(CE-177:001.002). O 1º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 12, de 07.12.2021 
a 08.02.2022. O 2º Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 07, de 26.07.2022 
a 24.08.2022. O Projeto de Emenda 1 circulou em Consulta Nacional conforme Edital nº 02, de 15.02.2023 
a 16.03.2023.
A ABNT NBR 17015:2022 cancela e substitui as ABNT NBR 9814:1987, ABNT NBR 9822:2012, 
ABNT NBR 12266:1992 e ABNT NBR 12595:1992.
A ABNT NBR 17015:2023 equivale ao conjunto ABNT NBR 17015:2022 e Emenda 1, de 12.07.2023, 
que cancela e substitui a ABNT NBR 17015:2022.
O Escopo em inglês da ABNT NBR 17015 é o seguinte:
Scope
This document establish the necessary requirements for laying of pipelines to convey raw and treated 
water, sewage and urban drainage systems, using rigid (concrete and ceramic), semirigid (cast iron 
and glass fiber reinforced polyester) and flexible (PVC, polyethylene) pipes, polypropylene).
This document is applicable to works carried out using the open cut method, except in the case 
of water connections that can also be carried out by non-destructive methods.
This document is applicable to sections of pipes used in aerial/underground crossings, siphons, 
underwater works and other special works, when these works are part of the project and prioritize the 
specific project.
This document does not applicable to sections of buried pipes executed with steel tubes.
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Execução de obras lineares para transporte de água bruta e tratada, 
esgoto sanitário e drenagem urbana, utilizando tubos rígidos, 
semirrígidos e flexíveis
1 Escopo
Este Documento estabelece os requisitos para execução de obras lineares de sistemas de abastecimento 
de água, esgotamento sanitário e drenagem urbana, com a utilização de tubos rígidos (concreto 
e cerâmica), semirrígidos (ferro fundido e PRFV) e flexíveis (PVC, polietileno e polipropileno).
Este Documento é aplicável às obras realizadas pelo método de vala a céu aberto (VCA).
Este Documento é aplicável aos trechos de tubulações utilizadas em travessias aéreas e subterrâneas, 
sifões, obras subaquáticas e outras obras22 003
315 7 047 8 704 10 603 13 055 16 077 19 360 23 091 27 827
355 8 994 11 017 13 463 16 600 20 369 24 559 29 364 35 329
400 11 324 13 955 17 142 21 096 25 913 31 184 37 274 44 845
450 14 382 17 736 21 707 26 630 32 785 39 511 47 124 -
500 17 694 21 860 26 811 32 911 40 464 48 726 58 218 -
560 22 245 27 401 33 550 41 209 50 700 61 165 - -
630 28 189 34 680 42 412 52 221 64 183 77 320 - -
710 35 820 44 069 54 004 66 253 81 475 - - -
800 45 475 55 822 68 397 84 219 103 492 - -
900 57 529 70 747 86 636 106 520 - - -
1 000 70 999 87 221 107 030 131 437 - - -
1 200 102 185 125 598 154 020 - - - -
1 400 139 034 170 953 - - - - -
1 600 181 545 223 286 - - - - -
113
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J.2 Não havendo soldas no trecho a ser puxado, a força pode ser multiplicada por 1,25.
J.3 Para tubos PE 100, multiplicar os valores especificados na Tabela J.1 por 1,25.
J.4 Os valores especificados na Tabela J1 devem ser adequados em função da temperatura, 
aplicando-se os fatores especificados na Tabela J.2.
Tabela J.2 – Fator de redução da força de puxamento em função da temperatura ambiente
Temperatura °C 25 27,5 30 35 40
Fator de redução 1,00 0,86 0,81 0,72 0,62
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Bibliografia
[1] ABNT NBR 7367, Projeto e assentamento de tubulações de PVC rígido para sistemas de esgoto 
sanitário
[2] ABNT NBR 15645, Execução de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais 
utilizando-se tubos e aduelas de concreto
[3] ABNT NBR 15950, Sistemas para distribuição e adução de água e transporte de esgotos sob 
pressão – Requisitos para instalação de tubulação de polietileno PÉ 80 e PE 100
[4] DNER 092, Solo – Determinação da massa específica aparente in-situ, com emprego do frasco 
de areia-Método de ensaio
[5] DNIT 172, Solos – Determinação do Índice de Suporte Califórnia utilizando amostras não 
trabalhadas – Método de ensaio
[6] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 8, Condições e meio 
ambiente de trabalho na indústria da construção
[7] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 15, Atividade e operações 
insalubres
[8] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 16, Atividade e operações 
perigosas
[9] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 18, Condições e meio 
ambiente de trabalho na indústria da construção
[10] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 19, Explosivos
[11] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 21, Trabalho a céu aberto
[12] NORMA REGULAMENTADORA DO MINISTÉRIO DO TRABALHO-NR 22, Saúde e segurança 
ocupacional na mineraçãoespeciais, quando estas obras fizerem parte do projeto 
e forem detalhadas em projeto específico. 
Este Documento não é aplicável aos trechos de tubulações enterradas, executadas com tubos de aço.
2 Referências normativas
Os documentos a seguir são citados no texto de tal forma que seus conteúdos, totais ou parciais, 
constituem requisitos para este Documento. Para referências datadas, aplicam-se somente as edições 
citadas. Para referências não datadas, aplicam-se as edições mais recentes do referido documento 
(incluindo emendas).
