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www.romulopassos.com.br 1 www.romulopassos.com.br 2 PROFESSORES ALLAN BATISTA, IVO SALES E CAMILA ABRANTES Segunda-feira, às 20h RETA FINAL EBSERH Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela; Hepatites; Diabetes e Hipertensão Arterial a) Dengue Manejo A rb o vi ro se s Sinais de alerta dor abdominal intensa, vômitos persistentes, sangramento de mucosas. hidratação, classificação de risco (A, B, C, D). b) Febre Amarela Sintomas Prevenção vacinação. febre, icterícia, hemorragias. c) Zika e Chikungunya Diferenciação clínica artralgia intensa na Chikungunya, rash cutâneo, febre baixa no Zika, entre outros Sobre a Dengue , julgue os itens: 1. A dengue é uma doença infecciosa transmitida ao homem principalmente pelo mosquito Aedes aegypti e quem contamina o ser humano é o macho do mosquito, enquanto a fêmea apenas se alimenta de seiva de plantas e seu período de incubação no ser humano é de 4 a 8 dias, em média de 5 a 6 dias. 2. Quanto ao período de transmissibilidade intrínseco, transmissão do ser humano para o mosquito, ocorre enquanto houver a presença de vírus no sangue do humano e o período de viremia é geralmente 1 dia antes do aparecimento da febre até o 7 dia da doença. www.romulopassos.com.br 3 C la ss if ic aç ão d e c as o s d a d e n gu e www.romulopassos.com.br 4 www.romulopassos.com.br 5 3. As infecções por dengue podem apresentar três fases clínicas, sendo elas: Fase febril, Fase critica e Fase de recuperação. 4. Quanto a classificação dos casos de dengue, um caso suspeito em adulto é considerado usualmente entre 2 e 7 dias e 2 ou mais sintomas clássicos: náuseas/vomito, exantema, mialgia/artralgia, cefaleia/dor retro-orbital, petequiais/prova do laço positiva e leucopenia. 5. A desfervescência da febre (entre o 3 e o 7 dia do inicio da doença), com um ou mais sinais de alarme é considerado um caso suspeito de dengue grave. 6. Paciente residente em área com registro de casos de dengue ou em viagem nos últimos 7 dias para áreas com ocorrência de transmissão da dengue ou na presença de Aedes aegypti é classificado como casos suspeito de dengue. 7. Na fase febril da dengue, os sinais de alarme, quando presentes, ocorrem nessa etapa. A maioria deles é resultante do aumento da permeabilidade capilar. Essa condição marca o início da piora clínica do paciente e sua possível evolução para o choque, por extravasamento plasmático. 8. Acerca da coleta de sangue para diagnóstico laboratorial de dengue é correto afirmar que o RT- PCR deve ser realizado até o sexto dia de início dos sintomas. 9. São sintomas de casos suspeitos de dengue grave: choque ou desconforto respiratório; hemorragia grave (hematêmese, melena, metrorragia e sangramento do SNC); disfunções graves de órgãos - hepático, cardíaco, neurológico e renal. 10. De acordo com a classificação de risco, estadiamento clínico e conduta para gravidade da dengue, é correto afirmar que a prioridade não urgente é caracterizada pela prova do laço positiva ou petéquias e/ou grupos específicos e ausência de sinais de alarme. 11. A prova do laço deve ser realizada na triagem, obrigatoriamente, em todo paciente com suspeita de dengue e que não apresente sangramento espontâneo. 12. Para ser considerada positiva, na prova do laço em adultos deve ser verificada a presença de 15 ou mais petequeias após a realização do procedimento. 13. As ações de controle da dengue levando em consideração os princípios da saúde pública, a atuação da equipe de enfermagem e as diretrizes do Ministério da Saúde, devem incluir a capacitação contínua da equipe de enfermagem para a identificação precoce dos casos, manejo clínico adequado e orientação à população. 14. O indivíduo contaminado precisa usar repelente para impedir que o mosquito possa picá-lo, e ao contaminar-se, infectar outra pessoa. 15. Considerando que a dengue hemorrágica pode ser classificada de acordo com a sua gravidade em graus. O grau I tem como única manifestação hemorrágica a prova do laço positiva. O grau II apresenta colapso circulatório com pulso fraco e rápido, diminuição da pressão arterial ou hipotensão, pele pegajosa e fria e inquietação. O grau III Apresenta manifestações hemorrágicas espontâneas (sangramentos de pele, petéquias, epistaxe, gengivorragia). Por fim, o grau IV apresenta choque profundo, com pressão arterial e pulso imperceptíveis. www.romulopassos.com.br 6 Fases clínicas da Chikungunya www.romulopassos.com.br 7 Sobre a Chikungunya, julgue os itens: 16. Chikungunya é uma doença que pode evoluir em 3 fases: a febril ou a aguda, a pós-aguda e a crônica. A fase aguda da doença tem duração de 7 a 20 dias. A fase pós-aguda tem um curso de até 3 meses. Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica. 17. A via de transmissão da chikungunya é através da picada da fêmea do mosquito infectado, transmissão vertical (rara) e transfusional e seu período incubação intrínseco vai de 1 a 12 dias e o período de incubação extrínseco de 3 a 7 dias. 18. Como toda infecção, a Chikungunya pode desenvolver a Síndrome de Gulliain-Barre, encefalite e outras complicações neurológicas. 19. A Chikungunya pode ser dividida em casos suspeito e confirmados, sendo considerado um caso confirmado, paciente com febre de início súbito > 38,5 °C e artralgia ou artrite intensa de início agudo não explicadas por outras condições e que resida ou tenha visitado áreas endêmicas até 2 semanas antes do início dos sintomas ou que apresente vínculo epidemiológico com caso importado confirmado. 20. Na fase crônica o paciente pode desenvolver distúrbios vasculares periféricos, além dos sintomas físicos como sintomas depressivos, cansaço geral e fraqueza. 21. São fatores de risco para a cronificação, idade > 45 anos, problemas de articulação, sexo feminino, maior intensidade das lesões. 22. Os critérios de gravidade e internação para Chikungunya incluem: extremidades frias, cianose, tontura, hipertensão, enchimento capilar lento e instabilidade hemodinâmica, indicativos de choque. 23. As unidades de Atenção Básica possuem papel primordial para avaliação e monitoramento dos pacientes com Chikungunya. Não há necessidade de acompanhamento diário da maioria dos pacientes, devendo estes serem orientados a retornar à unidade de saúde em caso de persistência da febre por mais de cinco dias, aparecimento de sinais de gravidade ou persistência dos danos articulares. 24. Em caso de suspeitada doença a notificação deve ser realizada, e digitada no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) de forma imediata. Em caso de óbitos, a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas. www.romulopassos.com.br 8 Zika Vírus Sobre a Zika, julgue os itens: 25. ZiKa é uma doença viral aguda e os casos costumam apresentar evolução benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente após 3-7 dias, caracterizada por exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça. www.romulopassos.com.br 9 26. Considerando as orientações para a coleta de exames da gestante e do recém-nascido em caso de suspeita de infecção pelo Zika vírus orienta-se coletar cerca de 15 ml de sangue, sem anticoagulante, da mãe, até 3 a 7 dias após o início dos sintomas. 27. A infecção pelo zika, no período gestacional, está relacionada a efeitos teratogênicos, e há frequência de abortamento espontâneo. 28. A principal medida de combate à infecção é a prevenção através de vacinação, ações de controle do vetor e medidas protetivas individuais. Como forma de tratamento tem-se: repouso relativo, enquanto durar a febre; estímulo à ingestão de líquidos; administração de paracetamol ou dipirona em caso de dor ou febre; administração de ácido acetilsalicílico e de anti-histamínicos e em queixa de alteração visual, encaminhamento ao oftalmologista para avaliação e tratamento. Febre Amarela - Manifestações Clínicasde escolha para o tratamento de sífilis em gestantes é a doxiciclina. Sobre ISTs/HIV, julgue os itens: 14. Entre as células de defesa estão os linfócitos TCD4+, principais alvos do HIV. A presença de infecções oportunistas e algumas neoplasias definem a síndrome da imunodeficiência adquirida – AIDS. 15. No HIV, a primeira fase da infecção é o período do surgimento de sinais e sintomas inespecíficos da doença, que ocorrem entre a primeira e terceira semana, após a infecção e, existe risco de transmissão do HIV por via sexual para as pessoas com carga viral indetectável. 16. O primeiro sinal para diagnosticar o HIV são os sinais e sintomas que caracterizam a Síndrome Retroviral Aguda (SRA), por serem característicos dessa IST. 17. A situação em que pode ocorrer a transmissão vertical do HIV é a transfusão de sangue. 18. Além dos testes rápidos e laboratoriais, o SUS também disponibiliza de forma gratuita autotestes para que as pessoas possam se testar quando e onde quiserem. Profilaxia Pré-exposição (PrEP ) ao HIV www.romulopassos.com.br 65 www.romulopassos.com.br 66 19. Recomenda-se como primeira conduta, após a exposição a material biológico, os cuidados imediatos com a área atingida que incluem a lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão nos casos de exposições percutâneas ou cutâneas. 20. É proibido de o indivíduo recusar a Profilaxia pós-exposição - PEP ou outros procedimentos indicados após a exposição, como a coleta de exames sorológicos e laboratoriais. 21. A Profilaxia pós-exposição - PEP deve ser iniciada o mais precocemente possível, idealmente nas primeiras 6 horas após a exposição, tendo como limite as 96 horas subsequentes à exposição. 22. Pessoas vivendo com HIV/Aids em terapia antirretroviral (TARV) e com carga viral indetectável há pelo menos três meses, não transmitem o vírus do HIV por via sexual. É comum que portadores desse vírus sofram com a Síndrome Inflamatória de Reconstituição Imune (Siri) após iniciar a terapia antirretroviral, principalmente pacientes em estado avançado de imunodeficiência. 23. Um pequeno grupo de PVHA mantém carga viral não detectada mesmo sem uso de TARV. Esses indivíduos são frequentemente chamados de “controladores de elite”. 24. Uma das medidas que deve ser garantidas à mulher vítima de violência sexual é a Profilaxia Pós-Exposição ao HIV (PEP) que deve ser realizada no máximo em até 48 horas. www.romulopassos.com.br 67 c) HPV Prevenção IS Ts Manifestações verrugas genitais, lesões precursoras do câncer. vacinação (9 a 14 anos), rastreamento. d) Herpes Genital Características Agente HSV-1 e HSV-2 lesões vesiculares dolorosas, recorrência.IS Ts e) Gonorreia e Clamídia Transmissão sexual; durante o parto Complicações dor pélvica; dip; gravidez; ectópica; infertilidade Rastreamento para gestantes até 30 anos, na primeira consulta de pré-natal 25. Durante a consulta de Enfermagem da adolescente, MEF, 16 anos, foi observado a presença de lesões clínicas como verrugas na região genital e no ânus. Estas lesões são popularmente conhecidas como "crista de galo", "figueira" ou "cavalo de crista". Neste caso, estas lesões são características de herpes. 26. Na Síndrome do Corrimento Uretral, o período de incubação varia de 2 a 5 dias. Para a clamídia, esse período é maior, de 14 a 21 dias. Durante o sexo vaginal, as taxas de transmissão de homens para mulheres são maiores do que de mulheres para homens. As mulheres infectadas por N. gonorrhoeae podem transmitir ao concepto durante o parto vaginal, mas não durante a gravidez. 27. A donovanose é uma micose que atinge a superfície cutânea e/ou membranas mucosas. Na mucosa oral, é caracterizada por placas brancas (aftas). Outra apresentação clínica é a forma atrófica, que se apresenta como placas vermelhas, lisas, sobre o palato duro ou mole. 28. A linfogranuloma venéreo é uma doença bacteriana de evolução progressiva e crônica, que acomete, preferencialmente, pele e mucosas das regiões genitais, perianais e inguinais, podendo ocasionar lesões granulomatosas e destrutivas. Inicia-se por lesão nodular, única ou múltipla, de localização subcutânea, que eclode produzindo ulceração bem definida e cresce lentamente. É indolor e sangra com facilidade. A partir daí as manifestações estão diretamente ligadas às respostas tissulares do hospedeiro, originando formas localizadas ou externas e, até mesmo, lesões viscerais, por disseminação hematogênica. www.romulopassos.com.br 68 R e su m o d as c ar ac te rí st ic as m ai s re le va n te s d as p ri n ci p ai s IS Ts www.romulopassos.com.br 69 PROFESSOR JONH MORAIS RETA FINAL EBSERH Urgências e Emergências Clínicas e Traumáticas Quarta-feira, às 20h Classificação de Risco X Triagem de Manchester Sobre a classificação de risco, julgue os seguintes itens: 1. A classificação de risco do Ministério da Saúde está organizada da seguinte forma: prioridade 0 (cor vermelha), emergência (atendimento imediato); prioridade 1 (cor amarela), urgência (atendimento o mais rápido possível); prioridade 2 (cor verde), não urgente; prioridade 3 (cor azul), consultas de baixa complexidade, atendimento de acordo com o horário de chegada. 2. O Sistema de Triagem de Manchester consiste no seguinte formato: Nível 1 - vermelho, emergente, atendimento imediato; Nível 2 - laranja, muito urgente, atendimento em até 10 minutos; Nível 3 - amarelo, urgente, atendimento em até 60 minutos; Nível 4 - azul, pouco urgente, atendimento em até 120 minutos; Nível 5 - verde, não urgente, atendimento em até 240 minutos. www.romulopassos.com.br 70 3. A emergência é uma ocorrência imprevista de agravo à saúde com ou sem risco potencial de vida, em que o paciente precisa de assistência médica imediata. 4. A classificação de risco deve considerar o grau de necessidade do paciente, e a ordem de atendimento deve dar-se de acordo com os protocolos clínicos do serviço. 5. A área vermelha é composta por uma sala de retaguarda para pacientes já estabilizados, mas que ainda requerem cuidados especiais (pacientes críticos ou semicríticos). 6. Paciente atendido em unidade de saúde que utiliza o protocolo de Manchester foi classificado com a cor laranja, indicando um caso urgente. 7. De acordo com o protocolo de Manchester, o paciente classificado com a cor verde deve receber atendimento em até 240 minutos. Com relação aos tipos de choque, julgue os seguintes itens: 8. O choque deve ser suspeitado em pacientes com sinais de hipoperfusão tecidual que podem ser avaliados por meio de métodos como a mensuração da pressão arterial, do débito urinário, da avaliação do nível de consciência, da perfusão da pele e/ou presença de livedo, do lactato sérico, mas não tem nenhuma relação com o tempo de enchimento capilar, o pH arterial e a frequência cardíaca. 9. Os principais tipos de choque consistem em: Hipovolêmico - diminuição do volume intravascular (traumatismo, hemorragia); Distributivo - comprometimento da capacidade de bombeamento do coração (causas coronarianas e não coronarianas); Cardiogênico - volume intravascular fica represado nos vasos sanguíneos periféricos (neurogênico, séptico e anafilático). www.romulopassos.com.br 71 10. Os sinais de choque neurogênico consistem em pele quente, seca e rosada; PA diminuída; lucidez; enchimento capilar normal e FC diminuída. Os demais tipos de choque caracterizam-se por pele fria e seca, PA elevada, nível de consciência alterado, enchimento capilar retardado e FC aumentada. 11. No choque séptico, é possível identificar alguns sinais característicos, como: bradicardia, extremidades frias, diminuição do nível de consciência e hipertensão. No atendimento emergencial a uma paciente com esse tipo de choque, recomenda-se administrar fluidos em alíquotas de 20 ml/kg ou 30 ml/kg. 12. Durante o choque anafilático, a liberação massiva de histamina e outros mediadores inflamatórios causam vasodilatação sistêmica e diminuição da permeabilidade vascular, levando à hipertensão severa. O quadro clínico nesse tipode choque inclui urticária generalizada, angioedema, broncoespasmo e choque circulatório, que podem ocorrer minutos após a exposição ao alérgeno. A administração imediata de adrenalina IM é o tratamento de escolha. 13. No choque progressivo, alguns mecanismos de feedback positivo diminuem o débito cardíaco e contribuem para a progressão do choque. Um desses mecanismos é o aumento da secreção de vasopressina. 14. Conforme a classificação do choque hipovolêmico associado à perda sanguínea aguda, a Classe I representa a perda de sangue ( 2.000 ml). 15. No choque cardiogênico, a má perfusão tecidual é resultado do baixo débito cardíaco, tendo como principal causa a insuficiência cárdica. 16. Um paciente com choque hipovolêmico Classe I apresenta, entre outros sinais e sintomas, frequência cardíaca > 100. 17. Paciente adulto deu entrada na emergência de um hospital apresentando confusão mental; ansiedade; hipotensão; FC = 125bpm; FR = 32irpm; pressão de pulso diminuída e enchimento capilar reduzido, indicativos de choque hipovolêmico classe II. 18. O choque neurogênico é caracterizado por uma lesão raquimedular em que o paciente apresenta hipotensão, bradicardia, bom nível de consciência e pele rosada no local da lesão. www.romulopassos.com.br 72 Sobre o edema agudo de pulmão (EAP), julgue os itens a seguir. 19. O EAP é caracterizado por hipoxemia, aumento no esforço respiratório, redução da complacência pulmonar e redução da relação ventilação/perfusão. Os sinais e sintomas clássicos são: ortopneia, expectoração de secreção espumosa rósea, taquipneia, ansiedade e agitação. O tratamento é baseado na terapia com oxigênio, diuréticos e vasodilatadores. 20. No EAP cardiogênico, o desacoplamento entre o volume sistólico do ventrículo direito e esquerdo e a venoconstrição hipóxica contribuem para uma diminuição da pressão hidrostática nos capilares pulmonares. O resultado é a transudação de líquido para o interstício pulmonar, causando dispneia intensa e abrupta, tosse com expectoração abundante hialina-hemoptóica, taquipnéia, cianose e extremidades frias e sudoréticas. 