ABNT NBR 5601, Aços inoxidáveis – Classificação por composição química
ABNT NBR 5645, Tubos cerâmicos para canalizações
ABNT NBR 5647-1, Sistemas para adução e distribuição de água – tubos e conexões de PVC-U 6,3 
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 1: Requisitos gerais para tubos 
e métodos de ensaio
ABNT NBR 5647-2, Sistemas para adução e distribuição de água – tubos e conexões de PVC-U 6,3 
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 2: Requisitos específicos para tubos 
com pressão nominal PN 1,0 MPa
ABNT NBR 5647-3, Sistemas para adução e distribuição de água – tubos e conexões de PVC-U 6,3 
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 3: Requisitos específicos para tubos 
com pressão nominal PN 0,75 MPa
ABNT NBR 5647-4, Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC-U 6,3 
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 4: Requisitos específicos para tubos 
com pressão nominal PN 0,60 MPa
ABNT NBR 5647-5, Sistemas para adução e distribuição de água – Tubos e conexões de PVC-U 6,3 
com junta elástica e com diâmetros nominais até DN 100 – Parte 5: Requisitos para conexões
ABNT NBR 5667-1, Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 1: Hidrantes 
de coluna
2
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ABNT NBR 5667-2, Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 2: Hidrantes 
subterrâneos
ABNT NBR 5667-3, Hidrantes urbanos de incêndio de ferro fundido dúctil – Parte 3: Hidrantes 
de coluna com obturação própria
ABNT NBR 5739, Concreto – Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos
ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto – Procedimento
ABNT NBR 7182, Solo – Ensaio de compactação
ABNT NBR 7188, Carga móvel rodoviária e de pedestres em pontes, viadutos, passarelas e outras estruturas
ABNT NBR 7362-1, Sistemas enterrados para condução de esgoto – Parte 1: Requisitos para tubos 
de PVC com junta elástica
ABNT NBR 7362-2, Sistemas enterrados para condução de esgoto – Parte 2: Requisitos para tubos 
de PVC com parede maciça
ABNT NBR 7665, Sistemas de transporte de água ou de esgoto sob pressão – Tubos de PVC-M 
DEFOFO com junta elástica – Requisitos 
ABNT NBR 7674, Junta elástica para tubos e conexões de ferro fundido dúctil
ABNT NBR 7675, Tubos e conexões de ferro dúctil e acessórios para sistemas de adução e distribuição 
de água – Requisitos
ABNT NBR 7676, Elementos de vedação com base elastomérica termofixa para tubos, conexões, 
equipamentos, componentes e acessórios para água, esgotos, drenagem e águas pluviais e água 
quente – Requisitos
ABNT NBR 8890, Tubo de concreto de seção circular para água pluvial e esgoto sanitário – Requisitos 
e métodos de ensaios
ABNT NBR 9061, Segurança de escavação a céu aberto
ABNT NBR 9648, Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário – Procedimento
ABNT NBR 9649, Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário – Procedimento
ABNT NBR 9650, Verificação da estanqueidade no assentamento de adutoras e redes de água – 
Procedimento
ABNT NBR 10160, Tampões e grelhas de ferro fundido dúctil – Requisitos e métodos de ensaios
ABNT NBR 10848, Assentamento de tubulação de poliéster reforçados com fibras de vidro
ABNT NBR 11185, Projeto de tubulações de ferro fundido dúctil centrifugado, para condução de água 
sob pressão – Procedimento
ABNT NBR 12051, Solo – Determinação do índice de vazios mínimos de solos não-coesivos
ABNT NBR 12207, Projeto de interceptores de esgoto sanitário
ABNT NBR 12211, Estudos de concepção de sistemas públicos de abastecimento de água – 
Procedimento
3
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ABNT NBR 12215, Projeto de adutora de água – Parte 1: Conduto forçado
ABNT NBR 12218, Projeto de rede de distribuição de água para abastecimento público – Procedimento 
ABNT NBR 12284, Áreas de vivência em canteiros de obra-procedimento
ABNT NBR 12586, Cadastro de sistema de abastecimento de água – Procedimento
ABNT NBR 12587, Cadastro de sistema de esgotamento sanitário – Procedimento
ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland – Preparo, controle, recebimento e aceitação – 
Procedimento
ABNT NBR 13133, Execução de levantamento topográfico
ABNT NBR 13211, Dimensionamento de ancoragens para tubulação – Procedimento
ABNT NBR 14208, Sistemas enterrados para condução de esgotos – Tubos e conexões cerâmicos 
com junta elásticas – Requisitos
 ABNT NBR 14464, Tubos e conexões plásticas-união por solda de topo em tubos e conexões 
de polietileno PE 80 E PE100 – Procedimento
ABNT NBR 14465, Tubos e conexões plásticas-união por solda de eletrofusão em tubos e conexões 
de polietileno PE 80 E PE100 – Procedimento
ABNT NBR 14486, Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário – Projeto de redes 
coletoras com tubos de PVC
ABNT NBR 14968, Válvula-gaveta de ferro fundido nodular com cunha emborrachada – Requisitos
ABNT NBR 15420, Tubos, conexões e acessórios de ferro dúctil para canalizações de esgoto – 
Requisitos
ABNT NBR 15536-1, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário 
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 1: Tubos 
e juntas para adução de água
ABNT NBR 15536-2, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário 
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 2: Tubos 
e juntas para coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário e água pluvial
ABNT NBR 15536-3, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário 
e águas pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 3: Conexões
ABNT NBR 15536-4, Sistemas para adução de água, coletores-tronco, emissários de esgoto sanitário 
e plástico pluviais – Tubos e conexões de plástico reforçado de fibra de vidro (PRFV) – Parte 4: Anéis 
de borracha
ABNT NBR 15561, Tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 para transporte de água e esgoto sob 
pressão – Requisitos
ABNT NBR 15750, Tubulações de PVC-O (cloreto de polivinila não plastificado orientado) para 
sistemas de transporte de água ou esgoto sob pressão – Requisitos e métodos de ensaios
ABNT NBR 15802, Sistemas enterrados para distribuição e adução de água e transporte de esgotos 
sob pressão – Requisitos para projetos em tubulação de polietileno PE 80 e PE 100 de diâmetro 
externo nominal entre 63 mm e 1600 mm
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ABNT NBR 15952, Sistemas para redes de distribuição e adução de água e transporte de esgotos sob 
pressão – Verificação da estanqueidade hidrostática em tubulações de polietileno
ABNT NBR 16085, Poços de visita e inspeção pré-moldados em concreto armado para sistemas 
enterrados – Requisitos e métodos de ensaio
ABNT NBR 16682, Projeto de linha de recalque para sistema de esgotamento sanitário – Requisitos
ABNT NBR ISO 21138-1, Sistemas de tubulações plásticas para drenagem e esgoto subterrâneos 
não pressurizados – Sistemas de tubos com paredes estruturadas de policloreto de vinila não 
plastificado (PVC-U), polipropileno (PP) e polietileno (PE) – Parte 1: Especificações de material
3 Termos e definições
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos e definições. 
3.1 
anel de borracha para vedação 
acessório circular de borracha flexível, integradoao tubo ou aplicável no momento da instalação 
do tubo em local de serviço 
3.2 
berço
camada de solo situada entre o fundo da vala e a geratriz inferior da tubulação
3.3 
bobina
cilindro sobre o qual se enrolam as tubulações de polietileno ou qualquer material flexível
3.4 
bota-fora
local regularizado de destinação de resíduos de obras, conforme a legislação vigente
3.5 
cachimbo
escavação adicional na lateral ou na profundidade da vala, na região de acoplamento dos tubos 
de forma, que permita o manuseio do equipamento, bem como da tubulação, e a execução da junta 
com segurança
3.6 
caixa de inspeção 
CI
dispositivo visitável, quando em pequena profundidade, que permite inspeção e introdução 
de equipamentos de limpeza
3.7 
classe de pressão 
pressão de serviço máxima
pressão máxima em serviço e em regime contínuo a que a tubulação está sujeita, incluindo as variações 
dinâmicas (golpe de aríete)
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3.8 
classe de resistência
designação dada aos tubos de acordo com as exigências das cargas de fissuras e rupturas 
3.9 
coletor público
tubulação pertencente ao sistema público de esgoto sanitário, destinada a receber e conduzir 
os efluentes líquidos dos coletores prediais
3.10 
coletor-tronco 
tubulação da rede coletora que recebe apenas contribuição de esgoto de outros coletores 
3.11 
dama
trecho da vala que não é escavado para preservar interferências, estabilizar objetos adjacentes 
(árvores, postes etc.) e reduzir a velocidade de águas pluviais
3.12 
desbobinadeira
equipamento destinado a desenrolar as tubulações de polietileno ou qualquer material flexível, 
fornecido em bobina
3.13 
diâmetro externo 
DE
maior dimensão medida na seção transversal de uma tubulação
[FONTE: ABNT NBR 12208:2020, 3.31, modificada]
3.14 
diâmetro interno 
DI
dimensão correspondente ao diâmetro externo, descontadas duas vezes a espessura da parede
[FONTE: ABNT NBR 12208:2020, 3.32]
3.15 
diâmetro nominal 
DN
simples número que serve para classificar, em dimensão, os elementos de tubos, juntas, conexões 
e acessórios
NOTA O diâmetro nominal (DN) não é objeto de medição nem de utilização para fins de cálculos.
[FONTE: ABNT NBR 12208:2020, 3.33]
3.16 
efluente líquido 
resíduos líquidos provenientes das diversas modalidades do uso da água em qualquer edificação 
residencial, comercial ou industrial
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3.17 
emissário 
tubulação que recebe esgoto exclusivamente na extremidade de montante 
3.18 
empresa executora
empresa constituída por indivíduo ou grupo de pessoas habilitadas para os serviços de assentamento 
das tubulações 
3.19 
empresa prestadora de serviço de saneamento
organização responsável pela prestação de serviços públicos de distribuição de água, esgotamento 
sanitário e drenagem urbana, de origem pública, mista ou privada
3.20 
envoltória da tubulação
material de confinamento da tubulação, responsável pela interação solo-tubo
3.21 
envoltória lateral 
trecho do reaterro situado de cada lado da tubulação, limitado inferiormente pelo berço e superiormente 
pelo plano tangente à geratriz superior da tubulação 
3.22 
escavação
remoção de solo, desde a superfície natural do terreno até a cota especificada no projeto
3.23 
escoramento 
estrutura destinada a manter estáveis os taludes das escavações
3.24 
esgotamento da vala
operação que tem por finalidade a retirada da água da vala, de modo a permitir o desenvolvimento 
dos trabalhos em seu interior
3.25 
faixa de domínio 
base física, constituída por canteiros, sinalização ou áreas, destinada à obra ou serviço público 
ou de utilidade pública, com limites determinados conforme o projeto executivo
3.26 
faixa de servidão 
faixa de terra que acompanha o percurso de um duto ou linha de transmissão, que tem por 
finalidade servir de passagem, escoamento, realização e conservação de obras e serviços públicos 
ou de utilidade pública, podendo ser utilizada pelo proprietário, com as restrições decorrentes 
de servidão 
3.27 
ficha
parte do escoramento vertical a ser cravada no solo, abaixo do greide final da escavação, com 
profundidade suficiente para prevenir o tombamento ou fechamento
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3.28 
fiscalização
conjunto constituído por elementos técnicos de níveis superior e médio, e/ou de empresas de consultoria 
e assessoramento, designados pela empresa prestadotra de serviços de saneamento para exercer 
as atividades de gerenciamento, supervisão e acompanhamento de execução das obras 
3.29 
fundo da vala 
parte inferior da vala sobre a qual a tubulação é apoiada diretamente ou sobre um berço adequado 
3.30 
greide
perfil longitudinal da superfície do terreno, no local onde será assentada a rede, gerando as cotas dos 
diversos pontos do seu eixo
3.31 
junta elástica 
acoplamento constituído pela união da ponta de um tubo ou conexão com a bolsa de um tubo 
ou conexão, por meio de um anel de vedação, alojado em sulco apropriado, situado na bolsa, montado 
de forma deslizante
3.32 
junta elástica integrada 
junta elastomérica dotada de anel de vedação toroidal, de seção não circular, integrado ao sulco 
da bolsa do tubo permanecendo fixo durante o transporte, manuseio e montagem
3.33 
leito carroçável 
espaço compreendido entre dois meios-fios 
3.34 
ligação predial de água 
ramal predial de água
conjunto de elementos do ramal predial de água e unidade de medição ou cavalete, que interliga 
a rede de água à instalação predial do cliente
3.35 
ligação predial de esgoto 
ramal predial de esgoto
conjunto de elementos do ramal predial de esgotos, compreendido entre a caixa de ligação de esgoto 
situada no alinhamento predial e a rede coletora de esgotos
3.36 
poço de entrada 
poço de acesso
câmara executada para permitir o início da perfuração e a retirda do material
3.37 
poço de inspeção 
PI
dispositivo não visitável que permite a inspeção e introdução de equipamentos de desobstrução 
e limpeza
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3.38 
poço de saída 
poço de chegada
câmara executada ou escavação, para onde o equipamento de perfuração é dirigido
3.39 
poço de visita 
PV
câmara visitável por meio de abertua existente em sua parte superior, destinada à reunião de dois 
ou mais trechos de coletor e à execução de trabalhos de manutenção e inspeção 
3.40 
profundidade da vala 
diferença de nível entre o fundo da vala e a superfície do terreno
3.41 
ramal predial interno
sistema de coleta compreendido pelas tubulações e dispositivos internos, inclusive caixa de inspeção 