21. Tromboembolismo pulmonar é a oclusão total ou parcial da artéria pulmonar ou de seus ramos por um êmbolo ou trombose in situ. Os sinais e sintomas de embolia pulmonar podem representar uma complicação preocupante no período pós-operatório, incluindo falta de ar súbita, dor torácica intensa, tosse com sangue, ritmo cardíaco acelerado e tontura. 22. A estase venosa, a lesão da parede do vaso (lesão endotelial), e a hipocoagulabilidade (alteração da coagulação) são fatores associados ao tromboembolismo classificando a Tríade de Virchow A respeito da Síndrome Coronariana Aguda (SCA), julgue os seguintes itens: 23. No IAM, a ruptura da placa aterosclerótica e a formação subsequente de trombo resultam em oclusão da artéria, levando a isquemia e necrose do miocárdio suprido por essa artéria. A medida que as células são privadas de oxigênio, a isquemia desenvolve-se, ocorre a lesão celular, e a ausência de oxigênio resulta em infarto, ou morte das células. A pressão arterial sempre estará elevada. 24. Deve-se buscar os respectivos 3 tempos entre a chegada no serviço de emergência e a realização do procedimento da seguinte forma: tempo porta-ECG - realização do 1º eletrocardiograma, em até 15 minutos; tempo porta-agulha - início da administração do fibrinolítico, em até 30 minutos; tempo porta-balão - realização da angioplastia, idealmente em até 120 minutos. www.romulopassos.com.br 73 25. A classificação quanto ao tipo de infarto do miocárdio (IM) consistem em: Tipo 1 – IM espontâneo (ruptura de placa, erosão ou dissecção); Tipo 2 - IM secundário por desequilíbrio isquêmico (espasmo, embolia, taquiarritmia, hipertensão e anemia); Tipo 3 - IM que resulta em morte, sem biomarcadores coletados; Tipo 4a - IM relacionado à trombose de stent; Tipo 4b - IM relacionado à intervenção coronariana percutânea; Tipo 5 - IM relacionado à cirurgia de revascularização miocárdica. 26. As manifestações clínicas do IAM são: dor torácica, taquicardia, taquipneia e dispneia, indigestão, náuseas, ansiedade e pele fria, pálida e úmida. As principais abordagens terapêuticas sobre tratamento do IAM com supradesnível do segmento ST consiste na fibrinólise pré-hospitalar, oxigênio, morfina, nitratos, AAS, heparina, revascularização cirúrgica etc. As principais enzimas e biomarcadores cardíacos importante no diagnóstico são: a troponina, a creatinoquinase (CK) e suas isoenzimas e a mioglobina. 27. Pacientes com SCA são diagnosticados com uma das seguintes formas de investigação: Angina instável - manifestações clínicas de isquemia coronária, porém, o ECG e os biomarcadores cardíacos não revelam evidências de IAM; IAM sem ST - evidências de IAM no ECG, com alterações características em 2 derivações contíguas de um ECG com 12 derivações; IAM com ST - elevação dos biomarcadores cardíacos, porém, nenhuma evidência definitiva de IAM no ECG. 28. Na utilização do ECG para diagnosticar IAM. A elevação do segmento ST é medida 0,06 a 0,08 s após o ponto J. Uma elevação superior a 1 mm em derivações contíguas é indicativa de IAM. 29. Na fase aguda do IAM, a oclusão por trombo de uma artéria coronária conduz à isquemia, com uma zona central de isquemia principal, ou de lesão. O Eletrocardiograma mostra lesão transmural ou a conhecida deformação monofásica com onda R, segmento ST e onda de T incorporadas em um único desvio positivo. 30. Em um paciente com infarto agudo do miocárdio, o marcador bioquímico CK-MB de lesão miocárdica que pode permanecer elevado por 10 dias, proporcionando um tempo maior para detecção do evento isquêmico. www.romulopassos.com.br 74 31. Em um paciente que sofreu Infarto Agudo do Miocárdio, a enzima cardíaca cuja normalização ocorre em torno de 72 horas, é a troponina. 32. Paciente, de 72 anos, diabético, com angina em repouso de até 20 minutos e alívio após uso de nitrato, é classificado como risco de morte ou infarto alto, de acordo com a estratificação de risco em pacientes com síndrome isquêmica aguda sem supradesnível do segmento ST. Sobre o acidente vascular cerebral (AVC), julgue os seguintes itens: 33. Os principais sinais de alerta para qualquer tipo de AVC são: fraqueza ou formigamento na face, no braço ou na perna, confusão mental; alteração da fala ou compreensão; alteração na visão; alteração do equilíbrio, coordenação, tontura ou alteração no andar; dor de cabeça súbita, intensa, sem causa aparente. Especialmente no AVCi, os sintomas sugestivos são: cefaleia intensa, diplopia horizontal, hemorragias retinianas. www.romulopassos.com.br 75 34. Com relação a escala pré-hospitalar de Cincinatti, caso o paciente apresente qualquer uma das seguintes características, seu resultado é positivo: Queda facial: verifica-se assimetria; Fraqueza nos braços: um dos braços não se move; Fala anormal: palavras incompreensíveis, incorretas ou é incapaz de pronunciar. 35. A disartria é caracterizado como alteração neurológica em que há paralisia em um dos lados do corpo. 36. Com relação ao tratamento clínico do AVEi, são critérios de inclusão para uso de rtPA: AVCi em qualquer território encefálico; possibilidade de se iniciar a infusão do rtPA dentro de 4,5 horas do início dos sintomas; idade superior a 18 anos; déficit neurológico leve (sem repercussão funcional significativa) e infarto do miocárdio recente (3 meses). 37. São complicações potenciais do AVEh: vasospasmo, convulsões, hidrocefalia, novo sangramento e hipernatremia. O tratamento do AVEh consiste em repouso no leito com sedação para evitar agitação ou estresse, tratamento do vasospasmo e tratamento clínico ou cirúrgico para evitar o ressangramento. 38. O rt-PA deve ser administrado na dose de 0,9 mg/kg, até um total máximo de 90 mg, injetando 20% da dose EV em até 1 minuto, e o restante em 90 minutos, em bomba de infusão. 39. As lesões no córtex cerebral podem resultar em distúrbios neurológicosespecíficos no conteúdo da consciência como a agnosia que é a incapacidade total ou parcial de identificar feições do próprio rosto ou de pessoas conhecidas, como amigos ou familiares. 40. De acordo com o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas do Acidente Vascular Cerebral Isquêmico Agudo do Ministério da Saúde, uma das indicações para a realização de trombólise em pacientes é a pressão arterial diastólica maior que 110 mmHg após tratamento anti-hipertensivo 41. Um dos cuidados que deve ser observado no tratamento com Alteplase (tromboembolítico) é administrá-lo junto com anticoagulante. 42. Pacientes com Acidente Vascular Cerebral Isquêmico que receberam terapia trombolítica devem ter pressão arterial, oximetria de pulso e eletrocardiografia monitorados continuamente por, pelo menos, 12 horas após o procedimento. www.romulopassos.com.br 76 Sobre Escala de Coma de Glasgow (ECG), julgue os seguintes itens: 43. Um paciente, vítima de politrauma, na avaliação neurológica, apresentou abertura ocular ausente, sons incompreensíveis, flexão normal. A pontuação na escala é igual a 9. 44. Na ECG, a pontuação de 13 a 15 provavelmente indica uma lesão cerebral traumática (LCT) leve. A pontuação de 9 a 12 indica uma LCT moderada. A pontuação de 2 a 8 sugere uma LCT grave. 45. As diretrizes padronizadas recomendam a intubação para escores ≤ 10. Muitos outros fatores também podem afetar o escore da ECG, inclusive a presença de substâncias tóxicas ou outras drogas. www.romulopassos.com.br 77 Sobre as hemorragias digestivas, julgue o item abaixo: 46. A hemorragia digestiva caracteriza-se pela perda de sangue através de qualquer ponto do tubo digestivo. Clinicamente ocorre a exteriorização de hematêmese, melena ou enterorragia. As hemorragias digestivas altas decorrem de lesões distais ao ligamento de Treitz e são caracterizadas por enterorragia. As hemorragias digestivas baixas decorrem de lesões proximais ao ligamento de Treitz e são representadas por hematêmese e/ou melena. Com relação as intoxicações exógenas, julgue os itens abaixo: 47. A intoxicação exógena aguda caracteriza-se por ser decorrente de uma única exposição ao agente tóxico ou mesmo de sucessivas exposições, desde que tenham ocorrido em um prazo médio de 48 horas. 48. Um paciente foi atendido na unidade de emergência com sinais e sintomas de síndrome anticolinérgica, provavelmente causada por intoxicação exógena. Um dos sintomas dessa síndrome é a miose. 49. Durante o manejo da intoxicação exógena, se a ingesta do agente causador for menor que 1 hora, deverá realizar a lavagem gástrica. 50. De acordo com as diretrizes atualizadas da AHA (2023), em pacientes com quadro de intoxicação combinada por opioides e benzodiazepínicos, o primeiro antídoto recomendado, por possuir um perfil de segurança melhor, é a naloxona. Sobre o uso abusivo de álcool e outra drogas, julgue os itens abaixo: 51. Em relação ao álcool, as alterações sistêmicas, em especial as hepáticas, devem ser sempre consideradas e investigadas nos indivíduos com história de uso prolongado e intenso, não importando o motivo pelo qual chegou ao pronto-socorro. 52. São fatores de risco para desenvolver Delirium Tremens: uso sustentado de álcool, presença de doença precipitante, tempo de última dose de álcool maior do que 2 dias e história prévia de delirium tremens. 53. Sobre os critérios diagnósticos para síndrome de dependência química, temos a evidência de tolerância definida por aumento acentuado do efeito com o uso continuado da mesma quantidade da substancia; o abandono ou redução de atividades sociais, ocupacionais ou recreativas em razão do uso da substancia; e o desejo persistente ou esforços infrutíferos para reduzir ou controlar o uso da substância. www.romulopassos.com.br 78 54. A definição de abstinência em pacientes em tratamento da saúde mental consiste em crise de ansiedade que age de forma única nos sistemas orgânicos do indivíduo, nunca de forma generalizada. 55. Os sinais e sintomas mais comuns da Síndrome de Abstinência Alcóolica (SAA) são agitação, ansiedade, alterações de humor (irritabilidade, disforia), tremores, náuseas, vômitos, taquicardia, hipertensão arterial, entre outros. Os objetivos iniciais de desintoxicação são a segurança e o tratamento efetivo da abstinência, isto é, a prevenção de agravamento do quadro com convulsões, alucinações ou a evolução de delirium tremens. Urgências e Emergências Traumáticas www.romulopassos.com.br 79 Sobre o trauma, julgue os itens a seguir. 1. Considerando o XABCDE do trauma, a sequência organiza-se da seguinte forma: X - Controle de hemorragias externas graves; A - Manter as vias aéreas pérvias e a estabilização da coluna cervical; B - Boa respiração: ventilação e oxigenação; C - Circulação e sangramento: avaliar a perfusão e controlar hemorragia interna; D - Avaliação da incapacidade, ou seja, da disfunção neurológica; E - Exposição e ambiente, prevenção da hipotermia. 2. Antes de iniciar a avaliação, deve-se estabilizar a coluna cervical do paciente com suspeita de trauma em que haja risco de lesão de coluna. O tempo de enchimento capilar é avaliado pressionando o leito ungueal do paciente e observando quanto tempo leva para que a cor volte ao normal. Esse tempo deve ser ≥ 2 segundos. 3. No atendimento a um paciente com sangramento importante ocasionado por ferimento no membro inferior direito, a primeira conduta recomendada é elevação do membro. 4. O diagnóstico de fratura de base de crânio é dado pelos achados clínicos, como extravasamento de líquido cefalorraquidiano pelo ouvido ou pelo nariz. Quando houver sangue, deve-se observar o “sinal do duplo halo”, que são anéis concêntricos com sangue no anel central e anéis progressivos mais claros ao redor. Identifica-se também Sinal de Battle, que indica fratura de base de crânio e acúmulo de sangue na membrana timpânica. As fraturas da placa crivosa associam-se à equimose periorbital (olhos de guaxinim). 5. O pneumotórax aberto resulta da entrada de ar no espaço entre a pleura visceral e a parietal. O simples é provocado por grandes ferimentos da parede torácica que permanecem abertos e são denominados de ferimentos torácicos aspirativos. No pneumotórax hipertensivo, o ar entra para a cavidade pleural sem possibilidade de sair, colapsando completamente o pulmão. 6. O hemotórax ocorre quando há entrada de sangue no espaço pleural. Como esse espaço pode acomodar grande volume de sangue (2.500 a 3.000 ml), o hemotórax pode representar uma fonte significativa de sangramento. 7. O manejo inicial do pneumotórax hipertensivo na realização da descompressão torácica é feito através da inserção de uma agulha de grande calibre no segundo espaço intercostal. www.romulopassos.com.br 80 8. Avaliação de possíveis lesões internas através de exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC) ou ultrassonografia são considerações importantes na assistência de Enfermagem a um paciente com trauma abdominal. 9. A hemorragia com sangue venoso é caracterizada por sangue vermelho vivo e sai em jato forte, rápido e intermitentemente. É o tipo mais perigoso de hemorragia. 10. A tríade de Beck é um conjunto de sinais clínicos que indicam tamponamento cardíaco. São sinais característicos dessa tríade: bradicardia, hipertensão arterial e bradipneia. 11. Com relação ao atendimento de enfermagem a uma vítima de perfuração em tórax por arma branca e considerando que a arma não ficou alojada na vítima, o enfermeiro deverá conter o sangramento, realizando curativo oclusivo e ofertando O2, além de manter a vítima em decúbito lateral esquerdo. 12. No atendimento de uma vítima que sofreu lesão por empalamento no abdômen, ocasionado por uma faca de tamanho médio, o enfermeiro que atua no SBV pré-hospitalar deve mobilizar o objeto empalado para verificar a possibilidade de retirá-lo no trajeto até o hospital. www.romulopassos.com.br 81 13. Marcos, 35 anos, sofreu um acidente enquanto trabalhava e teve 2 dedos da mão esquerda amputados. Os cuidados que devem ser tomadoscom as partes amputadas, admitindo a possibilidade de reimplante, consistem em transportar com soro fisiológico e conservadas em temperatura ambiente. 14. São indicativos de lesão medular: perda de função motora e/ou da sensibilidade. São situações comuns em lesões raquimedulares: lesões na cabeça, com qualquer alteração do nível de consciência, e lesão contusa importante no tronco. A imobilização da coluna deve ser imediatamente interrompida quando houver resistência ao movimento e espasmos dos músculos do pescoço. O priapismo não é indicativo de trauma. 15. Em acidente automobilístico onde a criança é passageira, é comum trauma multissistêmico (incluindo tórax e abdômen), lesões na cabeça e pescoço, lacerações faciais e no couro cabeludo, lesões no tórax e abdômen e fraturas na parte inferior da coluna. www.romulopassos.com.br 82 16. Um paciente politraumatizado pode desenvolver a chamada “tríade da morte” ou “tríade letal”, que compreende a hipercoagulabilidade, a estase venosa e a lesão endotelial. 17. Os 4 erros mais comuns na ressuscitação do trauma pediátrico são: não abrir adequadamente as vias aéreas com estabilização da coluna, não prover oxigenação e ventilação adequadas, não prover adequada ressuscitação volêmica e não reconhecer e tratar hemorragias. São indicações de intubação traqueal no paciente politraumatizado pediátrico: trauma cranioencefálico grave com Glasgow menor ou igual a 13, falta de manutenção da via aérea, sinais de insuficiência respiratória, hipovolemia e parada cardiorrespiratória. 18. A avaliação secundária no atendimento ao politraumatizado consiste em um exame físico completo e uma história resumida sobre o paciente (história SAMPLA), após estabilidade clínica. Na História SAMPLA, as letras A e L correspondem, respectivamente, a alimentos ingeridos e lesões aparentes. 19. Em relação ao traumatismo cranioencefálico, a lesão secundária é a consequência de contato direto com a cabeça/encéfalo durante o instante de agravo inicial que provoca lesões focais extracranianas. 20. Um paciente com Traumatismo Cranioencefalico apresentou otorragia, epistaxe, sinal de Battle e sinal de duplo halo, características típicas de fratura de base de crânio. 21. O tempo máximo ideal para realização da descompressão cirúrgica de hemorragia subdural aguda provocada por Traumatismo Cranioencefalico (TCE) é de 5 horas. www.romulopassos.com.br 83 Extensão da Área de Superfície Corporal Lesionada www.romulopassos.com.br 84 Sobre queimaduras, julgue os itens a seguir. 22. Com base na Cartilha do Ministério da Saúde, em relação a profundidade das queimaduras, o 1º grau (espessura superficial) caracteriza-se por eritema solar, afeta somente a epiderme, sem formar bolhas, apresenta vermelhidão, dor e edema; o 2º grau (espessura parcial-superficial e profunda) afeta a epiderme e a derme, é indolor e apresenta placa esbranquiçada ou enegrecida; o 3º grau afeta a epiderme e parte da derme, forma bolhas ou flictenas e é dolorosa. 23. Paciente adulto, vítima de queimadura, foi encaminhado à unidade de saúde com lesões na epiderme e derme, dolorosas, hiperemiadas, úmidas e bolhosas que atingiram toda a extensão das costas e do membro superior direito. Essa área queimada equivale a 36% da SCQ. 24. Uma criança de 5 anos, pesando 18 kg, deu entrada na unidade de saúde apresentando queimaduras de 2º grau em toda extensão das costas e nádegas. Considerando a regra dos nove, a superfície corporal queimada (SCQ) é de 18%. 25. Marcos, 25 anos, 60 kg, sofreu queimaduras de 2º e 3º graus nos membros superiores e no tronco anterior. Entre os cuidados prestados, os profissionais de saúde iniciaram a reposição volêmica com Ringer Lactato com volume total a ser infundido de 6.480 ml. 26. Com base na Cartilha do MS, a queimadura de 3º grau é indolor e apresenta placa esbranquiçada ou enegrecida. Afeta epiderme, derme e estruturas mais profundas. 27. Um paciente adulto chegou à unidade de pronto atendimento com queimaduras de 2º grau em toda a extensão dos membros superiores. De acordo com a extensão queimada, as lesões são consideradas de gravidade média. 28. Vítimas de queimaduras de 2º grau; mais de 15% da SCQ em 12 anos; queimaduras de 2º e 3º grau, no períneo, em qualquer idade são considerados grandes queimados (grave). 29. Na queimadura térmica, a meta de reanimação volêmica para pacientes adultos é manter o débito urinário em 1,0 ml/kg/h e; no trauma elétrico, de 2 ml/kg/h. 30. Em casos de queimaduras químicas, deve-se lavar o local com água corrente, à temperatura ambiente, por 30 minutos. www.romulopassos.com.br 85 31. Em pacientes idosos ou em crianças, considera-se um grande queimado aquele com Superfície Corporal Queimada - SCQ > 10% e > 20%, respectivamente. 32. Segundo as recomendações do Ministério da Saúde, deve-se administrar 1 reforço da vacina antitetânica para os pacientes que receberam o último reforço há mais de 5 e a menos de 10 anos, e que apresentem queimaduras de 2º ou 3º grau. 33. O processo de reparação tecidual do queimado dependerá de vários fatores, entre eles a extensão local e a profundidade da lesão. Por sorte, a queimadura não afeta o sistema imunológico da vítima, não tendo, portanto, repercussões sistêmicas importantes, com consequências sobre o quadro clínico geral do paciente. 34. A queimadura por inalação pode ser reconhecida por sinais e sintomas como: eritema da mucosa oral; rouquidão ou estridor; fuligem ao redor das narinas; dispneia ou taquipneia. 35. Como segurança, recomenda-se em casos de queimadura de terceiro grau: retirar as roupas que porventura estão grudadas na pele e aplicar álcool na área afetada. 36. Manejar a dor em pacientes queimados requer a utilização de uma terapêutica combinada com medicações analgésicas e medidas não farmacológicas. www.romulopassos.com.br 86 Tratamento dos Acidentes Ofídicos Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, v. 3, p. 1128 (Brasil, 2024). Outros gêneros de serpentes causam acidentes menos graves e são encontrados em todo o país: Phylodrias (cobra-verde, cobra-cipó), Clelia (muçurana, cobra preta), Oxyrhopus (falsa-coral), Waglerophis (boipeva), Helicops (cobra d’água), Eunectes (sucuri), Boa (jiboia), entre outras. www.romulopassos.com.br 87 Tratamento do Escorpionismo Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, v. 3, p. 1133 (Brasil, 2024). Tratamento das Aranhas (Phoneutria, Loxosceles e Tityus) Fonte: Guia de Vigilância em Saúde, v. 3, p. 1141 (Brasil, 2024). www.romulopassos.com.br 88 Tratamento Fonte: : Guia de Vigilância em Saúde, v. 3, p. 1145 (Brasil, 2024). O tratamento soroterápico é indicado em pacientes classificados clinicamente como moderados ou graves, conforme o quadro : Com relação aos acidentes com animais peçonhentos, julgue os itens abaixo. 37. Acidentes ofídicos são quadros clínicos decorrentes da mordedura de serpentes, divididos em quatro grupos, de acordo com o gênero da serpente causadora. A serpente responsável pelo acidente do grupo botrópico corresponde a cascavel. 38. Com relação aos acidente com aranhas, os gêneros de importância em Saúde Pública são: Loxosceles, Phoneutria e Latrodectus. O tratamento padrão ouro nos casos graves de picada de aranha marrom é com o soro antiloxoscélico que está indicado nos quadros moderados a graves e deve ser administrado rapidamente, pois diminui sua eficácia após 24-36 horas do evento. 39. Em caso de acidente escorpiônico, deve-se limpar o local com água e sabão e aplicar compressa gelada no local para ajudar no alívio da dor. 40. As manifestações clínicas decorrentes do envenenamento por picada de jararaca consistem em: edema, dor, equimose e hemorragia do SNC. 41. A Surucucu é a maior das serpentes peçonhentas das Américas, é do gênero Lachesis e a ação do seu veneno pode provocar as seguintes reações: Proteolítica -necrose tecidual (mote do tecido lesado) devido à decomposição das proteínas; Neurotóxica - ação no sistema nervoso causando queda palpebral, formigamento no local afetado, alterações de consciênciae perturbações visuais; Hemolítica - destruição das hemácias no sangue; e Coagulante - causa deficiência na coagulação sanguínea. 42. Os sintomas graves mais comuns em crianças após ser picada por um escorpião são: sonolência, anúria e tetania da face. 43. Entre os sintomas que indicam gravidade nos acidentes com aranhas do gênero Phoneutria (armadeira), temos: edema agudo do pulmão e hipertensão arterial. www.romulopassos.com.br 89 44. Em acidentes com animais peçonhentos como escorpiões e cobras, na maioria dos casos está indicado o tratamento com imunoglobulina. A maioria das Reações Precoces ocorrem durante a infusão do antiveneno e nas 2 horas subsequentes. Caso o paciente apresente reação urticariforme, a primeira conduta deverá ser administração de anti-histamínico. Com relação à violência, analise as seguintes afirmativas. 45. As informações pessoais contidas nos documentos ou prontuários são sigilosas, mas o acesso a terceiros é permitido mediante consentimento expresso da pessoa ou seus responsáveis. 46. Com relação à violência contra a mulher, deve-se realizar o preenchimento da ficha de notificação de violência interpessoal e autoprovocada a partir da suspeita da situação de violência. 47. A violência conjugal está bastante ligada à violência contra as mulheres ou à violência de gênero. É necessário que a situação de violência enunciada seja acolhida, qualificada e tratada com respeito, ética e sigilo. A violência sexual faz parte de uma pequena margem da violência contra a mulher. 48. São atos que atos que caracterizam violência obstétrica: Tratar a gestante ou parturiente de forma agressiva, não empática, grosseira, zombeteira, ou de qualquer outra forma que a faça se sentir mal pelo tratamento recebido; Impedir que a mulher seja acompanhada por alguém de sua preferência durante todo o trabalho de parto; Realizar a episiotomia quando esta não for realmente imprescindível. 49. O pacto de silêncio nos lares, espaço socialmente sacralizado e considerado isento de violência na verdade, constitui-se como um lugar privilegiado para a prática de maus-tratos contra crianças e adolescentes. 50. No caso de suspeitas de violência contra o idoso, não tem muita importância o enfermeiro realizar visitas, mas deve-se considerar o cuidado às vítimas como parte da atenção integral a pessoa idosa. www.romulopassos.com.br 90 Notificação Compulsória PROFESSORAS KELLY COELHO, EUDANÚSIA FIGUEIREDO E POLYANNE APARECIDA RETA FINAL EBSERH Notificação Compulsória; Legislação de Enfermagem, CEPE e Bioética; Processo, Diagnósticos e Teorias de Enfermagem Quinta-feira, às 20h Portaria MS nº 2.010/2023 notificação semanal Portaria MS nº 217/2023 notificação imediata SMS Portaria MS nº 3.418/2022 Notificação imediata MS/SES/SMS incluiu a Doença falciforme substituiu o Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes por Acidente de Trabalho incluiu o Monkeypox (varíola dos macacos) incluiu a Infecção pelo vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) incluiu a Infecção pelo HTLV em gestante, parturiente ou puérpera e criança exposta ao risco de transmissão vertical do HTLV Portaria MS nº 3.148/2024 notificação semanal www.romulopassos.com.br 91 Portaria MS nº 420/2022 notificação semanal Portaria MS nº 1.061/2020 notificação semanal incluiu o Sars-CoV-2 no item da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) associada ao coronavírus Portaria MS nº 1.102/2022 incluiu a Covid-19 incluiu a Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika notificação imediata MS/SES/SMS incluiu a Doença de Chagas Crônica incluiu a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica (SIM-P) associada à Covid-19 incluiu a Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A) associada à Covid-19 incluiu a Síndrome Gripal suspeita de Covid-19 Portaria do MS nº 5.201 de 15/08/2024 (atualização) Art. 1º Ficam incluídas as seguintes doenças na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional: I - Câncer relacionado ao trabalho; II - Dermatose ocupacionais; III - Distúrbio de voz relacionado ao trabalho; IV - Infecção pelo vírus da hepatite B em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical da hepatite B; V - Lesões por Esforços Repetitivos/ Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (LER/DORT); VI - Perda Auditiva relacionada ao trabalho; VII - Pneumoconioses relacionadas ao trabalho; e VIII - Transtornos mentais relacionados ao trabalho. Notificação semanal • Acidente de trabalho com exposição a material biológico; • Dengue - Casos; • Doença de Chagas Crônica; • Doença de Creutzfeldt-Jakob (DCJ); • Doença Falciforme; • Doença aguda pelo vírus Zika; • Síndrome congênita associada à infecção pelo vírus Zika; • Esquistossomose; • Febre de Chikungunya; Notificação Compulsória Semanal www.romulopassos.com.br 92 • Infecção pelo HIV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HIV; • Intoxicação Exógena (por substâncias químicas, incluindo agrotóxicos, • gases tóxicos e metais pesados); • Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV); • Infecção pelo Vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV); • Infecção pelo HTLV em gestante, parturiente ou puérpera e Criança exposta ao risco de transmissão vertical do HTLV; • HIV/AIDS - Infecção pelo Vírus da Imunodeficiência Humana ou Síndrome da Imunodeficiência Adquirida; • Hanseníase; • Hepatites virais; Notificação Compulsória Semanal • Malária na região amazônica; • Óbito: a) Infantil b) Materno; • Sífilis: a) Adquirida b) Congênita c) Em gestante; • Toxoplasmose gestacional e congênita; • Tuberculose; • Violência doméstica e/ou outras violências. • Leishmaniose Tegumentar Americana; • Leishmaniose Visceral; • Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes; • Acidente por animal peçonhento; • Acidente por animal potencialmente transmissor da raiva; • Leptospirose; • Tétano: a) Acidental b) Neonatal; • Violência sexual e tentativa de suicídio. Notificação Compulsória Imediata - SMS www.romulopassos.com.br 93 Notificação Compulsória Imediata - SMS e SES • Coqueluche; • Difteria; • Doença de Chagas Aguda; • Doença Invasiva por "Haemophilus Influenza“; • Doença Meningocócica e outras meningites; • Doença aguda pelo vírus Zika em gestante; • Febre Tifoide; • Varicela - caso grave internado ou óbito. Doenças com suspeita de disseminação intencional: a) Antraz pneumônico b) Tularemia c) Varíola; Doenças febris hemorrágicas emergentes/reemergentes: a) Arenavírus b) Ebola c) Marburg d) Lassa e)b Febre purpúrica brasileira; Óbito com suspeita de doença pelo vírus Zika; Botulismo; Cólera; Dengue - Óbitos; Covid-19; Notificação Compulsória Imediata SMS, SES e MS Evento de Saúde Pública (ESP) que se constitua ameaça à saúde pública; Febre do Nilo Ocidental e outras arboviroses de importância em saúde pública; Febre Maculosa e outras Riquetisioses; Febre de Chikungunya em áreas sem transmissão; Óbito com suspeita de Febre de Chikungunya; Eventos adversos graves ou óbitos pós vacinação; Febre Amarela; Influenza humana produzida por novo subtipo viral; Hantavirose; Malária na região extra-Amazônica; Monkeypox; www.romulopassos.com.br 94 Síndrome da Rubéola Congênita; Doenças Exantemáticas: a) Sarampo b) Rubéola; Síndrome da Paralisia Flácida Aguda; Síndrome Respiratória Aguda Grave associada a Coronavírus: a) SARS-CoV b) MERS- CoV c) SARS-CoV-2; Síndrome Inflamatória Multissistêmica em Adultos (SIM-A) associada à covid-19; Síndrome Inflamatória Multissitêmica Pediátrica (SIM-P) associada à covid-19; Síndrome Gripal suspeita de covid-19. Peste; Raiva humana; Poliomielite por poliovirus selvagem; Notificação Compulsória Imediata SMS, SES e MS Sobre as doenças de notificação compulsória, julgue os itens: 1. Agravoé qualquer dano à integridade física, mental e social dos indivíduos, provocado por circunstâncias nocivas, como acidentes, intoxicações, abuso de drogas e lesões. 2. A notificação de agravo ou doença deve ser feita por meio do Sistema de Informação Ambulatoriais do SUS, o qual é alimentado, sobretudo, pela notificação e investigação de casos de doenças e agravos que estão na lista nacional de doenças de notificação compulsória. 3. A portaria GM/MS n°217, de 1° de Março de 2023, dispõe sobre a substituição do agravo "Acidente de trabalho: grave, fatal e em crianças e adolescentes" por "Acidente de Trabalho" na Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, agravos e eventos de saúde pública, nos serviços de saúde públicos e privados em todo o território nacional. Sobre as doenças de notificação compulsória, julgue os itens: 4. A notificação compulsória semanal deve ser feita, de preferência, na sexta-feira, realizando o envio do consolidado de notificações realizadas durante a semana. A notificação compulsória imediata deve ser realizada em até 24 horas. 5. O botulismo, a febre amarela e a cólera são exemplos de doenças com notificação compulsória imediata para todos os entes (MS, SES, SMS). 6. Acidente por animal peçonhento e leptospirose são alguns dos casos de notificação compulsória imediata para SES e SMS. 7. Doença aguda pelo vírus Zika em gestante e casos graves internados ou óbitos de varicela são alguns dos casos de notificação compulsória imediata para SES e SMS. 8. Acidente por animal potencialmente transmissor de raiva, tétano e leptospirose são exemplos de notificação compulsória imediata para SMS. www.romulopassos.com.br 95 Sobre as doenças de notificação compulsória, julgue os itens: 9. A notificação de febre de Chikungunya em áreas com e sem transmissão é realizada de forma imediata para todos os entes (MS, SES, SMS). 10. Os óbitos por dengue, zika e chikungunya devem ser notificados de forma imediata para todos os entes. 11. Alguns exemplos de doenças que possuem notificação compulsória semanal são: hanseníase, tuberculose, hepatites virais e leishmaniose. 12. Diante da ocorrência de um caso suspeito ou confirmado de dengue, o profissional responsável deverá realizar a notificação compulsória em até 5 dias. 13. Notificação compulsória mediata: comunicação semanal, informando que não foi identificado nenhum tipo de doença, agravo ou evento de saúde pública encontrados na Lista de Notificação Compulsória. Sobre as doenças de notificação compulsória, julgue os itens: 14. Quando não há obrigatoriedade de notificação compulsória de doença em até 24 h, a notificação deverá ser de periodicidade mensal. 15. A notificação compulsória, independente da forma como realizada, também será registrada em sistema de informação em saúde e seguirá o fluxo de compartilhamento entre as esferas de gestão do SUS estabelecido pela SVS/MS. 16. É um agravo de notificação semanal um profissional de enfermagem que sofreu acidente de trabalho grave durante a realização de um atendimento. 17. É de notificação compulsória semanal um funcionário que sofreu acidente de trabalho com exposição a material biológico. 18. A Síndrome Respiratória Aguda Grave associada ao coronavírus (SARS-CoV e MERS-CoV) é um agravo de saúde de notificação compulsória imediata, ou seja, deve ser notificada em até 12 horas. www.romulopassos.com.br 96 Legislação em Enfermagem, CEPE e Bioética PROFESSORA EUDANÚSIA FIGUEIREDO www.romulopassos.com.br 97 De acordo com a Lei nº 7.498/1986, julgue os itens a seguir: 1. São técnicos de enfermagem o titular de certificado de Enfermeiro Prático ou Prático de Enfermagem expedido até 1964 pelo Serviço Nacional de Fiscalização da Medicina e Farmácia, do Ministério da Saúde, ou por órgão congênere da Secretaria de Saúde nas Unidades da Federação. 2. É privativo do enfermeiro: planejamento, execução e avaliação da programação de saúde; prescrição da assistência de enfermagem; planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços da assistência de enfermagem. 3. O enfermeiro exerce como integrante da equipe de saúde: prescrição de medicamentos estabelecidos em programas de saúde pública e em rotina aprovada pela instituição de saúde; direção do órgão de enfermagem integrante da estrutura básica da instituição de saúde, pública e privada, e chefia de serviço e de unidade de enfermagem; cuidados diretos de enfermagem a pacientes graves com risco de vida. 4. O titular do diploma ou certificado de Obstetriz ou de Enfermeira Obstétrica incumbe assistência à parturiente e ao parto normal; identificação das distocias obstétricas e tomada de providências até a chegada do médico; realização de episiotomia e episiorrafia e aplicação de anestesia local, quando necessária. 5. O Técnico de Enfermagem exerce atividade de nível médio, envolvendo orientação e acompanhamento do trabalho de enfermagem em grau auxiliar, e participação no planejamento da assistência de enfermagem, cabendo-lhe privativamente: observar, reconhecer e descrever sinais e sintomas; executar ações de tratamento simples; prestar cuidados de higiene e conforto ao paciente. 6. O piso salarial nacional dos Enfermeiros será de R$ 4.750,00, sendo 70% para os técnicos de enfermagem e 30% para os auxiliares de enfermagem. 7. Os locais de repouso dos profissionais de enfermagem devem: ser destinados especificamente para o descanso dos profissionais de enfermagem; ser arejados; ser providos de mobiliário adequado; ser dotados de conforto térmico e acústico; ser equipados com instalações sanitárias; ter área útil compatível com a quantidade de profissionais diariamente em serviço. www.romulopassos.com.br 98 8. A enfermagem e suas atividades auxiliares somente podem ser exercidas por pessoas legalmente habilitadas e inscritas no Conselho Federal de Enfermagem com jurisdição na área onde ocorre o exercício. 9. O técnico de enfermagem, desde que sob supervisão de um enfermeiro, pode exercer todas as atividades de Enfermagem, sem restrições. De acordo com as normativas que regem o exercício da Enfermagem, julgue os itens a seguir: 10. O enfermeiro tem autonomia para abertura de clínica de Prevenção e Cuidado de pessoas com feridas, respeitadas as competências técnicas e legais. 11. É privativo do enfermeiro, realizar a prescrição da assistência de enfermagem e executar cuidados diretos de enfermagem, exceto em pacientes graves com risco de vida, uma vez que em casos de urgência a prescrição de enfermagem é realizada pelo médico. D ir e it o s D ev e re s www.romulopassos.com.br 99 D ev e re s P ro ib iç õ e s Em relação ao Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem (CEPE), julgue os itens a seguir: 12. É um direito incentivar e apoiar a participação dos profissionais de Enfermagem no desempenho de atividades em organizações da categoria. 