de ligação, que recebe os efluentes dos ramais de descarga diretamente ou a partir de um desconector, 
lançando-os ao ramal predial de esgoto por meio do tubo conector
3.42 
reaterro da vala 
recomposição de solo desde o fundo da vala até a superfície do terreno 
3.43 
reaterro final 
trecho do aterro compreendido entre o reaterro superior e o nível do terreno 
3.44 
reaterro superior 
trecho de reaterro situado acima do plano tangente à geratriz superior da tubulação e outro plano 
paralelo a este, com espessura de 0,30 m 
3.45 
rebaixamento de lençol 
operação que tem por finalidade eliminar ou diminuir o fluxo de água do lençol freático para o interior 
da vala, com aplicação de sistema apropriado 
3.46 
recobrimento da tubulação 
diferença de nível entre a superfície do terreno e a geratriz superior externa da tubulação
3.47 
rede de água
rede formada por tubulações e conexões, destinada a atender aos pontos de consumo de uma cidade 
ou de um setor dentro das condições sanitárias de vazão e pressão requeridas
3.48 
rede de esgoto
rede formada por tubulações, conexões e singularidades, que transporta todo o esgoto coletado 
em residências, prédios, indústrias ou comércios, para posterior encaminhamento ao tratamento
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3.49 
referência de nível 
RN
referência de posicionamento transferida para o local da obra a partir de um marco geodésico oficial
3.50 
registro de gaveta 
válvula de bloqueio instalada em tubulações de instalações hidráulicas, destinada à interrupção 
eventual da passagem de água, que é constituída por uma cunha ou gaveta, acionada por uma haste 
se desloca, fechando ou abrindo totalmente a passagem de água 
3.51 
singularidade
qualquer acessório, necessário para possibilitar mudança de direção e variações de seção, 
de declivdade e de vazão, quando significativa
3.52 
terminal de limpeza 
TL
dispositivo que permite a introdução de equipamentos de limpeza, localizado na cabeceira 
ou na ponta seca de qualquer coletor
3.53 
trecho 
segmento de coletor, coletor-tronco, interceptor ou emissário, compreendido entre sigularidades 
sucessivas
3.54 
tubo de queda
dispositivo instalado no PV, ligando uma rede coletora afluente ao fundo do poço
3.55 
tubos de polímero reforçado com fibras de vidro 
tubos de PRFV
tubos de poliéster reforçado com fibras de vidro
3.56 
tubo flexível
tubo que, quando submetido à compressão diametral, pode sofrer deformações superiores a 3 % 
no diâmetro, medidas no sentido da aplicação da carga, sem que apresente fisuras prejudiciais
NOTA Tubos de aço, tubos de PVC, tubos de polietileno e outros que atendam às condições especificadas. 
3.57 
tubo rígido 
tubo que, quando submetido à compressão diametral, pode sofrer deformações de até 0,1 % 
no diâmetro, medidas no sentido da aplicação da carga, sem apresentar fisuras prejudiciais
NOTA Tubos de concreto simples e armado, tubo cerâmico e outros, que atendam às condições 
especificadas.
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3.58 
tubo semirrígido 
tubo que, quando submetido à compressão diametral, pode sofrer deformações no diâmetro, medidas 
no sentido da aplicação da carga, superiores a 0,1 % e inferiores a 3 %, sem apresentar fisuras 
prejudiciais
NOTA Tubos de ferro fundido, tubos de PRFV e outros que atendam às condições especificadas. 
3.59 
vala 
abertura feita no solo, por processos mecânicos ou manuais, com determinada seção transversal, 
destinada a receber tubulações 
3.60 
via pública 
rua
espaço comprendido entre dois alinhamentos, que abrange o leito carroçável e os passeios laterais
4 Requisitos gerais
4.1 Projeto
4.1.1 As execuções das obras dos sistemas de abastecimento de água, de esgotamento sanitário 
e de drenagem urbana devem atender rigorosamente às plantas, desenhos e detalhes de projeto, 
às recomendações específicas dos fabricantes dos materiais a serem empregados e aos demais 
elementos que a fiscalização forneça.
4.1.2 Os projetos devem ser elaborados de acordo com as Normas Brasileiras e devem incluir: 
 a) cálculos e desenhos, por exemplo, plantas e perfis;
 b) memorial descritivo;
 c) posicionamento da tubulação, das sondagens (perfil e nível do lençol freático), das interferências, 
das conexões, das válvulas, dos hidrantes e dos demais componentes, destacando-se 
o posicionamento das singularidades por meio de coordenadas georreferenciadas; 
 d) diâmetro, tipo de junta e material da tubulação, incluindo especificação técnica do material, por 
exemplo, aplicação em água ou esgoto, classe de resistência e classe de pressão.
 e) especificação da base de assentamento (fundo da vala) e envoltória, quando necessário;
 f) profundidades, recobrimentos mínimos e detalhes do reaterro, especificando necessidade ou não 
de troca de solo e grau de compactação;
 g) largura da vala, especificada em projeto e que depende de fatores como:
 — características do solo;
 — processo de escavação; 
 — diâmetro da tubulação;
 — profundidade;
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 — nível do lençol freático; 
 — tipo de escoramento;
 — espaço necessário para execução das juntas;
NOTA Quando demonstrado em projeto que há vantagem técnica e econômica, para que as juntas possam 
ser executadas na superfície do terreno, a largura da vala pode ser reduzida, executando-se alargamentos 
(cachimbos) somente nos pontos de união dos tubos dentro da vala. 
 h) pontos de passagem obrigatórios e áreas sujeitas a inundações ocasionais;
 i) declividades, no caso de tubulações não pressurizadas;
 j) cálculos e detalhes dos blocos de ancoragem, como poços de visita (PV), poços de inspeção (PI), 
terminais de limpeza (TL) e caixas (CX), quando necessário;
 k) tipo de rebaixamento do lençol freático e tipo do escoramento, quando necessário;
 l) seção e tipo de pavimento, quando necessário;
 m) projeto específico das travessias aéreas ou subterrâneas, sifões, obras subaquáticas e outras 
obras especiais, contendo todas as informações e detalhes necessários à execução;
 n) listagem e especificação dos tipos de travessias, como cursos d’água, rodovias, ferrovias etc., 
descrevendo as empresas ou entidades a serem consultados para eventuais autorizações;
 o) indicação de pontos de aplicação de hiploclorito para o processo de lavagem e desinfecção das 
tubulações de água, bem como de pontos para enchimento e descarga;
 p) delimitação dos trechos a serem submetidos a ensaios hidrostáticos nas tubulações de água, 
indicando os pontos de pressurização, purga e drenagem;
 q) estudos ambientais necessários para o licenciamento e Anotação de Responsabilidade Técnica 
(ART) de profissional legalmente habilitado.
4.1.3 Eventuais modificações no projeto devem ser efetuadas ou aprovadas pelo projetista, 
em casos de:
 a) divergências no projeto, entre as cotas assinaladas e as suas dimensões medidas em escala, 
devendo prevalecer as primeiras;
 b) divergências entre os desenhos de escalas diferentes, devendo prevalecer os de maior escala;
 c) divergências entre elementos não incluídos em a) e b), devendo prevalecer o critério 
e a interpretação da fiscalização, para cada caso.
4.1.4 Todos os aspectos particulares de projeto, os omissos e ainda os de obras complementares, 
não considerados no projeto, devem ser especificados e detalhados pela empresa prestadora 
de serviço de saneamento.
4.1.5 Qualquer serviço que não conste no projeto não pode ser executado sem autorização 
da fiscalização, exceto em casos de emergência, se necessário para a estabilidade e a segurança 
da obra e do pessoal envolvido. 
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4.1.6 Os estudos de concepção do sistema de abastecimento de água devem ser elaborados 
de acordo com a ABNT NBR 12211.
4.1.7 Os estudos de concepção do sistema de esgotamento sanitário devem ser elaborados 
de acordo com a ABNT NBR 9648.
4.1.8 O projeto do sistema de esgotamento sanitário deve ser elaborado de acordo com 
as ABNT NBR 9649, ABNT NBR 12207, ABNT NBR 14486, ABNT NBR 15802 e ABNT NBR 16682.
4.1.9 O projeto do sistema de abastecimento de água deve ser elaborado de acordo com 
as ABNT NBR 12215, ABNT NBR 12218 e ABNT NBR 15802.
4.1.10 A aquisição dos materiais deve ser baseada nas especificações de projeto, que devem 
ser elaboradas atendendo aos requisitos das ABNT NBR 5645, ABNT NBR 5647 (todas as partes), 
ABNT NBR 5667 (todas as partes), ABNT NBR 7362 (todas as partes), ABNT NBR 7665, 
ABNT NBR 7675, ABNT NBR 7676, ABNT NBR 8890, ABNT NBR 10160, ABNT NBR 14208, 
ABNT NBR 15420, ABNT NBR 15536 (todas as partes), ABNT NBR 15561, ABNT NBR 15750, 
ABNT NBR 16085 (todas as partes) e ABNT NBR ISO 21138 (todas as partes). A verificação 
do atendimento aos requisitos técnicos estabelecidos nestas Normas deve ser realizada antes 
do transporte dos tubos para o local de aplicação.
4.2 Execução
4.2.1 Canteiro de obras
4.2.1.1 O canteiro de obras tem por finalidade dar apoio aos serviços a serem executados, pela 
empresa executora da obra e pela empresa prestadora de serviços de saneamento. Por esta razão, 
o canteiro de obras deve ter capacidade de alojar adequadamente a equipe responsável pela prestaçãodos serviços, armazenar o material a ser utilizado e conter escritórios para a equipe da obra, devendo 
ser montado de forma que assegure boas condições de higiene e segurança, em conformidade com 
a ABNT NBR 12284.
4.2.1.2 A empresa executora da obra, antes de iniciar a construção do canteiro, deve providenciar 
a planta geral para aprovação da empresa prestadora de serviços de saneamento, indicando 
a localização, dimensões e acesso ao canteiro, aos pátios, aos estacionamentos, às edificações, 
às redes de água e de esgoto, bem como o fornecimento de energia elétrica e telefone, entre outros 
serviços.
4.2.1.3 Após a aprovação da construção do canteiro, a empresa executora da obra deve:
 a) montar as instalações do canteiro obedecendo ao código de obras do município e aos requisitos 
e orientações da medicina e segurança do trabalho;
 b) ser responsável pelo fornecimento de água, coleta de esgoto, energia elétrica e telefone, 
assim como deve assegurar a segurança, o armazenamento e a conservação de todo material, 
equipamentos, ferramentas, utensílios e instalações da obra;
 c) manter no escritório da obra todas as plantas, perfis, especificações de projeto e demais documentos 
necessários à execução da obra, para sua consulta ou de seu preposto, da fiscalização da obra 
e de órgãos competentes;
 d) manter no canteiro de obras pessoal treinado e caixa de primeiros-socorros suprida com 
medicamentos para pequenas ocorrências;
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 e) prestar socorro imediato às vítimas, em caso de acidente no canteiro de obras, paralisando 
imediatamente a obra no local do acidente, para não alterar as circunstâncias relacionadas 
e comunicar imediatamente à empresa prestadora de serviços de saneamento da ocorrência;
 f) demarcar todas as áreas de armazenamento de materiais, de instalação de equipamentos 
e estacionamento de máquinas e automóveis, de forma a evitar o risco de acidentes de trabalho;
 g) mobiliar de forma adequada os locais destinados aos funcionários, mantendo-os limpos 
e atendendo aos requisitos e orientações de medicina e segurança do trabalho, quanto às 
condições de alojamento;
 h) manter livre o acesso aos extintores, mangueiras e demais equipamentos situados no canteiro, 
destinados ao combate a incêndio, sendo proibida a queima de qualquer material no local da obra;
 i) providenciar a confecção, por profissional especializado, de placa de identificação da obra, 
feita em material resistente à ação do tempo. O conteúdo da placa deve atender aos requisitos 
da legislação local em vigor e, quando houver, aos requisitos específicos da empresa prestadora 
de serviços de saneamento;
 j) após a conclusão dos serviços, remover do local todos os materiais, equipamentos e quaisquer 
detritos provenientes da obra, deixando a área totalmente limpa.
4.2.2 Serviços preliminares
4.2.2.1 Requisitos gerais
A execução das obras deve ser acompanhada por uma equipe de fiscalização designada pela empresa 
prestadora de serviços de saneamento. 
A empresa executora da obra deve manter à frente dos trabalhos um profissional legalmente 
habilitado, que é seu preposto na execução do contrato firmado com a empresa prestadora de serviços 
de saneamento. 
A programação das frentes de trabalho deve ser determinada em comum acordo com a organização 
responsável pela autorização de abertura de valas e remanejamento do tráfego.
Os materiais fornecidos para aplicação na obra devem atender aos requisitos estabelecidos nas 
Normas Brasileiras aplicáveis, conforme indicado em 4.1.10.
Os serviços de locação, nivelamento e pesquisas de interferências devem ser executados antes 
do início das obras ou de seus trechos, e deve constar no projeto.