13. É uma proibição realizar ou facilitar ações que causem prejuízo ao patrimônio das organizações da categoria. 14. É um dever aplicar o processo de enfermagem como instrumento metodológico para planejar, implementar, avaliar e documentar o cuidado à pessoa, família e coletividade. 15. É um direito associar-se, exercer cargos e participar de Organizações da Categoria e Órgãos de Fiscalização do Exercício Profissional, atendidos os requisitos legais. www.romulopassos.com.br 100 16. É um dever exercer a Enfermagem com liberdade, segurança técnica, científica e ambiental, autonomia, e ser tratado sem discriminação de qualquer natureza, segundo os princípios e pressupostos legais, éticos e dos direitos humanos. 17. Alguns dos deveres dos profissionais de enfermagem são: manter inscrição no COREN, com jurisdição na área onde ocorrer o exercício profissional; manter os dados cadastrais atualizados junto ao COREN; e manter regularizadas as obrigações financeiras junto ao COREN de sua jurisdição. 18. É um direito Promover ou participar de prática destinada a antecipar a morte da pessoa, desde que haja consentimento assinado pela mesma. 19. De acordo com os deveresprevistos no Código de Ética de Enfermagem, se não tiver competência técnico-científica nem respaldo legal, o técnico de enfermagem pode recusar-se a praticar determinada atividade. 20. Na Resolução do COFEN nº 7.498/1986, Código de Ética dos Profissionais, encontra-se: participar da prática profissional multiprofissional, interdisciplinar e transdisciplinar com responsabilidade, autonomia e liberdade, observando os preceitos éticos e legais da profissão; aprimorar seus conhecimentos técnico- científicos, ético-políticos, socioeducativos, históricos e culturais que dão sustentação à prática profissional; negar-se a ser filmado, fotografado e exposto em mídias sociais durante o desempenho de suas atividades profissionais. 21. Em casos de falta de profissionais, o enfermeiro pode delegar atribuições dos profissionais de enfermagem, previstas na legislação, para acompanhantes e/ou responsáveis pelo paciente. 22. O profissional de enfermagem tem o dever de comunicar aos órgãos de responsabilização criminal casos de violência doméstica e familiar contra mulher, somente com autorização da mesma, uma vez que quando ocorre a denúncia a mulher corre risco de vida. Sobre os conceitos de imperícia, imprudência e negligência, julgue os itens a seguir: 23. É imprudência a prática de ação irrefletida ou precipitada, quando o profissional age com excesso de confiança, desprezando as regras básicas de cautela e as precauções necessárias. 24. É negligência quando há desconhecimento ou inabilidade para realizar alguma atividade. 25. É imperícia quando há omissão, não se realiza as ações necessárias. 26. O profissional de Enfermagem deve responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, apenas as praticada individualmente, por imperícia, imprudência ou negligência. www.romulopassos.com.br 101 Sobre as infrações referidas no CEPE, julgue os itens: 27. São infrações leves aquelas que ofendem a integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade ou aquelas que venham a difamar organizações da categoria ou instituições ou ainda que causem danos patrimoniais ou financeiros. 28. São infrações graves aquelas que provocam a morte, debilidade permanente de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa. 29. São infrações moderadas aquelas que provocam debilidade temporária de membro, sentido ou função na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros. 30. São infrações gravíssimas aquelas que provocam perigo de morte, debilidade permanente de membro, sentido ou função, dano moral irremediável na pessoa ou ainda as que causem danos mentais, morais, patrimoniais ou financeiros. 31. Para graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se: a gravidade da infração; as circunstâncias agravantes e atenuantes da infração; o dano causado e o resultado; os antecedentes do infrator. 32. São consideradas algumas das circunstâncias atenuantes: ter bons antecedentes profissionais; cometer infração dolosamente; ter confessado espontaneamente a autoria da infração. 33. São consideradas algumas das circunstâncias agravantes: ser reincidente; causar danos irreparáveis; e cometer a infração por motivo fútil ou torpe. Em relação às penalidades impostas pelo COREN/COFEN, julgue os itens: 34. A advertência verbal é a repreensão ao infrator na presença de 3 testemunhas; enquanto que a multa é o pagamento de 1 a 10 vezes o valor da anuidade. www.romulopassos.com.br 102 35. Censura é a repreensão que será divulgada nas publicações oficiais do Sistema COFEN/CORENs e em jornais de grande circulação. 36. A suspensão é a proibição do exercício profissional da enfermagem por até 90 dias. Nesse caso não há divulgação nas publicações oficiais do Sistema COFEN/CORENs. 37. A cassação é a perda do direito ao exercício da enfermagem por até 30 anos, e é imposta pelo COREN. 38. Nas penalidades de suspensão e cassação, o profissional terá sua carteira retida no ato do julgamento, em todas as categorias em que for inscrito. 39. As penalidades, referentes à advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício profissional, são responsabilidades do Conselho Federal de Enfermagem. 40. Considera-se infração ética e disciplinar a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos profissionais de Enfermagem, bem como a inobservância das normas do Sistema Cofen/Conselhos Regionais de Enfermagem. 41. Uma circunstância considerada atenuante na aplicação da punição decorrente do cometimento de infrações é ter confessado espontaneamente a autoria da infração. 42. Uma das circunstancias consideradas agravantes na aplicação da penalidade, é o cometimento de infração por motivo fútil ou torpe. Em relação à Bioética, julgue os itens: 43. A não maleficência é a capacidade de autodeterminação de uma pessoa, ou seja, o quanto ela pode gerenciar sua própria vontade e tomar decisões livre da influência de outras pessoas. 44. A justiça ou equidade é a ação feita em benefício de outros; com base nesse princípio a assistência deve ser realizada visando sempre o bem do paciente. 45. A autonomia pode ser entendida como ''a obrigação de evitar o mal''; consiste na proibição, por princípio, de prejudicar ou causar qualquer dano intencional ao paciente. 46. A beneficência corresponde à distribuição coerente e adequada de deveres e benefícios sociais. www.romulopassos.com.br 103 Processo, Diagnósticos e Teorias de Enfermagem PROFESSORA POLYANNE APARECIDA O Processo de Enfermagem organiza-se em 5 etapas inter-relacionadas, interdependentes, recorrentes e cíclicas, descritas a seguir: § 1º Avaliação de Enfermagem; § 2º Diagnóstico de Enfermagem; § 3º Planejamento de Enfermagem - Deverá envolver: § 4º Implementação de Enfermagem - Apoiados nos seguintes padrões: § 5º Evolução de Enfermagem. I - Priorização de Diagnósticos de Enfermagem; II – Determinação de resultados (quantitativos e/ou qualitativos) esperados e exequíveis de enfermagem e de saúde; III – Tomada de decisão terapêutica, declarada pela prescrição de enfermagem das intervenções, ações/atividades e protocolos assistenciais. I - Padrões de cuidados de Enfermagem II - Padrões de cuidados Interprofissionais III – Padrões de cuidados em Programas de Saúde + + + + Processo de Enfermagem (Resolução COFEN nº 736/2024) Em relação ao Processo e aos Diagnósticos de Enfermagem, julgue os itens: 1. O processo de enfermagem organiza-se em 6 etapas: Avaliação de enfermagem, histórico de enfermagem, diagnóstico de enfermagem, planejamento de enfermagem, implementação de enfermagem e evolução de enfermagem. 2. A avaliação de Enfermagem compreende a coleta de dados subjetivos e objetivos pertinentes à saúde da pessoa, da família, coletividade e grupos especiais, realizada mediante auxílio de técnicas para a obtenção de informações sobre as necessidades do cuidado de Enfermagem e saúde relevantes para a prática. 3. A implementação de enfermagem envolve a priorização de diagnósticos de enfermagem; determinação de resultados esperados e exequíveis de enfermagem e de saúde; tomada de decisão terapêutica, declarada pela prescrição de enfermagem das intervenções, ações/atividades e protocolos assistenciais. 4. O Processo de Enfermagem deve ser realizado, de modo deliberado e sistemático, em todo contexto socioambiental em que ocorre o cuidado de enfermagem. www.romulopassos.com.br 104 5. A documentação do PE deve ser realizada pelos membros da equipe formalmente no prontuário do paciente, cabendo ao Enfermeiro o registro de todas as suas etapas e aos membros da equipe de enfermagem a Anotação de Enfermagem, a checagem da prescrição e a documentação de outros registros próprios da enfermagem. 6. O diagnóstico de Enfermagem é a etapa do PE em que o enfermeiro faz a identificação de problemas existentes, condições de vulnerabilidades ou disposições para melhorar comportamentos de saúde. 7. No PE, a evolução de enfermagem compreendea realização das intervenções, ações e atividades previstas no planejamento assistencial, pela equipe de enfermagem. 8. A implementação de enfermagem está apoiada nos seguintes padrões: Cuidados de enfermagem, cuidados interprofissionais e cuidados em programas de saúde. 9. Cabe ao enfermeiro como integrante da equipe de saúde o Diagnóstico e a Prescrição de enfermagem. 10. Na taxonomia NANDA a motivação e o desejo de aumentar o bem-estar corresponde ao diagnóstico de promoção da saúde. 11. É um exemplo de diagnóstico de risco: Risco de infecção relacionado ao uso de dispositivos invasivos, evidenciado por calor, rubor e edema no sítio de inserção do cateter. 12. A NIC inclui a classificação das intervenções de enfermagem, enquanto que a NOC corresponde à classificação dos resultados de enfermagem. 13. A classificação NIC e a NOC estão organizadas, cada uma, em 7 domínios. Dentro de cada domínio estão as classes. 14. Para construir diagnósticos da CIPE é necessário utilizar, no mínimo, foco, julgamento e tempo. 15. Na taxonomia NANDA, o diagnóstico com foco no problema é o julgamento clínico a respeito de uma resposta humana indesejável a uma condição de saúde/processo de vida que existe em pessoas, famílias, grupos ou comunidades. 16. No Diagnóstico de Enfermagem com base na taxonomia da NANDA, as influências que aumentam a vulnerabilidade de indivíduos, famílias, grupos ou comunidades a um evento não saudável são denominadas condições associadas. www.romulopassos.com.br 105 Em relação às Teorias de Enfermagem, julgue os itens: 17. Os conceitos metaparadigmáticos de enfermagem são: a pessoa, a saúde, o ambiente e a enfermagem. 18. Um exemplo da aplicação da teoria de enfermagem a uma prática cotidiana é a utilização do Modelo de Adaptação de Orem para planejar intervenções que promovam a adaptação do paciente às mudanças de saúde. 19. A Teoria da Ciência do Cuidado Transpessoal formulada por Madeleine Leininger trabalha a relação entre saúde, doença e comportamento humano. 20. A teoria de Wanda Horta das Necessidades Humanas Básicas teve inspiração na pirâmide de Maslow, em que a base e o topo da pirâmide são, respectivamente, necessidades fisiológicas e autorrealização. 21. A interação entre enfermeiro e cliente é uma característica da teoria do Relacionamento interpessoal, elaborada por Virgínia Henderson. 22. Imogene King aborda a teoria do Alcance de Metas. 23. Virgínia Henderson formulou a Teoria do Ser humano Unitário que aborda questões relacionadas aos campos de energia e seres humanos unitários. 24. Florence Nightingale foi responsável pela criação da Teoria Ambientalista, abordando que as características de meio ambiente e higiene influenciam na saúde. 25. A Teoria Holística baseia-se na utilização do potencial criativo dos enfermeiros é essencial para o desenvolvimento da prática e do conhecimento em Enfermagem, pois o indivíduo e o ambiente estão em constante troca de matéria e energia. 26. A teoria de enfermagem que consiste na visão de que o mundo dos indivíduos e as estruturas sociais e culturais influenciam diretamente no seu estado de saúde, doença ou bem estar foi desenvolvida por Imogene M. King. 27. A teoria de enfermagem que destaca as interferências e condições do ambiente que afetam a vida e o funcionamento do organismo, e que podem auxiliar na prevenção da doença ou contribuir para a morte foi desenvolvida por Dorothea Orem. www.romulopassos.com.br 106 PROFESSORA EUDANÚSIA FIGUEIREDO RETA FINAL EBSERH Administração de Enfermagem Sexta-feira, às 9h A Administração, em Enfermagem, requer a aplicação do processo administrativo em nossa prática. Esse processo tem as seguintes funções administrativas: Processo Administrativo www.romulopassos.com.br 107 Sobre as Teorias Administrativas, julgue os itens a seguir: 1. A organização que se baseia na racionalidade e a preocupação com regras e normas que devem ser obedecidas por todos os profissionais é uma influência dos princípios da teoria científica de McGregor. 2. A comunicação do enfermeiro (líder) com os demais membros da equipe tem relação com a teoria das relações humanas. 3. A Teoria de Fayol tem foco na estrutura e nas funções administrativas (POCCC) e aborda a divisão do trabalho e a unidade de comando. 4. A Teoria do Desenvolvimento Organizacional, que propõe uma abordagem estruturada e funcional da organização, enfatiza a eficiência operacional por meio da divisão do trabalho e da hierarquia de autoridade. 5. A Teoria de Argyris traz a escola do Processo Administrativo - PODC, que é a base da administração moderna. 6. De acordo com a Teoria Neoclássica, a enfermagem reflete em sua estruturação um modelo rigidamente hierarquizado que estabelece a subordinação integral de um indivíduo ao outro e de um serviço ao outro. 7. Com base na Teoria Humanista, o pessoal de enfermagem passa a ter características profissionais, de técnico especializado, com comportamentos e posições estrategicamente definidos pelo grupo que detém o poder da organização. 8. São etapas do Processo Administrativo: Planejamento, Orientação, Direção e Controle (PODC). 9. No Processo Administrativo, o controle refere-se a estabelecer objetivos, tomar decisões, elaborar planos e diminuir o grau de incertezas. 10. São os principais métodos de planejamento em saúde: planejamento normativo ou tradicional e planejamento estratégico situacional (PES). 11. O planejamento operacional tem foco em atividades e tarefas, ao realizar um planejamento focado no curto prazo, voltado para otimização e maximização dos resultados de algumas atividades específicas, a fim de que essas sejam executadas de acordo com os protocolos estabelecidos. 12. Considerando o triângulo de governo, a capacidade de governar refere-se ao quanto de controle o ator tem sobre a situação que pretende governar. www.romulopassos.com.br 108 Intermediário Alta dependência Semi-intensivo Intensivo 33% de enfermeiros (mínimo de 6 1 por turno) e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem 36% de enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem 42% de enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem 52% de enfermeiros e os demais técnicos de enfermagem 4h 6h 10 h 18 h Mínimo Assistência 10 h 33% de enfermeiros (mínimo de 6 1 por turno) e os demais técnicos e/ou auxiliares de enfermagem Deve-se considerar ainda, a Taxa de Ocupação da Instituição/Setor, ou seja, considerar a porcentagem média de internação. Quando houver diferentes tipos de cuidados em pacientes em um mesmo setor, a distribuição de profissionais por categoria deverá seguir o tipo de cuidado com a maior carga de trabalho para assistência de enfermagem. Cabe ao enfermeiro o registro diário da classificação dos pacientes segundo o SCP para subsidiar a composição do quadro de enfermagem para as unidades de internação. Para alojamento conjunto, o binômio mãe/filho deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário. Para berçário e unidade de internação em pediatria todo recém-nascido e criança menor de 6 anos deve ser classificado, no mínimo, como cuidado intermediário, independente da presença do acompanhante. www.romulopassos.com.br 109 Para efeito de cálculo deverá ser observada cláusula contratual adotada, quanto à Carga Horária Semanal (CHS); taxa de ocupação (TO) da Unidade de Internação; IST de no mínimo 15% do total 8,3% = férias; 6,7% = ausências não previstas. Responsável técnico (RT) de Enfermagem deve acrescer ao quadro geral de profissionais de Enfermagem da Instituição para a participação em atividades de educação permanente, mínimo 5% incluindo a cobertura de situações relacionadas à rotatividade de pessoal. O dimensionamento deve ser realizado à parte para o exercício de atividades gerenciais, incluindo a RT/coordenações do serviço de Enfermagem, atividades educacionais, de pesquisa e comissões permanentes de acordo com a necessidade e estrutura do serviço de saúde, acrescido do IST, em consonância com a legislação vigente.Para o serviço em que a referência não pode ser associada ao leito-dia deve-se utilizar a Unidade Funcional (UF), considerando as variáveis intervenção/atividade desenvolvida com demanda ou fluxo de atendimento; área operacional ou local da atividade; jornada diária de trabalho. Acrescentar 10% ao quadro de Enfermagem de unidades assistenciais se ≥ 30% dos profissionais com limitação/restrição para o exercício das atividades. www.romulopassos.com.br 110 Sobre o Dimensionamento de Enfermagem, julgue os seguintes itens: 13. O dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem deve basear-se em características relativas ao serviço de saúde e ao paciente. 14. O quantitativo de enfermeiros para o exercício de atividades gerenciais, educacionais, pesquisa e comissões permanentes, deverá ser dimensionado, à parte, de acordo com o serviço de enfermagem. 