A fiscalização deve fornecer as indicações de que dispuser sobre as interferências existentes, podendo, 
entretanto, ocorrer outras não cadastradas.
Caso não seja feito o levantamento de interferências na fase de projeto e as informações fornecidas 
pela fiscalização sejam insuficientes, a empresa executora da obra deve realizar a pesquisa 
de interferências existentes no local onde serão desenvolvidos os trabalhos, visando não danificar 
as interferências não cadastradas, como tubos, caixas, cabos, postes e outros elementos ou estruturas 
que estejam na zona alcançada pela escavação ou em área próxima a esta. Eventuais danos causados 
às instalações existentes são de responsabilidade da empresa executora da obra.
NOTA A pesquisa de interferências pode ser executada pelo método de prospecção ou por detecção 
eletromagnética.
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Não são permitidos o bloqueio, a obstrução ou a eliminação de interferências existentes, exceto 
quando a empresa executora da obra apresentar proposta/projeto que passe pela análise, aprovação 
e emissão de termo circunstanciado da entidade responsável pela estrutura ou interferência que 
se pretende alterar.
A empresa executora da obra deve providenciar os remanejamentos de instalação que interferirem nos 
serviços a serem executados. Os remanejamentos devem ser programados pela empresa executora 
da obra com a devida antecedência e em comum acordo com a fiscalização, os proprietários e/ou 
as concessionárias dos serviços, cujas instalações precisem ser remanejadas.
A demarcação e o acompanhamento dos serviços a serem executados devem ser realizados por 
equipe de topografia.
O cronograma geral de obras deve ser elaborado em conformidade com os dados dos projetos, 
considerando as necessidades da empresa prestadora de serviços de saneamento.
A empresa executora da obra deve apresentar um cronograma detalhado, estruturado por conjuntos 
operacionais, produtos e entregas relativas à execução da obra, conforme as diretrizes estabelecidas 
pela empresa prestadora de serviços de saneamento.
4.2.2.2 Segurança, higiene e medicina do trabalho
Na execução dos trabalhos, deve haver plena proteção contra o risco de acidentes com o pessoal 
da empresa executora da obra e com terceiros. Para isso a empresa executora da obra deve 
cumprir fielmente o estabelecido na legislação vigente, concernente à segurança, higiene e medicina 
do trabalho, bem como deve atender a todas as normas próprias e específicas para a segurança 
de cada serviço.
A empresa executora da obra é responsável pelo uso obrigatório e correto dos equipamentos 
de proteção individual (EPI) e dos equipamentos de proteção coletiva (EPC), por parte dos funcionários 
e terceiros, de acordo com as normas de segurança, higiene e medicina do trabalho.
Devem ser observadas e atendidas pela empresa executora da obra todas as condições de higiene, 
segurança e saúde necessárias à preservação da integridade física de seus empregados e terceiros, 
ao patrimônio da empresa prestadora de serviços de saneamento e de outrem, aos materiais 
e equipamentos da obra e/ou dos serviços, de acordo com as Normas Regulamentadoras vigentes 
e normas específicas contidas em seus procedimentos e diretrizes sobre a gestão de segurança 
e saúde do trabalho. 
Caso seja necessário o uso de explosivos na obra, a empresa executora da obra deve atender 
às normas específicas de segurança e controle para armazenamento de explosivos e inflamáveis, 
estabelecidas pelas autoridades competentes. O uso de explosivos deve ser executado por profissional 
habilitado e autorizado previamente pelas autoridades competentes, cabendo à empresa executora 
da obra tomar as providências para eliminar a possibilidade de danos físicos e materiais. 
4.2.2.3 Licenças ambientais
A obra somente pode ser iniciada após a obtenção das licenças ambientais necessárias de acordo 
com a legislação vigente, inclusive licenças no caso de necessidade de desmatamento e limpeza, 
para execução de redes (emissários, interceptores etc.) localizadas em fundo de vale.
A empresa executora da obra deve cumprir, durante toda a execução das obras realizadas em sítios 
arqueológicos, a legislação vigentereferente à proteção do patrimônio histórico e artístico nacional.
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Caso a empresa executora da obra descubra quaisquer elementos de interesse arqueológico 
ou pré-histórico, artístico ou numismático, ela deve, imediatamente, comunicar ao Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) ou aos órgãos oficiais autorizados sobre esse achado.
A empresa executora da obra é responsável pela conservação provisória dos elementos descobertos 
até o pronunciamento e deliberação do IPHAN.
4.2.2.4 Vistoria preliminar
Toda vez que for necessário resguardar interesses às propriedades vizinhas à obra a ser executada 
ou ao logradouro público, seja em virtude do tipo das fundações a executar, das escavações, aterros, 
sistemas de escoramento e estabilização, rebaixamento de lençol d’água e serviços provisórios 
ou definitivos a serem realizados, deve ser feita uma vistoria por profissional especializado habilitado, 
da qual devem resultar os seguintes elementos:
 a) planta de localização de todas as edificações e logradouros confinantes e de todos os logradouros 
não confinantes, mas suscetíveis de sofrerem algum dano por efeito da execução da obra;
 b) relatório descritivo com todos os detalhes necessários a cada caso, das condições de estabilidade 
daquelas edificações e logradouros, além do registro de todos os defeitos ou danos porventura 
existentes nelas.
Todos os documentos referentes à vistoria devem ser assinados pelos proprietários dos imóveis, pelo 
responsável pela execução da vistoria, pela empresa executora da obra e pela empresa prestadora 
de serviços de saneamento, devendo haver cópia à disposição deles. Cabe ressaltar, que 
os documentos relativos às vistorias devem ser elaborados de forma detalhada e com fotos, pois, 
em caso de litígio, estes documentos devem estar adequados para apresentação na esfera judicial.
4.2.2.5 Trânsito – sinalização, tapumes e passadiços 
A empresa executora da obra deve seguir o prescrito na legislação vigente [10], tomando todas 
as providências necessárias para prevenir possíveis acidentes que possam ocorrer por falta 
ou deficiência de sinalização e/ou proteção das obras, assumindo total responsabilidade por essas 
ocorrências. Devem ser providenciadas faixas de segurança para o livre trânsito de pedestres, 
especialmente junto a escolas, hospitais e outros polos de concentração, devendo ser mantidas 
em perfeitas condições durante o dia e a noite. 
A empresa executora da obra deve manter permanentemente, durante 24 h, em todas as frentes 
de serviço, um sistema de vigilância efetuado por pessoal devidamente identificado e habilitado.