15. De acordo com o parecer normativo COFEN nº 1/2024, o quadro de profissionais de Enfermagem de unidades assistenciais, composto por 30% ou mais de profissionais com limitação/restrição para o exercício das atividades, deve ser acrescido 5% ao quadro de profissionais do setor. 16. A fórmula de Fugulin é um instrumento utilizado na gestão de serviços de saúde que possibilita a distribuição de profissionais de enfermagem de acordo com o grau de dependência dos pacientes. 17. A distribuição percentual do total de profissionais de Enfermagem, para cuidado de alta dependência, deve-se observar as seguintes proporções mínimas: 36% são Enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de Enfermagem. 18. Para cuidados semi-intensivos, 52% são Enfermeiros e os demais técnicos e/ou auxiliares de Enfermagem. 19. Implementar e supervisionar políticas de saúde ocupacional e segurança do trabalho para a equipe de enfermagem são funções administrativas clássicas que envolve a coordenação de recursos humanos e materiais para garantir a qualidade da assistência prestada aos pacientes. 20. Um paciente passível de instabilidade das funções vitais, recuperável, sem risco iminente de morte, e que requer assistência de enfermagem e médica permanente e especializada, é classificado como paciente de cuidados intermediários (PCI). 21. Na distribuição percentual do total de profissionais de Enfermagem, para cobertura nas 24 horas, as seguintes proporções mínimas devem ser observadas: para cuidado mínimo – 30% são Enfermeiros (mínimo que garanta 1 Enfermeiro em cada turno) e os demais técnicos e/ou auxiliares de Enfermagem. 22. Considerando o parâmetro “Horas de Assistência – durante as 24 horas de assistência”, no cuidado de alta dependência deverá ser dispensado por paciente, 18 horas de Enfermagem. Sobre a Gestão de conflitos, julgue os seguintes itens: 23. A colaboração é considerada um tipo de gestão de conflitos caracterizado por ser cooperativo e positivo, que visa à solução do conflito de forma conjunta em comum acordo a todas as partes vencerem. 24. A negociação integrativa, também chamada de negociação colaborativa ou “ganha-ganha” se fundamenta na concorrência, não considerando a conexão de empenhos e recursos para que ambas as partes possam ganhar simultaneamente. 25. O estilo de evitação reflete uma postura não assertiva e nem cooperativa. Ele é apropriado quando um assunto é trivial ou quando o benefício de não enfrentar um conflito prevalece sobre o seu enfrentamento naquele momento. 26. Ética, visão cuidadora, capacidade de gerir recursos financeiros e conhecimento técnico cientifico, são competências do enfermeiro para que se possa ter um bom trabalho de gestão. www.romulopassos.com.br 111 Supervisão na Enfermagem Sobre os Tipos de Liderança, julgue os seguintes itens: 27. Na liderança democrática, as decisões são tomadas após discussões e as tarefas são planejadas após proposição do líder e discussão pelo grupo. 28. Na liderança coaching, o líder é capaz de adaptar seu estilo de comportamento às necessidades dos liderados e à situação. 29. Na liderança transformacional, o líder se utiliza de teorias motivacionais para seus funcionários. 30. No estilo de liderança laissez-Faire, o líder não realiza interferências nas atividades dos funcionários. 31. Para que o enfermeiro consiga realizar uma efetiva administração de um serviço de enfermagem, é necessário liderança e conhecimento técnico-científico. 32. O enfermeiro exerce uma liderança carismática e é capaz de engajar, inspirar e motivar os colaboradores, de modo que eles contribuam para que a organização seja bem-sucedida no alcance dos seus objetivos. Ele está exercendo a liderança motivacional. www.romulopassos.com.br 112 Sobre a Gerência de Recursos Materiais, julgue os itens abaixo: 33. Sobre a curva ABC, é correto afirmar que é uma fermenta de gestão financeira com objetivo de controlar e gerir os materiais no serviço de saúde de acordo com o seu valor. 34. Quanto à gerência de recursos materiais, devem-se aplicar os fundamentos básicos de: previsão, direção, organização e planejamento. 35. A organização dos fundamentos básicos da gerência de recursos materiais refere-se à disposição dos materiais nas unidades, para facilitar o uso e o controle. 36. Na escala de criticidade, a classe Y dispõe sobre materiais ordinários (baixa criticidade) – caso não estejam disponíveis, não haverá prejuízos para a assistência. Sobre a Supervisão de Enfermagem, julgue os itens abaixo: 37. Dentre as responsabilidades de supervisão na área da Enfermagem, tem-se a implementação de programas de educação contínua e treinamento para toda a equipe de enfermagem, visando o crescimento da empresa e a atualização em práticas baseadas em vivências. 38. A Supervisão de Enfermagem é um processo educativo e contínuo, que consiste em controlar e gerir os supervisionados na execução de atividades com base em princípios, a fim de manter elevada a qualidade dos serviços prestados. 39. Na Supervisão de Enfermagem, as competências do Enfermeiro para um bom trabalho de gestão são: orientar, facilitar e motivar. Sobre o Gerenciamento de Enfermagem, julgue os itens abaixo: 40. São instrumentos gerenciais de Enfermagem, conforme o ensinamento de Kurcgant (1991): regulamento, regimento, normas, rotinas e procedimento. 41. O instrumento gerencial de normas é um conjunto de elementos que especifica a maneira exata como as atividades devem ser realizadas. 42. O procedimento operacional padrão é um instrumento que reúne, de forma sistematizada, normas, rotinas, procedimentos e outras informações necessárias para a execução das ações de enfermagem. 43. As normas e rotinas são instrumentos administrativos utilizados pela equipe de enfermagem, sendo indispensáveis para a implementação da SAE. São exemplos de normas: jornada de trabalho dos profissionais de enfermagem, fardamento dos profissionais de enfermagem, envio de amostras biológicas ao laboratório, e pedido de materiais e medicamentos. www.romulopassos.com.br 113 Tipos de Auditoria Aplicáveis ao Serviço de Enfermagem Auditoria Retrospectiva administração da qualidade dos serviços prestados após a alta do paciente. Auditoria Operacional corresponde o método concomitante ou concorrente (durante o ato do atendimento/hospitalização). Auditoria de Plano de Cuidados avalia o planejamento e a execução das ações assistenciais de enfermagem. Auditoria Prospectiva trata-se da avaliação dos procedimentos antes de sua realização. Auditoria Concorrente análise pericial ligada ao evento no qual o cliente está envolvido. Auditoria Preventiva os procedimentos passam pela auditoria antes de ocorrer a identificação de algum erro ou falha. (tem relação com o setor de liberação de procedimentos ou guias do plano de saúde). Sobre a Auditoria em Enfermagem, julgue os itens abaixo: 44. O Sistema Nacional de Auditoria (SNA) é composto por 3 fases: analítica, operativa ou in loco e relatório final. 45. O produto da fase operativa ou in loco é o Relatório Final, que descreve as constatações da equipe de auditoria e se presta a embasar notificação do auditado sobreo seu conteúdo é o produto da fase operativa. 46. Análise da completude, precisão e relevância clínica dos registros, incluindo a avaliação da correspondência entre os cuidados documentados e as necessidades identificadas do paciente, refere-se aos princípios que orientam a auditoria em enfermagem e como eles se relacionam com a melhoria da qualidade do atendimento ao paciente, para a prática adequada da avaliação de registros. São características do processo de acreditação de organizações, serviços e programas: • realizado de forma voluntária e reservada; • não apresenta caráter fiscalizatório; • constitui um programa de educação continuada; • previsto periodicamente a fim de estimular uma constante melhoria; • pode ser solicitado por instituições de qualquer porte, perfil e complexidade. O instrumento de avaliação é composto por seções com 3 níveis de complexidade crescente e com princípios específicos: Processo de Acreditação www.romulopassos.com.br 114 O resultado da avaliação pode resultar em três níveis de certificação: Níveis de Certificação www.romulopassos.com.br 115 PROFESSORA CAMILA ABRANTES RETA FINAL EBSERH Saúde do Idoso e Saúde Mental Sexta-feira, às 15h Sobre a saúde da pessoa idosa, julgue os itens: 1. A Avaliação Geronto-Geriátrica tem como objetivo desenvolver um plano adequado de tratamento, desconsiderando as especificidades dos processos de senescência e senilidade, auxiliando na redução de exposição a fatores de risco de agravos à saúde do idoso. 2. A visita domiciliária faz parte da estratégia da Atenção à Saúde, que engloba o fornecimento de um tratamento padronizado. É um método aplicado à pessoa idosa que enfatiza sua autonomia e realça suas habilidades funcionais dentro de seu próprio ambiente. 3. A avaliação funcional é tida como estratégia pela Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa no Brasil, que considera a relevância desse conhecimento na determinação do grau de dependência da pessoa idosa e dos tipos de cuidados que precisarão ser planejados. 4. O envelhecimento ativo é o processo de otimização das oportunidades de saúde, participação e segurança, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida à medida que as pessoas ficam mais velhas. 5. O envelhecimento psíquico é naturalmente progressivo, ocorre inexoravelmente, como efeito da passagem de tempo pois depende do esforço pessoal contínuo na busca do autoconhecimento e do sentido da vida. www.romulopassos.com.br 116 6. Um parâmetro importante é a autoavaliação da saúde do idoso, a qual tem sido muito utilizada em trabalhos populacionais, mas não tem relação direta entre autoavaliação de saúde e indicadores da capacidade funcional. 7. É direito do Estado garantir à pessoa idosa proteção à vida e à saúde, que consistem no respeito à integridade física e moral. www.romulopassos.com.br 117 8. A avaliação da fragilidade no idoso é de suma importância e o enfermeiro deve se atentar a sinais e sintomas de alerta como disartria, perda da força, alteração na marcha e fadiga. 9. Os fatores de riscos comportamentais para a ocorrência de quedas estão relacionados ao uso de medicamentos, de calçados adequados, consumo de álcool, drogas, ausência da prática de atividades físicas, entre outros. 10. A avaliação do risco de queda no ambiente hospitalar deve ser realizada na alta do paciente, após uma alteração da condição clínica do paciente, depois de uma queda e na transferência intra- hospitalar. 11. Iatrogenia no uso de anti-hipertensivos pode causar hipotensão postural, o que pode ensejar as quedas. 12. A escala de Morse é compreendido por duas escalas: a de equilíbrio e a de marcha. 13. São cuidados que devem ser tomados para a prevenção de quedas de pessoas idosas: manter os ambientes iluminados; sapatos devem ser fechados com solados de borracha; escadas e os corredores com corrimão em um dos lados; utilizar tapete antiderrapante no banheiro. 14. Osteoporose é definida como uma doença sistêmica progressiva, que leva a uma desordem esquelética, caracterizada pelo comprometimento da força óssea, o que predispõe a um aumento do risco de fratura. Os locais de maior ocorrência de fraturas de baixo impacto são vértebras, punho e região proximal do fémur. 15. Os nutrientes mais diretamente associados com a prevenção da perda óssea são o cálcio e a vitamina C. 16. A independência é considerada a capacidade individual de decisão e comando sobre as próprias ações. Já autonomia a se refere à realização de atividades com os próprios meios e está ligada à execução a partir de suas habilidades físicas. 17. As Atividades de Vida Diária (AVD) são as relacionadas a negligência e que, no caso de limitação de desempenho, normalmente requerem a presença de cuidador para auxiliar a pessoa idosa a desempenhá-las. 18. Independência é o idoso realizar toda as atividades básicas da vida diária de forma independentes; Dependência completa é o comprometimento de todas as AVD. 19. O conhecimento das particularidades do processo de envelhecimento pode gerar intervenções capazes de piorar a saúde do idoso, conhecidas como iatrogenia. www.romulopassos.com.br 118 20. Semidependência é o comprometimento de uma ou mias função vegetativa simples + cultura e aprendizado, exceto a incontinência urinária isolada, por ser uma função, e não uma atividade; Dependência incompleta é o comprometimento de uma ou mais função de cultura de aprendizado. 21. Atividades como transferência, continência e alimentação são funções vegetativas simples, portanto, mais fáceis de serem perdidas. 22. São consideradas categorias da pessoa idosa: idoso independente; idoso independente, mas com dificuldade em desenvolver atividades instrumentais de vida diária; idoso frágil, acamados, que vivem em instituições de longa permanência; não acamados e que não apresentam doenças causadoras de incapacidade funcional. www.romulopassos.com.br 119 23. No caso de um idoso que sofre de síndrome vestibular, a enfermagem deve estar atenta para incapacidade cognitiva. 24. A demência caracteriza-se pelo prejuízo de um nível intelectual prévio. A causa mais comum de demência é a Doença de Pick, responsável por 50-60% de todos os casos, e sua prevalência aumenta após os 60 anos de idade. Após o enfermeiro identificar o agravo é necessário o encaminhamento para uma avaliação especializada. 25. Na suspeita de demência, o médico da atenção primária deve, inicialmente, ouvir o idoso e o cuidador e fazer o mini exame do estado mental. 26. Acerca dos sinais de alerta da doença de Alzheimer, destacam-se: problema de memória que chega a afetar as atividades e o trabalho e dificuldade para realizar tarefas habituais. 27. A demência causada pela Doença de Alzheimer é declinante e curável. 28. Dentre os problemas mais comumente apresentados na pele do idoso, destacam-se a xerose, o prurido, as dermatites de contato, as skin tears, lesões devido a pele seca e as úlceras por pressão. 29. A perda da umidade e a lubrificação da pele estão relacionadas ao declínio de produção das glândulas sudoríparas e sebáceas, promovendo o surgimento de manchas secas e prurido cutâneo. 30. Sintomas não motores da Doença de Parkinson como alteração do sono REM, constipação intestinal e anosmia são frequentes e podem manifestar-se anos antes dos sintomas motores. 31. Para fins de prevenção da violência contra o idoso, existe a notificação compulsória, que impõe ao responsável pela prestação do serviço de saúde, o dever de comunicar à autoridade sanitária qualquer ação ou omissão praticada em local público ou privado que lhe cause morte, dano ou sofrimento físico ou psicológico. 32. Os medicamentos Atropina, Escopolamina, Hioscina são considerados medicamentos apropriados para idosos porque possuem ação altamente anticolinérgica com atividade incerta, mas seu uso não apresenta um risco de exacerbação do comprometimento cognitivo. www.romulopassos.com.br 120 www.romulopassos.com.br 121 Saúde Mental Transtornos Mentais É uma síndrome caracterizada por perturbação clinicamente significativaSobre a Febre Amarela, julgue os itens: 29. A febre amarela é uma doença infecciosa febril aguda, imunoprevenível, de evolução abrupta e gravidade variável, com elevada letalidade nas suas formas graves. A doença é causada por uma bactéria transmitida por mosquitos, e possui um ciclo de transmissão. A transmissão ocorre apenas a partir de vetores urbanos (Aedes aegypti) infectados. 30. É uma doença de notificação compulsória semanal, ou seja, todo evento suspeito (tanto morte de primatas não-humanos, quanto casos humanos com sintomatologia compatível) deve ser prontamente comunicado/notificado, em até 7 dias após a suspeita inicial, às autoridades locais competentes pela via mais rápida (telefone, email, etc). Às autoridades estaduais de saúde cabe notificar os eventos de febre amarela suspeitos ao Ministério da Saúde. 31. No homem, o período de incubação geralmente varia de 2 a 5 dias e, em situações esporádicas, considera-se que pode se estender por até 15 dias. A incubação extrínseca ocorre nos vetores (mosquitos) e corresponde ao período de 7 a 10 dias. 32. No homem, a viremia dura aproximadamente 5-7 dias. Inicia-se entre 24 e 48 horas antes do aparecimento dos primeiros sintomas e se estende até 3 a 5 dias após o início da doença, período em que o homem pode servir como fonte de infecção para mosquitos transmissores. www.romulopassos.com.br 10 33. Os sintomas iniciais da febre amarela são: início súbito de febre; dores no corpo em geral; calafrios; náuseas e vômitos; dor de cabeça intensa; fadiga; dores nas costas e fraqueza. Em casos graves, a pessoa infectada por febre amarela pode desenvolver alguns sintomas, como: febre alta, hemorragia e icterícia. Eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. A vacina é sua principal forma de prevenção. 34. Não há transmissão de pessoa a pessoa. O vírus é transmitido pela picada dos mosquitos transmissores infectados. No caso da Febre Amarela, tanto os machos como as fêmeas transmitem o vírus. 35. Dentre as contraindicações para a vacina da Febre Amarela tem-se: crianças menores de 9 meses de idade; mulheres amamentando crianças menores de 6 meses de idade; pessoas com alergia grave ao ovo; pessoas que vivem com HIV e que tem contagem de células CD4 menor que 350; pessoas em de tratamento com quimioterapia/ radioterapia e pessoas portadoras de doenças autoimunes. 36. Tem 3 estágios da doença: período de infecção, remissão e toxêmico, seguidos por um período de convalescença. O período de infecção dura cerca de 3-6 dia; tem início súbito e sintomas inespecíficos. Já o período de remissão se caracteriza pelo declínio da temperatura e diminuição da intensidade dos sintomas, dura de poucas horas até no máximo dois dias. Por fim, o período toxêmico é caracterizado por resposta inflamatória exacerbada associada a colapso hemodinâmico. 