4.2.2.5.1 Sinalização 
A sinalização deve atender ao estabelecido por autoridades locais e regras municipais, como prefeitura, 
subprefeituras, administração regional, poder legislativo e concessionárias de serviços. O projeto 
de sinalização deve ser incluído à solicitação de interdição, quando pertinente. Independentemente 
do que for requerido, a empresa executora da obra deve utilizar no mínimo sinalização preventiva 
com placas indicativas e orientativas, cones de sinalização, cavaletes, dispositivos de barragem, 
sinalização refletiva e iluminação de segurança ao longo da obra.
A empresa executora da obra deve seguir as especificações da legislação vigente [9] e de regulamentos 
da empresa prestadora de serviços de saneamento.
O local onde a obra será realizada deve ser cercado, sinalizado e protegido por cavaletes e tapumes 
de contenção do material escavado, para que acidentes sejam evitados. O local deve ser mantido 
sempre livre para escoamento superficial de água de chuva e para passagem de pedestres e veículos.
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Os colaboradores que estiverem em vias públicas devem usar EPI e EPC por medidas de segurança, 
como coletes ou tiras refletivas, conforme a legislação vigente [9].
4.2.2.5.2 Tapumes 
Os tapumes devem ser utilizados para cercar o perímetro de todas as obras urbanas, de forma 
a impedir o acesso de pessoas não autorizadas, conforme a legislação vigente [10], com exceção 
de pequenas obras e de curta duração, nas quais são utilizadas cercas portáteis. 
Os tapumes devem ser constituídos por placas sustentadas na posição vertical por elementos 
de madeira ou metal, por exemplo, chapas de madeira compensada, tábuas de madeira ou chapas 
de metal, com uma base interna que assegure a estabilidade ao conjunto. Estes tapumes devem ser 
dispostos de forma contínua, para impedir completamente a passagem de terra ou detritos. 
Tanto as chapas de vedação quanto os elementos de sustentação devem ser externamente pintados 
na cor branca e devem receber manutenção constante. 
NOTA 1 A cor pode ser modificada em casos de exigência do órgão competente.
As placas devem estar junto ao solo, alcançando a altura mínima de 1,10 m, colocadas em sequência 
e em quantidade suficiente para fechar completamente o local, conforme a legislação vigente [10]. 
Cada interseção entre os tapumes deve ter altura máxima de 1,10 m, para permitir visibilidade aos 
veículos. 
NOTA 2 A critério da fiscalização, podem ser utilizados tapumes com tela em polietileno de alta resistência, 
com requadramento em madeira e altura mínima de 1,10 m, com distância entre o solo e o requadro menor 
ou igual a 0,10 m. A empresa executora da obra é responsável por providenciar manutenção permanente 
da tela.
NOTA 3 Quando necessário, a critério da fiscalização, pode ser utilizado tapume com iluminação 
de segurança. 
4.2.2.5.3 Passadiço 
Os passadiços devem ser utilizados em passagens temporárias, por exemplo, em cruzamentos 
de ruas, em frente a estacionamentos, garagens e outros locais onde seja necessário assegurar 
o acesso de veículos e pedestres e devem ser dimensionados em função do seu comprimento total 
e das cargas a que estarão submetidos
Os passadiços metálicos para veículos devem ser executados em chapas de aço classe 1 020, com 
espessura de 18,75 mm (¾”) a 21,88 mm (7/8”), sendo obrigatória a sua fixação ao terreno.
Os passadiços para pedestres devem ser executados com pranchões em madeira de lei, 
seção 250 mm × 50 mm, munidos de guarda-corpo também em madeira de lei. 
Os passadiços não podem ter mais do que 30º de inclinação, conforme a legislação vigente 
[10] e, quando a inclinação for superior a 18º, devem ser fixadas peças transversais, espaçadas 
em até 0,40 m, para apoio dos pés. Não podem existir ressaltos entre o passadiço e o terreno.
4.2.3 Transporte, manuseio e armazenamento de materiais
Todo o material, como tubos, conexões e peças, deve ser manuseado, deslocado, carregado, 
transportado e descarregado de acordo com as instruções do fabricante, para que não seja danificado.
A empresa executora da obra deve ter total conhecimento sobre as instruções especificadas para 
o transporte e armazenamento de cada tipo de material, pois cada material possui características 
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específicas para a sua conservação. Todas as instruções devem ser fornecidas pelos fabricantes 
e ser seguidas pela empresa executora. O Anexo A apresenta requisitos para armazenamento, transporte 
e manuseio de materiais.
Os tubos, peças e conexões devem ser armazenados, com a concordância da fiscalização, 
em depósitos dentro do canteiro de obras ou dispostos ao longo do caminhamento das valas, sob total 
responsabilidade da empresa executora da obra. O local de estocagem deve ser plano, seco, limpo, 
livre de pedras e objetos pontiagudos ou cortantes.
É responsabilidade da empresa executora da obra manter, nos locais de armazenamento, pessoal 
qualificado e equipamentos adequados para o recebimento e carregamento dos materiais, sendo ela 
responsável por qualquer prejuízo, avaria ou desaparecimento destes materiais.
Os veículos utilizados no transporte dos materiais, tubos, conexões, válvulas etc.devem ter dimensões 
compatíveis com o comprimento dos materias a serem transportados, e a sua plataforma de transporte 
deve estar livre de objetos pontiagudos e/ou cortantes. 
É responsabilidade da empresa executora da obra qualquer dano causado no manuseio, retirada, 
carga, transporte e descarga dos materiais, bem como a resposição do material eventualmente 
danificado, independentemente do local onde este se encontre, por exemplo, almoxarifado da empresa 
prestadora de serviços de saneamento, fornecedor etc.
O manuseio, carga, transporte e descarga devem ser realizados cuidadosamente, para garantir 
a segurança dos colaboradores e para que sejam evitados choques, arrastes e rolamento dos mateiais. 
Recomenda-se que sejam utilizados, sempre que necessário, meios mecânicos para evitar danos.
A descarga deve ser realizada com o auxílio de guindastes, guinchos ou caminhão Munck, para 
que se evitem danos nas áreas de esforços concentrados. Em casos de descarga manual, os tubos 
não podem ser arremessados, devendo ser retirados por meio de rampas executadas com vigas 
de madeira, para que possam deslizar ou rodar suavemente com auxílio e condução dos colaborades 
envolvidos neste processo. 
A movimentação vertical e/ou horizontal dos tubos deve ser realizada de forma que não danifique 
as pontas, bolsas e revestimentos. Deve-se utilizar cintas de lona ou de náilon, posicionadas de forma 
que não causem tensões adicionais aos tubos.