37. A vacina febre amarela é indicada para residentes e/ou viajantes que se destinam às Áreas com Recomendação de Vacinação (ACRV), com pelo menos 15 dias de antecedência da data da viagem, tempo necessário para que a vacina confira proteção contra a infecção. Hepatites Virais Tipos A, B, C, D, E. Transmissão fecal-oral (A, E), parenteral/sexual (B, C, D). Prevenção vacinação (A, B), higiene (A, E), práticas seguras (B, C, D). Vejamos, a seguir, as principais características das hepatites virais, conforme Guia de Vigilância em Saúde (BRASIL, 2024): Agente etiológico Período de incubação Período de transmissibilidade Modo de transmissão de 2 a 3 semanas antes dos primeiros sintomas, mantendo-se enquanto HBsAg estiver detectável. O portador crônico pode transmitir o HBV durante vários anos. 1 semana antes do início dos sintomas, mantendo-se enquanto o paciente apresentar HCV-RNA detectável (carga viral). na superinfecção* (de 2 a 3 semanas) e na coinfecção** (1 semana), antes do início dos sintomas, mantendo-se enquanto o HBsAg estiver detectável. 2 semanas antes do início dos sintomas até o final da 2ª semana da doença. Vírus da hepatite B (HBV) Vírus da hepatite C (HCV) 30 - 180 dias (média de 60 a 90 dias) sexual, parenteral, percutânea, vertical Vírus da hepatite D (delta) (HDV) Vírus da hepatite E (HEV) fecal-oral 15 - 150 dias (média de 50 dias) 30 - 180 dias (esse período é menor na superinfecção) Vírus da hepatite A (HAV) 14 - 60 dias (média de 42 dias) 15 - 45 dias (média de 30 dias) www.romulopassos.com.br 11 Sobre as Hepatites virais, julgue os itens: 1. Um indivíduo suscetível à hepatite D é aquele que já está com infecção pelo vírus da hepatite B. Este é transmitido pela via parenteral e sexual, enquanto que a hepatite D é transmitida pela via fecal-oral. 2. A hepatite aguda é dividida em três períodos: prodrômico ou pré-ictérico, fase ictérica e fase de convalescença. 3. Na fase de convalescença ocorre hepatomegalia e esplenomegalia. 4. A cronicidade da doença pode ocorrer nas hepatites B, C e D. Refere-se à detecção de material genético ou antígenos virais por um período após 3 meses após o diagnóstico inicial. 5. A hepatite fulminante é caracterizada por icterícia, coagulopatia e encefalopatia hepática em intervalo de até 8 semanas. 6. O período prodrômico da hepatite aguda ocorre após o período de incubação do agente etiológico e anteriormente ao aparecimento da icterícia. 7. A imunidade para a hepatite E pode ser conferida indiretamente, por meio da vacina contra a hepatite B. 8. A vacina contra a hepatite A é altamente eficaz e segura e é a principal medida de prevenção contra a hepatite A. A gestação e a lactação representam contraindicações para imunização. www.romulopassos.com.br 12 9. A hepatite B pode ser transmitida da mãe para o filho durante a gestação ou durante o parto, sendo esta via denominada de transmissão vertical. Para todas as crianças exposta à hepatite B durante a gestação está recomendada a vacina e imunoglobulina (IGHAHB) para hepatite B, preferencialmente nas primeiras 24 horas do pós-parto. 10. A hepatite C é transmitida pelo leite materno, comida, água ou contato casual, como abraçar, beijar e compartilhar alimentos ou bebidas com uma pessoa infectada. Existe vacina contra a hepatite C. 11. Na infecção aguda pelo vírus da hepatite C a presença do RNA viral ocorre cerca de duas semanas após a exposição ao vírus, enquanto aparecimento do anticorpo anti-HCV é mais tardia, ocorrendo após 30 a 60 dias da exposição ao vírus. 12. A hepatite D, também chamada de Delta, é causada pelo vírus HDV. Esse vírus depende da presença da infecção pelo vírus HBV (hepatite B) para infectar um indivíduo. Sendo assim, a imunização para hepatite B é a principal forma de prevenção da doença, sendo universal no Brasil desde 2016. Recomendações de profilaxia de hepatite B para indivíduos com HBsAg não reagente após exposição ocupacional a material biológico (BRASIL, 2021): FONTE: BRASIL, 2021. Profilaxia de Hepatite B após Exposição Ocupacional Com resposta vacinal desconhecida Testar o(a) profissional de saúde Se resposta vacinal adequada: nenhuma medida específica Se resposta vacinal inadequada: IGHAHB + 1ª dose da vacina hepatite B ou IGHAHB (2x) se dois esquemas vacinais prévios Testar o(a) profissional de saúde Se resposta vacinal adequada: nenhuma medida específica Se resposta vacinal inadequada: fazer segunda série de vacinação ou nenhuma medida específica se dois esquemas vacinais prévios Testar o(a) profissional de saúde Se resposta vacinal adequada: nenhuma medida específica Se resposta vacinal inadequada: fazer segunda série de vacinação(a) ou nenhuma medida específica se dois esquemas vacinais prévios SITUAÇÃO VACINAL E SOROLOGIA DO PROFISSIONAL DE SAÚDE EXPOSTO PESSOA-FONTE HBSAG REAGENTE HBSAG NÃO REAGENTE HBSAG DESCONHECIDO Não vacinado IGHAHB + iniciar vacinação Iniciar vacinação Iniciar vacinação(a) Vacinação incompleta IGHAHB + completar vacinação Completar vacinação Completar vacinação(a) Resposta vacinal conhecida e adequada (anti- HBs maior ou igual 10UI/mL) Nenhumana cognição, na regulação emocional ou no comportamento de um indivíduo, que reflete uma disfunção nos processos psicológicos, biológicos ou de desenvolvimento subjacentes ao funcionamento mental. Estão frequentemente associados ao sofrimento ou incapacidade significativos, que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes (NASCIMENTO, 2015). Existem diversos transtornos mentais, com apresentações diferentes. Eles geralmente são caracterizados por uma combinação de pensamentos, percepções, emoções e comportamento anormais, que também podem afetar as relações com outras pessoas (OPAS, 2018). Com relação à Saúde Mental, julgue os itens a seguir: 1. O Programa de Volta para Casa é uma política de inclusão social destinada às pessoas com sofrimento psíquico, egressas de internação de longa permanência em hospitais psiquiátricos e de custódia. Esse programa faz parte da Reabilitação Psicossocial, componente da Rede de Atenção Psicossocial. 2. Transtornos mentais estão frequentemente associados a sofrimento ou incapacidade significativos que afetam atividades sociais, profissionais ou outras atividades importantes. 3. Além de fatores estruturais como gênero, cor da pele, renda, escolaridade e trabalho, fatores conjunturais também aumentam o risco de sofrimento mental, como por exemplo algum evento de vida marcante associado a sentimentos como humilhação ou de ver-se sem saída. www.romulopassos.com.br 122 4. O tipo de esquizofrenia desorganizada corresponde a, aproximadamente, 80% dos quadros e se caracteriza por presença de delírios e alucinações de perseguição, tendo o maior índice de surto no final da segunda ou terceira década de vida, e o indivíduo tende a ser desconfiado, tenso, resguardado, reservado com momentos hostis ou agressivos. 5. Os sintomas positivos característicos da esquizofrenia e dos quadros psicóticos são avolia e alogia. 6. As alucinações, ilusões ou pseudoalucinações auditivas e visuais são considerados sintomas positivos das síndromes esquizofrênicas. 7. Na fase prodrômica da esquizofrenia, observam-se sinais de remissão e exacerbação dos sintomas psicóticos. Transtornos de Humor www.romulopassos.com.br 123 Os transtornos bipolares, manifestam-se em ciclos de mania e depressão. O transtorno bipolar tem como característica as alterações de humor, que vão desde uma depressão profunda até uma euforia extrema (mania), separados por períodos de normalidade (TOWNSEND, 2014). 8. Uma das características do transtorno bipolar tipo II é a perturbação do humor suficientemente grave, a ponto de causar prejuízo acentuado no funcionamento social ou profissional. 9. A característica essencial do transtorno psicótico crônico consiste em uma perturbação que envolve o aparecimento repentino de sintomas como delírios, alucinações e discurso desorganizado. 10. Entre os principais sintomas do transtorno disfórico pré-menstrual, estão a expressão de mau- humor, irritabilidade, disforia e sintomas de ansiedade que atingem seu auge perto do início da menstruação. 11. O transtorno de Borderline é uma psicopatologia caracterizada por sintomas que incluem ideação negativa, déficit de atenção e concentração, delírio de culpa, diminuição da libido e insônia. www.romulopassos.com.br 124 12. O transtorno afetivo bipolar apresenta tipicamente episódios de mania e depressão, que podem se alternar, ou ter a predominância de um ou do outro. Uma das características dos episódios de mania são pensamentos recorrentes de morte. 13. Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG) é um distúrbio que caracteriza-se por apreensão ou preocupação excessiva com múltiplas questões do dia a dia. 14. Durante um episódio maníaco, é comum os indivíduos não perceberem que estão doentes ou necessitando de tratamento, resistindo, com veemência, às tentativas de tratamento. 15. Uma das grandes ameaças sentidas pelas pessoas em crise de pânico é a dor torácica, levando ao medo de uma parada cardíaca, preocupação esta que não deve ser considerada pela equipe de saúde. www.romulopassos.com.br 125 16. Os transtornos dissociativos correspondem psicopatologicamente às alterações primordiais da forma do pensamento. 17. A característica fundamental dos transtornos dissociativos é a dissociação, entendida como uma ruptura na integração de funções mentais que geralmente funcionam associadas, tais como consciência, memória, representação corporal, controle motor, identidade, emoção e percepção do ambiente. 18. O transtorno cognitivo leve é caracterizado por rebaixamento do nível de consciência, com distúrbio da orientação (no tempo e no espaço) e da atenção (hipovigilância e hipotenacidade). 19. O transtorno de Borderline é uma psicopatologia caracterizada por sintomas que incluem instabilidade emocional, sensação de inutilidade, insegurança, impulsividade e relações sociais prejudicadas. www.romulopassos.com.br 126 PROFESSORA KELLY COELHO RETA FINAL EBSERH Saúde da Mulher Sexta-feira, às 20h Coleta do material para o exame citopatológico (BRASIL, 2013a, 2016) www.romulopassos.com.br 127 Citopatológico x Rastreamento: 25 - 64 anos + atividade sexual -> rastreamento anual. 2 citopatológicos negativos -> rastreamento a cada 3 anos. Mulheres com mais de 64 anos: com 2 exames negativos consecutivos, nos últimos cinco anos -> rastreamento dispensado. que nunca fizeram o exame -> devem realizar 2 exames, com intervalo de 1 a 3 anos. Se negativos -> rastreamento dispensado. Histerectomia total (causas não cancerígenas) -> rastreamento dispensado. Histerectomia (tratamento de câncer do colo ou lesão precursora): Lesão precursora -> semestral, até 2 exames consecutivos normais. Câncer invasor (controle por 5 anos): - trimestral nos 2 primeiros anos. - semestral nos 3 anos seguintes. - se controle normal, citologia de rastreio anual. Gestantes - > rastreamento na periodicidade da faixa etária. Colher somente na parte da ectocérvice. Portadoras do vírus HIV ou imunodeprimidas: logo após o início da atividade sexual. periodicidade anual, após 2 exames normais consecutivos realizados com intervalo semestral. Por outro lado, não devem ser incluídas no rastreamento mulheres sem história de atividade sexual ou submetidas a histerectomia total por outras razões que não o câncer do colo do útero. Se contagem de linfócitos CD4 abaixo de 200 -> devem ser priorizada a correção dos níveis de CD4 e, enquanto isso realizar o rastreamento citológico a cada seis meses. www.romulopassos.com.br 128 Sobre o rastreamento do câncer do colo do útero, julgue os itens: 1. O exame citopatológico é uma forma de prevenção primária. Deve ser feito em mulheres entre 25 e 64 anos com atividade sexual. Após os 2 primeiros exames negativos com intervalo anual, o intervalo entre os exames passará a ser a cada 3 anos. 2. Para haver qualidade na amostra do exame citopatológico, é recomendado não usar lubrificantes, espermicidas e medicamentos vaginais nas 96 horas que antecedem o exame. Além disso, a coleta deve ser realizada, pelo menos, 7 dias após o término da menstruação. Se a mulher estiver menstruada pode- se adicionar gotas de ácido acético a 2% à solução fixadora. 3. Para coleta na endocérvice, deve-se recolher o material introduzindo a escova endocervical e fazer um movimento giratório de 180°, percorrendo todo o contorno do orifício cervical. 4. Entre os fatores de risco para o câncer de colo de útero, estão o tabagismo, a imunossupressão e o uso prolongado de contraceptivos orais, sendo o principal fator de risco a infecção pelo HPV. Grande parte das lesões precursoras ou malignas do colo de útero encontram-se na Junção Escamocolunar (JEC). 5. A coleta do exame citopatológico na parte externa do colo de útero (ectocérvice) é realizada com a escova endocervical e na parte interna (endocérvice) é realizada com a espátula de Ayre. 6. A amostra de fundo de saco vaginal é recomendada, uma vez que o material coletado é de alta qualidade para o diagnóstico oncótico. 7.O método de fixação considerado mundialmente como o melhor para os esfregaços citológicos é realizado com álcool a 70%. Sobre exame ginecológico, julgue os itens: 8. As contraindicações para a realização do exame preventivo do câncer do colo do útero são: estar menstruada no dia do exame; ter tido relação sexual na noite anterior ao exame; estar grávida ou com suspeita de gravidez; ter usado creme vaginal 48 horas antes do exame; ter usado anticoncepcional vaginal no dia anterior. 9. Um prolapso da parede anterior da vagina e bexiga para dentro da vagina é classificado como um prolapso uterino de 2º grau. Resultados do Exame Citopatológico www.romulopassos.com.br 129 Ainda sobre o rastreamento do câncer do colo do útero, julgue os itens: 10. Quando o resultado do preventivo do câncer do colo de útero acusar infecção pelo HPV, a mulher deverá ser orientada a repeti-lo após 3 meses. 11. É recomendado repetir a citologia em 6 meses com um resultado do exame colpocitológico acusando “Células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS)’’. 12. A conduta recomendada para uma mulher de 29 anos que apresentou Lesão de Baixo Grau (LSIL) no exame citopatológico é repetir repetir a citologia em 6 meses. 13. Um resultado do exame colpocitológico: “células escamosas atípicas de significado indeterminado (ASCUS)”; possivelmente não neoplásicas” é recomendado repetir a citologia em 6 meses. www.romulopassos.com.br 130 Sobre o rastreamento do câncer de mama, julgue os itens: 14. Os sintomas mais comuns de câncer de mama são o aparecimento de nódulo indolor, duro e irregular. Também pode ocorrer secreção papilar, hiperemia e inversão, descamação ou ulceração do mamilo. Para realizar o rastreamento alguns exames recomendados são: o exame clínico das mamas (mulheres ≥ 40 anos, anualmente) e a mamografia (mulheres entre 40 e 69 anos, a cada 2 anos). 15. BI-RADS 1 refere-se ao exame incompleto e a rotina de rastreamento é correlacionar com outros exames de imagem e comparar com mamografia anterior. 16. O resultado de BI-RADS 3 é uma mamografia com achado provavelmente benigno. Neste caso deve ser realizada a rotina de rastreamento conforme a faixa etária. www.romulopassos.com.br 131 17. BI-RADS 5 refere-se ao exame com achado suspeito. Nesse caso, a recomendação é o início da terapêutica específica em Unidade de Tratamento de Câncer. 18. Para mulheres com risco elevado de desenvolver câncer de mama, a mamografia deve ser realizada anualmente a partir de 35 anos. Alguns dos critérios são: familiar de primeiro grau (mãe, irmã ou filha) com CA de mama em idadeO Ministério da Saúde orienta o uso universal do carbonato de cálcio para gestantes com início na 12º semana de gestação até o momento do parto, com o objetivo de prevenir pré-eclâmpsia. 41. No Manual de Pré-natal de Baixo Risco do MS indica valor de 100 a 160bpm para uma frequência cardíaca fetal. www.romulopassos.com.br 135 * Pré-eclampsia: Na ausência de proteinúria, pode-se considerar o diagnóstico quando houver sinais de gravidade: trombocitopenia ( 1,1 mg/dL ou 2x creatinina basal, elevação de 2x das transaminases hepáticas, EAP, dor abdominal, sintomas visuais ou cefaleia, convulsões, sem outros diagnósticos alternativos (Diretriz de HAS, 2020). www.romulopassos.com.br 136 Sobre as síndromes hipertensivas na gestação, julgue os itens: 42. A hipertensão na gravidez é definida como pressão arterial sistólica maior que ou igual a 140 mmHg e/ou pressão arterial diastólica maior que ou igual a 90 mmHg. 43. A hipertensão gestacional é detectada após a 20º semana, sem proteinúria, chamada de transitória (quando há normalização após o parto) ou crônica (quando persiste). 44. A pré-eclâmpsia é o aparecimento da HAS e proteinúria após a 20ª semana de gestação em mulheres previamente hipertensas. 45. A eclampsia é a complicação da pré-eclâmpsia complicada por convulsões que não podem ser atribuídas a outras causas. 46. A síndrome de HELLP é uma complicação que leva à hemólise, elevação das enzimas cardíacas e plaquetopenia. 47. A hidralazina é a droga usada para evitar convulsões em uma gestante que apresenta sinais iminentes de eclampsia. 48. Para definição de hipertensão na gravidez devem ser realizadas pelo menos duas aferições, após intervalo de repouso de 15 minutos. 49. A síndrome HELLP relaciona-se com altos índices de morbiletalidade materno-fetal, por isso é indicação de interrupção imediata da gestação. Sobre o pré-natal de alto risco, julgue os itens: 50. Uma glicemia em jejum entre 92 e 126 mg/dL confere o diagnóstico de Diabetes Mellitus gestacional (DMG). Após isso, a gestante será submetida ao Teste Oral de Tolerância à Glicose (TOTG). 51. O descolamento prematuro de placenta é uma situação hemorrágica na gravidez, em que há sangramento vermelho-vivo sem coágulos, é indolor e não há sinais de choque, nem sofrimento fetal agudo. 52. Uma recomendação para evitar casos de toxoplasmose na gestação é não consumir carnes cruas ou mal-passada. 53. Mulheres com histórico de diabetes gestacional apresentam risco gestacional habitual e mulheres portadoras de hipertensão arterial crônica apresenta risco gestacional alto. www.romulopassos.com.br 137 Sobre o parto e o pós-parto, julgue os itens: 54. A fase ativa do primeiro período do parto é caracterizada por contrações uterinas dolorosas regulares, um grau substancial de apagamento cervical e dilatação cervical mais rápida de 5 cm até a dilatação completa para nulíparas e multíparas. 55. Os estágios do trabalho de parto ocorrem na seguinte ordem: período de Greenberg, dilatação e apagamento, expulsivo e dequitação da placenta. 56. O período de Greenberg inicia-se após a dequitação da placenta e se estende por até 24 horas. 57. Mamas dolorosas, edemaciadas e avermelhadas são sinais característicos do ingurgitamento mamário. 58. No pós-parto é classificado como primeiro grau a lesão dos músculos perineais sem atingir o esfíncter anal. 59. No primeiro período do trabalho de parto deve-se registrar a frequência das contrações e a frequência cardíaca materna de 30 em 30 minutos. 60. Um trabalho de parto estabelecido ocorre quando há contrações uterinas regulares e dilatação cervical progressiva a partir dos 6cm. www.romulopassos.com.br 138 61. O empurrão começa após a completa dilatação do colo do útero e termina com o nascimento do bebê. As contrações continuam a ajudar a mãe a empurrar o bebê através do canal de parto. 62. Os toques vaginais para o acompanhamento da primeira fase ativa do trabalho de parto, em mulheres de baixo risco, devem ter um intervalo mínimo de uma hora. 63. Uma distócia da etapa de contração é a hipotonia. 64. A gestante com RH negativo (com parceiro RH positivo), e recém-nascido RH positivo deve ser sensibilizada com imunoglobulina até 24 horas após o parto. 65. O polidrâmnio é uma infecção bacteriana do líquido amniótico, membranas amnióticas, placenta e/ou útero. 66. É considerado puerpério imediato do 1° ao 10° dia pós-parto; tardio o período entre o 11° e o 45° dia após o parto e o remoto a partir do 45° dia, com término imprevisto. 67. No puérpério, os 2-3 dias pós partos os lóquio apresentam-se vermelho (lochia rubra); 3-5 dias pós-parto lóquio amarelo (lochia flava); 5- 15 dias pós-parto apresentam o lóquio serosanguinolento (lochia fusca); 15 dias pós parto até o final apresenta lóquio alvos (lochia alba). www.romulopassos.com.br 139 68. O Near Miss Materno (NMM) é definido como uma mulher que quase morreu, mas que sobreviveu a uma complicação grave durante o período gestacional até 30 dias após o término da gestação, em pelo menos um dos critérios clínicos, laboratoriais ou de manejo. Um critério para essa condição é a intubação e ventilação por tempo > 60 minutos, não relacionadas com anestesia. 69. Hemorragia pós-parto (HPP) é uma emergência obstétrica que pode ocorrer após o parto vaginal ou a cesariana. Tradicionalmente, tem sido definida como a perda sanguínea acima de 500 ml após o parto vaginal ou acima de 1000 ml após a cesariana. Outra definição clássica é a queda de 10% na concentração da hemoglobina no período pós-parto em relação aos níveis anteriores. Sobre climatério e menopausa, julgue os itens: 70. O climatério é o período em torno da pré-menopausa, menopausa e pós-menopausa, caracterizada por manifestações transitórias e não-transitórias. Entre as manifestações transitórias estão: fenômenos atróficos geniturinários e distúrbios no metabolismo lipídico e ósseo. 71. A menopausa é a data da última menstruação e só será confirmada após um intervalo de 12 meses sem menstruar. 72. Na pós-menopausa, o FSH poderá estar aumentado cerca de 10 a 15 vezes, enquanto que o LH, de 3 a 5 vezes. A estrona, por sua vez, diminui em até 80%, vai sendo, nesta fase, substituído pelo estradiol, que predomina na pós-menopausa. 73. Com relação as contraindicações para a terapia de reposição hormonal, temos as absolutas: câncer de mama, câncer de endométrio, doença hepática grave, sangramento genital não esclarecido, história de tromboembolismo agudo e recorrente, porfiria e as relativas: hipertensão arterial, diabetes mellitus não-controlados, endometriose, e miomatose uterina. Sobre a saúde mental na gestação e no pós-parto, julgue os itens: 74. A depressão pós-parto é uma condição de profunda tristeza, desespero e falta de esperança que acontece logo após o parto. Geralmente, a situação se complica e evolui para uma forma mais agressiva e extrema desse tipo de depressão conhecida como psicose pós-parto. A depressão pós- parto traz inúmeras consequências ao vínculo da mãe com o bebê, sobretudo no que se refere ao aspecto afetivo. 75. Os sintomas típicos da depressão pós-parto são melancolia intensa/desmedida, desmotivação profunda diante da vida, ausência de forças para lidar com a rotina e muita tristeza, acompanhada de desespero constante. 76. O "Baby Blues" é caracterizado por sintomas leves, como tristeza passageira, choro fácil, irritabilidade, ansiedade, dificuldade para dormir e sensação de sobrecarga. Esses sintomas costumam surgir entre o 2º e o 5º dia após o parto e geralmente desaparecem dentro de 2 semanas. 77. A psicose puerperal é classificada como um transtorno mental grave associado ao puerpério. Os sintomas podem variar, mas geralmente ocorrem entre 3 a 6 semanas após o parto. Os sintomas consistem em euforia, irritabilidade, confusão mental, delírios e alucinações. www.romulopassos.com.br 140 Garantia de um cuidado integral à gestante para reduzir a mortalidade materna e de bebês. Esse é o objetivo da Rede Alyne, novo programa do Governo Federal,que reestrutura a antiga Rede Cegonha na rede pública de saúde. Com a meta de reduzir a mortalidade materna em 25% até 2027. Rede Alyne Entre as inovações da Rede Alyne, está a necessidade de um plano integrado entre a maternidade e a Saúde da Família – com qualificação das equipes de Saúde da Família, na principal porta de entrada do SUS – e, de forma inédita, a ampliação do Complexo Regulatório do SUS com equipe especializada em obstetrícia. Fonte: Brasil, 2024 - Distribuição mais equitativa dos recursos para reduzir desigualdades regionais e raciais. - Incremento nos valores de exames de pré-natal e leitos de alto risco e intermediário, enfrentando gargalos históricos e garantindo cuidado progressivo com incentivo ao método Canguru; - Maior integração entre os serviços para o fim da peregrinação da gestante e qualificação da regulação pelo SAMU 192; - Infraestrutura: expansão dos serviços de saúde para assistência a gestante e ao bebê (Novo PAC Saúde) www.romulopassos.com.br 141 Fonte: BRASIL, 2023. Prescrição de Suplementos Alimentares Fonte: Caderno dos Programas Nacionais de Suplementação de Micronutrientes, 2022 www.romulopassos.com.br 142medida Nenhuma medida Nenhuma medida Sem resposta vacinal após primeira série de doses (3 doses) IGHAHB + 1ª dose da segunda série vacinal para hepatite B(b) Iniciar nova série de vacina (três doses) Iniciar nova série (três doses)(a) Sem resposta vacinal após segunda série (6 doses) IGHAHB (2x)(b) Nenhuma medida específica IGHAHB (2x)(b) www.romulopassos.com.br 13 13. O vírus da hepatite E é transmitido principalmente pela via fecal-oral pelo consumo de água contaminada e em locais com infraestrutura sanitária frágil. Geralmente, causam hepatite crônica e autolimitada (2 – 6 semanas) em adultos jovens. A hepatite E fulminante ocorre com mais frequência durante a gravidez. 14. A profilaxia de hepatite B após exposição ocupacional a material biológico deve ser feita de acordo com a situação vacinal e sorologia do profissional exposto. No caso de um profissional com vacinação incompleta e HBsAg não reagente recomenda-se iniciar nova série de vacina (três doses). 15. A vacina hepatite B recombinante (HB) pode ser tomada a qualquer tempo no pré-natal. 16. Os modos de transmissão do vírus da hepatite B (HBV) é: sexual, parenteral, percutânea e vertical. Um indivíduo com suspeita de infecção pelo vírus da hepatite B, deve solicitar os marcadores Anti-HBc total e Anti-HBe. O diagnóstico das hepatites virais deve ocorrer com base na história clínica e epidemiológica da pessoa suspeita de infecção, mediante a pesquisa inicial dos marcadores sorológicos e virológicos. O diagnóstico inclui a realização de (BRASIL, 2018): Diagnóstico exames laboratoriais (específicos e inespecíficos) testes rápidos Importante! Os testes rápidos (TRs) são imunoensaios de execução simples, que podem ser realizados em até 30 minutos e que não necessitam de estrutura ambulatorial. O TR para hepatite B permite a detecção do antígeno de superfície do HBV (HBsAg) e, para hepatite C, o TR detecta o anticorpo anti-HCV (BRASIL, 2018). Tratamento Não há tratamento específico para as formas agudas, apenas sintomático para náuseas, vômitos e prurido, exceto para as hepatites C e B aguda grave, que segue o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para HBV (BRASIL, 2017). Como norma geral, recomenda-se repouso relativo até a normalização das aminotransferases. A única restrição dietética está relacionada à ingestão de álcool (BRASIL, 2019; BRASIL, 2017). No caso da hepatite crônica, o tratamento deve considerar o risco de progressão da doença, a probabilidade de resposta terapêutica, os eventos adversos do medicamento e a presença de comorbidades (BRASIL, 2019). Os casos crônicos das hepatites virais B, C e D podem evoluir com o desenvolvimento de fibrose, cirrose hepática e suas complicações. As pessoas com hepatites virais crônicas também têm risco aumentado para o desenvolvimento de carcinoma hepatocelular. Complicações FONTE: BRASIL, 2022. www.romulopassos.com.br 14 Diabetes Mellitus É RECOMENDADO utilizar, como critérios de diagnóstico de DM, a glicemia de jejum, a HbA1c, a glicemia no TTGO-1h ou a glicemia no TTGO- 2h. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação. Na presença de sintomas típicos de hiperglicemia, é RECOMENDADO que o diagnóstico seja estabelecido quando houver glicemia plasmática ao acaso maior ou igual a 200 mg/dl. Quando indicada a realização de TTGO, é RECOMENDADO o uso de TTGO-1h para diagnóstico de DM2 e detecção de pré-diabetes, por ser superior e mais prático do que o TTGO-2h. É recomendado utilizar, como critérios de diagnóstico de DM, a GJ ≥ 126 mg/dl, a HbA1c ≥ 6,5%, a glicemia no TTGO-1h ≥ 209 mg/dl ou a glicemia no TTGO- 2h ≥ 200 mg/dl. Se somente um exame estiver alterado, este deverá ser repetido para confirmação. Critérios laboratoriais para diagnóstico de DM e pré-diabetes www.romulopassos.com.br 15 www.romulopassos.com.br 16 Rastreamento - DM2 Questionário FINDRISC www.romulopassos.com.br 17 Diagnóstico de DM www.romulopassos.com.br 18 Rastreamento - DM2 Rastreamento - DM1 O rastreamento com dosagem de autoanticorpos pode ser considerado em familiares de primeiro grau de pessoas com DM1. www.romulopassos.com.br 19 Com relação ao Diabetes Mellitus (DM), julgue os itens: 1. O Diabetes mellitus é um distúrbio metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia persistente e distúrbios no metabolismo, classificados em DM tipo 1, DM tipo 2 e DM gestacional. 2. O DM tipo 2 ocorre em crianças e jovens sem excesso de peso, inicia-se abruptamente e evolui com rapidez para cetoacidose e as células beta pancreáticas são destruídas. 3. O diagnóstico da DM tipo 1 geralmente é realizado em paciente jovem, demonstrado através da hiperglicemia, realizada com uma glicemia aleatória (ao acaso, sem necessidade de jejum) maior do que 180 mg/dl. 4. Um dos critérios para o diagnóstico do DM tipo 2 é a glicose em jejum ≥ 126; a hemoglobina glicada ≥ 6,5%; a glicemia de 1 hora no TTGO ≥ 209; a glicemia de 2 horas no TTGO ≥ 200; e a glicemia casual ≥ 200 com sintomas clássicos (polaciúria, polifagia, polidipsia e perda inexplicada de peso). 5. Uma das características da Diabetes Mellitus (DM) tipo 1 é a apresentação em geral, acometendo principalmente crianças e adolescentes com excesso de peso. 6. Na presença de sintomas inequívocos de hiperglicemia, recomenda-se que o diagnóstico seja realizado por meio de uma glicemia ≥ 129mg/dL. 7. Uma glicose em jejum considerada alterada ou de risco aumentado para diabetes é aquela maior que ou igual a 110 e menor que 129mg/dL. 8. Quando indicada a realização de TTGO, é recomendado o uso de TTGO-2h para diagnóstico de DM2 e detecção de pré-diabetes, por ser superior e mais prático do que o TTGO-1h. 9. O DM gestacional geralmente diagnosticado no segundo ou terceiro trimestre da gestação, é um importante fator de risco independente para desenvolvimento futuro de DM tipo 1. 10. O teste de sobrecarga oral da glicose deve ser realizado na gestante entre 24 e 28 semanas. É considerado Diabetes Mellitus Gestacional quando a glicose em jejum estiver entre 92 e 125; na 1º hora ≥ 180; e na 2º hora entre 153 e 199. www.romulopassos.com.br 20 11. É recomendado o rastreamento da DM tipo 1 em adultos com idade maior ou igual a 35 anos; ou adultos com sobrepeso ou obesidade com pelo menos um fator de risco adicional para DM1; ou que apresentem FINDRISC alto ou muito alto. 12. Em adultos com pré-diabetes, definido previamente por glicemia de jejum e HbA1c, é recomendado a realização adicional do TTGO-1h para diagnóstico de casos de DM2 não anteriormente detectados (se maior ou igual a 209 mg/dl) ou para predizer risco futuro de DM2 (se maior ou igual a 155 mg/dl e menor do que 209 mg/dl). 13. Um dos objetivos glicêmicos para uma criança de 10 anos com DM tipo 1 é uma glicemia pós- prandial de 65 a 95mg/dL, enquanto que para gestante com DM ou DM Gestacional a meta de valores de glicemia pré-prandiais é entre 90 e 180mg/dL. 14. No rastreamento inicial do DM2, caso haja glicemia de jejum menor que 100 mg/dl e HbA1c menor que 5,7%, em pessoas com menos de 3 fatores de risco, e com FINDRISC baixo a moderado, é recomendado realizar testes adicionais para detecção de DM2 ou pré-diabetes. 15. No rastreamento de DM1 a fase 1 possui 2 ou mais anticorpos positivos, porém sem alterações glicêmicas; a fase 2 com 2 ou mais anticorpos positivos, com disglicemia leve, porém sem critérios para diabetes, sintomático; fase 3 com anticorpos positivos, e hiperglicemia com critérios para diabetes, sintomático. 16. É recomendada a meta de HbA1menos severo do que o diabetes tipos 1 e 2. 18. Os fatores de risco para diabetes mellitus gestacional englobam: sobrepeso, idade, malformação fetal em gestação anterior e oligodrâmnia em gestação anterior. 19. Paciente com 25 semanas de gestação coleta exame de sangue que evidencia glicemia de jejum de 180mg/dl, o seu provável diagnóstico é diabetes insipidus. www.romulopassos.com.br 23 Com relação ao tratamento do DM, julgue os itens: 20. De acordo com o Ministério da Saúde, para o DM1, o medicamento utilizado na primeira linha é uma biguanida e na 2º linha é biguanida associada à sulfoniureia. 21. A insulina é o tratamento de 3º linha para o DM tipo 2. Os locais de aplicação da insulina são da absorção mais rápida para a mais lenta: abdome, braço, coxas e nádegas. Deve-se realizar o rodízio no local de aplicação para evitar lipodistrofia. 22. Para aplicação da insulina não é necessário limpar o local de aplicação com álcool. Em caso de combinação entre 2 tipos de insulina, aspirar primeiro a NPH e depois a regular; as seringas podem ser reutilizadas pela mesma pessoa desde que a agulha e capa protetora não tenham sido contaminadas. As insulinas lacradas devem ser mantidas entre 15 e 30 °C. 23. Em pacientes que não atingiram controle adequado em tratamento otimizado com metformina e sulfonilureia, pode ser considerado o uso da dapagliflozina para o tratamento de DM2. 24. A NPH possui ação intermediária, com duração do efeito terapêutico de 10 - 18 horas. A Lispro possui ação rápida, com duração do efeito terapêutico de 5 - 8 horas. A regular ação ultrarrápida, com duração do efeito terapêutico de 3 - 5 horas. A Glargina possui ação longa, com duração do efeito terapêutico de 20 - 24 horas. www.romulopassos.com.br 24 Com relação às complicações do DM, julgue os itens: 25. A síndrome hiperosmolar hiperglicêmica não cetótica ocorre apenas no DM tipo 2. É uma hiperglicemia entre 600 e 800 mg/dl acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na ausência de cetose. 26. A hipoglicemia é a redução da glicose abaixo de 60 mg/dl. Alguns sintomas causados são fome, tontura, convulsão, sudorese e tremor. 27. A cetoacidose diabética é deficiência absoluta ou relativa de insulina principalmente no DM tipo 2 e LADA com glicemia capilar > 260mg/dl. 28. São alguns sintomas da cetoacidose diabética (CAD): excesso de urina, sede excessiva, fraqueza, náuseas, vômitos, sonolência, confusão, desidratação, febre ou temperatura baixa e hálito cetônico. 29. As complicações crônicas da DM são divididas em microvasculares (retinopatia, nefropatia e neuropatia) e macrovasculares (doença coronariana, doença cerebrovascular e doença vascular periférica). 30. A cetoacidose pode ser classificada em leve, moderada e grave. A leve possui pH arterial: 7,25 - 7,30, bicarbonato sérico (mEq/l): 15 - 18; anion gap > 10; nível sensorial: alerta. A moderada possui pH 12; nível sensorial: estupor/coma. A grave possui pH arterial 7,0 - 7,24; bicarbonato sérico (mEq/l): 10 a 14,9; nível sensorial: alerta/ sonolento. www.romulopassos.com.br 25 Classificação de risco do pé diabético Periodicidade recomendada para avaliar os pés da pessoa com DM, segundo a classificação de risco do pé diabético: Com relação ao pé diabético, julgue os itens: 31. O pé diabético neuropático causa perda de sensibilidade e claudicação intermitente; o vascular ou isquêmico causa dor à elevação do membro, pode haver ausência de pulsos. Enquanto que o pé diabético misto possui sinais e sintomas das formas vascular e neuropática. 32. O grau de risco 3 do pé diabético é quando há história de úlcera ou amputação, a periodicidade do acompanhamento é a cada 1 a 2 meses, com médico ou enfermeiro da Atenção Básica ou equipe especializada. 33. A avaliação do pé diabético compreende a sensibilidade, reflexos tendíneos e da função motora. O monofilamento Semmes-Weinsteim é utilizado para avaliar a sensibilidade vibratória. 