Cuidados especiais devem ser tomados, como:
 a) utilizar abraçadeiras ou cabos externos em equipamento para içamento de tubos de ferro fundido, 
para proteção do revestimento interno, não permitindo qualquer ponto de apoio na parte interna 
revestida;
 b) utilizar proteção para os tubos de plástico (PVC, polietileno etc.), da ação direta e contínua dos 
raios solares e contato com agentes químicos agressivos, como, por exemplo, solventes;
 c) rejeitar tubos de polietileno que no processo de manuseio, carga, transporte e descarga tenham 
sofrido danos superiores a 10 % da espessura nominal da parede ou ovalização acima dos limites 
estabelecidos na ABNT NBR 15561;
 d) proteger as extremidades dos tubos de polietileno de SDR 32, 25 e diâmetro externo 
(DE) ≥ 1 000 mm, por meio de dispositivos que evitem sua ovalização e danos na superfície 
interna até o momento de sua instalação;
 e) atentar-se para os pontos mais vulneráveis das peças e acessórios, por exemplo, hastes 
de registro etc., que podem sofrer danos facilmente em decorrência de choques;
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 f) guardar os anéis de borracha, preferencialmente, dentro da própria embalagem e em locais que 
assegurem a sua conservação e mantenham o seu bom estado para uso; 
NOTA Recomenda-se que estes lugares sejam mantidos limpos, secos, abrigados de luz e com 
temperatura controlada a ±20 °C.
 g) estocar soluções limpadoras e lubrificantes em local protegido do fogo ou do calor excessivo; e 
 h) tamponar os tubos para evitar a entrada de qualquer material estranho, como terra, folhagem, 
madeira etc. Estes tubos não podem ser usados como locais de armazenamento de ferramentas 
ou de quaisquer outros materiais.
4.2.4 Locação e nivelamento
A locação e o nivelamento topográfico devem ser executados antes do início da obra ou de trechos 
da obra, e consistem em demarcar no terreno, os pontos determinados em projeto de uma rede, para 
que esta possa ser executada exatamente no local planejado.
Portanto, a locação e o nivelamento das tubulações e peças a serem assentadas devem ser feitos 
de acordo com o projeto, devendo a empresa executora da obra locar o eixo das valas a serem 
escavadas e indicar, nas redes de água, o ponto de localização das conexões, registros e demais 
singularidades e, nas redes de esgoto, os PV, PI, caixas etc., bem como, a largura e a profundidade 
(cota) de escavação.
As cotas do fundo das valas devem ser verificadas a cada 20 m, antes do assentamento da tubulação.
As cotas da geratriz superior da tubulação devem ser verificadas logo após o assentamento e também 
antes do reaterro das valas, para correção do nivelamento, se necessário.
Na locação, a partir de coordenadas de pontos determinados em um projeto, são calculadas direções 
e distâncias em relação a marcos de referência. Com estes valores, a partir dos marcos de referência 
materializados em campo, é possível locar ou indicar a posição dos pontos de interesse.
A demarcação e o acompanhamento dos serviços a serem executados devem ser efetuados 
por equipe de topografia, com equipamentos calibrados e devem estar em conformidade com 
a ABNT NBR 13133, sendo necessário o levantamento de todas as interferências existentes. 
A empresa executora da obra, tendo em mãos o projeto, deve visitar o local das obras e reconhecer 
o local de implantação da locação, providenciando no mínimo o seguinte: 
 a) a implantação da referência de nível (RN) secundário, com base em RN oficial e em pontos 
de segurança (PS) em quantidade compatível com a obra em pontos notáveis, não sujeitos 
a interferências na obra; 
NOTA Recomenda-se que, para obras urbanas, sejam locados os PS sobre o passeio, preferencialmente 
à distância de até 0,30 m do alinhamento predial, numerados sequencialmente e materializados em campo.
 b) o estaqueamento para demarcação do eixo da tubulação deve ser realizado por meio da cravação 
de estacas a cada 20 m; 
 c) o restabelecimento para locação original, reconstituindo os piquetes do eixo da vala e do centro 
de poços de visita, poços de inspeção, caixas etc., para rede de esgotos, e pontos de instalação 
de conexões, válvulas, ventosas, registros etc., para redes de água; 
 d) a demarcação no terreno para as canalizações, dutos, caixas etc. subterrâneos, que interferem 
na execução da obra. Caso existam serviços públicos situados dentro das áreas de delimitação 
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das valas, é de responsabilidade da empresa executora da obra a não interrupção daqueles 
serviços, até que os remanejamentos sejam autorizados; 
 e) o provimento por parte da empresa executora da obra para realização dos remanejamentos 
de instalações que interferem nos serviços a serem executados. Os remanejamentos devem 
ser programados com antecedência e em comum acordo com a fiscalização, os proprietários 
e/ou as concessionárias dos serviços cujas instalações precisem ser remanejadas. Os danos 
que porventura sejam causados às instalações existentes durante o remanejamento são 
de responsabilidade da empresa executora da obra;
 f) o registro dos dados obtidos pela equipe de topografia durante a execução das obras, tendo 
em vista a elaboração de complemento do projeto original para efeito de como construído 
(AS BUILT);
4.2.4.1 Locação complementar
Quando o posicionamento da rede não estiver bem determinado em projeto ou for inexequível, 
em virtude de alterações das condições de campo, deve ser observado o determinado em 4.2.4.2 
e 4.2.4.3.
4.2.4.2 Locação no leito carroçável
As valas devem ser localizadas no leito carroçável quando:
 a) os passeios não tiverem largura mínima necessária ou existirem interferências de difícil remoção;
 b) a vala no passeio oferecer risco para as edificações; ou
 c) as legislações pertinentes impedirem a sua execução no passeio;
No caso de localização no leito carroçável, devem ser cumpridas as seguintes condições:
 — distância mínima entre a rede de água e esgoto de 1,00 m e tubulação de água de no mínimo 
0,20 m acima da tubulação de esgoto, inclusive no caso dos ramais;
 — nas redes simples, as tubulações devem ser locadas em um dos terços laterais, sendo a rede 
de esgoto no terço lateral do leito carroçável mais favorável às ligações;
 — nas redes duplas, as tubulações devem ser locadas uma em cada terço lateral do leito carroçável.
4.2.4.3 Locação no passeio
As valas devem ser localizadas no leito passeio quando:
 a) o projeto previr rede dupla;

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