34. Os testes mais úteis para a pesquisa de neuropatia periférica são as avaliações de sensibilidade tátil com monofilamento e vibratória. 35. Avaliação do Reflexo Aquileu é obtido por meio da percussão com o martelo de reflexos ou com a digitopercussão do tendão de Aquiles. O teste é considerado alterado quando a flexão plantar reflexa do pé está ausente ou diminuída 36. Neuropatia presente com ou sem deformidades (dedos em garras, dedos em martelo, proeminências em antepé, Charcot) está na classificação de risco do pé diabético como grau 2. 37. Avaliação da sensibilidade vibratória é realizada com diapasão de 228 Hz. 38. A ausência total ou parcial do reflexo Aquileu também constitui um importante sinal preditivo de processos ulcerativos nos pés. www.romulopassos.com.br 26 Hipertensão Arterial Sistêmica www.romulopassos.com.br 27 Com relação à Hipertensão Arterial Sistêmica, julgue os seguintes itens: 1. A classificação da PA em adultos (a partir de 18 anos), de acordo com a medição no consultório consiste em: ótima (56 anos, fumante, diabético com hipertensão arterial estágio 1, apresenta risco intermediário de doença cardiovascular. Um indivíduo com LDL-c em jejum 30% - trimestral). www.romulopassos.com.br 32 Tr at am e n to d a H A - Fl u xo gr am a Tratamento da HA - Fluxograma www.romulopassos.com.br 33 Com relação aos anti-hipertensivos disponíveis, julgue os itens: 26. Os betabloqueadores promovem a diminuição inicial do débito cardíaco e da secreção de renina, com a readaptação dos barorreceptores e diminuição das catecolaminas nas sinapses nervosas. Fazem parte dessa classe o propanolol e atenolol. 27. Os Diuréticos (DIU) são fármacos que aumentam a excreção de sódio e de água do corpo. Os DIU poupadores de potássio (bumetanida e furosemida) são habitualmente utilizados em associação com os tiazídicos ou com os DIU de alça. 28. Ao prescrever diuréticos de alça para um tratamento anti-hipertensivo é esperados efeitos adversos como: tosse seca, edema angioneurótico e erupção cutânea. 29. Inibidores da enzima conversora de angiotensina (IECA) ou bloqueadores dos receptores de angiotensina (BRA) são tratamento de primeira linha recomendado para pacientes com hipertensão estágio 1 e com alto risco cardiovascular. www.romulopassos.com.br 34 Doenças Respiratórias PROFESSORAS RENATA ROCHA E SARA JULIANA RETA FINAL EBSERH Clínica Médica e Saúde da Criança Terça-feira, às 20h Sobre as Doenças Respiratórias, julgue os itens a seguir: 1. A asma é uma doença crônica das vias respiratórias, que provoca episódios de obstrução, caracterizados por tosse, dispneia e roncos 2. O uso excessivo de broncodilatadores pode mascarar os sintomas e, em alguns casos, piorar a inflamação das vias respiratórias. Isso indica que o controle da asma não está sendo adequado. www.romulopassos.com.br 35 3. A exposição a alérgenos e irritantes como poeira, pólen, mofo, fumaça de cigarro e perfumes fortes, não influenciam os sintomas da asma e nem desencadeiam as crises asmáticas. 4. Embora não exista cura para a asma, ela pode ser controlada com medicamentos, como broncodilatadores e anti-inflamatórios. 5. São considerados fatores de risco para a asma: atopia, genética, alérgenos, ocupação e obesidade. P n e u m o n ia 6. A pneumonia associada aos serviços de saúde é a infecção que ocorre 48 horas após a internação de um paciente que não precisou de ventilação mecânica invasiva. 7. Pneumonia adquirida no hospital é um dos fatores de risco a hospitalização recente (mais de três dias de internação em período inferior a 90 dias). 8. Pneumonia associada à ventilação mecânica refere-se a infecção que ocorre 48 horas após a intubação e instituição da ventilação mecânica invasiva ou até 48 horas após a interrupção da ventilação mecânica. 9. A pneumonia pode ser grave e, se não tratada corretamente, pode levar a complicações sérias como insuficiência respiratória, septicemia, pneumotórax e até a morte, especialmente em grupos de risco. 10. Pneumonias virais e bacterianas não são contagiosas. 11. O acúmulo de água condensada no circuito ou traqueias do respirador e a alteração no padrão de deglutição, são considerados fatores de risco associados à pneumonia de origem aspirativa. www.romulopassos.com.br 36 D o e n ça P u lm o n ar O b st ru ti va C rô n ic a (D P O C ) 12. A DPOC afeta principalmente os pulmões e as vias respiratórias superiores. Ela causa inflamação crônica nos brônquios e alvéolos, onde ocorre a troca gasosa. 13. O diagnóstico da DPOC é clínico e deve ser considerado para todas as pessoas expostas ao tabagismo ou poluição ocupacional que apresentam dispneia, tosse crônica e expectoração. 14. A gravidade de um paciente com DPOC não é influenciada pelo grau de obstrução ao fluxo de ar e nem pela intensidade dos sintomas. 15. Algumas das principais complicações da DPOC incluem insuficiência e falência respiratória, pneumonia, atelectasia e hemotórax, hipertensão pulmonar. 16. A inflamação crônica em decorrência do DPOC provoca espessamento da parede brônquica com redução do tamanho e destruição alveolar com aumento dos espaços aéreos e perda da arquitetura brônquica. www.romulopassos.com.br 37 17. Embora a pneumonia seja uma das causas comuns da SARA, ela pode ser desencadeada por várias condições, como trauma, infecções virais, aspiracão de substâncias, queima de substâncias tóxicas, pancreatite, sepse, e outras doenças graves. A SARA é uma resposta inflamatória generalizada nos pulmões, não sendo limitada a uma única causa. 18. O tratamento da SARA envolve apenas a administração de antibióticos e anti-inflamatórios, considerados tratamento de suporte para que os pulmões possam cicatrizar. www.romulopassos.com.br 38 19. A SARA causa acúmulo de líquido nos alvéolos pulmonares reduzindo a capacidade de oxigenar o sangue, dificultando a respiração e resultando em hipoxemia e falta de ar grave. 20. A relação PaO2/FiO2 é um dos critérios utilizadosna classificação da SARA em seus graus leve, moderado ou grave. Quando a relação PaO2/FiO2 está > 200 mmHg ee abaixo de 30%. www.romulopassos.com.br 49 Clínica Médica - Parte 2 Sobre as Doenças do aparelho digestivo e gastrointestinal, julgue os itens a seguir: 1. Sobre a pancreatite aguda é correto afirmar que: o paciente pode desenvolver infiltrados pulmonares, dispnéia, taquipnéia e valores anormais de gasometria; o sinal de Cullen pode ser observado nestes pacientes e pode indicar pancreatite hemorrágica grave; a dor é frequentemente aguda no início (24 a 48 horas após uma refeição copiosa ou após o consumo de bebida alcóolica); pode ser mais intensa depois das refeições e não é aliviada pelo uso de antiácidos. 2. Entre as complicações da diverticulite temos: a peritonite, a cefaleia, o sangramento, a formação de fístula e o abscesso local. 3. A doença de Crohn é um acometimento inflamatória intestinal de origem desconhecida, caracterizada pelo acometimento segmentar, assimétrico e transmural de qualquer porção do tubo digestivo, da boca ao ânus. Apresenta-se sob 3 formas principais: inflamatória, fistulosa e fibroestenosante. O sintoma mais comum no momento do diagnóstico é diarreia, seguida por sangramento , perda de peso e dor abdominal. 4. Considerando os distúrbios gastrintestinais é correto afirmar que síndrome de esvaziamento gástrico rápido (síndrome de dumping) pode resultar de qualquer procedimento cirúrgico com retirada de uma parte significativa do estômago ou que inclua ressecção ou retirada do piloro. Nervo Tipos de Axônio Principais Funções Nervo Olfatório - I Sensitivo Sentido do olfato. Nervo Óptico - II Sensitivo Sentido da visão. Nervo Oculo-motor - III Motor Somático Motor Visceral Movimento ocular e palpebral; Controle parassimpático da pupila. Nervo Troclear - IV Motor Somático Movimento ocular - M. Oblíquo do bulbo do olho – Adutor. Nervo Abducente - VI Motor Somático Movimento ocular - M. Reto e M. Lateral do bulbo do olho – Abdutor. Nervo Trigêmeo - V Motor Somático Sensitivo Somático Músculo da mastigação; Tato face. Nervo Vestibulo-coclear - VIII Sensitivo Audição e equilíbrio. www.romulopassos.com.br 50 Sobre as Doenças neurológicas, julgue os itens a seguir: 5. Paciente, sexo feminino, 51 anos, portadora de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA), diagnosticada há 3 anos. Devido à progressão da doença, ela tem dificuldade significativa para deglutir e foi submetida à gastrostomia há 6 meses, para garantir a adequada nutrição e hidratação. Durante a administração da dieta enteral, a enfermeira observou que a paciente estava nauseada. A intervenção de enfermagem para a prevenção dessa complicação consiste em medir resíduo gástrico antes da administração da dieta. 6. Durante um plantão na emergência, a enfermeira registrou no prontuário eletrônico que a fala do paciente Marcelo, 65 anos, encontra-se arrastada e lenta, e ele, frequentemente, parece estar falando pelo nariz. Diante dessa situação, a enfermeira utilizou o termo disartria para caracterizar a alteração da articulação da fala do paciente. Esta alteração está presente na(s) lesão(ões) dos nervos cranianos VII, IX, X e XII. 7. Homem de 68 anos, internado na neurologia, com queixa de perda de olfato que começou há aproximadamente 3 meses. Ele relata que, inicialmente, notou uma diminuição gradual na capacidade de detectar cheiros, evoluindo para a completa ausência de olfato. Anosmia é a designação que se dá à ausência de olfato. Parosmia corresponde às alterações do odor, sendo a cacosmia, odor desagradável ou fétido, a forma mais comum. Ocasionalmente, a anosmia e a hiposmia são sintomas e sinais típicos que antecedem a síndrome de Tourette. 8. Paciente masculino, 47 anos, apresentou quadro de surto psicótico. Após ser medicado com haloperidol evoluiu para um quadro de rigidez muscular, sudorese, hipertermia, alteração neurológica e elevação de creatinina fosfoquinase (CPK). Os sinais e sintomas apresentados são compatíveis com um quadro de síndrome neuroléptica maligna. Nervo Tipos de Axônio Principais Funções Nervo Facial – VII Sensitivo Somático Percepção gustativa do terço anterior da língua; Glândulas: lacrimal, sublingual, submandibular; Músculo da face. Nervo Glossofaríngeo - IX Motor Somático Motor Visceral Sensitivo Somático Músculo estilofaríngeo; Glândula parótida; Percepção gustativa do terço posterior da língua; Percepção nas alterações de pressão no seio e cospúsculo carótico; Sensibilidade da faringe, porção faríngea da língua, palato mole, amígdala, cavidade timpânica. Nervo Vago - X Motor Somático Motor Visceral Sensitivo Somático Movimentos dos músculos faríngeo e laríngeos; Controle parassimpático do coração, pulmões e órgãos abdominais; Dor visceral, sensibilidade da orelha, meninges da fossa cranial posterior. Nervo Acessório - XI Motor Somático Músculo Esternocleidomastóideo e Trapézio; Nervo Hipoglosso - XII Motor Somático Músculo da língua. www.romulopassos.com.br 51 Decorticação (flexão de membros superiores e extensão de membros inferiores). Descerebração (extensão de membros superiores e inferiores) indica progressiva lesão de tronco. Sobre as Doenças do sistema metabólico e endócrino, julgue os itens a seguir: 9. A pessoa com diabetes insipidus é incapaz de reabsorver a água no tubo coletor (ducto coletor), produzindo assim um grande volume de urina diluída, isso ocorre porque o angiotensinogênio é convertido em angiotensina I. 10. A síndrome metabólica é um conjunto de alterações metabólicas e hormonais caracterizada por intolerância à glicose, hipertensão arterial, dislipidemia e obesidade. Sobre o tema, é correto afirmar que: a obesidade é um dos fatores de risco para o surgimento da síndrome e outras comorbidades; HDL colesterol baixo (102 cm em homens são critérios diagnósticos para síndrome metabólica; o diagnóstico da dislipidemia na síndrome metabólica ocorre por meio dos níveis plasmáticos de colesterol total e suas frações (LDL-colesterol, HDL-colesterol e triglicérides). 11. Com referência à assistência a pacientes com disfunções endócrinas, é correto afirmar que o uso de contraceptivos hormonais orais é considerado aspecto relevante para a história clínica da pessoa com Diabetes Mellitus, uma vez que esses fármacos podem alterar a glicemia. Com relação a outros tópicos de clínica médica, julgue os itens a seguir: 12. Eduardo, 45 anos, admitido na enfermaria de clínica médica, queixa-se de desconforto abdominal e sensação de plenitude após as refeições. Nega perda de peso, febre ou sintomas sistêmicos significativos, mas mencionou uma sensação de pressão no abdome esquerdo, que piorava após as principais refeições. Durante o exame físico, o enfermeiro notou uma distensão abdominal visível e decidiu investigar mais detalhadamente o espaço de Traube. Ao realizar a percussão nessa região, detectou uma ressonância timpânica diminuída, indicativa de ocupação por uma massa. A palpação revelou uma consistência firme e não móvel, sugestiva de hérnia de uncus. 13. A Síndrome de Ovários Policísticos (SOP) é a endocrinopatia mais comum entre mulheres em idade fértil. Caracteriza-se por alterações hiperandrogênicas e reprodutivas. Sua etiologia envolve predisposição genética e fatores ambientais. As principais manifestações incluem acne, hirsutismo, alopécia, alterações menstruais e infertilidade e alterações metabólicas. 14. Com as doenças relacionadas ao Sistema Reprodutor/Genital masculino é correto afirmar que a criptorquidia é o aumento ou distensão anormal da rede venosa do escroto. www.romulopassos.com.br 52 15. A anemia da doença crônica ocorre em doenças que causam ativação imune e inflamação, tais como infecção crônica, doenças autoimunes e câncer. A fisiopatologia da desse tipo de anemia envolve a restrição à mobilização do ferro de seus depósitos, principalmente nos macrófagos, mas que também diminuem a sua absorção intestinal; a supressão da eritropoese pelos mediadores da inflamação e, por fim, a redução da sobrevida das hemácias. 16. Anemia megaloblástica é caracterizada por falênciamedular. Apresenta-se com citopenias em sangue periférico e medula óssea com hipocelularidade abaixo de 20% com substituição do tecido hematopoiético por gordura. 17. A fisiopatologia da anemia ferropriva envolve a diminuição dos estoques de ferro e a redução da capacidade do organismo de produzir hemoglobina, essencial para o transporte de oxigênio. As dislipidemias podem ser classificadas de acordo com a fração lipídica alterada em (SBC, 2017): 18. Hipercolesterolemia isolada: diminuição isolado do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL). 19. Hipertrigliceridemia isolada: aumento isolado dos triglicérides (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/dL, se a amostra for obtida sem jejum). 20. Hiperlipidemia mista: aumento do LDL-c (LDL-c ≥ 160 mg/dL) e dos TG (TG ≥ 150 mg/dL ou ≥ 175 mg/ dL, se a amostra for obtida sem jejum). Se TG ≥ 400 mg/dL, o cálculo do LDL-c pela fórmula de Friedewald é inadequado, devendo-se considerar a hiperlipidemia mista quando o não HDL-c ≥ 190 mg/dL. 21. HDL-c baixo: redução do HDL-c (homensalto do pavilhão auditivo externo. www.romulopassos.com.br 59 34. Recém-nascido a termo, sexo feminino, apresentou perímetro cefálico = 30,5 cm. De acordo com os parâmetros do Ministério da Saúde, esse valor é considerado normal. 35. O perímetro cefálico (PC) indicado para uma criança de 3 anos de idade é de 46,6 cm. 36. Com base nos aspectos do desenvolvimento da criança, o reflexo cutâneo plantar é obtido pelo estímulo da porção lateral do pé; no RN, desencadeia extensão do hálux. O reflexo de Moro é medido pelo procedimento de segurar a criança pelas mãos e liberar bruscamente seus braços; é incompleto a partir do 3º mês e não deve existir a partir do 6º mês. O reflexo tônico-cervical é a rotação da cabeça para um lado, com consequente extensão do membro superior e inferior do lado facial e flexão dos membros contralaterais. 37. O reflexo de sucção ocorre quando é tocada a bochecha perto da boca, fazendo com que a criança desloque a face e a boca para o lado do estímulo. www.romulopassos.com.br 60 38. Aleitamento Materno Exclusivo (AME): quando a criança recebe somente leite materno, direto da mama ou ordenhado ou leite humano de outra fonte, sem outros líquidos ou sólidos. 39. Aleitamento Materno Complementado (AMC): quando a criança recebe leite materno e outros tipos de leite. 40. O Ministério da Saúde recomenda a amamentação até os dois anos de idade ou mais, e que nos primeiros 6 meses o bebê receba somente leite materno (AME), ou seja, sem necessidade de sucos, chás, água e outros alimentos. 41. Com base no aleitamento materno, as interrupção são classificadas em: temporárias (infecção herpética, varicela, abscesso mamário e consumo de drogas) e permanentes (mães infectadas pelo HIV, mães infectadas pelo HTLV1 e HTLV2, mães com doenças de Chagas, criança portadora de galactosemia e uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, podendo ser contraindicação absoluta ou relativa). 42. Entre os benefícios que a amamentação proporciona para a mãe e o bebê, destacam-se a diminuição da involução uterina, promovendo um retorno mais lento ao tamanho normal do útero, e a redução do risco de hemorragia uterina pós-parto. Além disso, a amamentação contribui para a estabilização dos níveis de glicose do recém-nascido, ajudando a regular o metabolismo do bebê e favorecendo seu desenvolvimento saudável. 43. A suplementação de ferro em crianças de 6 a 24 meses é ofertada para as que não estão contempladas pelo NutriSUS e ocorre da seguinte forma: 2 ciclos intermitentes de suplementação no período, 3 meses de suplementação diária seguidos de 3 meses de intervalo e reinício de novo ciclo. 44. Para um lactente a termo, peso adequado para a idade gestacional, em aleitamento materno exclusivo e sem fatores de risco, recomenda-se 2 mg de ferro elementar/kg/dia, iniciando aos 180 dias de vida até o 36º mês de vida como suplementação profilática de ferro. 45. Uma criança com anemia por deficiência de ferro apresenta hemoglobina